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Estudo sobre o Ensino e Formação

em Jornalismo e Comunicação

em Moçambique

Um Relatório de Consultoria

Elaborado por

Projecto Desenvolvimento dos Media

UNESCO/PNUD

Dezembro 2000

Prefácio

Assegurar o direito de todos os cidadão do acesso à informação através de uma gama diversa de notícias e órgãos de comunicação, como está destacado na Constituição moçambicana, requer acima de tudo recursos humanos profissionais bem formados abrangendo as capacidades jornalísticas e de gestão. A criação de capacidade técnica e institucional é em larga medida o resultado do nível de recursos humanos disponíveis, acentuando uma vez mais a importância central do ensino, formação e exposição nas áreas relevantes.

O Projecto de Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD, incumbido com o objectivo geral de “Fortalecimento da Democracia e Governação através do Desenvolvimento dos Media em Moçambique”, portanto de entre as suas actividades centrais tem a organização de uma gama de cursos de formação para jornalistas, editores e gestores de órgãos de comunicação; ao mesmo tempo, como o projecto trabalha para assegurar o acesso ao equipamento técnico de produção para os órgãos de comunicação escritos que estão fora de Maputo; apoiar as comunidades no estabelecimento das estações de rádio comunitária através do apoio em formação, equipamento e custos operacionais; e assegurar a expansão do alcance da Rádio Moçambique através do fornecimento de transmissores potentes.

Para além desses objectivos, o projecto pretende estimular a discussão e desenvolvimento de estratégias na área da educação dos Jornalistas. Enquanto os cursos de curta duração e uma vasta gama de actividades de formação em serviço tem sido a resposta moçambicana para a falta de jornalistas adequadamente formados no período da independência em 1975, o desenvolvimento de um forte ensino básico formal dos jornalistas ainda não foi levada a uma conclusão satisfatória

O presente relatório, elaborado para o Projecto Desenvolvimento dos Media por uma equipa de dois consultores, objectiva informar e inspirar um debate nacional, conduzindo para uma clarificação do estado actual da Escola de Jornalismo no sistema educacional nacional ao lado das outras ofertas em termos de ensino e formação direccionadas para o sector dos meios de comunicação.

Enquanto o relatório apresenta uma visão geral, por um lado as necessidade do sector dos órgãos de comunicação em termos de ensino e formação, e por outro a resposta das instituições de ensino e formação hoje disponíveis à essas necessidades, ele aponta um número de assuntos a serem tratados variando desde a clarificação do papel e o estado das diferentes escolas e ofertas, em cima do desenvolvimento do currículo e pessoal adequado, acesso ao equipamento e materiais, e sobre a necessidade do desenvolvimento de uma estratégia de comunicação nacional bem como o quadro para essa estratégia.

Este estudo representa as constatações e visão dos consultores, não reflecte necessariamente a política da UNESCO. Contudo, temos o prazer de apresentar esta contribuição para o Desenvolvimento dos Media em Moçambique, que é altamente necessário. Jornalistas melhor educados serão um importante bloco de construção em direcção a uma imprensa mais forte, mais independente, variada e pluralista.

Birgitte Jallov

Coordenadora Técnica Nacional

Projecto Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD

Estudo do ensino e Formação

em Jornalismo e Comunicação

em Moçambique

Relatório:

Elaborado para o Projecto Desenvolvimento dos Media

UNESCO/PNUD

MAPUTO

Por

Professor Matt Mogekwu

University of North West

Mmabatho, África do Sul

Em Colaboração com

Eduardo Namburete

Universidade Eduardo Mondlane

Maputo

Traduzido por

Eduardo Namburete

Universidade Eduardo Mondlane

Maputo

2000

Índice

Agradecimento ................................................................................................. 4

Lista de apêndices ............................................................................................ 5

Lista de abreviaturas ......................................................................................... 6

Sumário Executivo ............................................................................................ 7

Introdução ......................................................................................................... 11

Situação dos Media (Resumo) ......................................................................... 14

Necessidade do Sector dos Media ................................................................... 16

Instituições de Ensino em Jornalismo e Comunicação em Moçambique ... 36

Escola de Jornalismo ...................................................................................... 37

Instituto Superior Politécnico e Universitário ..................................................... 51

Universidade Católica de Moçambique (Nampula) ......................................... 55

Universidade Eduardo Mondlane ................................................................... 58

Instituo de Comunicação Social ....................................................................... 60

Rádio Moçambique .......................................................................................... 62

Nórdico – SADC Centro de Jornalismo ............................................................... 65

Principais Constatações ................................................................................... 66

Soluções Propostas ......................................................................................... 70

Recomendações Gerais .................................................................................. 85

Comentários Conclusivos ................................................................................ 89

AGRADECIMENTOS

Agradeço, sinceramente ao Projecto de Desenvolvimento dos Media em Moçambique UNESCO/PNUD por patrocinar este estudo e dando-me a oportunidade de ser parte do mesmo.

A Coordenadora Técnica Nacional, Birgitte Jallov, e a sua equipa foram particularmente úteis em facilitar este exercício ao longo de todo o caminho.

Agradecimentos especiais vão para os editores e outros gestores dos órgãos de comunicação pela sua cooperação e franqueza durante as entrevistas e discussões. A interacção com eles providenciou muito material útil.

Os directores das várias instituições de formação (Escola de Jornalismo, ISPU, e Universidade Católica) foram também muito prestativos.

Agradecimento particular ao Padre Arlindo Pinto por toda a sua ajuda durante a nossa visita a Nampula. Tornou o nosso trabalho mais fácil.

Estou muitíssimo agradecido à Ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Dra. Lídia Maria Arthur Brito, e ao Director do Gabinete de Informação, Sr. Arlindo Lopes por encontrarem tempo no meio das suas agendas cheias para compartilhar connosco as suas ideias.

Finalmente, quero registar a minha profunda gratidão ao meu colega e Consultor Nacional para este exercício, Sr. Eduardo Namburete, pelo seu inestimável apoio e contribuições.

LISTA DE APÊNDICES

1. Termos de Referência

2. Lista dos principais parceiros e Editores

3. Sumários das Discussões e Entrevistas com Grupos e Indivíduos

4. Brochura da Escola de Jornalismo

5. Lista dos docentes da Escola de Jornalismo

6. Modelo Curricular da ACCE para Programas sem Grau Académico

6.(a) Apresentação da Escola de Jornalismo à IPDC

7. Brochura do ISPU

8. Brochura da Universidade Católica

9. Documento do Sindicato de Jornalistas

10. Modelo Curricular da ACCE para Programas com Grau Académico

LISTA DE ABREVIATURAS

1. ACCE: Conselho Africano para Ensino em Comunicação

2. ICS: Instituto de Comunicação Social

3. IPDC: Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação

4. ISPU: Instituto Superior Politécnico e Universitário

5. JICA: Agência Japonesa de Cooperação Internacional

6. NSJC: Nordic-SADC Centro de Jornalismo

7. RM: Rádio Moçambique

8. TVM: Televisão de Moçambique

9. UEM: Universidade Eduardo Mondlane

10.UNESCO: Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura

11. PNUD: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

12. USIS: Serviços de Informação dos Estados Unidos

SUMÁRIO EXECUTIVO

OBJECTIVO

Este estudo é para avaliar o ensino e formação em jornalismo e comunicação em Moçambique, identificar as áreas das necessidades e as mudanças necessárias, e recomendar medidas de curto, médio e longo prazo para tratar das necessidades e implementando as mudanças necessárias. O estudo é também para incluir a avaliação da adequação das diferentes instituições de formação em jornalismo no país na formação do tipo de jornalistas que Moçambique precisa, especialmente como ela luta pelo estabelecimento de uma imprensa livre, independente e pluralista. O estudo é também para fornecer estratégias para garantir o equilíbrio geográfico e de género no corpo estudantil de jornalismo.

METODOLOGIA

Para se alcançar o objectivo acima, foram realizados vários encontros com os órgãos de comunicação beneficiários – das áreas educacionais, profissionais e de gestão do sector dos órgãos de comunicação, editores de diferentes órgãos de comunicação no país, e outros indivíduos especialmente identificados cujas perspectivas foram vistas como sendo cruciais para a apreciação e compreensão do ambiente dos media em Moçambique.

Foram recolhidos e avaliados os currícula de todas as instituições envolvidas no ensino e formação em jornalismo, foram também identificados e avaliados os recursos humanos disponíveis. Essas instituições foram visitadas e as suas instalações de formação inspeccionadas. Em cada instituição foram realizadas longas discussões com o director, docentes, e estudantes, onde foi possível.

Foram também realizadas visitas para alguns órgãos de comunicação que representam o sector público e privado.

Foram realizadas discussões especiais com dois funcionários seniores do governo – a Ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia e o Director do Gabinete de Informação – para ter alguma perspectiva oficial/governamental sobre o estado do jornalismo no país.

O corpo deste relatório trás detalhes do resultado de várias discussões e entrevistas, das instituições visitadas e dos materiais recolhidos e avaliados. No final deste exercício, um pequeno grupo de representantes dos principais parceiros foi informado sobre as constatações preliminares e recomendações.

LIMITAÇÕES

Dado o tempo programado para o estudo, não foi possível discutir com muitas pessoas como seria de desejar. Os estudantes, em particular, factor importante para este estudo, estavam de férias durante todo o tempo em que se realizou este trabalho, e todo o esforço de encontrar antigos graduados da Escola de Jornalismo redundou em fracasso, uma vez que nenhum deles pode ser contactado.

Os poucos estudantes entrevistados não nos pareceram representativos da população estudantil.

Não foi possível visitar todas as rádios comunitárias (o que gostaríamos de ter feito) devido a constrangimentos de tempo

Por último, este estudo teria se beneficiado muito se uma pesquisa de mercado tivesse sido realizada como parte deste exercício para dar uma perspectiva importante sobre as necessidades do sector dos órgãos de comunicação. Tal pesquisa teria requerido mais tempo do que foi permitido pelo calendário deste exercício.

PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES

As maiores constatações deste estudo incluem o seguinte:

1. O nível do jornalismo no país é percebido como sendo baixo

2. Pelo baixo nível do jornalismo tem sido culpada a má formação

3. A maior (e mais antiga) instituição de formação de jornalistas no país é inadequada em termos do seu currículo, instalações e recursos humanos. Ela precisa de uma séria restruturação e revisão.

4. As novas instituições que iniciaram o ensino e formação em jornalismo no país tem programas mal articulados. Esses programas precisam ser revistos o mais rápido possível.

5. Os profissionais dos órgãos de comunicação precisam de muita reciclagem para suprir algumas das necessidades imediatas do sector. Isto deveria ser como questão de urgência.

6. O ensino em jornalismo em particular e todo o desenvolvimento do jornalismo em geral, deveria ser acordado alguma prioridade no projecto nacional.

7. O país precisa de um foco nacional que vai conduzir e direccionar a formação dos jornalistas e o desenvolvimento global do cenário do jornalismo e comunicação.

RECOMENDAÇÕES

Este estudo trouxe algumas recomendações em três áreas:

1. A curto prazo, deveriam ser organizados cursos especiais para os jornalistas em serviço para melhorarem as suas capacidades jornalísticas uma vez que a falta do ensino e formação formais tem constituído, para muitos deles, uma deficiência para trabalharem como recolhedores e disseminadores críticos de informação acerca de eventos e assuntos, e analistas e comentadores de tais eventos e assuntos.

2. A médio prazo, deveria ser levada a cabo uma completa restruturação da Escola de Jornalismo, em termos do seu currículo, instalações disponíveis para a instituição para fins de formação, desenvolvimento dos recursos humanos bem como o estatuto da instituição.

De igual modo, as outras instituições de ensino superior que estão envolvidos no ensino e formação em jornalismo devem ter os seus programas revistos antes de começarem a graduar os seus alunos.

Os novos currícula em todas as instituições devem ser o produto das contribuições de uma avaliação das necessidades levada a cabo em conjunto com os principais parceiros.

Para aumentar mais a formação e reciclagem dos jornalistas em serviço, devem ser organizados programas de ensino formal para eles participarem em regime de bolsa de serviço (despensa durante as horas de serviço) sob um acordo com qualquer uma das instituições de ensino superior. Com este acordo eles podem obter um ensino formal em jornalismo (que muitos deles não tem) e obterem um grau académico enquanto se mantém nos seus empregos.

Essas e outras medidas são recomendadas para melhorar a qualidade do jornalismo e expandir a base dos recursos humanos para o sector.

3. A longo prazo, foi recomendado que o país traga uma política nacional de comunicação que vai ajudar a definir objectivos de comunicação nacionais e os caminhos para alcançar tais objectivos. Uma política de comunicação ajuda a governar a vida da comunicação de um país através do fornecimento de um quadro compreensivo de linhas de orientação para direccionar as actividades dos órgãos de comunicação e outros sectores que constituem a área da comunicação. É produto de um consenso nacional e portanto envolve a aproximação dos principais parceiros de todos os sectores do meio da comunicação social numa série de seminários, workshops, debates e conferências, para darem as suas diferentes perspectivas sobre quais deviam ser os objectivos de comunicação do país.

Isto ajudaria cada um dos componentes do sector dos media a determinar e dedicar-se às suas responsabilidade com vista a fazer crescer o sector.

INTRODUÇÃO

Como parte da sua missão para apoiar no fortalecimento das capacidades humanas e técnicas dos órgãos de comunicação em Moçambique, o Projecto Desenvolvimento dos Media da UNESCO/PNUD identificou a necessidade de se avaliar as capacidade de ensino e formação em jornalismo e comunicação do país. Isto envolve a revisão dos programas de formação no país para identificar as potencialidades e as fraquezas na área do currículo, equipamento e recursos humanos e trazer sugestões e estratégias para o melhoramento global do ambiente de formação. A equipa deste estudo era composta por Matt Mogekwu como chefe da equipa e Eduardo Namburete como consultor nacional que também desempenhou o papel de intérprete.

Os termos de referência para este estudo (veja o Apêndice I) inclui uma preparação de um conjunto de recomendações claras para o melhoramento da Escola de Jornalismo e o ensino e formação em jornalismo e comunicação em Moçambique. Isto é para ser feito, primeiro pela identificação das necessidades do sector em termos de capacitação dos recursos humanos a vários níveis e depois levar a cabo uma avaliação do ensino e formação em curso.

Com particular referência para as escolas, o estudo é para:

a) Avaliar a adequação das diferentes instituições de formação em jornalismo no contexto sócio-político no qual elas estão inseridas para atender à educação formal e outra dos jornalistas profissionais em Moçambique;

b) Avaliar em cada instituição a fundação organizacional, incluindo a estrutura de gestão, propriedade, financiamento, recursos de ensino e outros aspectos relevantes;

c) Avaliar a adequação dos currícula da escola com relação ao grupo alvo e a necessidade do sector dos media, bem como o equipamento e qualquer outra área que contribui para a efectividade da escola.

No decurso da avaliação, o estudo é para identificar os diferentes papeis que as instituições existentes poderiam jogar dentro de uma estratégia nacional de ensino e formação em jornalismo e comunicação. Além disso, o estudo é para identificar maneiras de assegurar um corpo estudantil representativo em termos de equilíbrio geográfico e de género, incluindo os mecanismos para se atingir tal objectivo.

No final do estudo o consultor devia apresentar um relatório preliminar a um grupo seleccionado dos principais parceiros que dariam as suas contribuições antes do relatório final ser submetido.

METODOLOGIA

A colecta de dados para este estudo envolveu uma série de encontros , discussões, entrevistas de fundo, viagens e visitas, consulta e estudo de documentos.

No começo do exercício foram realizados encontros com o pessoal do Projecto Desenvolvimento dos Media, em Maputo, para uma informação inicial sobre o exercício. Foram disponibilizadas informações básicas sobre a condução do trabalho, bem como documentos com alguns dados úteis. Esses documentos incluíam o relatório do estudo sobre o Cenário do Pluralismo dos Media elaborado para o projecto em 1999, a Constituição da República de Moçambique, o rascunho do Documento do Projecto (Fase II) sobre o Desenvolvimento dos Media em Moçambique.

Nos dias subsequentes foram realizados encontros com editores e gestores de órgãos de comunicação e outros principais parceiros que deram as suas perspectivas sobre o sector da comunicação social no país. Alguns dos participantes nessas reuniões foram escolhidos para mais discussões e entrevistas mais profundas. Também alguns editores, especialmente os dos órgãos independentes, que não estiveram nas reuniões, mas que as suas perspectivas foram consideradas importantes, foram contactados e entrevistados. Isto foi feito para se ter a maior abrangência possível das perspectivas sobre os meios de comunicação e as necessidades do sector dos órgãos de comunicação bem como as sugestões de como responder a essas necessidades.

Para identificar mais as necessidades do sector, foram realizadas visitas à instituições de ensino e formação em jornalismo em Maputo e Nampula. A Escola de Jornalismo em Maputo foi visitada e realizaram-se discussões como director, os seus dois adjuntos, um número de docentes e um punhado de estudantes. Foram obtidos os currícula e inspeccionado o local. Visitas idênticas foram realizadas no ISPU (Instituto Superior Politécnico e Universitário ) – uma instituição terciária, baseada em Maputo, envolvida na formação de jornalistas e outros comunicadores, e a Universidade Católica em Nampula, também instituição terciária envolvida no ensino em jornalismo e comunicação.

A equipa usou a oportunidade da viagem a Nampula para visitar e inspeccionar as instalações da estação de rádio da Igreja Católica na cidade bem como o centro emissor da Televisão de Moçambique em Nampula. Foram fornecidos os documento relacionados com os currícula, instalação e planos dessas instituições de ensino.

Foram realizadas mais visitar a alguns órgãos de comunicação que estão envolvidos na formação de jornalistas para entrevistar os directores e examinar as suas instalações e programas de formação. Essas instituições são a Rádio Moçambique e a Televisão de Moçambique, ambos em Maputo. A outra instituição de formação que foi visitada é o Centro de Jornalismo Nordic-SADC em Maputo. Para obtermos algumas contribuições do governo para este estudo, foram organizados encontros especiais com o Director do Gabinete de Informação, Arlindo Lopes, e a Ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, Lídia Maria Arthur Brito.

No final das visitas, foram realizadas entrevistas, discussões e encontros especiais com os principais parceiros, bem como com a equipa do Projecto Media para dar um informe.

Este relatório baseia-se muito nas contribuições de todas as discussões e entrevistas realizadas com os diferentes beneficiários no sector dos meios de comunicação, nas visitas aos locais e nos documentos fornecidos à equipa. Na secção que se segue, foi feito um esforço para dar uma imagem geral da situação dos órgãos de comunicação no país, articular e apresentar as necessidades do sector dos media e examinar de perto as diferentes instituições e organizações que estão envolvidos no ensino e formação em jornalismo para identificar problemas que podiam retardar o desenvolvimento do sector da comunicação social. Portanto, são propostas soluções para os problemas identificados.

Estão incluídos como apêndices neste relatório, os detalhes dos participantes dos vários encontros e pequenos relatórios desses encontros.

SITUAÇÃO DOS MEDIA: UM RESUMO

A situação dos órgãos de comunicação em Moçambique hoje passou por um período de mais de três décadas desde os anos do colonialismo português, passando pela guerra de libertação ao regime de partido único, e finalmente o multipartidarismo.

Desde o período da guerra de libertação (contra o colonialismo português – de 1964 a 1975) a imprensa de Moçambique (pequenos jornais e programas de rádio produzidos nos países vizinhos) era responsável por promover os interesses políticos e militares do partido Frelimo e a transição para o sistema socialista. Além do mais, a imprensa era fundamentalmente uma arma política do governo numa situação de guerra. Do período do colonialismo português, Moçambique recebeu como herança no sector da comunicação social a Rádio Moçambique, a revista Tempo, o diário Notícias, publicado em Maputo, e o Diário de Moçambique, publicado na Beira. Durante o regime colonial, a comunicação social era dirigida quase que inteiramente pelos portugueses. Assim, com a saída massiva dos jornalistas portugueses após durante a independência, o sector da comunicação social ficou sem pessoal qualificado. Foi necessário, portanto, encontrar substitutos que podessem assegurar a continuação do funcionamento do sector. Muito poucos jornalistas tinham qualificações, e o país em si não tinha instalações de formação.

Para consolidar o regime da nova República, o governo introduziu reformas no sector da comunicação social criando a Agência de Informação de Moçambique com um papel específico de informar a comunidade internacional. O governo criou também o Instituto Nacional de Cinema, concebido para promover a educação e entretenimento através do material audio-visual; o instituto de Comunicação Social; a Televisão de Moçambique e o semanário Domingo foi criado em 1981 com o objectivo de promover a produção cultural.

Em 1991, quando foi aprovada a nova Constituição da República, a Frelimo abandonou oficialmente o controlo da actividade dos meios de comunicação, e consequentemente surgiram novos outros órgãos. Foi neste contexto que a “Mediacoop”, uma cooperativa de jornalistas independentes que antes pertenceram aos órgãos de comunicação do governo, decidiu lançar as suas publicações. Em 1992 é lançado o Mediafax, um diário distribuído via fax, e em 1994 o semanário Savana. A partir daí houve uma proliferação de órgãos de comunicação impressos. Até hoje, existem no país mais de cem títulos editados em várias províncias do país.

A maior parte dos problemas durante o regimen de partido-único estavam relacionados com a qualidade de informação produzida. A culpa era sobre a censura a que os jornalistas estavam sujeitos. A pesar das mudanças na Constituição e a publicação da Lei de Imprensa, a situação não mudou. A única diferença é que durante o regime de partido-único existia uma forte componente política emocional que encobria a má qualidade da informação. A má qualidade dos jornalistas continuou a ser problema. A falta de profissionalismo era evidente e tornou-se motivo de preocupação para o sector da comunicação social.

Em 1991, a reunião do Sindicato nacional dos Jornalistas abordou a questão da formação dos jornalistas. Foi reconhecido que o baixo nível de conhecimento político, técnico, profissional e académico da maioria dos jornalistas constituía o maior impedimento para a perfeita intervenção do sector da comunicação social no desenvolvimento do país. Foi com base nestas constatações que o sector da comunicação social começou a criar os seus centros de formação profissional, tais como o da Rádio Moçambique. A Escola de Jornalismo foi criada mais cedo em 1980, embora até 1992 os seus estatutos não tinham sido aprovados.

Outras instituições de ensino e formação em jornalismo tem surgido com o intuito de responder às necessidades do sector. O Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU) em Maputo, e a Universidade Católica de Moçambique em Nampula, juntaram-se à lista das instituições de formação nos últimos cinco anos. As perguntas pertinentes que surgiram agora são:

- Quais são as capacidades reais dessas instituições no ensino e formação de jornalistas?

- Como é que elas podem ser apoiadas para levar a cabo as suas responsabilidades de forma efectiva?

- Quais são as necessidades actuais do sector da comunicação no país?

NECESSIDADES DO SECTOR DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Na década passada, novos ventos de mudanças democráticas sopraram sobre a África Sub-Sahariana, com os antigos regimes militares e autoritários a abraçarem a democracia como forma de governação. As eleições no gana, Serra Leoa, Libéria na África ocidental, o fim do Apartheid na África do Sul e o multipartidarismo na África Austral tem sido os indicadores de uma mudança política para o continente.

Na linha deste clima de mudanças, os participantes no seminário das Nações Unidas/UNESCO sobre a promoção da imprensa independente e pluralista em África, realizado em Maio de 1991 em Windhoek, Namíbia, declarou a necessidade de se criar, manter e promover a imprensa independente e pluralista como essencial para o desenvolvimento e manutenção da democracia nos países africanos, bem como para o desenvolvimento económico.[1]

Entendia-se por “imprensa independente” a imprensa independente do controlo governamental, político ou económico ou do controlo dos materiais e infra-estruturas essenciais para a produção e disseminação de jornais, revistas e periódicos. Por “Pluralismo” a Declaração de Windhoek entendia o fim do monopólio de qualquer tipo e a existência do maior número possível de jornais, revistas e periódicos reflectindo o mais amplo espectro de opiniões dentro da comunidade.

Como parte da Declaração, foi também anotado que a tendência mundial em direcção a democracia, liberdade de informação e expressão é uma contribuição fundamental para a satisfação das aspirações humanas.

A altura da Declaração de Windhoek, a guerra em Moçambique estava a acalmar e foram feitas tentativas de se revitalizar o sector da comunicação. De facto, o artigo sobre Liberdade de Expressão (artigo 74) da Constituição da República de Moçambique de 1990 colocou claramente o direito dos cidadãos com relação à liberdade de expressão e de imprensa bem como o direito à informação.[2]A cláusula da liberdade de imprensa, por proteger o direito dos cidadão de publicar jornais e outras publicações, estabeleceu a plataforma para o pluralismo dos órgãos de comunicação e diversidade no país. Portanto, a Lei de Imprensa foi mais uma promoção deste direito.

À luz desta lei e a provisão constitucional básica do direito a uma imprensa livre e liberdade de expressão, notou-se um crescimento notável, especialmente nos órgãos de comunicação impressos e alguns desenvolvimentos nos órgãos de comunicação de radiodifusão. O estudo sobre o Cenário do Pluralismo dos Media patrocinado pelo Projecto Desenvolvimento dos Media UNESCO/PNUD indica a existência de mais de 50 títulos em circulação no sector dos órgãos de comunicação impressos no país, incluindo aqui jornais diários e semanários, publicações diárias distribuídas via fax, boletins e revistas; 25 estações de rádio públicas, comerciais, religiosas, comunitárias e de partidos políticos; sete estações de televisão composta por Televisão Pública, Comercial e Religiosa. O estudo identificou também seis outros tipos de produções ligadas a publicidade, documentário e outros tipos de produções.

Dado o cenário, o ambiente da comunicação social em Moçambique não tem falta, em termos de número e diversidade e desta forma estaria em consonância com a Declaração de Windhoek. Para um país de cerca de 19 milhões de habitantes, os dados acima são impressionantes. Mas há que olhar para além dos números para apreciar melhor o ambiente da comunicação e identificar as necessidade do sector da comunicação social no país.

Esta secção identifica e examina essas necessidades com o objectivo de sugerir estratégias para satisfazer tais necessidades. O sector dos media inclui todos os órgãos de comunicação impressos e de radiodifusão, as instituições de formação em comunicação – quer oferecendo ensino formal ou informal, bem como os consumidores dos conteúdos dos órgãos de comunicação.

A imagem dessas necessidades surgiu depois de uma série discussões e interacção com os profissionais de comunicação – jornalistas da imprensa escrita e de órgãos de radiodifusão, em ambos os níveis de gestão médio e sénior; professor de jornalismo na Escola de Jornalismo, a Universidade Católica de Moçambique, o Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU); a Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e o Centro de Jornalismo Nordic-SADC em Maputo; funcionários da estação de Rádio Católica em Nampula bem como o pessoal da centro emissor da Televisão de Moçambique em Nampula. As visitas e inspecção das instalações desses diferentes locais ajudaram a clarificar as necessidades do sector. As diferentes necessidades do sector são discutidas abaixo de acordo com as categorias anteriormente identificadas: imprensa escrita, radiodifusão, instituições de formação e consumidores. Cada uma dessas categorias é examinada separadamente com as suas necessidades sumariadas.

IMPRENSA ESCRITA

Como foi anotado acima, houve um crescimento no sector da imprensa escrita depois da liberalização da indústria da comunicação social com a Constituição e a Lei de Imprensa. De pouco menos de cinco antes da liberalização em 1991 para mais de 50 até 1999. Em termos de números, este é um salto significativo. Porém, olhando cuidadosamente para os dados do estudo sobre o Cenário dos Media em Moçambique nota-se que a maioria das publicações estão sediadas em Maputo sendo muito poucas as que atingem as zonas rurais e províncias. Este centralismo urbano foi um dos pontos acentuados pelo Director do Gabinete de Informação, Arlindo Lopes. Os órgãos de comunicação impressos não tradicionais (os distribuídos via fax e boletins) tendem a surgir e circular em Maputo.

Assim, embora exista um número impressionante de tipos de órgãos de comunicação impressos, a sua orientação seria urbana. Isto leva serem restritivos em termos de conteúdos. As actividades, pensamentos e aspirações dos residentes rurais terão, por consequência, falta de uma cobertura adequada.

O objectivo do pluralismo dos media é a identificação, exposição, apresentação e promoção de ideias diferentes de grupos de interesses diferentes dentro de um sistema social. Com a concentração dos órgãos de comunicação social no centro urbano de Maputo, com a consequente marginalização dos residentes rurais que constituem 65% da população, a diversidade que o pluralismo procura alcançar, estará em falta. Assim, em termos de números, o pluralismo pareceria ter sido alcançado. Porém, em termos de diversidade e representatividade de opiniões, o pluralismo não ocorreu. Há, portanto, a necessidade de reexaminar a situação para permitir que o pluralismo vá para além dos números. A base operacional dos órgãos de comunicação deve ser diversificada de modo que um número significante funcione a partir das zonas rurais. Isto requer uma descentralização. Há uma necessidade de se estabelecer instalações nas zonas rurais para reflectir efectivamente as suas ideias, sentimentos e pensamentos. Uma preocupação relacionada com isto é a língua de publicação. O pluralismo devia ser visto também para funcionar com relação a língua utilizada. Mas este não é o caso com relação aos meios de comunicação escritos em Moçambique. Por exemplo, dos 52 órgãos de comunicação impressos pesquisados no estudo Cenário do Pluralismo dos Media em Moçambique, 44 ou cerca de 85% são publicados apenas em português; cinco ou menos de 10% são publicados em Inglês enquanto apenas três ou menos de 6% são publicados em português mais uma ou mais línguas nacionais. Dado que 40% índice de alfabetização[3] (isto é, Alfabetização em português) está claro que mais da metade da população não pode beneficiar dos órgãos de comunicação impressos como deveriam, a pesar dos números. Mesmos alguns que são alfabetizados em português, de acordo com o Director-Adjunto do jornal NOTÍCIAS, tem uma proficiência em português muito baixa.

Dadas essas duas “deficiências” do centralismo urbano e a língua das publicações, os órgãos de comunicação impressos não podem afirmar que reflectem o mais amplo espectro de opiniões dentro do país.

Outras área de preocupação na imprensa escrita é a disponibilidade de gráficas. Das discussões com alguns editores dos jornais independentes, dá se a impressão de que existe uma tentativa deliberada por parte do governo em privar os órgão independentes do acesso às gráficas. O editor do jornal SAVANA, Salomão Moyana, foi enfático que os jornais independentes são tratados diferentemente que os órgãos governamentais em termos de acesso às gráficas e isto afecta a sua produção. Ele atribui este tipo de tratamento à impressão, por parte do governo, de que os jornais independentes são “dissidentes” e portanto uma ameaça ao governo. Ele acredita, no entanto, que tais impressões vão desaparecer gradualmente assim que o governo começa a entender o papel e as responsabilidades da imprensa independente. Ele sugere também a formação de uma associação de jornais como forma de encarar o problema das gálicas. O sentimento de Moyana no assunto das gráficas foi também repetido pelo editor de um outro jornal independente – Cassimo Ginabay do DEMOS. Não permitir o acesso igual à impressão dos jornais irá perigar a efectividade do pluralismo que a letra e o espírito da Constituição e a Lei de Imprensa pretendem promover. A inexistência das gráficas pode conduzir à produções irregular e circulação dos materiais produzidos limitada.

Finalmente, existe uma área de necessidades que é fortemente sentida pelos jornalistas praticantes no nível editorial. A maioria dos editores entrevistados aceitam que sentem o senso de inadequação de não ter um ensino formal e formação em jornalismo. Todos eles tiveram que aprender no trabalho e concordam que há uma necessidade de melhorarem os seus conhecimentos através de um ensino formal e formação em jornalismo para melhorar as suas capacidades de reportagem e analíticas. Estão todos confiantes que o nível dos seus órgãos melhoraria significativamente se a maioria deles podessem passar por um ensino e formação formal que não tiveram antes de ingressarem na área.

Sumário

Dos assuntos levantados acima, é evidente que existem algumas necessidades importantes para a imprensa escrita no país. Uma atenção especial deve ser prestada ao seguinte:

( Descentralização da produção de jornais, revistas e outros materiais impressos. Muito precisa de ser produzido e distribuído nos centros rurais para atrair e reflectir uma abrangência maior de opiniões para além da capital Maputo.

O governo e outros órgãos deviam ajudar neste respeito através da disponibilização das facilidades de produção e outras nas zonas rurais para encorajar e facilitar a produção nessas áreas.

← O problema de analfabetismo é importante na habilidade de usar os conteúdos da imprensa escrita. Uma vez que a baixa proficiência da língua portuguesa foi identificada como sendo um dos problemas do país com relação a capacidade das pessoas de aproveitarem a imprensa escrita, é crucial uma política do governo que concentra no melhoramento da alfabetização acima dos 40% para criar uma maior população de consumidores da mídia impressa. Porém, a proficiência devia ser melhorada para ambas as línguas portuguesa e locais, para que os materiais publicados em línguas nacionais tenham quase a mesma chance de patrocínio como os publicados em português. Isto iria encorajar as publicações nas zonas rurais assim como nas línguas locais para aumentar o número de leitores.

← Assim, o sector dos órgãos de comunicação precisaria e beneficiaria, a longo prazo, de um uma política nacional de ensino que teria uma ênfase sobre proficiência da língua.

← A questão da impressão de jornais deveria ser vista muito de perto. Os órgãos de comunicação impressos precisam de gráficas suficientes para melhorarem a sua qualidade, quantidade e alcance. É até concebível que alguns jornais distribuídos via fax possam desenvolver e tornarem –se jornais regulares se houvesse gráficas disponíveis para todos independentemente de se eles são privados, estatais ou órgãos de comunicação independentes. Isto, por sua vez, permitiria mais publicações para acomodarem muito mais assuntos e uma maior variedade de opiniões.

← Para se alcançarem as aspirações dos actuais editores que desejam ter um ensino formal em jornalismo para melhorar o seu desempenho, deveria se considerar o estabelecimento, em qualquer uma das instituições terciárias do país, um programa de ensino e formação especial para eles.

RADIODIFUSÃO

A área da radiodifusão mostra alguma diversidade significante. Com 10 estações de rádio pública, 2 comerciais, 8 religiosas, 4 comunitárias, e 5 estações de televisão públicas, 1 comercial e 1 religiosa, existe um alto grau de pluralismo no sector da radiodifusão que na imprensa escrita, não obstante o elevado número de publicações.

A diversidade na propriedade dos órgãos de radiodifusão é um desenvolvimento encorajador. Como o estudo sobre o Cenário dos Media em Moçambique mostrou, uma elevada proporção dos órgãos de radiodifusão (do que os impressos) usa uma ou mais línguas nacionais além do português. Dos 32 órgãos de difusão pesquisados, 20 usam o português e mais uma ou mais línguas nacionais. Isto é cerca de 60% comparado a cerca de 10% da imprensa escrita. Isto significa que os órgãos de difusão teriam um alcance mais amplo que a imprensa escrita que na sua maioria publica em português. Para além disso, a alfabetização não é uma barreira nos órgãos de radiodifusão.

Entretanto, assim como a imprensa escrita, os órgãos de comunicação de radiodifusão estão concentrados em Maputo. Isto cria problemas do acesso e clama por uma mais ampla disseminação das bases de produção para as províncias e zonas rurais. Devia ser revitalizado o plano de se ter centros de produção nas zonas rurais como foi demonstrado na instalação do centro emissor da Televisão de Moçambique em Nampula. “O centro emissor de Nampula degenerou-se para um centro de transmissão de programas produzidos em Maputo. Não se produz mais nada e portanto a sua participação na geração de informação está vedada aos residentes das zonas rurais. Como foi explicado pelos poucos membros que ficaram naquele centro, a ligação entre o centro (quando ainda era um centro de produção e produzia programas com o envolvimento da comunidade rural) e a comunidade rural foi bastante afectada desde que o centro ficou limitado a apenas re-transmitir os programas de Maputo. Quatro estações de radio comunitária para um pais com 10 províncias é muito inadequado. A radio comunitária é entendido para encorajar a participação da comunidade na geração e disseminação de informação e outras mensagens e nas políticas de tomada de decisão. Por último, portanto, deveriam existir dez estações de rádio comunitária que poderiam se traduzir em uma estação de radio por província. Poderia ser mais.

Os órgãos de comunicação de radiodifusão, como os impressos, também enfrentam problemas de pessoal com formação adequada. Os responsáveis de formação na Rádio Moçambique, Orlanda Mendes e Tiago Viegas, lamentam a sua incapacidade de encontrar radialistas bem formados para a sua estação. São forcados a formar os seus funcionários do nada. Isto consome muito tempo. Se houvesse um grupo de graduados com formação adequada na área de jornalismo de radiodifusão, tornaria o trabalho da estação muito fácil. Simão Anguilaze, Director de Informação na Televisão de Moçambique, concorda com Orlanda Mendes Tiago Viegas no que se refere a escassez de pessoal qualificado para o sector da radiodifusão.

A visita à estação da Rádio Católica e ao centro emissor da Televisão de Moçambique e a interacção com o seu pessoal, revelou que quase todos os funcionários não têm ensino ou formação formal em jornalismo ou comunicação. As estações são dirigidas por pessoas que apenas aprenderam no trabalho. Para além disso, o equipamento que existe nessas estações é obsoleto. Na estação de radio da Igreja Católica por exemplo, existe muita improvisação com equipamento que nem sequer consegue aguentar com as flutuações do estado do tempo.

A necessidade de formação básica para o sector da radiodifusão é a mesma para o da imprensa escrita.

Sumário

Na essência, as necessidades da radiodifusão incluiriam:

← Fornecer uma quantidade de radialistas formados que podessem se recrutados directamente pelas estações com um mínimo de reciclagem e supervisão.

← Diversificação das estações e centros de produção nas zonas rurais para ajudar a enfrentar a concentração dos órgãos de comunicação em Maputo.

← Restabelecer os centros de produção provinciais da Televisão de Moçambique e da Radio Moçambique para dar acesso as zonas rurais a esses órgãos.

← Instalar mais rádios comunitárias nas províncias para aumentar mais a participação rural no desenvolvimento nacional.

Instituições de Ensino em ComunicaçÃo

Depois de uma extensiva discussão com os directores e funcionários das instituições de ensino em comunicação e uma inspecção às suas instalações, bem como observações de outras pessoas do sector da comunicação social, mas estranhos à instituição ficou evidente que as instituições constituem uma grande área de necessidades no sector dos meios de comunicação em Moçambique.

Existem três instituições que oferecem ensino formal em jornalismo e comunicação no pais – A Escola de Jornalismo, o Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU) e a Universidade Católica de Moçambique.

A Escola de Jornalismo é uma instituição que não oferece grau superior enquanto que as outras duas são instituições que oferecem graus académicos superiores. O foco da Escola de Jornalismo é produzir “técnicos em jornalismo”. De acordo com a brochura da escola e com a afirmações do director da escola, o produto da Escola de Jornalismo deveria ser pessoas com conhecimento básico nas áreas de reportagem, edição, fotografia e diferentes formas de redacção. Ela esta para oferecer mão-de-obra para o nível de reportagem dos órgãos de comunicação o país, especialmente na imprensa escrita. Esses “técnicos” devia ter conhecimento em redacção e aspectos de produção do jornalismo. Esperava-se, portanto, que a escola teria o material e equipamento necessário com o qual desenvolveria tais capacidades.

Entretanto, a experiência dos empregadores dos graduados da escola (ex. Rádio Moçambique, Televisão de Moçambique, Noticias, Demos) mostra que há muita coisa que falta. Existe uma unanimidade da percepção entre esses empregadores de que o ensino e formação dada a esses graduados na Escola de Jornalismo é deficiente. Os seus comentários com relação a este assunto são vários mas parecidos. Simão Anguilaze, da Televisão de Moçambique descreveu os graduados da Escola de Jornalismo como “estudantes de má qualidade” que não tem “apreciação cultural” e “não estão familiarizados com os equipamentos básicos”. Ele descreveu a escola como tendo “falta de professor com boa formação”. O Director-Adjunto do Notícias, Rogério Sitoi, descreve a escola como “cheia de teoria e nenhuma prática” com um currículo que não está adequado à profissão. Ele esta desapontado com o facto de que os graduados da escola “nem sequer podem escrever um bom artigo”. Os responsáveis pela formação na Radio Moçambique desistiram, literalmente, dos graduados da escola porque suspeitam do currículo e “os estudantes não conseguem ler bem”. Para eles, a Escola de Jornalismo não mostrou nenhuma seriedade num aspecto muito importante do ensino e formação em jornalismo, nomeadamente o estágio.

O Editor do Demos reclamou de “muitos problemas” que ele vivenciou com os graduados da escola. Está muito preocupado com o facto de que eles nem sequer sabem o que é um lead e “não sabem o que é notícia”. Para além disso, diz-se que eles tem muitos problemas linguísticos. Ele pensa que a escola “é necessário se concentrar na escola” e “levar-se a cabo uma revisão total do seu currículo depois de se fazer um exercício de avaliação das necessidades”.

O Editor do SANAVA, Salomão Moyana, foi enfático de que “não ter nenhum conhecimento prévio de jornalismo é melhor do que o conhecimento da Escola de Jornalismo”. Para ele, as disciplinas leccionadas na escola são vagas e residem muito na teoria que parece não lhes levar a lugar nenhum. Os professores da escola não tem nenhuma qualificação para ensinar jornalismo.

O próprio director da Escola de Jornalismo concorda com muitos desses pontos de vistas e sentimentos expressados pelos dirigentes e editores dos órgãos. Concorda que a escola tem muitos problemas mas culpa tudo isso à inadequação dos fundos disponibilizados.

Essas percepções da Escola de Jornalismo sugerem áreas de necessidades muito sérias para a instituição como parte do sector da comunicação em Moçambique.

Primeiro, o currículo da escola precisa ser revisto. Como os responsáveis dos órgãos de comunicação observaram, o conteúdo do currículo, como está, não pode fornecer um ensino e formação adequada para os estudantes. Um exame das disciplinas do programa mostra que, em geral, o peso dos cursos é contrario à área de jornalismo. Por exemplo na especialização em jornalismo, cerca de 70% das disciplinas não são de jornalismo e apenas 30% estão relacionadas com jornalismo. Na especialização em Relações Publicas, cerca de 80% das disciplinas não são de jornalismo. Na especialização em Publicidade e Propaganda, também cerca de 70% não são disciplinas de jornalismo. Para um currículo que devia formar jornalistas, independentemente da área de especialização, tais pesos criariam muitos problemas. Da maneira que está, o estudante poderia frequentar todo o curso e sair sem saber nada sobre o que é jornalismo.

O currículo, portanto, precisa ser revisto para oferecer cursos que concentram no jornalismo e comunicação para que os estudantes possam ser enraizados nos fundamentos da profissão. Tal revisão deve ser feita em paralelo com a revisão do corpo docente. Do jeito que está, a maioria dos professores não são qualificados para ensinar em nenhuma área do jornalismo e comunicação. Uma situação onde apenas 3 dos 22 professores tem qualificações relevantes em jornalismo ensombra a qualidade do ensino em jornalismo dada aos estudantes.

Uma explicação para esta situação, como foi colhido daqueles que foram entrevistado, é a escassez de professores de jornalismo qualificados no país, isto é, os que têm formação académica em jornalismo. Outra explicação para este estado das coisas é a remuneração pouco atractiva para os poucos que tem qualificações e podem ensinar na escola. A primeira explicação requer uma decisão política por parte do governo (através do Gabinete de Informação e do Ministério de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia) para formar e produzir estudiosos de jornalismo e comunicação que poderiam formar um corpo de docentes do qual a Escola de Jornalismo e outras instituições similares podem seleccionar o seu professores. Tal política precisa ser implementada o mais rápido possível porque isto leva um certo tempo até amadurecer. Uma política instituída hoje poderá não produzir a mão-de-obra necessária até, no mínimo, daqui há cerca de cinco anos.

A revisão curricular e a disponibilização de professores qualificados pode não significar muito se não forem acompanhados por uma disponibilização de materiais e equipamento de formação para a escola. O ensino em jornalismo destituída do uso e domínio das tecnologias de informação é, pelos padrões de hoje, deficiente. A Escola de Jornalismo tem falta de equipamento básico e infra-estrutura tecnológica que é essencial para um ensino em jornalismo efectiva. Esta é uma área de grandes necessidades se a instituição pretende abastecer o sector dos media com jornalistas de calibre necessários.

Outra área de necessidades para a escola é uma biblioteca bem apetrechada. Do que foi visto durante a visita e inspecção, não existem uma biblioteca apetrechada para os estudantes e professores da escola. O director da escola disse que tem adquirido alguns jornais e revistas dos Serviços de Informação dos Estados Unidos como uma tentativa de constituir uma colecção de materiais para o uso dos estudantes e professores. Para além disso, não existe uma colecção de livros sobre jornalismo e comunicação como podia se esperar de uma escola de jornalismo.

A Escola de Jornalismo é um elemento muito importante do sector dos órgãos de comunicação em Moçambique, sendo um instituição que tem produzido um significante numero de jornalistas no país (embora, mal formados) por mais de uma década, e pode continuar a fazê-lo por muito mais tempo. Ela merece portanto, muita atenção em relação às suas necessidades. Um esforço de lidar com os seus problemas seguirá um longo caminho para atingir as necessidades do sector dos órgãos de comunicação no país.

As outras duas instituições – ISPU e a Universidade Católica – são relativamente novas. Mas as suas necessidades também reflectem as necessidades do sector dos órgãos de comunicação. Como foi mencionado anteriormente, o país precisa desenvolver a capacidade de fornecer estudiosos e professores de jornalismo para melhorar o ensino e formação em jornalismo e comunicação. Estas duas instituições precisam de ser apoiadas para desenvolverem a sua própria capacidade para poder construir o corpo necessário de estudiosos e professores. Tal como a Escola de Jornalismo, o apoio para essas instituições é mais necessário nas áreas de desenvolvimento do currículo e de bibliotecas e procura de equipamentos. O papel dessas instituições é crucial para o desenvolvimento dos órgãos de comunicação em Moçambique.

Sumário

As instituições tem um papel muito importante a jogar no desenvolvimento do sector dos órgãos de comunicação, especialmente na dimensão de que eles produzem os maiores actores do sector – os jornalistas. As suas necessidades poderiam constituir necessidades cruciais do sector dos órgãos de comunicação e podem ser sintetizadas como o seguinte:

← Os currícula de todas as instituições precisam de ser refeitos num processo de consulta aos vário interessados de modo que os seus graduados atinjam as expectativas e necessidades do sector.

← Tem que haver uma injecção de fundos e equipamentos nas instituições para lhes possibilitar a produção de jornalistas do calibre que funcionem de forma efectiva nesta era da tecnologia de informação.

← Todas as instituições precisam de bibliotecas bem apetrechadas para os professores e estudante para ficar a par dos desenvolvimentos do ensino e bolsas em jornalismo e melhoramento da qualidade do seu próprio ensino.

← Há uma escassez aguda de professores para as instituições. Um programa nacional de desenvolvimento do corpo docente é imperativo para dar a essas instituições um corpo docente qualificado necessário para dar ao país jornalistas de qualidade.

instituições de formação em comunicação

Existe no país um numero de organizações envolvidas na formação de jornalistas, mas não são instituições formais de ensino. O seu papel essencialmente complementar aos esforços das instituições de ensino. Elas fornecem cursos de curta duração para jornalistas que já trabalham ou alguma forma de iniciação para os novos ingressos na carreira. De entre elas, as organizações mais proeminentes no país são a Radio Moçambique, Televisão de Moçambique, o Centro de Jornalismo Nordic-SADC (NSJ) e o Instituto de Comunicação Social (ICS). Essas organizações são particularmente importantes neste estagio do desenvolvimento do sector dos órgãos de comunicação em Moçambique, especialmente dado os problemas da Escola de Jornalismo e o facto de que as outras duas instituições de ensino estão ainda para apresentar ao sector os seus graduados. A Radio Moçambique desenvolve programas de formação internamente para os seus novos funcionários, uma vez que ela não pode ter pessoal qualificado de outra maneira. Os responsáveis pela formação, Orlanda Mendes e Tiago Viegas afirmam que eles tem de realizar os programas de formação para poder ter o pessoal qualificado que eles precisam. Porém, a sua formação interna não está formalizada no sentido de que as áreas de concentração não estão documentadas em nenhuma forma de currículo. A razão, de acordo com eles, é que os cursos continuam em processo de desenvolvimento e ainda não foram formalizados. A Radio Moçambique necessita, portanto, de apoio no desenvolvimento do seu currículo de formação para criar uma base forte para o programa de formação. Mais ainda, é muito importante notar, como os formadores indicaram, que apenas um dos formadores tem graduação em jornalismo. Enquanto precisam de apoio para desenvolver o currículo, precisam também de educadores da área da comunicação de modo a ajudarem na realização do programa de formação.

A Televisão de Moçambique enfrenta os mesmo problemas que a Radio Moçambique enfrenta em termos de disponibilidade de graduados qualificados a serem recrutados para a organização. De acordo com Simão Anguilaze, a emissora recruta agora estudantes universitários graduados em qualquer área e forma-lhes internamente na televisão. Entretanto a emissora não tem um programa de formação bem instituído. Ela utiliza oportunidades oferecidas por outras organizações para cursos de curta duração.

Para ter um melhor controlo sobre a formação que a televisão quer para os seus funcionários, ela deve desenvolver o seu próprio programa de formação internamente e depender menos de outras organizações. Assim como Radio Moçambique, ela vai precisar de apoio nas áreas de restruturação e instalação de um programa de formação interno e disponibilização de educadores e formadores.

O NSJ está envolvido na educação continua dos jornalistas praticantes através de realização de cursos de curta duração em várias áreas de jornalismo (impresso) Mas não tem instalações próprias para tal. De acordo com o Director de Formação do centro, Sam Phiri, quando as necessidades aparecem o centro utiliza instalações de instituições que ele descreve como sendo instituições “de contacto principal”. Estas são as principais instituições onde o centro realiza a maioria dos seus programas. Esta dependência nas instalações de outras instituições poderá ser problemática. Seria de muita ajuda se o centro podesse adquirir algumas instalações próprias.

O Instituto de Comunicação Social (ICS) realiza programas de formação periódicos para jornalistas por encomenda. Tem instalações e equipamento que, de acordo com o chefe do departamento de Rádios Comunitárias, Mário Marrengula, estará disponível para outras instituições envolvidas no ensino e formação de jornalistas. Assim, uma vez que as outras instituições tem problemas das falta de equipamento, o ICS tem o equipamento e está disposta a compartilhar. Esta abertura para compartilhar devia ser acolhida por essas outras instituições, como a Escola de Jornalismo em particular, para resolver os seus próprios problemas.

Sumário

A organizações de formação em comunicação desempenham um papel complementa muito importante para as instituições educacionais já que elas dão aquilo que poderíamos chamar de “ligações em falta” nos currícula das instituições, nomeadamente, experiência prática. Elas fornecem o ambiente e as instalações para estágios que é um aspecto vital para o ensino e formação dos jornalistas. As organizações que tem formação interna para o seu pessoal deveriam ser apoiados para terem esses programas de formação desenvolvidos através da estruturação dos currícula e dando-lhes equipamento moderno para permitir que eles vão de encontro aos desafios.

CONSUMIDORES DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO

Enquanto as instituições e estruturas dos órgãos de comunicação social tem um lugar óbvio no desenvolvimento do sector comunicação, o papel dos consumidores das mensagens dos órgãos de comunicação pode não parecer óbvio neste processo. Eles são um elemento muito importantes para o sector da comunicação, como os consumidores finais dos produtos dos órgãos de comunicação e portanto a razão de ser da maioria dos órgãos de comunicação.

Para que órgãos de comunicação levem a cabo o seu papel de informar, educar e divertir, de forma efectiva, a audiência ou o público consumidor deveria estar em posição de entender e apreciar o conteúdo das mensagens veiculadas pelos órgãos de comunicação. A audiência precisa ser crítica com relação às mensagens que ela recebe e saber discerni-las. Tal apreciação crítica dos conteúdos dos órgãos de comunicação é muito saudável para o desenvolvimento dos media.

Uma das críticas dos graduados da Escola de Jornalismo discutida anteriormente, é que a maioria dos estudantes que ingressam na escola não tem ideia do que é jornalismo. Eles usam a escola como uma medida para não ficar sem estudar e como uma escada para saltar para outras áreas de interesse. Pode-se extrapolar que se os que vão estudar jornalismo não sabem o que é jornalismo, então a maioria do resto da população – 60% dos quais são analfabetos – pode não entender a comunicação social. Isto significaria que o sector da comunicação social em Moçambique precisa de uma sociedade, na qual funciona, mais alfabetizada do que é agora.

Para além do que acontece nas escolas de jornalismo e outras instituições de formação, o ensino em comunicação devia envolver toda a sociedade. Em 1979, especialistas da UNESCO sugeriram que o conceito de ensino em comunicação devia abarcar ambos ensino formal e informal e envolver pessoas de todos os níveis da sociedade (Dematob 1991). Numa comunicação num colóquio em Toulouse sobre Ensino em Comunicação e Países em Desenvolvimento, Stevenson (1990) indicou que o ensino em comunicação “procura aumentar a compreensão crítica das crianças da comunicação social... como é que ela funciona, como é que produz significados, como é organizada e como ela faz sentido para as audiências”. Essas duas percepções combinam para sugerir que é necessário desenvolver na sociedade uma consciência crítica do conteúdo da comunicação social e a habilidade de reagir a todo o tipo de informação. Isto, portanto, clama por um ensino em comunicação social de várias maneiras.

O ensino em comunicação social deveria ser introduzido como currículo na escola primária e secundária para começar a criar uma consciência crítica na idade mais jovem. E para desenvolver mais interesse em jornalismo e comunicação social. Deveriam se formar clubes de jornalismo/comunicação social nessas escolas para que os alunos comecem a entender como é que os órgãos de comunicação social funcionam, a partir de uma experiência prática. Isto foi de facto fortemente sugerido pelos responsáveis dos órgãos de comunicação entrevistados como forma de aumentar o interesse pela profissão. Os clubes permitiriam e encorajariam os estudantes a participarem na geração e disseminação dos conteúdos dos meios de comunicação a seu nível sob a supervisão ou assessoria de um profissional.

Para o restante da sociedade adulta, a implantação de órgãos de comunicação comunitários poderiam completar este ensino. Os órgãos de comunicação comunitários implicam que os membros de uma comunidade estão envolvidos na gestão dos órgão de comunicação social – da concepção a produção dos programas, apresentação e avaliação. No decurso deste estudo, existiam apenas quatro órgãos de comunicação comunitários em funcionamento no país. Isto não é adequado. Deviam ser implantados mais órgãos de comunicação comunitários e espalhados por todo o país para permitir um envolvimento mais amplo e mais diversificado, e portanto, a educação das pessoas.

Este ensino a vários níveis da sociedade ajudaria a envolver a audiência crítica que órgãos de comunicação precisam para se desenvolver.

Sumário

Os consumidores dos órgãos de comunicação são uma parte integral importante do sector dos órgãos de comunicação e a maior necessidade nesta área é o ensino – o tipo de ensino que ajudaria a criar uma audiência iluminada que seja crítica e discernida no seu consumo dos conteúdos da comunicação social. Esta audiência precisa de ser educada formalmente e informalmente nas escolas e nas comunidades para melhorarem a sua percepção e entendimento de como os órgãos de comunicação funcionam. Esta é uma área de necessidade significante para o sector da comunicação social.

CONCLUSÃO

As necessidades do sector da comunicação social em Moçambique foi discutido de acordo com vários componentes do sector identificados no início desta secção. Algumas das necessidades dessas diferentes componentes são distintas em algumas áreas e sobrepõe-se em outras. Porém, surgiram alguns destaques.

← O sector da comunicação social precisa de injecção de fundos para satisfazer as necessidades em termos de tecnologia, educação, formação e desenvolvimento de recursos. As instituições de ensino e outras de formação, bem como a área da comunicação social em geral, precisa adquirir computadores e outras infra-estruturas de tecnologias de informação para ajudar os jornalistas a terem acesso a tais tecnologias e permitir-lhes que estejam à altura das demandas do jornalismo moderno. A capacidade de aprender computador e o desenvolvimento de conhecimento em tecnologia de informação são fundamentais para o jornalismo de hoje.

← A instituições educacionais envolvidas no ensino em jornalismo assim como as instituições e organizações envolvidas na formação em jornalismo tem o problema de falta de mão-de-obra de qualidade, equipamentos, currículo bem desenvolvido, e bibliotecas modernas. Essas sãos as necessidades que devem ser atendidas como prioridade.

← As instalações de ensino e formação em comunicação, bem como os órgãos de comunicação estão muito concentrados nas zonas urbanas – desprovendo as zonas rurais da oportunidade de participar significativamente no sector da comunicação social. A comunicação social – imprensa escrita e radiodifusão – precisa diversificar as suas bases de operação para que o seu pluralismo não seja apenas em termos de números. Tal diversidade é também necessária para o sector da comunicação social para poder contribuir efectivamente no processo de desenvolvimento.

← Uma audiência iluminada devia ser valorizada como uma componente vital do sector da comunicação social. A cerca disto, devia-se estabelecer uma política para encorajar o ensino em comunicação social a todos os níveis da sociedade, através da introdução do currículo de jornalismo nas escolas e encorajando a participação da comunidade na criação e organização de órgãos de comunicação comunitários.

← Essa necessidades poderiam encaixar-se eventualmente para produzir o tipo de jornalistas que o país anseia. Quando as escolas são bem equipadas com currículos bem desenvolvidos, professores bem preparados e estudantes que estão psicologicamente e mentalmente preparados para abraçar o jornalismo com amor à profissão num ambiente em que o público está esclarecido e educado sobre comunicação, poderá surgir o seguinte tipo de jornalistas que os responsáveis dos órgãos de comunicação dizem nãos estarem disponíveis:

1. Jornalistas que são criativos e imaginativos.

2. Jornalistas que entendem o comportamento humano e pode informar e analisar correctamente comportamentos num determinado acontecimento.

3. Jornalistas que entendem a sua cultura e, portanto, podem interpretar acontecimentos dentro do contexto dessa cultura.

4. Jornalistas que entendem o cenário sócio-político do país e como os actores num determinado acontecimento afectam e são afectados por esses acontecimentos.

5. Jornalistas que reconhecem e entendem a funcionamento da economia e como ela tem impacto sobre os outros sectores da sociedade.

6. Jornalistas que tenham boa habilidade de escrever e podem informar sobre acontecimentos de forma clara.

7. Jornalistas que são capazes de olhar para a notícia e tê-la para além da simples notícia num esforço investigativo.

8. Jornalistas que podem entender e manipular a tecnologia da informação para poder acessar informação de todas as partes do mundo e compartilhar de igual modo as suas próprias notícias com outros na auto-estrada da informação.

9. Jornalistas que estão na profissão não por interesses, portanto poderiam ter o zelo necessário, compromisso, entusiasmo e dedicação por uma carreira significante.

10. Jornalistas que podem trabalhar dentro e fora do país sem nenhum sentimento de insuficiência.

Para lidar com os vários assuntos levantados nesta secção, iria exigir muita restruturação e reorientação que não podem ser feitas numa batida. Essas necessidades pode ser satisfeitas numa abordagem faseada de curto prazo, médio e longo prazo. Cada fase irá exigir muito das contribuições do próprio sector dos órgãos de comunicação, agências governamentais e doadoras, cujo apoio para uma mudança significativa poderá ser crucial e incalculável. Na essência, toda a sociedade precisa estar envolvida.

A próxima secção focaliza nas instituições que realizam programas de ensino formal em jornalismo e comunicação, diferentes das outras instituições e organizações que realizam cursos internos e de curta duração para a formação contínua dos jornalistas. A discussão destas últimas será apresentada nas secções subsequentes.

INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM JORNALISMO E COMUNICAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

Esta secção analisa as instituições que estão envolvidas no ensino em jornalismo e comunicação no país. Essas são as instituições que oferecem ensino formal aos estudantes de jornalismo e comunicação e estão consagradas e reconhecidas para o efeito. São diferenciadas as outras organizações que estão envolvidas em alguma formação de jornalistas sem oferecer nenhum ensino formal. Embora elas complementem uma a outra em dar ao jornalista uma boa formação, elas são tratadas separadamente para melhor destacar os seus problemas e necessidades separadas.

Existem em Moçambique essencialmente três instituições que oferecem ensino formal em jornalismo e comunicação. São elas a Escola de Jornalismo e o Instituto Superior Politécnico e Universitário (ISPU), ambas em Maputo e a Universidade Católica de Moçambique (UCM) em Nampula. A Universidade Católica e o ISPU são instituições terciárias que concedem graus académicos enquanto que a Escola de Jornalismo oferece ensino vocacional em jornalismo.

A universidade nacional – Universidade Eduardo Mondlane (UEM) ainda não tem um programa de jornalismo ou comunicação. Porém, ela tem discutido a ideia de instalar um num futuro próximo. Foi incluída nesta análise como um potencial contribuinte para o ensino dos jornalistas no país. Os pontos fortes do seu potencial foi analisado e, como no caso de programas já consagrados foram feitas sugestões para quando o programa arrancar.

Foi dada uma atenção especial à Escola de Jornalismo porque ela esteve na linha de frente do ensino em jornalismo no país e tem sido o maior contribuinte e participante no desenvolvimento do sector dos órgãos de comunicação. Para além de sugerir formas de melhorar a qualidade do ensino da escola, foram apresentadas ideias com relação às maneiras de fortalecer o seu relacionamento com as outras instituições de ensino e organizações de formação para que, juntos, possam fornecer aos órgãos de comunicação a mão-de-obra exigida.

A ESCOLA DE JORNALISMO

Das três instituições envolvidas no ensino em jornalismo, a Escola de Jornalismo é a que atrai mais atenção, porque durante muito tempo ela era a única instituição que oferecia ensino formal em jornalismo e produziu um bom número dos que estão no campo do jornalismo no país. E até agora continua como sendo a principal instituição de ensino em jornalismo.

A escola começou a funcionar em 1980 mas só em 1992 que foi legalmente reconhecida. Tem uma autonomia administrativa e é dirigida por um director coadjuvado por dois directores-adjuntos – um para área administrativa e outro responsável pela a área académica. Existem vinte e dois professores com diferente formação básica, muitos deles ensinam em regime de tempo parcial.

De 1992, quando a escola foi legalmente reconhecida como instituição para ensino de jornalistas, até 1994, as disciplinas dadas eram semelhantes as dadas nas escolas secundárias do nível de décima classe. Como o director da escola explicou, o programa foi inicialmente elaborado para ajudar os estudantes que tinham deficiências no ensino secundário a superarem essas deficiências. Depois de 1994, as disciplinas ensinadas eram do nível da décima segunda classe. Isto significa que os graduados da instituição estão no mesmo nível dos graduados das escolas secundárias em termos de qualidade e nível da sua realização educacional.

Embora esta instituição tenha sido consagrada como Escola de Jornalismo, não teve, durante vários anos, nenhum mandato do governo com relação ao tipo e nível de estudantes que deveria formar. Não havia uma direcção clara para isso. O director de Informação indicou que nos primeiros anos da instituição, o governo não sabia exactamente o que fazer com ela. Por isso por algum tempo ela estava essencialmente à deriva. Isto é evidente no tipo de problemas que tem tido desde a sua concepção.

CURRÍCULO

O currículo da Escola de Jornalismo tem provisão para três áreas de especialização: Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Essas áreas de especialização constituem os cursos: assim, temos o curso de Jornalismo, curso de Relações Públicas e curso de Publicidade e Propaganda. A brochura da instituição explica que os cursos estão divididos em ciclos – sendo o ciclo um agrupamento de disciplinas que concentram num nível particular do programa de formação. Para cada área de especialização o curso compreende quatro ciclos de formação que são: Formação Geral, Formação Básica, Formação Específica e Formação para Especialização. A cada ciclo são alocadas horas mas no final todos encaixam-se nos seis semestres que compões os três anos que são necessários para completar o programa. No último semestre, os estudantes são exigidos que façam o seu trabalho prático (estágio) num órgão de comunicação ou organização afim.

Jornalismo

Existe um total de vinte e quatro disciplinas para os três anos de duração do curso. No primeiro ciclo de formação geral, os alunos aprendem Português, Inglês, Francês e Educação Física. Na formação básica eles aprendem História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Na formação básica específica, as disciplinas ensinadas incluem Informática, Estatística geral, Psicologia Aplicada, Antropologia, Teoria Básica do Direito, Relações Públicas e Introdução à Economia. No último ciclo de formação para especialização, os alunos aprendem Teoria da Comunicação, Teoria do Jornalismo, Pesquisa de Opinião, Jornalismo Aplicado e Estágio.

No final do programa, o graduado recebe o título de Técnico Médio de Comunicação Social, habilitado em jornalismo. Ele deve estar em condições exercer as suas funções em qualquer órgão de comunicação social, instituição pública ou privada, empresas e outras organizações como repórter, redactor, editor, assessor de imprensa, chefe de redacção, repórter-fotográfico e locutor e apresentador.

Relações Pública

Existem vinte e uma disciplinas sob esta especialização, que também se estendem por três anos. Como na especialização em Jornalismo, as disciplinas na formação básica são Português, Inglês, Francês, Educação Física e acrescentado Educação Moral e Cívica. O segundo ciclo da formação básica tem as seguintes disciplinas: História, Geografia, Introdução à Filosofia e Introdução à Sociologia. Na formação básica específica as disciplinas são a Informática, Estatística, Psicologia Aplicada às Relações Públicas, Antropologia Cultural, Teoria Básica do Direito, Introdução à Economia, e Introdução ao Marketing. O ciclo final da formação para a especialização inclui disciplinas como Teoria da Comunicação, Teoria e Técnica de Relações Públicas, Comunicação Organizacional, Organização de Eventos e Assessoria de Relações Públicas.

No final do curso, o graduado recebe o título de Técnico de Comunicação Social, habilitado em Relações Públicas. De acordo com o perfil profissional na brochura da instituição, o graduado pode trabalhar como Assessor de Relações Públicas, no sector público e privado e pode também ser redactor, editor, fotógrafo, locutor ou apresentador, criar e desenhar mensagens públicas, fazer pesquisa e planos de mercado e coordenar actividades de publicidade para organizações públicas e privadas. Também tem que passar por um estágio para consolidar a formação.

Publicidade e Propaganda

Esta área de especialização é muito similar à de especialização em Relações Públicas. As disciplinas nas primeiros dois ciclos são basicamente para a especialidade. Os estudantes aprendem Teoria da Comunicação, Teoria e Técnica de Publicidade, Introdução à Comunicação Visual, introdução à Produção Gráfica, Introdução ao Marketing, Pesquisa de Opinião Pública e Estágio. Como as outras áreas de especialização, este curso leva um total de 3384 horas/aula.

Os perfis profissional e do graduado desta especialização são quase os mesmos das Relações Públicas.

Pessoal

Existem vinte e dois professores na instituição. Desses, dezanove tem licenciatura em várias áreas tais como Direito, Filosofia, Português, Teologia, História e geografia, linguística, Gestão, Engenharia Química, Sociologia, Antropologia e Francês.

Um dos docentes tem licenciatura em Relações Públicas. O director tem Mestrado em Comunicação Social e outro docente tem Mestrado em Jornalismo Internacional e Doutoramento em Ciências Políticas.

EQUIPAMENTO / INSTALAÇÕES

A escola funciona em instalações próprias – instalações do governo – localizado entre dois edifícios residenciais no coração da cidade, de tal maneira que tem que lidar com a contínua distracção causada pelo barulho das pessoas e dos carros na maior parte do dia. O edifício, que tem uma estrutura de três precisa de uma manutenção. A pintura está gasta e algumas portas e janelas precisam ser substituídas. No geral, o estado do edifício não oferece um ambiente de uma instituição educacional. Não existe nenhum equipamento para a formação – nem máquinas de escrever para os estudantes.

Não existem computadores nem laboratórios de rádio e televisão. A biblioteca virtualmente não existe.

AVALIAÇÃO GERAL

A Escola de Jornalismo tem um problema fundamental: O seu papel ainda não foi definido pelo governo. Sem esta definição não existirá uma base para a elaboração do currículo. O governo deve decidir o que espera da escola e alocar fundos de acordo com as necessidades. Porém, como uma instituição de formação em jornalismo, algumas poucas coisas precisam de serem feitas.

É imperativa uma avaliação e reavaliação do corpo docente. Uma lista de 22 com apenas 3 formados em jornalismo ou áreas afins é inaceitável. Engenheiros químicos, antropólogos, teólogos, e outros terão muito pouco ou nada a oferecer na formação de jornalistas num nível vocacional. A maioria dos docentes deve ter formação básica em jornalismo para serem efectivos na escola. Devem ser evidenciado esforços para recrutar tais docentes como assunto prioritário. Os docentes que estão a trabalhar na escola e que têm interesse em continuar devem ser encorajados a voltarem para formação na área de jornalismo. Isto devia ser parte de um plano de desenvolvimento da escola alongo prazo. Mais ainda, muitos dos cursos leccionados em todos os três ramos de especialização dificilmente poderão conduzir para a produção de jornalistas. De todas as disciplinas disponíveis, muito menos de 50% em todas as secções estão relacionadas com jornalismo. Nenhuma das disciplinas dá ao estudante a oportunidade de aprender como escrever para diferentes meios de comunicação.

Uma das espinhas dorsais de qualquer programa é uma boa biblioteca. Não existe na instituição. A escola obteve, de duas embaixadas, alguns jornais e revistas. A escola precisa de muitos livros didácticos de jornalismo e comunicação, e esses livros estão disponíveis no mercado. A não existência de equipamentos e instalações de formação é uma séria desvantagem para a capacidade de formação da escola. Ela precisa de instalações para a produção de jornal da escola e estúdio de produção radiofónica. Devem ser desenvolvidos no currículo cursos de produção.

Uma das grandes críticas da escola são os seus produtos – a qualidade dos graduados. Discutindo as instituições educacionais em comunicação social na secção “Necessidades do Sector dos Órgãos de Comunicação”, foi apresentada a preocupação e a crítica dos editores e responsáveis dos órgãos de comunicação entrevistados a cerca dos graduados. Com frases como “má qualidade dos estudantes”, “graduados que nem sequer podem escrever uma notícia”, “estudantes que não sabem o que é um lead”, “estudantes que não sabem o que é uma notícia”, “os graduados não conseguem ler bem”, e outras parecidas, para descrever os produtos da instituição e outras frases tais como “cheio de teoria e nenhuma prática”, e “falta de foco”, para descrever o currículo, torna-se claro que a escola e os seus produtos tem uma má imagem no sector da comunicação social.

É óbvio que o currículo pobre e a falta de facilidades são o maior factor neste aspecto. Porém, a qualidade dos estudantes admitidos não pode ser omitida. No momento os estudantes são admitidos vindos do primeiro nível do ensino secundário (e poucos vem da 12ª classe).

Aparentemente não existe nenhuma política sobre isto. O director da escola não pode criar uma política. Muitos dos alunos do primeiro nível do ensino secundário não desenvolveram a capacidade intelectual necessária para acompanhar um ensino em jornalismo. Como resultado, o índice de desistência é significante. Em discussões com um grupo de cinco estudantes (na sua maioria finalistas) da escola, muitos concordam que não sabiam o que procuravam quando se matricularam. Muitos deles disseram que sabiam sobre a Escola de Jornalismo mas não sabiam sobre jornalismo como programa de estudo. Eles admitiram que muitos dos seus colegas “sentem-se frustrados” depois de algum tempo na escola e desistem.

Os estudantes deram um exemplo de um ano em que 50 estudantes foram admitidos, até o final do ano só tinham ficado no programa apenas cinco. Esses que conseguem completar o curso é menos provável que saiam com um completo entendimento do jornalismo. Como notamos anteriormente no nosso exame do currículo da escola nesta secção, “Necessidades do Sector dos Órgãos de Comunicação”, cada área de especialização tem muito pouco do peso de jornalismo, tanto é que depois de um período de três anos, o jornalismo constitui apenas 30% do total de conhecimento adquirido.

Mais ainda, o nível educacional na altura da graduação (equivalente a 12ª classe) poderia não inspirar muitos estudantes. À luz do acima exposto, faríamos as seguintes recomendações:

Estatuto da Instituição

A instituição não pode continuar a funcionar ao nível de uma escola secundária. Deve ter um estatuto definido, quer como politécnico ou uma instituição que oferece um diploma especial em jornalismo. Um estatuto de politécnico poderia oferecer uma definição mais clara e dar um senso de direcção melhor. Assim que a decisão for tomada deve-se criar um instrumento legal para ela.

Como politécnica, será necessário que a sua política de ingresso seja reconsiderada. Primeiro, os estudantes deveriam ser os que terminaram o ensino secundário e estão qualificados a ingressar na universidade mas provavelmente tenham uma deficiência em uma ou duas disciplinas. Deveria haver uma indicação do interesse na área da comunicação social. Isto garantiria uma qualidade superior dos estudantes do que é agora. Em segundo lugar cada grupo de estudantes para cada ano não deveria ser mais do que cinquenta. Isto faria com que as turmas fossem mais flexíveis e poder-se-ia prestar mais atenção aos estudantes.

O programa deveria ser de três anos e o diploma reconhecido pelo governo como uma qualificação profissional superior a 12ª classe e colocado no sector da comunicação social como tal. O reconhecimento deste diploma dever-se-ia reflectir na remuneração.

Em reconhecimento da qualidade da sua formação, o graduado da politécnica pode continuar para a universidade e receber um grau em jornalismo e comunicação social se ele ou ela assim o desejar, mas em mais curto espaço de tempo do que se tivesse saído directamente da escola secundária. Isto poderia ser discutido com as universidades para se determinar o número de créditos a se dar a esses graduados. Em outros sítios, arranjos desta natureza permitem que estes graduados adquiram graus em dois ou três anos em programas que levam três ou quatro anos, respectivamente. Isto significa que tais universidades deveriam ser envolvidas e colocados a par do desenvolvimento curricular da politécnica.

Currículo

Com a decisão de transformar a instituição numa escola politécnica, ficaria mais claro que a escola iria formar para – satisfazer as necessidades do sector da comunicação social com relação à mão-de-obra de nível médio. Dado esse senso de direcção, deveria se levar a cabo uma avaliação de necessidades séria e compreensiva. Isto poderia ser feito através de encontros especiais com os responsáveis dos órgãos e com o governo que também necessitaria dos serviços desses graduados. Para além disso, por causa do relacionamento que deve ser estabelecido com as universidades, as universidades deverão também ser consultadas para se determinar como é que o programa politécnico pode ser encaixado com os programas universitários, especialmente para os estudantes que poderão querer continuar os seus estudos no nível universitário depois de terem o diploma politécnico.

Deve ser reconhecido, entretanto, que para qualquer programa de formação em jornalismo algumas disciplinas devem ser vistas como básicas e incorporadas nos programas. As consultas com os principais parceiros poderão ajudar a desenvolver outras disciplinas adicionais e providenciar o aprofundamento para as disciplinas básica.

Todos os graduados de uma instituição de ensino em jornalismo ao nível politécnico devem ter tido disciplinas tais como:

- Introdução à Comunicação Social

- Redacção e Reportagem

- Redacção de Reportagens

- Redacção de Especialidade (Análise de Notícias, Editoriais, Comentários)

- Reportagem Investigativa

- Produção Jornalística

- Produção Radiofónica

- Legislação e Ética da comunicação

- Produção Televisiva

- Fotojornalismo

- Diagramação (especialmente para paginação e desenho de jornais)

- Gestão da Comunicação

- Introdução às Relações Públicas e Propaganda

- Comunicação e Sociedade

- Introdução à Pesquisa em Comunicação

- Teorias da Comunicação Social

- Desenvolvimento Nacional e da Comunicação Social

- Tecnologias de informação e seus Aplicativos

- Comunicação Comunitária

Outras disciplinas poderão ser determinadas pelas necessidades identificadas na avaliação das necessidades levada a cabo pela instituição.

A escola deveria também consultar instituições de formação em jornalismo de outros países do continente – especialmente na região da SADC para comparar os programas e atrair a aceitação do seu programa internacionalmente.

As disciplinas sugeridas são parte do esboço do modelo curricular para a formação em comunicação em África para programas sem conferência de graus académicos, elaborado num esforço conjunto da UNESCO e o Conselho Africano para a Educação da Comunicação (ACCE) [veja apêndice 6]

Este currículo foi discutido e aprovado estudiosos de comunicação africanos e poderia servir como um bom guia para o desenvolvimento curricular na politécnica. O modelo dá também a descrição das disciplinas em cada um dos cursos. Porém, poderá ser sempre ajustado para satisfazer situações particulares.

Além dos cursos específicos sugeridos no modelo, foi sugerido também que o currículo de formação em jornalismo deve incluir:

1. Discussão dos problemas de desenvolvimento prevalecentes enfrentados pelos países africanos e o conhecimento e capacidades que os profissionais de comunicação necessitam para poderem trabalhar de forma efectiva na sociedade africana;

2. Cursos/actividades de formação sobre sistemas de comunicação tradicional africanos e comunicação intercultural;

3. Cursos relacionados com género que permitam a sensibilidade do género;

A sugestões são recomendadas para serem consideradas durante a formulação do currículo da instituição.

Portanto, o novo currículo deveria ser baseado nas contribuições das discussões com os principais parceiros (incluindo o sector dos órgãos de comunicação social, organizações que estão ligadas a este sector, universidades e governo), uma apreciação do novo estatuto da instituição e a necessidade de estar ao mesmo nível com as outras instituições similares em qualquer lugar.

Dado que a politécnica é uma instituição profissional orientada para as habilidades, deve se dar muita atenção ao desenvolvimento das capacidades jornalistas e a experiência prática. Isto deveria estar reflectido no currículo. As disciplinas de habilidades identificadas acima poderão ajudar neste sentido.

Pessoal

O problema de pessoal nas instituições de formação em jornalismo não é peculiar para Moçambique. Na verdade, é um problema de todo o continente. Mas várias estratégias tem sido desenvolvidas para lidar com isto.

Em primeiro lugar, existem geralmente um bom número de profissionais formados na área da comunicação na sociedade que, por várias razões (incluindo estatuto, remuneração e outras condições de trabalho) não querem se juntar ao corpo docente das instituições. Porém, eles estão dispostos a leccionar em regime de tempo parcial se as condições forem boas. As nossas entrevistas e discussões revelaram que existem em Moçambique essas pessoas. Deveriam ser identificados e convidados a oferecerem os seus serviços.

Em segundo lugar, muitas instituições tem utilizado o apoio técnico estrangeiro para superar a escassez de docentes. Tais acordos geralmente oferecem pessoas para instalar e desenvolver programas de jornalismo até que se desenvolva a capacidade local. Por exemplo, nos países da África Ocidental de expressão Inglesa, Nigéria, tem um programa de apoio técnico que ofereceu tal apoio à Serra Leoa, Jamaica, Namíbia, Gâmbia e outros. O país doador seria responsável pelo transporte e salários dos técnicos enquanto que o país hospedeiro forneceria alojamento e saúde e outras condições de bem estar. Isto cria menos sobrecarga financeira para o país hospedeiro.

A Escola de jornalismo, através do governo, deveria explorar tais soluções, especialmente com os países de expressão portuguesa.

De igual modo, as instituições com problemas semelhantes de pessoal beneficiaram de acordos sabáticos com outras instituições. Por exemplo, professores em programas de jornalismo lugares como o Brasil, Portugal, cabo Verde e outros países poderiam ser convidados a passar um ano sabático na instituição. Todos esses acordos vão ajudar a segurar o barco enquanto se desenvolve a capacidade local.

Em terceiro lugar, o governo, através do Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia deveria se comprometer para desenvolver mão-de-obra local para as instituições de jornalismo através da intensificação do apoio à formação (bostas de estudo, etc.), para os que querem seguir esta área. Até agora, o governo não parece estar particularmente interessado nesta área.

A reciclagem de alguns docentes seleccionados na Escola de jornalismo deveria ser parte deste exercício.

Em quarto lugar, é imperativa a revisão da estrutura salarial da instituição de modo a atrair e reter docentes de qualidade para o programa. Uma das maiores reclamações dos que gostariam de se juntar ao corpo docente da escola é o “salário miserável”.

Equipamento e outras facilidades

Tendo notado a inexistência de equipamentos e facilidades na escola, a grande pergunta é como adquiri-los. Em muitos países (em África em particular) tem sido um grande problema esperar que o governo forneça essas facilidades. As instituições tem que se virar para as agências doadoras – incluindo embaixadas e governos.

A UNESCO, apoiou, no passado, equipando laboratórios e estúdios das instituições de formação em jornalismo em muitas partes da África. Ainda é possível que um pedido formal bem articulado, para um equipamento específico, endereçado à UNESCO (ex: através do escritório regional de comunicação na Namíbia) seja considerado.

A Agência Japonesa de cooperação internacional – JICA – tem feito um trabalho extraordinário em equipar muitas instituições em todo o continente. Eles estão sempre dispostos a ajudar. Eles também podem ser abordados.

A embaixada chinesa é outra fonte de apoio possível neste aspecto. Tem sido bastante útil em outras partes do continente. A instituição, através do governo, deveria explorar contactos possíveis com outras embaixadas.

É importante anotar que enquanto muitas agências, organizações e outros órgãos podem estar dispostos a ajudar a equipar instituições em situações tais como da Escola de Jornalismo, elas geralmente esperam que os custos de manutenção e de funcionamento de tais equipamentos e instalações sejam da responsabilidade da instituição receptora ou do governo. Portanto, na busca dessas opções para equipar as instituições, o governo deve estar disposta e pronta a comprometer fundos para qualquer facilidade doada. Acima disso, como uma demonstração adicional do seu comprometimento para o crescimento da Escola de jornalismo, o governo deve fazer uma alocação estatutária de uma capital de desenvolvimento para a instituição no seu orçamento anual. A instituição não pode depender, infinitamente, do apoio dos doadores para a sua existência.

Finalmente, o governo pode considerar seriamente a transferência da instituição para o Ministério da Educação / do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia para que seja tratada como uma instituição educacional que é, em vez de um braço do Gabinete de informação. Isto aumentaria as chances de os doadores darem dinheiro.

Biblioteca

O desenvolvimento da biblioteca da instituição é tão crucial como a alocação de componentes tecnológicos. Não existe nenhuma evidência de que tenha sido feito um esforço concentrado para a aquisição de livros de jornalismo e comunicação e jornais.

As várias maneiras de fazer isto são:

1. A aquisição de livros e jornais deve ser parte dos gastos correntes do ministério responsável por esta instituição. Esta seria uma demonstração do compromisso do governo para o desenvolvimento da escola. Com este fundo, a escola pode encomendar livros relevantes de jornalismo e comunicação e jornais.

2. A maioria do pessoal docente nas universidades e outras instituições de ensino superior nos países em desenvolvimento recebem exemplares de livros complementares das editoras (como incentivos para encomendarem tais livros para as suas turmas) e ao longo dos anos eles acumulam um bom número desses livros – geralmente mais do que o espaço que têm para guardá-los. Essas pessoas que recebem tais livros geralmente estão dispostos a doar alguns desses livros para colegas e instituições nos países menos desenvolvidos. [isto é prática comum entre docentes nas universidades dos Estados Unidos e instituições em África e tem ajudado muito no apetrechamento das bibliotecas.]

A Escola de Jornalismo poderia iniciar tais relacionamentos com docentes nas universidades e outras instituições nos países de expressão portuguesa mais desenvolvidos. As embaixadas moçambicanas nesses países poderiam facilitar esses contactos.

3. Os Serviços de Informação dos Estados Unidos (USIS) em alguns países mantém uma biblioteca de materiais audio-visual de ensino na área de jornalismo e comunicação e tem estado sempre dispostos a emprestar esse material para as instituições de formação com a Escola de Jornalismo, para fins de ensino. Embora tal material muito provavelmente estará em Inglês, pode ser possível uma adaptação. Esta opção poderia ser discutida com a USIS em Maputo.

4. Quando a escola tiver facilidade de acesso à Internet, os estudantes e docentes podem acessar informação e outros materiais de comunicação por si próprios e formarem os seus próprios textos de apoio.

5. O conselho académico da escola pode pensar em outras maneiras de adquirir materiais, localmente e internacionalmente para equipar a biblioteca.

Cooperação com o ICS

O Instituto de Comunicação Social adquiriu recentemente algum equipamento dos doadores para a formação em jornalismo – especialmente nas várias áreas de produção. O instituo expressou a sua disposição de colocar estas facilidades disponíveis para a Escola de jornalismo para formação se poderem chegar a um acordo. A escola poderia, portanto, negociar um acordo com o ICS nesse sentido. Isso deveria ser feito ao mesmo tempo que se procuram soluções para a falta de equipamentos na instituição.

Transição para o novo Estatuto

Se a recomendação for aceite para a transformação da escola em politécnica, não haverá necessidade de interromper o funcionamento da escola. Enquanto o novo moda vai sendo colocada no lugar, o antigo programa pode ir sendo eliminado por fases. Os estudantes matriculados deveriam ser permitidos a completar os seus cursos no actual programa por mais um ou dois anos, tempo durante o qual o novo programa terá arrancado.

A escola poderá fazer arranjos para que os antigos alunos para permitir que possam se beneficiar do novo programa.

Considerações Finais

Em geral, os prospectos de a Escola de Jornalismo se tornar uma instituição de formação profissional de jornalistas sólida e respeitada são muito boas. Mas primeiro deverá se dar a escolha um senso de direcção claro e apoio por parte do governo.

O foco da instituição deverá ser a produção de mão-de-obra para satisfazer as necessidades da mão-de-obra do nível baixo e médio do sector da comunicação social, com ênfase no desenvolvimento das habilidades.

No documento do projecto submetido ao IPDC (Programa internacional de Desenvolvimento da Comunicação) em Abril de 2000, a instituição admitiu todos os seus defeitos e fez uma argumentação interessante para o melhoramento da escola. [veja apêndice 6(a)]. Vale a pena ver. A mudança no estatuto fará muito bem para a instituição.

Porém, quando esta mudança ocorrer, a escola não deverá se ver numa competição, mas sim em cooperação com as universidades em fornecer a mão-de-obra necessária para o sector da comunicação social em Moçambique.

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO (ISPU)

A instituição foi criada em 1995 em Maputo como uma instituição de ensino superior vocacionada principalmente para Ciências Empresariais, Ciências Sociais e Tecnologias. Ela está dividida em duas escolas: uma de Gestão e Tecnologias e a outra de Ciências Jurídicas. É a mais recente instituição que oferece um programa de bacharelato em “Ciências da Comunicação”. (veja apêndice 7)

É uma instituição relativamente nova e ainda não produziu nenhum graduado em jornalismo e comunicação.

Diz-se que a instalação do programa de jornalismo e comunicação foi motivado pela ausência de jornalistas profissionais na área. O currículo do programa foi composto basicamente pela experiência pessoal do coordenador do programa que se estende por mais de vinte e cinco anos no sector da comunicação, ou noutras actividades relacionadas. Uma revisão ou re-exame do actual currículo seria feito apenas depois de os estudantes de jornalismo terem se graduados e recebido retorno por parte dos empregadores acerca deles.

O presente currículo está organizado de tal maneira que o estudante não decide sobre a área de especialização até ao quinto semestre – isto é depois de dois anos na escola. Como resultado, ainda nenhum aluno inscreveu-se para a especialização em jornalismo.

Pessoal

Uma vez que ainda nenhum estudante inscreveu-se para a especialização em jornalismo, não havia necessidade de se contratar docentes para esta área. Os docentes seriam contratados assim que a necessidade surgisse. Existem no terreno duas pessoas com alguma formação em comunicação ou áreas afins.

Equipamento

A equipa de consultores não viu nenhum equipamento ou facilidades para a formação de jornalistas. Porém, o coordenador do programa de jornalismo e comunicação na instituição, Marcelino Alves, disse que a instituição planeia fazer alguns acordos com a Rádio Moçambique (RM) e a Televisão de Moçambique (TVM) para a utilização das suas facilidades pelos estudantes.

Biblioteca

A biblioteca (no que refere a jornalismo) ainda está num estágio embrionário de desenvolvimento.

Currículo

O programa de comunicação é feito em sete semestre. Nos primeiros quatro semestres, todos os estudantes, independentemente da sua futura área de especialização, tem um conjunto de disciplinas de “tronco comum” que permitem aos alunos compreender o contexto e o ambiente no meio do qual a comunicação se desenvolve. Eles também são iniciados em computadores e informática, bem como na novas tecnologias de informação. No quinto semestre os estudantes começam a se especializar quer em Jornalismo e Relações Públicas ou Marketing e Publicidade. Para Jornalismo e Relações Públicas os estudantes tem apenas o último semestre reservado para trabalhos práticos em laboratórios e no campo.

Avaliação Geral

O ISPU tem uma missão de apetrechar o país com jornalistas e outro tipo de comunicadores que sejam profissionalmente qualificados e entendam as várias variáveis que poderiam ser corroboradas na comunicação. Isto é louvável. Os seus cursos parecem testemunhar isto. Porém, uma vez que o currículo é essencialmente produto de apenas poucas mentes, seria necessário aumentar a base de contribuições por uma mais ampla consulta para confirmar a relevância dos cursos (especialmente nos seus detalhes) para as necessidades do país. Geralmente, tem-se a impressão de a escola está mais interessada em produzir “comunicadores sociais” do que jornalistas por si – não obstante a provisão para a especialização em Jornalismo e Relações Públicas. Mesmo pelas admissões dos estudante na instituição, não parece haver muito interesse na especialização em jornalismo principalmente por causa da falta de financiamento para os estudantes que poderiam estar inclinado ao jornalismo por parte das empresas de comunicação. O coordenador do curso explicou que o custo médio para frequentar o ISPU é de USD 3.000 por ano, e isto está para além do alcance de muitos estudantes que não tem bolsas.

O semestre reservado para a prática / produção jornalística não é adequado. Os estudantes precisariam de pelo menos um ano ou dois semestres para tal exercício.

Existe também a ausência, no currículo, da área de necessidades especiais em jornalismo. Por exemplo, disciplinas que tratam de áreas como jornalismo e meio ambiente, saúde, género, população, educação, etc., tem se tornado aspectos cruciais do ensino em jornalismo nas instituições terceárias.

Recomendações

À luz das observações acima, são feitas as seguintes recomendações:

1. Tal como qualquer outra instituição comprometida com a formação profissional, o ISPU deve levar a cabo uma consulta antes de elaborar qualquer currículo. Depender da experiência de um indivíduo e/ou colaborar com apenas uma instituição estrangeira para este efeito não é a melhor abordagem. É imperativo um exercício de avaliação das necessidades especiais.

2. Seja qual for o resultado da avaliação das necessidades, o currículo deve permitir um tempo mais amplo – no mínimo dois semestres – para a prática e produção jornalística para os estudantes que seguem essa área de especialização.

3. A instituição não devia esperar que os estudantes se inscrevam para a especialização em jornalismo antes de contratar os docentes para essa área. Deve-se contratar docentes de qualificados antes das inscrições.

4. A instituição deveria embarcar num desenvolvimento da biblioteca na área de jornalismo de forma mais agressivo. A aquisição de material poderá seguir as mesmas linhas sugeridas para a Escola de Jornalismo.

5. Um acordo para a utilização das facilidades da Rádio Moçambique e da Televisão de Moçambique é uma boa ideia , provisoriamente. Mas devem ser evidenciados esforços para que a instituição tenham as suas próprias facilidades.

6. A instituição juntamente com as outras tais como a Universidade Católica de Moçambique e possivelmente a UEM, deveriam cooperar com a Escola de Jornalismo para estabelecerem áreas de cooperação, especialmente no treinamento posterior dos graduados da escola.

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Esta universidade está situada em Nampula, e tem um programa de comunicação social na Faculdade de educação. O programa está no seu segundo ano.

O objectivo do programa é “lidar com a comunicação humana de tal maneira que vai permitir ao jornalista conhecer o quanto poder tem na sua habilidade de comunicação”. A instalação do programa foi motivada pela observada ausência de profissionais na área da comunicação no país, de tal modo que o sector da comunicação social funciona com amadores; poucas empresas gabinetes de relações públicas ou de propaganda, e não existem verdadeiros assessores de imprensa no país. O programa pretende ajudar a corrigir essas deficiências no sector da comunicação.

Currículo

A faculdade planeia desenvolver um programa de bacharelato de quatro anos e uma licenciatura de seis anos em comunicação.

No programa de licenciatura de seis anos, o primeiro ano é o “semestre zero” no qual os estudantes são apresentados a um conhecimento geral de base como Etnologia, introdução à Linguagem e Ciências da Educação, Filosofia, Ética, Métodos de Investigação Histórica, informática e as três línguas de Inglês, Francês e Português. O segundo ano é quase uma repetição do semestre zero com apenas o acréscimo da Antropologia.

No terceiro ano, os estudantes especializam-se em Comunicação Social com disciplinas como Educação para a Mídia, Teoria da Comunicação e Informação, comunicação Audio-script-visual e Introdução ao Marketing. No quarto ano, as disciplinas relacionadas com comunicação são: Públicos e Audiências, Comunicação Intelectual, Publicidade e Direito da Comunicação Social. No quinto ano os estudantes devem ter cadeiras de comunicação como Deontologia da Comunicação, Pedagogia da Comunicação Social, História dos Meios de Comunicação, Sociologia da Comunicação, Géneros Jornalísticos e Tecnologias da Comunicação.

É no sexto ano que os estudantes especializam quer em imprensa escrita ou em jornalismo de radiodifusão

No programa de bacharelato existem apenas três disciplinas de comunicação no terceiro ano e duas no último ano. As disciplinas de comunicação são essencialmente “disciplinas planeadas” já que ainda não foram leccionadas e não tem descrição das disciplinas.

Pessoal

Existem apenas dois docentes para os programas. O plano é ir recrutando mais docentes à medida que o programa for progredindo.

Equipamento

A faculdade adquiriu um conjunto de seis computadores que planeia ligá-los à Internet para uso dos estudantes. Ela planeia também desenvolver laboratórios/estúdios de rádio e televisão no futuro. Mas como medidas provisórias vai usar as instalações da estação da rádio católica em Nampula para fins de formação.

Biblioteca

A faculdade tem uma biblioteca e alguns livros de comunicação que foram comprados. Foram encomendados mais livros.

Avaliação Geral

Tal como o ISPU, a Universidade Católica de Moçambique tem uma missão de preencher o vazio no sector da comunicação, através da formação profissional do jornalista. Está ainda num estágio muito incipiente de desenvolvimento. Porém, as disciplinas planeadas para a formação de jornalistas são inadequadas. Apenas quatro disciplinas de comunicação num programa de quatro anos dificilmente poderão produzir um jornalista. E no programa de licenciatura, os graduados sairiam como bons comunicadores sociais no general. O tipo de jornalista que a universidade tem em mente dificilmente poderá surgir. Do que está no terreno agora, existe uma ausência da distinção dos principais cursos de jornalismo, tais como redacção, reportagem, redacção de editorial, produção em imprensa escrita e de radiodifusão e outras disciplinas básicas com as quais o estudante deve estar familiarizado antes de chegar à fase da especialização.

Neste momento, a maioria das disciplinas existem apenas no nome. Não existe ainda a descrição das disciplinas por isso é difícil avaliar a qualidade das matérias a serem dadas. Teria ajudado a articular o conteúdo das disciplinas no momento da formulação dos títulos das disciplinas. Esperar até a cadeira ser ensinada para desenvolver o conteúdo criará um problema para o docente em termos de preparação e aquisição de materiais de ensino. O desenvolvimento das outras áreas do programa parece bom no plano. É necessário perseguir todas as soluções para tornar esses planos realidade.

Recomendações

A maioria das recomendações para o ISPU se aplica também aqui:

1. A Universidade Católica deve, juntamente com outras instituições de ensino superior, consultar amplamente com os principais parceiros antes de desenvolverem qualquer currículo. O programa de bacharelato precisa de uma injecção de disciplinas de jornalismo e comunicação para caminhar junto com as outras disciplinas auxiliares.

2. No momento de se decidir sobre uma disciplina, deve se preparar também a descrição da mesma para criar uma melhor valorização e entendimento do que se espera.

3. A maioria dos planos de desenvolvimento da universidade devem ser perseguidos vigorosamente. O entusiasmo deve terminar em realizações concretas.

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE (UEM)

Esta é a universidade nacional de Moçambique. Ainda não tem nenhum programa de formação em jornalismo e comunicação, mas a ideia de começar um num futuro muito próximo tem sido discutida. A universidade deveria considerar seriamente esta ideia por várias razões:

1. É uma universidade nacional e portanto deveria considerar a formação de jornalistas e o melhoramento do nível de jornalismo como uma responsabilidade nacional.

2. Esta universidade vai oferecer mais oportunidades aos estudantes que, de outra maneira, lhes seria negado o acesso ao ensino em jornalismo por causa das taxas exorbitantes cobradas nas instituições privadas. Está também em melhores condições de oferecer cursos em centros regionais para levar o programa para mais próximo das pessoas.

3. Ela já tem uma biblioteca bem desenvolvida. A aquisição de livros de jornalismo e outros materiais seria mais fácil que nas outras instituições.

4. Ela pode aprender dos erros das instituições existentes e começar com melhores bases. Pode fazer melhor planificação que as outras instituições.

Recomendações

1. A universidade deverá participar no já recomendado exercício de avaliação nacional das necessidade e cooperar com as outras instituições para determinar em quais áreas da formação em jornalismo quer concentrar.

2. A universidade deve se certificar que alguns docentes qualificados estão no terreno antes do programa começar.

3. Deverá perseguir a mesma estratégia de aquisição de livros que já foi recomendado para a Escola do jornalismo.

4. A universidade está melhor colocada para oferecer o tipo de formação de reciclagem que foi recomendada neste relatório para os jornalistas que estão a trabalhar. Deveria incorporar isto nos seus planos.

5. A universidade deveria começar a fazer contactos com outras universidades para estabelecer ligações e programas de intercâmbio que ajudará a desenvolver o seu próprio programa de jornalismo e comunicação.

6. A universidade (assim como as outras instituições) deverá discutir com uma Escola de Jornalismo melhorada para determinar a melhor maneira de providenciar ensino posterior para os seus graduados.

7. A universidade deverá estabelecer no seu plano de desenvolvimento do programa de jornalismo, desde o começo, um jornal e rádio universitários. Ela pode também contactar as fontes sugeridas anteriormente para apoio.

Além dessas instituições que oferecem ensino formal em jornalismo e comunicação, existem outras que estão envolvidas na formação informal e ainda consistente dos jornalistas. Essas incluem o Instituto de Comunicação Social (ICS), a Rádio Moçambique e o Centro Nordic-SADC de jornalismo em Maputo. Essas instituições serão muito brevemente examinadas a seguir.

INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL (ICS)

O Instituto de comunicação Social não é uma instituição formal de formação em jornalismo e comunicação. Porém, ela realiza programas de formação periódicos para jornalismo por encomenda para além das suas funções normais de desenvolver informações e campanhas para as comunidades rurais, sob a coordenação do Gabinete de Informação. É um braço do Gabinete de Informação e está representado em todas as províncias, é responsável pela produção de um jornal para o público rural, materiais para campanhas de educação e programa de televisão para as comunidades rurais para fins de mobilização social. Ela desenvolve também o projecto de rádios comunitárias.

O ICS tem um departamento de produção que usa o trabalho de pesquisa e avaliação peito pelo departamento de pesquisa para desenvolver programas para as comunidades. Acabou de receber algum equipamento para produção em rádio e televisão, de doadores e planeia iniciar um curso de formação de formadores em produção nos meios de comunicação, com o apoio da Rádio Netherlands

O instituto já planeou cerca de catorze cursos de formação em várias áreas e vai abrir a sua formação para todos os interessados na produção em rádio comunitária e outros aspectos dos meios de comunicação.

O instituto expressou a sua disposição de colocar as suas instalações à disposição das outras instituições de formação em jornalismo tais como a Escola de Jornalismo, que tem falta de equipamento. Assim, embora o ICS não esteja equipado para oferecer programas de formação formal para jornalistas, pode jogar um papel muito importante na formação dos estudantes de jornalismo nessas instituições consagradas para a formação formal.

Recomendações

O ICS tem providenciado uma oportunidade maravilhosa a qual deve ser agarrada por uma instituição como a escola de Jornalismo para satisfazer, provisoriamente, as suas necessidades de formação até adquirir as suas próprias facilidades.

Uma vez que o chefe do departamento de rádios comunitárias, Mário Marrengula, expressou a prontidão e disponibilidade do instituto em compartilhar o uso das suas instalações com outras instituições e organizações que não as tem, a Escola de Jornalismo deve entra imediatamente em conversações com o ICS para negociar as formas de utilização das facilidades do ICS pelos estudantes de jornalismo. Esta negociação poderia levar em consideração a capacidade da escola de pagar pela utilização das instalações se for necessário. Isto não ajudaria apenas a escola mas também ajudaria a maximizar a capacidade de utilização dessas instalações.

As outras instituições de ensino superior deveriam também considerar a utilização dessas facilidades.

RÁDIO MOÇAMBIQUE

A Rádio Moçambique é uma das organizações que tem estado envolvido na formação de jornalistas no país, especialmente desde que os portugueses deixaram o país depois da independência. A fuga dos jornalistas portugueses quase conduzia a rádio ao colapso já que na altura não existiam jornalistas nacionais para preencher os lugares deixados vagos, portanto a rádio teve que recorrer a formação interna para os recrutados que não tinham nenhuma formação.

Hoje, a responsável pela formação na rádio é Orlanda Mendes, coadjuvada por Tiago Viegas.

Procedimentos de Recrutamento e formação

Antes de serem recrutado, o pessoal é submetido a uma série de testes para determinar os seus conhecimentos gerais. Isto é seguido por testes mais rigorosos em áreas especiais como assuntos de actualidade e outros. Depois desta pesquisa académica e intelectual, os candidatos são testados na voz para determinar o seu potencial para a leitura de notícia ou apresentar outros programas.

Depois a criatividade e imaginação são determinados pela maneira como eles lidam com os problemas a eles apresentados. Eles são solicitados a criar uma notícia a partir de uma situação hipotética para ver se podem identificar os elementos essenciais de uma notícia nessas situações. Se os candidatos passam nesses testes, então são empregados. Neste estágio eles são colocados no programa de formação da estação.

A formação interna na Rádio Moçambique é geralmente por um curso período de tempo que vai de duas a três semanas e é em Maputo. Envolve leituras e exercícios nas áreas que permitiram ao funcionário começar a compreender o conceito e a natureza da radiodifusão e entender assuntos que tem uma corroboração na recolha e apresentação das notícias e outros programas.

Alguns das disciplinas específicos incluem a História do Rádio, Lei de Imprensa, Constituição da República, Estatutos da Rádio Moçambique, Recolha de Informação, Redacção para Rádio, Pesquisa, Técnicas de entrevista, Ética do jornalismo, e uso do equipamento técnico. Embora a formação na Rádio Moçambique vem sendo realizada há algum tempo, não existe um currículo formal escrito. De acordo com Orlanda Mendes, o uso dessas disciplinas para a formação é relativamente novo. Anteriormente a formação era a experiência prática. Mas existem planos de se preparar manuais de ensino nessas áreas. Também existem planos para formação de longos períodos, mas não será para tão já.

Neste momento, apenas um dos formadores tem um grau em jornalismo. Os outros adquiram experiência no trabalho.

Para além desta formação interna para os seus funcionários, a Rádio Moçambique dá uma contribuição muito importante para a formação de jornalistas no país através da oferta de oportunidades de estágio para os estudantes das instituições de formação em jornalismo que não tem equipamentos e facilidades próprias para a formação prática.

A Rádio Moçambique está também disposta a apoiar a formação de clubes de imprensa as escolas e participar nos esforços de desenvolvimento da carreira para levantar a consciência nessas escolas.

Recomendações

Dado o papel importante que esta instituição tem vindo a jogar na formação de jornalistas no país, deveria ser apoiada para melhorar continuamente a qualidade desta formação. O apoio pode vir em forma de especialistas em jornalismo radiofónico para ajudá-los a elaborar uma brochura desta formação.

Os formadores deveriam ter a oportunidade de fazer um curso formal em jornalismo radiofónico num programa de formação de formadores para ajudá-los a erguer a sua capacidade de formação.

A Escola de Jornalismo devia aproveitar a oportunidade que a Rádio Moçambique dá para o estágio dos estudantes. E para continuar a oferecer uma experiência de estágios de alta qualidade para os estagiários, a instituição precisaria de apoio na melhoria contínua das suas facilidades para satisfazer a necessidade do momento.

No momento, de acordo com a responsável pela formação, a maioria da formação é feita em Maputo. Isto trás o problema do centralismo urbano das facilidades dos órgãos de comunicação

Poderia existir muitos potenciais funcionários da instituição que vivem nas zonas rurais que não poderiam aproveitar as oportunidades oferecidas pela estação. Isto requer então uma descentralização da formação para que os camponeses não sejam marginalizados.

CENTRO NORDICO-SADC DE JORNALISMO (NSJ)

O NSJ é um centro regional criado para organizar programas de formação de curta duração para jornalistas em exercício na Comunidade Desenvolvimento da África Austral. É fundamentalmente financiado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Dinamarca – DANIDA.

Tem um sistema de dois níveis: o Departamento de Cursos e o Departamento de Projectos Externos. O primeiro realiza programas de cursos financiados pela DANIDA e o último programa de cursos encomendados por organizações e Estados da região.

O centro não tem instalações próprias. Assim, o centro usa instalações de algumas instituições nos seus programas de formação quando surgem as necessidades.

O centro desenvolve cursos regionais, cursos nacionais e além fronteiras – a maioria dos quais feitos em Inglês. O cursos levados a cabo em Moçambique são realizados quer em Português, quando haver um instrutor que fale português, ou em Inglês com tradução em português. (não existem cursos em jornalismo de radiodifusão).

Os participantes em todos os cursos realizados pelo centro devem ter alguma experiência de trabalho considerável – preferivelmente três anos. No geral, o NSJ tem certas linhas mestras e especificações que deve seguir na organização dos cursos para um determinado período. Essas linhas mestras e especificações são determinados pelos patrocinadores. Tem que trabalhar dentro do seu mandato.

Recomendações

O centro não pode oferecer nenhuma formação formal em jornalismo. Porém, dentro do seu mandato, ele poderia ajudar a realizar cursos, seminários ou workshops na melhoria dos jornalistas no país. Esses tipos de cursos foram recomendados como parte das medidas de curto prazo para o melhoramento do nível do jornalismo em Moçambique.

O Departamento de Projectos Exteriores deverá considerar seriamente o desenvolvimento de programas especiais para formar formadores em algumas áreas de especialização. Isto seria uma contribuição significante para o fortalecimento da base dos recursos humanos no sector.

PRINCIPAIS CONSTATAÇÕES

As reuniões, entrevistas e discussões bem como as visitas foram muito reveladoras e frutíferas. Surgiram alguns assuntos concretos:

1. Existem o consenso de que o nível de jornalismo em Moçambique é muito baixo. Essa impressão corre em todos os grupos e indivíduos com quem interagimos. Os próprios jornalistas praticantes estão juntos nesta respeito assim como os outros grupos incluindo educadores e responsáveis governamentais.

2. Existe o consenso de que o problemas vem quase que inteiramente da má formação.

3. Existe o consenso de que a maior instituição de formação em jornalismo no país – a Escola de Jornalismo – está mal equipada para poder levar a cabo a sua responsabilidade de formar jornalistas no seu actual estado caracterizado por um currículo seriamente deficiente; docentes não qualificados para leccionar alguma coisa em nenhuma área próxima do jornalismo; Falta de facilidades básicas para a formação de jornalistas (boa biblioteca, laboratórios para imprensa escrita e radialismo, computadores) estudantes mal preparados que não têm motivação nem interesse pela profissão. Existe uma necessidade de uma revisão e restruturação completa da escola nessas áreas de deficiências identificadas.

4. O jornalistas praticantes precisam de ajuda urgente para entenderem o seu papel na sociedade e no processo de desenvolvimento.

5. A maioria dos editores confessam as suas inadequações e deficiências e todos mostraram o desejo e vontade de terem uma formação formal – se isso poder ser concertado. Quase todos eles iniciaram as suas carreiras sem formação ou conhecimento da profissão.

6. Existe uma séria escassez de mão-de-obra para levar a cabo o ensino e formação em jornalismo. Este problema de escassez de recurso humanos é um desafio muito sério para todos os principais parceiros.

7. O ambiente do sector da comunicação no país é livre e aberto, mas as oportunidades que este ambiente oferece tem sido muito mal utilizado.

8. A pesar da Lei de Imprensa do país (que é no geral boa) que dá a impressão de que o governo está comprometido com a liberdade de imprensa e para além disse, reconhece o papel que uma imprensa independente pode jogar no desenvolvimento nacional, a formação em jornalismo não parece ser uma prioridade na maquinação das coisas no país e em particular no plano estratégico do país para o desenvolvimento a longo prazo. Dificilmente existe um compromisso de fornecer um corpo de pessoal qualificado para aproveitar a liberdade de imprensa que é garantida por lei. Na essência, o governo ainda não deu a atenção necessária para o melhoramento do nível de jornalismo no país.

9. Os próprios jornalistas não parecem estar a pressionar o suficiente para promover interesse do jornalismo. Todos parecem satisfeitos em realizar as suas vontades pessoais e permitir que o interesse colectivo sofra como tem acontecido ao longo dos anos. Este foi o ponto acentuado pela Ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.

Os jornalistas praticantes e alguns outros técnicos no sector da comunicação social têm a impressão de que o sector ainda não se uniu como um só corpo para lutar pelo seu espaço no projecto nacional. Eles precisam ser mobilizados e falar com uma só voz para perseguir os seus interesses especialmente no que respeita a atracção da atenção do governo e de outras instituições que estão em posição de ajudar a levantar o nível de jornalismo com o apoio financeiro outro de outro tipo. Como um dos formadores, Sam Phiri, colocou, a imprensa “ainda não se encontrou como um instituição e o sector da comunicação ainda não teve a possibilidade de criar o seu próprio ímpeto”. A imprensa não pode por exemplo se comparar com um corpo de advogados, contabilistas, doutores ou outros profissionais que são conduzidos por interesses e objectivos específicos, e geralmente movem com um acordo. Mas os profissionais da imprensa precisam criar esse ímpeto que vai lhes permitir a diferença. Não podem, nunca mais, permitir serem ignorados, especialmente pelo governo.

10. As duas instituições que recentemente introduziram o ensino e formação em jornalismo – ISPU e a Universidade Católica de Moçambique – tem todo interesse honesto e genuíno e intenções de preencher este vazio (a ausência geral de jornalistas profissionalmente formados) no sector da comunicação social.

Elas, como a maioria dos indivíduos e grupos, estão preocupados com o nível de jornalismo e querem fazer algo sobre isto. Porém, não parece que tenha seguido um caminho organizado e sistematizado. Embora as duas instituições sejam ainda muito novas, elas podem acabar enfrentando os mesmo problemas que atormentam a Escola de Jornalismo.

Os currícula das duas instituições parecem ter sido despachados no seu entusiasmo de providenciar os “os elementos em falta” no sector de jornalismo. Muito pouco, se não nenhuma, consulta foi levada a cabo quer com os principais parceiros quer com outras instituições em outros lugares na região ou no continente com programas de formação em jornalismo bem desenvolvidos. O que existe nas duas instituições (mais no ISPU) é um currículo que resultou da inspiração e pensamento e experiências pessoais de um indivíduo.

A filosofia nas duas instituições parece ser: “Inicie alguma coisa agora e faz os ajustes necessários mais tarde”. O problema com este tipo de abordagem é que poderia estabelecer uma fundação defeituosa desde o começo, e qualquer tentativa de ajustar depois disso poderá ser problemática. A abordagem preferível seria primeiro estabelecer uma fundação sólida no começo e construir mais adiante. Certamente, parece que inicialmente o ISPU não partiu para criar um programa de ensino em jornalismo. Apareceu como um reflexo da formação de “Comunicadores Sociais” em marketing e outras áreas.

Existe um grande compromisso aparente na Universidade Católica para a formação de jornalistas. O enfoque está lá, a procura das facilidades necessárias para a formação já começou, a força está lá assim como a vontade clara das autoridades para aprender e receber apoio no desenvolvimento do programa.

11. O NSJ é um centro regional para a formação de jornalistas na região da SADC. Realiza ambos programas de “cursos abertos” que são financiados pela Agência Dinamarquesa DANIDA, e outros cursos “sob medida” que são encomendados pelos Estados membros da região da SADC. O centro funciona essencialmente dentro de um determinado mandato e não é uma instituição de formação local. Porém, ela organiza cursos ao nível nacional para jornalistas locais.

Mas mesmo aqui, o NSJ não tem as suas próprias instalações para a formação. Depende das instalações de outras instituições nas áreas onde os cursos são realizados. Está entretanto, em processo de compor manuais e módulos de formação dos quais os jornalistas em Moçambique poderão se beneficiar.

12. O sector privado não parece estar interessado na comunicação social no país – sem nenhum esforço de fazer qualquer contribuição para o melhoramento do nível de jornalismo.

13. O próprio sector da comunicação social é muito pobre para fazer muito para melhorar o jornalismo. A imprensa existente, na sua maior parte, mal consegue sobreviver.

14. Existe uma falta geral de incentivos para atrair e manter jornalistas no trabalho.

SOLUÇÕES PROPOSTAS

A comunicação social em Moçambique passou por algumas experiências desde a dominação colonial portuguesa, passando pela fase em que o sector quase desabou quando os portugueses deixaram o país após a independência, até as formas de governo entre a independência até agora. Nesses estágios, foram exercidos sobre a comunicação social diferentes formas de controlo. Porém, a experiência ajudou a identificar o tipo de problemas com os quais a comunicação social no país tinha que enfrentar assim que o país vai passando pelo processo de crescimento e desenvolvimento.

Um dos principais esteios do sector da comunicação social é a qualidade dos profissionais da comunicação que ajudam a demarcar a agenda pública através dos assuntos e acontecimentos que seleccionam para escrever e analisar para informação e educação pública. Uma informação e educação públicas efectivas vão, portanto, melhorar a compreensão e participação pública na discussão dos assuntos de interesse nacional. Essa participação é um elemento essencial numa governação democrática. É portanto fácil reconhecer o papel dos profissionais da comunicação no processo de desenvolvimento nacional.

O que isto significa então é que a qualidade dos profissionais da comunicação e o estado do sector da comunicação social no país deveria ser de interesse e preocupação das pessoas que tomam decisões políticas.

Depois de avaliar o estado da comunicação social e das instituições de ensino e formação e órgãos de comunicação no país, foram destacados na última secção os problemas e os obstáculos com os quais o sector da comunicação social tem que lidar.

Nesta secção, são propostas algumas soluções para começar a enfrentar esses problemas. Sugere-se que essas soluções sejam aplicadas em diferentes fases e assim foram categorizadas em medidas de curto, médio e longo prazos.

MEDIDAS DE CURTO PRAZO

As medidas de curto prazo são aquelas que podem e deveriam ser implementadas imediatamente. Elas compreendem basicamente a realização de cursos de curta duração para jornalistas no activo.

Das discussões com os diferentes grupos e indivíduos, tornou-se claro que muitos jornalistas, por causa da má ou falta de ensino em jornalismo, tem uma terrível necessidade de formação ou cursos de reciclagem para ajudá-los a encarar as exigências da profissão.

Como começo, deverão ser organizados cursos, seminários e workshops para esses jornalistas.

Esses cursos deveriam ser na área de:

a) Redacção e Reportagem Efectivas

b) Diagramação de Jornal

c) Edição de Jornal

d) Redacção de Especialidade

e) Jornalismo Investigativo

f) Produção de Documentário para Difusão

g) Técnicas de Entrevista para Jornalistas

h) Gestão da Comunicação social

Redacção e Reportagem Efectivas

Aqui os participantes deverão ser ensinados como determinar notícia em termos dos elementos salientes de um evento o ocorrência e colocá-los juntos de tal maneira que faria sentido para o leitor. (Parece que o que existe agora é a cultura da reprodução palavra por palavra dos discursos e relatórios que fazem pouco sentido para a audiência.) O curso deveria enfatizar também a eliminação da editorialização na reportagem para aumentar a objectividade da reportagem. O participantes deverão ser colocados a cobrir eventos e os seus textos serem criticamente avaliados. Os instrutores poderão ser escolhidos localmente com a combinação da experiência profissional e a formação formal em jornalismo. Poderão ser contratados os correspondentes e delegados dos órgãos de comunicação estrangeiros em Moçambique com uma proficiência e português aceitável.

Diagramação de Jornais

De novo, esta é uma outra área de deficiência. Nem os jornalistas que aprenderam no trabalho nem os produtos da Escola de Jornalismo tem um conhecimento impressionante de desenho e diagramação.

O curso deveria concentrar no uso do computador para o desenho de jornais, no qual os participantes são incentivados a ter uma experiência prática no uso do software. Deve se dar ênfase sobre o desenvolvimento do senso de unidade e o fluir das notícias e imagens e a estética das páginas.

De novo, aqui, poderão ser recrutados técnicos de informática com bons conhecimentos de programas de diagramação assim como docentes de comunicação social disponíveis localmente ou na região. Uma vez que a maioria das instituições tem falta de instalações e equipamentos para isto, podem ser abordados os doadores para solicitar alguns computadores a serem colocados numa das instituições de ensino superior e colocá-los à disposição de grupos em vários momentos.

O ICS adquiriu algum equipamento, que inclui computadores e outros equipamentos de produção de alguns doadores. Poderia ser contactado para se utilizar esse equipamento para este curso.

EDIÇÃO DE JORNAL

Este será muito útil, especialmente para a imprensa independente como estão às volta com a realidade da produção de jornais de alta qualidade.

O conteúdo do curso poderia incluir considerações para a selecção dos artigos para uma edição, editar – com ênfase na claridade, concisão e o conteúdo do conjunto global. Os participantes devem ser colocados a perceber os potenciais efeitos de uma má edição no produto e no consumidor.

Deveriam ser usados casos de estudo correntes para demonstrar o facto de a edição não é para ser um exercício desorganizado.

REDACÇÃO DE ESPECIALIDADE

Os jornalistas devem conhecer aonde separar entre a reportagem e a redacção de especialidade tais como características, editoriais, análise e comentário.

O enfoque deste curso deverá ser no pensamento crítico, articulando ideias e colocando-as numa maneira sequencial, lógica e convincente; os elementos da comunicação persuasiva; colecção de factos para apoiar a posição e a análise dos assuntos para os seus diferentes componentes.

Os participantes deverão ser colocados a compreender que uma redacção de especialidade bem desenvolvida atrai leitores e melhora a credibilidade do órgão.

JORNALISMO INVESTIGATIVO

Quase todos concordam que falta no país a habilidade de levar a cabo uma investigação jornalística de forma efectiva. Os jornalistas deverão ser ensinado a procurar pela “notícia atrás da notícia”.

O conteúdo do curso deve incluir a pesquisa básica – recolha de dados de diversas fontes para validar qualquer reclamação feita pelos indivíduos, grupos ou órgãos. Os participantes vão aprender como escolher e usar os materiais para fazer deduções. O objectivo de procurar a verdade deve ser inculcada neles.

Os candidatos devem ser exigidos a trabalhar em assuntos reais.

PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS PARA DIFUSÃO

Muitos assuntos de interesse nacional podem não ser valorizados de uma reportagem ou produção directa. As várias facetas de um assunto pode, num momento serem trazidas num documentário.

Os produtores de rádio e televisão deverão ser ensinados a montar documentários sobre assuntos de interesse nacional nos quais os ouvintes e telespectadores precisam desenvolver mais do que um interesse passageiro.

Os participantes deverão ser ensinados os passos básicos na produção de documentário, seleccionando o tópico, a pesquisa envolvida, entrevistar especialistas relevantes, uso da harmonização dos efeitos sonoros e a edição do material. Eles deviam também produzir documentários de verdade.

Este curso pode ser ensinado usando as instalações do ICS.

TÉCNICAS DE ENTREVISTAS PARA JORNALISTAS

Um número significante de notícias surgem de entrevistas. O sentimento é que muitos jornalistas não têm ideia sobre como conduzir uma entrevista como fonte de geração de mensagem/informação. Devem ser colocados para ver a entrevista como um acto que precisa de ser desenvolvido sistematicamente.

O conteúdo do curso deverá incluir como recolher informação de base, elaboração das perguntas e o papel do jornalista (entrevistador); comunicação verbal e não verbal entre as partes; perguntas, perguntando e escrevendo notícias a partir de entrevistas.

GESTÃO DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Isto deveria ajudar os órgãos de comunicação privados a compreender a dimensão organizacional / negócio de dirigir um órgão de comunicação.

OUTROS PROGRAMAS

Para além desses cursos para melhorar as capacidades dos jornalistas, podem ser organizados outros cursos ou seminários e workshops em áreas especiais que são muitas vezes deixadas de lado em termos de desenvolvimento do currículo regular. Podem ser:

- Comunicação na Educação

- Comunicação e Meio Ambiente

- Reportagem Política ou Reportagem de Assuntos Públicos

- Comunicação e Género

- Jornalismo Económico

- Comunicação e Saúde

Esses seminários / workshops são essencialmente para sensibilizar os jornalistas para a importância desses assuntos e como lidar com eles nas suas reportagens. Esses workshops e seminários deverão ser interactivos e irem para além de serem apenas seminários. Os especialistas dessas áreas deverão ser trazidos para destacar as características salientes e como percebê-las e interpretá-las.

MEDIDAS DE MÉDIO PRAZO

Uma vez que as medidas de curto prazo são medidas de contenção de vazio que podem ser preparadas e implementadas em relativamente pouco tempo, as medidas de médio prazo levaria um tempo relativamente maior para implementar. Elas envolvem um processo longo de restruturação dos currícula para as instituições de ensino e de formação, como a revisão do estatuto da Escola de Jornalismo, a situação do seu pessoal bem como outras medidas que, a longo prazo, poderiam ajudar a levantar o nível do jornalismo. Os componentes desta categoria são discutidos abaixo.

1. Restruturação do Currículo

É imperativa a restruturação dos currícula de todas as instituições que oferecem ensino em jornalismo. Isto deveria ser feito primeiro através da organização de um workshop nacional de avaliação das necessidades para o sector da comunicação social incluindo professores de jornalismo, planificadores, governo e consumidores, para desenvolver uma visão colectiva para o jornalismo na qual as necessidades, preocupações e expectativas são definidas.

O resultado deste workshop ou série de dois ou mais, formaria o quadro para a formulação de um currículo de ensino e formação em jornalismo mais significativo. Depois disso, cada instituição pode formular a sua missão e elaborar os cursos baseado na necessidade definida. Esta série de workshops deve ter o apoio de todos os principais parceiros para ela ser significativa.

2. Instalações

Um dos problemas da Escola de Jornalismo é a falta de facilidades. Ela precisa de alguns equipamentos básicos para funcionar como uma instituição de formação em jornalismo. Como questão de necessidade, deveria se fornecer à escola computadores e outras facilidades para a criação de um jornal escolar, um laboratório de rádio escolar e estudos de produção onde os estudantes podem começar a ter uma experiência prática enquanto estiverem na escola.

Os doadores poderiam ser abordados para fornecer essas facilidades MAS o governo deve se responsabilizar pelos custos do seu funcionamento e manutenção. A propósito, o Director de Informação fez um compromisso claro sobre este assunto.

3. Estatuto da Escola de Jornalismo

A médio prazo, o estatuto da Escola de Jornalismo deveria ser revisto – em termos da qualidade e nível dos seus graduados assim como dos seus ingressos.

Como está agora, os graduados da escola estão ao mesmo nível de ensino dos graduados do ensino secundário. Isto deve muito desencorajador para jovens que querem fazer carreira em jornalismo mas descobrem que depois de um programa de formação de três anos continuam sem ter um estatuto melhor que o que tinham há três anos atrás.

Para tornar o programa mais atractivo portanto, a instituição deveria atribuir um certificado ou diploma que seja superior que o diploma da escola secundária – para que os graduados sintam ter feito algum progresso académico desde que saíram da escola secundária. Esse sensação de realização é crucial para mais interesse na profissão.

As instituições de ensino superior tais como a UEM, ISPU, e a Universidade Católica de Moçambique podem depois ser responsáveis por desenvolver um ensino compreensivo de comunicação de quatro ou cinco anos conduzindo a um grau de bacharelato, para os que esperam assumir cargos de supervisores ou posições seniores a nível editorial no sistema dos órgãos de comunicação nacional bem como em Relações Públicas e Propaganda. Destes pode se desenvolver uma safra adicional de candidatos para a carreira docente em jornalismo.

4. Estágio

As autoridades da Escola de Jornalismo tem sido acusadas de não fazer um acordo formal e concreto com os órgãos de comunicação para estágios dos seus estudantes. A escola deve reunir com os responsáveis dos órgãos de comunicação para debater isto. O estágio é uma parte crucial no ensino e formação em jornalismo para os estudantes, especialmente ao nível vocacional.

Mesmo se, e quando a instituição adquirir as suas facilidades para a formação prática, o estágio continua a ser necessário para introduzir os estudantes às nuances e complexidades do mundo real do jornalismo além das situações ideais geralmente criadas nas facilidades do campus.

5. Pessoal

A abordagem a médio prazo para tratar da crise de pessoal na Escola de Jornalismo seria contactar pessoas qualificadas disponíveis em várias organizações e instituições – informalmente e oficialmente através das suas variadas organizações - e pedir a sua dispensa para participares e contribuírem na formação dos estudantes. Algumas das pessoas com quem falamos, identificaram os horários como sendo um dos principais factores que afectam a sua capacidade de assumir trabalho a tempo parcial na instituição. É portanto necessário que o calendário seja estruturado de tal maneira que possa permitir a flexibilidade de acomodar o calendário dessas pessoas convidadas. Isto ajudará a aguentar “o barco” enquanto se faz a formação e reciclagem do pessoal da escola. Os docentes qualificados a tempo parcial ajudariam a dar o melhor sentido de direcção a escola em termos de transferência de conhecimentos e o reconhecimento e respeito são necessidades extremas.

As pessoas disponíveis no país, estão certamente em Maputo e muitos deles manifestaram disponibilidade em ajudar. O director da escola precisa fazer um esforço concertado para encontra, contactar e negociar com eles.

Entretanto, o pessoal existente, que queira continuar na instituição deveria ser encorajado a ter um ensino formal e adequada em jornalismo e comunicação social.

6. Programa de Dispensa do Trabalho

Como muitos responsáveis e editores reconheceram a sua deficiência no ensino formal em jornalismo, e expressaram o seu desejo de voltar para a escola para aprender, deveria ser feito um acordo através do qual eles poderiam manter os seus empregos enquanto vão para escola. O maior problema para muitos deles é que não podem abandonar os seus empregos para poderem voltar para a escola para obter uma educação formal. As implicações financeiras para muitos deles seriam enormes. Existe a vontade mas não existem recursos financeiros.

Portanto, é sugerido o programa de dispensa do trabalho através do qual os jornalistas seniores podem combinar o trabalho e a escola. Qualquer uma das instituições de ensino superior (ex: ISPU, UEM ou a Universidade Católica) deveriam desenhar programas nos quais os jornalistas podem assistir às aulas cerca de três vezes por semana, meio-dia, para fazerem disciplinas de jornalismo e comunicação.

Essas disciplinas deverão ser do mesmo nível como as outras disciplinas em outras instituições. O programa deverá elaborado de tal maneira que eles possam obter o grau em cerca de quatro anos (no máximo) –tendo lhes sido dado créditos pela sua experiência e formação anterior. A flexibilidade de tal programa irá encorajar os jornalistas (seniores) a aproveitarem esta oportunidade.

Dentro de uma década, esta abordagem vai impulsionar significativamente o número e a qualidade dos recursos humanos disponíveis no país para o ensino e formação de outros jornalistas.

7. Cursos de Reciclagem e do Centro NSJ

O centro NSJ joga um papel muito significante na formação de jornalistas no país com os vários programas que ela realiza. Embora atenta as necessidades de toda a região da África Austral, poderia continuar a explorar meios de aumentar a formação local com cursos de reciclagem em áreas tanto quanto possíveis. O detalhes para isto poderão ser acordados entre o centro e o sindicato nacional de jornalistas.

8. Apanhá-los Novos

Um dos problemas que repercutiu, é a falta de interesse e compromisso na profissão dos jornalistas mais jovens, muitos dos quais são tidos como estando na profissão “apenas para ter um emprego”. Isto constituiria um corpo de jornalistas que dificilmente se dedicariam para contribuir para melhorar a profissão no país.

Existem várias razões para isto, mas uma que seria mais significante aqui, é que muitos dos ingressos não sabem o que é jornalismo antes de iniciarem os estudos na Escola de Jornalismo.

Como foi apontado pelos docentes e jornalistas praticantes com quem falamos, muitos dos ingressos simplesmente querem estar na escola – qualquer escola – até decidirem o que de facto querem fazer. Para muitos deles, é portanto, uma medida de preencher um vazio. Porém, como enfatizado no colóquio de Toulouse indicado em algum lugar neste relatório, o ensino em comunicação deveria começar nos primeiros anos da educação de uma criança – isto é, no nível da escola primária. Nos anos do seu desenvolvimento – nos seus dez, onze e dezasseis anos - os alunos podem ser muito impressionáveis. Este seria o melhor momento para começar a introduzi-los às diferentes carreiras. É portanto recomendável que o ensino em jornalismo, na sua forma muito elementar, seja introduzida nos currícula das escolas em ambos níveis primário e secundário. Para além disso, deveria ser feitos esforços especiais para enviar jornalistas seniores e experientes para essas escolas para explicar aos alunos o que é a carreira de jornalismo. Mais ainda, esses estudantes deveriam ser encorajados a fazerem visitas de estudo nos órgãos de comunicação para começarem a ter a sensação do que acontece na profissão. O Sindicato Nacional de Jornalistas deveria estar disposta a coordenar este esforço.

Para fortalecer isto, sugere-se que sejam financiados clubes de imprensa através dos quais os estudantes no nível secundário são “iniciados” na profissão através do encorajamento para escreverem e publicarem os seus próprios artigos e notícias na revista da escola e outros periódicos que eles produzem com o apoio e orientação de profissionais. Isto começará a semear o interesse e compreensão da profissão nas suas mentes jovens o que, por sua vez, funcionará como motivação para entrar na profissão depois da escola fora de um desejo genuíno de serem jornalistas. Tais estudantes optarão pelo jornalismo como carreira do que como “apenas um trabalho”. Acima disso, este esforço começaria a construir um corpo de consumidores dos conteúdos e das mensagens da comunicação social mais crítico. Isto seria bom para a profissão.

9. Programa de intercâmbio

As instituições de formação, especialmente ao nível de ensino superior, deveria considerar seriamente os programas de cooperação / intercâmbio com outras instituições em outros lugares na região ou fora, onde o ensino em jornalismo está bem consagrado. Os estudantes podem ser enviados para tais “instituições irmãs” para passarem um certo período de tempo a adquirir as qualificações necessárias.

Os estudantes ajudariam a erguer uma capacidade de recursos humanos. Acima disso, se estudarem na região isso ajudaria na melhoria do seu conhecimento da língua inglesa, e isso ajudaria a resolver o problema da língua de muitos jornalistas, especialmente quando eles vão para o estrangeiro.

MEDIDAS DE LONGO PRAZO

Esta categoria está precupada principalmente com os assuntos sobre as políticas que poderiam ajudar a criar um ambiente para outras medidas que ajudaria a melhorar o nível de jornalismo no país. O mais importante aqui é a evolução da política da comunicação para o país. Como a frase sugere, é um processo que leva tempo que tem que ser levado a cabo duma maneira muito sistemática. Segue-se a discussão desta e outras áreas de concentração.

DESENVOLVER UMA POLÍTICA NACIONAL DE COMUNICAÇÃO

A formação de jornalistas (tal como outro grupo de profissionais) precisa ter uma direcção. A restruturação curricular, aquisição facilidades e docentes qualificados para as instituições servirá um propósito limitado se o sector da comunicação como um todo não tiver uma ideia clara de onde é que deve ir como um actor no desenvolvimento nacional.

Os objectivos da comunicação para o país e os caminhos aceitáveis para alcançar tais objectivos é o que o sector precisa para fazer uma contribuição significativa. Isso pode ser fornecido dentro de quadro de uma política nacional (não a governamental) de comunicação. Tal política deveria resultar de um consenso nacional depois de uma série de encontros de consultação, debates, workshops e seminários para discutir aonde o país deveria ir na área da comunicação. Os encontros deveriam ser iniciados e inspirados pelo sector da comunicação social para o qual o resultado é de maior importância. Porém, para eliminar qualquer suspeita de manipulação do governo, todo o processo deveria ser facilitado por um organismo “externo”. O projecto Desenvolvimento dos Media em Moçambique da UNESCO/PNUD poderia jogar um papel muito importante aqui. É importante que o exercício não seja apenas visto como um projecto do governo. Acima de tudo deveria envolver todas as secções da vida nacional.

O que vai surgir será decisão nacional colectiva que conduzirá o funcionamento dos órgãos de comunicação, a formação dos jornalistas para satisfazer as expectativas e o desenvolvimento do tipo de compromisso ansiado por todos os sectores. País em África tem sido solicitados a desenvolver tais política por vários anos. Alguns o fizeram e outros estão trabalhando nisso.

Quando esta política estiver em aplicação e todos os sectores relevantes ajustados de acordo com a mesma, existirá uma expectativa em termos de exigências (qualificações) mínimas para a prática do jornalismo no país. Tudo isto conduziria, a longo prazo, para uma qualidade superior do jornalismo.

ACREDITAÇÃO PARA OS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO

Como os programas de formação em jornalismo são desenvolvidos nas instituições de ensino superior, existiria uma necessidade de algum controlo de qualidade.

Seria necessário a criação de um órgão de acreditação (a constituição deverá ser determinada pelas autoridades relevantes) para controlar a qualidade dos programas e a sua conveniência.

REVISÃO DA FILIAÇÃO AO SINDICATO NACIONAL DE JORNALISTAS

O Sindicato Nacional de Jornalistas, do jeito que actualmente está constituído, é um órgão amorfo que inclui quase todo o pessoal que trabalha numa instituição de comunicação social – não importa a descrição do trabalho. Isto cria um problema para o sindicato em termos de promover e lutar pelo bem estar dos jornalistas. Quando o enfoque dos esforços do sindicato é difuso, o profissional de jornalismo não podem ter a qualidade da atenção que merece para proteger e promover os seus interesses.

A filiação ao sindicato deveria ser reexaminado e redefinido para permitir uma maior mobilização do sector do jornalismo na projecção e protecção dos interesses dos jornalistas e permitir que o sindicato mantenha o caso do sector na linha de frente de qualquer agenda nacional de planificação estratégica.

EQUILÍBRIO

O desequilíbrio geográfico e de género que é visível no sector da comunicação social parece vir do problema de acesso (que poderá ser de natureza económica) e interesse.

A sugestão feita anteriormente em termos de educação da carreira na escola secundária e a criação de clubes de imprensa deveria ser de interesse abrangente. Deveria se dar uma consideração séria a disponibilização de bolsas de estudos para estudantes de diversas origens com comprovado interesse em jornalismo, mas com dificuldades financeiras, para encorajá-los mais a terem acesso e utilizar a oportunidade para um ensino em jornalismo.

Se tais bolsas cobrem as propinas, livros e despesas limitadas de manutenção – para os que vem das zonas rurais, aumentaria as chances para os que, de outra maneira, não teriam uma chance. Isto, a longo prazo, deveria melhorar a representatividade no sector da comunicação social.

RECOMENDAÇÕES GERAIS

Foram feitas recomendações e sugestões específicas para as várias áreas do sector da comunicação social em várias passagens deste relatório. Esta secção, portanto, junta, numa forma de sumário, os destaques dessas recomendações.

← Falta, no país, um reconhecimento necessário do jornalismo como uma força vital no processo de desenvolvimento, a pesar das declarações costumeiras para esse efeito. É da responsabilidade dos profissionais de jornalismo lutar por tal reconhecimento através da pressão para estar em todas agendas de desenvolvimento. O Sindicato Nacional de Jornalistas deve tomar a iniciativa e estar na liderança para este reconhecimento fazendo pressão sobre o governo assim como os órgãos de advocacia para conseguir mais apoio para o sector da comunicação social. Deve se engajar num tipo de marketing e vendedor agressivo. Os estudantes de Administração de Empresas, Ciência e Tecnologia têm patrocínio da indústria nas instituições de ensino superior privadas como o ISPU, enquanto que os de jornalismo são deixados de lado. Isto é inaceitável para o sector que orgulha-se de ser a espinha dorsal da democracia e boa governação.

Há alguns anos atrás, o Sindicato Nacional de Jornalistas veio com um documento da sua posição sobre a formação dos jornalistas para o melhoramento dos padrões na profissão. (ver apêndice 9)

Até agora isso permaneceu apenas como um documento. O sindicato deveria rebuscar este documento e revê-lo onde for necessário e “vendê-lo” para o governo e para o sector. O sindicato deve liderar o sector na busca do reconhecimento e respeito para si.

← Moçambique é agora membro da Commonwealth e com os seus vizinhos que falam inglês, não poderá ignorar mais uma busca vigorosa do ensino e aprendizado da língua inglesa. Uma das desvantagens que o país tem no desenvolvimento do seu jornalismo é o problema linguístico que torna difícil, se não impossível, utilizar as oportunidades na maioria dos países da região que falam inglês e em outros partes do continente. Os currícula da escola primária e secundária deverão ser revistos para acomodar esta nova realidade.

← Os currícula de todas as instituições de formação de jornalismo devem ser revistos. Um currículo mais aceitável e significante só poderá ser determinado depois de uma avaliação compreensiva das necessidades do sector. Acima disto, as instituições deverão discutir com instituições congéneres em outros lugares para comparar notas. O modelo de currículo da ACCE para programas com e sem graus académicos (veja apêndice 10) poderia ser uma boa ferramenta de trabalho.

O exercício de avaliação das necessidades deve ser um esforço de pesquisa bem estruturado que deverá combinar os serviços de seminários, conferências e workshops, entrevistas e algumas discussões de grupos focalizadas (FGD). Isto forneceria constatações com um alto nível de confiança e validade.

← A Escola de Jornalismo deveria crescer para uma Politécnica para ter uma definição melhor do seu estatuto e produzir estudantes de qualidade superior.

A transição do seu estatuto actual não deveria ser repentino mas sim faseado como foi sugerido na discussão da instituição neste relatório.

Além das recomendações feitas anteriormente em relação ao financiamento e aquisição de livros e outras facilidades, a ideia da propriedade conjunta da instituição pode ser considerada. O governo pode contactar a Organização Internacional de Jornalistas ou o Instituto Internacional de Imprensa para explorar a possibilidade de uma propriedade colectiva da Escola de Jornalismo por um certo período antes de o governo assumir por completo a escola. O Sindicato Nacional de Jornalistas também deveria ser envolvido nisto. Acordos como este foram bem sucedidos em outros lugares no continente e atraiu financiamentos e outros tipos de apoio assim como reconhecimento.

← A universidade nacional (UEM) deve perseguir os seus planos de instalar um programa de formação em jornalismo e comunicação. Das três instituições de ensino superior está em melhor posição para dar acesso o ensino em jornalismo a mais estudantes de várias origens, que de outra maneira seriam impedidos pelas altas taxas das instituições privadas.

Deverá também tomar a liderança na criação, no futuro, de delegações do programa nos centros rurais para trazer o programa de jornalismo perto da população para se alcançar o equilíbrio geográfico, de género e outro tipo de equilíbrio necessário.

← A indústria tem sido incitada a apoiar na formação de jornalistas. A impressão é de a indústria é muito indiferente sobre isto. Uma tarefa importante é descobrir porquê isto é assim. Sobre este assunto é recomendada uma pesquisa da indústria para determinar:

- A sua atitude em relação ao jornalismo e jornalistas no país.

- A sua impressão sobre o papel do jornalismo na sociedade em geral e na promoção da indústria em particular.

- Estratégias para contornar qualquer impressão negativa.

- Melhores maneiras de extrair fundos da indústria para apoiar o ensino em jornalismo.

- Estratégias para criar oportunidades de emprego para jornalistas na indústria.

- Maneiras de estabelecer um diálogo contínuo entre a profissão e a indústria para promover uma melhor compreensão de um pelo outro.

← O governo deve ser decisivo a enfrentar os problemas do ensino em jornalismo no país. A indecisão do governo sobre o estatuto e papel da Escola de Jornalismo, por exemplo, conduziu à maioria dos problemas que a escola tem enfrentado.

O governo deveria formalizar o seu compromisso com a Escola e usar isso como um guia para apoiar a instituição e o sector. Tal compromisso oficializado vai também funcionar como encorajamento para os doadores que poderiam querer apoiar no processo de desenvolvimento.

Com isto, o governo deveria estar apto para ir ter com os doadores, a indústria e o próprio sector da comunicação social para juntos fazerem um memorando de entendimento que comprometeria todas as partes para um tipo especificado de contribuição no desenvolvimento do ensino e formação em jornalismo. Depois disso, os doadores podem ser assegurados de que tudo o que doarem, em termos de materiais e equipamentos poderá ser adequadamente utilizado e mantido, enquanto que a indústria teria uma melhor ênfase para o seu apoio e expectativas específicas do sector da comunicação social, em termos de necessidades da indústria.

Embora a má remuneração tenha sido citada como um mal geral no país, o governo deveria considerar desenvolver um pacote salarial específico para os jornalistas como profissionais para funcionar como um incentivo para atrair os melhores. A má remuneração tem contribuído no afastamento daqueles que poderiam fazer contribuições valiosas para o campo do jornalismo.

COMENTÁRIOS CONCLUSIVOS

Este estudo foi certamente um exercício de mérito que está provavelmente atrasado. A cooperação de todos os entrevistados foi uma demonstração do entusiasmo das pessoas para contribuir no melhoramento da comunicação social originado de um entendimento de que tudo não está bem com o sector. Porém, por causa de constrangimentos de tempo, algumas limitações foram observadas:

1. Todas as entrevistas e discussões foram com aqueles que estão directamente envolvidos com a comunicação social que na educação ou na prática – isto é, editores e outros responsáveis assim como alguns educadores. As constatações poderiam ter sido mais enriquecidas se tivesse havido uma interacção com aqueles que estão fora do centro do sector da comunicação social que não estão envolvidos na formação mas são “consumidores” importantes ou potenciais consumidores do “produto” do ensino e formação em jornalismo. Isto incluiria os capitães da indústria que empregam graduados de jornalismo em vários cargos nas suas empresas e o cidadão comum nos centros urbanos e rurais que consomem produtos da comunicação social por motivos de informação, entretenimento e educação. As suas percepções e expectativas teriam dado algumas recomendações mais categóricas neste estudo.

2. Por causa do calendário escolar, os estudantes de todas as instituições discutidas estavam de férias e portanto, impossível de reunir com eles (excepto um punhado deles na Escola de Jornalismo cuja contribuição não foi muito significante). Eles também teriam feito contribuições muito vitais para este exercício.

3. Para uma maior validade, uma mini pesquisa de consumidores devia ter sido parte deste exercício para permitir uma clara justaposição da produção da comunicação social e a percepção do consumidor. O resultado teria ajudado a aguçar os conselhos para as instituições de formação.

Este tipo de estudos não deveriam ser um exercício uma vez por todas. Deve der feito periodicamente para melhorar continuamente a qualidade do ensino e formação em jornalismo no país. Não há dúvidas que a qualidade do ensino e formação contribui positivamente para o desenvolvimento do sector da comunicação social. O trabalho do Projecto Desenvolvimento dos Media em Moçambique da UNESCO/PNUD pode ser na verdade significativo e de mérito se a qualidade dos jornalistas formados for razoavelmente alta.

REFERÊNCIAS

Dematob, J.K., (1991) “A Educação em Comunicação Social Enfrenta Sérios Problemas na África Austral”, DESENVOLVIMENTO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, Vol. XXVII, pp. 31 – 34.

Stevension, W., Discurso de boas vindas no colóquio sobre “Novas Direcções na Ensino em Comunicação” em Tolouse, 2 – 6 de Julho de 1990.

Almanaque Mundial e Livro dos factos, 2000, Nova Jersey: Livros Almanaque Mundial.

OUTROS DOCUMENTOS USADOS / CONSULTADOS

1. Cenário do Pluralismo dos Media: Uma Visão Geral do Sector da Comunicação Social em Moçambique. Relatório elaborado para o Projecto Desenvolvimento dos Media em Moçambique, por Marie-Helene Bonin, Centro Nórdico – SADC de Jornalismo, Maputo.

2. Rascunho do Documento do Projecto, Desenvolvimento dos Media em Moçambique, Fase II

3. “Solicitação de Financiamento para o Melhoramento da Escola de Jornalismo”, um documento do projecto elaborado pela Escola de Jornalismo e submetido ao Programa Internacional para o Desenvolvimento da Comunicação (IPDC), Abril de 2000.

4. Brochuras da Escola de Jornalismo e da Universidade Católica de Moçambique.

5. Documento da Posição do Sindicato Nacional dos Jornalistas sobre o estado do jornalismo em Moçambique, 1996.

6. Modelo curricular do conselho Africano para a Ensino em Comunicação e África.

ENCONTRO COM OS PRINCIPAIS PARCEIROS

O encontro introdutório com os principais parceiros teve lugar conforme planificado. Estiveram presentes Mário Marrengula, do Instituto de Comunicação Social; Eduardo Namburete, da UEM (também consultor nacional deste estudo); Marcelino Alves, do ISPU; Arlindo Pinto, da Universidade Católica; John Mukela, Director Executivo do NSJ; Tomás Jane, Director da Escola de Jornalismo; Orlanda Mendes, Directora de Formação da Rádio Moçambique, bem como os membros da equipa do Projecto Desenvolvimento dos Media em Moçambique – Birgitte Jallov, Tomás Vieira Mário e Abubacar Selemangy Bacar.

Deste encontro ficou claro que a maioria dos principais parceiros estavam preocupados com o baixo nível do jornalismo no país do qual acusam a má educação dos profissionais. A Escola de Jornalismo tem problemas de pessoal, equipamentos e fundos. Está tem sido a maior instituição de ensino em jornalismo no país existindo há mais de uma década. Ela forma pessoas abaixo do nível de diploma e os seus produtos são, em termos de estatuto, no mesmo nível dos graduados da escola secundária. Outras instituições viram a necessidade de assumir o desafio da formação dos jornalistas e criaram programas de formação. O ISPU e Universidade Católica iniciaram programas de ensino em jornalismo enquanto que a UEM planeia iniciar um dentro de dois anos. Essas instituições formam ao nível universitário – superior em relação à Escola de Jornalismo. Os cursos de curta duração não parecem ser populares. Alguns dos principais parceiros pensam que é uma perca de tempo e que não ajudam no desenvolvimento profissional dos jornalistas. (os detalhes destas reservas vão surgir mais tarde em outros encontros)

Alguns órgãos de comunicação estão a começar a criar os seus próprios programas de formação internos, uma vez que eles acreditam que os programas de formação disponíveis noutros lugares não satisfazem as suas necessidades. Mesmo os programas de formação disponíveis no exterior não parecem adequados.

Foi feita uma referência para os antecedentes históricos para o baixo nível do jornalismo no país. A saída em massa dos profissionais portugueses na área do jornalismo (bem como em outras áreas) durante a independência criou um vazio nos órgãos de comunicação que tinha que ser preenchido. Desesperados, todo o tipo de pessoas foram recrutadas para preencher o vazio. A maioria dos recrutados foram trazidos literalmente das ruas sem nenhuma ideias sobre jornalismo ou sem nenhum interesse. Mas o sistema tinha que ser posto a funcionar. A situação impingiu sobre a sociedade jornalistas que não tinham se quer compromisso com a profissão, qualificação e nem interesse.

O Instituto de Comunicação Social está a pensar em criar um centro de formação em rádio. O projecto está num estágio avançado. O centro vai oferecer cursos de produção em rádio, edição, etc., bem como elaborar cursos requisitados por outras instituições. Estarão abertos a todas as pessoas interessadas em rádio.

O NSJ existe para responder às necessidades a nível regional. Isto é parte do acordo entre a Dinamarca e Moçambique. As necessidades da região são afectadas pelos fracos recursos humanos e económicos que reflectem a comunicação social em Moçambique. Há uma necessidade urgente de se injectar a capacidade – uma enorme necessidade de formação, especialmente dado ao que se referiu como a “realidade sócio-política de Moçambique”. Mais ainda, existe uma necessidade de “contrariar a natureza urbana da comunicação social no país”. A propósito, o centralismo urbano da comunicação social é um assunto multisectorial. A abordagem geral do NSJ incluiria: observar a deficiência, perguntar os órgãos de comunicação o que eles querem, e elaborar programas para satisfazer as suas necessidades. Num estágio inicial, a UNESCO fez um bom trabalho de base para expor a maioria das necessidades e formação. Depois o NSJ respondeu às exigências do mercado sobre as necessidades determinadas pela UNESCO.

O centro está agora em processo de produzir manuais de currículo de formação em colaboração com os principais parceiros. Esses manuais estariam prontos brevemente. Existe uma grande necessidade de uma reavaliação contínua do que o centro faz – dada a dinâmica do ambiente. O centro reconhece o facto de que a formação é um processo orgânico e como tal, o diálogo com os principais parceiros deve ser um exercício contínuo. Os recursos humanos no centro não são permanentes, e muitas vezes são aqueles que tem experiência prática.

A Universidade Católica (que acabou de iniciar um programa em comunicação) coloca ênfase em “treinar mentes novas a pensar criticamente”.

O ISPU já está a formar estudantes na área geral de comunicação com o que ela chama de abordagem combinada politécnica e universitária que acentua ambas prática e teoria – baseada em negócio e legislação do ensino geralmente determinadas pelas tendências do mercado. Até agora ainda não existem graduados em jornalismo, embora espera que cerca de seis estudantes no programa se inscrevam na área de especialização em jornalismo. Porém, se apenas esses estudantes escolhem esta área de especialização (isto é, jornalismo) não seria economicamente viável uma vez que significaria um docente por estudante. O sector da comunicação social parece ser muito fraco para financiar estudantes na área no ISPU. (os cursos no ISPU custam cerca de USD 3000). Isto cria problemas para a formação de jornalistas na instituição. Neste momento, o ISPU tem cerca de 31 docentes – maioritariamente cooperantes. Há uma necessidade de se ter graduados locais como docentes.

A Escola de Jornalismo é uma instituição pública. Foi criada em 1980, depois da independência, respondendo à necessidade expressa de jornalistas do seminário que teve lugar em 1977 no qual eles exigiram tal instituição de formação.

Até 1992 não existia um quadro legal para a escola. Desde então, o curso oferecido é até a décima classe. O nível foi elevado para o equivalente a décima segunda classe depois de 1994. o currículo foi revisto em 1994. Em 1997, houve ingressos na área de Relações Públicas, Marketing e Publicidade sendo os primeiros graduados esperados no próximo mês de Julho. Existe um total de 145 estudantes (28% dos quais do sexo feminino). No final de cada curso os estudantes são enviados para estágios, uma vez que a escola não tem facilidades para a formação prática. A parte prática é feita nos órgãos de comunicação. Os graduados da instituição tem sido aceites nos órgãos de comunicação. Existem 22 docentes na escola. Dois deles tem mestrado enquanto que os restantes tem licenciatura em diferente áreas.

Não houve encontros formais com os principais parceiros no desenvolvimento do actual currículo para determinar as suas necessidades. Porém, tem havido, recentemente, encontros com editores e responsáveis dos órgãos de comunicação para discutir as suas necessidades. Muitos ingressos tem apenas formação básica elementar ou nona classe.

Principais Pontos deste Encontro

Parece haver consenso sobre o fraco nível de jornalismo no país. O desenvolvimento curricular parece estar desorganizado. Não coordenação ou unidade dos objectivos. Os principais parceiros não tem nenhuma contribuição significativa na restruturação dos programas de formação dos jornalistas no país.

O nível no qual os estudantes se graduam na Escola de Jornalismo parece suspeito. Não está claro se os graduados tem uma mentalidade madura e o nível de pensamento crítico que lhes permitirá trabalharem efectivamente como jornalistas.

ENCONTRO COM OS EDITORES DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO

Estiveram presentes neste encontro dez editores e /ou seus representantes. Incluíam Refinaldo Chilengue, do CORREIO DA MANHÃ; Rui Ribeiro, do AMANHÃ; Julieta Langa, Presidente do CSCS; José Leopoldo, da Rádio Miramar; Paulo Maduco, do MEGAJORNAL; Leandro Paul, editor do FIM DE SEMANA / POPULAR; Wilbert Zivisai, editor do MOZAMBIQUE IN VIEW; Simão Bila, do BOLETIM FOCUS e Inocêncio Chicatla do BAÍA. Também estiveram presentes os membros da equipa do projecto Desenvolvimento dos Media em Moçambique bem como o Consultor Nacional para este estudo, Eduardo Namburete. Este número era cerca da metade dos editores esperados. Contudo, houve uma interacção muito significativa.

Muitos dos sentimentos expressos no encontro com os principais parceiros no dia anterior foram reforçados neste encontro.

A representante da associação da mulher reafirmou a formação inadequada dos jornalistas praticantes e indicou que isto não seria de bom augúrio para o desenvolvimento da comunicação no país.

O editor do Fim de Semana / Popular, expressou a sua preocupação de que a formação dos jornalistas era “muito teórica” e que a maioria dos produtos das instituições de jornalismo não tinha conhecimento de computadores. Os graduados da Escola de Jornalismo, em particular, tem deficiência no conhecimento de computadores, diagramação de jornal e desenho gráfico que são importantes na produção de jornais. A necessidade de reforço da capacidade (capacitação institucional) na Escola de Jornalismo tem se tornado de suma importância.

O editor do Amanhã que já trabalhou com um número de estudantes da Escola de Jornalismo reafirmou as observações acima: os graduados eram superiores na teoria mas baixos em jornalismo prático. Ele tem sérios problemas em trabalhar com computadores.

O editor do Boletim Focus estava mais preocupado com a criação de uma Escola de Jornalismo na região norte para ajudar a espalhar a mão-de-obra disponível para os órgão de comunicação fora de Maputo.

Alguns editores preferem empregar pessoas sem formação e desenvolvê-los do nada uma vez que seria mais fácil do que lidar com graduados que não tem conhecimento básico em quase todas as áreas da profissão. Para eles, trabalhadores sem formação criam menos problemas.

O editor do Megajornal que tem cerca de 20 anos de experiência na área da comunicação social, disse que para além de não ter formação em algumas coisas básicas, os graduados da Escola de Jornalismo tem outras fraquezas que levam cerca de dois a três anos para resolvê-las quando os estudantes ingressam nos órgãos de comunicação. Esses graduados precisam de muita orientação no lado prático que coloca tensão nos recursos disponíveis nos órgãos; eles são maus em jornalismo investigativo; e alto índice de abandono depois de os graduados terem sido formados nos órgãos. Muitos deles não continuam em jornalismo.

O Baía ainda não teve graduados da Escola de Jornalismo. A maior parte dos seus funcionários fazem formação interna.

A representante do CSCS exigiu o reconhecimento das necessidades dos editores na formação dos jornalistas. Foi sugerido que deviam ser elaborados cursos de reciclagem de curta duração para os trabalhadores em termos de conteúdos do trabalho. Tem de haver um definição da missão dos jornalistas.

Foi expressa a preocupação de que, até agora, parece que somente a formação dos jornalistas tem como alvo os interesses comerciais e muito pouca ou nenhuma atenção é dispensada para as outras responsabilidades sociais dos jornalistas. O interesse do país devia ser supremo. Foi sugerido que os jornalistas praticantes deveria também vir de outras áreas e seria depois serem formados em jornalismo. Tais pessoas, estaria em melhor posição de lidar com assuntos sociais de uma maneira muito mais crítica do que da maneira que é feito agora. Os exemplos são os advogados, economistas, especialistas em saúde, ambientalistas e outros.

O país devia ser capaz de determinar para quê quer formar. No fundo deveria ser a realização de que a comunicação deverá servir os objectivos de desenvolvimento e isto deverá ser levado em consideração em todo o desenvolvimento curricular. Deverá ser acentuada a conscientização nesta área.

Muitos outros editores concordam com a ideia acima anotando que os repórteres não parecem estar equipados para lidar com temas especiais.

Foi também anotado que enquanto é boa ideia para especialistas de outras áreas entrarem no jornalismo, os próprios jornalistas precisam de serem dados uma formação contínua em áreas especiais tais como género, cultura, economia, saúde, etc., porque nenhum programa de jornalismo pode dar todas essas áreas na formação na escola. Porém, qualquer formação deveria permitir os estudantes diferenciar temas para saber em quê focalizar.

Geralmente, os editores dizem não tem tempo para formar novos ingressos como são forçados a fazê-lo com os graduados da Escola de jornalismo. Eles também indicaram a falta de vontade desses formandos para trabalhar. Eles parecem estar pouco ou não comprometidos com a profissão ou o trabalho.

Muitos sugeriram a criação de jornais de escola, rádio e televisão escolares para a formação prática que os estudantes de jornalismo precisam.

Curiosamente, muitos dos editores confessaram a sua própria falta de ensino e formação formais e manifestaram a vontade de voltarem a estudar para permiti-los a acompanhar as exigências modernas da profissão. Muitos também confessaram a existência de um possível ressentimento em relação aos graduados de jornalismo como uma atitude defensiva que vem da sua própria falta de ensino formal.

Muitos dos órgãos de comunicação no país não tem políticas de formação consagradas nas suas redacções. Apenas a Rádio Moçambique tem u centro de formação. Outros realizam formação muito esporádica.

Foi indicado que a falta de competência ou proficiência na língua portuguesa cria problemas para muitos jornalistas novos. (a influência da língua materna no português falado e escrito parece ser um problema muito sério).

Muitos editores que tem trabalhado com os graduados da Escola de Jornalismo também apontaram que além da falta de conhecimentos de computadores, a maioria dos graduados não podem escrever notícias completas. Além da gramática pobre, a sua redacção não flui.

Acredita-se que alguns desses problemas podem ser rasteados na escola primária e secundária daí que muito podem não ser culpa da Escola de Jornalismo. O ensino primária assim com a secundária pode precisar de alguma restruturação para satisfazer as necessidades das instituições superiores.

Principais Pontos deste Encontro

1. No geral um conjunto de sentimentos expressos pelos principais parceiros.

2. Falta de conhecimento de computadores e pouco ou nenhum habilidade para produção (ex. Gráficos, desenho e diagramação).

3. A má preparação a níveis de ensino inferiores – primário e secundário – tem um impacto negativo na educação em jornalismo a níveis superiores.

4. Os graduados da Escola de Jornalismo são tão mal preparados para o trabalho que é mais barato e menos problemático contratar pessoas sem nenhuma formação e ensiná-los do nada. Os trabalhadores sem formação parecem dar menos problemas.

5. Além das outras deficiências, os estudantes tem carência em jornalismo investigativo. Eles não tem a habilidade de perseguir as notícias até à sua conclusão lógica.

6. Os graduados em jornalismo não permanecem no jornalismo e a alta saída de jornalistas dos órgãos de comunicação cria muitos problemas.

7. Existe a sugestão de se pegar especialistas em áreas diferentes para serem formados como jornalistas. Isto ajudaria a criar uma safra de jornalistas com uma capacidade de uma análise crítica séria dos temas e uma reportagem melhor focalizada.

Há uma necessidade de definir a missão dos jornalistas em Moçambique. O ensino e formação em jornalismo deve começar a levar em conta as necessidades do desenvolvimento do país. Os próprios editores precisam de ser formados continuamente. Muitos estão dispostos a voltar para escola.

ENTREVISTAS / DISCUSSÕES PESSOAIS ESPECIAIS COM EDITORES / DIRECTORES

Depois das discussões gerais nos dois fóruns com os principais parceiros e editores, foram realizadas discussões um-a-um com editores e directores seleccionados em diferentes órgãos de comunicação. Essas discussões eram para ganhar contribuições maiores e mais aprofundadas sobre alguns dos assuntos que foram levantados nos encontros.

Cerca de uma dúzia de pessoa foram entrevistadas cerca da metade dos quais não estiveram em nenhum dos encontros anteriores.

Mais uma vez, houve mais ênfase na maioria dos pontos levantados nos encontros precedentes excepto que haviam mais detalhes em algumas áreas.

RESPONSÁVEIS DA FORMAÇÃO NA RÁDIO MOÇAMBIQUE (ORLANDA MENDES E TIAGO VIEGAS)

A Rádio Moçambique agora raramente recruta pessoal dos graduados da Escola de Jornalismo por que eles estão mal equipados para fazer o trabalho. Recruta o seu pessoal das ruas. Esses recrutas são primeiro dados teste básicos para determinar o seu conhecimento geral. Depois eles são submetidos a testes mais rigorosos que focalizam em áreas especiais tais como temas de actualidade. Depois são testados para voz, criatividade e imaginação. Eles são solicitados a criar notícias de improviso, situações hipotéticas, para testar como eles determinam os elementos essenciais da situação. Se forem escolhidos depois disto, então eles fazem um curso de curta duração em Maputo. A formação desses novos funcionários incluiria lições e exercícios práticos nas seguintes áreas:

- História da Rádio

- Lei de Imprensa

- Diferença entre Rádio e Imprensa

- Equipamento Técnico

- A Constituição

- Estatutos da Rádio Moçambique

- Recolha da Informação

- Redacção para Rádio

- Fontes de Notícias

- Pesquisa de Base

- Entrevista

- Ética do Jornalismo

O curso decorre de duas a três semanas. Geralmente os problemas surgem da proficiência na língua, falta de cultura de leitura e ensino de português (na escola).

Existem planos para formação a longo prazo. A propósito, apenas um dos formadores tem graduação em jornalismo. Os outros adquiriram experiência no trabalho. Também o seu currículo de formação ainda não está documentado. Ainda não foi formalizado. De facto, esta formação interna é relativamente nova. Não havia nenhuma formação até recentemente.

Com respeito a outros programas de formação disponíveis em outros lugares, eram da impressão de que eles eram grosso modo inadequados. A falta de seriedade da Escola de Jornalismo foi particularmente acentuada.

Eles aconselharam que o currículo das instituições de formação incluam os fundamentos do jornalismo, jornalismo investigativo e pensamento crítico “para abrir as mentes dos estudantes”.

Eles sugeriram, para os jornalistas praticantes, a organização de cursos de curta duração em áreas especiais tais como Direito, Economia, Género e Desporto. Eles apoiam a ideia de desenvolvimento da carreira nas escolas secundárias para elevar a consciência e que as rádio clubes nas escolas seriam muito úteis.

Ele lamentam a insuficiência dos recursos financeiros para lidar com a falta de recursos humanos no jornalismo.

ENCONTRO COM ARLINDO PINTO: Universidade Católica

Padre Arlindo Pinto é essencialmente o cérebro por detrás do desenvolvimento do programa de ensino e formação em jornalismo na Universidade Católica em Nampula.

De acordo com ele, eram evidente que havia uma deficiência séria entre os jornalistas em Moçambique que vem da falta de ensino formal em jornalismo. Ele decidiu fazer alguma coisa para os trabalhadores da rádio. Esta foi uma iniciativa individual e a formação durou três meses com disciplinas de português, Lei Comum, Ética, Publicidade, Estética em Rádio e Informática. No final da formação, quatro do total de trinta formandos, foram recrutados. Todos tinham a décima segunda classe.

Quase no mesmo período, o Sindicato Nacional de Jornalistas estava a fazer formação de jornalistas praticantes para as eleições. A pesas desses esforços continuava claro que os jornalistas não podiam entender e interpretar as notícias de forma efectiva. Isto conduziu à instalação do programa de comunicação na Universidade Católica em Nampula.

Ele foi solicitado a apresentar um currículo. Consultou a Universidade Católica em Portugal. Não houve uma consultação formal com os principais parceiros locais. O programa está agora no seu segundo ano e existem duas pessoas – ambos com formação formal em comunicação.

ENCONTRO COM O DIRECTOR DA ESCOLA DE JORNALISMO – Tomás Jane

Tomás Jane, director da escola, juntamente com os seus adjuntos – Feliciano Micano e José Banze, académico e administrativo, respectivamente, deram a história da instituição desde 1980. A escola começou com um ensino de interesse geral e gradualmente mudou para instituição de formação em jornalismo.

Foi apresentado um catálogo dos problemas. O mais importante deles é a falta de equipamento e facilidades de formação e o pessoal mal qualificado. Foi também reconhecido que o currículo era inadequado. O resultado é que os graduados estão mais enraizados na teoria do jornalismo que na prática.

O governo não providencia fundos para permitir que a escola realize a maioria dos seus planos. Os responsáveis admitem que os seus produtos não são da melhor qualidade, mas acrescentam que alguma culpa deveria ir para alguns editores que não cooperam com a escola na formação prática dos estudantes porque as preocupações comerciais parecem ser mais importantes.

Para lidar com este problemas, eles sugerem o seguinte:

1. O governo deveria ver os financiamentos adequados para a escola como uma prioridade.

2. Deveria se arranjar bolsas de estudos para estudantes que merecem.

3. Os docentes deveriam ser encorajados e apoiados para se especializarem.

4. As agências doadoras deveria entender a necessidade e importância de apoiar instituições tais como a deles (o director e seus adjuntos).

ENCONTRO COM O EDITOR DO DEMOS – Cassimo Ginabay

DEMOS é um jornal privado e independente publicado em Maputo, para assumir o desafio imposto pela liberalização do ambiente da comunicação social que encorajou o pluralismo.

O editor, tal como muitos outros, não tem um ensino formal em jornalismo. Ele aprendeu no trabalho. De acordo com ele, na sua redacção, “não existe especialização”. Todos são generalistas. Ele absteve-se de recrutar graduados da Escola de Jornalismo porque a “maioria deles não tem nem o básico de redacção jornalística”. “Eles nem sequer podem escrever um lead e, para além disso, eles tem problemas sérios de linguagem”. Para ele, a formação no geral é suspeita.

Ele acha que deveria haver um maneira de formar jornalistas de forma mais efectiva para haver de onde as instituições como a dele possam seleccionar os recursos humanos necessários. Ele está pronto para aceitar estudantes da Escola de Jornalismo para estágio mas tais estudantes devem estar formados até um certo ponto. Não pode aceitar ser “babá” de ninguém.

Ele gostaria de ver:

a) Uma restruturação total da Escola de Jornalismo.

b) Algum jornalismo focalizado em Moçambique.

c) Alguma regulamentação da profissão como em Direito e Medicina.

d) As pessoas como ele serem dadas oportunidades e apoio para irem para uma formação formal

e) Uma avaliação de necessidades realizada no país antes de se embarcar em nenhuma formação em jornalismo.

ENCONTRO COM O EDITOR DO SAVANA – Salomão Moyana

SAVANA é um jornal independente e privado e propriedade da cooperativa de jornalistas – Mediacoop, que foi fundado em 1994.

No começo contratou jornalistas que tinham experiência. Mais tarde tentou os graduados da Escola de Jornalismo. Esses foram um problema. Estava evidente que eles não tinham uma formação real em jornalismo na instituição. Um exame do currículo iria mostrar uma séria deficiência: muito poucas disciplinas de jornalismo, muita teoria mesmo nessas disciplinas, geralmente as disciplinas são vagas. Ele sugere um curso de diploma de nove (9) meses na escola para substituir o actual programa.

Ele vê jornalismo em Moçambique como estando num estado muito pobre e acha que o ambiente da comunicação social é livre mas os jornalistas não estão a utilizar a liberdade. Para ele, os maiores problemas com os jornalistas no país são:

a) Falta de capacidade de investigação.

b) Muitos editores não estão bem informados e não entendem o seu papel no país.

c) Os jornalistas não se engajam nos debates.

d) Desenvolveu-se muito a cultura do medo – e isto tem conduzido a muita autocensura. (Ele nota que esta autocensura apareceu muito durante as eleições)

e) Os recursos humanos nas instituições de formação não estão qualificados para ensinar jornalistas.

Ele enviou sugestões e conselhos para a Escola de jornalismo sobre como melhorar a sua situação mas as autoridades não parecem estar interessadas. Ele vê um futuro brilhante para a imprensa independente em Moçambique.

ENCONTRO COM A MINISTRA DO ENSINO SUPERIOR – Lídia Maria Arthur Brito

O baixo nível do jornalismo (especialmente na imprensa escrita) é motivo para preocupação. É preciso um alto nível de ensino para os jornalistas para produzir o tipo de jornalistas que vão lidar com temas de forma mais significativamente. O que é necessário agora é algum tipo de formação informal para os jornalistas praticante, e os órgãos de comunicação deveriam esforçar-se para formar os seus próprios jornalistas.

O Ministério é novo mas reconhece a necessidade e importância de enviar pessoas para fora do país para ganhar qualificação na área de jornalismo para funcionarem como fontes para formação de outros jornalistas a nível local. Algumas pessoas receberam bolsas de estudos para este propósito.

O Ministério desenvolveu um plano estratégico do ensino superior de 10 anos que está no seu primeiro ano de implementação. Curiosamente, neste momento, o jornalismo não aparece neste plano porque o sector da comunicação social não pressionou para isso. O sector da comunicação social precisa pressionar pelas suas de modo a colocá-las numa posição de destaque.

No workshop para articular as ideias sobre o plano, o sector da comunicação social foi convidado para participar. Em vez disso eles vieram somente como repórteres daí que não houve nenhuma contribuição deste sector no exercício da formulação do plano. O resultado é que o jornalismo dificilmente aparece a pesar da sua importância e necessidade.

Para lidar com esta situação, a comunidade da comunicação social é solicitada a vir com propostas e apresentá-las ao ministério para consideração. O sector deve aprender a ser proactivo. Por agora, o Ministério estaria disposto a ajudar a trazer profissionais para ensinar cursos em áreas especiais como educação, ambiente e saúde. Está também a planear enviar pessoas para a Academia de Ciências dos Estados Unidos para aprenderem como a comunicação social lida com diferentes áreas. De igual modo, está sendo explorada a possibilidade de cooperação com Israel para desenvolver o sector da comunicação social.

Está sendo planeado um workshop sobre Ciência e Tecnologia para Outubro de 2000 e a comunicação social deveria ver a oportunidade de explorar áreas em tecnologias de informação.

ENCONTRO COM O DIRECTOR DO GABINETE DE INFORMAÇÃO – Arlindo Lopes

O director acredita que o desenvolvimento da comunicação social em Moçambique tem sido positivo e que este desenvolvimento, especialmente na área da imprensa privada, tem sido mais melhorado pela consagração da Lei de Imprensa. Em 1990, existiam apenas cerca de três “órgãos de comunicação públicos no país. Mas desde a aprovação da Lei de Imprensa, existem quase 100 títulos e também mais estações de rádio. Porém, muitos desses estão em Maputo com circulação muito baixa.

As estações de rádio comunitária ainda não estão bem desenvolvidas. Mas no geral, o pluralismo tem sido encorajado.

O nível profissional dos jornalistas continua consideravelmente baixo e existe uma necessidade de formação uma vez que não muitos os jornalistas que tem formação formal.

O problema da Escola de Jornalismo começou do facto de que ela teve um começo confuso. Não estava claro quem era responsável pela escola no começo. No começo a escola esteve a flutuar.

Os estatutos da escola foram aprovado depois da Lei de Imprensa (1991). No começo a escola era para melhorar a educação dos jornalistas praticantes – até o nível secundário. Mas agora, existe a expectativa de que a escola deveria mudar para se tornar uma instituição superior.

Em 1994 o governo viu a escola como uma prioridade e planeou a sua transformação para se tornar uma instituição profissional com ensino especializada.

Os esforços do governo foram atrapalhados pela falta de fundos. Porém, se os doadores estiverem dispostos a apoiar a escola com equipamento, o governo vai, definitivamente comprometer fundos para o funcionamento e custos de manutenção de tais equipamentos.

Existe um forte apoio para a criação de uma política nacional de comunicação. A UNESCO e o Sindicato Nacional de Jornalistas deveriam iniciar isso.

ESBOÇO DO MODELO CURRICULAR PARA A FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

EM ÁFRICA

(Programas Sem Grau Académico)

O presente modelo curricular para programas de formação em comunicação sem grau académico pretende preparar estudantes que vão (i) buscar e reportar a verdade; (ii) usar a comunicação social para melhorar a qualidade de vida a nível local, nacional e continental; e (iii) possuem um alto senso de responsabilidade em reportar temas relacionados com o processo de democratização, boa governação, direitos humanos, género, ambiente, e outros temas que preocupam a sociedade. As instituições de formação em comunicação nos países africanos podem costurar ou modificar o currículo para adequar o ambiente histórico, cultural e as políticas nacionais. O currículo está também preparado de tal maneira que os formadores poderão adaptar e desenvolver os seus próprios programas de estudos para se adequar aos diferentes níveis.

Duração

Recomenda-se que um Programa de Certificado leve um ano ou dois dependendo das qualificações dos candidatos exigidas na secção dos candidatos. O Programa de Diploma poderia levar dois ou três anos de estudos a tempo inteiro. Assume-se que a qualificação de entrada no Programa de Certificado é o Certificado Júnior (JC), Certificado Júnior da Escola Secundária (JSS), GCE Certificado Comum ou seus equivalente. Os futuros estudantes de Diploma devem ter o Certificado da Escola Estrangeira de Cambridge (COSC), Certificado Escolar, Certificado da Escola Secundária Sénior (SSS), o Certificado Geral de Educação no Nível Avançado e outros qualificações análogas. Podem ser elaborados cursos mais curtos pelas instituições para satisfazer as necessidades e exigências locais específicas. Os participantes nesses cursos mais curtos podem ser dados certificados de participação.

Disciplinas Recomendadas

Abaixo está apresentada a classificação das disciplinas. A selecção das disciplinas deverá ser baseada nas necessidades e circunstâncias nacionais enquanto se garante a necessidade de algum nível de comparação internacional em termos de competência.

1. Redacção para a Comunicação de Massa

2. Redacção Característica

3. Desenho, Edição e Publicação de Jornais

4. Gestão da Comunicação Social

5. Novas Tecnologias de Informação e Comunicação e as suas Aplicações

6. Redacção de Scripts

7. Editores de Texto

8. Fotojornalismo

9. Diagramação por Computador

10. Redacção para Radiodifusão

11. Reportagem em Temas Públicos e Ambientais

12. Prática em Comunicação

13. Projecto de Comunicação

14. Produção em Rádio

15. Produção em Televisão e Rádio

16. Introdução às Relações Públicas e Propaganda

17. Comunicação e Internet

18. Introdução aos Métodos de Pesquisa em Comunicação Social

19. Gestão de Rádio Comunitária

20. Introdução à Comunicação de Massa

21. Fundamentos da Comunicação

22. Comunicação de Massa e Sociedade Africana

23. Psicologia Social

24. Comunicação para o Desenvolvimento

25. Ética e Legislação da Comunicação

26. Comunicação e Direitos Humanos

27. Comunicação e Democracia

28. Comunicação e Resolução de Conflitos

29. Comunicação e Política

30. Empresariado

31. Comunicação Internacional

32. Língua

Descrição das Disciplinas

Redacção para a Comunicação de Massa

A disciplina vai apresentar aos estudantes os mecanismos básicos da redacção da notícia e reportagem. Os tópicos a serem tratados vão incluir a redacção de vários tipos de leades, redacção básica e estilo de títulos. Vai também oferecer instrução prática sobre colecta de informação, organização e redacção para a imprensa escrita e electrónica. Outros tópicos incluem fontes de notícias, entrevistas, cobertura de rondas, conferências, reuniões, eventos locais e nacionais, painéis de discussão e debates para a imprensa escrita e electrónica. Os estudantes também serão exigidos a se engajarem em redacção intensiva de notícias baseado em jornalismo investigativo e interpretativo de várias agências de informação, procedimentos judiciais e eventos públicos.

Redacção Característica

Esta disciplina é para preparar os estudantes para a redacção para jornais, revistas e outras publicações especializadas, que não seja ficção. Os estudantes serão ensinados os elementos de estilo, particularmente através da concentração na organização jornalística e apresentação da informação factual. As técnicas adquiridas aqui serão úteis na redacção de notícias e características sobre tópicos de temas locais e nacionais e comentários sobre notícias internacionais.

Desenho, Edição e Publicação de Jornais

Esta disciplina é para expor os alunos ao processo de publicação de jornais incluindo o desenho e paginação; a arte e o processo de edição de manuscritos para jornais e revistas, e a habilidade de apresentar o material graficamente para alcançar valor estético para a imprensa escrita. Os tópicos incluem: princípios e práticas de edição e avaliação de notícias, redacção de títulos e legendas.

Gestão da Comunicação

Esta disciplina fornece uma ligação introdutória entre princípios de gestão e as suas aplicações para a comunicação social. A disciplina vai apresentar os estudantes à diferentes teorias de gestão e como elas afectam a moral e a produção do trabalhador. Serão introduzidos estudos de caso para ajudar os estudantes a lidar com dilemas de trabalho críticos. De entre os tópicos a serem discutidos nesta disciplina estão: história, teoria e prática de gestão, moldes de propriedade dos meios de comunicação, características das organizações, organização das redacções e estruturas da comunicação nos órgãos de comunicação social, estilos de liderança, propriedade pública e privada dos órgãos de comunicação.

Novas Teconologias de Informação e Comunicação e as suas Aplicações

Esta disciplina vai equipar os estudantes com o conhecimento sobre a história das tecnologias de informação e comunicação nos seus países. Além disso, os estudantes serão apresentados às tecnologias e aplicações dos sistemas multimedia incluindo a produção, apresentação e transmissão de vídeo, voz e dados dentro das organizações, transmissões a nível nacional e além fronteiras. Deverão ser discutidas as implicações políticas, sociais e económicas e/ou o impacto dessas novas tecnologias, incluindo a Internet no desenvolvimento humano e o trabalho dos profissionais da comunicação.

Redacção de Scripts

Os estudantes serão introduzidos aos mecanismos de redacção de script para os órgãos de comunicação electrónicos – rádio e televisão. A disciplina é para oferecer conhecimentos básicos em conceptualização, redacção e divulgação de materiais para os órgãos de comunicação electrónicos. Será colocado ênfase no uso da rádio e televisão como instrumento de desenvolvimento social em agricultura, saúde, educação, e outras áreas.

Editores de Texto

Esta disciplina está desenhada para formar os estudantes no conhecimento de operação de computador e processadores de texto para preparar artigos noticiosos. Os estudantes serão ensinados como pousar os seus dedos no teclado, como digitar correctamente e também serão ensinados o processo de correcção dos seus scripts antes de submetê-los aos seus editores ou chefes de redacção.

Fotojornalismo

Este curso lida com a aplicação das técnicas fotográficas no contexto jornalístico e enfoca particularmente na formação e orientação técnica dos estudantes no manuseio da câmara, tirar fotografia, processo de impressão e outras actividades na câmara escura, edição de imagem, incluindo fotográfica, planeamento e uso das notícias na imprensa escrita e electrónica.

Diagramação por Computador

Esta disciplina ensina os estudantes o processo de diagramação; a arte e o processo de edição de manuscritos para jornais e a habilidade de apresentar graficamente programas e materiais para produção de jornais e revistas.

Redacção para Radiodifusão

Este é um curso básico em estilo de redacção para rádio e televisão, especialmente na elaboração das peças de telejornais. Os estudantes serão exigidos que aprendam como escrever, editar e apresentar telejornais no ar e programas sobre temas públicos para as suas estações de difusão do campus, locais, regionais ou nacionais. Além disso, eles serão introduzidos à história, tecnologia e regulamentação da radiodifusão em África, com especial atenção para o desenvolvimento dos seus países.

Reportagem em Temas Públicos e Ambientais

Esta disciplina é para ajudar os estudantes a reportar profissionalmente os assuntos públicos e políticas ambientais. Ela discute os riscos da comunicação, informação, educação e relações públicas ambientais. Os formadores poderão convidar figuras públicas e ambientalistas para apresentarem e discutir temas de preocupação nacional nos seus campos de trabalho.

Prática em Comunicação

A prática vai permitir aos estudantes a oportunidade de trabalhar um mínimo de uma ou duas horas por semana como um estúdio (estação) de rádio ou estúdio (estação) de televisão ou uma publicação. Os estudantes poderão fazer as práticas com órgãos de comunicação privados, governamentais ou comunitários.

Projecto de Comunicação

Cada estudante deverá fazer quer:

i. usar os conhecimentos da investigação jornalística para investigar e reportar sobre um assunto social, político, económico ou educacional que preocupa a comunidade ou o país. O trabalho deverá ser aceite para publicação por um órgão de comunicação local ou internacional; ou

ii. usar os conhecimentos adquiridos em fotojornalismo, produção de audio, vídeo, diagramação em computador ou redacção de script para desenvolver um projecto em qualquer área de estudo. O âmbito e natureza do projecto será determinado pelo estudante em consultação com o formador na disciplina especificada.

Produção em Rádio

O curso é para introduzir os estudantes ao básico da recolha de informação, processamento e transmissão. Os tópicos vão incluir diferentes formatos de (características / documentários, revistas, drama, musicais e programas de variedades, publicidade e comerciais de rádio), programas de auditório na rádio, a entrevista, e radiojornais. Os estudantes serão também ensinados como usar gravadores para gravação de campo, edição de cassetes, e edição de símbolos usados na redacção de scripts para rádio. Como parte dos requerimentos para a disciplina, os estudantes serão exigidos que completem um projecto de rádio em qualquer dos formatos de rádio ensinados na cadeira.

Produção em Televisão e Vídeo

A disciplina vai dar enfoque no fornecimento de conhecimento na recolha e produção de notícias para televisão e outros programas. De entre diferentes formatos de programas de televisão a serem ensinados, estão os documentários, revistas, drama, musicais e programas de variedades, comerciais e programas de auditório, e entrevistas. Os estudantes serão exigidos que produzam um programa de qualidade para transmissão como parte do projecto da turma.

Introdução às Relações Públicas e Propaganda

A disciplina vai introduzir os estudantes aos principais elementos das relações públicas e a arte de escrever comunicados de imprensa para os órgãos de comunicação. Serão enfatizados os fundamentos de estabelecer e manter relações efectivas com os públicos organizacionais. A disciplina vai introduzir os estudantes ao básico em redacção e divulgação de publicidade e a estrutura de uma empresa de publicidade. Além disso, a disciplina vai apresentar os principais princípios da pesquisa, planificação, implementação, avaliação em campanhas de publicidade e relações públicas.

Comunicação e a Internet

Esta disciplina vai introduzir os estudantes à Internet e o conceito bem como os conhecimentos necessitados pelos profissionais dos órgãos de comunicação para usá-la de forma efectiva. Os estudantes vão também aprender a se comunicar com outros via Internet e e-mail. Serão expostos a vários instrumentos de busca no “world wide web” e como os indivíduos e as organizações podem ter as suas próprio “home pages” na Internet.

Introdução aos Métodos de Pesquisa em Comunicação Social

A disciplina é para introduzir os estudantes a alguns conceitos básicos e o processo da comunicação de massa. Ela vai expor os estudantes às técnicas de usar entrevistas, análise de conteúdo, questionários e painéis de discussão para colher dados, como analisar dados e preparar um relatório de pesquisa bem como o uso dos métodos de pesquisa a redacção de uma reportagem de investigação. Os estudantes vão também aprender a preparar uma simples proposta de pesquisa.

Gestão de Rádio Comunitária

Esta disciplina é desenhada para estimular o interesse dos estudantes em criar e operar estações de rádio comunitárias. Os tópico a serem discutidos incluem princípios básicos de gestão, os elementos essenciais para a radiodifusão comunitária (incluindo o acesso, fornecimento, responsabilidade, disponibilidade), participação comunitária e a sua importância, organizar e formar voluntários para a transmissão e planificação para e pela comunidade.

Introdução à Comunicação de Massa

A disciplina vai introduzir os estudantes para a estrutura e funções dos órgãos de comunicação de massa; criação, distribuição e exibição dos conteúdos dos meios de comunicação de massa; considerações legais e éticas. A disciplina inclui todas as formas de comunicação de massas – jornais, revistas, rádio, televisão, publicação de livros, relações públicas, publicidade, fotojornalismo e comunicação mediada por computador. A disciplina começará com uma análise do processo de comunicação e termina com as oportunidades da carreira de comunicação. Vai discutir os pontos fortes, fraquezas, direitos e responsabilidades de cada meio.

Fundamentos da Comunicação

Esta disciplina é desenhada para introduzir os estudantes às áreas gerais da comunicação humana. Essas áreas incluem o significado, o propósito, tipos e processos da comunicação em geral e comunicação de massa em particular. Os estudantes serão expostos aos modelos da comunicação, a natureza do fluxo da informação na sociedade e as exigências para uma redacção para a imprensa escrita ou electrónica.

Comunicação de Massa e Sociedade Africana

Esta disciplina vai examinar a evolução histórica dos meios de comunicação de massa (ambos tradicional e moderno) em África bem como o papel e as actividades dos profissionais de comunicação. Será examinado o tratamento da mulher nos órgãos de comunicação. A disciplina vai também discutir o relacionamento governo – órgãos de comunicação. Vai examinar os debates sobre o papel jogado pelas formas populares das culturas africanas nas sociedades contemporâneas.

Psicologia Social

Os estudantes deverão estar familiarizados com tópicos como persuasão, propaganda, influência social e comportamento pro-social. A disciplina irá discutir o papel e a influência dos chefes africanos, idosos e líderes comunitários. Vai enfatizar os princípios que determinam as crenças africanas, criação de atitudes e motivar comportamento.

Comunicação para o Desenvolvimento

Esta disciplina foi desenhada para fornecer aos estudantes uma visão geram do papel da comunicação no desenvolvimento nacional. Além do estudo dos aspectos históricos, sociais, económicos, psicológicos, políticos e educacionais da comunicação social, a disciplina vai explorar o impacto e as influências da comunicação de massa como uma instituição social e como um instrumento para influenciar no desenvolvimento da alfabetização, planeamento familiar, educação, saúde e produtividade agrícola.

Legislação e Ética da Comunicação

Os estudantes serão introduzidos à Lei, Ética e Códigos de Conduta, que são relevantes para a comunicação de massas. Isto vai incluir o direito do homem à liberdade de expressão e liberdade de imprensa, em particular, ambos instrumentos internacionais, leis e Constituições nacionais. Leis relacionadas com o respeito do direito dos outros, em particular a reputação (difamação) e a sua privacidade, bem a lei relativa à publicidade e direitos do autor.

Comunicação e Direitos Humanos

Esta disciplina é para enfatizar a importância do papel jogado pelos órgãos de comunicação na protecção dos direitos humanos e fazer os estudantes entenderem que os meios de comunicação estão correlacionados com os direitos humanos e são os garantes desses direitos.

Comunicação e Democracia

Esta disciplina vai discutir a relação entre a comunicação e o papel dos profissionais de comunicação no fortalecimento da democracia em África. Vai examinar o conceito de democracia; propriedade e controlo dos meios de comunicação; minorias e temas da mulher; a influência da política e dos políticos na prática da comunicação.

Comunicação e Resolução de Conflitos

O enfoque desta disciplina será sobre como os órgãos de comunicação reportam os conflitos no mundo, e particularmente em África. Usando uma abordagem de seminário, o curso vai discutir prováveis caminhos de tomar decisões éticas em reportar situações conflitos internas e externas. Os estudantes serão também introduzidos às técnicas básicas de resolução de conflitos e negociação bem como alguns dos problemas que afectam as sociedades africanas incluindo a etnicidade, a possibilidade da intrusão dos militares na política e a marginalização da mulher.

Comunicação e Política

Esta disciplina vai permitir aos estudantes a tomar uma visão crítica sobre como os órgãos de comunicação africanos reporta a política a nível local, nacional e internacional. A disciplina vai discutir os diferentes estratos e composição de um governo e onde a informação sobre temas específicos poderá ser procurada. Serão discutidos os vários sectores do governo que incluem o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, e como cada um desses afectam ou influenciam o funcionamento dos outros.

Empresariado

Esta disciplina vai oferecer aos estudantes conhecimento e a compreensão de o que é necessário para criar o seu próprio negócio. Isto envolve a conceptualização de um negócio; o desenvolvimento de um plano de negócio; como procurar fundos para criar um negócio; prática de manter bons registos financeiros e administrativos e como organizar estudos de viabilidade; avaliação das necessidades e/ou pesquisa de mercado.

Comunicação Internacional

Esta disciplina vai explorar o papel dos órgãos de comunicação internacionais nos assuntos mundiais e o seu impacto em África. Serão discutidos os esforços dos países africanos e outros em desenvolvimento para cooperar e compartilhar os produtos da comunicação através de órgãos como a Agência Pan-africana de Notícias, a União das Rádios Nacionais, a Organização das Televisões de África e a Inter Press Service. A disciplina vai examinar os sistemas e os temas da comunicação global.

Línguas

Esta disciplina vai fornecer aos estudantes alguns conhecimentos sobre o papel da língua na comunicação verbal e escrita e no contexto social, psicológico cultural no qual a comunicação verbal tem lugar. De entre os tópicos da disciplina estão: como a comunicação verbal ocorre, língua e poder, controlo, língua e construção da identidade pessoal e social, língua e ideologia, língua e resolução de conflitos, língua e integração nacional, e língua e criatividade.

ESBOÇO DO MODELO CURRICULAR PARA A FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

EM ÁFRICA

(Programas Com Grau Académico)

O modelo curricular aqui proposto vai oferecer formação em comunicação conduzindo ao B.A. em (Geral), B.A. (Licenciatura), graus de M.A. em Jornalismo, Radialismo (Rádio e Televisão), Relações Públicas, Publicidade, Publicação de Livros, Fotojornalismo e Filme, e programa de Doutoramento em qualquer área de interesses em comunicação social.

A admissão ao primeiro programa, em qualquer área de especialização é na base do Certificado Geral de Educação (GCE), passagem de nível regular com no mínimo seis disciplinas incluindo, no mínimo, um B em língua inglesa, e não menos que duas disciplinas passadas no GCE, Nível Avançado. O programa do grau de B.A. (Geral) é de três anos ou seis semestres; sendo cada ano dividido em dois semestres enquanto que o programa de B.A. (Licenciatura) é de quatro anos ou oito semestres.

Os estudantes são exigidos a tomar no mínimo 20 unidades de créditos por semestre e ter a área de concentração secundária em uma das áreas de especialização acima mencionadas. O currículo proposto cobre as quatro categorias para a formação dos jornalista, nomeadamente estudos e teoria da comunicação, gestão e pesquisa da comunicação, redacção em comunicação, e produção em comunicação.

Para se alcançar a integração e o equilíbrio, as quatro categorias do ensino da comunicação foram unidas, com conteúdos de ciências humanas, sociais e naturais, produzindo um currículo desdobrado em três – profissional, contextual e capacidade – que combinam ambos o escopo e a sequência. Consequentemente, todos os estudantes são exigidos que tomem disciplinas abaixo listadas durante os dois semestres do primeiro ano, independentemente da sua eventual área de especialização.

Assim, o primeiro ano do programa de graduação é o seguinte:

ANO I

Primeiro Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas exigidas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Comunicação de Massa 2

História da Comunicação de Massa 2

Sistema de Comunicação Africano 2

Governo e política 2

História Africana 2

Uso do Inglês 1 3

Redacção para os Meios de Comunicação de Massa 3

Dactilografia 2

Disciplinas Opcionais

Durante o primeiro semestre, os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina da lista:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Filosofia da Ciência 2

Introdução à Ciência Política 1 2

Introdução à Psicologia 1 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Os estudantes são requeridos a tomar uma segunda disciplina de língua que pode ser ocidental ou nacional, dependendo das circunstâncias de cada país africano. Veja o exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Francês Essencial 1 2

ANO I

Segundo Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação e Sociedade 2

Sistema Nacional de Comunicação 2

História dos Meios de Comunicação Nacional 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução à Lógica e Filosofia 2

Uso da Língua II 3

Redacção para os Meios de Comunicação 3

Processamento de Texto 2

Disciplinas Opcionais

Durante o segundo semestre os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina da lista abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução Psicologia II 2

Introdução Ciência Política II 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Os estudantes são exigidos a tomar uma outra disciplina numa segunda língua que foi validada no semestre anterior. Por exemplo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Francês Essencial II 2

As disciplinas do primeiro e segundo semestres acima listadas são todas introdutórias para preparar os estudantes para as disciplinas avançadas mais tarde no programa. O mais importante, as disciplinas estão desenhadas para dar ao estudante do princípio, capacidades e conhecimento da profissão. As unidades de créditos dependem da frequência das aulas oferecidas por semana. Cada aula é uma dura uma hora, incluindo um intervalo de dez minutos a caminhar para o fim de uma hora.

Descrição das disciplinas

Introdução Comunicação de Massa

Considerada como uma forma de comunicação humana, a disciplina é uma visão geral do progresso feito pelo homem para se comunicar com outro. A pesquisa de comunicação de massa incluindo os desenvolvimentos tecnológicos. Ela examina as característica, funções e conteúdos, operações e impacto dos meios de comunicação de massa dentro e entre nações.

História dos Meios de Comunicação de Massa

Traça as maiores tendências no desenvolvimento da comunicação de massa desde a invenção do papel até a Internet de hoje.

Sistema de Comunicação Africano

Pesquisa os sistemas de comunicação de massa do passado e do presente contra as origens da cultura política da África.

Governo e Política

Uma visão geral das característica, necessidade, funções e formas de governo assim como o processo político através uns trazem as acções dos outros na sociedade sob o controlo do governo.

Princípios de Economia

Introduz os estudantes ao conceitos económicos para dar um quadro de instrumentos básicos para análise dos problemas sociais.

História Africana

Focaliza no lugar do desenvolvimento histórico da África desde os tempos pré-históricos até o presente. Serão destacados o Egipto Antigo, Núbia, Cartagenia, o Comércio de Escravos, a Colonização e a guerra pela independência.

Uso do Inglês (ou qualquer primeira língua de trabalho)

Oferece formação em habilidades iniciais da língua. É enfatizado a proficiência em gramática, a importância da claridade, simplicidade e concisão na língua.

Redacção para a Comunicação de Massa

Instrução e prática em redacção para os meios de comunicação de massa com maior ênfase sobre o desenvolvimento de estilo jornalístico.

Dactilografia

Introduz os estudantes à tecnologia do computador. Enfatiza o domínio do uso do teclado.

Filosofia da Ciência

Mostra que o conhecimento humano sobre uma área do conhecimento é limitado pelo seu poder de previsão. A analogia das ciências naturais e sociais serve para ilustrar a filosofia da ciência.

Introdução à Ciência Política I

Promove o estudo do governo e política através explorando a sua habilidade de prever o rumo dos eventos políticos. A ênfase estará nas formas de governo, das constituições e os diferente órgãos do governo, uma análise do Estado como um aspecto da sociedade e a consideração das visões teóricas sobre como o governo deve ser e deve fazer.

Introdução à Psicologia I

Enfatiza os conceitos da teoria psicológica do interesse dos estudantes de comunicação tais como a sociedade e o indivíduo, a cognição individual e social, relações grupo-indivíduo, disciplinas compreendidas como comportamento e persuasão e mudança de atitude.

Introdução à Lógica e Filosofia

Uma visão geral da ciência do raciocínio e a investigação da última verdade.

Comunicação e Sociedade

Exame dos órgãos de comunicação de massa como uma instituição social com particular atenção para os conceitos sociológicos pertinentes, temas e problemas, o papel e a relação dos meios de comunicação de massa com relação a instituições sociais maiores. O maior objectivo é captar a atenção dos estudantes para a sociologia e o profissionalismo dos meios de comunicação de massa e mostras como a comunicação pode jogar um papel crítico no desenvolvimento.

Sistema Nacional de Comunicação

Análise dos eventos e personalidades significantes na história dos meios de comunicação de massa (do país onde a instituição de formação está localizada) do ponto de vista político, social e económico. Examina a dinâmica dos meios de comunicação de massa (no país em estudo) e os seus papéis institucionais.

História dos Meios de Comunicação Nacionais

Uma visão geral da história dos meios de comunicação de massa (no país onde a instituição de formação está localizada). O objectivo é levantar a consciência dos estudantes expondo-os às raízes do sistema nacional de comunicação.

Uso do Inglês II

Uma disciplina adicional sobre o domínio prático da primeira língua de trabalho.

Redacção para os Meios de Comunicação de Massa

Uma disciplina adicional em redacção para os órgãos de comunicação de massa.

Processamento de Texto

Uma disciplina adicional na capacidade de usar computador.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as seguintes disciplinas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundamentos da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Reportagem Noticiosa 3

Fundamentos do Discurso da Comunicação 3

Capacidade de Uso de Computador 3

Exigência da Língua Moderna

Os estudantes são exigidos a tomar mais uma disciplina cada, na primeira e na segunda língua de trabalho. Por exemplo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso do Inglês III 2

Uso do Francês III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as seguintes disciplinas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução ao Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Pesquisa em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Paginação 3

Reportagem Avançada 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina de reportagem especializada da lista abaixo durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem especializada: Saúde 2

Reportagem especializada: População 2

Reportagem especializada: Meio Ambiente 2

Reportagem especializada: Finanças 2

Reportagem especializada: Agricultura 2

As disciplinas do terceiro e quarto semestres listadas acima são para reforçar o material que foi introduzido durante o primeiro e segundo semestres na perspectiva das habilidades profissionais e educação do conhecimento geral. A especialização começa com o primeiro semestre do segundo ano. Consequentemente, a descrição das disciplinas que se seguem são para os estudantes que se especializam em jornalismo.

Descrição das Disciplinas

Fundamentos da Radiodifusão

O objectivo é dar ao estudante uma visão geral das bases física, técnica e social da difusão em rádio e televisão. Vai estudar também as condições e as pessoas que tornam a radiodifusão possível, e pesquisar os diversos ambientes das estações de radiodifusão e redes.

Princípios das Relações Públicas

Introduz os estudantes aos conceitos, teorias e prática das Relações Públicas e enfatiza a sua importância em ambas as organizações com ou sem fins lucrativos.

Introdução à Publicidade

Uma revisão geral dos princípios fundamentais da disciplina de publicidade.

Economia e Meios de Comunicação

A disciplina vai examinar a aplicação dos princípios económicos no negócio dos meios de comunicação. Será dado ênfase sobre os custos de produção, promoção da audiência e renda de publicidade.

Elementos de Boa Governação

Esta é uma disciplina especializada nos elementos da forma democrática de governo. Serão explorados os temas das liberdades individuais e colectivas, direitos humanos, eleições livres e justas, paz e tolerância.

Introdução à Sociologia

Esta disciplina é uma introdução à teoria do comportamento social. Serão enfatizadas quatro grandes áreas de interesse especial dos estudantes de comunicação: cultura e comportamento, patologia social, dinâmica de grupo e controlo social, e desvio social.

Reportagem Noticiosa

Esta disciplina prática está desenhada para permitir os estudantes a se tornarem proficientes na preparação de textos publicáveis sob prazos. Vai examinar várias definições de notícia bem como a estrutura da notícia e outras formas jornalísticas.

Reportagem especializada

Esta disciplina está desenhada (i) para dar instrução em técnicas de reportar temas especializados, tais como agricultura, saúde, população, finanças, etc. E (ii)expor os estudantes à literatura básica bem como exemplos excepcionais de reportar esses temas.

Fundamentos do Discurso em Comunicação

Uma visão geral das qualidades físicas e artística para uma oratória pública efectiva.

Capacidade de Usar Computador

Uma disciplina prática avançada sobre computadores e outras operações multimedia.

Introdução às Ciências Bibliotecária

Os estudante serão introduzidos aos princípios e práticas dos cuidados e administração de uma biblioteca. Será enfatizada a conservação e restauração, leis de direitos autorais e regulamentos e marketing.

Introdução ao Filme e Cinema

Exame do filme como um meio de comunicação e cinema como um cenário da comunicação com articular referência a literatura e as suas várias formas – a estória curta, a novela, o poema e drama – serão o foco. A disciplina será também uma visão geral dos tipos de filmes – documentário (não ficção), e avant-garde – o papel do cinema em ambas comunidades rural e urbana.

Introdução ao Fotojornalismo

Uma introdução prática à fotografia notícia caracterizando um enraizamento sólido nas técnicas básicas de câmara e câmara escura, mas também colocando ênfase no desenvolvimento de grande sensibilidade das pessoas e circunstâncias e eventos para as quais o fotojornalista será exigido a tirar fotografias que comunicam. Serão dados destaque os fundamentos da fotografia, o manuseamento de diferentes câmaras, o processamento de fotografias e o uso do equipamento fotográfico padrão e materiais no laboratório fotográfico.

Teorias da Comunicação

A disciplina vai explorar e analisar as maiores teorias que lidam com a natureza, usos e efeitos da comunicação de massa. Será discutido na disciplina o relacionamento entre a teoria e a pesquisa e a relevância desta última para o sucesso da anterior.

Introdução à Pesquisa em Comunicação

Os estudantes serão introduzidos aos métodos de pesquisa em ciências sociais com uma tendência para os processos e efeitos da comunicação, particularmente a recolha de dados. Será examinada a pesquisa de levantamentos e a sondagem de opinião pública, desenho de pesquisa para estudos exploratórios e descritivos para permitir os estudantes a testa hipóteses casuais. O objectivo é permitir aos estudantes analisar os dados de uma pesquisa e avaliarem criticamente qualquer pesquisa das ciências sociais. É também para ajudar os estudantes a aplicar os métodos aprendidos na realização de projectos de pesquisa.

Introdução à Gestão em Comunicação

A disciplina é uma aplicação da teoria económica e dos princípios de gestão para a sector da comunicação.

Introdução à Estatística

É uma disciplina introdutória de estatística de nível de graduação. Será principalmente descritiva. Vai implicar conceitos tais como percentagem, médias, desvio padrão e coeficientes de correlações.

Paginação

É uma disciplina prática em desenho e produção de jornal. Elaborada para desenvolver as capacidades criativas, envolve a planificação, diagramação e desenho da forma e tamanho de cada página.

Reportagem Avançada

Esta é uma continuação da instrução e prática em técnicas de recolha e redacção de notícias. Dá um passo à frente colocando ênfase sobre a reportagem investigativa e outras capacidades de reportagem de profundidade.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as disciplinas listadas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação 2

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação II 2

Estágio em Comunicação 3

Edição 3

Reportagem Investigativa 2

Diagramação por Computador 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as disciplinas listadas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias da Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão e Produção de Jornal 3

Reportagem de Agência de Notícia 2

Redacção Editorial 3

Redacção Característica 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo durante o segundo semestre.

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Projecto de Pesquisa em Comunicação 4

Descrição das Disciplinas

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação

Esta disciplina pretende desenvolver a capacidade analítica e crítica dos estudantes, é uma disciplina de graduação sobre a organização e reportagem de dados de pesquisa, em aplicação dos princípios da metodologia de pesquisa em ciências sociais.

Comunicação para o Desenvolvimento

A disciplina focaliza no uso dos princípios da comunicação para a análise e reportagem dos problemas do desenvolvimento. Serão examinados diferentes conceitos de desenvolvimento – desenvolvimento rural integrado, problemas de extensão rural, planeamento familiar, saúde e outros problemas ambientais e a formulação de estratégias apropriadas.

Legislação da Comunicação de Massa

Uma visão geral sobre o quadro legar que afecta o funcionamento dos órgãos de comunicação de massa. Será destacado o desenvolvimento e crescimento institucional da liberdade de expressão e da imprensa, os privilégios e constrangimentos que cercam os meios de comunicação de massa, a difamação, a sedução, a privacidade, o desprezo, a obscenidade e os regulamentos governamentais.

Consultoria em Comunicação Social

Uma introdução às estratégias e operações de uma agência de consultoria em comunicação

Edição

Os estudantes serão ensinados a editar no estilo apropriado para os órgãos de notícia. Será dado ênfase na preparação dos artigos e fotografias para a publicação de jornais.

Reportagem Investigativa

Um exame em profundidade das técnicas de pesquisar, reverificar, desenvolvimento de um senso agudo de julgar e reportar os factos da notícia escondidos.

Diagramação por Computador

Uma introdução à aplicação das tecnologias de comunicação modernas para um espectro maior de publicações de padrão profissional. Será examinado o uso do computador, variedade de facilidades, tipográficas e gráficas – tamanho da página, tipo de estilos e tamanhos, linhas, caixas e sombras.

Literatura da Comunicação de Massa

Os estudantes são requeridos a fazer uma revisão crítica de meia dúzia de livros ou mais, de temas relacionados com comunicação.

Comunicação Organizacional

Examina os elementos básicos de organizar e operacionalizar comunicações dentro de uma organização e apresentá-las para o público.

Comunicação Internacional

Iniciação ao estudo da notícia mundial o sistema de fluxo de informação. Vai implicar examinar as notícias internacionais – as agências que as recolheram e o papel da correspondência estrangeira.

Tecnologias de Comunicação

Uma pesquisa das tecnologias modernas de comunicação de notícias e o seu impacto nos países em desenvolvimento com intenção de manter os estudantes a par dos últimos desenvolvimento no campo. Vai envolver exercícios práticos para facilitar o uso dos instrumentos.

Ética da comunicação de Massa

Padrões éticos e morais aplicáveis para a comunicação de massa. As responsabilidades dos indivíduos, grupos e organizações engajadas na construção da mensagem, transmissão ou consumo, particularmente no campo da notícia e negócios públicos.

Marketing Social

Uma visão geral da aplicação dos princípios de publicidade para vender ideias ou produtos de dimensão societal.

Gestão e Produção de Jornais

Aplicação da teoria da economia e gestão à gestão de jornais. Os estudantes vão estudar a gestão de um jornal seleccionado.

Reportagem de uma Agência de Notícias

Será examinada a particularidade de uma agência de notícias e os princípios da recolha e redacção da notícia serão adaptados para um tipo especial de reportagem exigida para uma agência de notícias.

Redacção Editorial

Será examinado um trabalho intensivo na teoria e prática de redacção de editoriais e colunas baseado em opiniões, com ênfase sobre a análise e interpretação de eventos.

Redacção Característica

Redigindo, analisando e promovendo/vendendo artigos factuais para jornais, revistas de interesse geral e especializadas. Esta disciplina explorar também o assunto pesquisa, investigação das necessidades editoriais, problemas éticos e legais e a preparação de manuscritos.

Temas em Pesquisa de Comunicação

Serão explorados os problemas inerentes à pesquisa na ciência social – diferenças sociais, custos, logística, financiamento.

Comunicação Intercultural

Serão examinadas as diferenças entre pessoas resultantes das origens culturais e a dominação do sistema de imprensa pelas nações ricas e poderosas.

Projecto de Pesquisa em Comunicação

Os estudantes que se especializam em jornalismo vão realizar um projecto de pesquisa para o grau de bacharelato e submeter um relatório de cerca de 60 páginas.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomares as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios da Relações Públicas 2

Introdução Publicidade 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução Sociologia 2

Redacção e Produção de Programas de Rádio 3

Apresentação e Interpretação 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a tomar mais a primeira e a segunda disciplina de língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa 2

Uso da Língua Francesa 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são requeridos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução Ciências Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução Pesquisa em Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Reportagem e Produção da Notícia Radiofónica 3

Operações de Estúdio de Rádio Televisão 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma disciplinas abaixo durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem Especializada: Saúde 2

Reportagem Especializada: População 2

Reportagem Especializada: Meio Ambiente 2

Reportagem Especializada: Finanças 2

Reportagem Especializada: Agricultura 2

Descrição das Disciplinas

Redacção e Produção de Programa de Rádio

Exame dos elementos e actividades do processo de redacção com especial atenção para a natureza da rádio e sua audiência. O foco será sobre a redacção de programas de auditório, anúncios, contos de testemunhas oculares e revistas.

Apresentação e Interpretação

Serão examinados os fundamentos da expressão e a natureza do discurso. Revisão das técnicas de interpretação com relação ao microfone e câmara bem como os tipos de interpretação tais como o actor, apresentador de continuação, disc jokey, repórter de notícia, entrevistador, mestre de cerimónia e narrador. Estão também calendarizados os exercícios práticos em vários papeis.

Reportagem e Produção da Notícia Radiofónica

Será estudado o processo de reportagem em radiodifusão, a revisão das fontes e elementos da notícia. Será enfatizada a recolha e redacção da notícia para rádio, o exame da cópia da notícia radiofónica e as regras para a sua preparação bem como a produção da notícia, resumos, boletins de vários formatos e a introdução à revista de notícia radiofónica.

Operações do Estúdio de Rádio e Televisão

O foco desta disciplina será a análise sistemática do estúdio / tecnologia da sala de controlo de rádio e televisão e a natureza do som. Serão realizados exercício práticos em estúdio, procedimentos padrão de operação e o uso das facilidades do estúdio.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação 2

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Estágio em Comunicação 3

Produção de Filme para Televisão 3

Redacção e Produção de Programa de Televisão 2

Reportagem e Produção da Notícia Televisiva 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma das disciplina abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura de Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a tomares as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão e Operação de Estações 3

Produção de Drama e Documentário 3

Comentário de Radiodifusão e Redacção Crítica 2

Radiodifusão Educacional 2

Projecto de Pesquisa em Radiodifusão 4

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma disciplina abaixo listada durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Descrição de Disciplinas

Produção de Filme para Televisão

Uma visão geral da sector da televisão e o relacionamento do filme para a televisão. Estabelecendo contactos com as redes de estações de televisão e arranjando encontros de cooperação, cumprir os prazos e resolvendo conflitos artísticos.

Redacção e Produção de Programas de Televisão

Uma análise compreensiva do processo de redacção como ela é pertinente para a televisão. Análise e avaliação dos scripts da televisão e produção de programas de auditório, entrevistas, debates e programas de revista. Será acompanhada por exercícios de redacção intensivos.

Gestão e Operação de Estações

Gestão diária prática de uma estação de rádio e televisão envolvendo a planificação, calendarização, controlo de tráfico, gestão de pessoal, panificação e direcção de transmissões especiais externas e simulação de uma transmissão ao vivo.

Produção de Drama e Documentário

Um exame dos problemas envolvidos na produção de drama e documentário para a televisão: distribuir papéis, orçamentação, interpretação. O foco será sobre drama ou documentário para rádio e televisão.

Comentário para Radiodifusão e Redacção Crítica

Exame da opinião, função do jornalismo e tipos de programas de comentário com particular atenção para o editorial e ênfase na aplicação dos princípios derivados da pesquisa em comunicação persuasiva e mudança de atitudes. É feita a distinção entre comentário e redacção crítica; entre tipos de crítica e revisão de arte para rádio e televisão.

Radiodifusão Educacional

Avaliação das potencialidades e limitações da rádio e televisão. Avaliação das abordagens pedagógicas e técnicas de produção; fóruns e rádio clubes. Planificação e produção de programas educacionais; produção de materiais suplementares e auxiliares para o ensino.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Relações Públicas são requeridos a tomar as disciplinas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações de Marketing de Publicidade e Relações Públicas 3

Fundações de Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução Sociologia 2

Redacção para as Relações Públicas 3

Capacidade de Usar Computador 2

Estágio em Relações Públicas 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa II 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplina Exigidas

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução ao Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Fundamentos das Relações dos Meios de Comunicação 3

Planificação das Relações Públicas dos Meios de Comunicação 3

Ética das Relações Públicas 2

Projecto de Pesquisa 2

Descrição das Disciplinas

Fundações do Marketing de Publicidade e Relações Públicas

Um estudo da publicidade e relações públicas como instrumentos que podem ser usados para anunciar ou promover um produto, pessoa, organização ou ideia. Será examinada a arte e a ciência de marketing como base para determinar a necessidade e o tipo de solução de comunicação que pode lidar com os problemas de marketing de forma ais efectiva em diferentes situações.

Redacção para as Relações Públicas

Serão revistos os princípios de uma redacção efectiva em Relações Públicas. Será realizada a prática em estilo de redacção, comunicados de imprensa, brochuras, discursos, etc.

Fundamentos das Relações dos Órgãos de Comunicação

Análise das maneiras de estabelecer uma reputação e credibilidade com os guardiões da comunicação.

Planificação das Relações Públicas dos Órgãos de Comunicação

A preparação de um plano de relações públicas para um órgão de comunicação. Análise dos vários meios de comunicação em termos de audiência alvo alcançada e a frequência do alcance. Será dada consideração para outros factores cruciais na sintonia dos órgãos de comunicação e a audiência alvo.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os alunos de relações públicas são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Relações Públicas 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Relações Comunitárias 2

Relações Públicas Internacionais 2

Ética da Comunicação de Massa 3

Estágio em Relações Públicas 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes das relações públicas são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética em Relações Públicas 2

Marketing Social 2

Gestão de Agência de Relações Públicas 3

Relações Públicas e Comportamento do Consumidor 3

Temas em Relações Públicas 2

Reportagem de Pesquisa 2

Projecto de Pesquisa em Relações Públicas 4

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a escolher uma disciplina abaixo listada:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Descrição das Disciplinas

Relações Comunitárias

Examina as tendências correntes das relações na comunidades e o quão efectivas as relações comunitárias podem ser um elemento essencial num programa geral de relações públicas. A disciplina vai dar ênfase nas abordagens tradicionais e nos histórias de caso para demonstrar como estar à altura das situações de crise.

Pesquisa em Relações Públicas

Aplicação dos métodos de pesquisa em ciências sociais, principalmente os métodos qualitativos e quantitativos, no contexto das relações públicas. Será dada ênfase sobre orçamento, cópia e pesquisa em comunicação.

Relações Públicas Internacionais

Análise das tendências, temas e problemas que confrontam os departamentos das relações públicas em corporações multinacionais e outras organizações envolvidas em comércio internacional e negócios.

Gestão de Agências de Relações Públicas

O estabelecimento de regras efectivas para a criação de uma empresa de relações públicas. Será dada ênfase na organização e gestão dos vários departamentos de uma agência de relações públicas.

Relações Públicas e Comportamento do Consumidor

A disciplina vai mostrar como as políticas e programas apropriados de relações públicas podem evitar ou ajudar a resolver problemas dos consumidores. Vai cobrir os movimentos dos consumidores e o seu impacto no mercado e como trabalhar isso com os defensores do consumidor para o benefício das organizações.

Ética em Relações Públicas

Um exame dos padrões éticos e morais aplicáveis para o contexto das relações públicas. As responsabilidades éticas dos indivíduos, grupos e organizações engajadas nas actividades de relações públicas particularmente nas suas relações com os órgãos de comunicação de massa e o público geral.

Temas em Relações Públicas

Um exame dos temas actuais que não foram incluídos nas disciplinas consagradas.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomarem as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações de Marketing de Publicidade 2

Fundações de Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Relações Comunitárias 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução à Publicidade 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Fundamentos do Discurso em Comunicação 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira ou segunda língua de trabalho como indicado no exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução a Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Pesquisa em Publicidade 2

Introdução Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Edição em Publicidade 3

Produção e Diagramação em Publicidade 3

Estágio em Publicidade 3

Descrição das Disciplinas

Pesquisa em Publicidade

Aplicação das metodologias de pesquisa em ciências sociais na publicidade particularmente os métodos quatitativos e qualitativos. Será dado ênfase no orçamento, cópia e pesquisa de comunicação.

Edição em Publicidade

Teoria e prática de redigir mensagens publicitárias efectivas para a imprensa escrita e de radiodifusão. A prática incluirá o trabalho de laboratório, uso de apelos positivos e negativos, a mistura verbal e visual criativa. Será colocada ênfase sobre nos aspectos criativos da publicidade.

Introdução à publicidade

Uma revisão geral dos princípios fundamentais da disciplina de publicidade.

Diagramação e Produção de Publicidade

Entendimento do trabalho do departamento de produção e o seu papel em juntar mensagens publicitárias. Planificação da diagramação e produzir mensagens.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Pesquisa de Comunicação 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Planificação da Publicidade dos Meios de Comunicação 3

Campanhas de Publicidade 2

Estratégias de Publicidade Criativa 2

Ética na Comunicação 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomas as disciplina abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética em Publicidade 2

Marketing Social 2

Gestão de Agência de Publicidade 3

Pesquisa em Publicidade 2

Publicidade e Comportamento do Consumidor 2

Estudos de Caso em Gestão de Publicidade 3

Publicidade e Relações com o Cliente 2

Projecto de Pesquisa em Publicidade 4

Descrição das Disciplinas

Planificação da Publicidade dos Meios de Comunicação

A preparação de um plano de publicidade de publicidade em comunicação incluindo a análise de vários meios de comunicação em termos de audiência alvo alcançada e a frequência do alcance. Será também considerado um outro factor importante na sintonização dos meios de comunicação com o mercado.

Campanhas de Publicidade

Planificação e execução de uma campanha implica uma pesquisa de mercado e do consumidor, desenvolvimento e alocação de orçamento de publicidade, organização e funções da agências de publicidade, selecção do meio de comunicação, escolha dos apelos publicitários, preparação e produção de publicidade.

Estratégias de Publicidade Criativa

Envolve explorar a teoria e prática de redacção de mensagens de publicidade efectivas para os órgãos de comunicação impressos e de difusão. A teoria incluirá os aspectos económicos, sociais e éticos; a prática irá envolver a redacção de exemplares de publicidade, trabalho de laboratório e a preparação de desenhos. Será dada ênfase nos aspectos criativos da publicidade.

Ética em Publicidade

Os padrões éticos e morais aplicáveis à disciplina de publicidade. Será dada ênfase nas responsabilidades éticas dos indivíduos, grupos e organizações engajadas na produção, transmissão ou consumo de mensagens publicitárias.

Gestão de uma Agência de Publicidade

O estabelecimento de regras efectivas para começar um negócio em publicidade. A organização e gestão de vários departamentos de uma agência de publicidade.

Estudos de Caso em Gestão de Publicidade

Análise de situações actuais de publicidade e a exploração de como tais situações podem ser efectiva e eficientemente tratadas.

Publicidade e Comportamento do Consumidor

Exame de estratégias e programas de publicidade apropriados que podem contribuir para a solução dos problemas do consumidor. A disciplina vai cobrir os movimentos do consumidor e o seu impacto no mercado de publicidade e como trabalhar com os defensores dos consumidores para o benefício das empresas de publicidade.

Relações Cliente e Agência

O desenvolvimento de estratégias de marketing para manter boas relações entre a agência de publicidade e os seus clientes e potenciais clientes.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Edição de Livros

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Edição de livros são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História e Desenvolvimento da Edição de Livros 3

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Introdução à Edição de Livros 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Diagramação e Desenho de em Edição de Livros 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Estágio em Edição de Livros 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livros são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Edição de Livros

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livros são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução às Ciências Bibliotecárias 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Edição de Manuscrito 3

Avaliação de Manuscrito 3

Pesquisa em Edição de Livro 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Estágio em Edição de Livro 3

Descrição das Disciplinas

História e Desenvolvimento da Edição de Livros

Uma revisão da história das origens da edição do livro. Os destaque da disciplina incluirão a invenção do papel, impressão e diagramação por computador, etc.

Introdução à Edição de Livro

Exame da edição do livro como uma actividade cultural e como negócio. Isto vai implicar o estudo do ambiente da edição do livro, edição do livro como uma indústria de massa, as divisões da indústria e um olhar sobre o processo, actividades da indústria e associações.

Diagramação e Desenho em Edição do Livro

Serão examinadas as operações do departamento de produção e o seu papel no processo de edição. Isto inclui type-setting e métodos informáticos, planificação e diagramação e desenho da forma e tamanho do livro.

Edição do Manuscrito

Os estudantes receberão uma instrução intensiva em edição e preparação de manuscritos “modelo” para publicação.

Avaliação de Manuscrito

Uma pesquisa de problemas envolvidos na procura por autores, motivando-os e trabalhando com eles. Projectos de empresa, encontrar escritores para eles, seleccionar e apoiar os autores e critérios de exame para avaliação dos manuscritos. A disciplina vai também implicar a criação de um conselho editorial e trabalhar com os seus membros.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Edição de Livro

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Edição de Livro são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Edição de Livro 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Novas Tecnologias em Edição de Livro 3

Imprensa Universitária e a Indústria de Edição do Livro 2

Publicações de Marketing 2

Estágio em Edição de Livro 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de edição de livro são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Edição de Livro

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livro são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias da Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão em Edição de Livro 3

Operações de Encadernação e Acabamento 3

Edição de Livro e Legislação 3

Temas e Estudos de Caso em Edição de Livro 2

Reportagem de Pesquisa 2

Projecto de Pesquisa em Edição de Livro 4

Descrição das Disciplinas

Novas Tecnologias em Edição de Livro

A disciplina pesquisa as fronteiras em edição de livro incluindo a xerografia e processos de duplicação similares.

Imprensa Universitária e a Indústria de Edição de Livro

Será dada consideração aos problemas especiais das organizações editoras de livros se fins lucrativos. Será também estudada a gestão da imprensa universitária como um instrumento no interesse do ensino.

Publicações de Marketing

A disciplina vai estudar a mistura de marketing, compreensão da representação de vendas, mala directa, publicidade espacial e propaganda, bem como a venda de direitos subsidiários. As regras para a publicidade para as livrarias e outros pontos de vendas, atacadistas bem como abordar as bibliotecas.

Pesquisa em Edição de Livro

A aplicação das teorias de economia e gestão para a gestão dos estabelecimentos de edição de livros.

Operações de Encadernação e Acabamento

A disciplina pretende dar aos estudantes uma compreensão da significância e razões para a encadernação. Os materiais tradicionais e modernos, e os métodos de encadernação: papiro, pergaminho, papeis e cabedal; dobragem, colagem, e empacotar. Vai implicar muitos exercícios práticos.

Gestão em Edição de Livro

A aplicação da teoria da economia e gestão para a gestão de estabelecimentos de edição de livros

Edição de Livro e Legislação

Um aprofundamento desses aspectos da lei básica para edição de livro, com ênfase na difamação, direitos do autor, segurança nacional, privacidade, etc. Também será dada atenção para às considerações éticas.

Temas e Estudos de Caso em Edição de Livro

A abordagem do método do caso para resolver problemas de edição de livro, exemplo, aqueles que envolvem estratégias criativas, dos meios de comunicação, de campanha e de gestão. Irá focalizar na análise oral e escrita dos casos de problemas reais e simulados na edição de livro.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme serão exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História da Pintura Moderna 2

Fundamentos da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia dos Meios de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução ao Filme, Cinema e Literatura 3

O Essencial da Redacção do Roteiro 3

Capacidade do Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Elementos de Produção de Filme 2

Introdução às Ciências Bibliotecária 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Produção de Filme 3

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão nos Meios de Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Realização 3

Produção de Filme para Televisão 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a escolher uma disciplina da lista abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Psicologia II 2

Introdução à Ciências Políticas 2

Descrição das Disciplinas

História da Pintura Moderna

Uma pesquisa da evolução do filme como um meio de comunicação distinto e como uma forma de arte. A disciplina vai implicar estudar os pioneiros criativos notáveis da forma de arte e as suas contribuições bem como o relacionamento do filme e outros meios de comunicação.

O Essencial da Redacção de Roteiro

O objectivo desta disciplina é permitir ao estudante entender a natureza do script do filme. Para este efeito, será enfatizada a importância da pre-visualização, particularmente o esboço do conteúdo e o tratamento do roteiro. A instrução pela leitura será acompanhada por exercícios práticos e em elaborar scripts e avaliação.

Elementos da Produção do Filme

Esta é uma disciplina de habilidades desenhadas para familiarizar os estudantes com o aparato técnico da elaboração do filme. A câmara, microfones, máquinas de luz, os cenários serão dados uma análise detalhada assim como os tipos de tomadas. A ênfase no desenho da estoira e a composição no referente ao espaço territorial e o molde prosemico, formas abertas e fechadas. Luz, som, música e efeitos especiais. Capacidades e qualidades do produtor de filme.

Produção do Filme

Serão enfatizadas as técnicas da cinematografia, fases de produção, actividades e estruturação do filme. A instrução vai enfocar sobre a produção de curta-metragem e análise de produções populares.

Produção de Filmes para Televisão

Uma visão geral da indústria televisiva e o relacionamento do filme para a televisão. A disciplina vai examinar o estabelecimento do contacto com as estações de televisão, redes e organizar encontros de co-oprodução. Também serão explorados os problemas de cumprimento dos prazos e resolução de conflitos artísticos.

Realização

As teorias de realização, forma dramática e interpretação são examinadas através das lições, demonstrações e exercícios aplicados para estabelecer as fundações teóricas e aplicadas.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme serão exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Redacção e Produção do Filme de Comédia 3

Desenvolvimentos na Tecnologia do Filme 2

Marketing Social 2

Desenvolvimento Rural e Produção do Filme 2

Gestão do Filme e Cinema I 3

Pesquisa em Filme / Cinema 2

Estágio em Produção do Filme 3

Edição do Filme 3

Animação do Filme 3

Produção do Filme e Cultura 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Produção do Filme Documentário 2

Cinema Móvel e Desenvolvimento Rural 2

Temas em Filme e Cinema 2

Marketing do Filme 2

Gestão do Filme e Cinema II 2

Pesquisa em Filme / Cinema II 2

Crítica do Filme 3

Estágio em Filme / Cinema 3

Projecto de Pesquisa e Filme / Cinema 4

Descrição das Disciplinas

Redacção e Produção do Filme de Comédia

Análise da comédia como uma forma de drama e os ingredientes da comédia. A natureza do riso e o que faz as pessoas rirem. Também inclui a redacção do script da comédia e a essência dos remates. Serão feitos exercícios práticos sobre as técnicas da redacção da comédia e produção para o cinema.

Desenvolvimentos na Tecnologia do Filme

Pesquisa da evolução da tecnologia do filme como um meio de comunicação popular e como uma forma de arte. Será colocada ênfase sobre a identificação dos heróis e vilãos desta forma de arte.

Desenvolvimento Rural e Produção do Filme

Conceber, produzir e distribuir filmes temáticos curtos para a comunidade rural e os pobres nos bairros urbanos. Implica análise de conteúdo, pesquisa de audiência e procedimentos de gestão.

Produção do Filme e Cultura

A produção resoluta do filme que protege a cultura e a sua audiência. Serão examinados os problemas relacionados com a dominação da cultura estrangeira através do filme nos países consumidores e as estratégias de reverter essa tendências.

Gestão do Filme e Cinema

Uma visão geral da teoria de gestão e organização com particular atenção para a indústria cinematográfica. Serão também estudado o estabelecimento e funcionamento das empresas de produção de filmes e os cinemas (casas de espectáculo). Vai também examinar os problemas e desafios em dirigir as empresas de produção de filme, instituições e cinema.

Pesquisa em Filme / Cinema

Introdução aos problemas da indústria cinematográfica e do filme. O foco desta disciplina será os ângulos do cinema, reflexos da luz, sensibilidade, óptica, distorções e perceptividade. Também vai explorar as oportunidades de pesquisa em filme e cinema.

Edição do Filme

Uso das qualidades técnicas e estéticas das sequências para decisões editoriais sobre os elementos que serão mantidos na produção final. Será realizado um trabalho prático em desenho e outras deveres da produção de filme.

Animação do Filme

Exploração da história da animação, começando com o desenvolvimento do filme de desenhos animados. A técnica tradicional da animação e as recentes inovações técnicas – automação e computarização. Os temas principais desta disciplina são a preparação do tratamento e script verbal detalhado, desenho da estória, coreografia visual. O uso da animação inclui o seu lugar no entretenimento, relações públicas, publicidade e pesquisa.

Produção do Filme Documentário

A disciplina é uma pesquisa da evolução e dos pioneiros da forma de documentário. Implica a análise do ambiente criativo, político, antropológico e jornalístico do documentário.

Cinema Móvel e Desenvolvimento Rural

Exame dos pontos fortes e fraquezas do cinema móvel como um meio de mobilização de massa. A história do cinema móvel, filmes coloniais, filmes indígenas e o contexto político. Planificação de campanhas especiais de saúde, agricultura e alfabetização e a produção de filmes para a sua execução.

Temas em Filme / Cinema

O estudo dos temas actuais ou outros que não foram contemplados nas outras disciplinas consagradas.

Marketing do Cinema

Aplicação da teoria de publicidade para a promoção ou venda de um produto, pessoa, uma organização, ideia ou um filme. Será revista a arte e a ciência de promover filme / cinema como base para determinar a necessidade e o tipo de solução de comunicação que pode lidar com os problemas de promoção de filme efectivamente.

Gestão do Filme / Cinema

Uma disciplina avançada em gestão do filme e cinema.

Crítica do Cinema

Análise crítica e avaliação dos filmes populares e característicos baseado nos maiores princípios e critérios cinematográficos tais como o plot, caracterização, efeitos especiais e apelos temáticos.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História da Fotografia 2

Fundamentos da Fotografia 3

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Economia dos Órgão de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Capacidade de Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomas uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução ao Fotojornalismo 2

Introdução às Ciências Bibliotecárias 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão nos Meios de Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Reportagem Fotográfica 3

Estágio em Fotojornalismo 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Psicologia II 2

Introdução às Ciências Políticas 2

Descrição das Disciplinas

História da Fotografia

Será examinada a evolução tecnológica e ambiental da fotografia como uma forma de arte e meio de comunicação.

Fundamentos da Fotografia

Uma introdução prática à operação de diferentes câmaras, processos de fotografia e o uso de equipamento fotográfico padrão e materiais no laboratório de fotografia.

Reportagem Fotográfica

O enfoque está no desenvolvimento das técnicas de câmara e camara escura e a sensibilidade para a foto-notícia. Será discutida a consideração ética das circunstancias e eventos que levam a essas fotos.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Fotojornalismo 2

Documentação Fotográfica 2

Legislação e Fotojornalismo 2

Gestão em Fotojornalismo I 2

Tarefas Práticas de Fotografia 2

Estágio em Fotojornalismo I 3

Edição de Fotografia 3

Foto Industria e Comercial 2

Estudo de Caso de Fotógrafos Proeminentes 2

Processamento Inverso de Filme 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Desenvolvimentos em Tecnologias de Fotografia 2

Fotografia Colorida 3

Questões Éticas em Fotografia 2

Marketing Social 2

Gestão em Fotojornalismo II 2

Estágio em Fotojornalismo II 3

Temas em Fotojornalismo 2

Redacção de Legendas 3

Projecto de Pesquisa em Fotojornalismo 4

Descrição das Disciplinas

Pesquisa em Fotojornalismo

Introdução aos problemas da indústria fotográfica. O enfoque da disciplina estará sobre ângulos de foto, reflexos da iluminação, óptica, distorção e perceptividade. Vai também explorar oportunidades de pesquisa em fotojornalismo.

Documentação Fotográfica

Ideia, organização e início de um sistema de documentação fotográfico. São enfatizados a conservação, recuperação e manutenção de fotografias.

Legislação e Fotojornalismo

Esta disciplina expor os estudantes à lei do fotojornalismo com particular atenção para a dos países africanos onde a instituição está localizada. É explicado quando, como e porquê o jornalista pode tirar uma fotografia. É também discutido o assunto da invasão da privacidade através da fotografia.

Gestão em Fotojornalismo

Esta disciplina foi desenhada para formar os estudantes em gestão geral de laboratório fotográfico. Isto implica a codificação e preenchimento das fotografias e apresentação dos químicos fotográficos, papel, filmes, etc. A disciplina diferencia laboratório de fotojornalismo do estúdio fotográfico.

Tarefa Pratica de Fotografia

Os estudantes vão desenvolver pequenos projectos individuais que são realizados dentro ou fora do campus.

Edição de Fotografia

Um estudo da qualidade técnica e estética das fotografias e como esses factores afectam as decisões editoriais com relação ao uso das fotografias em publicações. Os estudantes se envolvem em exercícios práticos em diagramação e desenho assim como outras obrigações de um editor de imagem de jornal ou revista.

Processamento Inverso de Filme

O foco desta disciplina é sobre o uso do filme inverso na produção de slides coloridos para uso em instituições educacionais.

Foto Industrial e Comercial

O foco é sobre a fotografia comercial, industrial e de revista. Dá-se uma atenção especial para a produção de uma revista fotográfica dentro de um departamento para dar aos estudantes amplas oportunidades de praticar.

Estudo de Caso de Fotógrafos Proeminentes

Análise do trabalho de fotógrafos nacionais e estrangeiros proeminentes. São discutidas as situações e como tais situações afectaram ou podem ter afectado o seu trabalho.

Desenvolvimentos em Tecnologias da Fotografia

Pesquisa dos desenvolvimentos em tecnologias da fotografia. Serão enfatizadas as diferenças entre fotografias preto e branco e coloridas, o advento da fotografia digital e os modos de transmissão para lugares distantes.

Fotografia Colorida

Um estudo do princípio da fotografia nas áreas de tirar e processar. Será dado especial ênfase na luz colorida, teoria, sensibilidade e outras estéticas da composição da cor. Serão considerados o negativo e positivo colorido.

Assuntos Éticos em Fotografia

Pesquisa dos dilemas éticos do fotojornalismo. São discutidas as fronteiras dos fotógrafos da notícia, a sensibilidade das pessoas na notícia, e as circunstâncias dos eventos da notícia.

Gestão em Fotojornalismo

Uma disciplina de nível superior em fotojornalismo I.

Temas em Fotojornalismo

Um estudo dos temas actuais e outros em fotografia e fotojornalismo que não estão contidos em nenhuma outra disciplina consagrada.

Redacção de Legenda

Uma disciplina prática desenhada para permitir aos estudantes se tornarem proficientes em redigir legendas de fotografias de notícias. Os estudantes são designados missões específicas de colher imagens noticiosas dentro e fora do campus para redigirem legendas das imagens que eles produziram.

Programa de Licenciatura

Os estudantes com altas notas do programa de B.A. Geral poderão ser admitidos no programa de licenciatura. Tais estudantes estão isentos do projecto de pesquisa que é exigido no final do sexto semestre do grau de B.A. Geral. O programa de licenciatura é especialmente desenhado para equipar o estudante com uma base de formação teórica e prática profunda.

As exigências do grau de licenciatura incluem dois semestres de pelo menos quarenta unidades de créditos incluindo relatório de projecto de pesquisa maior não inferior a oitenta páginas em acréscimo à parte curricular completada durante os primeiros seis semestres.

As disciplinas são distribuídas da seguinte maneira

Disciplinas Profissionais 28 Unidades de Crédito

Disciplinas de Conhecimentos Gerais 4 Unidades de Crédito

Disciplinas de Capacidades 8 Unidades de Crédito

Total 40 Unidades de Crédito

ANO IV

Primeiro Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de licenciatura são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Análise de Dados em Pesquisa de Comunicação 2

Radiodifusão Rural 2

Reportagem de Temas de Desenvolvimento 2

Mandato dos Meios de Comunicação 3

Ética da Comunicação de Massa 2

Redacção Editorial II 3

Publicidade e Relações Públicas 2

Gestão de Campanha 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de licenciatura são exigidos a escolher uma disciplina do nível 400 duas unidades de crédito das ciências sociais.

Disciplinas de Especialização: Relações Públicas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Relações Públicas Internacionais 2

Tópicos Especiais em Relações Públicas 2

Disciplinas de Especialização: Publicidade

Título da Disciplina Valor do Crédito

Publicidade Internacional 2

Tópicos Especiais em Publicidade

Disciplinas de especialização: Jornalismo de radiodifusão

Produção de Drama e Documentário II 3

Radiodifusão Educacional 2

Disciplinas de Especialização: Edição de Livro

Título da Disciplina Valor do Crédito

Redacção de Texto Avançada e Avaliação 2

Controlo de Qualidade em edição de Livro 2

Disciplina de Especialização: Fotojornalismo

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fotografia Colorida II 2

Temas em Fotojornalismo II 2

Disciplina de Especialização: Filme

Título da Disciplina Valor do Crédito

Teoria do Filme e Estética 2

Produção de Filme II 2

ANO IV

Segundo Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Todos os alunos de licenciatura são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Legislação da Comunicação de Massa II 2

Correspondência Estrangeira 2

Projecto de Pesquisa II 2

Revisão Crítica e Redacção 2

Problemas Económicos e Sociais na Publicidade e Relações Públicas 2

Desenho e Desenvolvimento de Mensagens para Reportagem Especializada 2

Disciplinas de Especialização: Relações Públicas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Gestão de Agência de Relações Públicas II 2

Agências Multinacionais de Relações Públicas 2

Disciplinas de Especialização: Jornalismo de Radiodifusão

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Radiodifusão 3

Gestão e Operação de Estação 2

Disciplinas de Especialização: Edição de Livros

Edição de Manuscrito Avançada 2

Diagramação e Desenho Avançados 2

Disciplinas de Especialização: Fotojornalismo

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fotojornalismo Avançado 2

Edição de Foto Avançada 2

Disciplina de Especialização: Filme

Título da Disciplina Valor do Crédito

Teoria do Filme e Estética II 2

Produção de Filme para Televisão 2

ESBOÇO DO MODELO CURRICULAR PARA A FORMAÇÃO EM COMUNICAÇÃO

EM ÁFRICA

(Programas Com Grau Académico)

O modelo curricular aqui proposto vai oferecer formação em comunicação conduzindo ao B.A. em (Geral), B.A. (Licenciatura), graus de M.A. em Jornalismo, Radialismo (Rádio e Televisão), Relações Públicas, Publicidade, Publicação de Livros, Fotojornalismo e Filme, e programa de Doutoramento em qualquer área de interesses em comunicação social.

A admissão ao primeiro programa, em qualquer área de especialização é na base do Certificado Geral de Educação (GCE), passagem de nível regular com no mínimo seis disciplinas incluindo, no mínimo, um B em língua inglesa, e não menos que duas disciplinas passadas no GCE, Nível Avançado. O programa do grau de B.A. (Geral) é de três anos ou seis semestres; sendo cada ano dividido em dois semestres enquanto que o programa de B.A. (Licenciatura) é de quatro anos ou oito semestres.

Os estudantes são exigidos a tomar no mínimo 20 unidades de créditos por semestre e ter a área de concentração secundária em uma das áreas de especialização acima mencionadas. O currículo proposto cobre as quatro categorias para a formação dos jornalista, nomeadamente estudos e teoria da comunicação, gestão e pesquisa da comunicação, redacção em comunicação, e produção em comunicação.

Para se alcançar a integração e o equilíbrio, as quatro categorias do ensino da comunicação foram unidas, com conteúdos de ciências humanas, sociais e naturais, produzindo um currículo desdobrado em três – profissional, contextual e capacidade – que combinam ambos o escopo e a sequência. Consequentemente, todos os estudantes são exigidos que tomem disciplinas abaixo listadas durante os dois semestres do primeiro ano, independentemente da sua eventual área de especialização.

Assim, o primeiro ano do programa de graduação é o seguinte:

ANO I

Primeiro Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas exigidas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Comunicação de Massa 2

História da Comunicação de Massa 2

Sistema de Comunicação Africano 2

Governo e política 2

História Africana 2

Uso do Inglês 1 3

Redacção para os Meios de Comunicação de Massa 3

Dactilografia 2

Disciplinas Opcionais

Durante o primeiro semestre, os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina da lista:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Filosofia da Ciência 2

Introdução à Ciência Política 1 2

Introdução à Psicologia 1 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Os estudantes são requeridos a tomar uma segunda disciplina de língua que pode ser ocidental ou nacional, dependendo das circunstâncias de cada país africano. Veja o exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Francês Essencial 1 2

ANO I

Segundo Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação e Sociedade 2

Sistema Nacional de Comunicação 2

História dos Meios de Comunicação Nacional 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução à Lógica e Filosofia 2

Uso da Língua II 3

Redacção para os Meios de Comunicação 3

Processamento de Texto 2

Disciplinas Opcionais

Durante o segundo semestre os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina da lista abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução Psicologia II 2

Introdução Ciência Política II 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Os estudantes são exigidos a tomar uma outra disciplina numa segunda língua que foi validada no semestre anterior. Por exemplo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Francês Essencial II 2

As disciplinas do primeiro e segundo semestres acima listadas são todas introdutórias para preparar os estudantes para as disciplinas avançadas mais tarde no programa. O mais importante, as disciplinas estão desenhadas para dar ao estudante do princípio, capacidades e conhecimento da profissão. As unidades de créditos dependem da frequência das aulas oferecidas por semana. Cada aula é uma dura uma hora, incluindo um intervalo de dez minutos a caminhar para o fim de uma hora.

Descrição das disciplinas

Introdução Comunicação de Massa

Considerada como uma forma de comunicação humana, a disciplina é uma visão geral do progresso feito pelo homem para se comunicar com outro. A pesquisa de comunicação de massa incluindo os desenvolvimentos tecnológicos. Ela examina as característica, funções e conteúdos, operações e impacto dos meios de comunicação de massa dentro e entre nações.

História dos Meios de Comunicação de Massa

Traça as maiores tendências no desenvolvimento da comunicação de massa desde a invenção do papel até a Internet de hoje.

Sistema de Comunicação Africano

Pesquisa os sistemas de comunicação de massa do passado e do presente contra as origens da cultura política da África.

Governo e Política

Uma visão geral das característica, necessidade, funções e formas de governo assim como o processo político através uns trazem as acções dos outros na sociedade sob o controlo do governo.

Princípios de Economia

Introduz os estudantes ao conceitos económicos para dar um quadro de instrumentos básicos para análise dos problemas sociais.

História Africana

Focaliza no lugar do desenvolvimento histórico da África desde os tempos pré-históricos até o presente. Serão destacados o Egipto Antigo, Núbia, Cartagenia, o Comércio de Escravos, a Colonização e a guerra pela independência.

Uso do Inglês (ou qualquer primeira língua de trabalho)

Oferece formação em habilidades iniciais da língua. É enfatizado a proficiência em gramática, a importância da claridade, simplicidade e concisão na língua.

Redacção para a Comunicação de Massa

Instrução e prática em redacção para os meios de comunicação de massa com maior ênfase sobre o desenvolvimento de estilo jornalístico.

Dactilografia

Introduz os estudantes à tecnologia do computador. Enfatiza o domínio do uso do teclado.

Filosofia da Ciência

Mostra que o conhecimento humano sobre uma área do conhecimento é limitado pelo seu poder de previsão. A analogia das ciências naturais e sociais serve para ilustrar a filosofia da ciência.

Introdução à Ciência Política I

Promove o estudo do governo e política através explorando a sua habilidade de prever o rumo dos eventos políticos. A ênfase estará nas formas de governo, das constituições e os diferente órgãos do governo, uma análise do Estado como um aspecto da sociedade e a consideração das visões teóricas sobre como o governo deve ser e deve fazer.

Introdução à Psicologia I

Enfatiza os conceitos da teoria psicológica do interesse dos estudantes de comunicação tais como a sociedade e o indivíduo, a cognição individual e social, relações grupo-indivíduo, disciplinas compreendidas como comportamento e persuasão e mudança de atitude.

Introdução à Lógica e Filosofia

Uma visão geral da ciência do raciocínio e a investigação da última verdade.

Comunicação e Sociedade

Exame dos órgãos de comunicação de massa como uma instituição social com particular atenção para os conceitos sociológicos pertinentes, temas e problemas, o papel e a relação dos meios de comunicação de massa com relação a instituições sociais maiores. O maior objectivo é captar a atenção dos estudantes para a sociologia e o profissionalismo dos meios de comunicação de massa e mostras como a comunicação pode jogar um papel crítico no desenvolvimento.

Sistema Nacional de Comunicação

Análise dos eventos e personalidades significantes na história dos meios de comunicação de massa (do país onde a instituição de formação está localizada) do ponto de vista político, social e económico. Examina a dinâmica dos meios de comunicação de massa (no país em estudo) e os seus papéis institucionais.

História dos Meios de Comunicação Nacionais

Uma visão geral da história dos meios de comunicação de massa (no país onde a instituição de formação está localizada). O objectivo é levantar a consciência dos estudantes expondo-os às raízes do sistema nacional de comunicação.

Uso do Inglês II

Uma disciplina adicional sobre o domínio prático da primeira língua de trabalho.

Redacção para os Meios de Comunicação de Massa

Uma disciplina adicional em redacção para os órgãos de comunicação de massa.

Processamento de Texto

Uma disciplina adicional na capacidade de usar computador.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as seguintes disciplinas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundamentos da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Reportagem Noticiosa 3

Fundamentos do Discurso da Comunicação 3

Capacidade de Uso de Computador 3

Exigência da Língua Moderna

Os estudantes são exigidos a tomar mais uma disciplina cada, na primeira e na segunda língua de trabalho. Por exemplo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso do Inglês III 2

Uso do Francês III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as seguintes disciplinas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução ao Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Pesquisa em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Paginação 3

Reportagem Avançada 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma disciplina de reportagem especializada da lista abaixo durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem especializada: Saúde 2

Reportagem especializada: População 2

Reportagem especializada: Meio Ambiente 2

Reportagem especializada: Finanças 2

Reportagem especializada: Agricultura 2

As disciplinas do terceiro e quarto semestres listadas acima são para reforçar o material que foi introduzido durante o primeiro e segundo semestres na perspectiva das habilidades profissionais e educação do conhecimento geral. A especialização começa com o primeiro semestre do segundo ano. Consequentemente, a descrição das disciplinas que se seguem são para os estudantes que se especializam em jornalismo.

Descrição das Disciplinas

Fundamentos da Radiodifusão

O objectivo é dar ao estudante uma visão geral das bases física, técnica e social da difusão em rádio e televisão. Vai estudar também as condições e as pessoas que tornam a radiodifusão possível, e pesquisar os diversos ambientes das estações de radiodifusão e redes.

Princípios das Relações Públicas

Introduz os estudantes aos conceitos, teorias e prática das Relações Públicas e enfatiza a sua importância em ambas as organizações com ou sem fins lucrativos.

Introdução à Publicidade

Uma revisão geral dos princípios fundamentais da disciplina de publicidade.

Economia e Meios de Comunicação

A disciplina vai examinar a aplicação dos princípios económicos no negócio dos meios de comunicação. Será dado ênfase sobre os custos de produção, promoção da audiência e renda de publicidade.

Elementos de Boa Governação

Esta é uma disciplina especializada nos elementos da forma democrática de governo. Serão explorados os temas das liberdades individuais e colectivas, direitos humanos, eleições livres e justas, paz e tolerância.

Introdução à Sociologia

Esta disciplina é uma introdução à teoria do comportamento social. Serão enfatizadas quatro grandes áreas de interesse especial dos estudantes de comunicação: cultura e comportamento, patologia social, dinâmica de grupo e controlo social, e desvio social.

Reportagem Noticiosa

Esta disciplina prática está desenhada para permitir os estudantes a se tornarem proficientes na preparação de textos publicáveis sob prazos. Vai examinar várias definições de notícia bem como a estrutura da notícia e outras formas jornalísticas.

Reportagem especializada

Esta disciplina está desenhada (i) para dar instrução em técnicas de reportar temas especializados, tais como agricultura, saúde, população, finanças, etc. E (ii)expor os estudantes à literatura básica bem como exemplos excepcionais de reportar esses temas.

Fundamentos do Discurso em Comunicação

Uma visão geral das qualidades físicas e artística para uma oratória pública efectiva.

Capacidade de Usar Computador

Uma disciplina prática avançada sobre computadores e outras operações multimedia.

Introdução às Ciências Bibliotecária

Os estudante serão introduzidos aos princípios e práticas dos cuidados e administração de uma biblioteca. Será enfatizada a conservação e restauração, leis de direitos autorais e regulamentos e marketing.

Introdução ao Filme e Cinema

Exame do filme como um meio de comunicação e cinema como um cenário da comunicação com articular referência a literatura e as suas várias formas – a estória curta, a novela, o poema e drama – serão o foco. A disciplina será também uma visão geral dos tipos de filmes – documentário (não ficção), e avant-garde – o papel do cinema em ambas comunidades rural e urbana.

Introdução ao Fotojornalismo

Uma introdução prática à fotografia notícia caracterizando um enraizamento sólido nas técnicas básicas de câmara e câmara escura, mas também colocando ênfase no desenvolvimento de grande sensibilidade das pessoas e circunstâncias e eventos para as quais o fotojornalista será exigido a tirar fotografias que comunicam. Serão dados destaque os fundamentos da fotografia, o manuseamento de diferentes câmaras, o processamento de fotografias e o uso do equipamento fotográfico padrão e materiais no laboratório fotográfico.

Teorias da Comunicação

A disciplina vai explorar e analisar as maiores teorias que lidam com a natureza, usos e efeitos da comunicação de massa. Será discutido na disciplina o relacionamento entre a teoria e a pesquisa e a relevância desta última para o sucesso da anterior.

Introdução à Pesquisa em Comunicação

Os estudantes serão introduzidos aos métodos de pesquisa em ciências sociais com uma tendência para os processos e efeitos da comunicação, particularmente a recolha de dados. Será examinada a pesquisa de levantamentos e a sondagem de opinião pública, desenho de pesquisa para estudos exploratórios e descritivos para permitir os estudantes a testa hipóteses casuais. O objectivo é permitir aos estudantes analisar os dados de uma pesquisa e avaliarem criticamente qualquer pesquisa das ciências sociais. É também para ajudar os estudantes a aplicar os métodos aprendidos na realização de projectos de pesquisa.

Introdução à Gestão em Comunicação

A disciplina é uma aplicação da teoria económica e dos princípios de gestão para a sector da comunicação.

Introdução à Estatística

É uma disciplina introdutória de estatística de nível de graduação. Será principalmente descritiva. Vai implicar conceitos tais como percentagem, médias, desvio padrão e coeficientes de correlações.

Paginação

É uma disciplina prática em desenho e produção de jornal. Elaborada para desenvolver as capacidades criativas, envolve a planificação, diagramação e desenho da forma e tamanho de cada página.

Reportagem Avançada

Esta é uma continuação da instrução e prática em técnicas de recolha e redacção de notícias. Dá um passo à frente colocando ênfase sobre a reportagem investigativa e outras capacidades de reportagem de profundidade.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as disciplinas listadas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação 2

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação II 2

Estágio em Comunicação 3

Edição 3

Reportagem Investigativa 2

Diagramação por Computador 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo Impresso

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de jornalismo são exigidos a tomar as disciplinas listadas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias da Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão e Produção de Jornal 3

Reportagem de Agência de Notícia 2

Redacção Editorial 3

Redacção Característica 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo durante o segundo semestre.

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Projecto de Pesquisa em Comunicação 4

Descrição das Disciplinas

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação

Esta disciplina pretende desenvolver a capacidade analítica e crítica dos estudantes, é uma disciplina de graduação sobre a organização e reportagem de dados de pesquisa, em aplicação dos princípios da metodologia de pesquisa em ciências sociais.

Comunicação para o Desenvolvimento

A disciplina focaliza no uso dos princípios da comunicação para a análise e reportagem dos problemas do desenvolvimento. Serão examinados diferentes conceitos de desenvolvimento – desenvolvimento rural integrado, problemas de extensão rural, planeamento familiar, saúde e outros problemas ambientais e a formulação de estratégias apropriadas.

Legislação da Comunicação de Massa

Uma visão geral sobre o quadro legar que afecta o funcionamento dos órgãos de comunicação de massa. Será destacado o desenvolvimento e crescimento institucional da liberdade de expressão e da imprensa, os privilégios e constrangimentos que cercam os meios de comunicação de massa, a difamação, a sedução, a privacidade, o desprezo, a obscenidade e os regulamentos governamentais.

Consultoria em Comunicação Social

Uma introdução às estratégias e operações de uma agência de consultoria em comunicação

Edição

Os estudantes serão ensinados a editar no estilo apropriado para os órgãos de notícia. Será dado ênfase na preparação dos artigos e fotografias para a publicação de jornais.

Reportagem Investigativa

Um exame em profundidade das técnicas de pesquisar, reverificar, desenvolvimento de um senso agudo de julgar e reportar os factos da notícia escondidos.

Diagramação por Computador

Uma introdução à aplicação das tecnologias de comunicação modernas para um espectro maior de publicações de padrão profissional. Será examinado o uso do computador, variedade de facilidades, impressas, tipográficas e gráficas – tamanho da página, tipo de estilos e tamanhos, linhas, caixas e sombras.

Literatura da Comunicação de Massa

Os estudantes são requeridos a fazer uma revisão crítica de meia dúzia de livros ou mais, de temas relacionados com comunicação.

Comunicação Organizacional

Examina os elementos básicos de organizar e operacionalizar comunicações dentro de uma organização e apresentá-las para o público.

Comunicação Internacional

Iniciação ao estudo da notícia mundial o sistema de fluxo de informação. Vai implicar examinar as notícias internacionais – as agências que as recolheram e o papel da correspondência estrangeira.

Tecnologias de Comunicação

Uma pesquisa das tecnologias modernas de comunicação de notícias e o seu impacto nos países em desenvolvimento com intenção de manter os estudantes a par dos últimos desenvolvimento no campo. Vai envolver exercícios práticos para facilitar o uso dos instrumentos.

Ética da comunicação de Massa

Padrões éticos e morais aplicáveis para a comunicação de massa. As responsabilidades dos indivíduos, grupos e organizações engajadas na construção da mensagem, transmissão ou consumo, particularmente no campo da notícia e negócios públicos.

Marketing Social

Uma visão geral da aplicação dos princípios de publicidade para vender ideias ou produtos de dimensão societal.

Gestão e Produção de Jornais

Aplicação da teoria da economia e gestão à gestão de jornais. Os estudantes vão estudar a gestão de um jornal seleccionado.

Reportagem de uma Agência de Notícias

Será examinada a particularidade de uma agência de notícias e os princípios da recolha e redacção da notícia serão adaptados para um tipo especial de reportagem exigida para uma agência de notícias.

Redacção Editorial

Será examinado um trabalho intensivo na teoria e prática de redacção de editoriais e colunas baseado em opiniões, com ênfase sobre a análise e interpretação de eventos.

Redacção Característica

Redigindo, analisando e promovendo/vendendo artigos factuais para jornais, revistas de interesse geral e especializadas. Esta disciplina explorar também o assunto pesquisa, investigação das necessidades editoriais, problemas éticos e legais e a preparação de manuscritos.

Temas em Pesquisa de Comunicação

Serão explorados os problemas inerentes à pesquisa na ciência social – diferenças sociais, custos, logística, financiamento.

Comunicação Intercultural

Serão examinadas as diferenças entre pessoas resultantes das origens culturais e a dominação do sistema de imprensa pelas nações ricas e poderosas.

Projecto de Pesquisa em Comunicação

Os estudantes que se especializam em jornalismo vão realizar um projecto de pesquisa para o grau de bacharelato e submeter um relatório de cerca de 60 páginas.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomares as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios da Relações Públicas 2

Introdução Publicidade 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução Sociologia 2

Redacção e Produção de Programas de Rádio 3

Apresentação e Interpretação 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a tomar mais a primeira e a segunda disciplina de língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa 2

Uso da Língua Francesa 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são requeridos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução Ciências Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução Pesquisa em Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Reportagem e Produção da Notícia Radiofónica 3

Operações de Estúdio de Rádio Televisão 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma disciplinas abaixo durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem Especializada: Saúde 2

Reportagem Especializada: População 2

Reportagem Especializada: Meio Ambiente 2

Reportagem Especializada: Finanças 2

Reportagem Especializada: Agricultura 2

Descrição das Disciplinas

Redacção e Produção de Programa de Rádio

Exame dos elementos e actividades do processo de redacção com especial atenção para a natureza da rádio e sua audiência. O foco será sobre a redacção de programas de auditório, anúncios, contos de testemunhas oculares e revistas.

Apresentação e Interpretação

Serão examinados os fundamentos da expressão e a natureza do discurso. Revisão das técnicas de interpretação com relação ao microfone e câmara bem como os tipos de interpretação tais como o actor, apresentador de continuação, disc jokey, repórter de notícia, entrevistador, mestre de cerimónia e narrador. Estão também calendarizados os exercícios práticos em vários papeis.

Reportagem e Produção da Notícia Radiofónica

Será estudado o processo de reportagem em radiodifusão, a revisão das fontes e elementos da notícia. Será enfatizada a recolha e redacção da notícia para rádio, o exame da cópia da notícia radiofónica e as regras para a sua preparação bem como a produção da notícia, resumos, boletins de vários formatos e a introdução à revista de notícia radiofónica.

Operações do Estúdio de Rádio e Televisão

O foco desta disciplina será a análise sistemática do estúdio / tecnologia da sala de controlo de rádio e televisão e a natureza do som. Serão realizados exercício práticos em estúdio, procedimentos padrão de operação e o uso das facilidades do estúdio.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Reportagem sobre Pesquisa em Comunicação 2

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Estágio em Comunicação 3

Produção de Filme para Televisão 3

Redacção e Produção de Programa de Televisão 2

Reportagem e Produção da Notícia Televisiva 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma das disciplina abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura de Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Jornalismo de Radiodifusão

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a tomares as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão e Operação de Estações 3

Produção de Drama e Documentário 3

Comentário de Radiodifusão e Redacção Crítica 2

Radiodifusão Educacional 2

Projecto de Pesquisa em Radiodifusão 4

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de radiodifusão são exigidos a escolher uma disciplina abaixo listada durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Descrição de Disciplinas

Produção de Filme para Televisão

Uma visão geral da sector da televisão e o relacionamento do filme para a televisão. Estabelecendo contactos com as redes de estações de televisão e arranjando encontros de cooperação, cumprir os prazos e resolvendo conflitos artísticos.

Redacção e Produção de Programas de Televisão

Uma análise compreensiva do processo de redacção como ela toca a televisão. Análise e avaliação dos scripts da televisão e produção de programas de auditório, entrevistas, debates e programas de revista. Será acompanhada por exercícios de redacção intensivos.

Gestão e Operação de Estações

Gestão diária prática de uma estação de rádio e televisão envolvendo a planificação, calendarização, controlo de tráfico, gestão de pessoal, panificação e direcção de transmissões especiais externas e simulação de uma transmissão ao vivo.

Produção de Drama e Documentário

Um exame dos problemas envolvidos na produção de drama e documentário para a televisão: distribuição de papéis, orçamentação, interpretação. O foco será sobre drama ou documentário para rádio e televisão.

Comentário para Radiodifusão e Redacção Crítica

Exame da opinião, função do jornalismo e tipos de programas de comentário com particular atenção para o editorial e ênfase na aplicação dos princípios derivados da pesquisa em comunicação persuasiva e mudança de atitudes. É feita a distinção entre comentário e redacção crítica; entre tipos de crítica e revisão de arte para rádio e televisão.

Radiodifusão Educacional

Avaliação das potencialidades e limitações da rádio e televisão. Avaliação das abordagens pedagógicas e técnicas de produção; fóruns e rádio clubes. Planificação e produção de programas educacionais; produção de materiais suplementares e auxiliares para o ensino.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Relações Públicas são requeridos a tomar as disciplinas abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações de Marketing de Publicidade e Relações Públicas 3

Fundações de Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução Sociologia 2

Redacção para as Relações Públicas 3

Capacidade de Usar Computador 2

Estágio em Relações Públicas 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa II 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplina Exigidas

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução ao Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Fundamentos das Relações dos Meios de Comunicação 3

Planificação das Relações Públicas dos Meios de Comunicação 3

Ética das Relações Públicas 2

Projecto de Pesquisa 2

Descrição das Disciplinas

Fundações do Marketing de Publicidade e Relações Públicas

Um estudo da publicidade e relações públicas como instrumentos que podem ser usados para anunciar ou promover um produto, pessoa, organização ou ideia. Será examinada a arte e a ciência de marketing como base para determinar a necessidade e o tipo de solução de comunicação que pode lidar com os problemas de marketing de forma ais efectiva em diferentes situações.

Redacção para as Relações Públicas

Serão revistos os princípios de uma redacção efectiva em Relações Públicas. Será realizada a prática em estilo de redacção, comunicados de imprensa, brochuras, discursos, etc.

Fundamentos das Relações dos Órgãos de Comunicação

Análise das maneiras de manter uma reputação e credibilidade com os guardiões da comunicação.

Planificação das Relações Públicas dos Órgãos de Comunicação

A preparação de um plano de relações públicas para um órgão de comunicação. Análise dos vários meios de comunicação em termos de audiência alvo alcançada e a frequência do alcance. Será dada consideração para outros factores cruciais na sintonia dos órgãos de comunicação e a audiência alvo.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os alunos de relações públicas são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Relações Públicas 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Relações Comunitárias 2

Relações Públicas Internacionais 2

Ética da Comunicação de Massa 3

Estágio em Relações Públicas 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Relações Públicas

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes das relações públicas são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética em Relações Públicas 2

Marketing Social 2

Gestão de Agência de Relações Públicas 3

Relações Públicas e Comportamento do Consumidor 3

Temas em Relações Públicas 2

Reportagem de Pesquisa 2

Projecto de Pesquisa em Relações Públicas 4

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de relações públicas são exigidos a escolher uma disciplina abaixo listada:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Pesquisa de Comunicação 2

Comunicação Intercultural 2

Descrição das Disciplinas

Relações Comunitárias

Examina as tendências correntes das relações na comunidades e o quão efectivas as relações comunitárias podem ser um elemento essencial num programa geral de relações públicas. A disciplina vai dar ênfase nas abordagens tradicionais e nos histórias de caso para demonstrar como aguentar com as situações de crise.

Pesquisa em Relações Públicas

Aplicação dos métodos de pesquisa em ciências sociais, principalmente os métodos qualitativos e quantitativos, no contexto das relações públicas. Será dada ênfase sobre orçamento e pesquisa em comunicação.

Relações Públicas Internacionais

Análise das tendências, temas e problemas que confrontam os departamentos das relações públicas em corporações multinacionais e outras organizações envolvidas em comércio internacional e negócios.

Gestão de Agências de Relações Públicas

O estabelecimento de regras efectivas para a criação de uma empresa de relações públicas. Será dada ênfase na organização e gestão dos vários departamentos de uma agência de relações públicas.

Relações Públicas e Comportamento do Consumidor

A disciplina vai mostrar como as políticas e programas apropriados de relações públicas podem evitar ou ajudar a resolver problemas dos consumidores. Vai cobrir os movimentos dos consumidores e o seu impacto no mercado e como trabalhar isso com os defensores do consumidor para o benefício das organizações.

Ética em Relações Públicas

Um exame dos padrões éticos e morais aplicáveis para o contexto das relações públicas. As responsabilidades éticas dos indivíduos, grupos e organizações engajadas nas actividades de relações públicas particularmente nas suas relações com os órgãos de comunicação de massa e o público geral.

Temas em Relações Públicas

Um exame dos temas actuais que não foram incluídos nas disciplinas consagradas.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomarem as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fundações de Marketing de Publicidade 2

Fundações de Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia e Meios de Comunicação 2

Elementos de Boa Governação 2

Relações Comunitárias 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução à Publicidade 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Fundamentos do Discurso em Comunicação 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira ou segunda língua de trabalho como indicado no exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Ciência Bibliotecária 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução a Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Pesquisa em Publicidade 2

Introdução Gestão em Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Edição em Publicidade 3

Produção e Diagramação em Publicidade 3

Estágio em Publicidade 3

Descrição das Disciplinas

Pesquisa em Publicidade

Aplicação das metodologias de pesquisa em ciências sociais na publicidade principalmente os métodos quantitativos e qualitativos. Será dado ênfase no orçamento, cópia e pesquisa de comunicação.

Edição em Publicidade

Teoria e prática de redigir mensagens publicitárias efectivas para a imprensa escrita e de radiodifusão. A prática incluirá o trabalho de laboratório, uso de apelos positivos e negativos, a mistura verbal e visual criativa. Será colocada ênfase sobre nos aspectos criativos da publicidade.

Introdução à publicidade

Uma revisão geral dos princípios fundamentais da disciplina de publicidade.

Diagramação e Produção de Publicidade

Entendimento do trabalho do departamento de produção e o seu papel em juntar mensagens publicitárias. Planificação da diagramação e produzir mensagens.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Pesquisa de Comunicação 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Planificação da Publicidade dos Meios de Comunicação 3

Campanhas de Publicidade 2

Estratégias de Publicidade Criativa 2

Ética na Comunicação 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Publicidade

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de publicidade são exigidos a tomas as disciplina abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias de Comunicação 2

Ética em Publicidade 2

Marketing Social 2

Gestão de Agência de Publicidade 3

Pesquisa em Publicidade 2

Publicidade e Comportamento do Consumidor 2

Estudos de Caso em Gestão de Publicidade 3

Publicidade e Relações com o Cliente 2

Projecto de Pesquisa em Publicidade 4

Descrição das Disciplinas

Planificação da Publicidade dos Meios de Comunicação

A preparação de um plano de publicidade de publicidade em comunicação incluindo a análise de vários meios de comunicação em termos de audiência alvo alcançada e a frequência do alcance. Será também considerado um outro factor importante na sintonização dos meios de comunicação com o mercado.

Campanhas de Publicidade

Planificação e execução de uma campanha implica uma pesquisa de mercado e do consumidor, desenvolvimento e alocação de orçamento de publicidade, organização e funções da agências de publicidade, selecção do meio de comunicação, escolha dos apelos publicitários, preparação e produção de publicidade.

Estratégias de Publicidade Criativa

Envolve explorar a teoria e prática de redacção de mensagens de publicidade efectivas para os órgãos de comunicação impressos e de difusão. A teoria incluirá os aspectos económicos, sociais e éticos; a prática irá envolver a redacção de exemplares de publicidade, trabalho de laboratório e a preparação de desenhos. Será dada ênfase nos aspectos criativos da publicidade.

Ética em Publicidade

Os padrões éticos e morais aplicáveis à disciplina de publicidade. Será dada ênfase nas responsabilidades éticas dos indivíduos, grupos e organizações engajadas na produção, transmissão ou consumo de mensagens publicitárias.

Gestão de uma Agência de Publicidade

O estabelecimento de regras efectivas para começar um negócio em publicidade. A organização e gestão de vários departamentos de uma agência de publicidade.

Estudos de Caso em Gestão de Publicidade

Análise de situações actuais de publicidade e a exploração de como tais situações podem ser efectiva e eficientemente tratadas.

Publicidade e Comportamento do Consumidor

Exame de estratégias e programas de publicidade apropriados que podem contribuir para a solução dos problemas do consumidor. A disciplina vai cobrir os movimentos do consumidor e o seu impacto no mercado de publicidade e como trabalhar com os defensores dos consumidores para o benefício das empresas de publicidade.

Relações Cliente e Agência

O desenvolvimento de estratégias de marketing para manter boas relações entre a agência de publicidade e os seus clientes e potenciais clientes.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Edição de Livros

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Edição de livros são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História e Desenvolvimento da Edição de Livros 3

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Introdução à Edição de Livros 2

Elementos de Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Diagramação e Desenho de em Edição de Livros 3

Capacidade de Uso de Computador 2

Estágio em Edição de Livros 3

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livros são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Edição de Livros

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livros são exigidos a tomas as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução às Ciências Bibliotecárias 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Edição de Manuscrito 3

Avaliação de Manuscrito 3

Pesquisa em Edição de Livro 2

Introdução à Gestão em Comunicação 2

Estágio em Edição de Livro 3

Descrição das Disciplinas

História e Desenvolvimento da Edição do Livro

Uma revisão da história das origens da edição do livro. Os destaque da disciplina incluirão a invenção do papel, impressão e diagramação por computador, etc.

Introdução à Edição do Livro

Exame da edição do livro como uma actividade cultural e como negócio. Isto vai implicar o estudo do ambiente da edição do livro, edição do livro como uma indústria de massa, as divisões da indústria e um olhar sobre o processo, actividades da indústria e associações.

Diagramação e Desenho em Edição do Livro

Serão examinadas as operações do departamento de produção e o seu papel no processo de edição. Isto inclui type-setting e métodos informáticos, planificação e diagramação e desenho da forma e tamanho do livro.

Edição do Manuscrito

Os estudantes receberão uma instrução intensiva em edição e preparação de manuscritos “modelo” para publicação.

Avaliação de Manuscrito

Uma pesquisa de problemas envolvidos na procura por autores, motivando-os e trabalhando com eles. Projectos de empresa, encontrar escritores para eles, seleccionar e apoiar os autores e critérios de exame para avaliação dos manuscritos. A disciplina vai também implicar a criação de um conselho editorial e trabalhar com os seus membros.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Edição de Livro

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de Edição de Livro são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Edição de Livro 3

Comunicação para o Desenvolvimento 2

Legislação da Comunicação de Massa 2

Consultoria em Comunicação 2

Gestão em Comunicação 2

Novas Tecnologias em Edição de Livro 3

Imprensa Universitária e a Indústria de Edição do Livro 2

Publicações de Marketing 2

Estágio em Edição de Livro 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de edição de livro são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o primeiro semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Literatura da Comunicação de Massa 2

Comunicação Organizacional 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Edição de Livro

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de edição de livro são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Comunicação Internacional 2

Tecnologias da Comunicação 2

Ética da Comunicação de Massa 2

Marketing Social 2

Gestão em Edição de Livro 3

Operações de Encadernação e Acabamento 3

Edição de Livro e Legislação 3

Temas e Estudos de Caso em Edição de Livro 2

Reportagem de Pesquisa 2

Projecto de Pesquisa em Edição de Livro 4

Descrição das Disciplinas

Novas Tecnologias em Edição de Livro

A disciplina pesquisa as fronteiras em edição de livro incluindo a xerografia e processos de duplicação similares.

Imprensa Universitária e a Indústria de Edição de Livro

Será dada consideração aos problemas especiais das organizações editoras de livros se fins lucrativos. Será também estudada a gestão da imprensa universitária como um instrumento no interesse do ensino.

Publicações de Marketing

A disciplina vai estudar a mistura de marketing, compreensão da representação de vendas, mala directa, publicidade espacial e propaganda, bem como a venda de direitos subsidiários. As regras para a publicidade para as livrarias e outros pontos de vendas, atacadistas bem como abordar as bibliotecas.

Pesquisa em Edição de Livro

A aplicação das teorias de economia e gestão para a gestão dos estabelecimentos de edição de livros.

Operações de Encadernação e Acabamento

A disciplina pretende dar aos estudantes uma compreensão da significância e razões para a encadernação. Os materiais tradicionais e modernos, e os métodos de encadernação: papiro, pergaminho, papeis e cabedal; dobragem, colagem, e empacotar. Vai implicar muitos exercícios práticos.

Gestão em Edição de Livro

A aplicação da teoria da economia e gestão para a gestão de estabelecimentos de edição de livros

Edição de Livro e Legislação

Um aprofundamento desses aspectos da lei básica para edição de livro, com ênfase na difamação, direitos do autor, segurança nacional, privacidade, etc. Também será dada atenção para às considerações éticas.

Temas e Estudos de Caso em Edição de Livro

A abordagem do método do caso para resolver problemas de edição de livro, exemplo, aqueles que envolvem estratégias criativas, dos meios de comunicação, de campanha e de gestão. Irá focalizar na análise oral e escrita dos casos de problemas reais e simulados na edição de livro.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme serão exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História da Pintura Moderna 2

Fundamentos da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Economia dos Meios de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Introdução ao Filme, Cinema e Literatura 3

O Essencial da Redacção do Roteiro 3

Capacidade do Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Elementos de Produção de Filme 2

Introdução às Ciências Bibliotecária 2

Introdução à Fotojornalismo 2

Produção de Filme 3

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão nos Meios de Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Realização 3

Produção de Filme para Televisão 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a escolher uma disciplina da lista abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Psicologia II 2

Introdução à Ciências Políticas 2

Descrição das Disciplinas

História da Pintura Moderna

Uma pesquisa da evolução do filme como um meio de comunicação distinto e como uma forma de arte. A disciplina vai implicar estudar os pioneiros criativos notáveis da forma de arte e as suas contribuições bem como o relacionamento do filme e outros meios de comunicação.

O Essencial da Redacção de Roteiro

O objectivo desta disciplina é permitir ao estudante entender a natureza do script do filme. Para este efeito, será enfatizada a importância da pre-visualização, particularmente o esboço do conteúdo e o tratamento do roteiro. A instrução pela leitura será acompanhada por exercícios práticos e em elaborar scripts e avaliação.

Elementos da Produção do Filme

Esta é uma disciplina de habilidades desenhadas para familiarizar os estudantes com o aparato técnico da elaboração do filme. A câmara, microfones, máquinas de luz, os cenários serão dados uma análise detalhada assim como os tipos de tomadas. A ênfase no desenho da estória e a composição no referente ao espaço territorial e o molde prosemico, formas abertas e fechadas. Luz, som, música e efeitos especiais. Capacidades e qualidades do produtor de filme.

Produção do Filme

Serão enfatizadas as técnicas da cinematografia, fases de produção, actividades e estruturação do filme. A instrução vai enfocar sobre a produção de curta-metragem e análise de produções populares.

Produção de Filmes para Televisão

Uma visão geral da indústria televisiva e o relacionamento do filme para a televisão. A disciplina vai examinar o estabelecimento do contacto com as estações de televisão, redes e organizar encontros de co-oprodução. Também serão explorados os problemas de cumprimento dos prazos e resolução de conflitos artísticos.

Realização

As teorias de realização, forma dramática e interpretação são examinadas através das lições, demonstrações e exercícios aplicados para estabelecer as fundações teóricas e aplicadas.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme serão exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Redacção e Produção do Filme de Comédia 3

Desenvolvimentos na Tecnologia do Filme 2

Marketing Social 2

Desenvolvimento Rural e Produção do Filme 2

Gestão do Filme e Cinema I 3

Pesquisa em Filme / Cinema 2

Estágio em Produção do Filme 3

Edição do Filme 3

Animação do Filme 3

Produção do Filme e Cultura 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Filme

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes da especialização em filme são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Produção do Filme Documentário 2

Cinema Móvel e Desenvolvimento Rural 2

Temas em Filme e Cinema 2

Marketing do Filme 2

Gestão do Filme e Cinema II 2

Pesquisa em Filme / Cinema II 2

Crítica do Filme 3

Estágio em Filme / Cinema 3

Projecto de Pesquisa e Filme / Cinema 4

Descrição das Disciplinas

Redacção e Produção do Filme de Comédia

Análise da comédia como uma forma de drama e os ingredientes da comédia. A natureza do riso e o que faz as pessoas rirem. Também inclui a redacção do script da comédia e a essência dos remates. Serão feitos exercícios práticos sobre as técnicas da redacção da comédia e produção para o cinema.

Desenvolvimentos na Tecnologia do Filme

Pesquisa da evolução da tecnologia do filme como um meio de comunicação popular e como uma forma de arte. Será colocada ênfase sobre a identificação dos heróis e vilãos desta forma de arte.

Desenvolvimento Rural e Produção do Filme

Conceber, produzir e distribuir filmes temáticos curtos para a comunidade rural e os pobres nos bairros urbanos. Implica análise de conteúdo, pesquisa de audiência e procedimentos de gestão.

Produção do Filme e Cultura

A produção resoluta do filme que protege a cultura e a sua audiência. Serão examinados os problemas relacionados com a dominação da cultura estrangeira através do filme nos países consumidores e as estratégias de reverter essa tendências.

Gestão do Filme e Cinema

Uma visão geral da teoria de gestão e organização com particular atenção para a indústria cinematográfica. Serão também estudado o estabelecimento e funcionamento das empresas de produção de filmes e os cinemas (casas de espectáculo). Vai também examinar os problemas e desafios em dirigir as empresas de produção de filme, instituições e cinema.

Pesquisa em Filme / Cinema

Introdução aos problemas da indústria cinematográfica e do filme. O foco desta disciplina será os ângulos do cinema, reflexos da luz, sensitividade, óptica, distorções e perceptividade. Também vai explorar as oportunidades de pesquisa em filme e cinema.

Edição do Filme

Uso das qualidades técnicas e estéticas das sequências para decisões editoriais sobre os elementos que serão mantidos na produção final. Será realizado um trabalho prático em desenho e outras deveres da produção de filme.

Animação do Filme

Exploração da história da animação, começando com o desenvolvimento do filme de desenhos animados. A técnica tradicional da animação e as recentes inovações técnicas – automação e computarização. Os temas principais desta disciplina são a preparação do tratamento e script verbal detalhado, desenho da estória, coreografia visual. O uso da animação inclui o seu lugar no entretenimento, relações públicas, publicidade e pesquisa.

Produção do Filme Documentário

A disciplina é uma pesquisa da evolução e dos pioneiros da forma de documentário. Implica a análise do ambiente criativo, político, antropológico e jornalístico do documentário.

Cinema Móvel e Desenvolvimento Rural

Exame dos pontos fortes e fraquezas do cinema móvel como um meio de mobilização de massa. A história do cinema móvel, filmes coloniais, filmes indígenas e o contexto político. Planificação de campanhas especiais de saúde, agricultura e alfabetização e a produção de filmes para a sua execução.

Temas em Filme / Cinema

O estudo dos temas actuais ou outros que não foram contemplados nas outras disciplinas consagradas.

Marketing do Cinema

Aplicação da teoria de publicidade para a promoção ou venda de um produto, pessoa, uma organização, ideia ou um filme. Será revista a arte e a ciência de promover filme / cinema como base para determinar a necessidade e o tipo de solução de comunicação que pode lidar com os problemas de promoção de filme efectivamente.

Gestão do Filme / Cinema

Uma disciplina avançada em gestão do filme e cinema.

Crítica do Cinema

Análise crítica e avaliação dos filmes populares e característicos baseado nos maiores princípios e critérios cinematográficos tais como o plot, caracterização, efeitos especiais e apelos temáticos.

ANO II

Primeiro Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

História da Fotografia 2

Fundamentos da Fotografia 3

Fundações da Radiodifusão 2

Princípios das Relações Públicas 2

Introdução à Publicidade 2

Economia dos Órgão de Comunicação 2

Elementos da Boa Governação 2

Introdução à Sociologia 2

Capacidade de Uso de Computador 2

Disciplinas de Línguas Modernas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomas uma disciplina adicional da primeira e segunda língua de trabalho como indicado pelo exemplo abaixo:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Uso da Língua Inglesa III 2

Uso da Língua Francesa III 2

ANO II

Segundo Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução ao Fotojornalismo 2

Introdução às Ciências Bibliotecárias 2

Introdução ao Filme e Cinema 2

Teorias da Comunicação 2

Introdução à Gestão nos Meios de Comunicação 2

Introdução à Estatística 2

Reportagem Fotográfica 3

Estágio em Fotojornalismo 3

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a escolher uma das disciplinas abaixo listadas durante o segundo semestre:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Introdução à Psicologia II 2

Introdução às Ciências Políticas 2

Descrição das Disciplinas

História da Fotografia

Será examinada a evolução tecnológica e ambiental da fotografia como uma forma de arte e meio de comunicação.

Fundamentos da Fotografia

Uma introdução prática à operação de diferentes camarás, processos de fotografia e o uso de equipamento fotográfico padrão e materiais no laboratório de fotografia.

Reportagem Fotográfica

O enfoque está no desenvolvimento das técnicas de câmara e câmara escura e a sensibilidade para a foto-notícia. Será discutida a consideração ética das circunstancias e eventos que levam a essas fotos.

ANO III

Primeiro Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Pesquisa em Fotojornalismo 2

Documentação Fotográfica 2

Legislação e Fotojornalismo 2

Gestão em Fotojornalismo I 2

Tarefas Práticas de Fotografia 2

Estágio em Fotojornalismo I 3

Edição de Fotografia 3

Foto Industria e Comercial 2

Estudo de Caso de Fotógrafos Proeminentes 2

Processamento Inverso de Filme 2

ANO III

Segundo Semestre

Especialização em Fotojornalismo

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de fotojornalismo são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Desenvolvimentos em Tecnologias de Fotografia 2

Fotografia Colorida 3

Questões Éticas em Fotografia 2

Marketing Social 2

Gestão em Fotojornalismo II 2

Estágio em Fotojornalismo II 3

Temas em Fotojornalismo 2

Redacção de Legendas 3

Projecto de Pesquisa em Fotojornalismo 4

Descrição das Disciplinas

Pesquisa em Fotojornalismo

Introdução aos problemas da indústria fotográfica. O enfoque da disciplina estará sobre ângulos de foto, reflexos da iluminação, óptica, distorção e perceptividade. Vai também explorar oportunidades de pesquisa em fotojornalismo.

Documentação Fotográfica

Ideia, organização e início de um sistema de documentação fotográfico. São enfatizados a conservação, recuperação e manutenção de fotografias.

Legislação e Fotojornalismo

Esta disciplina expõe os estudantes à lei do fotojornalismo com particular atenção para a dos países africanos onde a instituição está localizada. É explicado quando, como e porquê o jornalista pode tirar uma fotografia. É também discutido o assunto da invasão da privacidade através da fotografia.

Gestão em Fotojornalismo

Esta disciplina foi desenhada para formar os estudantes em gestão geral de laboratório fotográfico. Isto implica a codificação e preenchimento das fotografias e apresentação dos químicos fotográficos, papel, filmes, etc. A disciplina diferencia laboratório de fotojornalismo do estúdio fotográfico.

Tarefa Pratica de Fotografia

Os estudantes vão desenvolver pequenos projectos individuais que são realizados dentro ou fora do campus.

Edição de Fotografia

Um estudo da qualidade técnica e estética das fotografias e como esses factores afectam as decisões editoriais com relação ao uso das fotografias em publicações. Os estudantes se envolvem em exercícios práticos em diagramação e desenho assim como outras obrigações de um editor de imagem de jornal ou revista.

Processamento Inverso de Filme

O foco desta disciplina é sobre o uso do filme inverso na produção de slides coloridos para uso em instituições educacionais.

Foto Industrial e Comercial

O foco é sobre a fotografia comercial, industrial e de revista. Dá-se uma atenção especial para a produção de uma revista fotográfica dentro de um departamento para dar aos estudantes amplas oportunidades de praticar.

Estudo de Caso de Fotógrafos Proeminentes

Análise do trabalho de fotógrafos nacionais e estrangeiros proeminentes. São discutidas as situações e como tais situações afectaram ou podem ter afectado o seu trabalho.

Desenvolvimentos em Tecnologias da Fotografia

Pesquisa dos desenvolvimentos em tecnologias da fotografia. Serão enfatizadas as diferenças entre fotografias preto e branco e coloridas, o advento da fotografia digital e os modos de transmissão para lugares distantes.

Fotografia Colorida

Um estudo do princípio da fotografia nas áreas de tirar e processar. Será dado especial ênfase na luz colorida, teoria, sensibilidade e outras estéticas da composição da cor. Serão considerados o negativo e positivo colorido.

Assuntos Éticos em Fotografia

Pesquisa dos dilemas éticos do fotojornalismo. São discutidas as fronteiras dos fotógrafos da notícia, a sensibilidade das pessoas na notícia, e as circunstâncias dos eventos da notícia.

Gestão em Fotojornalismo

Uma disciplina de nível superior em fotojornalismo I.

Temas em Fotojornalismo

Um estudo dos temas actuais e outros em fotografia e fotojornalismo que não estão contidos em nenhuma outra disciplina consagrada.

Redacção de Legenda

Uma disciplina prática desenhada para permitir aos estudantes se tornarem proficientes em redigir legendas de fotografias de notícias. Os estudantes são designados missões específicas de colher imagens noticiosas dentro e fora do campus para redigirem legendas das imagens que eles produziram.

Programa de Licenciatura

Os estudantes com altas notas do programa de B.A. Geral poderão ser admitidos no programa de licenciatura. Tais estudantes estão isentos do projecto de pesquisa que é exigido no final do sexto semestre do grau de B.A. Geral. O programa de licenciatura é especialmente desenhado para equipar o estudante com uma base de formação teórica e prática profunda.

As exigências do grau de licenciatura incluem dois semestres de pelo menos quarenta unidades de créditos incluindo relatório de projecto de pesquisa maior não inferior a oitenta páginas em acréscimo à parte curricular completada durante os primeiros seis semestres.

As disciplinas são distribuídas da seguinte maneira

Disciplinas Profissionais 28 Unidades de Crédito

Disciplinas de Conhecimentos Gerais 4 Unidades de Crédito

Disciplinas de Capacidades 8 Unidades de Crédito

Total 40 Unidades de Crédito

ANO IV

Primeiro Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Todos os estudantes de licenciatura são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Análise de Dados em Pesquisa de Comunicação 2

Radiodifusão Rural 2

Reportagem e Temas de Desenvolvimento 2

Mandato dos Meios de Comunicação 3

Ética da Comunicação de Massa 2

Redacção Editorial II 3

Publicidade e Relações Públicas 2

Gestão de Campanha 2

Disciplinas Opcionais

Todos os estudantes de licenciatura são exigidos a escolher uma disciplina do nível 400 duas unidades de crédito das ciências sociais.

Disciplinas de Especialização: Relações Públicas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Relações Públicas Internacionais 2

Tópicos Especiais em Relações Públicas 2

Disciplinas de Especialização: Publicidade

Título da Disciplina Valor do Crédito

Publicidade Internacional 2

Tópicos Especiais em Publicidade

Disciplinas de especialização: Jornalismo de radiodifusão

Produção de Drama e Documentário II 3

Radiodifusão Educacional 2

Disciplinas de Especialização: Edição de Livro

Título da Disciplina Valor do Crédito

Redacção de Texto Avançada e Avaliação 2

Controlo de Qualidade em edição de Livro 2

Disciplina de Especialização: Fotojornalismo

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fotografia Colorida II 2

Temas em Fotojornalismo II 2

Disciplina de Especialização: Filme

Título da Disciplina Valor do Crédito

Teoria do Filme e Estética 2

Produção de Filme II 2

ANO IV

Segundo Semestre

Todas as Áreas de Especialização

Disciplinas Exigidas

Todos os alunos de licenciatura são exigidos a tomar as disciplinas abaixo listadas:

Título da Disciplina Valor do Crédito

Legislação da Comunicação de Massa II 2

Correspondência Estrangeira 2

Projecto de Pesquisa II 2

Revisão Crítica e Redacção 2

Problemas Económicos e Sociais na Publicidade e Relações Públicas 2

Desenho e Desenvolvimento de Mensagens para Reportagem Especializada 2

Disciplinas de Especialização: Relações Públicas

Título da Disciplina Valor do Crédito

Gestão de Agência de Relações Públicas II 2

Agências Multinacionais de Relações Públicas 2

Disciplinas de Especialização: Jornalismo de Radiodifusão

Título da Disciplina Valor do Crédito

Temas em Radiodifusão 3

Gestão e Operação de Estação 2

Disciplinas de Especialização: Edição de Livros

Edição de Manuscrito Avançada 2

Diagramação e Desenho Avançados 2

Disciplinas de Especialização: Fotojornalismo

Título da Disciplina Valor do Crédito

Fotojornalismo Avançado 2

Edição de Foto Avançada 2

Disciplina de Especialização: Filme

Título da Disciplina Valor do Crédito

Teoria do Filme e Estética II 2

Produção de Filme para Televisão II 2

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[1] “Declaração de Windhoek sobre a Promoção de uma imprensa africana independente e pluralista”, CAEJAC Journal, Vol.3 1990-1991, pp.102-104

[2] constituição da república de Moçambique, 1990 Capitulo II, Artigo 74, p.32

[3] ALMANAC MUNDIAL E LIVRO DOS FACTOS, 2000, Nova Jersey: World Almanaque Books

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