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ATIVIDADE AVALIADA DE LÍNGUA PORTUGUESA – 3º BIMESTRE - (4,0 pontos)
HABILIDADES:
• Interpretar os diferentes gêneros textuais apresentados;
• Responder, com clareza e organização, às questões referentes aos textos lidos;
• Reconhecer as classes de palavras estudadas nos textos propostos;
• Identificar a sílaba tônica das palavras;
• Acentuar corretamente algumas palavras;
• Apresentar um teste organizado, legível e feito com capricho
Teatro: divertir e fazer pensar
01 – O teatro é um grande faz-de-conta, cheio de encantamento e emoção. O teatro nos faz rir e chorar, ter medo, raiva. O teatro também nos faz pensar sobre os fatos e as situações de vida representados.
Leia a seguir uma adaptação do texto “Sac à malice”, do francês Marcel Temporal. Ela foi tirada do livro “Como fazer teatrinho de bonecos”, de Maria Clara Machado. Em Português, o título foi traduzido para “O saco de esperteza”. A adaptação foi feita por Virgínia Valli. Leia o texto e divirta-se!
TEXTO I O saco de esperteza
Marcel Temporal
Personagens: guarda, menino, ladrão
Primeiro quadro: rua
Guarda – Tenho que prender o ladrão. Tenho que prender o ladrão.
(Repete, andando de um lado para outro.) (Entra o menino arrastando um saco.)
Guarda – Bom dia, menino!
Menino – Bom dia, seu guarda. O senhor está aborrecido?
Guarda – Estou, sim.
Menino – Por quê, seu guarda?
Guarda – Tenho que prender o ladrão.
Menino – Prender por quê?
Guarda – É um bandido, um ladrão. Corta a orelha de todo mundo e leva pra casa.
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Menino – Não deve ser difícil prender ele. Para o senhor...que é guarda.
Guarda – Sou, mas não consigo.
Menino – Por quê?
Guarda – Ele se esconde.
Menino – claro.
Guarda – Não consigo pegar ele.
Menino – Claro.
Guarda – Quando ele me vê, ele foge.
Menino – Corre atrás.
Guarda – Ele corre mais do que eu. Nunca vou conseguir prendê-lo.
Menino – Por que o senhor não arma uma emboscada?
Guarda – Não posso.
Menino - Não pode, como?
Guarda – Não sei por onde ele anda.
Menino – Pois eu vejo ele sempre. Ele anda sempre com um saco.
Guarda – Claro. São as orelhas que ele corta e mete no saco. (Vendo o saco.) Que saco é este?
Menino – É meu.
Guarda – Tem alguma coisa dentro?
Menino – A minha esperteza. (O guarda olha dentro do saco.)
Menino – Claro, esperteza não é coisa que se veja assim. Só depois que ela aparece.
Guarda – Depois, quando?
Menino – Quando a gente faz ela. Até logo, seu guarda.
Guarda – Até logo. E quando é que vou ver sua esperteza?
Menino – Quando ela aparecer. (Sai.)
Guarda – Tenho que prender o bandido, tenho que prender... (Sai.)
Segundo quadro: floresta
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Menino – (Entra com o saco.) Vou me meter dentro deste saco. (Entra no saco e se coloca à direita.) (Aparece o ladrão, olha desconfiado para os lados e se inclina para a plateia.)
Ladrão – Ninguém, graças a Deus! Que profissão! Estar sempre me escondendo. Não é nada engraçado ser ladrão. Ganha-se a vida sem trabalhar, mas os riscos? Os riscos? O guarda, a prisão.... É duro. O mais difícil não é roubar. O mais difícil é não ser preso. Para não ser preso é preciso esconder.... Estar sempre se escondendo. Ah! Um saco! É duro viver escondido. (Enquanto fala o saco passa para a esquerda.) Só se fosse invisível. (Olha à direita e não vê o saco.) Só se eu fosse Ah! Se eu fosse invisível (Procura o saco no rompimento, olha a esquerda e vê o saco.) Ah, está aqui. Pensei que estava do lado de cá, mas está aqui. Que é que eu estava dizendo? Ah! Que é difícil ser ladrão.... Ficar escondido, é duro. Mas o difícil... (O saco volta à direita. O ladrão o procura à esquerda e o acha à direita.) Ah! Está aqui novamente. O que eu dizia é que o difícil não é roubar, o difícil é ser esperto e a esperteza...
Menino – Esperteza! Presente!
Ladrão – Hum... um saco falante.
Menino – Não é de admirar num saco de esperteza.
Ladrão – Saco de esperteza?
Menino – (Sai do saco.) Presente!
Ladrão – Que está fazendo aí, vagabundo?
Menino – Estava me escondendo para pregar uma peça no guarda.
Ladrão – Pregar uma peça no guarda, como?
Menino – Escondendo dele.
Ladrão – Você estava se escondendo do guarda?
Menino – Mais ou menos. Para pregar uma peça em alguém, a gente tem que se esconder.
Ladrão – O mesmo acontece com os ladrões. Têm que se esconder.
Menino – Eu fiz uma aposta com o guarda que ia passar perto dele sem ele me ver, metido neste saco de esperteza, com a minha esperteza.
Ladrão – Esperteza?
Menino – É uma coisa invisível que vale ouro.
Ladrão – E onde está ela?
Menino - No fundo do saco.
Ladrão – (Olha o saco.) Não vejo nada, está vazio.
Menino – As boas espertezas são sempre invisíveis, antes... depois é que aparecem.
Ladrão – Você sabe muito golpe igual a esse?
Menino – Aos sacos.
Ladrão – Você se esconde no saco para não ser visto e passar por ele invisível...
Menino – Claro.
Ladrão – Ah... se eu me metesse nesse saco podia passar pelo guarda invisível...
Menino – Claro. (O menino olha e finge ver alguém.) Depressa, lá vem o guarda, tenho que me esconder no saco.
Ladrão – O guarda! Pelo amor de Deus, menino, me dê seu lugar, deixe-me esconder no saco, não quero que o guarda me veja.
Menino l- Mas prometi a ele que ia passar pertinho dele sem que ele me visse...
Ladrão - Mas isso é uma brincadeira... E eu, eu arrisco a ser preso, por favor, menino. (Empurra o menino e entra no saco.) (O menino fecha o saco.)
Menino – (Batendo no saco.) Agora, anda.
Ladrão – Prefiro ficar parado.
Menino – Anda! Prometi ao guarda que passaria por ele com a minha esperteza invisível. Assim ele vai pensar que você é a minha esperteza. (Saem.)
[...]
(Maria Clara Machado. Como fazer teatrinho de bonecos. Rio de Janeiro, Agir, 1969.)
02 - Estudo do texto
a – Marque com um X a opção que completa a frase: O ladrão parece ser...
( )...ingênuo e tolo. ( ) ... esperto e sabido.
b – Leia o trecho a seguir, tirado da peça lida:
Menino – (Batendo no saco.) Agora, anda.
Ladrão – Prefiro ficar parado.
Menino – Anda! Prometi ao guarda que passaria por ele com a minha esperteza invisível. Assim ele vai pensar que você é a minha esperteza. (Saem.)
•
• Nessa conversa com o ladrão, qual era a intenção do menino?
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• Essa conversa acontece no final do segundo quadro. Para onde você pensa que o menino vai?
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c – Como o menino conseguiu prender o ladrão?
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d – O texto está organizado em dois quadros.
• Qual é o cenário onde se passa cada quadro?
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• De que assunto trata o segundo quadro?
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• Quais personagens aparecem em cada quadro?
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TEXTO II
Você vai ler um comentário sobre a peça de teatro Pluft, o fantasminha, escrita por Maria Clara Machado. Ao lê-lo, procure verificar as diferenças entre uma peça de teatro e um comentário sobre uma peça.
Um clássico do Teatro Infantil Brasileiro
“Mamãe, gente existe”? – quando Pluft, o fantasminha, fez essa pergunta pela primeira vez, o teatro para crianças no Brasil ganhou o seu grande clássico. A peça, que o tempo consagraria como a obra-prima de Maria Clara, alcançou sucesso imediato de público e crítica e recebeu os prêmios de melhor espetáculo amador e de melhor autor, concedidos pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1956.
A história começa com o sequestro da menina Maribel pelo bandido Perna de Pau. No entanto, mais do que mera solução para o crime, ao encontrar Maribel, Pluft acaba descobrindo a sua própria identidade, e faz também a descoberta do outro – ou da “gente” que ele não sabe se existe no início da trama.
O medo de Pluft, um sentimento humano e autêntico, longe da caricatura, revela-se uma experiência enriquecedora, fundamental para o amadurecimento do fantasminha, e causa empatia imediata no espectador em vez de riso ou desprezo.
Com graça e leveza, Maria Clara convida crianças e adultos a investigar as inquietações de todos aqueles que um dia já tiveram medo de crescer.
(Os editores, Companhia das Letrinhas, 2002.)
04 – Estudo do texto II em relação ao texto I.
a – Dizer que uma peça teatral é um grande clássico é dizer que ela é reconhecida como boa durante muitos e muitos anos, por muitas e muitas pessoas.
• Transcreva um trecho em que os autores desse texto mostram por que Pluft, o fantasminha é um grande clássico.
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• Quem é o(a) autor(a) dessa peça teatral?
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• O que Maria Clara Machado convida as crianças a investigar?
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b - Explique, com suas palavras, o sentido de cada palavra em destaque de acordo com o contexto da frase.
• A palavra IDENTIDADE significa “jeito de ser, conjunto de caracteres próprios de uma pessoa”.
[...] “Pluft acaba descobrindo a sua própria identidade”[...]
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• A palavra EMPATIA significa “capacidade de sentir ou de compreender o que outra pessoa está sentindo”.
• “O medo de Pluft [...] causa empatia imediata no espectador em vez de riso ou desprezo. ”
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04 – Estudo da língua
a – Identifique, nos trechos a seguir, se a palavra destacada é: oxítona, paroxítona ou proparoxítona.
• “Ninguém, graças a Deus! Que profissão!” ____________________________________
• “...no Brasil ganhou o seu grande clássico.”___________________________________
• “...Prometi ao guarda que passaria por ele com a minha esperteza invisível.”______________________
b – Qual acento foi usado na palavra CLÁSSICO? Justifique o acento nesta palavra.
____________________________________________________________________________
c – Complete as frases, usando uma das formas que estão dentro dos parênteses.
• Tenho uma _____________: quem escreveu o texto teatral “Pluft, o fantasminha”? (duvida/dúvida)
• Meu filho sempre ___________________das histórias de fantasmas que conto para ele.
(duvida/dúvida)
d – Leia, com cuidado, as palavras a seguir e escreva-as na coluna correspondente.
|OXÍTONA |PAROXÍTONA |PROPAROXÍTONA |
| | | |
| | | |
| | | |
| | | |
Acredito em você!!!
Beijos, tia Josiane
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Aluno(a): ____________________________________ Nº: _________
Série: 5º ano Turma: ______ Data: ____/ ____/ ____
Disciplina: Língua Portuguesa Professor(a): Josiane
ladrão – menino – guarda – fantasma – difícil – também – francês – lâmpada – pêssego - esperto
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A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, ria, dance, chore e viva intensamente cada momento de sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
(Charles Charplin)
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