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Dia 19 de fevereiro

Dia do Desportista.

Santos do Dia: Conrado de Placênia/ Álvaro de Córdoba/ Gabínio.

Faltam 315 anos para terminar o ano (316 em anos bissextos).

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Nicolau Copérnico, nascimento

1473. Nasce em Torun, Polônia, o médico, jurista, astrônomo, cônego da Igreja Católica, político e matemático MIkolaj Kopernik também conhecido como Nicolau Copérnico, celebrado pelo desenvolvimento da Teoria Heliocêntrica, onde o Sol é o centro do Sistema Solar, divergindo da então vigente Teoria Geocêntrica, onde a Terra era considerada como tal, com os astros orbitando em torno dela. Neste ponto, a Igreja Católica, que detinha o poder religioso, político e econômico na Idade Média, adotava a Teoria Geocêntrica, onde a Terra era o centro do universo.

Mas o cientista polonês não é propriamente o criador do Heliocentrismo. O que Copérnico fez foi provocar uma revolução na filosofia, na ciência e na religião, ao publicar em 1543, a obra Sobre a Revolução das Obras Celestes (De Revoliutonibus Orbium Coelestium). Pela primeira vez o homem saiu do centro do Universo, ideia científica proclamada pelo cientista grego Ptolomeu (90 – 168), no seu O Almogesto, trabalho científico que regeu a astronomia por 14 séculos.

De acordo com a teoria de Copérnico, o centro do mundo é ocupado pelo Sol, com os planetas girando ao seu redor. Seus estudos sobre o Sistema Heliocêntrico começaram a circular em 1529, e em 1533, o papa Clemente VII solicitou uma exposição de sua teoria. Em 1536, o cardeal Nikolaus Von Schonberg (1472-1537) pediu que esta fosse publicada.

Mas o Copérnico adiou sua publicação, alegando a necessidade de elaborar uma teoria mais completa. Ele também é largamente reconhecido como Fundador da Astronomia Moderna. Nicolau Copérnico morreu aos 70 anos na cidade de Frauemburgo, em 24 de maio de 1543. 12 – 29.

Lloyd Brasileiro, fundação

1894. Através de um decreto Imperial, o Lloyd Brasileiro (Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro), também chamado de Lloyd Brasileiro inicia suas atividades. Idealizada pelo almirante, nobre e escritor brasileiro Artur Silveira de Motta, o Barão de Jaceguai (1843 – 1914), era uma empresa paraestatal de navegação, que incorporou ou encampou de diversas empresas de navegação. Desde novembro do ano anterior, o Barão de Jaceguai já havia obtido autorização para a exploração de duas linhas partindo do Porto de Santos, sendo uma para Hamburgo, na Alemanha, e a outra para Gênova, na Itália.

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A frota inicial do Lloyd Brasileiro composta de oito lanchas a vapor, duas a remo, oito chatas, 31 saveiros cobertos, três descobertos, 22 catraias e nove botes. Um ano depois, a companhia adquiriu 39 navios. Apesar de lucrativa de lucrativa por longo período, O Lloyd começo a apresentar prejuízos. O governo José Sarney chegou a decretar seu fim, através do Decreto Nº 97.455, isso no início de 1989, mas a pressão dos sindicatos e entidades da sociedade civil levou o governo a revogar o decreto. Com o advento do Plano Nacional de Desestatização implantado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em outubro de 1997, o Lloyd Brasileiro foi extinto. 36 - 41.

Almirante (cantor), nascimento

1908. Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o cantor, compositor e radialista Henrique Foréis Domingues, conhecido como Almirante. Esse apelido ele ganhou quando serviu na Reserva Naval. No rádio, ele era anunciado como A Mais Alta Patente do Rádio. Começou a carreira em 1928 como cantor e pandeiristado conjunto amador Flor do Tempo, composto por jovens moradores do bairro da Tijuca. Faziam parte do grupo, além de Almirante, os violonistas Braguinha (João de Barro), Alvinho e Henrique Brito. Em 1929, o Flor do Tempo foi contratado pela gravadora Parlophon para gravar. Para isso, convidaram o violonista Noel Rosa, morador de Vila Isabel, tradicional bairro carioca Então, o Flor do Bairro virou Bando dos Tangarás, um conjunto vocal e instrumental inspirado na lenda dos tangarás, pássaros cantadores e dançarinos. A formação do Bando dos Tangarás era: Almirante (pandeiro e vocal) Braguinha (violão e vocal), Noel Rosa (violão) e Alvinho (violão e vocal). Dizem que por força do nome, Braguinha propôs que cada componente adotasse um nome de pássaro. Ele próprio se auto proclamou João de Barro, e assim ele ficou conhecido na MPB. Os outros componentes não acataram a ideia. Em 1930, o Bando dos Tangarás, admitiu mais dois integrantes: os violonistas Manoel de Lino Sérgio Brito, e os ritmistas Abelardo Braga e Daniel Simões.  Em 1933, o grupo se dissolveu, e seus integrantes prosseguiram carreiras individuais.

Em 1951, Almirante, tornou-se o primeiro biógrafo de Noel Rosa, ao produzir para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro a série de programas semanais No Tempo de Noel Rosa. Mas ele não ficou por aí. Almirante foi o responsável pela divulgação da história de Noel Rosa, o Poeta da Vila, seu grande parceiro do Bando dos Tangarás. Entre 18 de outubro de 1952 e três de janeiro de 1953, escreveu em capítulos, A Vida de Noel Rosa. Em 1963, almirante publicou pela editora Francisco Alves o livro No Tempo de Noel, com histórias, depoimentos e interpretações de suas músicas, muitas delas inéditas.

Os maiores sucessos da carreira de Almirante, como cantor e compositor são: O Orvalho Vem Caindo (1934), Amor em Excesso (1936), Marchinha do Galo, (1936), Levei um Bolo (1936), Tarzan (O Filho do Alfaiate) (1936), Vida Marvada (1937), Apanhei um Resfriado (1937), Yes Nós Temos Banana (1938), Touradas em Madri (1938), Hino do Carnaval Brasileiro (1939), Vivo Cantando (1939, O Que é Que Me Acontecia, 1939, Minha Fantasia (1940), Não Sei Dizer Adeus (1941), Qual Será o Score Meu Bem (1941) e Marchinha do Poeta (1951).

Almirante morreu de aneurisma cerebral aos 72 anos no Rio de Janeiro (RJ), em 22 de dezembro de 1980. 36 – 78 – 154.

Don Juan, o primeiro filme sonoro da História

1927. No cinema Warner em Nova York é lançado Don Juan, o primeiro filme sonoro da História. Para tanto foi usado pela primeira vez o recurso Vitaphone, Sistema sonoro desenvolvido pela empresa com o mesmo nome, fundada em 1926 pela Western Electric e Warner Bros. O Vitaphone utilizava o processo de gravação da trilha sonora num disco previamente gravado que era sincronizado quando da exibição do filme. Estrelado pelo ator norte-americano John Barrymore (1882 – 1942), a trilha musical sincronizada era executada pela Filarmônica de Nova York.

Depois de Dom Juan, todos os filmes passaram a ser sonorizados e sincronizados com a imagem pelo sistema Vitaphone. Em quatro de fevereiro de 1928, foi lançado em Nova Iorque O Cantor de Jazz; este sim foi o primeiro filme falado e cantado. 147 - 148.

Mário Henrique Simonsen, nascimento

1935. Nasce na capital carioca o economista, professor e banqueiro Mário Henrique Simonsen. Ele fez os cursos do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais) pela Marinha, da Escola Nacional de Engenharia Econômica, da Faculdade de Economia e Finanças do Rio de Janeiro e Pós-Graduação da Fundação Getúlio Vargas. Iniciou a carreira profissional em 1958, como professor no Instituto de Matemática Pura e Aplicada da Escola Nacional de Engenharia. Em 1960, Simonsen fundou com os economistas Otávio Gouveia de Bulhões (1906 – 1990) e Roberto Campos (1917 – 2001), a empresa de consultoria Consultec, e mais tarde, juntou-se ao empresário Júlio Bozano (1936 - ) para Criar o Banco Bozano, Simonsen. Foi ministro da fazenda no governo de Ernesto Geisel (1907 – 1996) e ministro do planejamento do governo de João Figueiredo (1918 - 1999). Um dos autores do projeto que criou o Sistema Brasileiro de Habitação e o BNH (Banco Nacional da Habitação), Mário Henrique Simonsen foi presidente do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) desde 1970, ano de sua fundação. Escreveu vários ensaios para a imprensa e obras como Programa Linear, Brasil Dois Mil e Um, Brasil Dois Mil e Dois e Ensaios Analíticos. Mário Henrique Simonsen morreu de câncer no Rio de Janeiro aos 62 anos, em nove de fevereiro de 1997. 22.18/02/1997.

Martha Rocha, nascimento

1936. Nasce em Salvador (BA) a Miss Brasil eleita em 26 de junho de 1954, Maria Martha Hacker Rocha, simplesmente Martha Rocha. Em julho do mesmo ano, ela chegou aos Estados Unidos com status de favorita nas pesquisas para a para abiscoitar o título de Miss Universo. Mas o resultado desapontou os brasileiros, pois ela ficou em 2º lugar. Martha teria perdido o título de Miss Universo para a estadunidense Mirian Stevenson por duas polegadas a mais nos quadris. A história das duas polegadas foi uma invenção do jornalista João Martins (1898 - 1972), da extinta revista O Cruzeiro para atenuar a frustração dos brasileiros. Nascida em Salvador (BA), em 19 de setembro de 1936, Martha Rocha tornou-se referência nacional de beleza. A gaúcha Ieda Maria Vargas (1943 - ) foi a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, em 26 de julho de 1963 em Miami Beach.

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Quando voltou ao país, Martha Rocha, além de enfrentar muitos compromissos em função do título recebido, ela influenciou o imaginário popular quando tudo o que era bonito, passou se chamar Martha Rocha. A pick up Chevrolet 3100, por exemplo, ganhou o nome da miss porque, quando olhada de frente dava para perceber que os para-lamas eram mais largos do que a cabine do veículo. Seriam as tais duas polegadas a mais? Mas para mim, o apelido veio em função da beleza daquele para-brisas de designer avançado.

Martha Rocha morreu aos 83 anos em decorrência de uma insuficiência respiratória seguida de um infarto, em quatro de julho de 2020, em Niterói (RJ). No entanto, se Martha tivesse sido eleita Miss Universo em 1957, não seria a primeira brasileira a receber o privilégio de ser considerada a mulher mais bonita do mundo. Em oito de setembro de 1930, o Brasil sediou o primeiro Desfile Internacional de Beleza (International Pageament of Pulghritude), ou Concurso Internacional de Beleza, realizado na capital carioca.

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A vencedora dessa antiga versão foi a gaúcha Yolanda Pereira, nascida em Pelotas em 16 de outubro de 1910. Muito embora este título não seja reconhecido oficialmente pela Organização Miss Universo (Miss Universe Organization) - o atual Miss Universo criado em 1952, para nós, Yolanda Pereira foi a primeira e única brasileira a conquistar o título nessa antiga versão, em 1930. Com a faixa de Miss Universo, ela desfilou em carro aberto, da Cinelândia a Copacabana sob um verdadeira aclamação. Era a primeira vitória da beleza da mulher brasileira. Em Pelotas, bandas de música e foguetes, com direito a hasteamento da bandeira brasileira. Yolanda Pereira morreu aos 90 anos em sua cidade natal, em quatro de setembro de 2001. 36 - 41 -78.

Primeira Transmissão de TV em cores no Brasil

1972. Depois de quase dois anos de experimentação, é realizada a primeira transmissão de TV em cores no Brasil, via Embratel. No evento foi mostrada a abertura da Festa da Uva em Caxias do Sul (RS). A geração das novas imagens ficou a cargo da TV Difusora, com apoio das emissoras Gaúcha, Piratini e de Caxias do Sul. Com a regulamentação do sistema PAL-M no Brasil, a televisão em cores é oficialmente inaugurada no país, em 31 de março do mesmo ano. Em caráter experimental, os brasileiros já havia tido a oportunidade de assistir a cores a conquista do tricampeonato mundial pela Seleção Brasileira de futebol no México, em 21 de junho de 1970. 36.

Projeto UFO - Contatos Imediatos, a série, lançamento

1978. A série de televisão Projeto UFO: Contatos Imediatos estreia pela Rede NBC dos Estados Unidos. Do gênero ficção científica e mistério, o seriado é baseado livremente em relatos reais contidos nos arquivos da Força Aérea norte-americana, no chamado Projeto Livro Azul (Project Blue Book), onde dois investigadores da Força Aérea dos EUA são encarregados de casos envolvendo Óvnis (Objetos Voadores Não Identificados) ou aparição de seres alienígena. A primeira temporada estrelou William Jordan (1937 - ) como major Jake Gatlin ao lado de Casey Swaim (1947 - ) como sargento Harry Fitz. A série foi produzida entre 1978 e 1979, com um total de 26 episódios, capitalizando a mania de objetos voadores não identificados que existia nessa época. Mas William Jordan nunca tinha trabalhado como ator, foi subsídio na segunda temporada por Edgard Winter (1937 – 2001) como capitão Ben Ryan. Curiosamente, o produtor da série, o coronel aposentado da Força Aérea William T. Coleman, de verdade, foi chefe do Projeto Livro Azul. A série Projeto UFO: Contatos Imediatos foi exibida no Brasil pela Rede Globo entre 1978 e 1979.

Na vida real, o Projeto Livro Azul foi criado pela USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) para investigar os objetos voadores não identificados. Ao longo de sua trajetória, o projeto investigou 12 618 aparições de ÓVNIS, sendo que 701, ou 5.6% destas aparições continuam não-identificadas. 

A história do Projeto Livro Azul começa em 24 de junho de 1947, quando o aviador civil e empresário norte-americano Kenneth A. Arnold (1915 – 1984) fez história, porque a partir do seu relato sobre o avistamento de objetos voadores desconhecidos surgiu a definição de UFO (Unidentified Flying Object), que pode ser traduzido para OVNI (Objeto Voador Não Identificado) para o fenômeno disco voador. Na época, Arnold era um dos fundadores da Associação de Pilotos de Procura e Resgate de Idaho, e já tinha completado cerca de 4 000 horas de voo sobre as montanhas, em missões de resgate e salvamentos. Naquela tarde de tempo bom, Arnold pilotava seu monomotor modelo Call Air A-2 na direção de Yakima, estado de Washington, quando avistou, à sua esquerda uma formação de nove aparelhos em forma de pires que seguiam rumo ao sul a uma altitude de 3 000 metros.

Numa entrevista para uma emissora de rádio do Oregon no dia seguinte, Kenneth A. Arnold afirmou que os objetos deveriam estar a aproximadamente a 30 quilômetros de distância de seu avião.

“Observei-os durante três minutos. Eram chatos como uma torta e tão brilhantes que refletiam o sol como um espelho. Nunca vi uma coisa tão rápida, pois sua velocidade era da ordem de 2 000 quilômetros por hora”.

Em 24 de junho de 1947, o repórter William C. Bequette (1917 – 2001) publicou o primeiro relato da História moderna sobre o avistamento do piloto Arnold para a United Press, onde erroneamente mencionou o termo Disco Voador. Assim, o relato do piloto Kenneth A. Arnold recebeu o crédito por ter dado origem a esse termo. Durante a entrevista, Bequette perguntou-lhe como os objetos voavam e Arnold respondeu:

“Bem, eles voavam erraticamente, como um disco se você o jogar pela água”.

Como se vê, Arnold não relatou ter visto discos voadores. Dessa forma, em algumas semanas, centenas de relatos destes discos voadores se espalharam pela imprensa dos EUA. No Primeiro Congresso OVNI Internacional em 1977, Arnold revelou que o termo disco voador surgiu por causa de um grande mal-entendido por parte do repórter. Sendo assim, foi William C. Bequette quem recebeu os créditos por ter usado esse termo pela primera vez na História.

Em dois de julho de 1947, duas semanas depois do avistamento de Arnold, aconteceria aquele incidente que ficaria na História como o caso mais importante da Ufologia Mundial de todos os tempos. Uma série de acontecimentos registrados a 76 milhas de distância da pequena cidade de Roswell, no Novo México indica que um OVNI teria caído ali. Soldados da Base Militar local recuperaram os escombros do artefato numa propriedade próxima. Imediatamente após o reconhecimento, os destroços foram transferidos para a Base Aérea de Carswell, em Fort Woth, Texas.

No mesmo dia, e a alguns quilômetros do local, seria feita outra surpreendente descoberta: um disco metálico de pequenas proporções que aparentemente se havia despencado no terreno de uma fazenda. A primeira opinião dos militares foi de que se tratava de objetos alienígenas. Assim, naquela semana, o tenente Walter Haut (1922 - 2005), relações públicas do grupo de artilharia 509 sediado em Roswell recebeu ordens do coronel William Blanchard (1916 – 1966), comandante da base para redigir uma nota para a imprensa, comunicando que a Força Aérea dos Estados Unidos tinha recolhido os destroços de um disco voador numa fazenda próxima dali. O acontecimento foi publicado no jornal local, o Diário de Roswell (Roswell Daily Record), na edição de oito de julho de 1947, mas foi desmentido em seguida pelo major da Força Aérea dos EUA, Jesse Marcel (1987 – 1986). Em suas explicações, ele afirmou que – “tudo não passava de fragmentos de um balão meteorológico”. Mas o escritor especialista em ufologia Philip Mantle afirma que o major Marcel o primeiro militar a chegar no local da queda, escondeu material alienígena em sua casa. O Caso Roswell, como ficou conhecido o episódio, é negado desde então.

As primeiras investigações sobre OVNIS efetuadas pela USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) foram através do AMC (Air Material Command) ou Comando de Material Aéreo. Em 23 de setembro de 1947, seu diretor, o general Nathan Farraguti Twining (1897 – 1982), depois de receber uma pilha de relatos oficiais endereçou um relatório ultrassecreto em grau 1-A ao Pentágono, denominado Estimativa de Situação, aos cuidados do chefe do Estado Maior da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) general Hoyt Sanford Vandenberg (1899 -1954) concluindo que o fenômeno dos objetos voadores não identificados era de caráter real. Não havia indícios de serem originados da Rússia, dos Estados Unidos ou de qualquer outra nação, e provavelmente seriam de origem extraterrestre.

A partir desse relatório, e do impacto causado pelo avistamento de Kenneth A. Arnold, a USAF (Força Aérea dos Estados Unidos), criou, em 30 de Dezembro de 1947 o Project Sign, ou Projeto Sinal, - também denominado Projeto Pires pelos seus integrantes – cuja finalidade principal era avaliar e distribuir às agências governamentais interessadas e prestadores de serviços todas as informações relativas a avistamentos e fenômenos na atmosfera, e verificar se eles representavam ou não uma ameaça à segurança nacional. Em pouco mais de um ano, o Projeto Sinal analisou os dados coletados entre testemunhas, pilotos de aviões, depoimentos de integrantes da comunidade científica e registros em telas de radar. Os componentes do Projeto Sinal eram de opinião unânime que as informações deveriam vir a público. Então, eles tentaram persuadir o general Vandenberg a divulgar o relatório imediatamente, antes que se registrasse algum acontecimento grave, irreparável. Mas o documento, que pode constituir o primeiro estudo sobre vida fora da Terra patrocinado pelos EUA, foi condenado a ser queimado por ordem direta do próprio general Vandenberg, em agosto de 1948. Felizmente, alguém “se esqueceu” de queimar uma cópia.

Em 13 de dezembro de 1948, o engenheiro James E. Lipp (1910 - ), do Departamento de Armas Teleguiadas da Rand Corporation entregou um relatório ao Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Força Aérea, onde, em um trecho, ele explica e admite pela primeira vez o conceito de nave mãe:

“Tais objetos voadores não poderiam proceder de um planeta do nosso Sistema Solar, visto que só a Terra é portadora de vida inteligente. Se, efetivamente, fossem algo reais, deveriam proceder de outro Sistema Planetário”. (...) “Inúmeros objetos voadores deveriam ter descido de uma nave mãe, girando em torno da Terra (a exemplo de um satélite), girando em órbita próxima da terrestre. Para tanto, pressupõe-se a existência de pequenos aparelhos voadores, semelhantes a foguetes, que operassem como satélites. Além disso, a nave mãe deveria ser verdadeiramente enorme, para carregar todos aqueles objetos”.

Com esse relatório, a Força Aérea mudou radicalmente seu modo de tratar o assunto OVNI. De repente, a questão passou a ser declarada como pura bobagem. As ordens expressas eram considerar todos os relatos de aparecimento de OVNIS como embuste, alucinação, etc.

Em 11 de fevereiro de 1949, o Projeto Sinal evoluiu para Projeto Grudge, ou Projeto Rancor, cujo principal objetivo seria analisar, investigar e concluir os relatórios complementares. Para chegar a esse objetivo, o astrônomo e ufólogo Josef Allen Hynek (1910 – 1986) foi contratado para tentar explicar a maior parte dos informes sob o ponto de vista astronômico. Sobre isso, Hynek comentou depois no livro The Ufo Experience: Scientific Inquiry (A Experiência UFO: Uma Investigação Científica), de 1972:

“A mudança de orientação que, que deu origem ao Projeto Rancor, era nada mais, nada que o sinal para o encerramento definitivo dos problemas dos OVNIS. Em certo caso, as tomadas de posição oficiais eram apenas vagamente relacionadas com os fatos reais”.

Os vários tipos de Contatos Imediatos

No entanto, nos meses de sua duração, o Projeto Rancor semeou o descrédito no assunto OVNIS. Mais tarde, Joseph Allen Hynek colaborou com o Projeto Livro Azul, que em 1951 substituiria o Projeto Rancor, e nos próximos 20 anos ele realizaria investigações sobre Ufologia, onde incansavelmente, garimpou provas de ocorrência de contatos físicos com extraterrestres. Foi Hynek quem criou o conceito Close Encouters, ou Contatos Imediatos, que classifica os tipos de avistamento de discos voadores ou possíveis seres extraterrestres. Mas Hynek criou apenas três níveis: 1º grau - são os avistamentos à distância; 2º grau - ocorre quando o OVNI deixa vestígios de sua presença no ambiente, e 3º grau - são os encontros efetivos com os extraterrestres, mesmo sem a presença de naves. Mais tarde, outros pesquisadores incluíram mais dois níveis: o contato de 4º grau – quando há algum tipo de comunicação com seres extraterrestres como palavras, gestos ou telepatia; 5º grau – quando há um contato íntimo, como abdução.

O termo Contato Imediato se popularizou através do filme de Steven Spielberg (1946 - ) Contatos Imediatos de Terceiro Grau (Close Encounters) de 1977, onde o próprio Hynek participa como consultor de Spielberg, e figura na cena do encontro final (homem fumando cachimbo quando a nave mãe pousa). Joseph Allen Hynek escreveu outros livros sobre o assunto, além de The Ufo Experience: A Scientific Inquiry (A Experiência UFO: Uma Investigação Científica).

Em 10 de setembro de 1951, um episódio dramático levou o Projeto Rancor ao colapso. A tripulação de um jato Lockheed T-33 Shooting Star – idêntico ao que, em 18 de julho 1967, atingiu a cauda do Piper PA-23 em que viajava o marechal Castelo Branco, matando o ex-presidente - interceptaram um objeto voador esférico e prateado, de 10 a 15 metros de diâmetro no céu de Nova Jersey. A tentativa do comandante de fazer o aparelho descer foi inútil. Ele deu uma guinada de 120 graus em direção ao oceano e desapareceu numa velocidade espantosa. No dia seguinte, objetos voadores idênticos foram registrados na Central de Radar do Corpo de Sinalização do Exército no Condado de Monmouth, Nova Jersey.

Depois de analisar as investigações, o Projeto Rancor emitiu seu relatório oficial, atestando, de forma mentirosa que:

“Os objetos avistados teriam sido balões ou ecos de radar, provocados por condições atmosféricas fora do comum”.

O texto simplesmente ignorava dois fatos importantes: o operador em Monmouth registrou nas telas as aparições no momento em que ele estava demonstrando as instalações de radar a um grupo de oficiais da Força Aérea; e o diretor do serviço secreto da Força Aérea, major-general Charles Pearre Cabell (1903 – 1971) havia solicitado informações detalhadas junto ao chefe do Departamento de Armas Aéreas e Teleguiadas do ATIC (Air Technical Intelilgence Center) e aos responsáveis pelo Projeto Rancor. À época, o ATIC era o serviço de contra espionagem da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos) responsável pela localização e identificação de qualquer objeto que sobrevoasse o país.

Depois de saber que o Projeto Rancor recebia todos os relatos de avistamentos presenciados por testemunhas idôneas, portanto, dignas de crédito, vários militares de alta patente se mostraram descontentes com os rumos tomados pelas investigações da Força Aérea sobre OVNIS. Usando sua influência, eles conseguiram desmantelar o Projeto Rudge, ou Projeto Rancor. Assim, o diretor do serviço secreto da Força Aérea, major-general Charles Pearre Cabell mandou a ATIC substituir o projeto por um outro, para prosseguir nas pesquisas sobre os estranhos objetos voadores. O major-general trocou seis por meia dúzia.

A chefia do novo projeto, batizado de PBB (Project Blue Book) ou Projeto Livro Azul foi entregue ao experiente piloto capitão Edward J. Ruppelt (1923 – 1960), com poderes para efetuar a reestruturação de seu mecanismo de investigação. Ruppelt, que tinha a mente aberta sobre o assunto foi quem cunhou o termo UFO (Unnendentifyed Flying Object), ou OVNI (Objeto Voador Não Identificado) para substituir as palavras disco voador. Para levar a cabo sua tarefa, ele estabeleceu um eficiente sistema de logística centralizado que envolvia o recebimento de relatórios e a entrega de documentos a outros órgãos. Um modelo padrão de formulário foi desenvolvido pelo Instituto Memorial Battele de Columbus, Ohio. No final de março de 1952, o Instituto começou a analisar os relatórios de avistamentos existentes e iniciou a codificação de cerca de 30 características de relatório em cartões perfurados IBM para a análise de computador.

Ruppelt contratou também os serviços de consultoria científica do astrônomo e ufólogo Josef Allen Hynek. Em abril de 1952, todos os oficiais da inteligência do Exército e da Força Aérea foram orientados a enviar seus relatórios diretamente ao Projeto Livro Azul. Agora parecia que a Força Aérea estava levando a sério o assunto OVNIS. Mas isso foi apenas no início. Em fevereiro de 1953, o capitão Edward J. Ruppelt deixou o projeto. Para seu lugar foi nomeado o capitão Charles Hardin. Mais tarde, Ruppelt escreveria:

“Hardin pensa que quem está mesmo interessado em OVNIs é louco”.

Durante a era Hardin, o Projeto Livro Azul investigou apenas 1% dos relatos, contra 25% da era Ruppelt. Em 1955, os resultados do estudo Battelle Memorial Institute foram finalmente liberados como Bluebook Special Report Number 14. O estudo teve uma série de falhas, e concluiu que os melhores métodos de investigação e elaboração de relatórios resultariam em todos os avistamentos de OVNIS a ser explicados como fenômenos normais.

Ao longo das décadas de 1950/60, pelo menos três comissões de cientistas americanos foram criadas para analisar os registros do Projeto Livro Azul e de outros relatos. Uma dessas comissões, que contava com o meteorologista e ufólogo James Edward McDonald (1920 – 1971), concluiu haver indícios definitivos sobre a visita de extraterrestres ao nosso planeta. Essa conclusão, denominada Hipótese Extraterrestre gerou polêmica e muitas críticas por parte de políticos, jornalistas, pesquisadores de OVNIS, cientistas e o público em geral, e levou a Força Aérea a patrocinar mais um estudo detalhado.

Em sete de outubro de 1966, a Força Aérea anunciou que um programa para estudar os OVNIS seria realizado pela Universidade do Colorado, e dirigido pelo físico nuclear Edward Uhler Condon (1902 – 1974). O relatório final desse estudo, denominado Relatório Condon, que foi divulgado em 1969, rejeitou totalmente a hipótese extraterrestre e apontou que não era necessária mais nenhuma outra investigação sobre OVNIS. Na realidade, o Comitê Condon, como também era chamado, tinha uma tarefa bem definida: fornecer uma forte razão para a Força Aérea por fim nas investigações oficiais sobre Ufologia. Baseado no Relatório Condon, o então secretário da Força Aérea dos EUA Robert Channing Seamans, Jr. (1918 – 2008) finalizou o Projeto Livro Azul em 17 de dezembro de 1969, por considerar que ele já não oferecia nenhum benefício para o departamento de segurança nacional, ou CIA, nem para o departamento de estudos científicos. Depois disso, os norte-americanos não demonstraram mais o mínimo interesse pelo assunto OVNIS.

O legado do Projeto Livro Azul

Ao longo de sua trajetória, o Projeto Livro Azul investigou 12.618 aparições de OVNIS, e no final concluiu-se que a maioria era interpretações equivocadas de fenômenos naturais como nuvens, estrelas, etc. - ou balões meteorológicos e aviões convencionais. Muitos foram considerados fraudes. E 701 casos, ou 5.6% destas aparições foram classificados como inexplicáveis. Porém, ufólogos são unanimes em apontar que a principal meta do Projeto Livro Azul, tal como a dos seus dois antecessores, era esconder a verdadeira investigação sobre a presença de alienígenas na Terra. As informações foram arquivadas e estão disponíveis sob a Lei de Liberdade de Informação, mas os nomes dos testemunhos e outras informações pessoais foram eliminados.

Depois de se demitir da Força Aérea, o capitão Edward J. Ruppelt escreveu O Relatório Sobre Objetos Voadores Não Identificados (The Report on Unidentified Flyng Objects). Lançado em 1956, o livro descreve o estudo dos OVNIS pela Força Aérea estadunidense entre 1947 e 1955. Este é o prefácio do livro, numa livre tradução:

“Este é um livro sobre OVNIS (Objetos Voadores Não Identificados). É realmente mais do que um livro. É um relatório, porque é a primeira vez que alguém, seja civil ou militar, reuniu num único documento todos os fatos sobre este assunto fascinante. Com exceção do estilo, este relatório foi escrito exatamente do jeito que eu teria escrito, que eu tinha sido oficialmente convidado a fazê-lo, enquanto eu era o chefe de projeto da Força Aérea para investigar relatos de OVNIS – o Projeto Livro Azul.

Em muitos casos, deixei de fora os nomes das pessoas que relataram ter visto OVNIS, ou os nomes de certas pessoas que foram associados com o projeto, assim como eu teria feito em um relatório oficial. Pela mesma razão eu mudei o local em que alguns dos avistamentos de OVNIS ocorreram. Isto é especialmente verdadeiro no Capítulo 15: a história de como alguns dos nossos cientistas atômicos detectaram radiações, sempre que OVNIS foram relatados perto de suas instalações.

A política de não identificar a fonte, para tomar emprestado um termo da inteligência militar, era exigência da Força Aérea, para que as pessoas que colaboravam não obtivessem qualquer publicidade indesejada. Os nomes são considerados informações classificadas.

Mas o maior cuidado foi tomado para se certificar de que a omissão de nomes e mudanças no local em nada alterou os fatos básicos, porque este relatório se baseia nos fatos - todos os fatos - nada de significativo tem sido deixado de fora.

Foi somente após considerável deliberação que eu juntei este conjunto de relatórios, porque tinha que ser dito com precisão, sem pressão ou barração. Eu finalmente decidi fazê-lo por duas razões. Primeiro, há interesse mundial em discos voadores, as pessoas querem conhecer os fatos. Porém, frequentemente os fatos são obscurecidos pelo sigilo, causando confusão e levando a situação à uma especulação selvagem, elevada ao mais alto grau da escala, e uma atitude quase blasé. Apenas quando todos os fatos são dispostos é que uma correta avaliação pode ser feita.

Em segundo lugar, depois de passar dois anos investigando e analisando relatos de OVNIS, depois de falar com as pessoas que viram OVNIS - industriais, pilotos, engenheiros, generais e anônimos, e depois de discutir o assunto com muito muitos cientistas competentes, eu senti que estava apto para unir o relato completo de luta da Força Aérea com o disco voador.

O difícil de escrever o livro, pois o assunto envolve algo que não existe oficialmente. É sabido que desde que o primeiro OVNIS foi relatado em junho de 1947, a Força Aérea oficialmente disse que não há prova de que tal coisa como uma nave interplanetária existe. Mas o que não é bem explicado é que essa conclusão está longe de ser unânime entre os militares e os seus consultores científicos, por causa da falta de uma prova mais concreta. Por isso as investigações de OVNIS vão continuar.

O incômodo sobre a palavra prova se resume a uma questão: o que constitui uma prova? Será que um OVNI tem que pousar no Rio Potomac, em frente ao Pentágono, próximo aos gabinetes dos chefes? Quando uma estação de radar em terra detecta um OVNI, envia um avião para interceptá-lo, o piloto do jato o vê, e o operador do radar registra na tela um OVNI se deslocando a uma velocidade fenomenal? E quando um piloto de jato abre fogo contra um OVNI e se mantém convicto em seu relato, mesmo sob a ameaça de corte marcial? Será que isto constitui uma prova?

Depois de vários debates, a resposta a estas perguntas pode ser a resposta para a pergunta: Será que os OVNIS realmente existem? Vou dar-lhe os fatos - todos os fatos. Você decide”.

E.J. Ruppelt - Julho de 1955.

51 – 147 – 164.

Jardel Filho, morte

1983. Morre aos 55 anos de um ataque cardíaco no Rio de Janeiro (RJ), o ator Jardel Frederico de Bôscoli Filho, simplesmente Jardel Filho. Estreou no teatro os 20 anos, na peça Desejo. Em seguida, atuou em peças de Nelson Rodrigues e excursionou com Bibi Ferreira. Representou cerca de 300 personagens no teatro, no cinema e na televisão, onde participou de 17 novelas e minisséries. Entre seus papeis mais importantes destacam-se o do filme Terra em Transe e os das novelas Coração Alado e O Bem Amado. Jardel Filho morreu em um momento importante de sua carreira, quando seu personagem Heitor, da novela da Sol de Verão da TV Globo alcançava enorme sucesso junto ao público. Ele participava das gravações dos últimos 20 capítulos da novela. Então, a direção resolveu providenciar uma viagem para o seu personagem Heitor, terminando assim sua participação na história de Sol de Verão. Jardel Filho nasceu em São Paulo (SP), em 24 de julho de 1927. 36.

Adolfo Celi, morte

1986. Morre aos 73 anos em Siena, Itália, vitimado por uma crise cardíaca em pleno palco o ator e diretor de cinema Adolfo Celi. Convidado pelo empresário Franco Zampari (1898 – 1966) na década de 1950, Celi veio ao Brasil, onde viveu durante 11 anos, e se tornou uma peça importante no desenvolvimento do teatro e do cinema brasileiro. Foi diretor artístico do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia) em e ajudou a fundar a Companhia Tônia-Celi-Autran com Paulo Autran (1922 – 2007) e Tônia Carrero (1922 – 2018), com quem foi casado.

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Na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, fundada pelo amigo Franco Zampari, Adolfo Celi dirigiu e atuou em Caiçara (1905) e Tico-Tico no Fubá (1952). Em 1961, Adolfo Celi se separou de Tônia e desfez a parceria na Companhia teatral, voltou à Itália e recobrou a carreira de ator. Em 1965, ficou mundialmente famoso ao interpretar o vilão e antagonista de James Bond (Sean Connery) em 007 Contra Chantagem Atômica (Thunderball). No fim da década de 1970, Adolfo Celi veio ao Brasil para dirigir Paulo Autran na comédia teatral Pato Com Laranja, inaugurando o Teatro Villa-Lobos, na capital carioca. Adolfo Celi nasceu em Messina Itália, em 22 de julho de 1922. 41.

Sérgio Murillo, morte

1992. Morre aos 50 anos, o cantor e compositor Sérgio Murillo Moreira Rosa, simplesmente Sérgio Murillo - um dos pioneiros do rock n’ no Brasil. Eleito pela crítica especializada Rei do Rock em 1960, começou a carreira artística aos 12 anos como animador de um programa infantil na Rádio Tamoio. Em 1954 passou a cantar no programa Os Curumins, na mesma emissora, Em 1956, foi escolhido o Melhor Cantor do Ano no programa Trem da Alegria, ainda na Rádio Tamoio.

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Em 1959, Sérgio Murillo foi convidado pelo radialista e ator Paulo Gracindo (1911 – 1995) para se apresentar em seu programa na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. O cantor despertou o interesse do compositor Edson Borges, que o levou para a gravadora CBS (Columbia Boadcasting System), onde foi contratado, gravando ali alguns 78RPM, como Mudou Muito, Menino Triste, Broto Legal e Marcianita, um dos seus maiores sucessos. Em 1960, lançou Sérgio Murillo, seu primeiro LP, no qual destacam-se Marcianita, Blue Moon, Menino Triste e Personality. Ainda em 1960, lançou Novamente Sérgio Murilo seu segundo LP, no qual interpretou Broto Legal, Something Happened e Trem do Amor, entre outras. Em 1961, veio Baby, o terceiro LP, trazendo as músicas Domingo de Sol, Tu És Tudo Para Mim, Minha História de Amor, Balada do Homem Sem Rumo, Abandonado e Tu Serás.

O programa Jovem Guarda entrou no ar pela TV Record de São Paulo em 22 de agosto de 1965. Porta voz do movimento musical batizado de yê yê yê, revolucionou a música brasileira e introduziu novos valores. No entanto, na metade da década de 1950, Cely Campelo, Tony Campelo, Carlos Gonzaga, Ronnie Cord, Sérgio Murillo, e outros já faziam sucesso cantando versões de do rock ‘n roll. Com a chegada de Roberto Carlos, surgiu o movimento musical que uniu jovens interessados em fazer um rock brasileiro. Retransmitidos pelas emissoras de TV das grandes cidades brasileiras, o programa Jovem Guarda apresentou nomes como Eduardo Araújo, Wanderley Cardoso, Jerry Adriani, Os Vips, Denny e Dino, Leno e Lilian e os conjuntos se destacaram, entre eles, The Jet Blacks, The Jordans, The Fevers e The Golden Boys.

Sérgio Murillo ficou esquecido e quase nunca era escalado para esses programas musicais da televisão brasileira daquele período. Ficou no esquecimento. Quando eu trabalhava como sonoplasta na Rádio Manchete, no majestoso Edifício Bloch na Praia do Flamengo, todos os dias mantinha contatos com artistas de todos os gêneros, que iam até os estúdios para gravar entrevistas e materiais promocionais para os diversos programas da emissora. Um desses artistas foi o Sérgio Murillo.

Em agosto de 1989, o cantor chegou no estúdio para promover o LP Sérgio Murilo, que estava sendo lançado de forma independente. Trata-se de uma coletânea de seus antigos sucessos. O que mais me chamou a atenção foi o fato de o disco conter sucessos do cantor, com os fonogramas originais gentilmente cedidos pelas gravadoras CBS e BMG Ariola. Durante nossa conversa, Sérgio contou que se encontrava deprimido, pois nunca se conformou com a situação em que se encontrava: em completo esquecimento. Naquele dia, ele não foi entrevistado ao vivo na Rádio Manchete AM. Sérgio Murillo apenas gravou um pequena entrevista que foi ao ar posteriormente, no programa semanal do comunicador Roberto Figueiredo. Antes de sair, ele me deixou como lembrança o LP de trabalho, autografado.

Sergio Murilo nasceu na cidade do Rio de Janeiro em dois de agosto de 1941. Na cidade de Piracicaba (SP), ele foi homenageado com uma rua que leva seu nome. 36 – 78 – 154.

Geraldo Alves, morte

1993. Morre em Campos do Goytacazes em decorrência de uma parada cardíaca aos 57 anos, o ator e comediante Geraldo Hauers Alves. Ele estava internado por causa de uma série de complicações em virtude de um acidente automobilístico em que se envolveu, quando viajava para a capital carioca, após uma apresentação no Circo do Farol de São Tomé, a 50 quilometros da cidade de Campos.

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Geraldo Alves começou a carreira artística aos 15 anos, como locutor comercial das Rádios Difusora e São Paulo, ambas de Itápolis, no interior paulista. Depois de passar um tempo na Capital Paulista, foi para o Rio de Janeiro trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, onde conheceu Chico Anysio, Zé Trindade e Tutuca. Estreou no cinema em 1959 no filme Mulheres à Vista, ao lado de Zé Trindade. Mas famoso mesmo ele ficou na televisão, por causa das imitações que ele fazia. Participou dos programas Faça Humor Não Faça a Guerra, Reapertura, Os Trapalhões e Escolinha do Professor Raimundo. Geraldo Alves nasceu em Itápolis (SP), em oito de março de 1935. 33. 20.02.1993.

Carlos Augusto Strazzer, morte

1993. Morre em aos 46 em decorrência de complicações causadas pela AIDS em Petróplois (RJ) o ator, cantor e diretor de teatro Carlos Augusto Strazzer. Iniciou a carreira artística em 1968, na peça teatral Carrossel Zangado. Dois anos depois estreou na televisão atuando na novela As Pupilas do Senhor Reitor, na TV Record. Na TV Globo, trabalhou em várias novelas, como Coração Alado, Livre para Voar, Champagne, Mandala e Que Rei Sou Eu? No cinema, participou de Gaigin – Os Caminhos da Liberdade (1980) Eles Não Usam Black-Tie (1981), Com Licença Eu Vou à Luta (1986) e Moon Over Parador (1987). Seu último trabalho na televisão foi uma participação especial na minissérie O Sorriso do Lagarto, na TV Globo. No teatro, Carlos Augusto Strazzer atuou em várias peças, entre elas, Cemitério de Automóveis, O Balcão, A Moratória e Evita. Ele nasceu em São Caetano Sul (SP), em quatro de agosto de 1946. 36 – 41.

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Dia 20 de fevereiro

Dia da Beata Jacinta Marto, vidente de Fátima.

Faltam 314 anos para terminar o ano (315 em anos bissextos)

Estácio de Sá, morte

1567. Morre no Rio de Janeiro o militar português Estácio de Sá, o fundador da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, e primeiro governador geral da Capitania do Rio de Janeiro no período colonial e sobrinho do nobre e administardor colonial Mem de Sá (1500 – 1572).

Em 1º de março de 1565, Estácio de Sá chega ao Rio de Janeiro liderando uma frota de navios portugueses e funda a nova cidade junto ao morro do Pão de Açúcar. Ele desembarcou na Baía de Guanabara para tentar expulsar os franceses que tentavam assentar uma colônia na área, desde 1555. Estácio de Sá desembarcou entre os Morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, e começou a construir, nesse mesmo dia um arraial fortificado. Com a ajuda de seus aliados indígenas, dois anos depois o militar derrotou os invasores e, em 1657, e se dedicou a organizar a cidade. Mais tarde, o núcleo urbano passou a se chamar São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem à Sebastião I, rei de Portugal e Algarves entre 11 de junho de 1557 e quatro de agosto de 1578.

Estácio de Sá morreu em 20 de fevereiro de 1567, um mês depois de expulsar os franceses, em consequência de uma infecção no rosto causada por uma flecha envenenada que o feriu durante os combates de Uruçu-mirim, atual Outeiro da Glória. O militar nasceu em Santarém, Portugal, em 1520. 94.

Ciccillo Matarazzo, nascimento

1898. Nasce em São Paulo (SP) o industrial, mecenas e político Francisco Antônio Paulo Matarazzo Sobrinho, mais conhecido como Ciccillo Matarazzo, sobrinho do conde Francesco Antonio Maria Matarazzo (1854 1937), fundador das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo, o maior complexo industrial da América Latina no início do Século 20.

Ciccillo Matarazzo foi diretor de empresas de diversos ramos em São Paulo, e grande incentivador das Artes Plásticas. Fundou o MAM (Museu da Arte Moderna), inaugurado em oito de março de 1949 – e da Bienal Internacional de Arte de São Paulo. Foi também um dos fundadores TBC (Teatro Brasileiro de Comédia e da Companhia Cinematográfica Vera Cruz. Ciccillo Matarazzo morreu aos 78 anos na capital paulista, 16 de abril de 1977. 36 – 78.

Ansel Easton Adams, nascimento

1902. Nasce em São Francisco, Califórnia, o fotógrafo ambientalista Ansel Easton Adams. Largamente considerado um dos melhores do mundo em sua função, ele era conhecido como O Poeta Da Fotografia. Ele deixou uma obra composta de mais de 30 mil fotos em preto e branco do Oeste norte-americano. Aos 12 anos, Adams ganhou sua primeira câmera quando foi visitar pela primeira vez o Parque Nacional Yosemite, localizado no oeste da Sierra Nevada, na Califórnia. Mais tarde, foi trabalhar para o governo, fotografando parques nacionais, e se tornou defensor vitalício da conservação ambiental. Sua obra fotográfica se tornou profundamente entrelaçada com essa defesa. 

Em 15 de novembro de 1932, Ansel Adams e mais seis fotógrafos da área de São Francisco criaram o Grupo f / 64, com o objetivo de, juntos, compartilhar um estilo fotográfico comum, caracterizado por imagens nitidamente focadas e emolduradas cuidadosamente vistas através de uma perspectiva nitidamente ocidental (EUA). Além disso, o grupo de fotógrafos queria promover uma nova estética modernista baseada em imagens expostas com precisão de formas naturais e objetos encontrados. Ansel Easton Adams morreu aos 82 anos em Monterey, Califórnia, em 22 de abril de 1984. 21.26/12/1984 – 78.

Tim, nascimento

1916. Nasce em Rifaina (SP), o ex-jogador e técnico de futebol Elba de Pádua Lima, conhecido como Tim. Considerado por muitos como o maior estrategista do futebol brasileiro, começou a carreira de jogador aos 14 anos no Botafogo de Ribeirão Preto (SP). Jogou também pela Portuguesa Santista, Fluminense, São Paulo, Olaria, Seleção Paulista e Seleção Brasileira. Como técnico, dirigiu várias equipes do Brasil e do exterior, e seu melhor trabalho foi a classificação da Seleção do Peru para a Copa do Mundo da Espanha em 1982. Tim morreu no Rio de Janeiro aos 68 anos, em sete de julho de 1984. 36.

Robert Altman, nascimento

1925. Nasce em Kansas City, Missouri, o cineasta Robert Bernard Altman, considerado como o mais independente de todos os diretores do cinema norte-americano. Foi piloto de avião na Segunda Guerra Mundial. Começou a carreira dirigindo séries de TV, entre as quais Bonanza (1959) e Combate! (1962).

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Em toda sua carreira, Robert Altman dirigiu 65 filmes e documentários. Os mais conhecidos são Os Delinquentes (1957), No Assombroso Mundo da Lua (1968), M.A.S.H. (1970), Nashville (1975), Búfalo Bill (1976), Cerimônia de Casamento (1978), Popeye (1980), Van Gogh - Vida e Obra de Um Gênio (1990), De Corpo e Alma (2003) e Bastidores da Rádio (2006). Robert Altman morreu em Los Angeles aos 81 anos, em 20 de novembro de 2010. 4 - 46.24/11/2006.

Sidney Poitier, nascimento

1927. Nasce em Miami, Flórida o ator, diretor, produtor e diplomata Sidney L. Poitier, vencedor do Oscar de Melhor Ator pela sua atuação em Uma Voz nas Sombras, de 1963, e outro pelo conjunto de sua obra em 2002. Aos 11 anos, mudou-se com a família para Nassau, e aos 15 foi morar em Miami com seu irmão mais velho. Foi aí que ele sentiu, por causa da discriminação, a dificuldade para arranjar um emprego. Aos 18 anos, decidiu ir para Nova Iorque. Na cidade que nunca dorme, ele chegou a pernoitar em terminais de ônibus, e de dia fazia biscates. Mais tarde, ele arranjou um emprego em um hospital de veteranos do Exército.

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Sidney Poitier estreou no cinema em 1950, no filme O Ódio é Cego, mas só começou a se destacar em 1955 em Sementes de Violência. Ele levantou pela primeira vez a questão racial em Acorrentados, de 1958. Ele é o único ator a ter vencido por três vezes o Urso de Prata no Festival de Berlim, ele estreou na Broadway, aos 22 anos. Em abril de 1997 foi nomeado embaixador das Bahamas no Japão, cargo que ocupou até 2007. Ele também o cargo de embaixador da Bahamas junto à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), entre 2002 e 2007. Os filmes mais importantes da carreira de Sidney Poitier são: Ao Mestre Com Carinho (1966), No Calor da Noite (1967), Adivinhe Quem Vem Para o Jantar (1967), Um Por Deus Outro Pelo Diabo (1972), Little Nikita (1988) e Lições de Vida (1999). 4.

John Glenn Jr., o segundo homem no espaço

1962. O coronel da Força Aérea dos EUA e depois senador John Herschel Glenn Jr. (1921 - 2016) impulsionado por um foguete Atlas decola para o primeiro voo orbital estadunidense. Glenn deu três voltas completas ao redor da Terra a bordo da cápsula Friendship 7, que tinha apenas um metro cúbico de espaço, a uma velocidade de 28 mil quilômetros por hora, chegando a distanciar-se 260 mil quilômetros do planeta.

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O voo de Glenn foi uma resposta à União Soviética que, em 12 de abril de 1961 realizou o primeiro voo de um ser humano em órbita. O cosmonauta foi Iuri Alekseievitch Gagarin (1934 – 1968), então, o primeiro terráqueo a viajar pelo espaço e voltar, e o primeiro a realizar algo estranho fora do Planeta Terra. A aventura se deu a uma altura de 320 quilômetros e durou 108 minutos, a bordo da cápsula espacial Vostok 1, uma nave que pesava 4 725 quilos. Admirado com o que viu, em duas transmissões, Iuri falou pelo rádio com a base de lançamento:

“Eu vejo A Terra. Ela é maravilhosa! Ela é azul!”. A visibilidade é boa. E os ouço perfeitamente”. 36 -41.

Navio petroleiro Anne Mildred Brovig: acidente ecológico

1966. O navio petroleiro norueguês Anne Mildred Borvig se choca com o cargueiro britânico Pentland, próximo da ilha alemã Helgoland. O acidente causa um derramanto de cerca de 17 mil toneladas de óleo cru no Mar do Norte. Milhares de aves marinhas morrem nas costas da Dinamarca e da Alemanha Ocidental. 33.26/03/1989.

Kurt Cobain, nascimento

1967. Nasce em Aberdeen, estado de Washington o músico Kurt Donald Cobain, líder do grupo Nirvana, formado por ele e por Krist Novoselic em 1987. Em fevereiro de 1976 seus pais se separaram, fato que marcou para sempre sua personalidade. Rebelde, ele não conseguiu viver nem com a mãe nem com o pai, passando a morar com parentes e amigos. Algumas vezes, dormia em salas de esperas de hospitais e até em baixo de pontes. No dia oito de abril de 1994, foi encontrado morto em sua casa como um tiro na cabeça. Deixou três bilhetes para a esposa, a cantora Courtney Love (1964 - ), de quem estava se divorciando. 28.02/2009 – 46.13/04/1994.

Café Filho, morte

1970. Morre aos 71 anos no Rio de Janeiro(RJ) em 20 de fevereiro de 1970, o político João Fernandes Café Filho. Estudou Direito na Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais e entrou para a política em 1921. Abraçou o jornalismo assumindo posições oposicionistas que lhe valerão a prisão em 1938. Com a vitória da Revolução de 1930, foi nomeado chefe de polícia do Rio Grande do Norte, mas abandonou o movimento revolucionário, e em 1934 foi eleito deputado federal. Sempre na oposição, Café Filho foi exilado na Argentina até 1938, e retornou após o advento do Estado Novo em 10 de novembro de 1937, e reingressou na política, elegendo-se deputado federal em 1946 e vice-presidente em 1950. Com o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954, assumiu a Presidência da República.

Em pouco mais de um ano de governo, João Café Filho deu grande apoio ao desenvolvimento da Petrobrás e restabeleceu a tranquilidade do país, abalado com a violência da morte de Vargas. Mas na madrugada de três de novembro de 1955, sofreu um distúrbio cardiovascular e foi substituído pelo então presidente da Câmara dos Deputados Carlos Coimbra da Luz (1894 – 1961), que ocupou a cadeira presidencial de fato, por apenas três dias, entre oito e 11 de novembro de 1955. Mas ele protagonizou um episódio histórico da política brasileira. Café Filho se recuperou e tentou reassumir o cargo, impetrando um mandado de segurança junto ao STF, porém, seu pedido foi negado. Em 1960, foi nomeado membro do Tribunal de Contas do Estado Guanabara. Café Filho nasceu em Natal (RN), em três de fevereiro de 1899.

A par disso, Juscelino Kubitschek havia sido eleito presidente da República em três de outubro de 1955 com 36% dos votos. Mas JK não obteve a maioria absoluta. Em vista disso, a oposição tentou impugnar o pleito, mas o Movimento Legalista, liderado pelo então ministro da Guerra, marechal Henrique Batista Duffles Teixeira Lott (1894 – 1984) garantiu a posse, afastando o presidente provisório Carlos Coimbra da Luz, que precisou embarcar no Cruzador Almirante Tamandaré para uma viagem não programada até Santos (SP), onde instalou um governo de emergência. O navio, que na época era o mais bem equipado da Marinha nacional foi alvo de disparos pela artilharia do exército. Porém, este não revidou, atendendo solicitação do próprio Carlos Luz. No entanto, com o apoio do PSD (Partido Social Democrático), foi declarado seu impeachment no Congresso Nacional, sob acusação de conspiração para não entregar o poder ao presidente eleito. Então, o vice-presidente do Senado Nereu Ramos de Oliveira (1888 - 1958) assumiu em seu lugar, e dois meses depois passou, finalmente, o governo à Juscelino Kubitschek. 41 - 78. – 74.

Estação Espacial Mir: lançamento

1986. Ainda como parte do Programa Espacial Soviético, em Baikonur, no Cazaquistão, é lançado a bordo de um foguete Proton-K o primeiro módulo da estação espacial Mir, projetada para substituir as estações da série Salyut. Terceira geração das estações orbitais soviéticas, a Mir é a primeira estação permanentemente habitada e a longo prazo no espaço. Em 12 de março de 1986, a bordo da Soyuz T-15 foi colocada no espaço a primeira tripulação da Mir, com os cosmonautas Leonid Kizin (1941 -) e Vladimir Solonoviev (1946 -). Eles permaneceram na estação de 14 de março até seis de junho de 1986, e de 26 de junho até 16 de julho de 1987. Nesses 125 dias, eles passearam pelo espaço oito vezes, num total de mais de 30 horas. Pela primeira vez na história da astronáutica foi realizada uma viagem de ida e volta da Mir à Salyut 7, outra estação espacial soviética. Nos anos seguintes a estação se transformaria num avançado complexo de dezenas de pesquisas espaciais.

Várias missões conjuntas foram efetuadas, o que proporcionou à Mir um status de estação internacional. Um total de 103 cosmonautas e astronautas de diferentes países visitou a estação espacial de 130 toneladas, sendo 62 não russos, representando 11 países, inclusive os Estados Unidos. Mas um somatório de problemas, aliado a falta de recursos para saná-los precipitou sua desativação. Mesmo assim, a Mir pode ser considerada o experimento espacial mais bem sucedido da história da humanidade.

Em 27 de agosto de 2000, a Federação Russa anunciou o processo de extinção gradativa do Projeto Mir, mas ela funcionou até 23 de março de 2001. Sua queda começou quando o foguete Progress, acoplado à estação, acionou os propulsores pela última vez, freando a órbita da estrutura e fazendo com que ela cedesse à gravidade. Finalmente ela afundou no Oceano Pacífico a três mil quilômetros da Austrália, pondo fim aos 15 anos de vida útil do primeiro complexo orbital construído pelo homem. 22.22/08/1988.

Lutero Luiz, morte

1990. Morre aos 59 anos no Rio de Janeiro (RJ) o ator Luthero Luiz, creditado em alguns filmes como Gerson Luíz. Formado em artes cênicas em Porto Alegre (RS), ele começou a carreira em 1952, como rádio ator. No início da década de 1960, se transferiu para São Paulo, onde solidificou sua carreira com 24 peças de teatro, 18 filmes e mais de 20 novelas da televisão. No cinema, destacou-se em comédias como Vai Trabalhar Vagabundo, O Crime do Zé Bigorna, Guerra Conjugal, Ladrões de Cinema e Se Segura, Malandro! Também atuou em dois dos filmes dos Trapalhões: Aladin e a Lâmpada Maravilhosa e O Cangaceiro Trapalhão. Entre as novelas em que Lutero Luiz destacam-se O Bem Amado, Pecado Capital, Gabriela, O Salvador da Pátria e O Sexo dos Anjos. Ele nasceu em São Gabriel (RS), em cinco de janeiro de 1931. 36.

Afonsinho, morte

1997. Morre aos 82 anos no Rio de Janeiro (RJ), o meia esquerda Afonso Guimarães da Silva, mais Afonsinho. Tinha um futebol agressivo mas não gostava de confusão, mas orientar seus companheiros dentro de campo. Por isso, ganhou o apelido delegado, sem nunca ter sido de fato. Nascido e criado em Vila Isabel, o famoso bairro da capital carioca, Afonsinho foi vizinho e amigo do sambista, compositor, cantor instrumentista Noel Rosa (1910 – 1937).

Afonsinho começou a carreira no América, onde foi Campeão Carioca de 1931; depois passou pelo São Cristóvão e Fluminense, e ao lado de Batatais, Domingos da Guia, Zezé Procópio, Leônidas da Silva e muitos outros craques de sua geração. Com Flumunense, Afonsinho foi Campeão Carioca em 1941 e 1946. Disputou a Copa de 1938 na França, onde o Brasil ficou em terceiro lugar ao vencer a Suécia pelo placar de 4 a 2. Pela raça que mostrou na Seleção Brasileira naquela Copa, o comentarista Luis Mendes (1924 – 2011) o anunciava como A Alma da Seleção de 38. Afonsinho agradeceu com esta frase:

“Nunca, nem quando eu jogava, fui lembrado para ser homenageado. Nunca esquecerei este momento”

Afonsinho nasceu na capital carioca, em oito de março de 1914. 33.21.02.1997.

Sandra Dee, morte

2005. Morre aos 62 anos em Thousand Oaks, Califórnia, a atriz e modelo Alexandrina Cymboliak Zuck, mais tarde, Sandra Dee, uma as mais importantes atrizes surgidas no cenário artístico dos Estados Unidos no final da década de 1950. Segundo seu filho Dodd Darin, ela nasceu, na verdade em 1944 e começou a carreira em 1957, no filme Famintas de Amor, e no ano seguinte ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz. Em 1960 ela casou-se com o cantor Bobby Darin (1936 – 1973), que ficou famoso no filme Quando Setembro Vier, longa-metragem em que ela também aparece. Outros filmes importantes de sua carreira são: Maldosamente Ingênua, Porque São Jovens, Amores Clandestinos, A Ilha da Fantasia, Imitação da Vida e Brotinho Indócil. Sandra Dee nasceu em Bayone, Nova Jersey, em 23 de abril de 1942. 4.

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