UFPB



UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARA?BACENTRO DE CI?NCIAS EXATAS E DA NATUREZADEPARTAMENTO DE INFORM?TICAPROGRAMA DE P?S-GRADUA??O EM INFORM?TICAiTVnews:Uma Ferramenta para Constru??o de Aplica??es Telejornalísticas em TVDIMARCELO FERNANDES DE SOUSAJO?O PESSOA - PBAGOSTO 2010MARCELO FERNANDES DE SOUSAITVNEWS: UMA FERRAMENTA PARA CONSTRU??O DE APLICA??ES TELEJORNAL?STICAS EM TVDIDisserta??o apresentada ao Programa de Pós-Gradua??o em Informática da Universidade Federal da Paraíba como parte dos requisitos necessários para obten??o do grau de Mestre em Ciências da Computa??o.ORIENTA??O: Prof. Dr. Ed Porto BezerraCO-ORIENTA??O: Prof. Dra.Tatiana Aires TavaresJO?O PESSOA - PBAGOSTO 2010Este trabalho é dedicado aos meus pais Assis e Lourinaida, bem como ao meu irm?o Mykel e a minha irm? Myane.A toda família Fernandes (Queridos avós, tios e primos)“A todos aqueles que acreditam que a perseveran?a é o caminho para as grandes realiza??es”AGRADECIMENTOSAgrade?o à minha família pelo incentivo e pela compreens?o durante toda minha vida e trajetória acadêmica. Aos professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) por minha forma??o na gradua??o, sem a qual n?o teria chegado até aqui. Aos meus colegas do Laboratório de Aplica??es de Vídeos Digitais (LAVID) pelo companheirismo e ajuda prestados. Em especial ao André Felipe, ao Ricardo e a Lívia. Aos amigos da Cidade Viva pelo apoio e amizade dispensados ao longo do desenvolvimento deste trabalho. A disposi??o dos profissionais da TV Cabo Branco, sem os quais n?o teria realizado esse trabalho.Agrade?o também à CAPES pelo apoio financeiro. E, por fim, acima de tudo e todos, agrade?o a Deus por sempre ter iluminado meu caminho. RESUMONo contexto do telejornalismo percebe-se, diariamente, um volume exacerbado de informa??es. Isto exige um alto grau de desdobramento das equipes dos telejornais, uma vez que o intervalo de tempo entre a cobertura da matéria e a veicula??o desta se minimiza a cada dia. Atualmente, para a cria??o de aplica??es interativas, os jornalistas carecem do suporte da equipe de informática o que pode atrasar o processo de elabora??o de matéria interativa.O objetivo deste trabalho é possibilitar a cria??o automática de aplicativos de Televis?o Digital Interativa para telejornal (enquete, quiz, chat etc). Para tanto, é apresentada a ferramenta iTVnews que oferece ao jornalista um ambiente computacional que abstrai a complexidade da programa??o desses aplicativos, focando-se na linguagem do domínio dos profissionais da área.Palavras-chave Telejornalismo, Televis?o Digital, Aplicativos InterativosABSTRACTOn the TV news we see every day a lot of information. This requires hard work from TV news teams, since the time between the creation of content and its broadcasting decreases over the years. Today, to create interactive applications, journalists need support from the IT team and this can delay the development of interactive material.The goal of this work is to make possible automatically creation of Interactive Digital Television journal applications (voting, quiz, chats, etc.). Thus, we present the tool called iTVnews that offers a computer environment that abstracts the complexity of programming these applications. The tool focuses on the language of the journalists’ domain.Keywords?TV news, Digital Television, Interactive ApplicationLISTA DE FIGURAS TOC \h \z \c "Figura" Figura 1 – Componentes de um sistema de televis?o digital interativa. PAGEREF _Toc282529827 \h 14Figura 2 – (a) Wiky Dink and You (b) Winky Dink Tool Kit. PAGEREF _Toc282529828 \h 22Figura 3 – Interatividade sob as perspectivas de personaliza??o/instantaneidade do servi?o PAGEREF _Toc282529829 \h 26Figura 4 – (a) Pergunta da enquete do Jornal do SBT (b) Resultado da enquete. PAGEREF _Toc282529830 \h 27Figura 5 – Tela da Sky News Active com resultado da enquete do dia. PAGEREF _Toc282529831 \h 28Figura 6 –Tela da Sky News Chat. PAGEREF _Toc282529832 \h 29Figura 7 – Tela principal da aplica??o "Alimenta??o Saudável. PAGEREF _Toc282529833 \h 32Figura 8 – Aplica??o Torcida Virtual. PAGEREF _Toc282529834 \h 34Figura 9 – Tela da Aplica??o Peso Ideal. PAGEREF _Toc282529835 \h 35Figura 10 – Processo de Desenvolvimento de Programas para TVDI. PAGEREF _Toc282529836 \h 37Figura 11 – Associa??o das ferramentas aos seus respectivos domínios PAGEREF _Toc282529837 \h 41Figura 12 – Processamento de um documento NCL usando templates de composi??o. PAGEREF _Toc282529838 \h 44Figura 13 – Exemplo de especifica??o XWizard e a respectiva interface gerada. PAGEREF _Toc282529839 \h 45Figura 14 – Inteface da ferramenta LimSee2 PAGEREF _Toc282529840 \h 46Figura 15 – Interface da ferramenta Icarus iTV Suite Author PAGEREF _Toc282529841 \h 48Figura 17 – Interface da ferramenta Composer : Tela da Vis?o Textual PAGEREF _Toc282529842 \h 52Figura 16 – Interface da ferramenta Composer : Tela da Vis?o Leiaute PAGEREF _Toc282529843 \h 52Figura 18 – Interface da ferramenta iTV Project. PAGEREF _Toc282529844 \h 53Figura 19 – Interface da Ferramenta Contextual Ginga. PAGEREF _Toc282529845 \h 54Figura 20 – Atores e Arquitetura da ferramenta NCLWizard. PAGEREF _Toc282529846 \h 55Figura 21 – Processo atual de realiza??o de enquetes PAGEREF _Toc282529847 \h 61Figura 22 – Processo de cria??o de enquetes com a ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529848 \h 63Figura 23 – Tela interativa do quadro “Saúde”, do JPB 1? edi??o PAGEREF _Toc282529849 \h 64Figura 24 – Op??es da enquete interativa do quadro “saúde” do JPB 1? edi??o PAGEREF _Toc282529850 \h 65Figura 25 – Resultado parcial da enquete interativa do JPB 1? edi??o PAGEREF _Toc282529851 \h 65Figura 26 – Informa??es adicionais sobre a matéria veiculada PAGEREF _Toc282529852 \h 66Figura 27 – Aplicativo com as informa??es sobre a pessoa desaparecida PAGEREF _Toc282529853 \h 67Figura 28 – (a) Tela correspondente às op??es “melhor servi?o” (b) Tela correspondente às op??es “pior servi?o” PAGEREF _Toc282529854 \h 68Figura 29 – Resultado parcial da enquete PAGEREF _Toc282529855 \h 69Figura 30 – Tela exibindo a aba “Busca” da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529856 \h 70Figura 31 – Tela exibindo a aba “Aplica??es” da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529857 \h 71Figura 32 – Tela exibindo a aba “Sobre” da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529858 \h 72Figura 33 – Resultado do questionário do workshop de interatividade para telejornalismo PAGEREF _Toc282529859 \h 74Figura 34 – Diagrama de Caso de Uso da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529860 \h 74Figura 35 – Arquitetura em Camadas da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529861 \h 78Figura 36 – Desenvolvimento com/para reuso na ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529862 \h 79Figura 37 – (a) Enquete Rede NGT (b) Enquete TV Gazeta PAGEREF _Toc282529863 \h 80Figura 38 – Arquitetura em camadas dos aplicativos interativos telejornalísticos PAGEREF _Toc282529864 \h 81Figura 39 – Diagrama de Implanta??o iTVnews PAGEREF _Toc282529865 \h 82Figura 40 – Diagrama de Caso de Uso do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529866 \h 84Figura 41 – Arquitetura em camadas do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529867 \h 85Figura 42 – Diagrama de Classes do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529868 \h 86Figura 43 – Tela da interface do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529869 \h 87Figura 44 – Equipamentos usados nos testes do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529870 \h 88Figura 45 – Jornalistas interagindo com o Módulo de Cria??o de Enquete da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529871 \h 91Figura 46 – Aplica??o sobre maioridade penal criada por um dos jornalistas da TV Cabo Branco PAGEREF _Toc282529872 \h 92Figura 47 – Resultado da avalia??o do Módulo de Cria??o da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529873 \h 93 LISTA DE TABELAS TOC \h \z \c "Tabela" Tabela 1 – Equipes engajadas na produ??o de uma emissora de TVDI. PAGEREF _Toc282505048 \h 38Tabela 2 – Tabela de Análise Comparativa das Ferramentas Relacionadas PAGEREF _Toc282505049 \h 56Tabela 3 – Op??es de interatividade propostas PAGEREF _Toc282505050 \h 73Tabela 4 – Tabela de Requisitos Funcionais da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282505051 \h 75Tabela 5 – Tabela de Requisitos N?o-Funcionais da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282505052 \h 75Tabela 6 – Caso de Uso Expandido: Consultar Repositório PAGEREF _Toc282505053 \h 76Tabela 7 – Caso de Uso Expandido: Executar um Módulo de Cria??o PAGEREF _Toc282505054 \h 76Tabela 8 – Caso de Uso Expandido: Configurar Aplica??o interativa PAGEREF _Toc282505055 \h 77Tabela 9 – Caso de Uso Expandido: Gerar Aplica??o Interativa PAGEREF _Toc282505056 \h 77Tabela 10 – Especifica??o dos equipamentos utilizados nos testes do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282505057 \h 89Tabela 11 – Análise comparativa das ferramentas relacionadas com a ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282505058 \h 96LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURASAPI – Application Programming InterfaceCSS – Cascading Style SheetsCAPES – Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de Nível SuperiorCDK – Component Development KitDAVIC – Digital Audio Video CouncilDVB – Digital Video BroadcastingEPG – Electronic Program GuideGEM – Globally Executable MHPHAVI – Home Audio Video InteroperabilityHTML – HyperText Markup LanguageIMC – Indice de Massa CorporalISDB – Integrated Services Digital Broadcasting JMF – Java Media FrameworkLAVID – Laboratório de Aplica??es de Vídeo DigitalMHP – Multimedia Home PlatformNCL – Nested Context LanguageNCM – Nested Context ModelPUC-Rio – Pontifícia Universidade Católica do Rio de JaneiroSBT – Sistema Brasileiro de Televis?oSBTVD – Sistema Brasileiro de TV DigitalSI – Servi?o de Informa??oSMS – Short Message ServiceSTB – Set Top BoxTV – Televis?oTVDI – TV Digital InterativaTUIG – Television User Interface GeneratoXHTML – Extensible Hypertext Markup LanguageXML – Extensible Markup LanguageSUM?RIO TOC \o \h \z 1.INTRODU??O PAGEREF _Toc282529935 \h 141.1 Justificativa PAGEREF _Toc282529936 \h 171.2 Trabalhos no Contexto da Institui??o PAGEREF _Toc282529937 \h 181.3 Objetivos PAGEREF _Toc282529938 \h 191.4 Organiza??o da Disserta??o PAGEREF _Toc282529939 \h 202.FUNDAMENTA??O TE?RICA PAGEREF _Toc282529940 \h 212.1 Interatividade na TV PAGEREF _Toc282529941 \h 212.1.1 Interatividade no telejornalismo antes da TVDI PAGEREF _Toc282529942 \h 262.1.2 Interatividade no telejornalismo depois da TVDI PAGEREF _Toc282529943 \h 282.2 Aplica??es interativas e o middleware Ginga PAGEREF _Toc282529944 \h 292.3 Peopleware e a TVDI PAGEREF _Toc282529945 \h 373.INICIATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS INTERATIVOS PARA TVDI PAGEREF _Toc282529946 \h 433.1 Domínio da Linguagem de Programa??o PAGEREF _Toc282529947 \h 433.1.1 XTemplate 3.0 PAGEREF _Toc282529948 \h 433.1.2 NCLWizard (XWizard) PAGEREF _Toc282529949 \h 443.2 Domínio do Modelo de Autoria PAGEREF _Toc282529950 \h 453.2.1 LimSee2 PAGEREF _Toc282529951 \h 453.2.2 Cardinal Studio Professional 4 PAGEREF _Toc282529952 \h 463.2.3 Icareus iTV Suite Author PAGEREF _Toc282529953 \h 483.2.4 Alti?Composer PAGEREF _Toc282529954 \h 493.2.5 Composer PAGEREF _Toc282529955 \h 503.2.6 iTV Project PAGEREF _Toc282529956 \h 523.2.7 Contextual Ginga PAGEREF _Toc282529957 \h 533.3 Domínio da Linguagem da Comunica??o PAGEREF _Toc282529958 \h 553.3.1 NCL Wizard (Wizard) PAGEREF _Toc282529959 \h 553.4 Discuss?o PAGEREF _Toc282529960 \h 554.A FERRAMENTA ITVNEWS PAGEREF _Toc282529961 \h 584.1 Vis?o Geral PAGEREF _Toc282529962 \h 584.2 Análise da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529963 \h 594.2.1 Levantamento de Requisitos PAGEREF _Toc282529964 \h 594.2.1.1 Entrevistas, Reuni?es e Visita??es para Conhecimento do Domínio PAGEREF _Toc282529965 \h 594.2.1.2 Aplica??es Piloto PAGEREF _Toc282529966 \h 634.2.1.3 Prototipa??o da ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529967 \h 704.2.1.4 Workshop de Interatividade e Questionários PAGEREF _Toc282529968 \h 724.2.2 Vis?o de Casos de Uso e Especifica??o de Requisitos PAGEREF _Toc282529969 \h 744.2.3 Expans?o dos Casos de Uso PAGEREF _Toc282529970 \h 764.2.4 Arquitetura da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529971 \h 774.2.4.1 Aplica??o iTVnews Desktop PAGEREF _Toc282529972 \h 784.2.4.2 Repositório PAGEREF _Toc282529973 \h 784.2.4.3 Módulos de Cria??o de Aplicativos Interativos PAGEREF _Toc282529974 \h 794.2.5 Vis?o de Implanta??o da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529975 \h 824.3 Detalhamento do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529976 \h 834.3.1 Casos de Uso do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529977 \h 834.3.2 Arquitetura do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529978 \h 844.3.3 Vis?o de Implementa??o do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529979 \h 854.3.4 Projeto da Interface com o Jornalista do Módulo de Cria??o de Enquete PAGEREF _Toc282529980 \h 865.ESTUDO DE CASO: M?DULO DE CRIA??O DE ENQUETE PAGEREF _Toc282529981 \h 885.1 A Infraestrutura PAGEREF _Toc282529982 \h 885.2 A Forma de Avalia??o PAGEREF _Toc282529983 \h 895.3 Testes de Aceita??o PAGEREF _Toc282529984 \h 905.4 Resultados Obtidos PAGEREF _Toc282529985 \h 925.5 Discuss?o PAGEREF _Toc282529986 \h 936.CONSIDERA??ES FINAIS PAGEREF _Toc282529987 \h 956.1 Resultados Obtidos PAGEREF _Toc282529988 \h 956.2 Contribui??es PAGEREF _Toc282529989 \h 966.3 Trabalhos Futuros PAGEREF _Toc282529990 \h 977.REFER?NCIAS PAGEREF _Toc282529991 \h 99ANEXO A PAGEREF _Toc282529992 \h 103A1. Questionário realizado com participantes da Oficina a fim de identificar aplica??es interativas de maior interesse para telejornais PAGEREF _Toc282529993 \h 103A2. Entrevista com Jornalistas da TV Cabo Branco participantes dos testes de aceita??o do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529994 \h 104A3. Questionário realizado com Jornalistas da TV Cabo Branco participantes dos testes de aceita??o do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnews PAGEREF _Toc282529995 \h 105 INTRODU??OA TV Digital Interativa (TVDI) foi proporcionada pela mudan?a na difus?o do sinal televisivo, passando-se a utilizar um sistema de transferência de dados por meio de códigos binários – seqüência de bits (representados por “0” e “1”). Isso permitiu o processamento direto do sinal, tornando-o facilmente manipulável e, consequentemente, possibilitando uma gama de novos servi?os interativos. Para tentar entender como atingir tais possibilidades, é importante saber que o sistema de TVDI é constituído basicamente por três componentes: o difusor, o canal e o receptor (Figura 1). O primeiro componente, o provedor de servi?o de difus?o, é a esta??o produtora e transmissora de conteúdo, também conhecida como emissora de TVDI. O segundo componente é o meio físico onde os sinais de vídeo, áudio e dados s?o transmitidos: cabo coaxial, fibra óptica, ar etc. O terceiro componente é o receptor digital, também conhecido como set-top-box, que lida com a decodifica??o e a exibi??o do sinal, além das aplica??es interativas.15240-2540Figura SEQ Figura \* ARABIC 1 – Componentes de um sistema de televis?o digital interativa. Fonte: [BECKER e MONTEZ, 2004]Todo o processo de captura, compress?o, modula??o e transmiss?o dos sinais de vídeo e áudio, além de todas as interfaces físicas entre os equipamentos envolvidos, precisa de garantias de compatibilidade [LEITE et al., 2005] [YAMADA et al., 2004]. Dessa necessidade de normatiza??o, surgiram os padr?es de sistemas de TVDI, dentre os quais, destaca-se o Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).Os benefícios que a TVDI proporciona s?o diversos, como: grande melhoria na qualidade de som e imagem; melhor abrangência de sinal; mais canais; mobilidade e portabilidade; e por fim, com um merecido destaque, a abertura do leque de possibilidades na interatividade com as aplica??es interativas. Atualmente, as aplica??es interativas têm se demonstrando um recurso de vasta aplicabilidade, e vem sendo empregadas em diversas áreas como: t-comerce, t-learning, t-gov, talk shows, telejornais, reality shows, etc.Contudo, estudiosos de TVDI costumam argumentar sobre a incerteza do sucesso das aplica??es interativas no Brasil, pois ele dependerá de uma mudan?a de postura por parte da audiência que está acostumada a passividade. Observa-se, também, que nós demais países onde existe um Sistema de TVDI, a interatividade n?o é o maior atrativo, sendo ofuscada pela alta defini??o (a exemplo dos Estados Unidos), ou pela mobilidade (a exemplo do Jap?o). Dessa forma, para o SBTVD, um dos grandes desafios será a busca por estratégias a fim de que a popula??o sinta-se atraída pelas aplica??es interativas.Diante deste cenário, este trabalho foca-se no contexto de um telejornal. O telejornal é um dos principais meios através do qual a popula??o se informa. Eles s?o os produtos de informa??o de maior impacto na sociedade contempor?nea e as principais fontes de informa??o para a maioria da popula??o brasileira [BECKER, 2005]. Dessa forma, explorar as potencialidades da TVDI nos telejornais é de suma import?ncia, devido ao poder social que eles possuem.Para tanto, além de superar as dificuldades gerais que a produ??o de aplica??es interativas enfrenta, existe uma dificuldade peculiar ao contexto da produ??o telejornalística: o tempo. A melhoria das reda??es de imprensa ao longo dos últimos anos favoreceu a imediaticidade na informa??o. O intervalo de tempo entre a cobertura da matéria e a veicula??o desta se minimiza a cada dia. Esse fato precisa ser levado em considera??o na cria??o de aplica??es interativas para telejornal. Parar minimizar tal problema, este trabalho prop?e a atribui??o da tarefa de cria??o de aplica??es interativas, que hoje pertence aos profissionais de informática, aos jornalistas. Para apoiá-los, foi criada a ferramenta ITVnews, que oferece ao jornalista um ambiente computacional que abstrai a complexidade da programa??o dos aplicativos de TVDI para telejornal. Ou seja, através de simples composi??es, os próprios jornalistas criam as aplica??es. Para uma melhor compreens?o, é de suma import?ncia destacar que está fora do escopo deste trabalho o desenvolvimento, ou seja, a programa??o de aplica??es interativas por parte dos jornalistas. Estes últimos apenas realizar?o uma composi??o, por meio da ferramenta iTVnews. Portanto, os jornalistas apenas poder?o compor aplica??es dentre op??es previamente desenvolvidas por programadores. Sendo assim, trata-se de um modelo de negócio em que códigos s?o gerados por profissionais de informática e oferecidos como produtos aos jornalistas que os reutilizar?o a fim de resolver os problemas computacionais: tempo e qualidade na produ??o de software para o parceiros deste trabalho, o Laboratório de Aplica??es de Vídeos Digitais (LAVID) e a TV Cabo Branco (afiliada da Rede Globo na Paraíba), promoveram a aproxima??o das áreas de informática e comunica??o em uma experiência que apontou as diretrizes para o desenvolvimento da ferramenta iTVnews. Atualmente, o LAVID é uma referência nacional e internacional em desenvolvimento de tecnologia para TV Digital. O laboratório conta com a colabora??o de mais de 40 jovens pesquisadores, entre doutores, mestres e graduandos, que est?o interconectados com pesquisadores de todo o Brasil e do mundo, trazendo as atuais tendências tecnológicas mundiais nas áreas de vídeo e TVDI. Em rela??o à TV Cabo Branco, ela é a única emissora no Estado a disponibilizar sua programa??o em bits. Embora a emissora n?o esteja preparada para produzir material digital, ela está apta à transmiss?o e demonstrou-se aberta e interessada em preparar-se para o futuro que a nova TV proporciona.1.1 JustificativaA parceria com a TV Cabo Branco possibilitou vivenciar a din?mica de um telejornal. Também foi possível entender mais sobre a linguagem, os prazos, as limita??es, as responsabilidades; bem como captar a vis?o dos jornalistas sobre a interatividade. A oportunidade de enriquecer a programa??o com recursos interativos é vista com bons olhos pelos profissionais da emissora, contudo, existem ressalvas. Como potenciais entraves, foram apontados: o encarecimento da produ??o devido à necessidade de um novo setor de informática; e a elabora??o de matéria interativa em tempo hábil, devido à dependência dos jornalistas em rela??o à equipe de informática.Atualmente, existem ferramentas de autoria que apóiam a cria??o de aplica??es de TVDI, o que acelera o processo. Contudo, elas s?o voltadas aos profissionais de informática e, apesar de apoiar o processo de cria??o, elas n?o acompanham a dinamicidade exigida pelo telejornalismo. Além disso, os jornalistas ainda carecem dos profissionais de informática para usar as ferramentas de autoria existentes e, portanto, em nada elas contribuem na quest?o do encarecimento da produ??o. O problema computacional do desenvolvimento de software de forma econ?mica e com qualidade há um bom tempo é estudado pela Engenharia de Software. Da mesma forma a quest?o do tempo necessário ao desenvolvimento, que também é crucial. Diante de tais dificuldades, este trabalho prop?e que a cria??o dos aplicativos interativos torne-se responsabilidade dos jornalistas. Para tanto, faz-se necessária uma ferramenta criada para estes profissionais que em poucos segundos gere uma aplica??o pronta para ser usada. Ou seja, a ferramenta iTVnews realizará a composi??o de aplica??es interativas, e n?o a programa??o, justamente pelo fato de ser voltada aos profissionais de comunica??o.1.2 Trabalhos no Contexto da Institui??oDeste a sua funda??o em 2003, o LAVID coordena e participa de diversos tipos de projeto de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de TVDI, servi?os de vídeos distribuídos e demais áreas afins. Alguns destes projetos s?o importantes no contexto da institui??o. A seguir, um resumo dos principais trabalhos: Middleware Ginga: Projeto iniciado desde 2006 que tem como principal objetivo o desenvolvimento de uma implementa??o de referência do middleware Ginga [SOUZA et al., 2007] [SOARES et al., 2007], bem como a elabora??o de especifica??es utilizadas para a realiza??o de testes de conformidade dos middlewares desenvolvidos para os equipamentos de TVDI. O Ginga é a especifica??o de middleware do Sistema Brasileiro de Televis?o Digital (SBTVD), resultado da fus?o dos middlewares FlexTV [LEITE et al., 2005] e MAESTRO [SOARES, 2006], desenvolvidos por consórcios liderados pela UFPB e PUC-Rio, respectivamente; RH-TVD CAPES: ? o Programa de Forma??o de Recursos Humanos em TV Digital. Ele tem por objetivo implantar redes de coopera??o acadêmica no país na área de TV Digital, possibilitando a produ??o de pesquisas científicas e tecnológicas e a forma??o de recursos humanos pós-graduados no tema; 1.3 ObjetivosEste trabalho tem por objetivo geral o desenvolvimento de uma ferramenta que permita a constru??o de aplicativos interativos para telejornal de forma simples, breve e eficaz. A ferramenta é voltada aos jornalistas e, portanto, foca a linguagem do domínio dos profissionais de comunica??o. Sua arquitetura distribuída é composta por alguns componentes, dentre os quais um repositório que contem módulos responsáveis por criar determinados tipos de aplica??o. Por exemplo, existem os módulos de cria??o de enquete, quiz? chat, etc, que ficam armazenados no repositório. No momento em que uma aplica??o de um determinado tipo for desejada, basta recuperar do repositório o módulo relacionado a ela e efetuar a sua cria??o.Para que o objetivo geral do trabalho seja atingido, foram definidos os seguintes objetivos específicos:Entender o dia-a-dia do trabalho jornalístico em uma TV real;Gerar aplica??es interativas para telejornais com a parceria de uma emissora de TV;Definir a arquitetura de software da ferramenta iTVnews;Implementar e validar o módulo de cria??o de enquete como prova de conceito para a ferramenta iTVnews;1.4 Organiza??o da Disserta??o Esta disserta??o esta estruturada em seis capítulos. Seguindo esta introdu??o, tem-se no Capítulo 2 a fundamenta??o teórica relevante para este trabalho, em que s?o aprofundados alguns conceitos relacionados à interatividade na TV, aplica??es interativas e o middleware Ginga e, por fim, aos profissionais envolvidos no processo de cria??o de aplicativos para TVDI. No Capítulo 3 s?o apresentados alguns trabalhos com características afins a ferramenta proposta; sendo levantadas suas principais características e limita??es. No Capítulo 4 é apresentada a ferramenta iTVnews, sua arquitetura e todo o processo de análise e projeto. Também é apresentada como prova de conceito a implementa??o do módulo de cria??o de enquete da ferramenta. No Capítulo 5 s?o apresentadas a infraestrutura, a metodologia adotada, os testes realizados e os resultados obtidos com os jornalistas da TV Cabo Branco a fim de validar a ferramenta iTVnews.Por fim, no Capítulo 6 s?o apresentadas as considera??es finais, contribui??es e trabalhos futuros.FUNDAMENTA??O TE?RICAEste capítulo apresenta os conceitos básicos sobre TV Digital Interativa e aplica??es, fundamentais para o entendimento do trabalho proposto. A se??o 2.1 apresenta e discute o conceito de interatividade na TV antes e depois da TVDI. A se??o 2.2 apresenta e discute os tipos de aplica??es interativas para TVDI no SBTVD. A se??o 2.3 discute a possibilidade de envolver os jornalistas na cria??o dos aplicativos. 2.1 Interatividade na TVPercebe-se que desde os primórdios, os produtores sempre buscaram tornar os programas televisivos mais participativos e envolventes a fim de cativar a aten??o da audiência. Como exemplo, um antigo programa infantil, chamado Winky Dink and You (1953-1957) da Rede CBS [CAREY, 1996], é um dos ícones de interatividade na TV. As crian?as americanas da década de 50 ajudavam o personagem animado a sair de situa??es difíceis desenhando na tela televisor (Figura 2a). Para isso, usavam papéis transparentes e canetas especiais (Figura 2b) que eram comprados em shoppings ou por correspondência. Situa??es como desenhar uma ponte para que o personagem pudesse se locomover, ou ainda desenhar um pára-quedas para que Winky Dink n?o caísse no ch?o eram corriqueiras. Dessa forma, as crian?as estavam sempre interagindo e raciocinando para ajudá-lo. Mais recentemente, um dos recursos amplamente aproveitado pelas emissoras de TV, como ponte para interatividade, é o telefone. Ele tem sido utilizado para realizar promo??es, enquetes, vendas ou até mesmo buscar a opini?o do público sobre determinados assuntos, estabelecendo, assim, um feedback por parte da audiência. Um programa que conquistou a simpatia do público em 1992 foi o “Você Decide”, da Rede Globo. Nesse programa, os telespectadores que detinham o poder de decidir o final da trama apresentada no programa. O vínculo era mantido pela rede de telefonia, e a audiência escolhia um, entre dois finais possíveis para história.15240-5080(a)(b)Figura SEQ Figura \* ARABIC 2 – (a) Wiky Dink and You (b) Winky Dink Tool Kit. Fonte: Outro programa de muito sucesso dos dias atuais é o “Big Brother”. Ele foi criado pela Endemol, uma produtora holandesa de televis?o especializada em Reality Shows. A vers?o brasileira é apresentada pela Rede Globo, e nela os telespectadores têm voz ativa, escolhendo os participantes que ser?o eliminados do Reality Show por meio da Internet ou SMS.Tendo em vista o que foi mencionado, constate-se que acreditar que o conceito de interatividade só passou a ser debatido no contexto da TV com o advento da TVDI n?o é um pensamento coerente. Na realidade, a interatividade na TV n?o é uma experiência nova. O que ocorre é que muitas vezes o conceito de TV interativa (TVI) e TV Digital (TVD) s?o confundidos, e esses termos tem sido usados como sin?nimos indevidamente [M?DOLA & TEIXEIRA, 2007].Entende-se por TV interativa, segundo [GAWLINSKI, 2003], como sendo qualquer tipo de programa??o que promova um diálogo entre a emissora e a audiência; ou seja, mais precisamente, ela leva os telespectadores além da passividade e os permite fazer escolhas e tomar atitudes, mesmo que seja apenas pular e dan?ar em frente à TV, escrever uma carta, fazer uma liga??o ou escrever um email. A TV Digital nada mais é do que a evolu??o da TV convencional. Ela se dá por meio da convers?o dos antigos sinais transmitidos por uma onda eletromagnética análoga ao sinal televisivo em bits, dígitos 0 ou 1. Somando a digitaliza??o dos sinais (TVD) a explora??o dos recursos interativos (TVI), chegamos à simples equa??o que resulta na TV Digital Interativa (TVDI) [RIBEIRO, 2004].Com a TVDI, as possibilidades de interatividade tornam-se diversas. A participa??o do público, numa dire??o totalmente distinta da que se tem hoje no Brasil, favorecerá uma mudan?a de paradigma, moldando a cultura e o cotidiano dos telespectadores, estimulando assim o desenvolvimento de uma postura mais ativa por parte da audiência. Isso acontecerá também, pois, na nova TV, existe um canal de retorno, por meio do qual os usuários poder?o enviar dados para a emissora diretamente do seu televisor. Assim, n?o é estritamente necessário requisitar aos usuários que migrem para seus computadores, a fim de acessar sites ou recorrerem a telefones. Para [BECKER & MONTEZ, 2004], a interatividade na TV está classificada em oito níveis, os quais se distinguem a partir dos servi?os dispostos da seguinte maneira:Nível 0 – caracteriza-se pela exposi??o de imagens em preto e branco, dispondo de poucos canais. Neste caso, a interatividade está restrita a a??es simples como ligar e desligar a televis?o, trocar de canal, regulagens de brilho, contraste e volume.Nível 1 – a televis?o ganha cores, um número maior de canais e o controle remoto, reduzindo o esfor?o físico necessário ao controle do aparelho de televis?o e, conseqüentemente, aumentando o conforto do usuário.Nível 2 – surgem periféricos como o videocassete, as c?meras portáteis e os aparelhos de jogos eletr?nicos, que acoplados à televis?o permitem que programas das emissoras sejam gravados e assistidos posteriormente, assim como a possibilidade de ver filmes e o lazer com jogos eletr?nicos. Nível 3 – as emissoras permitem um nível de interatividade através de liga??es telef?nicas, mensagens de correio eletr?nico, ou envio de fax. Nível 4 – o telespectador tem a possibilidade de escolher, em tempo real, ?ngulos de c?meras ou dar diferentes encaminhamentos às informa??es. Nível 5 – o telespectador pode participar da programa??o, enviando vídeos de baixa qualidade, produzidos em webcam ou filmadoras analógicas. Nível 6 – este nível oferece os mesmos recursos que o nível 5, entretanto permite a transmiss?o de vídeos de alta qualidade. Nível 7 – o telespectador alcan?a a interatividade plena, gerando conteúdo da mesma forma que a emissora. Neste modelo, o telespectador rompe o monopólio de produ??o e veicula??o das redes de televis?o.Ainda sobre interatividade, segundo [WAISMAN, 2006], adotando um viés computacional, tendo como par?metro o canal de retorno, podemos classificá-la como:Interatividade Local – caracteriza-se pela ausência do canal de retorno, ou seja, tal interatividade n?o exige que os telespectadores enviem dados para a emissora. Pode ser considerada básica, pois o usuário pode interagir com o receptor local, STB (Set-Top Box), por meio do controle remoto. Nela, os dados s?o transmitidos no fluxo (áudio, vídeo e dados) e quando o usuário solicita uma informa??o, ela já está previamente armazenada no STB. S?o exemplos: o uso de múltiplas c?meras, jogos residentes, extras vinculados aos programas, Guia Eletr?nico de Programa??o (EPG), questionários com resultados pré-estabelecidos, legendas, etc.Interatividade Intermitente – é o primeiro tipo de interatividade plena. Caracteriza-se pelo uso do canal de retorno de forma assíncrona, ou seja, o telespectador apenas envia informa??o para a esta??o emissora. Portanto, a comunica??o se dá de forma unidirecional e as informa??es podem ser processadas posteriormente sem causar prejuízo algum a aplica??o. Nela, o conteúdo que o usuário está recebendo da emissora pode ser diretamente afetado por sua resposta S?o exemplos: vota??es, servi?os de governo eletr?nico, servi?os bancários, comércio eletr?nico, envio de SMS, vídeos sob demanda, etc.Interatividade Permanente – é o segundo tipo de interatividade plena. Caracteriza-se pelo uso do canal de retorno de forma síncrona, dedicada e bi-direcional. Dessa forma, o usuário permanece continuamente usando o canal de retorno, podendo enviar dados em qualquer momento. Nela, o telespectador deixa de ser receptor-colaborador e passa para o papel de produtor e emissor de conteúdo, ou seja, a resposta do usuário faz parte do conteúdo transmitido pela TV. S?o exemplos: bate-papos, videoconferências, jogos multi-usuários em tempo real, navega??o pela internet, etc.center719455A Figura 3 sumariza a classifica??o sugerida, levando-se em considera??o as perspectivas de personaliza??o do consumo/instantaneidade do retorno.Figura SEQ Figura \* ARABIC 3 – Interatividade sob as perspectivas de personaliza??o/instantaneidade do servi?o. Fonte: [TONIETO, 2006]2.1.1 Interatividade no telejornalismo antes da TVDIComo foi abordada anteriormente, a preocupa??o em oferecer algum tipo de participa??o aos telespectadores sempre existiu antes mesmo da chagada da TVDI. No telejornalismo n?o foi diferente. Observa-se que nas diversas emissoras, há uma tendência de explora??o de uma nova configura??o e linguagem. Apoiadas numa din?mica de transgress?o e, ao mesmo tempo, de prescri??o, os telejornais, sem perderem as regras e instru??es construídas com os anos, convidam o público a participar, por exemplo, de enquetes, durante a transmiss?o direta, como é o caso do Jornal da SBT. Durante sua transmiss?o, dez telespectadores, utilizando as redes de telefonia, se comunicam com os apresentadores (Figura 4a) a fim de responder a pergunta do dia. No final, é disposto, na tela, o resultado final da enquete (Figura 4b).152405080(a)(b)Figura SEQ Figura \* ARABIC 4 – (a) Pergunta da enquete do Jornal do SBT (b) Resultado da enquete. Fonte: Esse tipo de intera??o é bastante comum, mas ainda muito limitado. Com o advento da Internet, os telejornais passaram a incentivar os seus telespectadores a participarem de uma maneira bastante direta interagindo por meio de seus sites. Através deles é possível enviar mensagens, fazer perguntas, responder uma enquete ou um quiz, conversar através de um chat com entrevistados ou pessoas da equipe do telejornal, e até mesmo sugerir temas de reportagens. Além disso, é possível enviar registros de naturezas diversas como: vídeos, fotos e áudios que ser?o veiculados as matérias. Dessa forma, fica notório que os telespectadores passaram a ser co-autores da produ??o telejornalística, pois suas opini?es s?o levadas em considera??o pela equipe que prepara as matérias, sendo até mesmo cruciais nas decis?es tomadas. Por exemplo, é o que ocorre em alguns programas jornalísticos da Rede Globo. O Jornal Hoje (JH) oferece a se??o “você faz a notícia”, na qual qualquer cidad?o pode enviar, por meio da internet, sua sugest?o de matéria.Ademais, qualquer pessoa pode atuar como repórteres fotográficos e operadores cinematográficos na obten??o de mídias sobre um acontecimento no qual um repórter profissional n?o pode estar presente a tempo para capturar imagens do mesmo ou fazer a cobertura do acontecimento. Diversos exemplos de catástrofes naturais que acontecem de forma inesperada s?o registrados por celulares, c?meras fotográficas e aparelhos afins.2.1.2 Interatividade no telejornalismo depois da TVDICom a TVDI, todas as situa??es mencionadas no tópico anterior em que o telespectador interage de alguma forma com a TV, enviando dados para a emissora, podem ser realizadas diretamente pelo próprio televisor. Assim, n?o é necessário requisitar aos usuários que migrem para seus computadores a fim de acessar sites ou recorrerem a telefones.Na Figura 5, temos a imagem de uma vers?o interativa de noticiário intitulado de Sky News Active – news on demand. Dentre as várias possibilidades de interatividade existentes nele, é possível participar de enquetes e, por meio delas, mostrar sua opini?o, influenciando a opini?o pública sobre acontecimentos do dia e quaisquer outros assuntos. Para votar, basta usar as teclas coloridas do controle remoto. Por fim, o resultado da enquete é exibido na tela.9010650Figura SEQ Figura \* ARABIC 5 – Tela da Sky News Active com resultado da enquete do dia. Fonte: Além do Sky News Active, há aplica??es que permitem a troca de informa??es entre usuários e também entre um usuário e a emissora de TV. O Sky News Chat é uma aplica??o que estimula a comunica??o simult?nea entre usuários de diversos locais. Além dos participantes, o chat conta com a presen?a de um moderador (chat host) que administra o bate-papo, como podemos observar na Figura 6.8820150Figura SEQ Figura \* ARABIC 6 –Tela da Sky News Chat. Fonte: 2.2 Aplica??es interativas e o middleware GingaEm linhas gerais, a TV digital funciona nos moldes da informática, permitindo assim a execu??o de aplica??es similares às visualizadas em computador. De acordo com Brennand e Lemos:A evolu??o das técnicas de codifica??o digital de áudio e vídeo, aliada aos novos esquemas eficientes de modula??o para transmiss?es digitais, tornam possível o advento da TV digital e com ela uma vasta gama de novos servi?os. A possibilidade de encapsulamento de dados para a difus?o em conjunto com áudio/vídeo de TV abre um leque de diversas alternativas para a provis?o de servi?os avan?ados. As emissoras poder?o n?o somente disponibilizar uma programa??o de alta qualidade de imagem e som, mas também a tornar mais atraente, permitindo aos usuários interagirem com os programas que est?o sendo assistidos. [BRENNAND & LEMOS, 2007 p. 3]Para o provimento de servi?os interativos, o sistema de TVDI conta em sua arquitetura com uma camada denominada middleware, que é um software sobre o qual as aplica??es s?o executadas, abstraindo complexidades do sistema operacional adotado, dos protocolos de comunica??o envolvidos e também do hardware. Isso quer dizer que o middleware torna as aplica??es funcionais, independente da plataforma de conversores em que ser?o executados.Pode-se dizer que ao definir o middleware, do ponto de vista de software, também se define o sistema de televis?o digital. Pois é a partir do mesmo que será regida a indústria de produ??o de conteúdo, bem como a fabrica??o de aparelhos receptores [BARBOSA & SOARES, 2008]. Analogamente, caracterizamos o middleware como o motor da interatividade, ou seja, o principal responsável por dispor, ao telespectador, distintos graus de participa??o (com o hardware, com outros telespectadores ou com a própria emissora de TV).O middleware brasileiro é considerado, no quesito interatividade, um dos mais modernos do mundo, o que nos permite imaginar a riqueza de recursos que podem ser apresentados na plataforma digital da televis?o. O seu grande mérito é ter conseguido uma convivência mais eficiente entre o ambiente declarativo e imperativo, em termos de custo e desempenho. O fruto desse trabalho é o middleware Ginga, que foi totalmente gerado na academia brasileira, encabe?ado pela PUC-Rio e UFPB. O Ginga define uma API (Application Programming Interface) padr?o, que todo exibidor acoplado ao sistema deve obedecer, para reportar seus eventos e serem comandados por a??es geradas pelo formatador. Exibidores de fabricantes terceiros, incluindo os browsers HTML (HyperText Markup Language), usualmente necessitam de um módulo adaptador para realizar essas fun??es e se integrarem ao Ginga. Ele dá suporte a aplica??es para TV digital e tem como foco o sincronismo de mídia na sua forma mais ampla, tendo a interatividade do usuário como caso particular; a adaptabilidade do conteúdo a ser apresentado; e o suporte a múltiplos dispositivos de intera??o e exibi??o [TELEM?DIA, 2007].O software transmitido juntamente com o conteúdo audiovisual é chamado, na TVDI, de aplicativo ou aplica??o. No entanto, as aplica??es de TVDI têm algumas das seguintes peculiaridades quando comparadas às tradicionais aplica??es de software [VEIGA & TAVARES, 2007]:Podem fazer parte de um programa de TV convencional (aqui denominados apenas de programa de TV) o qual tem formato e contexto próprios;Podem atender a mais de um usuário, apesar de serem oferecidas por meio de um front-end único (a TV). Geralmente a TV atende uma família em que cada telespectador tem um perfil particular, cujos anseios em um veículo de comunica??o de massa s?o mapeados em diversidade na grade de programa??o;Devem lidar com interatividade (em diferentes níveis), organiza??o n?o-linear e conteúdo;Exigem uma infraestrutura de transmiss?o, bem como componentes de software e hardware adequados;As aplica??es para TVDI podem ser classificadas como: declarativas, imperativas ou híbridas. Essa distribui??o é realizada de acordo com a linguagem de programa??o utilizada no desenvolvimento das aplica??es. [CPqD, 2006].As linguagens declarativas s?o usadas para implementar aplica??es de objetivo mais especifico, sendo mais simples e de mais alto nível de abstra??o. Dessa forma, os programadores conseguem escrever os códigos das aplica??es de forma mais rápida e fácil. Um exemplo é a aplica??o “Alimenta??o Saudável” (Figura 7) desenvolvida no Laboratório TeleMídia da PUC-Rio. Ela permite que o telespectador escolha, através do controle remoto, o prato de comida que ele julga mais saudável dentre quatro op??es diferentes apresentadas. Uma vez escolhido o prato, o telespectador recebe um retorno textual informando a qualidade de sua escolha.52006580645Figura SEQ Figura \* ARABIC 7 – Tela principal da aplica??o "Alimenta??o Saudável. Fonte: aplica??o é composta, basicamente, por sincronismo de mídias, ou seja, n?o existe um cálculo ou alguma tarefa mais complexa na mesma. Dessa forma, ela foi desenvolvida puramente em NCL [SOARES & RODRIGUES, 2006] (Nested Context Language), linguagem do ambiente declarativo do middleware Ginga. NCL é uma aplica??o XML (Extensible Markup Language) baseada no NCM [SOARES & RODRIGUES, 2005] (Nested Context Model), modelo conceitual para especifica??o de documentos hipermídia com sincroniza??o temporal e espacial entre seus objetos de mídia. Ela permite a descri??o do comportamento espacial e temporal de uma apresenta??o multimídia, descreve o leiaute da apresenta??o em múltiplos dispositivos, associa hiperlinks a objetos de mídia e define alternativas para apresenta??o.O Ginga-NCL é um subsistema lógico do sistema Ginga que processa documentos NCL. Um componente-chave do Ginga-NCL é o mecanismo de decodifica??o do conteúdo informativo (formatador NCL). Outros módulos importantes s?o o navegador XHTML (eXtensible Hypertext Markup Language), que inclui suporte a linguagem de estilo CSS (Cascading Style Sheets) e interprete ECMAScript, e o mecanismo Lua, que é responsável pela interpreta??o dos scripts Lua que será abordado adiante [ABNT NBR 15606-02, 2007].Já nas aplica??es imperativas, temos uma maior gama de recursos que possibilitam construir aplica??es com propósito mais geral. Para escrevê-la, faz-se necessário um profundo conhecimento da linguagem de programa??o utilizada, pois todos os passos do algoritmo idealizado precisar?o ser explicitados no momento da implementa??o.Um exemplo é a aplica??o “Torcida Virtual” (Figura 8), desenvolvida pelo LAVID. Ela simula a arquibancada de um estádio de futebol. Assim, é possível selecionar a cadeira da arquibancada onde o telespectador deseja se sentar. Também é possível, utilizando um dispositivo móvel ou um microfone instalado no terminal de acesso, interagir por meio do compartilhamento de áudio com as pessoas sentadas ao redor da cadeira selecionada dentro da torcida virtual. Dessa forma, é possível conversar com a pessoa sentada virtualmente a seu lado que pode estar em outra cidade e sentir a sensa??o de estar em um estádio de futebol mesmo estando em casa. Por ser uma aplica??o com um nível de complexidade mais avan?ado, foi desenvolvida com a linguagem do ambiente imperativo do middleware Ginga. O Ginga-J é o ambiente imperativo do middleware Ginga. A linguagem utilizada nele é o Java da Sun. Este ambiente é constituído por um conjunto de API’s Java que viabilizam o desenvolvimento de aplica??es para TVDI. Basicamente, este conjunto de API’s é composto pela API de Servi?os de Informa??o (SI) do padr?o ISDB ARIB B.23, pela especifica??o Java DTV da Sun, pela API JMF 2.1 e por outras APIs adicionais. As APIs Java DTV [SUN, 2008] foram desenvolvidas em comum acordo entre a Sun Microsystem e o Governo Federal brasileiro com o objetivo de evitar a cobran?a de royalties que outras APIs definidas pelo GEM (Globally Executable MHP) possuíam. 501015250825`Figura SEQ Figura \* ARABIC 8 – Aplica??o Torcida Virtual. Fonte: [TAVARES et al., 2004]Algumas das APIs do GEM, que foram substituídas pelo Java DTV, s?o o DAVIC (Digital Audio Video Council), o HAVi (Home Audio Video Interoperability) e o pacote DVB (Digital Video Broadcasting) Application. Os equivalentes funcionais destas APIs no Java DTV s?o, respectivamente, os pacotes Transport, LWUIT (Lightweight UI Toolkit) Application. Vale ressaltar que as APIs do Java TV também est?o inclusas no ambiente Ginga-J, além da APIs Connected Device Configuration, Foundation Profile e Personal Basis Profile.5295902261870Por fim, aplica??es híbridas n?o s?o puramente declarativas nem imperativas, elas possuem entidades com conteúdo de ambos os grupos. Frequentemente, aplica??es declarativas fazem uso de conteúdos em script que s?o de natureza imperativa, e podem também referenciar um código imperativo embutido. Da mesma forma, aplica??es imperativas podem referenciar conteúdos declarativos, ou até construir e iniciar a apresenta??o de um conteúdo declarativo.Figura SEQ Figura \* ARABIC 9 – Tela da Aplica??o Peso Ideal. Fonte: A aplica??o Peso Ideal (Figura 9) é uma aplica??o híbrida, desenvolvida no Laboratório TeleMídia da PUC-Rio, que foi implementada na linguagem NCL-Lua [SANT’ANNA et al., 2008]. Esta aplica??o permite que o telespectador informe, com o controle remoto, a sua altura e receba seu peso ideal com base no IMC (?ndice de Massa Corporal). Para implementá-la, foi necessário calcular o IMC a partir da altura informada pelo usuário. Como a linguagem declarativa NCL n?o dá suporte a esse tipo de cálculo, ele foi implementado na linguagem Lua, que é uma linguagem de script que faz parte do ambiente declarativo do middleware Ginga. Lua é uma linguagem de programa??o leve, rápida e muito poderosa, projetada para estender aplica??es. Ela é tipada dinamicamente, interpretada a partir de bytecodes para uma máquina virtual baseada em registradores, tem gerenciamento automático de memória com coleta de lixo incremental. Lua possui uma sintaxe simples e mecanismos para descri??o de dados baseadas em tabelas associativas e também em sem?ntica extensível. Devido a todas essas peculiaridades, Lua é uma linguagem ideal para configura??o, scripting e prototipagem rápida.De uma forma geral, as aplica??es para TV Digital s?o baseadas na sincroniza??o espacial e temporal entre os seus objetos de mídia. Estes últimos s?o vídeos, áudios, imagens ou textos que n?o s?o definidos pela linguagem, mas sim individualmente, baseados em ferramentas de terceiros. Olhando apenas esse lado, seria preferível usar uma linguagem declarativa, que unisse esses elementos de forma simples e que abstraísse as complexidades de implementa??o que uma linguagem imperativa trás consigo, tornado o trabalho mais direto e prático. No entanto, é um erro pensar que uma linguagem declarativa sempre será vantajosa, pois ela é específica. Ela será vantajosa quando seu desenvolvimento depender apenas de recursos previstos no projeto da linguagem. Contudo, quando a aplica??o necessitar de recursos n?o previstos, a solu??o pode se tornar complicada ou até mesmo impossível. Dependendo do que se deseja realizar, apenas uma linguagem imperativa desempenharia tal tarefa. Por exemplo, processamento matemático, manipula??o sobre textos, uso do canal de interatividade, controle fino do teclado, anima??es, etc, s?o tarefas que necessitam de uma linguagem imperativa.Percebe-se que criar uma aplica??o interativa para TVDI é uma tarefa complexa. Apenas profissionais de informática familiarizados com a linguagem de programa??o referente a um determinado ambiente do middleware, declarativo ou imperativo, ser?o capazes de criar aplicativos interativos. Mesmo no caso das aplica??es declarativas, seria difícil para alguém que nunca escreveu linhas de código realizar tal tarefa. De fato, essa seria uma ocupa??o para programadores.2.3 Peopleware e a TVDIAtualmente, um grande desafio é a cria??o dos programas interativos (programa convencional mais interatividade) para TVDI; pois para isso, é necessária a aproxima??o dos profissionais de informática aos de comunica??o. Estes dominam as atividades relacionadas ao desenvolvimento de programas de TV [BONASIO, 2002], aqueles dominam as atividades relacionadas ao desenvolvimento de software (Figura 10). center15240Figura SEQ Figura \* ARABIC 10 – Processo de Desenvolvimento de Programas para TVDI. Fonte: [TAVARES, 2004]A reda??o do telejornal terá que atuar em parceria com designers, para criar o desenho das telas, e com engenheiros de softwares, para desenvolver aplicativos apropriados, pensando sobre que tipo de interatividade (local, intermitente ou plena) seria mais bem aproveitada em determinada reportagem. O resultado dessa aproxima??o é a reciclagem dos profissionais de ambas as áreas. As novas emissoras de TVDI exigir?o profissionais de comunica??o que entendam mais sobre tecnologia, bem como profissionais de informática que dialoguem na linguagem da comunica??o. Além disso, ao observar as emissoras européias, percebemos que novos setores est?o sendo incorporados. Alguns desses setores e a nova distribui??o de fun??es podem ser observados na Tabela 1.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 1 – Equipes engajadas na produ??o de uma emissora de TVDI. Fonte: [GAWLINSKI, 2003]Equipe/SetorDescri??oProdu??oDefini??o do programa, storyboard, design prévio e entrega definitiva do pedidoDesign GráficoCria as telas da programa??o, preocupando-se com a estética e funcionalidadeTécnicaCuida das especifica??es técnicas do programa e responsabiliza-se pela constru??o e manuten??o das aplica??es Opera??o e ConteúdoElabora vers?es interativas para o programa: gerando conteúdos multimídia e ofertas do canal, promovendo quiz e enquetes. Também testa e executa as aplica??es, após a finaliza??o.Marketing e Gerenciamento ComercialNegocia com fornecedores de conteúdo e estimula novas receitas (servi?os promocionais, estratégias publicitárias, marketing viral) Tendo em vista esse novo cenário, em que novas equipes e novas tarefas surgem, percebe-se um problema crucial dentro do contexto jornalístico: o tempo. Retomando a discuss?o iniciada na introdu??o deste trabalho, n?o se pode esquecer que uma aplica??o para TVDI é um software como outro qualquer. Portanto, sua implementa??o deve se basear em algum modelo de processo de desenvolvimento com etapas bem definidas. Contudo, as aplica??es para TVDI est?o inseridas em um contexto bastante diferente se comparadas aos softwares tradicionais. A dinamicidade que a TV exige é muito intensa e isso tem que ser levado em considera??o no processo.Assim, a existência de vários setores envolvidos no processo de cria??o de aplicativos para TVDI pode atrasá-los e encarecê-los. Com isso, o tempo gasto entre a aplica??o pronta e a notícia responsável por sua concep??o seria tamanho a ponto do propósito do aplicativo já n?o existir mais. Outro problema é a dependência da equipe de comunica??o em rela??o à equipe de informática no tocante a cria??o de aplica??es interativas, fator que pode atrasar ainda mais o processo. Uma alternativa para resolver esse problema é a utiliza??o, por parte da equipe de informática, de ferramentas de autoria para auxiliar a cria??o das aplica??es interativas (exemplos no capítulo 3), acelerando assim o processo. Uma ferramenta de autoria permite a cria??o de software a partir de uma interface gráfica, sem que seja necessária a codifica??o das a??es desejadas em linhas de código. Dessa forma, ela abstrai toda, ou pelo menos parte, da complexidade da programa??o. Mesmo assim, caso seja necessário, estes sistemas de autoria possuem uma linguagem de programa??o que pode ser utilizada para programar a??es mais elaboradas do ponto de vista computacional. Essa estratégia pode resultar em algum ganho de tempo, no entanto, ainda n?o o suficiente para acompanhar a din?mica de um telejornal. Além disso, também n?o resolve a quest?o da dependência dos jornalistas em rela??o à equipe de informática. De acordo com [BANDRES et al, 2002], o jornalista tem o domínio de praticamente todo o processo de produ??o de matéria atual, desde o momento em que ela é composta até a edi??o realizada no computador, cumprindo tudo em tempo ágil e com alto padr?o de qualidade técnica. Eles devem dominar n?o só o conteúdo e as técnicas de reda??o da notícia, como também ter conhecimentos sobre tecnologia. O jornalista, ao assumir novas fun??es, reduz os encargos das empresas. Dessa forma, as emissoras poder?o ter uma equipe de informática mais enxuta.Ao atribuir a tarefa de criar aplicativos interativos aos jornalistas se ganhará tempo e se dará mais independência destes em rela??o à equipe de informática. Para que isso ocorra, no entanto, novas ferramentas de autoria s?o necessárias, pois as atuais s?o voltadas para profissionais de informática. Para manuseá-las, faz-se necessário conhecer a linguagem de autoria da ferramenta e, dependendo da tarefa, conhecer a própria linguagem de programa??o. Assim, n?o seria viável para um jornalista operá-las, visto que ele n?o domina essas linguagens.Para apoiar a cria??o de aplica??es interativas na TVDI, atualmente, contamos com ferramentas que podem ser classificadas em dois domínios: domínio da linguagem de programa??o (plug-in NCL Eclipse, Xletview, STB Virtual Ginga-NCL,etc.); e domínio da linguagem de autoria (Composer NOTEREF _Ref269328099 \f \h 10, AltiComposer, etc.) Nas primeiras, as aplica??es s?o escritas em linha de código e é necessário o total domínio da linguagem de programa??o; nas ultimas, o desenvolvimento segue o modelo de autoria da ferramenta. No caso do Composer, por exemplo, para se criar uma aplica??o é necessário conhecer conceitos como regi?o, descritor, nó de mídia, dentre outros, que n?o fazem parte da linguagem do profissional de Comunica??o.Portanto, faz-se necessário uma ferramenta que abstraia toda a complexidade da programa??o ou da linguagem de autoria, e que dialogue na linguagem do domínio de uma reda??o telejornalística. O sistema de automa??o para reda??o de telejornalismo, chamado Easynews, é um exemplo de ferramenta de tal domínio. Ela oferece funcionalidades de cadastros, teleprompter, espelho, ronda, dentre outras que s?o inerentes a uma reda??o de telejornal. Para ilustrar a discuss?o, a Figura 11 apresenta as ferramentas mencionadas em seus respectivos domínios. center36830Figura SEQ Figura \* ARABIC 11 – Associa??o das ferramentas aos seus respectivos domíniosNo capítulo seguinte ser?o apresentadas em detalhes ferramentas que ilustram o cenário atual em artefatos computacionais para o desenvolvimento de aplicativos interativos para TVDI.INICIATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DE APLICATIVOS INTERATIVOS PARA TVDI Neste capítulo s?o apresentados alguns trabalhos que vis?o apoiar a cria??o de software para TVDI. Os trabalhos est?o separados de acordo com a classifica??o abordada no subtópico 2.3 do capítulo anterior. Na se??o 3.1 s?o apresentados os trabalhos pertencentes ao domínio da linguagem de programa??o. Na se??o 3.2 s?o apresentados os trabalhos pertencentes ao domínio do modelo de autoria. Na se??o 3.3 s?o apresentados os trabalhos pertencentes ao domínio da linguagem da Comunica??o. Na se??o 3.4, por fim, é apresentada uma discuss?o sobre esses trabalhos e a rela??o deles com o trabalho proposto. 3.1 Domínio da Linguagem de Programa??o 3.1.1 XTemplate 3.0O Xtemplate 3.0 [SANTOS & SAADE, 2009] é uma linguagem desenvolvida, por meio da extens?o de suas vers?es anteriores, visando facilitar a autoria de documentos hipermídia usados na cria??o de conteúdo interativo no SBTVD. Para tanto, ela define templates de composi??o para documentos NCL 3.0. Templates de composi??o hipermídia definem estruturas de nós e elos que podem ser reutilizadas em diferentes contextos de documentos NCL 3.0. A especifica??o da linguagem foi realizada usando uma abordagem modular em XML Schema de acordo com o padr?o W3C. Na Figura 12 observa-se o processamento de um documento NCL usando templates de composi??o. Quando um contexto NCL utiliza um template de composi??o, é necessário um pré-processamento do documento NCL antes de sua execu??o em uma implementa??o do middleware Ginga. Esse processo, realizado pelo processador de templates, transforma o documento NCL com templates em um documento NCL 3.0 completo, contendo os elementos definidos no documento original e as instancias definidas no template, além das rela??es, regi?es e descritores por ele especificados. 152403810Figura SEQ Figura \* ARABIC 12 – Processamento de um documento NCL usando templates de composi??o. Fonte: [SANTOS & SAADE, 2009] 3.1.2 NCLWizard (XWizard)A fim de criar novos wizards, para a ferramenta NCLWizard [SOARES NETO & SOARES, 2008], uma especifica??o XWizard descreve como se dá a interface com o usuário. Ela também identifica quais elementos e atributos XML do arquétipo de documentos relacionado podem ser modificados de acordo com as respostas dadas pelo autor. Informalmente, arquétipos podem ser vistos como documentos quase prontos que ainda requerem o preenchimento de alguns pontos em aberto que os tornam únicos. O plano de execu??o descrito em XWizard é interpretado para compor dinamicamente a interface com o autor bem como gerar um novo documento com base nas respostas do autor. Um arquivo XWizard pode definir, basicamente, um formulário (elemento <wizard>) com várias telas (elemento <screen>) contendo uma seqüência de perguntas (elemento <question>) que o usuário deve responder para criar um novo documento. A resposta dada pelo autor resulta em altera??es no arquétipo em termos de valores de atributos (elemento <answer>) ou na cria??o de novos elementos (elemento <multiple>).A Figura 13 ilustra um exemplo descrito em XWizard que é constituído por uma tela identificada como “screen0” com três perguntas identificadas por “qHtmlPane”, “qFileBox” e “qComboBox”. A correspondência entre os elementos XML e a interface é mostrada através das setas em vermelho.927203-2289Figura SEQ Figura \* ARABIC 13 – Exemplo de especifica??o XWizard e a respectiva interface gerada. Fonte: [SOARES NETO & SOARES, 2008]3.2 Domínio do Modelo de Autoria 3.2.1 LimSee2O LimSee2 [DELTOUR & ROISIN, 2006] (Figura 14) é uma ferramenta de autoria para documentos SMIL [SMIL, 2005] com múltiplas vis?es integradas, de modo que uma modifica??o em uma vis?o é refletida nas demais. A ferramenta foi desenvolvida pelo grupo de pesquisa WAM (Web Adaptation and Multimedia) do Institut National de Recherche en Informatique (INRIA).A ferramenta possui uma vis?o estrutural na qual o documento SMIL é organizado na forma de uma árvore; uma vis?o espacial na qual as regi?es s?o criadas e manipuladas; uma vis?o temporal na qual os elementos s?o representados por ret?ngulos cujo comprimento está relacionado à sua dura??o; e, por fim, uma vis?o textual na qual o código fonte SMIL pode ser visualizado e alterado. ? importante destacar que a linguagem SMIL n?o é voltada para TV Digital.center635Figura SEQ Figura \* ARABIC 14 – Inteface da ferramenta LimSee23.2.2 Cardinal Studio Professional 4A Cardinal Systems fornece solu??es de software inovadoras baseadas em radiodifus?o digital, com foco na cria??o, gest?o e dissemina??o de conteúdo para o DVB. Cardinal Studio? é uma ferramenta de autoria, desktop, de forma gráfica destinada aos criadores de conteúdo de TVDI para o padr?o Europeu DVB-MHP. Por meio de sua interface, os servi?os interativos podem ser criados a partir do zero ou ainda usando templates pré-concebidos. O modelo de autoria da ferramenta possui entidades chamadas “Atos” que servem para fazer a estrutura??o de um aplicativo da maneira mais abstrata oferecida. Essas entidades podem ser interpretadas como cenas. Os atos s?o formados por componentes classificados em visíveis ou invisíveis. Os componentes visíveis, como o próprio nome sugere, s?o elementos visuais básicos como áreas de texto, bot?es e painéis. Dentro desse grupo ainda existe outra subdivis?o, os componentes de background e focáveis. A diferen?a entre eles é que os componentes focáveis podem ser usados para navega??o com o controle remoto, enquanto os componentes de background n?o. Os componentes invisíveis s?o estruturas que desempenham algum papel específico na aplica??o, sendo responsável por alguma funcionalidade n?o perceptível visualmente como o canal de retorno ou uma conex?o HTTP, por exemplo.Dentro dos atos, os componentes s?o estruturados em camadas, podendo estas serem compartilhadas entre os atos. Tem-se uma camada invisível, camada gráfica, camada de vídeo, entre outras. Dentro de um ato, os componentes só podem ser adicionados de acordo com as características da camada corrente, ou seja, somente componentes invisíveis podem ser adicionados na camada invisível.Atualmente a ferramenta encontra-se descontinuada e n?o existem mais informa??es disponíveis em sua antiga Home Page.3.2.3 Icareus iTV Suite AuthorIcareus Interactivating TV, uma empresa de TV digital interativa localizada em Helsinque, Finl?ndia, assumiu Cardinal Studio? em 3 de Setembro de 2008. O Cardinal Studio? deixou de receber suporte e foi substituído por um produto similar chamado Icareus iTV Suite Author.center-3810Figura SEQ Figura \* ARABIC 15 – Interface da ferramenta Icarus iTV Suite AuthorIcareus iTV Suite Autor (Figura 16) é uma ferramenta de autoria para a cria??o de aplica??es para TVDI, de forma visual, cujo foco está sob o conteúdo, a interface e a estrutura do servi?o interativo. A ferramenta suporta as seguintes plataformas/padr?es: MHP, OCAP, True2Way, IDway-J e Blu-ray. A fase de edi??o gera arquivos de aplica??o especifica (.Nkr), que descrevem a estrutura, leiaute, conteúdo e fun??es da aplica??o de TVDI. ? fornecido suporte a conteúdo din?mico (texto e imagens), bem como a configura??o do canal de retorno. O fluxo de trabalho possui uma separa??o entre os diferentes papéis, como designers gráficos, programadores, etc., permitindo-lhes trabalhar de forma independente.Por meio de cliques do mouse, pode-se construir a estrutura e o leiaute de uma aplica??o. Depois, adicionar o conteúdo e gráficos e, por fim, realizar testes usando o emulador Icareus iTV Suite Emulator. 3.2.4 Alti?ComposerA Alticast? oferece softwares para a cria??o, distribui??o e recep??o de conteúdo para TV interativa baseado nos padr?es abertos DVB-MHP e tru2way.O Alti?Composer é uma ferramenta baseada em Java que suporta o padr?o de transmiss?o digital DVB (Digital Video Broadcast). Para programadores mais experientes, de forma semelhante ao Cardinal Studio?, é possível criar componentes personalizados e estender a API CDK (Component Development Kit) da ferramenta. No modelo de autoria da ferramenta uma Scene contém Planes que contém vários Shots e Actors. Os Planes podem ser compartilhados com outras Scenes, no entanto, os Shots e Actors de um determinado Plane n?o podem ser compartilhados com outros Planes. Todos estes ser?o explanados a seguir.Semelhantemente ao Cardinal? Studio, um Actor se divide em visual e n?o-visual. Um actor visual s?o elementos gráficos apresentados ao telespectador como caixas de texto e figuras; já um actor n?o-visual serve para ajudar as aplica??es a funcionarem devidamente como, por exemplo, a abstra??o de um bot?o de controle remoto. Dá-se o nome de Shot a unidade básica na qual os usuários podem navegar no conteúdo interativo. Também podemos entendê-lo como um contêiner de Actors. O Plane é a unidade básica para salvar e carregar conteúdo para a apresenta??o; e a Scene é a unidade básica para fazer pré-carga de conteúdo para apresenta??o e, por isso, todos os Actors, Shots e Planes s?o carregados junto a Scene antes do aplicativo ser iniciado.Além da arquitetura de componentes apresentada, ainda existe o chamado Behavior. Ele é um script que diz como cada componente deve responder a um determinado evento. Existem Behaviors que podem ser editados em tempo de cria??o para realizar uma opera??o desejada e ainda outros que já est?o prontos para serem usados. Em rela??o aos prontos, tem-se o Effect, que é um objeto Java que leva um Actor de um estado para outro e também servem para mudar propriedades ou a aparência visual do mesmo. Também há o Transition que serve para dar um efeito visual mais interessante ao aplicativo. 3.2.5 ComposerO Composer [GUIMAR?ES, 2007] é uma ferramenta de autoria de documentos NCL (Nested Context Language) para TVDI desenvolvido pelos pesquisadores do laboratório TeleMídia da PUC-Rio. Ele adota uma abordagem em que se trabalha com diferentes tipos de abstra??es, onde cada uma delas apresenta vantagens e desvantagens. Dessa forma, dependendo das funcionalidades almejadas, far-se-á necessário usar mais de um tipo de abstra??o.Além de uma vis?o textual com recursos que favorecem a especifica??o direta de programas na linguagem NCL, padronizada para a especifica??o de aplica??es no ambiente declarativo do SBTVD, o Composer oferece uma vis?o gráfica estrutural, uma vis?o gráfica de leiaute e uma vis?o gráfica temporal.A vis?o estrutural usa uma representa??o gráfica para abstrair as principais entidades definidas na NCL. Nela o autor pode criar, editar e apagar objetos de mídia que comp?em um documento, composi??es (conjuntos de objetos e seus relacionamentos), e elos. Os elos s?o relacionamentos entre objetos por meio dos quais s?o sincronizados os possíveis eventos em um programa NCL, por exemplo, iniciar a execu??o de uma mídia simultaneamente a outra, finalizar uma mídia imediatamente após o término de outra, etc.A vis?o de leiaute abstrai a disposi??o espacial dos objetos de mídia nos dispositivos de exibi??o. Através dessa vis?o o autor pode criar, editar e apagar regi?es espaciais associadas à exibi??o inicial dos objetos. Por fim, a vis?o temporal abstrai os relacionamentos temporais entre os objetos de mídia, permitindo que a especifica??o temporal dos programas seja realizada através da distribui??o gráfica dos objetos em rela??o a um eixo temporal.No Composer, com o intuito de oferecer um ambiente integrado aos autores, as vis?es existentes funcionam de forma síncrona. Como as outras ferramentas apresentadas, ele também disp?e de um simulador para a qualquer momento disparar a exibi??o de um documento NCL. 494446274079Figura SEQ Figura \* ARABIC 16 – Interface da ferramenta Composer : Tela da Vis?o Leiaute491490135890Figura SEQ Figura \* ARABIC 17 – Interface da ferramenta Composer : Tela da Vis?o Textual 3.2.6 iTV ProjectO iTV Project [OLIVEIRA et al., 2008] é uma ferramenta de autoria baseada em um ambiente Web. A ferramenta foi desenvolvida baseada na especifica??o GEM, padr?o para o MHP. Seu principal objetivo é o desenvolvimento rápido de aplicativos para TVDI através da edi??o visual de componentes. Por meio da ferramenta, é possível adicionar gráficos a GUIs e gerenciar tanto eventos associados a cada componente quanto a navega??o entre as diferentes telas da aplica??o.O iTV Project é conectado ao framework TUIG , atuando, apenas, como um front-end para o usuário (Figura 18). Para criar o front-end foi usada a linguagem HTML; para a transmiss?o de dados/codifica??o foi usado JavaScript/JSON a fim de assegurar uma melhor utiliza??o do recursos da máquina do usuário. O produto final da ferramenta é um arquivo XML que é compatível com framework TUIG. Assim, o iTV Project só gera os XMLs, mas o framework TUIG ainda é responsável por interpretá-los e gerar as classes Java correspondente às aplica??es interativas.center3810Figura SEQ Figura \* ARABIC 18 – Interface da ferramenta iTV Project. Fonte: [OLIVEIRA et al., 2008]3.2.7 Contextual GingaA Contextual Ginga [CARVALHO & FERRAZ, 2010] (Figura 19) é uma ferramenta de autoria desenvolvida em Java para ambiente desktop que permite a produ??o de aplica??es interativas sensíveis ao contexto para TV digital. Ela gera aplica??es que sejam executadas na plataforma Ginga-NCL, gerando tanto códigos NCL como Lua.A ferramenta se utiliza das seguintes categorias de informa??es contextuais levantadas por [MORSE et al. 2000]: Who, When e Where. A categoria Who possui propriedades que definem a faixa etária e o sexo do usuário. A categoria When possui propriedades que definem a data e a hora inicial e final, e o dia da semana que determinam quando o usuário representado por um dado persona está assistindo TV. A categoria Where possui como propriedades o país, o estado, a cidade e o código postal. Na ferramenta, estas três categorias determinam um persona. Persona é um conceito utilizado no desenvolvimento de produtos com design centrado no usuário. Ele representa de forma imaginária o usuário através de suas características principais, devendo ser construído a partir de dados especificados sobre pessoas reais [PRUITT & ADLIN, 2006].386715-3175Figura SEQ Figura \* ARABIC 19 – Interface da Ferramenta Contextual Ginga. Fonte: [CARVALHO & FERRAZ, 2010]3.3 Domínio da Linguagem da Comunica??o 3.3.1 NCL Wizard (Wizard)O NCLWizard [SOARES NETO & SOARES, 2008] é uma ferramenta que faz uso de formulários passo-a-passo (wizards) para direcionar e restringir o autor na concep??o de novos programas interativos. A ferramenta é composta por três elementos principais (Figura 20): o Gerador e o Interpretador de Interfaces e o Gerador de Documentos. O primeiro elemento é responsável pela leitura do plano de execu??o e constru??o da interface com o autor de documentos. O segundo elemento controla a interface propriamente dita com o usuário e repassa as respostas dadas pelo usuário para o gerador de documentos. Finalmente, o terceiro elemento engloba a gera??o de código e lida com detalhes específicos da linguagem alvo, instanciando o arquétipo de acordo com as op??es e respostas do usuário. 434340635Figura SEQ Figura \* ARABIC 20 – Atores e Arquitetura da ferramenta NCLWizard. Fonte: [SOARES NETO & SOARES, 2008]3.4 Discuss?o A seguir, a Tabela 2 sumariza as principais características das ferramentas discutidas nesse capítulo. Vale salientar que o foco no usuário refere-se a uma maior abstra??o dos conceitos de programa??o e consequentemente limita o número de recursos para a cria??o. No caso deste trabalho, o usuário é o jornalista. Já o foco na aplica??o interativa indica se a tecnologia é voltada para TVDI.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 2 – Tabela de Análise Comparativa das Ferramentas para Cria??o de Aplicativos Interativos para TVDIFerramentaSuporte as LinguagensFoco no usuário (Jornalista)Foco na aplica??o interativaDistribui??oPadr?es/PlataformasConhecimentos requeridosXTemplate 3.0NCLN?o atendeAtendeAcadêmicaGinga-NCLConhecer linguagemNCLWizard (XWizard)NCLN?o atendeAtendeAcadêmicaGinga-NCLConhecer linguagemLimSee2SMILN?o atendeN?o atendeAcadêmicaMulti-plataformaConhecer linguagem/ Modelo de autoriaCardinal Studio 4JavaN?o atendeAtendeComercialDVBConhecer modelo de autoriaIcareus ITV Suite AuthorJavaN?o atendeAtendeComercialDVB, True2way,Idway-J e Blue-RayConhecer modelo de autoriaAltiComposerJavaN?o atendeAtendeComercialDVB e Tue2WayConhecer modelo de autoriaComposerNCLN?o atendeAtendeAcadêmicaGinga-NCLConhecer modelo de autoriaiTV ProjectJavaN?o atendeAtendeAcadêmicaGEMConhecer modelo de autoriaContextual GingaNCL e LuaN?o atendeAtendeAcadêmicaGinga-NCLConhecer modelo de autoriaNCLWizard(wizard)NCLParcialmenteAtendeAcadêmicaGinga-NCL–Observa-se que existe uma variedade de ferramentas, linguagens e estratégias que visam apoiar a cria??o de aplicativos para TVDI. Contudo, com exce??o da ferramenta NCL Wizard, todas exigem um conhecimento sobre algum tipo de linguagem ou modelo de autoria, fato que dificulta a atribui??o da tarefa de cria??o aos jornalistas. Mesmo assim, apesar de se propor a abstrair essas complexidades, a ferramenta NCL Wizard n?o apresenta em [SOARES NETO & SOARES, 2008] qualquer tipo de experiência com usuários de um domínio diferente da informática. O trabalho também apresenta resultados mais concretos na parte de suporte ao desenvolvedor de wizards por meio da linguagem Xwizard. Constata-se que as experiências supracitadas, apesar de serem iniciativas que vis?o apoiar a cria??o de aplicativos interativos para TVDI, n?o s?o, de fato, trabalhos relacionados à ferramenta iTVnews. Em outras palavras, com exce??o da NCL Wizard, as ferramentas apresentadas pertencem ou ao domínio da linguagem de programa??o ou ao domínio do modelo de autoria. Dessa forma, elas n?o se aproximam do que a ferramenta iTVnews se prop?e a contemplar. Nenhuma outra ferramenta tem por objetivo oferecer ao jornalista, usuário n?o-especialista, uma forma simples para compor aplicativos interativos para TVDI, sendo, portanto, uma iniciativa única que deve ser ressaltada como grande contribui??o. No capítulo seguinte é apresentada a ferramenta iTVnews, bem como todo o relato das experiências obtidas ao longo do seu desenvolvimento. A FERRAMENTA ITVNEWSEste capítulo apresenta a ferramenta iTVnews. A se??o 4.1 apresenta uma vis?o geral sobre a ferramenta e seu funcionamento. A se??o 4.2 apresenta a análise da ferramenta, em que s?o apresentadas as abordagens usadas para levantar os requisitos, vis?o de casos de uso e arquitetura. A se??o 4.3 apresenta como prova de conceito o módulo de cria??o de enquete.4.1 Vis?o GeralA iTVnews é uma ferramenta, desenvolvida em Java, que visa automatizar a cria??o de aplicativos interativos em TVDI (enquete, quiz, chat, etc.) para telejornal. Ela foi concebida no domínio da linguagem de um telejornal, ou seja, abstraindo a complexidade de programa??o e conceitos da programa??o. A atribui??o da tarefa de cria??o desses aplicativos aos jornalistas foi uma das motiva??es para tal ferramenta. Assim, os jornalistas ter?o mais autonomia no processo de cria??o de matéria interativa; será possível desenvolver os aplicativos em tempo hábil; e, por fim, existirá uma conten??o de gastos pelo enxugamento das caras equipes de designers e engenheiros de softwares atualmente necessários.O ambiente é composto pelos seguintes componentes que s?o detalhados adiante: a aplica??o desktop, o repositório e os módulos de cria??o de aplicativos interativos. Estes últimos ficar?o armazenados no repositório. No momento em que o jornalista desejar criar uma matéria interativa como, por exemplo, uma entrevista com uma enquete, bastará recuperar do repositório, por meio da aplica??o desktop, o módulo relacionado à cria??o de enquete. Este módulo é, basicamente, um formulário por meio do qual o jornalista preenche algumas informa??es referentes à enquete e, por meio dele, terá a enquete pronta para ser multiplexada com o áudio e o vídeo. 4.2 Análise da Ferramenta iTVnewsNa realiza??o da etapa de análise da ferramenta proposta, foi utilizada a metodologia proposta por [LARMAN, 2002]. Nesta subse??o é apresentada a etapa de identifica??o dos requisitos, especifica??o de requisitos, vis?o de casos de uso, expans?o dos casos de uso mais importantes e a arquitetura da ferramenta iTVnews.4.2.1 Levantamento de RequisitosA iTVnews é uma proposta de ferramenta para o jornalista. Portanto, tendo ciência da import?ncia em compreender bem o domínio em que a ferramenta será empregada, a primeira atitude tomada em seu processo de desenvolvimento foi articular a parceria entre o LAVID e a TV Cabo Branco, afiliada da Rede Globo na Paraíba.Essa parceria promoveu à aproxima??o da informática a comunica??o, em uma experiência muito rica e proveitosa. Como frutos, destacam-se a constru??o de diversos aplicativos pilotos, os direcionamentos para a ferramenta iTVnews e a conscientiza??o dos profissionais da TV Cabo Branco sobre o leque de possibilidades que a TVDI oferece. Para capturar os requisitos funcionais e n?o-funcionais, bem como identificar quais aplicativos interativos seriam os mais interessantes para os telejornais da emissora, adotou-se algumas estratégias como: entrevistas e questionários; prototipa??o; e workshops de interatividade. A seguir, as subse??es abord?o cada uma dessas atividades.4.2.1.1 Entrevistas, Reuni?es e Visita??es para Conhecimento do DomínioInicialmente, a equipe do LAVID entrou em contato com a emissora para conhecer a infraestrutura com a qual eles trabalham, e o conhecimento prévio sobre TVDI que seus profissionais já possuíam. Reuni?es com a diretoria de telejornalismo e os profissionais da reda??o ajudaram a equipe a colher informa??es, discutindo sobre a proposta da ferramenta iTVnews. Ao visitar cada setor, obteve-se a compreens?o do processo interno da institui??o; ou seja, quais seus costumes, quais os responsáveis por cada departamento, a din?mica de trabalho, e, por fim, quais as formas usadas, até ent?o, para buscar interagir com os telespectadores.Um servi?o interativo oferecido atualmente pela emissora é a realiza??o de enquetes por meio da rede de telefonia. Hoje, o processo de cria??o de uma enquete – acompanhe no infográfico da Figura 21 – na TV Cabo Branco se inicia na defini??o do tema. A equipe de telejornalismo elabora uma pergunta e as alternativas a serem escolhidas pelo público, tendo por base algum acontecimento relevante e recente. Em seguida, a enquete é colocada na pauta do jornal por meio da ferramenta Easynews que é um sistema de automa??o para reda??o de telejornalismo (1). Depois de colocada na pauta, um e-mail é enviado para a equipe de informática da emissora informando sobre a enquete (2). Por meio de uma aplica??o PHP (Hypertext Preprocessor), criada pelo próprio pessoal da emissora, chamada F5PLUS, a enquete é criada. Essa aplica??o é o lugar no qual s?o inseridas a pergunta e as suas alternativas. Feito isso, ela associa cada alternativa a um número de telefone que posteriormente será apresentado aos telespectadores. Ela também gerencia os servidores que est?o interligados a modems computando, dessa forma, cada liga??o realizada. Ao término de cada liga??o, a aplica??o apresenta uma mensagem em áudio para os participantes informando-os sobre o sucesso do recebimento do voto. Após criar a enquete, basta ativá-la para que os participantes possam come?ar a votar (3). 4724402540Figura SEQ Figura \* ARABIC 21 – Processo atual de realiza??o de enquetesPara que a comunidade saiba da existência da enquete, menciona-se sobre a sua existência nos intervalos da programa??o da emissora antes do telejornal, provocando os telespectadores a ligarem e participarem (4). Assim, os telespectadores telefonar?o e ter?o seus votos computados (5). Vale salientar que ao realizar a liga??o e ter seu voto registrado, os participantes ainda n?o têm nenhuma ideia do resultado parcial da enquete. Já no fim do processo, as liga??es s?o registradas nos servidores da emissora (6) e chega o momento de apresentar o resultado final da enquete no telejornal. Para isso, uma mensagem é encaminhada ao operador de caracteres (7) que coloca na tela da TV o resultado ao passo que o apresentador comenta sobre ele (8).Cientes do processo atual, a equipe do LAVID preparou um infográfico para ilustrar aos profissionais da TV Cabo Branco como será o processo de cria??o de enquetes usando a ferramenta proposta e com a TVDI. Inicialmente, a enquete – acompanhe a Figura 22 – é colocada na pauta do telejornal de forma similar ao processo anterior (1). Contudo, de agora em diante, s?o rumos totalmente novos. Levando em considera??o que o componente enquete já tenha sido previamente desenvolvido pela equipe de informática, o próprio jornalista, por meio da ferramenta iTVnews, criará a enquete interativa. Ele buscará a enquete no repositório, recuperando-a. Depois, digitará a pergunta e suas respostas e escolherá uma das interfaces pré-definidas de acordo com o telejornal para o qual a enquete será desenvolvida (2). Tendo terminado a configura??o da sua enquete, ela será multiplexada juntamente com a programa??o – o áudio e o vídeo (3). Agora o fluxo multiplexado será preparado para ser transmitido pelo canal de difus?o – cabo, satélite, radiodifus?o – até o receptor na casa dos telespectadores (4). Nesse momento – por meio da TV com STB ou dispositivo móvel – um ícone indicando a existência da enquete aparecerá e ela poderá ser carregada e finalmente votada pelo usuário (5). Através do canal de retorno (6), o voto é registrado no servidor de aplica??o que pode estar na própria emissora ou em outro ambiente (7). Um grande diferencial da enquete na TVDI é a possibilidade de acompanhar seu resultado parcial, n?o sendo necessário esperar até a exibi??o do telejornal para ter um feedback das parciais da enquete. No fim do processo, o resultado final poderá ser apresentado no telejornal.300990635Figura SEQ Figura \* ARABIC 22 – Processo de cria??o de enquetes com a ferramenta iTVnews4.2.1.2 Aplica??es PilotoA fim de apresentar aos jornalistas da TV Cabo Branco o potencial da TVDI e come?ar um processo de identifica??o dos aplicativos com aplicabilidade no contexto telejornalístico, foi requisitado acesso ao acervo da emissora. Com isso, em cima de reportagens, entrevistas e matérias gerais dos telejornais, a equipe de informática e comunica??o do LAVID criou alguns protótipos de programa??o interativa.A primeira proposta teve o sentido de apresentar, aos quadros temáticos do JPB (um dos telejornais da emissora), algumas possibilidades de interatividade ao gênero informativo. Nesse sentido, buscou-se explorar os recursos de informa??es complementares às matérias e uma participa??o mais ativa da audiência.Na prática, por exemplo, no quadro “Saúde”, a indica??o da interatividade e de enquete, no início do programa (Figura 23) determina o tipo de interven??o disponível para o telespectador, naquele programa. A interatividade é acessada por meio do bot?o azul do controle remoto, à medida que o “i” aparece na tela, advertindo um novo conteúdo acessível. Tal conteúdo sugere informa??es adicionais, que funcionam como boxes na matéria, possibilitando que o material descartado, em fun??o do fator tempo, seja reaproveitado, em outra linguagem (textual).center4445Figura SEQ Figura \* ARABIC 23 – Tela interativa do quadro “Saúde”, do JPB 1? edi??ocenter0Figura SEQ Figura \* ARABIC 24 – Op??es da enquete interativa do quadro “saúde” do JPB 1? edi??oJá para responder à pergunta realizada pela produ??o, os telespectadores teriam que acessar, a qualquer momento, o bot?o verde, e, a partir daí, escolher um dos números relacionados às op??es pré-estabelecidas pela emissora, como mostra a Figura 24. Imediatamente, obtém-se a porcentagem parcial da vota??o, Figura 25. No final do programa, um especialista analisa o resultado final.33909075565Figura SEQ Figura \* ARABIC 25 – Resultado parcial da enquete interativa do JPB 1? edi??oConsiderando que a TV é um instrumento, basicamente, de uso coletivo e, que, numa família composta por quatro pessoas, por exemplo, a vota??o geraria certo grau de desconforto, em raz?o, de apenas um controle remoto circular entre os supostos interagentes, cogita-se em, por meio de uma rede bluetooth, estabelecer-se as escolhas de maneira personalizada, utilizando os celulares, uma vez que a tecnologia Ginga dá suporte à iniciativa. O mesmo serve para as informa??es complementares às matérias. No protótipo construído, os telespectadores podem ver o material textual extra, na própria TV como mostra a Figura 26, como mencionado anteriormente, porém, num projeto de convergência, este material pode ser veiculado, em separado, para os dispositivos móveis dos interessados.center-4445Figura SEQ Figura \* ARABIC 26 – Informa??es adicionais sobre a matéria veiculadacenter153670Figura SEQ Figura \* ARABIC 27 – Aplicativo com as informa??es sobre a pessoa desaparecidaOutros quadros do telejornal também mereceram implementa??es interativas, como o intitulado “desaparecidos” (Figura 27). No momento em que o parente discursa sobre quem procura; dados sobre a vítima s?o enviados ao telespectador, como, por exemplo: foto mais recente disponível; onde, como e quando foi visto pela última vez; e, telefone de contato para quem souber do paradeiro. No fim da aplica??o, pode-se abrir uma galeria, na qual est?o todos os desaparecidos do mês, oferecendo ao telespectador a possibilidade de navegar por cada um deles.Depois do ensaio com os protótipos apresentados, o próximo passo foi mostrar aos jornalistas da emissora a rea??o dos telespectadores diante da interatividade. Para tanto, já que a TV Cabo Branco n?o possui, ainda, estrutura para enviar dados sincronizados com o vídeo e receber as respostas dos telespectadores, outra experiência sinalizadora proporcionou o contato dos cidad?os com a tecnologia de ponta.Neste projeto, em parceria com a rádio 101.7 FM, no dia 25 de setembro, montou-se um stand do Laboratório, no maior bairro populacional de Jo?o Pessoa-PB, com uma televis?o digital e um conversor. A equipe de Comunica??o do LAVID e a diretoria de jornalismo da TV Cabo Branco pensaram em alguns servi?os do bairro e elaboraram as op??es da enquete do quadro “O bairro que eu quero”, a qual consistia em saber quais eram o melhor e o pior servi?o público daquele lugar . Em seguida, os programadores e designer desenvolveram o aplicativo para o teste e execu??o.Cada alternativa era indicada por números de um a sete. Ao iniciar, o melhor servi?o era questionado (Figura 28 a) e, ao ser elegido, imediatamente passava-se para a seguinte pergunta, a qual fazia referência ao servi?o deficiente (Figura 28 b). Para computar os votos, pressionava-se a tecla verde, do controle remoto. Para desistir da interatividade, a qualquer momento, apertava-se a tecla vermelha. A tela final indicava a porcentagem parcial das duas perguntas, sendo o índice vermelho dos votos atinentes ao pior servi?o e o índice verde, para o resultado do melhor servi?o (Figura 29).6286542545(a)(b)Figura SEQ Figura \* ARABIC 28 – (a) Tela correspondente às op??es “melhor servi?o” (b) Tela correspondente às op??es “pior servi?o”101536549530Figura SEQ Figura \* ARABIC 29 – Resultado parcial da enqueteCom o intuito de provocar motiva??o na popula??o e fazer com que a aplica??o pudesse ter utilidade no telejornal, o vínculo garantiu que material coletado proveria contribui??es para a pauta das próximas edi??es. Assim, ficou estabelecido que o resultado do pior servi?o renderia matéria para a edi??o seguinte (28 de setembro) e o correspondente ao melhor servi?o público, para o dia 29 de setembro. Nas duas reportagens, ouviu-se a popula??o e autoridades competentes do município.Enquanto pesquisa, a experiência foi válida, pois n?o só divulgou as atividades do LAVID, como também incutiu o desejo de participa??o na audiência, que, por sua vez, teve o primeiro contato com os recursos da nova TV. Somado a isso, os 250 participantes cooperaram, inconscientemente, com dicas de usabilidade, a partir de algumas dificuldades de manuseio, constatadas pelos pesquisadores. Ainda que n?o tenha sido testada efetivamente nos lares de Jo?o Pessoa, a aplica??o interativa serviu como proposta sinalizadora, favorecendo mudan?as no contexto da produ??o telejornalística e de comportamento dos próprios telespectadores.4.2.1.3 Prototipa??o da ferramenta iTVnewsEm rela??o à aplica??o Desktop da ferramenta iTVnews, foram apresentados protótipos de telas aos jornalistas com objetivo de avaliar quesitos como: usabilidade, navegabilidade, etc. Após alguns refinamentos, chagamos a um modelo em abas, conforme mostra as Figuras 30, 31 e 32.A aba “Busca” (Figura 30) é a responsável pela comunica??o com o repositório. Por meio dela, o jornalista digita uma palavra-chave referente ao aplicativo interativo que ele deseja e, logo depois, clica no bot?o “Buscar”. O resultado dessa opera??o é a lista com os módulos de cria??o de aplicativos associados à palavra-chave digitada pelo jornalista. Tendo encontrado o módulo de cria??o desejado, o jornalista pode recuperá-lo do repositório por meio do bot?o “Baixar”.63436542768Figura SEQ Figura \* ARABIC 30 – Tela exibindo a aba “Busca” da ferramenta iTVnewsA aba “Aplica??es” (Figura 31) é a responsável pelo gerenciamento dos módulos de cria??o recuperados do repositório. Por meio dela, o jornalista visualiza os módulos existentes em seu computador. Caso ele tenha recuperado um novo módulo na aba “Busca”, por meio do bot?o “Atualizar”, é possível renovar a lista atual e perceber a existência do novo módulo na lista dos módulos existentes. Para usar um dos módulos de cria??o, basta selecioná-lo e clicar no bot?o “Executar”. 63436538735Figura SEQ Figura \* ARABIC 31 – Tela exibindo a aba “Aplica??es” da ferramenta iTVnewsPor fim, a aba “Sobre” (Figura 32) possui informa??es sobre a ferramenta como, por exemplo, sob que licen?a o software é distribuído; página na internet; e se??o de ajuda para os usuários.61531527102Figura SEQ Figura \* ARABIC 32 – Tela exibindo a aba “Sobre” da ferramenta iTVnews4.2.1.4 Workshop de Interatividade e QuestionáriosNo dia 19 de Abril de 2010 foi realizada, pelo LAVID na UFPB, o Workshop de Interatividade para Telejornalismo. Com o intuito de discutir tecnologias para TVDI no Brasil, com foco na interatividade para telejornalismo, estiveram presentes diversos profissionais da área de comunica??o, dentre os quais, alguns representantes da TV Cabo Branco e TV Paraíba, afiliadas da Rede Globo na Paraíba, e da TV UFPB (TV universitária). Também estiveram presentes doutores, mestres e graduandos da área, totalizando 41 participantes, fato este que tornou o encontro rico em opini?es tanto da academia quanto dos profissionais que atuam no mercado.A fim de abrir a mente dos presentes em rela??o às novas possibilidades de interatividade que surgem com o advento da TVDI, foi apresentada uma série de aplica??es explorando recursos interativos diversos. Após esse momento, foi passado um questionário para que os participantes pudessem expor suas opini?es e sugest?es por escrito, bem como eleger três recursos interativos, dentre os sugeridos, como os mais interessantes para serem explorados. As op??es de interatividade propostas est?o enumeradas na Tabela 3.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 3 – Op??es de interatividade propostas Numera??oRecurso Interativo1.Visualiza??o de informa??es adicionais (fotos ou textos)2.Visualiza??o de informa??es sobre o tempo;3.Visualiza??o de informa??es sobre a bolsa4.Tele texto5.Vota??o6.Enquete7.Enviar vídeo para emissora pela TV8.Enviar foto para emissora pela TV9.Receber informa??es10.Personalizar jornal com as preferências do telespectador11.Questionário com respostas do tipo "certo ou errado" – QuizNa opini?o dos participantes (Figura 33), o anseio por uma programa??o personalizada, atendendo as preferências do telespectador será a maior atra??o em termos de interatividade para os usuários da TVDI, ficando com 23% dos votos. Empatados em segundo lugar, com 18%, est?o enquetes interativas e o envio de vídeos para a emissora por meio da própria TV. Por fim, em terceiro lugar, com 17%, ficou a visualiza??o de informa??es adicionais.Tomando por base os resultados obtidos na oficina e as experiências com a TV Cabo Branco, buscamos, a priori, explorar o desenvolvimento do componente enquete para a ferramenta proposta; pois percebemos sua relev?ncia e vasta aplicabilidade social. Dessa forma, justificamos o porquê da escolha, baseando-a em opini?es contundentes de profissionais da área.186690-35560Figura SEQ Figura \* ARABIC 33 – Resultado do questionário do workshop de interatividade para telejornalismo4.2.2 Vis?o de Casos de Uso e Especifica??o de Requisitos8629651127760De forma a facilitar a compreens?o do comportamento do ambiente e uma vis?o geral dos servi?os fornecidos aos jornalistas, a Figura 34 apresenta o diagrama de casos de uso da ferramenta iTVnews.Figura SEQ Figura \* ARABIC 34 – Diagrama de Caso de Uso da Ferramenta iTVnewsOs requisitos funcionais do ambiente, classificados em evidentes e ocultos, est?o listados na Tabela 4. Enquanto os requisitos funcionais evidentes s?o efetuados pelo sistema sem o conhecimento dos jornalistas, os requisitos ocultos s?o efetuados pelo sistema sem o conhecimento explícito do mesmo. Por sua vez, os requisitos n?o-funcionais, que s?o restri??es colocadas sobre como o sistema deve realizar seus requisitos funcionais, est?o listados na Tabela 5.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 4 – Tabela de Requisitos Funcionais da Ferramenta iTVnewsRequisitos FuncionaisRef.#NomeCategoriaF1Permitir ao usuário consultar o repositório de módulos de cria??oEvidenteF2Permitir ao usuário realizar o download de módulo de cria??oEvidenteF3Permitir ao usuário atualizar lista de módulos de cria??oEvidenteF4Permitir ao usuário executar módulo de cria??oEvidenteF5Permitir ao usuário configurar aplica??o interativaEvidenteF6Permitir ao usuário gerar aplica??o interativa EvidenteTabela SEQ Tabela \* ARABIC 5 – Tabela de Requisitos N?o-Funcionais da Ferramenta iTVnewsRequisitos N?o-FuncionaisRef.#Restri??oCategoriaNF1A interface da ferramenta deve ser implementada como formulários simples e intuitivosInterfaceNF2Deve ser exibida uma barra de progresso indicando o andamento da busca por módulos de cria??o no repositório.InterfaceNF3O sistema deve apresentar mensagens de alerta ao usuário sempre que houver alguma opera??o realizada de forma indevidaInterfaceNF4Deve ser exibida uma barra de progresso indicando o andamento da transferência de dados entre a aplica??o desktop e o repositório.UsabilidadeNF5Deve existir uma aba com um sistema de ajuda ao usuário disponívelUsabilidadeNF6Os módulos poder?o criar aplica??es Java (Xlets), NCL ou NCL-LuaEspecifica??oNF7A linguagem Java foi adotada no desenvolvimento seguindo cuidadosamente as técnicas de orienta??o a objetos. Ela permite n?o especificar quais ser?o o sistema operacional e a máquina em que o programa irá executarHardware e SoftwareNF8O sistema deve ser entregue empacotado ao usuário final e com simples instala??oEmpacotamento4.2.3 Expans?o dos Casos de UsoVisando uma compreens?o mais profunda dos processos e requisitos da ferramenta, os principais casos de uso foram expandidos, conforme pode ser observado nas tabelas adiante.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 6 – Caso de Uso Expandido: Consultar RepositórioCaso de Uso:Consultar RepositórioAtores:JornalistaRequisitos Correlacionados:F1, NF1, NF2, NF3Finalidade:Permitir ao jornalista realizar uma busca no repositório a fim de encontrar um módulo de cria??o que atenda a sua necessidadeSequencia Típica de Eventos: O jornalista seleciona a aba “Busca” da ferramenta iTVnewsO jornalista digita uma palavra-chave no formulárioO jornalista inicializa a buscaA ferramenta se comunica com o repositório e apresenta as ocorrências da palavra-chave no formulário Tratamento de Exce??es:3a. Nenhuma palavra-chave foi digitada3a1. A ferramenta exibe mensagem de advertência3a2. Retorna ao fluxo principal no passo 34a. Erro na comunica??o com o repositório4a1. A ferramenta exibe mensagem de erro 4a1. Retorna ao fluxo principal no passo 4 Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 7 – Caso de Uso Expandido: Executar um Módulo de Cria??oCaso de Uso:Executar um Módulo de Cria??oAtores:JornalistaRequisitos Correlacionados:F4, NF1, NF3Finalidade:Permitir ao jornalista executar um módulo de cria??o dentre os já previamente recuperadas do repositórioSequencia Típica de Eventos: O jornalista seleciona a aba “Aplica??es” da ferramenta iTVnewsO jornalista seleciona o módulo de cria??o no formulárioO jornalista executa o módulo de cria??o por meio do bot?o “Executar”Tratamento de Exce??es:2a. Nenhum módulo de cria??o foi recuperado do repositório2a1. A ferramenta exibe mensagem de advertência2a2. Retorna ao fluxo principal no passo 12b. Erro na execu??o do módulo de cria??o2b1. A ferramenta exibe mensagem de erro 2b1. Retorna ao fluxo principal no passo 1Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 8 – Caso de Uso Expandido: Configurar Aplica??o interativaCaso de Uso:Configurar Aplica??o interativaAtores:JornalistaRequisitos Correlacionados:F5, NF1, NF3Finalidade:Permitir ao jornalista configurar uma aplica??o interativaSequencia Típica de Eventos: O jornalista preenche os campos referentes aos dados da aplica??o no formulário O jornalista preenche os campos referentes à interface da aplica??o no formulárioTratamento de Exce??es:1a. Nem todos os campos necessários foram preenchidos1a1. A ferramenta exibe mensagem de advertência1a2. Retorna ao fluxo principal no passo 12a. Nem todos os campos necessários foram preenchidos2a1. A ferramenta exibe mensagem de advertência 2a1. Retorna ao fluxo principal no passo 1Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 9 – Caso de Uso Expandido: Gerar Aplica??o InterativaCaso de Uso:Gerar Aplica??o InterativaAtores:JornalistaRequisitos Correlacionados:F6, NF1, NF3Finalidade:Permitir ao jornalista gerar uma aplica??o interativaSequencia Típica de Eventos: O jornalista escolhe o diretório no qual a aplicativo será geradoO usuário gera a aplica??o no diretório escolhidoTratamento de Exce??es:2a. Acesso a diretório requer permiss?o do administrador2a1. O SO exibe mensagem de advertência2a2. Retorna ao fluxo principal no passo 14.2.4 Arquitetura da Ferramenta iTVnewsA arquitetura em camadas da Ferramenta iTVnews é apresentada na Figura 35. Ela mostra os componentes que formam a ferramenta: o repositório, a ferramenta desktop, e os módulos de cria??o de aplicativos (enquete, quiz, chat, etc.)10725150Figura SEQ Figura \* ARABIC 35 – Arquitetura em Camadas da Ferramenta iTVnewsNas subse??es seguintes, cada uma das camadas é detalhada.4.2.4.1 Aplica??o iTVnews DesktopA aplica??o desktop da ferramenta iTVnews é o meio pelo qual o jornalista guia todo o processo de cria??o de aplicativos interativos. Ela deve ser instalada na máquina cliente, atuando como a única interface entre o jornalista e o repositório de módulos de cria??o. Por meio dela o jornalista realiza a busca, a recupera??o e o gerenciamento de módulos de cria??o do repositório. Buscando a simplicidade, ela foi desenvolvida em um esquema de abas, oferecendo uma aba com informa??es e ajuda; outra que provê acesso ao repositório; e uma última para gerenciamento dos módulos previamente recuperados do repositório.4.2.4.2 RepositórioEm rela??o à ferramenta iTVnews, os jornalistas s?o os que fazem reuso dos módulos de cria??o de aplicativos (Figura 36). Sempre que eles desejarem criar um aplicativo interativo, o primeiro passo é buscar no repositório da ferramenta um módulo de cria??o que contemple a sua necessidade. Dessa forma, a equipe de informática (engenheiros de software e designers) apenas será requisitada quando surgir uma nova ideia de aplicativo para telejornal. Nesse cenário, a equipe de informática desenvolve para reuso e os jornalistas desenvolvem com reuso. Em termos de papéis, a equipe de informática s?o os produtores e gerentes do repositório, e os jornalistas s?o os consumidores dele.center176530Figura SEQ Figura \* ARABIC 36 – Desenvolvimento com/para reuso na ferramenta iTVnewsA ferramenta iTVnews se utiliza de um repositório que apóia o reuso dos módulos de cria??o pelos jornalistas, ou seja, ele os armazena e provê mecanismos para cataloga??o, busca e recupera??o. Devido à simplicidade, fato que o faz amplamente utilizado, adotou-se o mecanismo de busca por palavras-chave. Os ativos, previamente catalogados em termos de palavras-chave, s?o apresentados após uma busca em fun??o do número de palavras-chave em comum. Após encontrar o ativo desejado, o jornalista tem a liberdade de baixá-lo para seu computador por meio da aplica??o desktop da ferramenta iTVnews.4.2.4.3 Módulos de Cria??o de Aplicativos InterativosOs módulos de cria??o de aplicativos interativos s?o os objetos mais importantes deste trabalho. Eles s?o os responsáveis pela abstra??o dos conceitos de informática, deixando a cria??o dos aplicativos viável para os jornalistas. Para tanto, foram desenvolvidos como simples formulários ou wizards por meio dos quais os jornalistas configurar?o uma aplica??o. O repositório contém diversos módulos, cada um responsável por um aplicativo diferente.Para criar os módulos, inicialmente investiu-se em estudos sobre as aplica??es vigentes no cenário atual. Por exemplo, ao observar as aplica??es interativas que est?o disponíveis em S?o Paulo, nota-se que duas das seis emissoras utilizam a mesma aplica??o do tipo enquete, apenas modificando o leiaute da mesma. ? o caso das aplica??es da Rede NGT (canal 48) e da TV Gazeta (canal 11), que s?o idênticas do ponto de vista da programa??o, conforme mostra a Figura 37. Verificamos ent?o que os questionamentos das enquetes contemplam temas diferentes, mas o funcionamento global se mantém o mesmo.152402540(a)(b)Figura SEQ Figura \* ARABIC 37 – (a) Enquete Rede NGT (b) Enquete TV Gazeta A experiência adquirida durante a cria??o de aplicativos interativos na parceria com a TV Cabo Branco (subse??o 4.2.1.2), e os estudos sobre os aplicativos interativos atualmente existentes apontaram para a arquitetura em camadas apresentada na Figura 38. 10725150Figura SEQ Figura \* ARABIC 38 – Arquitetura em camadas dos aplicativos interativos telejornalísticosAnalisando essa arquitetura, conclui-se que:A camada de apresenta??o é variável. Ela refere-se ao leiaute das aplica??es. ? razoável pensar que o telejornal A terá uma interface diferente do telejornal B (telas, logos, anima??es, etc.);A camada lógica é fixa. Todas as aplica??es do tipo enquete, ou do tipo quiz, por exemplo, ter?o uma mesma lógica de implementa??o. Os votos de uma enquete ser?o computados da mesma forma, o sincronismo de mídia de um quiz se dará da mesma maneira, etc.A camada de dados é variável. ? razoável pensar que diferentes enquetes ter?o diferentes questionamentos, bem como as perguntas e respostas de cada quiz ser?o diferentes, etc. Com essas observa??es, os módulos foram desenvolvidos explorando formas de flexibilizar as camadas de apresenta??o e de dados, objetivando deixá-las como lacunas a serem preenchidas pelos jornalistas.4.2.5 Vis?o de Implanta??o da Ferramenta iTVnewsA Figura 39 apresenta o diagrama de implanta??o da ferramenta iTVnews com sua arquitetura distribuída. Nela, é possível observar os protocolos por meio dos quais se dará a comunica??o. Também é percebido que a ferramenta desktop acessa o repositório de módulos de cria??o de forma remota através do protocolo TCP/IP.1034415-3175Figura SEQ Figura \* ARABIC 39 – Diagrama de Implanta??o iTVnewsTendo recuperado o módulo de cria??o desejado do servidor para o PC (1), o jornalista irá configurá-lo de acordo com a finalidade para a qual o aplicativo será feito. Em seguida, o aplicativo pronto é enviado ao ambiente de execu??o (2). Este é apresentado no diagrama como uma caixa preta em que, na verdade, est?o algumas ferramentas que realizar?o a multiplexa??o do aplicativo com os fluxos de vídeo e áudio. Logo depois, os dados multiplexados seguem para o servidor de middleware (3) que possui uma implementa??o do Ginga, usado para testar o aplicativo, exibindo o resultado em uma TV ou algum outro dispositivo de exibi??o (celular, PDA, etc.) (4) como acontece em um ambiente real.4.3 Detalhamento do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnewsNesta subse??o é apresentada a especifica??o de requisitos, a arquitetura em camadas, detalhes de implementa??o, vis?o de implanta??o e, por fim, o projeto de interface com o usuário (jornalista) do módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews. Para realiza??o desta etapa, também foi usada a linguagem de modelagem UML (Unified Modeling Language) [JACOBSON et al., 2005] [GUEDES, 2006] que descreve modelos de sistema baseado em conceitos de objetos.4.3.1 Casos de Uso do Módulo de Cria??o de EnqueteDe forma a facilitar a compreens?o do comportamento do módulo e fornecer uma vis?o geral dos servi?os disponíveis aos jornalistas, a Figura 40 apresenta o diagrama de casos de uso do módulo de cria??o de enquete.Figura SEQ Figura \* ARABIC 40 – Diagrama de Caso de Uso do Módulo de Cria??o de EnqueteDe maneira mais genérica, os casos de uso desse módulo já est?o expandidos nas tabelas 8 e 9 referentes aos casos de uso: configurar aplica??o interativa e gerar aplica??o interativa, respectivamente.4.3.2 Arquitetura do Módulo de Cria??o de EnqueteEsta se??o descreve a proposta de arquitetura em camadas para desenvolvimento do módulo de cria??o de enquete. Entre outros benefícios, a divis?o em camadas independentes permite a substitui??o da interface gráfica ou do meio de armazenamento dos dados (trocar arquivos por um SGBD, por exemplo) sem afetar as regras de negócio da aplica??o. Isso facilita a reusabilidade das classes do negócio em outras aplica??es e permite maior flexibilidade na escolha de tecnologias para implementar a aplica??o.As três camadas da arquitetura podem ser vistas na Figura 41, e têm os seguintes papéis:1072515-2540Figura SEQ Figura \* ARABIC 41 – Arquitetura em camadas do Módulo de Cria??o de EnqueteCamada de Apresenta??o - Esta camada tem a fun??o de implementar uma interface de entrada e saída para a intera??o do módulo com o jornalista. Seu papel é de validar as informa??es fornecidas pelos jornalistas e de conectá-lo aos servi?os oferecidos pela camada de Negócio.Camada de Negócio - Esta camada representa o núcleo do módulo e é responsável por implementar a lógica de negócio. Nela est?o todas as classes inerentes ao domínio do módulo;Camada de Dados - Esta camada é responsável pela persistência e acesso aos dados do módulo de cria??o. Ela isola o resto do módulo do meio de armazenamento usado (arquivos: Lua e NCL, telas, logos, etc.) de maneira que, se o meio de armazenamento for trocado, apenas as classes desta camada precisar?o ser modificadas ou substituídas;4.3.3 Vis?o de Implementa??o do Módulo de Cria??o de EnqueteO diagrama de classes exibido na Figura 42 revela detalhes da implementa??o do módulo de cria??o de enquete, definindo a estrutura de classes utilizadas, os atributos e os métodos possuídos por cada classe, bem como o relacionamento entre elas.215652921Figura SEQ Figura \* ARABIC 42 – Diagrama de Classes do Módulo de Cria??o de Enquete4.3.4 Projeto da Interface com o Jornalista do Módulo de Cria??o de EnqueteA interface do módulo de cria??o de enquete (Figura 43) foi projetada para que em poucos segundos o jornalista obtenha a sua enquete pronta para ser usada. Para tanto, ela foi baseada em uma ferramenta usada atualmente por jornalistas do Portal Paraíba1 (pertencente ao mesmo grupo da TV Cabo Branco) para criar as enquetes do portal. Dessa forma, antes de criar a interface, já tínhamos o forte indício de sua aceita??o por parte dos jornalistas. Ela se divide em duas partes: o formulário de preenchimento de dados e o formulário de interface.280827-3274Figura SEQ Figura \* ARABIC 43 – Tela da interface do Módulo de Cria??o de EnquetePara configurar a enquete, basta preencher os dois formulários. No formulário de dados, primeiro é digitada a pergunta que será questionada à popula??o e em seguida as suas alternativas. Nesta vers?o inicial, optou-se por permitir enquetes até quatro alternativas. Seguindo o preenchimento, no formulário referente à interface da enquete, existem algumas op??es relacionadas à programa??o telejornalística da emissora, no caso a TV Cabo Branco. A Figura 43 mostra que existem interfaces para: Bom Dia Paraíba, JPB, Paraíba Agora, Paraíba Notícia, Paraíba Comunidade e Globo Esporte local. Tendo preenchidos os formulários, chega ao fim o processo de configura??o da enquete. Agora, basta clicar no bot?o “Criar...” para escolher um diretório e salvar a enquete finalizada no computador.ESTUDO DE CASO: M?DULO DE CRIA??O DE ENQUETEEste capítulo relata o estudo de caso desenvolvido com a finalidade de validar a ferramenta iTVnews. A se??o 5.1 apresenta a infraestrutura utilizada nos testes de aceita??o; a se??o 5.2 discute sobre a forma de avalia??o adotada; a se??o 5.3 apresenta os testes realizados; por fim, a se??o 5.4 apresenta os resultados obtidos.5.1 A Infraestrutura1200152339340Com o intuito de validar o módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews, foi aproveitado o espa?o físico da própria TV Cabo Branco. Os equipamentos utilizados (Figura 44) foram apenas um notebook com o módulo de cria??o de enquete instalado; um STB: marca Proview, com middleware Ginga distribuído pela RCASOFT; um pen-drive Kingston; e, por fim, uma TV para exibir os resultados. Possuir a máquina virtual Java é o único requisito para o funcionamento correto do módulo.Figura SEQ Figura \* ARABIC 44 – Equipamentos usados nos testes do Módulo de Cria??o de EnqueteNa Tabela 10 é possível analisar os detalhes de cada equipamento utilizado nos testes realizados por meio de suas especifica??es.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 10 – Especifica??o dos equipamentos utilizados nos testes do Módulo de Cria??o de EnqueteEquipamentoEspecifica??oNotebookCore 2 Duo, 1,5GHz, 2 GB RAM, 250GB HD, Windows Vista Home Premium. JRE 6.STBModelo XPS-1000, middleware RCASOFTTVTV PLASMA 42’’. Resolu??o 1024X768. Interface HDMIPen-Drive2 GB5.2 A Forma de Avalia??oPara avaliar o módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews, ele foi submetido a testes de aceita??o realizados pelos seus futuros usuários: os jornalistas. Nestes testes, dez jornalistas da TV Cabo Branco tiveram a oportunidade de criar a sua própria enquete, compondo-a por meio do módulo. Depois de manusear a ferramenta, cada jornalista respondeu questionários para registrar suas impress?es. Nestes questionários, informa??es como dados pessoais, forma??o profissional, atividades realizadas na emissora, e, por fim, experiência com softwares de apoio em suas atividades e/ou em algum tipo de programa??o (script, macro, customiza??o, etc.) eram relatadas. Além dessas informa??es, a fim de por em cheque a facilidade de manuseio da ferramenta, foi perguntado aos participantes sobre a necessidade de treinamento para aprender a operá-la. Para completar a análise, cinco propriedades foram sugeridas para que os participantes atribuíssem nota (entre 1 e 10). As propriedades foram: Usabilidade: referindo-se à simplicidade e facilidade com que se interage com a interface da ferramenta;Navega??o: referindo-se à facilidade em encontrar o que se procura e se localizar em um determinado lugar; Linguagem: referindo-se à linguagem do domínio que a ferramenta pertence, ou seja, se ela contempla a linguagem do telejornalismo; Tempo gasto: referindo-se ao tempo necessário para criar uma aplica??o, ou seja, se o tempo de cria??o acompanha a dinamicidade exigida no contexto telejornalístico; Aplicabilidade: referindo-se à import?ncia de se ter tal ferramenta na emissora, às oportunidades que ela abrirá, e as contribui??es que ela trará. 5.3 Testes de Aceita??oOs testes foram realizados com alguns profissionais da TV Cabo Branco, dentre os quais, editores de texto, editores de matéria, apresentadores, repórteres e diretores (Figura 45). Dentre os jornalistas que participaram, nenhum relatou ter qualquer experiência com programa??o (script, macro, customiza??o, etc.). Contudo, alguns relataram que usam softwares para apoiar suas atividades como o Easynews (vide capítulo 2) e o Adobe Premiere.152402540Figura SEQ Figura \* ARABIC 45 – Jornalistas interagindo com o Módulo de Cria??o de Enquete da ferramenta iTVnewsOs jornalistas interagiram com a ferramenta criando enquetes sobre temas relevantes e atuais com os quais estavam trabalhando na emissora. Enquetes sobre sistema de cotas, maioridade penal, elei??es, esporte, dentre outras foram criadas. As enquetes podiam ter duas, três ou quadro alternativas de resposta. Além disso, também foi possível escolher o logo do telejornal para o qual a enquete estava sendo criada. A Figura 46 apresenta o resultado gerado pelo módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews. Trata-se de uma enquete com quatro alternativas de resposta criada para o JPB (um dos telejornais da emissora). Como a vers?o testada é experimental, ainda n?o esta sendo tratada a quebra de linhas, como pode ser observado.center137160Figura SEQ Figura \* ARABIC 46 – Aplica??o sobre maioridade penal criada por um dos jornalistas da TV Cabo Branco5.4 Resultados ObtidosA Figura 47 apresenta o resultado da avalia??o, realizada por dez jornalistas, das propriedades do módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews. Todos os profissionais que interagiram com a ferramenta criaram seus aplicativos (escolha da pergunta, alternativas e logo) em uma média de 40 segundos. Esse foi o tempo necessário para digitar as informa??es e escolher a interface do aplicativo. Eles também relataram que mesmo sem uma explica??o prévia do funcionamento do módulo foi possível entender seu manuseio devido à simplicidade; e que, com a ferramenta, será viável para os jornalistas tornarem-se os responsáveis pela cria??o dos aplicativos para TVDI, dependendo da existência de módulos de cria??o adequados. De acordo com o gráfico, todos os quesitos sugeridos tiveram uma média bastante satisfatória (entre 9 e 10).center-4445Figura SEQ Figura \* ARABIC 47 – Resultado da avalia??o do Módulo de Cria??o da ferramenta iTVnews5.5 Discuss?oA estratégia adotada para a avalia??o promoveu uma grande intera??o entre as equipes de informática do LAVID e de Comunica??o da TV Cabo Branco. Ela testificou a import?ncia da aproxima??o que existiu desde a fase de levantamento de requisitos, no início do trabalho. Tal aproxima??o culminou em uma avalia??o muito positiva, realizada por usuários reais, e em uma enriquecedora troca de experiências para as equipes envolvidas.A fim de melhor avaliar a ferramenta, esta pesquisa tinha por objetivo realizar uma avalia??o comparativa com alguma outra ferramenta existente. Contudo, a natureza inovadora da ferramenta iTVnews tornou-se um empecilho para a realiza??o desta tarefa. Isso ocorreu, pois, dentre as ferramentas atualmente existentes, nenhuma, de fato, funciona de forma próxima o suficiente da iTVnews a ponto de proporcionar uma compara??o justa. Apesar da ferramenta NCL Wizard se propor a trabalhar no mesmo domínio da ferramenta iTVnews, ela ainda encontra-se muito incipiente e resultados práticos n?o foram encontrados. Uma tentativa for?ada de compara??o ainda foi projetada com o Composer, contudo, devido à diferen?a dos domínios a que as ferramentas pertenciam, percebeu-se a inviabilidade da compara??o. Assim ficou decidido que seria realizado apenas os testes de aceita??o da ferramenta iTVnews individualmente. CONSIDERA??ES FINAISEste capítulo relata as considera??es finais sobre o trabalho desenvolvido. A se??o 6.1 apresenta os resultados obtidos; a se??o 6.2 discute sobre as contribui??es deste trabalho; por fim, a se??o 6.3 discute os possíveis trabalhos futuros.6.1 Resultados ObtidosA ferramenta iTVnews, descrita nesta disserta??o, comp?e aplicativos interativos em TVDI para telejornal de forma simples. Para tanto, ela abstrai as complexidades das linguagens de programa??o ou do domínio de algum modelo de autoria. A ferramenta foi assim concebida para ser manuseada por jornalistas, enquadrando-se na din?mica do contexto telejornalístico, em que o tempo é crucial. Outro ponto que merece destaque na ferramenta é que ela fornece mais autonomia aos jornalistas na cria??o de matérias interativas. Como estratégia para sua concep??o foi firmada uma parceria entre o LAVID e a TV Cabo Branco que culminou em um interc?mbio de conhecimento e experiências conjuntas na cria??o de aplicativos interativos, como a aplica??o “O Bairro que eu quero”, apresentada na subse??o 4.2.1.2. Essa parceria também contribuiu para implementa??o do módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews. Os jornalistas realizaram testes de aceita??o com o módulo que apresentaram resultados satisfatórios, validando a ferramenta. A Tabela 11 retoma a análise entre as ferramentas apresentadas no Capítulo 3, posicionando neste cenário a ferramenta iTVnews. Contudo, analisamos apenas a ferramenta NCL Wizard permaneceu, pois ela é a única que realmente prop?e-se a trabalhar no mesmo domínio que a ferramenta iTVnews. Na Tabela 11, observamos que a ferramenta iTVnews destaca-se por contemplar todas as linguagens suportadas pelo middleware Ginga (contemplando assim o ambiente imperativo, Ginga-J, e declarativo, Ginga-NCL) enquanto a NCL Wizard trabalha apenas com a linguagem NCL (contemplando apenas o ambiente declarativo, Ginga-NCL). Além disso, a iTVnews privilegia o jornalista como aquele que irá compor os aplicativos interativos para TVDI, por meio de módulos adequados, tendo seu foco totalmente voltado a ele, ou seja, ao profissional n?o-especialista em informática. Já a NCL Wizard, apesar de se propor a também atender esse quesito, n?o relata nenhum teste ou experiência com profissionais n?o-especialistas em informática. Outro ponto que merece men??o, constatado nos testes realizados, é a facilidade com a qual os jornalistas adaptaram-se a ferramenta iTVnews, n?o sendo necessários longos treinamentos. Isso ocorre devido à abstra??o adotada em que n?o é requerido conhecimento prévio sobre linguagem de programa??o ou modelo de autoria. Em rela??o à NCL Wizard, mais uma vez n?o foram encontrados relatos sobre esse quesito.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 11 – Análise comparativa da ferramenta NCL Wizard com a ferramenta iTVnewsFerramentaSuporte as LinguagensFoco no usuário (Jornalista)Foco na aplica??o interativaDistribui??oPadr?es/PlataformasConhecimentos requeridosNCLWizard(wizard)NCLParcialmenteAtendeAcadêmicaGinga-NCL–iTVnewsNCL, Lua e JavaAtendeAtendeAcadêmicaGinga-NCL e Ginga-JN?o necessita6.2 Contribui??esComo contribui??o, destaca-se o perfil inovador da pesquisa desenvolvida, buscando uma maior aproxima??o entre academia e empresa, iniciativa que precisa de mais incentivo no Brasil. Devido a isso, foi possível estabelecer uma enriquecedora experiência que proporcionou a transferência de conhecimento sobre TVDI para a emissora. Convém enfatizar que este é um dos objetivos do projeto RH-TVD CAPES no qual este trabalho está inserido, portanto, contribui??o de extrema relev?ncia deste trabalho. Outro ponto interessante é que a ferramenta contribui para desmistificar a cria??o de aplicativos interativos no contexto telejornalístico, pois ela auxilia a cria??o destes em tempo hábil; dá autonomia aos jornalistas para criar, através de composi??o, seus aplicativos; e, por fim, diminui os custos da produ??o pelo enxugamento das caras equipes de designers e engenheiros de software. Além disso, a metodologia desenvolvida e a arquitetura distribuída proposta neste trabalho podem ser aplicadas a outros contextos de TVDI, contribuindo em demais áreas da comunica??o.Por fim, evidenciando as contribui??es e a relev?ncia do tema estudado, alguns trabalhos científicos foram publicados. Dentre eles, destacam-se: “Perspectivas da interatividade no telejornalismo na TV digital brasileira” [CIRNE et al., 2009] que foi publicado no Livro da Compós; e “Uma Ferramenta para Constru??o de Aplica??es Telejornalísticas em TV Digital Interativa” [SOUSA et al., 2010] que foi publicado no Brazilian Technology Symposium que ocorreu na cidade de Campinas-SP. 6.3 Trabalhos FuturosComo trabalhos futuros, aponta-se o desenvolvimento de novos módulos de cria??o de aplicativos interativos para a ferramenta iTVnews, uma vez que o escopo deste trabalho foi o desenvolvimento do módulo de cria??o de enquete. Como p?de ser observado no gráfico da se??o 4.2.1.4, existem outras possibilidades de aplicativos interativos para telejornal que interessam aos jornalistas, tais como quiz, upload de vídeos/imagens, informa??es adicionais, dentre outras. Cada uma dessas possibilidades poderiam ser exploradas em módulos adicionais para o iTVnews. Durante a realiza??o dos testes de aceita??o foi vislumbrada outra oportunidade para continuidade deste trabalho através da realiza??o de testes de usabilidade, em que é possível avaliar a interface de usuário da ferramenta face às reais necessidades de uso do usuário jornalista. Por fim, um passo desejável para conclus?o da apropria??o da tecnologia pelos jornalistas é a implanta??o da ferramenta em um ambiente de produ??o real. Dessa forma, seria possível fechar o ciclo da engenharia de produto e aprender através da experiência de uso continuo da iTVnews. REFER?NCIAS[ABNT NBR 15606-02, 2007] ABNT NBR 15606-02, Associa??o Brasileira de Normas Técnicas. "Televis?o digital terrestre - Codifica??o de dados e especifica??es de transmiss?o para radiodifus?o digital - Parte 2: Ginga-NCL para receptores fixos e móveis - Linguagem de aplica??o XML para codifica??o de aplica??es". Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre; 2007.[BANDRES et al., 2002] BANDRES, Elena et al. El periodismo en la televisión digital. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2002.[BARBOSA & SOARES, 2008] BARBOSA, S. D. J.; SOARES, Luiz Fernando Gomes. TV digital interativa no Brasil se faz com Ginga: Fundamentos, Padr?es, Autoria Declarativa e Usabilidade. In: Tomasz Kowaltowski; Karin Breitman. (Org.). Atualiza??es em informática 2008. Rio de Janeiro: Editora PUC, 2008, v. I, p. 105-174.[BECKER, 2005] BECKER, Beatriz. A Linguagem do Telejornal: um estudo da cobertura dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro, E-papers, 2005.[BECKER & MONTEZ, 2004] BECKER, V.; MONTEZ, C. TV Digital Interativa: Conceitos, Desafios e Perspectivas para o Brasil. Florianópolis: I2TV, 2004. [BONASIO, 2002] BONASIO, V. Televis?o Manual de Produ??o & Dire??o. Minas Gerais: Editora Leitura, 2002.[BRASIL, 2006] Decreto No 5.820, de 29 de Junho de 2006. 2006. Disp?e sobre a implanta??o do SBTVD-T, estabelece diretrizes para a transi??o do sistema de transmiss?o analógica para o sistema de transmiss?o digital do servi?o de radiodifus?o de sons e imagens e do servi?o de retransmiss?o de televis?o.[BRENNAND & LEMOS, 2007] BRENNAND, E.; LEMOS, G. Televis?o digital interativa: reflex?es, sistemas e padr?es. Vinhedo: Horizonte, S?o Paulo: Mackenzie; 2007.[CAREY, 1996] CAREY, John. Winky Dink To Stargazer: Five Decades of Interactive Television. Responsibility In The New Media Landscape. Amsterdam: European Institute For The Media, 1996.[CARVALHO & FERRAZ, 2010] CARVALHO, A. P. B. A.; FERRAZ, C. A.G. Contextual Ginga: Uma Ferramenta de Autoria de Aplica??es Interativas Sensíveis ao Contexto de TV digital para Ginga-NCL. In XXVIII Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos, Gramado, 2010.[CIRNE et al., 2009] CIRNE, L.; SOUSA, M. F.; BEZERRA, E.P. Perspectivas da interatividade no telejornalismo na TV digital brasileira - Livro da Compós. In: Sebasti?o Squirra; Yvana Fechine. (Org.). Televis?o digital: desafios para a Comunica??o. 1 ed. Porto Alegre: Sulina, 2009, v. 1, p. 84-107[CPqD, 2006] CPqD. Modelo de referência: Sistema Brasileiro de Televis?o Digital Terrestre. 2006.[DELTOUR & ROISIN, 2006] DELTOUR, R.; ROISIN, C. The limsee3 Multimedia Authoring Model. In Proceedings of the 2006 ACM Symposium on Document Engineering, pages 173–175, 2006.[GAWLINSKI, 2003] GAWLINSKI, Mark. Interactive Television: Production. Oxford: FocalExpress; 2003.[GUEDES, 2006] GUEDES, G. UML Uma Abordagem Prática. 2a Edi??o. S?o Paulo: Editora Novatec, 2006.[GUIMAR?ES, 2007] GUIMAR?ES, R. L. Composer: um ambiente de autoria de documentos NCL para TV digital interativa. Disserta??o (Mestrado), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; 2007. Disponível em <;.[JACOBSON et al., 2005] JACOBSON, I., RUMBAUGH, J. e BOOCH, G. UML Guia do Usuário. 2a Edi??o. Rio de Janeiro : Editora Campus, 2005.[LARMAN, 2002] LARMAN, C. Utilizando UML e Padr?es: uma introdu??o à Análise e ao Projeto. 2? edi??o.Porto Alegre : Bookman, 2002.[LEITE et al., 2005] LEITE, L. E. C., BATISTA, C. E. C. F., SOUZA FILHO, G. L., KULESZA, R., ALVES, L. G. P., BRESSAN, G., RODRIGUES, R. F., SOARES, L. F. G. FlexTV – Uma Proposta de Arquitetura de Middleware para o Sistema Brasileiro de TV Digital. In Revista de Engenharia de Computa??o e Sistemas Digitais, S?o Paulo , v. 2, pp 29-50, 2005.[M?DOLA & TEIXEIRA, 2007] M?DOLA, A. S. L. D.; TEIXEIRA, L. H. P. Aspectos da TV Digital interativa: como pode ficar a nova televis?o do ponto de vista do usuário. [A. do livro] Clodoaldo M. (Org.) Cardoso. Diversidade e igualdade na comunica??o - colet?nea de textos do Fórum da Diversidade e Igualdade: cultura, educa??o e mídia. Bauru: s.n., 2007.[MORSE et al., 2000] MORSE, D. R., ARMSTRONG, S.,DEY, A. K. 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ICME 2004 Proceedings, 2004[TELEM?DIA, 2007] Ambiente para Desenvolvimento de Aplica??es Declarativas para a TV Digital. Departamento de Informática. PUC-Rio. Acesso em Agosto de 2009, disponível em Laboratório de Telemídia: [TONIETO, 2006] TONIETO, M. T.; Sistema brasileiro de TV Digital SBTVD - Uma análise política e tecnológica na inclus?o social. Fortaleza: s.n., 2006. Disserta??o (mestrado) - Centro Federal de Educa??o Tecnológica do Ceará (CEFET-CE)[VEIGA & TAVARES, 2007] VEIGA, E. G.; TAVARES, T.A.; Um Modelo de Processo para o Desenvolvimento de Programas para TV Digital e Interativa baseado em Metodologias ?geis. 2007. [WAISMAN, 2006] WAISMAN, Thais; Usabilidade em servi?os educacionais em ambiente de TV Digital. S?o Paulo: s.n., 2006. Tese (doutorado) - Escola de Comunica??o e Artes da Universidade de S?o Paulo. [YAMADA et al., 2004] YAMADA, F., SUKYS, F., BEDICKYS, G, AKAMINE, C., RICHARDS JUNIOR, C., DANTAS, C. E. S. Sistema de TV Digital, Procedimento de Medidas. In: Revista Mackenzie de Engenharia e Computa??o. S?o Paulo, Editora Mackenzie, vol. 5, p. 13-268, 2004.ANEXO AAnexo com questionários realizados em oficinas e entrevistas com profissionais da área de comunica??o, tanto da área acadêmica quanto os que est?o trabalhando no mercado, a fim de inserir a vis?o deles na ferramenta iTVnews. A.1 Questionário realizado com participantes da Oficina a fim de identificar aplica??es interativas de maior interesse para telejornais QUESTION?RIO - OFICINA DE INTERATIVIDADE PARA TELEJORNALISMONOME: ______________________________________________________________________OBJETIVO: Levantar, dentre as apresentadas na oficina, aplica??es interessantes para telejornais interativos. Marque um (X) nas três aplica??es mais interessantes. Comente-as.1. ( ) Visualiza??o de informa??es adicionais (fotos ou textos) 2. ( ) Visualiza??o de informa??es sobre o tempo3. ( ) Visualiza??o de informa??es sobre a Bolsa4. ( ) Tele texto5. ( ) Vota??o6. ( ) Enquete7. ( ) Enviar vídeo para emissora de TV8. ( ) Enviar foto para emissora de TV9. ( ) Receber informa??es10. ( ) Personalizar jornal com a preferência do telespectador11. ( ) Questionário com respostas do tipo “certo ou errado” – Quiz COMENT?RIOS: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________A.2 Entrevista com Jornalistas da TV Cabo Branco participantes dos testes de aceita??o do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnewsROTEIRO DA ENTREVISTA DADOS DE IDENTIFICA??O:NomeForma??o/Profiss?oLocal de trabalhoAtividades que realiza no trabalhoPERGUNTAS:Usa algum software para apoiar suas atividades?Qual?Como aprendeu?Já trabalhou com algum tipo de programa??o, script, macro, customiza??o do software que usa?O que era?Como era?Como foi feito?Por quem?DESEMPENHO AO MANUSEAR FERRAMENTA iTVnewsSem treinamentoApós 5 minutos de treinamentoApós 10 minutos de treinamentoA.3 Questionário realizado com Jornalistas da TV Cabo Branco participantes dos testes de aceita??o do Módulo de Cria??o de Enquete da Ferramenta iTVnewsQUESTION?RIO A fim de avaliar o módulo de cria??o de enquete da ferramenta iTVnews, assinale com um X uma nota (entre 1 e 10) nos quesitos sugeridos na tabela abaixo:12345678910USABILIDADENAVEGA??OLINGUAGEMTEMPO GASTOAPLICABILIDADESUGEST?ES:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ................
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