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5765165-57785004445-5461000ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSECRETARIA DA EDUCA??O8? COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCA??OSANTA MARIA – RSCOL?GIO ESTADUAL MANOEL RIBASFone: (55) 3221.3105 - colegiomaneco@ – ssemaneco@PROFESSOR (ES): Flavia dos Santos PrestesE-MAIL: flavia-dprestes@educar..br; pedro-sdsantos15@educar..br e vinicius-bertolo@educar..br ?REA: Ciências Humanas - Disciplina: Impactos Sociais no EsporteANO/S?RIE: 1? (Turmas: I, J, K, L, M, N, O) - ATIVIDADE REFERENTE AO M?S/PER?ODO: De 04 a 31 de agosto de 2021NOME DO ALUNO: __________________________________________________ TURMA: ________Já vimos esse filmeA 30 dias dos Jogos de Tóquio, UOL relembra Pan de 75, marcado por epidemia e negacionismo do governo federal.Ouro e recorde mundial após uma epidemiaNesta quarta-feira (23), no dia em que chegamos à marca de 30 dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, contamos como essa história poderia ter sido diferente. O Pan de 1975 estava marcado para a cidade de S?o Paulo, mas acabou levado ao México, segundo a vers?o oficial, por causa de uma epidemia de meningite que come?ou no bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital paulista, e se espalhou pelo país. ? a mesma justificativa que levou a Argentina a desistir de realizar a Copa América, no mês passado —o torneio está sendo disputado agora, no Brasil, apesar da situa??o difícil no combate à pandemia por aqui.Nos anos 70, o regime militar tentou esconder o agravamento da epidemia de meningite, como mostram documentos e recortes de jornal obtidos pelo UOL Esporte, e demorou a viabilizar a vacina??o da popula??o. O Pan de 75 em S?o Paulo, mesmo nunca tendo acontecido, deixou marcas na estrutura esportiva da maior cidade do país.Militares censuraram notícias sobre epidemiaO Pan de 1975 parecia fadado ao fracasso e foi uma dor de cabe?a para a Odepa (Organiza??o Desportiva Pan-Americana) desde o início. A sede saiu do Chile em setembro de 1973, quando Augusto Pinochet tomou o poder e instalou uma ditadura no país. Depois de uma negativa de Porto Rico, o Brasil apareceu como alternativa. Antes mesmo do fim de 1973, aproveitando a estrutura construída para o Pan de dez anos antes, S?o Paulo ganhou o direito de sediar o torneio mais uma vez.A essa altura, porém, a meningite já era um problema real, ainda que abafado, como mostra a "Folha de S.Paulo". O regime militar tratou a quest?o como se fosse de seguran?a nacional. Sob censura desde 1970, a imprensa foi impedida de noticiar o avan?o da doen?a, que matava cerca de 14% dos infectados.A censura ficou registrada em documentos do Arquivo Nacional. Em um deles, um radiograma revelado pelo historiador Lucas Pedretti e datado de 30 de julho 1974, mostra o ent?o diretor da Polícia Federal, Moacyr Coelho, proibindo a divulga??o de "dados numéricos e gráficos sobre meningite".A fim de evitar dúvidas e interpreta??es, reitero os termos do RD 098/SIGAB, no sentido de manter proibida a divulga??o de dados numéricos, gráficos e estatísticos sobre meningite, bem como notícias sobre quantidades de vacinas importadas. Fica igualmente proibida divulga??o de matéria sensacionalista ou explora??es tendenciosas, através da imprensa, de assunto relativo a meningiteCoronel Moacyr Coelho, diretor da Polícia Federal Ministro da saúde negou existência de epidemiaEm 30 de setembro de 1972, Mário Machado de Lemos, o ministro da Saúde, disse ao "Globo" que n?o havia epidemia de meningite no país: "Sempre há um número maior ou menor de casos permanentemente"."Se a gente imaginar que foram duas décadas de regime, com nuances e diferentes momentos, a gente tem dimens?o do qu?o grave é a experiência histórica e o legado da ditadura brasileira", afirma o historiador Lucas Pedretti.A jornalista e pesquisadora Catarina Schneider, autora de uma disserta??o de mestrado sobre o assunto, afirma que o negacionismo atrapalhou o combate da epidemia. "O silêncio provavelmente impediu que a??es rápidas e adequadas fossem adotadas, evitando que a doen?a se alastrasse e chegasse a tomar grandes propor??es, como aconteceu. A nega??o da doen?a perdurou até 1974."Epidemia estava controlada quando Pan foi canceladoQuando o Pan foi atribuído a S?o Paulo, a epidemia de meningite já afetava os brasileiros havia quase dois anos. Ainda assim, a doen?a acabou sendo a justificativa para que o país voltasse atrás e desistisse de receber o torneio.Três dias antes de a Odepa anunciar o cancelamento do Pan em S?o Paulo, em outubro de 1974, a "Folha" trazia na capa a promessa do regime militar de que, a partir de janeiro do ano seguinte, 19 milh?es de doses de vacina estariam disponíveis para serem aplicadas na popula??o paulistana.No dia do cancelamento, o jornal informava que "apenas quatro pessoas" haviam morrido de meningite na véspera, mas que o instituto Butantan tinha menos de 275 mil doses de vacina. "Estamos vivendo um momento epidemiológico em S?o Paulo, n?o sabendo ainda determinar um prazo de declínio definitivo para a epidemia. Por isso, vemos o cancelamento destes Jogos como uma medida salutar", afirmou à "Folha" o ent?o secretário de Saúde do Estado, Getúlio Lima Júnior.Embora a epidemia seja o fator central para o cancelamento, outra vers?o dá conta que a meningite n?o foi a única causa para que a competi??o fosse transferida para o México.Meningite foi desculpa do governo, diz advogadoO advogado Alberto Murray Neto, neto de Sylvio de Magalh?es Padilha, ent?o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), afirma que a epidemia serviu como um pretexto para os militares cancelarem os Jogos."O pico da epidemia havia sido em 1974. A pá de cal foi o Ney Braga [ministro da Educa??o] avisar ao meu av? que o governo n?o iria colocar mais nenhum centavo para a organiza??o do Pan. O governo militar n?o queria que falassem que era falta de dinheiro. A meningite serviu como desculpa para o governo", afirma ele.O jornalista Edgar Alves, colunista da "Folha", cobria os eventos na época e corrobora a vers?o de Murray. "O Padilha tinha uma rela??o muito próxima com a Odepa. Em 1974, houve as campanhas políticas. A ditadura gastou mais do que estava previsto nas elei??es para derrotar a oposi??o e, na hora de investir no Pan, preferiu recuar."Catarina Schneider, que fez sua disserta??o de mestrado na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) sobre a cobertura dos jornais "O Globo e "Folha" durante a epidemia, acredita que a decis?o foi acertada. "A epidemia come?ou em 1972, teve seu auge em 1974 e come?ou a queda em 1975, quando iniciou a vacina??o. Mas ainda existia a doen?a neste ano, apesar do declínio. Diante disso, acredito que foi prudente cancelar o Pan-Americano no local que foi o ponto central da doen?a. O evento atrairia muitas pessoas e iria no sentido contrário do que se espera para controlar uma epidemia".Vacina??o encerrou epidemia, mas doen?a persisteA meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, e pode ser causada por vírus e bactérias. Até o início dos anos 70, o Brasil já tinha passado por dois surtos da doen?a, em 1923 e em 1945. Acreditava-se que a doen?a estava sob controle.A epidemia de 1971 a 1976 acabou sendo a mais letal de todas. A explica??o está na soma de dois subtipos de meningite que assolaram o Brasil: o tipo C, que teve início em abril de 1971, e a meningite tipo A, que estourou em maio de 1974.Por conta da campanha de desinforma??o do governo, n?o é possível saber ao certo os números da epidemia, mas estimativas d?o conta de que só em S?o Paulo, em 1974, pelo menos 2.500 pessoas morreram da doen?a.Hoje a meningite é considerada uma doen?a endêmica no Brasil, com ocorrência eventual ao longo do tempo. As mais comuns s?o as meningites bacterianas no inverno, e as virais no ver?o. A vacina??o é a principal arma no combate da doen?a.Mesmo sem Pan, S?o Paulo ganhou obrasO Pan ainda ia à sua sétima edi??o em 1975, e S?o Paulo esperava recebê-lo pela segunda vez, depois do bem-sucedido Pan de 1963, cujo palco principal foi o Pacaembu. O sucesso foi tanto que a cidade seguiu tirando do papel o projeto do arquiteto ?caro de Castro Mello, no Ibirapuera e na Cidade Universitária.Usada como Vila Pan-Americana em 1963, a USP ganhou em 1970 a maior parte do que é hoje o Centro de Práticas Esportivas da USP, vizinho ao conjunto residencial universitário que serviu como alojamento de mais de 4 mil atletas.As obras envolviam prefeitura, Estado e Ministério da Educa??o, que investiriam cerca de 50 milh?es de cruzeiros (equivalentes a R$ 50 milh?es atualmente). Já pensando na sétima edi??o do Pan, a USP ganhou seu conjunto aquático e come?ou a construir o prédio que hoje abriga a Escola de Educa??o Física. Era lá que deveria ser o centro administrativo do Pan.Velódromo da USP virou palco de festas e morteQuase meio século depois do Pan que nunca aconteceu, S?o Paulo discute o que fazer com as estruturas que, naquele início da década de 1970, pareciam a chave para fazer da capital paulista uma cidade poliesportiva e que só ficariam prontas depois do Pan já estar cancelado.Na USP, o ginásio poliesportivo projetado por ?caro de Castro Mello nunca saiu da planta. No seu lugar, por causa do Pan, foi erguido um velódromo com medidas maiores que as oficiais. Desde os anos 1990 o local n?o recebe treinamentos ou competi??es. Por muito tempo, foi palco para festas universitárias, mas já nem mais isso. Em 2014 um estudante morreu afogado na raia depois de uma balada no velódromo. As festas foram proibidas no local.Hoje é só uma carca?a, como a arquibancada do Estádio Armando de Salles Oliveira, que n?o recebe eventos oficiais desde a final da Copa S?o Paulo de 1988. De forma geral, a USP recebeu equipamentos, mas n?o dinheiro para mantê-los, e eles acabaram ruindo.No Ibirapuera o sonho durou mais tempo. Os arquitetos enviados a S?o Paulo pelos militares planejaram duas obras para o Pan: a adequa??o do conjunto aquático, com piscina olímpica e tanque de saltos, e o ginásio Mauro Pinheiro, anexo ao Estádio ?caro de Castro Mello, que só ficou pronto nos anos 80.Hoje, todo o complexo poliesportivo do Ibirapuera passa por um projeto de privatiza??o, apresentado pelo governador Jo?o Doria no ano passado. Os planos preveem que ginásio e piscinas ser?o demolidos.QUEST?ES1) Explique o que você entende por “negacionismo”.2) Após a leitura do texto, conte com suas palavras a história do Pan de 1975, o porquê desse evento ter sido transferido para o México, o contexto da epidemia de meningite, como o governo brasileiro da época tratou da situa??o e os pontos de vista dos envolvidos.3) Descreva os surtos de meningite ocorridos no Brasil, conforme o texto informa, asa datas em que ocorreram e se existiram campanhas informativas sobre essa doen?a para a popula??o.4) Fa?a uma compara??o entre os acontecimentos do Pan de 1975, com o agravamento da epidemia de meningite e as a??es que foram tomadas na época com a realidade atual no Brasil , citando a realiza??o da copa América no Brasil e os jogos Olímpicos de Tóquio com a pandemia mundial de COVID19. ................
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