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Características fundamentais dos textos dos Media

Notícia

1. Conceitos básicos

• Actualidade – Uma notícia deve ser novidade e apresentar a informação mais recente sobre um facto ou acontecimento; (História ferido / morte)

• Generalidade ou universalidade – deve interessar a um número considerável de pessoas ; a universalidade ainda pela importância das pessoas envolvidas nos acontecimentos;

• Objectividade e verdade – o jornalista deve apresentar os factos de forma rigorosa e imparcial, respeitando sempre a verdade; O jornalista, quando não tem a certeza de algum dado em seu poder, não publica.

2. Estrutura da notícia

Título (Antetítulo e subtítulo)

Lead ou parágrafo-guia

• deve responder às seguintes questões: Quem? O quê? Onde? Quando?. Poderão ainda aparecer respostas ao como e porquê, mas de forma muito simples.

• Um lead não deve ter mais de dois períodos;

• Cada período não deve ter mais de vinte palavras;

Corpo da notícia

• Deve respeitar a estrutura da pirâmide invertida – em que os aspectos de um acontecimento são abordados por ordem decrescente de importância.

• Os factos devem vir distribuídos pelos parágrafos de forma correcta e equilibrada;

• O texto deve ser expositivo e manter o leitor interessado;

• Os períodos devem ser curtos e a linguagem simples e sucinta;

• Deve-se utilizar sobretudo substantivos e os verbos devem apresentar-se no Pretérito Perfeito do Indicativo ou no Presente;

• A notícia pode ser documentada com a apresentação de curtas citações das afirmações efectuadas pelos intervenientes ou pelas testemunhas.

Reportagem

Reportagem é uma notícia vista à lupa, implicando um trabalho de pesquisa e de análise, dependendo assim mais do estilo pessoal do jornalista, mas que deve ser concisa, simples, colorida e vibrante. Um repórter é um jornalista enviado a um local para ver, ouvir, sentir, anotar e, finalmente, relatar uma realidade ou um acontecimento.

Metodologia de trabalho:

• Investigação: entrevistas a testemunhas dos acontecimentos; pesquisa no próprio local; consulta de fontes impressas ou internet; consulta de outros meios de comunicação social;

• Escolha do ângulo ou tema.

• Definição com o repórter fotográfico o objectivo da reportagem e o ângulo ou perspectiva a abordar;

• Organização e selecção de todo o material recolhido;

• Redacção;

• Destaque gráfico de algumas ideias chave ou afirmações ao longo da reportagem.

Estrutura

1. Título (regras da notícia)

2. Abertura ou ataque deve conquistar o leitor, deve através de um grande plano dar o ângulo ou a perspectiva da reportagem, apresentando aquilo que diferencia esta história de qualquer outra. No ataque pode utilizar-se uma citação, mas deverá ser curta e incisiva.

No ataque deve-se evitar o seguinte: as considerações gerais, uma lista de evidências, uma apresentação exagerada dos protagonistas; ou uma descrição demasiado longa.

No corpo da reportagem devem ser respeitadas as leis da alternância:

✓ Alternância de planos (grandes planos/ planos gerais)

✓ Acções / reflexões;

✓ Descrições dos protagonistas / Citações;

✓ Imagens / História;

✓ Discurso Indirecto / Discurso directo;

✓ Frases curtas / frases longas;

✓ Acção principal / episódios coloridos, insólitos e de interesse humano (side stories).

✓ Assunto / notas da cor local

Ao longo do corpo da reportagem pode ser necessário fazer o background (a contextualização) e o flashback, consoante a opção da estruturação da reportagem.

Normalmente, surge ao longo do texto o destaque gráfico de algumas ideias-chave ou afirmações (os subtítulos), de modo a permitir uma leitura mais dinâmica.

Uma boa divisão dos parágrafos permite uma melhor compreensão do fio condutor da reportagem;

3. Parágrafo final é importantíssimo, porque nos deixa impressão final da reportagem, devendo, por isso, terminar com um grande plano.

Linguagem e características do discurso da reportagem:

• O Presente do Indicativo é o tempo da reportagem;

• O flashback pode surgir no Pretérito Perfeito do Indicativo;

• Predomina o uso da terceira pessoa;

• Uso do registo de língua corrente;

• A adjectivação pode ser expressiva;

• Predomina a função informativa;

• Presença da narração, da descrição e do diálogo.

Entrevista

A entrevista pressupõe três actos: o preparar a entrevista, o de entrevistar e o da transcrição sob a forma de perguntas e respostas. A entrevista deve ser orientada pelo entrevistador e levar o entrevistado a dizer algo de novo ou numa perspectiva diferente.

Estrutura:

Título (subtítulo e antettítulo)

Abertura - introdução

Questionário – perguntas e respostas

Conclusão – opinião do entrevistador

Metodologia de trabalho

Preparação

• Seleccione da pessoa a entrevistar;

• Escolha de um ângulo, que pode ser alterado no decurso da entrevista;

• Documente-se sobre o assunto;

• Elabore um guião da entrevista;

• A entrevista deve ser marcada com antecedência;

• O local onde decorre a entrevista deve ser pensado;

• O tempo da entrevista é relativo;

• As perguntas devem estar mais ou menos memorizadas;

• Prepare do material de gravação

Entrevista

• Há que ter em conta as regras da etiqueta;

• Deve fazer com que o entrevistado se sinta à vontade, abordando os assuntos que ele domina;

• Além do material de gravação, pode-se usar o bloco de notas;

• Deixar direito ao entrevistado de falar “off record”;

• Refazer as questões sempre que as respostas não tenham sido claras ou congruentes;

• Fazer perguntas pertinentes que não estavam previstas, mas que são suscitadas pelas respostas do entrevistado;

Redacção

• Selecção e reconstrução das respostas;

• Elimina-se as respostas repetidas;

• Deve condensar-se as respostas, retirando tudo o que for redundante;

• As respostas não devem começar pela repetição dos termos da pergunta;

• Expressões como na sua opinião são desnecessárias na pergunta;

• As marcas de oralidade, o calão e a gíria devem ser cortados e substituídos;

• Pode-se transcrever em forma de diálogo ou em estilo narrativo;

• As entrevistas em estilo narrativo permitem traçar o retrato do entrevistado;

• A abertura deve apresentar o entrevistado de forma eloquente;

• As perguntas e respostas devem surgir de forma coerente e encadeada, permitindo ao leitor identificar o fio condutor da entrevista.

Crónica

Crónica jornalística – tipo de discurso em que o emissor observa, de modo subjectivo, os acontecimentos do quotidiano, tecendo sobre estes considerações pessoais.

Tipos de crónica: política, desportiva, literária, humorística, social, económica e outras.

Características da crónica:

• Redigida por jornalistas ou por personalidades convidadas, logo um texto assinado;

• Texto subjectivo e predominantemente opinativo, surgindo com maior ou menor evidência a crítica;

• Textos apresentados com regularidade e com continuidade no mesmo espaço da publicação, normalmente com uma designação específica ( um nome);

• Texto breve e susceptível de múltiplas interpretações;

• O interesse imediato leva a que muitas crónicas tenham um carácter efémero.

Estrutura

1. Designação do espaço da crónica

2. Título específico tendo em conta o assunto da crónica

3. A sequência dos acontecimentos é apresentada por ordem variável, de acordo com a intencionalidade do emissor, respeitando no entanto a estrutura básica de um texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Linguagem e características do discurso da crónica:

• Discurso na primeira pessoa

• Utilização de pronomes pessoais na primeira pessoa;

• Registo de língua padrão, cuidado ou literário;

• Vocabulário rico e variado, de acordo com a intenção do emissor;

• Uso da conotação;

• Pontuação valorativa;

• Recursos estilísticos: adjectivação expressiva, figuras de estilo (metáforas, hipérboles, ironias…

• Estilo directo, espontâneo, vivo e jornalístico;

• Predomina a função apelativa da linguagem.

Texto crítico

Tipos: crítica de cinema; crítica livros; crítica de teatro; crítica de pintura ou escultura; crítica de música

Características da crítica:

• Antes de tudo, ela deve ser informativa, apresentando uma imagem ou síntese global da obra;

• Respeitar os critérios previamente estabelecidos de apreciação, como por exemplo ao nível estético ou ao nível do conteúdo;

• Crítica deverá ser equilibrada e imparcial, apresentando aspectos negativos e positivos.

• As opiniões devem ser devidamente documentadas com exemplos.

Estrutura:

Título, introdução, desenvolvimento e conclusão.

Linguagem

• Denotativa/nalguma circunstâncias conotativa;

• Discurso na primeira pessoa ou na terceira

• Registo de língua padrão, cuidado ou literário;

• Linguagem técnica de acordo com a obra que é objecto de crítica;

• Função informativa, função apelativa e função emotiva da linguagem.

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Curso de EFA – Nível Secundário

Início em Setembro 2008

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