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9º Ano do Ensino Fundamental II

Data: 17/11/2016

Avaliação de Produção textual 2- 4º Bimestre

“Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe.”

Oscar Wilde

Leia atentamente as propostas abaixo. Em seguida, escreva seu texto de acordo com a proposta que você escolheu. Entregue-a na folha destinada à produção textual.

Data da entrega: 17/11/2016

Proposta 1

Dieta que restringe o consumo de alimentos que contêm a proteína conquista cada vez mais adeptos com a promessa de emagrecimento rápido e saudável

A lista de seguidores famosos é longa. No Brasil, celebridades do porte de Juliana Paes, Luciana Gimenez, Camila Morgado e Alice Braga.

Lá fora, gente do calibre das atrizes Halle Berry, Rachel Weisz e Miley Cyrus. Todas aderiram à dieta do glúten, a mais nova febre entre quem pretende emagrecer e manter a silhueta desejada. Só nos Estados Unidos, cerca de 1,6 milhão de pessoas estão seguindo o regime, de acordo com levantamento recente realizado pela Clínica Mayo, prestigiada instituição de pesquisa daquele país. Os relatos de sucesso de quem se submeteu a esse método alimentar são impressionantes: dão conta da perda de cinco quilos já na primeira semana e até 15, 20 e 30 quilos meses depois. A apresentadora Luciana Gimenez, por exemplo, comemora cerca de 32 quilos a menos depois de aderir à restrição do glúten e aliar a estratégia a uma rotina intensa de exercícios. “Deu para perceber a diferença de resultado em relação a outros regimes”, conta. Juliana Paes reduziu a ingestão da substância depois do nascimento do filho, Pedro. A tática a ajudou a voltar à bela forma – e a mantê-la. “Comecei na época em que o estava amamentando”, conta. “Senti que melhorou muito o meu metabolismo, deixando-o mais acelerado, e também observei que diminuiu a sensação de inchaço e desconforto abdominal”, disse.

Na contabilidade dos especialistas que estão indicando o regime, o saldo também é positivo. “A pessoa percebe uma mudança imediata, para melhor, em todo o seu estado geral, além do declínio do peso corporal”, afirma o endocrinologista Tércio Rocha, do Rio de Janeiro, integrante da Academia Brasileira Antienvelhecimento. “Após duas semanas já é possível notar nitidamente uma redução de inchaço”, diz a médica nutróloga Vânia Assaly, de São Paulo. “E o emagrecimento torna-se bem visível 45 dias depois do início da dieta”, completa.

O glúten é uma proteína sem valor nutricional e sem calorias. Está presente no trigo, na cevada, no centeio e no malte. É ele que proporciona o aspecto viscoso e confere elasticidade a bolos, pães e massas. Na indústria de alimentos, é adicionado a embutidos e até aos chocolates, justamente por conta dessa propriedade. A dieta consiste em diminuir sua ingestão, como fez a atriz Juliana Paes, ou bani-lo do cardápio. Portanto, seus seguidores ficam sem comer a maioria dos carboidratos presentes à mesa, devem se manter longe da cerveja e do uísque e, na dúvida, precisam ficar de olho nos ingredientes contidos nos alimentos vendidos nos supermercados. “No Brasil é obrigatória a indicação, no rótulo, da ausência ou da presença da substância”, diz o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. [...] OLIVEIRA, Monique. Disponível em . Acesso em: 8 maio 2016.

Vocabulário:

Metabolismo: Conjunto de transformações e reações químicas que levam à produção de energia nos seres vivos.

Texto II

Dieta sem glúten emagrece mesmo? Nutricionista esclarece as principais dúvidas .

Se você andou espiando algumas capas de revistas sobre boa forma nos últimos meses, certamente deve ter deparado com alguma famosa que “secou” graças à famigerada “dieta sem glúten”. A proteína vegetal, encontrada em grãos como trigo, cevada, aveia, malte e derivados, virou vilã do dia para a noite com base na ideia de que seria responsável por aumentar a gordura abdominal e causar aquela desagradável sensação de inchaço. Será mesmo? Para jogar uma luz sobre a questão, convidamos a nutricionista Alessandra Godoy para responder algumas das principais dúvidas que envolvem o consumo do glúten. Confira:

Glúten faz mal para a saúde?

Depende! Se você for celíaco ou apresentar qualquer tipo de intolerância ou sensibilidade ao nutriente, sim. Mas, se você não tiver predisposição alguma contrária ao consumo de alimentos com glúten, não há por que tirar a substância da sua dieta. Quando um celíaco ingere o glúten em forma de pizza, pão ou biscoito, por exemplo, o organismo não o reconhece como um alimento, e sim como uma agressão – explica a nutricionista.

Acontece que o intestino de quem tem a doença não consegue absorver nutrientes como ferro, ácido fólico, vitaminas B12, A, D, E, K e zinco. Mais: se ingerida pelo celíaco, a substância pode ser o pontapé inicial de outras reações, como dores abdominais, diarreia, inchaço, anemia e fadiga. Autoimune, a doença celíaca afeta uma a cada 133 pessoas nos Estados Unidos, de acordo com um estudo realizado em 2003 no Centro de Pesquisas Celíacas da Universidade de Maryland.

Há também quem relate algum desconforto ao incluir no cardápio alimentos que contenham glúten, mas que não seja necessariamente um celíaco diagnosticado clinicamente. Nestes casos, é preciso um acompanhamento com o médico para identificar a causa do problema — aconselha Alessandra. Glúten engorda? Não! O que acontece é que a proteína está presente em alimentos que, via de regra, costumam ser bem calóricos, como biscoitos, massas, pães e pizzas – ou seja, tudo o que é feito com trigo. O emagrecimento, quando ocorre, se dá não porque você tirou o glúten da dieta, mas sim porque excluiu os itens citados das refeições – junto com todas as suas muuuitas calorias. Até existem autores que defendem essa ideia errônea, mas a ciência nega qualquer relação do glúten com o ganho de peso. O glúten está presente em alimentos que são fontes de carboidratos, fibras e vitaminas, fundamentais para uma alimentação equilibrada. É o carboidrato que nos dá energia para fazer o metabolismo funcionar. Quer mais uma prova de que a substância, por si só, não é sinônimo de quilos a mais? Pão de queijo, uma das delícias mais desejadas por quem está em dieta, não contém glúten e é uma das opções mais calóricas do cardápio. O mesmo vale para a batata frita, que também é livre da proteína. Alimentos sem glúten são menos calóricos? Não! Não se engane: o rótulo “gluten free” não representa menos açúcar, menos gorduras ou sequer menos quilos na balança. Na maior parte dos casos, estes produtos têm o mesmo número de calorias ou até mais do que os tradicionais.

Um estudo publicado no periódico American Journal of Gastroenterology, em 2006, mostra que 81% dos celíacos que adotaram uma dieta livre da substância ganharam peso. Ou seja: simplesmente trocar os alimentos tradicionais por versões livres de glúten não traz benefício algum para quem não é celíaco ou intolerante.

TANCREDI, Thamires.

Vocabulário

Famigerada: que tem fama. O termo Famigerado é, muitas vezes, em sentido pejorativo, negativo.

Celíaco: que ou quem sofre de doença celíaca (doença que afeta o intestino de pessoas com predisposição genética, caracterizando-se pela intolerância permanente ao glúten).

Texto III

Dieta sem glúten: necessidade médica ou moda injustificada?

Jornalista pesquisou dieta por causa de doença de seu filho, e descobriu que seu apelo – e crescente popularidade – é bem mais forte do que pensava. Perder peso? Parte da polêmica em torno do glúten vem da dificuldade de se distinguir os benefícios que qualquer um pode experimentar ao adotar uma dieta sem glúten com efeito placebo (o poder das expectativas do paciente de que o tratamento levará à cura). Outra parte dessa questão controversa vem do fato de não se saber exatamente quantas pessoas são afetadas. O médico italiano Alessio Fasano, diretor do Centro de Pesquisas Celíacas nos Estados Unidos, calcula que o número pode estar em até 6% da população. Mas com 29% dos americanos adultos tentando evitar glúten, há 22% (ou 53 milhões de pessoas) que não estão no espectro de doenças relacionadas ao glúten, mas ainda sim querem deixar de ingeri-lo. Apenas em 2013, 200 milhões de pratos sem glúten foram pedidos em restaurantes americanos, segundo a NPD. “Estamos quebrando a cabeça para entender esse fenômeno social. Começamos essa batalha, por assim dizer, para sensibilizar os americanos sobre os celíacos. Mas nos demos conta que esse pêndulo está descontrolado e agora foi para o outro extremo”, diz Fasano. Quando questionado se essa dieta ajuda a perder peso, Fasano dá risada. “Se você começa a comer substitutos como cerveja sem glúten ou massa ou bolacha sem glúten, o que vai acontecer é você engordar. Uma bolacha comum tem 70 calorias. Sem glúten, o mesmo biscoito pode chegar a 210 calorias.” “Você tem que substituir o glúten com algo que faça essa bolacha palatável, então você precisa carregá-la de gordura e açúcar. Tenha em mente isso: um grama de proteína contém quatro calorias. Um grama de gordura, nove.” Mas ele diz ser possível perder peso com uma dieta sem glúten ao trocar alimentos processados (como biscoitos) por outros frescos, como verduras, frutas, peixe e carne. Exageros e generalizações Dois livros muito populares, Barriga de Trigo, de William Davis, e Grain Brain (Mente de Grãos, em tradução livre) de David Perlmutter, têm sido especialmente importante para alertar os americanos sobre os “perigos” do glúten. Ambos fazem referências à pesquisa de Fasano, mas o especialista diz que os dois estão cheios de exageros e generalizações. “O glúten e os carboidratos estão destruindo seus cérebros”, se lê na obra de Perlmutter. Frustrado com a cobertura sensacionalista, Fasano publicou seu próprio livro no ano passado, o Gluten Freedom (não lançado em português), co-escrito com Susie Flaherty. Ele diz que comer glúten não oferece risco a pessoas fora do espectro dos transtornos ligados ao glúten – e a maior parte dos especialistas concorda com ele. Outro livro publicado sobre o tema é The Gluten Lie (A Mentira do Glúten, em tradução livre), de Alan Levinovitz. Mas é estranho pensar que Levinovitz tenha entrado nesse debate, visto que ele é um especialista em religião e literatura. [...] .

Os textos apresentados abordam a exclusão do glúten da alimentação e as consequências disso. A partir das informações obtidas por meio da leitura, escreva uma dissertação expositiva sobre esse tema. Seu texto deve ser estruturado assim:

• 1o parágrafo: exposição do tema.

• 2o e 3o parágrafos: apresentação das consequências das dietas sem glúten.

• 4o parágrafo: conclusão.

Revisão de texto Verifique se:

Escreveu sobre o tema solicitado.

 • O texto apresenta características próprias da dissertação expositiva.

 • O texto foi estruturado de acordo com a sequência e a paragrafação solicitadas. 

• No desenvolvimento do texto, você: 

• Criou parágrafos em quantidade compatível com o que foi solicitado; 

• Expôs argumentos coerentes com os textos da coletânea.

 • A conclusão tem apenas um parágrafo e retoma a tese inicial.

 • Utilizou linguagem adequada ao gênero textual e ao tema. 

• Utilizou conectores adequados no interior dos parágrafos e entre um parágrafo e outro.

 • A pontuação está correta e contribui para a clareza do texto. 

• A concordância, a grafia e a acentuação das palavras estão corretas. 

• O título é coerente e, ao mesmo tempo, capaz de atrair a atenção do leitor. 

Proposta 2

Essas mães maravilhosas e suas máquinas infantis

Flávia logo percebeu que as outras moradoras do prédio, mães dos amiguinhos do seu filho, Paulinho, seis anos, olhavam-na com um ar de superioridade. Não era para menos. Afinal o garoto até aquela idade — imaginem — se limitava a brincar e ir à escola. Andava em total descompasso com os outros meninos, que já desenvolveram múltiplas e variadas atividades desde a mais tenra idade. O recorde, por sinal, pertencia ao garoto Peter, filho de uma brasileira e um canadense, nascido em Nova Iorque. Peter tão logo veio ao mundo entrou para um curso de amamentação (“Como tirar o leite da mãe em 10 lições”).

Uma tarde, Flávia percebeu duas mães cochichando sobre seu filho: que se pode esperar de um menino que aos seis anos só brinca e vai à escola? Flávia começou a se sentir a última das mães. Pegou o marido pelo braço dizendo que os dois precisavam ter uma conversa com o filho.

– O que você gostaria de fazer, Paulinho? – perguntou o pai dando uma de liberal que não costuma impor suas vontades.

– Brincar... O pai fez uma expressão grave.

– Você não acha que já passou da idade, filho? A vida não é uma eterna brincadeira. Você precisa começar a pensar no futuro. Pensar em coisas mais sérias, desenvolver outras atividades. Você não gosta de praticar algum esporte?

– Compra um time de botão pra mim.

– Botão não é esporte, filho.

– Arco e flecha! Os pais se entreolharam. Nenhum dos meninos do prédio fazia curso de arco e flecha. Paulinho seria o primeiro. Os vizinhos certamente iriam julgá-lo uma criança anormal. Flávia deu um calção de presente ao garoto e perguntou por que ele não fazia natação.

– Tenho medo.

Se tinha medo, então era para a natação mesmo que ele iria entrar. Os medos devem ser eliminados na infância. Paulinho ainda quis argumentar. Sugeria alpinismo. Foi a vez de os pais tremerem. Mas o medo dos pais é outra história. Paulinho entrou para a natação. Não deu muitas alegrias aos pais. Nas competições chegava sempre em último, e as mães dos coleguinhas continuavam olhando Flávia com uma expressão superior. As mães, vocês sabem, disputam entre elas um torneio surdo nas costas dos filhos. Flávia passou a desconfiar de que seu filho era um ser inferior. Resolveu imitar as outras mães, e além da natação colocou Paulinho na ginástica olímpica, cursinho de artes, inglês, judô, francês, terapeuta, logopedista. Botou até aparelho nos dentes do filho. Os amiguinhos da rua chamavam Paulinho para brincar depois do colégio.

– Não posso, tenho aula de hipismo.

– Depois do hipismo?

– Vou pro caratê.

– E depois do caratê?

– Faço sapateado.

– Quando poderemos brincar?

– Não sei. Tenho que ver na agenda. Paulinho andava com uma agenda Pombo debaixo do braço. À noitinha chegava em casa mais cansado do que o pai em dia de plantão. Nunca mais brincou. Tinha todos os brinquedos da moda, mas só para mostrar aos amiguinhos do prédio. Paulinho dava um duro dos diabos. “Mas no futuro ele saberá nos agradecer”, dizia o pai. O garoto estava sendo preparado para ser um super-homem. […]

Quando fez sete anos disse ao pai que a partir daquele dia queria receber mesada em dólar. Aos oito abriu o berreiro porque seus pais não lhe deram um cartão de crédito de presente. Com oito anos, entre uma aula de xadrez e de sânscrito, Paulinho saiu de casa muito compenetrado. Os amiguinhos da rua perguntaram aonde ele ia.

— Vou ao banco. Caminhou um quarteirão até o banco, sentou-se diante do gerente, pediu sugestões sobre aplicações e pagou a conta de luz como um homenzinho. A façanha do garoto correu o prédio. A vizinhança começou a achá-lo um gênio. As mães dos amiguinhos deixaram de olhar Flávia com superioridade. Os pais, enfim, puderam sentir-se orgulhosos. “Estamos educando o menino no caminho certo”, declarou o pai batendo no peito. Na festa de 11 anos, que mais parecia um coquetel do corpo diplomático, um tio perguntou a Paulinho o que ele queria ser quando crescesse.

— Criança! […]

NOVAES, Carlos E. A cadeira do dentista e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1994.

Vocabulário

Logopedista: especialista que se dedica ao estudo e à correção dos defeitos da fala. Sânscrito: uma das mais antigas línguas clássicas da Índia.

Analise o tema tratado na crônica acima;

Utilize os fatos narrados pelo cronista como ponto de partida para a produção de uma dissertação, concordando ou não com o ponto de vista dele. Use no mínimo dois argumentos para justificar sua tese.

Estruture o texto assim:

1o • parágrafo: resuma os fatos narrados pelo cronista, apontando-os como motivadores da produção de seu texto.

2º • parágrafo: exponha seu ponto de vista sobre o tema e apresente seu primeiro argumento.

3º • parágrafo (e seguintes, se houver): continue sua argumentação. Parágrafo final: conclua reapresentando sua tese sobre o tema.

Ao terminar a primeira versão do texto, atribua-lhe um título.

(Fonte: )

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Nota:

Valor: 10,0 pontos

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