Santillana



3FICHA DE AVALIA??O FORMATIVA 1NOME: ___________________________________________________ N.O: _____ TURMA: _____ DATA: _______________GRUPO IPARTE ALeia o excerto da Farsa de Inês Pereira de Gil Vicente, que se apresenta de seguida ((correspondente aos versos 170 A 251 do texto original). Em caso de necessidade, consulte as notas.-2053531890754(1) leixemos: deixemos.(2) exemplo: provérbio.(3) aquenta: aquece.(4) pera: para.(5) nam é ela embara?ada: n?o está comprometida.(6) praz: apraz, agrada.(7) senam com homem avisado: sen?o com homem conveniente, ajuizado.(8) pelado: sem dinheiro.(9) discreto: inteligente, sensato.(10) em camisa: sem roupa (sem dote).(11) veredes: vereis.(12) discri??o: inteligência, sensatez.(13) alfaqui: sacerdote ou legista, entre os mu?ulmanos.00(1) leixemos: deixemos.(2) exemplo: provérbio.(3) aquenta: aquece.(4) pera: para.(5) nam é ela embara?ada: n?o está comprometida.(6) praz: apraz, agrada.(7) senam com homem avisado: sen?o com homem conveniente, ajuizado.(8) pelado: sem dinheiro.(9) discreto: inteligente, sensato.(10) em camisa: sem roupa (sem dote).(11) veredes: vereis.(12) discri??o: inteligência, sensatez.(13) alfaqui: sacerdote ou legista, entre os mu?ulmanos.-1577842576776(1) leixemos: deixemos.(2) exemplo: provérbio.(3) aquenta: aquece.(4) pera: para.(5) nam é ela embara?ada: n?o está comprometida.(6) praz: apraz, agrada.(7) senam com homem avisado: sen?o com homem conveniente, ajuizado.(8) pelado: sem dinheiro.(9) discreto: inteligente, sensato.(10) em camisa: sem roupa (sem dote).00(1) leixemos: deixemos.(2) exemplo: provérbio.(3) aquenta: aquece.(4) pera: para.(5) nam é ela embara?ada: n?o está comprometida.(6) praz: apraz, agrada.(7) senam com homem avisado: sen?o com homem conveniente, ajuizado.(8) pelado: sem dinheiro.(9) discreto: inteligente, sensato.(10) em camisa: sem roupa (sem dote).51015202530Lianor Vaz:M?e:Lianor Vaz:Inês Pereira:Lianor Vaz:Inês Pereira:Lianor Vaz:Inês Pereira:Lianor Vaz:Inês Pereira:Lianor Vaz:M?e:Leixemos1 isto, eu venhocom grande amor que vos tenhoporque diz o exemplo2 antigoque amiga e bom amigomais aquenta3 que o bom lenho.Inês está concertadapera4 casar com alguém?Até ‘gora com ninguémnam é ela embara?ada.5Em nome do anjo bentoeu vos trago um casamentofilha nam sei se vos praz.6E quando Lianor Vaz?Já vos trago aviamento.Porém nam hei de casarsenam com homem avisado7inda que pobre e pelado8seja discreto9 em falarque assi o tenho assentado.Eu vos trago um bom maridorico, honrado, conhecido.Diz que em camisa10 vos quer.Primeiro eu hei de saberse é parvo se é sabido.Nesta carta que aqui vempera vós filha d’amoresveredes11 vós minhas floresa discri??o12 que ele tem.Mostrai-ma cá quero ver.Tomai. E sabeis vós ler?Ui e ela sabe latime gramáteca e alfaqui13e sabe quanto ela quer.Lê Inês Pereira a carta, a qual diz assi:35404550Inês Pereira:Lianor Vaz:Senhora amiga Inês Pereira:Pero Marques vosso amigoque ora estou na nossa aldeamesmo na vossa mercea14me encomendo e mais digo:digo que benza-vos Deosque vos fez de tam bom jeitobom prazer e bom proveitoveja vossa m?e de vós.E de mi também assiainda que eu vos viestoutro dia de folgare nam quisestes bailarnem cantar presente mi.Na voda15 de seu av?ou donde me viu ora ele?Lianor Vaz este é ele?Lede a carta sem dóque inda eu sam contente dele.Torna Inês Pereira a prosseguir com a carta:556065-1457325169462(14) mercea: mercê.(15) voda: boda.(16) rebentinha: raiva, fúria.(17) concrus?o: conclus?o.(18) samicas: talvez, porventura.(19) dês: desde.00(14) mercea: mercê.(15) voda: boda.(16) rebentinha: raiva, fúria.(17) concrus?o: conclus?o.(18) samicas: talvez, porventura.(19) dês: desde.707580Inês Pereira:Lianor Vaz:Nem cantar presente mipois Deos sabe a rebentinha16que me fizestes ent?o.Ora Inês que hajais ben??ode vosso pai e a minhaque venha isto a concrus?o.17E rogo-vos como amigaque samicas18 vós sereisque de parte me faleisantes que outrem vo-lo diga.E se nam fiais de miesteja vossa m?e aíe Lianor Vaz de presente.Veremos se sois contenteque casemos na boa hora.Dês19 que nasci até agoranam vi tal vil?o com’estenem tanto fora de m?o.Nam queiras ser tam senhoracasa filha que te prestenam percas a ocasi?o.Queres casar a prazerno tempo d’agora Inês?Antes casa em que te pês20que n?o é tempo d’escolher.Sempre eu ouvi dizer:ou seja sapo ou sapinhoou marido ou maridinhotenha o que houver mister21este é o certo caminho.72887-684530(20) pês: custe, desagrade.(21) mister: necessidade.00(20) pês: custe, desagrade.(21) mister: necessidade.Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.1.Explique o motivo que traz Lianor Vaz até à casa de Inês Pereira e mostre qual é a fun??o que aquela personagem tem na farsa.2.Descreva o modelo de marido ideal que Inês Pereira apresenta a Lianor Vaz. Justifique a sua resposta com três cita??es do texto.3.A carta de Pero Marques mostra bem o objetivo do pretendente. Explicite os elogios que s?o apresentados à destinatária da missiva.4.Inês n?o reage de forma positiva à carta que leu. Descubra as estratégias persuasivas que as falas de Lianor Vaz apresentam e relacione-as com a inten??o da personagem.PARTE BLeia o excerto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, que se apresenta de seguida (correspondente aos versos 479-483, 492-501 e 660-702 do texto original).510152025303540455055Inês Pereira:Vidal:Inês Pereira:Vidal:Vidal:M?e:Lat?o:Vidal:M?e:Inês Pereira:M?e:Escudeiro:Inês Pereira:Enfim que novas trazeis?O marido que quereisde viola e dessa sortenam no há senam na corteque cá n?o no achareis.[...]Tudo é nada enfim.Esperai, aguardai ora.Soubemos dum escudeirode fei??o de atafoneiro1que virá logo essora.Que fala e com’ora falaestrogirá2 esta salae tange e com’ora tangealcan?a quanto abrangee se preza bem da gala.[...]Filha Inês assi vivaisque tomeis esse senhorescudeiro cantadore ca?ador de pardaissabedor, rebolvedor3falador, gracejadorafoitado4 pela m?oe sabe de gavi?o.Tomai-o por meu amor.Podeis topar5 um rabugentodesmazalado, babosodescancarrado,6 brigosomedroso, carrapatento.7Este escudeiro aosadas8onde se derem pancadasele as há de levarboas senam apanhar.Nele tendes boas fadas.Quero rir com toda a mágoadestes teus casamenteirosnunca vi judeus ferreirosaturar tam bem a frágua.N?o te é milhor mal por malInês um bom oficialque te ganhe nessa pra?aque é um escravo de gra?ae casarás com teu igual?Senhora perdei cuidado.O que há de ser há de sere ninguém pode tolher9o que está determinado.Assi diz rabi Zar?o.Inês guar-te de rasc?oescudeiro queres tu?Jesu nome de Jesuquam fora sois de fei??o.10Já minha m?e adevinha.Houvestes por vaidadecasar à vossa vontadeeu quero casar à minha.Casa filha muito embora.Dai-me essa m?o senhora.Senhor de mui boa mente.173355-2982899(1) atafoneiro: moleiro.(2) estrogirá: fará estrondo, atroará.(3) rebolvedor: valente, brig?o.(4) afoitado: ousado.(5) topar: encontrar.(6) descancarrado: descarado, desavergonhado.(7) carrapatento: embusteiro.(8) aosadas: sem dúvida.(9) tolher: impedir(10) quam sois fora de fei??o: Que tolice!00(1) atafoneiro: moleiro.(2) estrogirá: fará estrondo, atroará.(3) rebolvedor: valente, brig?o.(4) afoitado: ousado.(5) topar: encontrar.(6) descancarrado: descarado, desavergonhado.(7) carrapatento: embusteiro.(8) aosadas: sem dúvida.(9) tolher: impedir(10) quam sois fora de fei??o: Que tolice!Apresente, de forma clara e bem estruturada, as suas respostas aos itens que se seguem.1.Neste excerto surgem duas personagens curiosas: os judeus Vidal e Lat?o.1.1Comente o papel destas personagens e o tipo de linguagem que utilizam, tendo em conta o momento da farsa em que surgem.2.Mostre que existe uma oposi??o entre o discurso da M?e de Inês e dos judeus.GRUPO IILeia atentamente o texto que se segue.5101520253035As alcoviteiras vicentinasCriticando lucidamente o mundo que o rodeou, n?o escapou Gil Vicente de retratar, em seus Autos e Farsas, uma das figuras sociais mais atraentes e combatidas desde os mais remotos tempos: a Alcoviteira. [Afirmam-se], assim, definitivamente, os contornos dessa singular personalidade que é a alcoviteira: mulher madura, experimentada, dona de uma astuta sabedoria prática, conhecedora profunda de todos os desv?os das paix?es humanas e convicta de que, no fundo, s?o estas que regem a vida. Acreditamos que é a cren?a na legitimidade dos fins a que se devota em seu ofício, a pedra básica da estrutura psicológica da alcoviteira; e dela decorre, sem dúvida alguma, a falta de censura moral com que ela age, no encal?o de seus objetivos: vencer a resistência da mulher cobi?ada para agradar ao homem apaixonado.Vemo-la agir sempre tranquilamente, com a seguran?a moral que lhe deve vir dessa cren?a no valor positivo e quase sagrado das paix?es, cuja for?a (sabe-o ela bem) uma vez desencadeada nada consegue deter. Desse conhecimento do cora??o humano lhe vêm, pois, as manhas e as artes que caracterizam o seu ofício. E daí…a continuidade da fun??o básica da alcoviteira: satisfazer as paix?es ou caprichos amorosos dos homens que solicitam seus servi?os ou procurar enamorados para as mulheres que os desejam e n?o os podem encontrar diretamente.Ao tentarmos analisar-lhes a personagem (que, sem seus pontos básicos, se repete nas demais), verificamos que a primeira linha a firmar seus contornos é a da procura de que a alcoviteira é objeto, por parte dos enamorados. N?o é ela que atrai as suas ?vítimas?, mas sim estas é que a solicitam ardorosamente.Outra das características marcantes da alcoviteira é a sua sagacidade. Uma espécie de saber que poderíamos chamar de sabedoria prática. Suas reflex?es acerca dos homens, do amor, da justi?a, etc., s?o t?o lúcidas e hábeis que, se às vezes s?o repelidas pela nossa moral, dificilmente a nossa lógica as rejeita.N?o é, contudo, por pura generosidade que assim agem as alcoviteiras. Cooperam para a felicidade de seus clientes, mas cobram bem pelos seus servi?os. Aliás, a ambi??o de ganho é dos defeitos de que mais s?o acusadas pelos seus ?beneficiados?. ? outra característica comum a todas elas, a cobran?a de seus favores, que, como s?o favores para alma, para o cora??o, n?o têm pre?o limitado.O que se nos torna patente quando as analisamos por esse prisma é que elas agem como justos e honestos negociantes, preparando habilmente o terreno para os negócios e só falando em pre?o no fim das conversa??es: o que n?o deixa de ser um tra?o de eleg?ncia de atitude. As alcoviteiras vicentinas n?o demonstram em absoluto a avidez pelo dinheiro como, por exemplo, o faz o judeu.Qual teria sido a inten??o de Gil Vicente ao introduzir em seu teatro a representa??o de t?o desonrosa atividade? A primeira ideia que nos ocorre é a da inten??o moralizante, que parece ser a base de seu teatro. Isto é, a inten??o de mostrar o MAL, suas consequências, inconvenientes e castigos. E isso, de uma maneira geral, realiza genialmente o Mestre da Balan?a; pois, com o ?à vontade? com que vai jogando com as suas personagens e pequeninas intrigas, nos dá ele uma esplêndida vis?o da sua época.Nelly Coelho Novaes, ?As alcoviteiras vicentinas?, Alfa — Revista de Linguística, v. 4, S?o Paulo, FCLA — UNESP, 1963 (com adapta??es).1.Para responder a cada um dos itens, de 1.1 a 1.5, selecione a op??o correta. Escreva, na folha de respostas, o número de cada item e a letra que identifica a op??o escolhida.1.1O excerto apresentado centra-se na no??o de que(A)a figura das alcoviteiras vicentinas é um dos alvos da crítica às mulheres.(B)a figura das alcoviteiras vicentinas da Farsa de Inês Pereira n?o inclui os judeus.(C)a figura das alcoviteiras vicentinas é um exemplo de crítica de carácter.(D)a figura das alcoviteiras vicentinas é um dos alvos da crítica de costumes.1.2Na express?o ?Criticando lucidamente o mundo que o rodeou? (linha 1) o advérbio destacado é sinónimo de(A)rigorosamente.(B)sagazmente.(C)evidentemente. (D)claramente.1.3Nos dois primeiros parágrafos do texto, a autora pretende(A)demonstrar que a presen?a da alcoviteira nas pe?as de Gil Vicente tem uma inten??o moralizante.(B)apresentar os contornos do carácter desta personagem-tipo nas obras de Gil Vicente.(C)mostrar que as alcoviteiras vicentinas regem a sua atua??o por avareza e ambi??o.(D)enumerar as características negativas da personalidade das alcoviteiras vicentinas.1.4De acordo com o texto, as principais características das alcoviteiras vicentinas consistem(A)na atra??o dos clientes, na imoralidade que as guia e na orienta??o para o lucro.(B)na intensa solicita??o de que s?o alvo, na imoralidade que as orienta e no requinte com que exigem o pagamento.(C)na procura de que s?o alvo, na sabedoria que possuem e na sua orienta??o para o lucro, requerido apenas quando cumprida a miss?o.(D)na solicita??o de que s?o alvo, na lucidez com que agem e na sua avidez pelo lucro.1.5A interroga??o das linhas 32 e 33(A)separa a análise do carácter das alcoviteiras vicentinas da apresenta??o da posi??o do dramaturgo face às mesmas.(B)introduz uma mudan?a radical no tratamento do tópico apresentado, mostrando que a interroga??o é uma estratégia discursiva.(C)manifesta uma dúvida da autora em rela??o às personagens que Gil Vicente caracteriza.(D)anuncia a continua??o da análise ao carácter das alcoviteiras vicentinas que a autora desenvolve.2.Responda aos itens apresentados.2.1Tendo em conta o texto A do Grupo I, identifique os processos fonológicos envolvidos na evolu??o dos vocábulos.a)praz (verso 12) aprazb)mercea (verso 37) mercê2.2Classifique as fun??es sintáticas presentes na seguinte express?o:?Outra das características marcantes da alcoviteira é a sua sagacidade? (linha 20)2.3Classifique as ora??es subordinadas presentes na frase que se segue:?[…] verificamos que a primeira linha a firmar os seus contornos é a da procura de que a alcoviteira é objeto […]? (linha 17)GRUPO IIIA partir do texto de Nelly Coelho Novaes, ?As alcoviteiras vicentinas?, apresentado no Grupo II, construa uma síntese bem estruturada do mesmo, entre cento e setenta (170) e cento e noventa (190) palavras. ................
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