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QUINTA-FEIRA | 10 DE NOVEMBRO | 14h00-18h00Comunica??o Coordenada: III Mesa Coordenada Renami – Crítica de narrativas jornalísticas (SALA PBB121)Coordena??o: Marta Regina Maia (Ufop)Crítica midiática e fazer jornalístico: novas narrativas e percep??es Autoria: Marta Regina Maia (UFOP), Rafael Drumond(UFOP), Caio Aniceto (UFOP) Resumo: Está em andamento, no campo da comunica??o, um esfor?o para o mapeamento das possibilidades de crítica de mídia, já que s?o várias as modalidades de estudo nessa área. Nesse caso, propomos um olhar sobre a metacrítica jornalística que emerge a partir de culturas de trabalho financiadas por modelos alternativos, redesenho organizacional que vem possibilitando a circula??o de novas narrativas sobre o social. Tendo em vista o lugar contra-hegem?nico que vitaliza esse outro jornalismo, analisamos, com aporte metodológico da análise das narrativas a partir das fontes, o trabalho desenvolvido pelo projeto jornalístico “Ponte: Direitos humanos, justi?a e seguran?a pública”.Palavras-chave: Narrativas; Midiatiza??o; Jornalismo; Crítica; Ponte.A narrativa instável no jornalismo sobre investiga??esAutoria: Eduardo Luiz Correia (FIAM-FAAM) Resumo: A proposta do artigo versa sobre a constru??o narrativa do jornalismo investigativo, em sua modalidade chamada "sobre investiga??es", considerada na combina??o desta com o jornalismo declaratório praticado hoje. A ideia é apresentar uma reflex?o sobre domínio da fonte e do jornalista narrador sobre o fato, intencionalidades e instabilidades narrativas na forma??o de sentidos a partir de uma narratividade com tais características delineada pela imprensa, principalmente aquela que trata dos chamados esc?ndalos político midiáticos.Palavras-chave: jornalismo investigativo, fontes, análise da narrativa, poder judiciário, esc?ndalo político.Narrativas-discurso e discursos-narrativa: teoria e prática para uma categoriza??o dos deslizes éticos por jornalistas cearensesAutoria: Edgard Patrício (UFC)Resumo: Em tempos de convergência midiática e precariza??o do trabalho, como estaria a rela??o entre produ??o de jornalismo e a ética profissional? Entrevistamos 15 profissionais jornalistas do mercado de trabalho de Fortaleza. A técnica foi de entrevistas em profundidade. Para esse artigo, fazemos um recorte sob a perspectiva da compreens?o dos jornalistas sobre o conceito de ética. A partir daí, tentamos categorizar as situa??es em que o jornalista profissional cearense enxergaria em sua prática possibilidades de deslizes éticos. Depois, fomos à coluna semanal do ombudsman do jornal O Povo. E fizemos o cruzamento para saber: 1) se há uma correspondência entre a categoriza??o sistematizada a partir das narrativas-discurso dos jornalistas e os deslizes éticos apontados nos discursos-narrativa dos jornalistas pelo ombudsman; 2) quais seriam, a partir dos deslizes éticos apontados pelo ombudsman, as categorias mais representativas. Palavras-chave: Jornalismo; narrativa; ética.Apura??o in loco: o impacto do trabalho de campo nas narrativas jornalísticas contempor?neasAutoria: Mara Rovida (Faculdade Rio Branco)Resumo: Numa sociedade orientada pela tecnologia, o investimento no trabalho de campo como elemento essencial da apura??o jornalística parece cada vez mais raro. Na contram?o dessa realidade, observa-se o trabalho in loco como diferencial na elabora??o de narrativas sobre temas do cotidiano urbano. A rela??o entre dialogia jornalística e observa??o-experiência no exemplo da cobertura radiof?nica do tr?nsito é discutida neste artigo. A costura de vozes e perspectivas de personagens do tr?nsito urbano é observada em seu aspecto dialógico nas narrativas da Radio SulAmérica Tr?nsito. A metodologia de trabalho que dá base para o presente debate está alicer?ada na pesquisa empírica cujos sujeitos observados s?o os jornalistas que atuam na emissora de rádio escolhida para esta análise.Palavras-chave: apura??o jornalística; dialogia; narrativa jornalística; trabalho de campo; radiojornalismo.A subjetividade nas narrativas jornalísticas e suas implica??es em O nascimento de JoicyAutoria: Dayane Barretos (UFOP)Resumo: O exame da dimens?o subjetiva da prática jornalística é um movimento que já vem sendo efetuado nos estudos da área. Contudo, ao colocar os sujeitos em destaque e inserir a produ??o jornalística em uma perspectiva relacional, outras quest?es emergem, como é o caso da visibilidade, e da rela??o entre jornalista e personagem. Nesse sentido, este artigo pretende contribuir para essa perspectiva ao tensionar as implica??es que uma maior apropria??o da subjetividade traz para a narrativa jornalística. Para tanto, partimos das considera??es tecidas pela jornalista e doutora em sociologia Fabiana Moraes em sua obra O nascimento de Joicy, a fim de destacar aspectos presentes no livro que possam auxiliar na compreens?o dessas quest?es. Palavras-chave: Jornalismo; Narrativa; Subjetividade; Rela??o; O nascimento de Joicy. Comunica??o Coordenada: IV Mesa Coordenada Renami – Narrativas em Jornalismo Literário (SALA PBB 315)Coordena??o: Monica Martinez (Uniso) Parcialidade assumida na narrativa jornalística: análise das reportagens de Ant?nio Callado sobre a Guerra do Vietn?Autoria: Lilian Martins (UNESP) Resumo: Em setembro de 1967, Ant?nio Callado embarcou com destino ao Vietn? do Norte como correspondente do Jornal do Brasil. O repórter queria compreender a Guerra do Vietn? a partir da perspectiva dos vietcongues, os "inimigos" anunciados pelas agências internacionais de notícias que pautavam o JB sobre a guerra. Sobre sua série de reportagens no Vietn?, Callado, assumidamente de esquerda, dizia que n?o fora ao Vietn? para saber quem tinha raz?o. "Isso eu já sabia", declarou. O artigo pretende analisar o contexto em que a produ??o foi realizada e de que forma se apresenta a parcialidade assumida pelo repórter tanto na escrita quanto na escolha das fotografias publicadas na série de reportagens.Palavras-chave: Ant?nio Callado; Guerra do Vietn?; narrativa; parcialidade assumida.Perspectivas acerca da biografia jornalística Autoria: Rodrigo Bartz (UNISC)Resumo: Abordamos, aqui, alguns aspectos narrativos para a (re)constru??o da trajetória biográfica em biografias jornalísticas. Adentramos, em um primeiro momento, na narrativa biográfica descrevendo nossos achados em rela??o às escolhas desse narrador jornalístico. Em seguida, analisamos abordagens e possíveis respostas para o boom biográfico, as informa??es paratextuais, além da desconfian?a em rela??o à fic??o o que concede à biografia legitimidade como relato verossímil na contemporaneidade. Palavras-chave: análise; biografia; jornalismo; literatura.Uma leitura ontológica dos diários pessoais como fortalecimento das narrativas biográficas Autoria: Victor Cruzeiro (UnB)Resumo: A prática da escrita em diários é muito comum entre artistas, mas é frequentemente eclipsada pela import?ncia da sua obra dita magna. O registro íntimo perde-se na banalidade e no n?o literário. ? a partir das vis?es de abertura de Umberto Eco, e da sobrevivência das imagens de Aby Warburg e Georges Didi-Huberman, que se construirá uma leitura n?o histórica ou literária do diário, mas ontológica, em primeiro plano. O objetivo é dar voz ao diarista-artista na constru??o das narrativas biográficas, deixando-a ecoar e trazer à tona trechos de uma vida imperfeita, porque humana, e n?o apenas fadada ao sucesso, porque genial. Palavras-chave: diário; abertura; sobrevivência; ontologia; narrativa biográfica.O jornalismo literário e a dor na terra esquecidaAutoria: Juan Domingues (PUCRS)Resumo: Em apenas três meses de 1994, parte da popula??o de Ruanda foi massacrada durante violentos ataques promovidos pela maioria étnica Hutu contra a minoria Tutsi. Três anos depois de um dos piores acontecimentos da história do país africano, o jornalista estadunidense Philip Gourevitch foi a Ruanda para fazer uma reportagem sobre os fatos. Ouviu mais de uma centena de pessoas, incluindo sobreviventes, cúmplices e participantes diretos dos ataques. O resultado do trabalho de apura??o e investiga??o de Gourevitch é o livro-reportagem Gostaríamos de informá-los de que amanh? seremos mortos com nossas famílias (2006). As vozes nas narrativas, que combinam objetividade das informa??es com o subjetivismo do jornalismo literário, é o objeto deste estudo, que identifica n?o apenas as vozes que ajudam a construir o texto, como também a presen?a e o ponto de vista do autor sobre os fatos ocorridos em Ruanda.Palavras-chave: jornalismo literário; Ruanda; Philip Gourevitch; hutu; tutsi.Primeiras reflex?es sobre a pesquisa em narrativas midiáticas no Brasil Autoria: Monica Martinez (Uniso) e Tadeu Rodrigues Iuama (Uniso) Resumo: Este artigo tem como objetivo compartilhar a análise dos resultados preliminares da primeira fase (encerrada em 30/6/2016, totalizando 23 respostas) da pesquisa sobre narrativas, iniciativa ligada à Rede de Pesquisa Narrativas Midiáticas Contempor?neas (RENAMI) e à Associa??o Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPjor). Este mapeamento visa a identificar o perfil dos pesquisadores brasileiros dedicados ao estudo de narrativas, bem como suas bases epistemológicas, teóricas e metodológicas. Os resultados sugerem que a maioria dos respondentes é composta por doutores e pós-doutores filiados há pelo menos uma associa??o nacional, que majoritariamente financiam suas pesquisas com recursos próprios, consideram-se parcialmente atualizados sobre a produ??o científica no país e exterior e empregam como principais referenciais teóricos Motta, Ricoeur, Barthes e Benjamin. Palavras-chave: Jornalismo; Narrativas midiáticas; Redes de Pesquisa; Renami; SBPJor.Escuta, testemunho e memória na narrativa de Svetlana Aleksiévitch Autoria: Jaqueline Lemos (Universidade S?o Judas)Resumo: Em Vozes de Tchernóbil, a jornalista e escritora Svetlana Aleksiévitch apresentou ao mundo uma narrativa de mosaico de vidas, lembran?as e histórias de personas que viveram o drama do desastre nuclear. As falas do indizível apuradas pela jornalista nos remetem a uma reflex?o sobre a densidade da narrativa quando é capaz de articular a escuta, o testemunho e a memória.?Os testemunhos narrados no livro-reportagem nos colocam diante de um ininterrupto entre passado e presente, no qual o ontem e o hoje se fundem em vozes de perplexidades diante dos acontecimentos. Este artigo tem como objetivo compartilhar uma reflex?o inicial sobre o livro-reportagem Vozes de Tchernóbil quanto às estratégias narrativas adotadas pela autora, na perspectiva de uma leitura cultural de reportagem, de acordo com a pesquisadora Cremilda Medina.Palavras-chave: livro-reportagem; narrativa; jornalismo literário; relato oral; Svetlana Aleksiéunica??o coordenada: Telejornalismo e Sociedade: olhares críticos, percep??es e sentidos (SALA PBB322) Coordena??o: Flávio Ant?nio Camargo Porcello (UFRGS)O Telejornalismo local entre a mudan?a e a permanência: Um estudo de caso do Jornal Anhanguera Autoria: Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (UFG)Resumo: O jornalismo está vivenciando um período de mudan?as estruturais, pressionado pela necessidade de se adaptar as mudan?as no perfil do público local e novas tens?es relativas à audiência e o aumento da cobertura policial. Partindo destas múltiplas rela??es, prop?e-se aqui uma análise das transforma??es realizadas no conteúdo do Jornal Anhanguera, veiculado pela emissora TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiás. A análise faz uma reflex?o sobre o telejornalismo local a partir das tens?es internas do seu conteúdo, relacionando o conteúdo colaborativo e as coberturas policiais, e outros aspectos relativos à vida urbana, como transporte público, presta??o de servi?os, entre outros. A análise inclui uma revis?o bibliográfica sobre o telejornalismo local, além de questionamentos sobre a interferência da Rede Globo no conteúdo do telejornal. Palavras-chave: Telejornalismo Local; Jornal Anhanguera; Goi?nia; Análise de Conteúdo; Cobertura local.Telejornalismo: a fun??o pedagógica na apropria??o e reconstru??o do discurso jurídico Autoria: Alfredo Vizeu (UFPE) e Laerte Cerqueira (UFPB)Resumo: Neste artigo, refletimos sobre a fun??o pedagógica do telejornalismo no processo de apropria??o e reconstru??o do discurso jurídico, tornando-o algo familiar, acessível à sua audiência. Destacamos, nesta opera??o didática, o papel dos sistemas e conceitos da teoria das representa??es sociais como suporte para entender como se dá a transforma??o da linguagem hermética dos tribunais em diálogo/conhecimento do cotidiano. Em destaque, a partilha de sentidos comuns de mundos diferentes feita por uma audiência que encontra no telejornalismo um lugar de referência; uma possibilidade de orienta??o na complexidade dos acontecimentos mais distantes, mais próximos ou que, de alguma forma, afetam o cotidiano. Palavras-chave: Telejornalismo; fun??o pedagógica; lugar de referência; representa??es sociaisA política mediatizada e os riscos para a democracia Autoria: Célia Ladeira Mota (UnB) e Paulo Henrique Soares de Almeida (UnB)Resumo: Manuel Castells (2007) dia que nas sociedades contempor?neas, a política é primariamente mediatizada. O sistema político usa a TV como um palco onde se apresenta em busca de apoio e de dar visibilidade ao discurso para cidad?os que se tornam consumidores. Neste artigo, examinamos narrativas que foram produzidas em transmiss?es ao vivo e em reportagens de telejornais brasileiros sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e as comparamos com narrativas da imprensa internacional, que cobriu também amplamente o processo. A compara??o permitiu observar a interferência direta da cobertura jornalística na produ??o de um significado dominante a favor do processo levado a efeito pela classe política, que terminou com o afastamento da presidente brasileira. A pesquisa nos leva a indagar quais os riscos que o jornalismo político representa para a consolida??o do processo democrático no país.Palavras chave: democracia, telejornalismo, política, narrativa, significadoTelejornalismo e redes sociais: as narrativas do “eu” e a customiza??o da notícia no “GloboNews em Pauta” Autoria: Christina Ferraz Musse (UFJF) e Cláudia Thomé (UFJF)Resumo: Análise da utiliza??o das redes sociais pelos jornalistas de televis?o. Através de postagens nos perfis do Facebook, Instagram e Twitter, os apresentadores e repórteres de TV misturam aspectos da vida profissional e da vida privada, com o objetivo de divulgar os telejornais onde atuam, e aumentar a empatia com o público, o que chamamos de customiza??o do conteúdo noticioso, isto é, a hibridiza??o do texto noticioso com registros da vida íntima. Acredita-se que esse tipo de comportamento tem levado a uma nova maneira de consumir as informa??es telejornalísticas e aponta para novas possibilidades narrativas para a televis?o. A investiga??o apresentada neste artigo utilizou-se do referencial teórico de Ant?nio Fausto Neto, Yvana Fechine e Lúcia Santaella, entre outros. A observa??o empírica foi realizada sobre as postagens nas redes sociais de jornalistas do telejornal “GloboNews em Pauta”.Palavras-chave: telejornalismo; redes sociais; narrativas do “eu”; customiza??o; “GloboNews em Pauta”Telejornalismo expandido: o conteúdo jornalístico televisivo nas redes sociais Autoria: Edna Mello (UFTO) e Iluska Coutinho (UFJF)Resumo: Este artigo tem a proposta de apresentar novas formas de consumo e de diálogo dos telejornais brasileiros com a sociedade, por meio de sua presen?a nas mídias sociais, aplicativos digitais. Essa apropria??o tem reflexos nas formas de circula??o da notícia, que ocorre também por meio de narrativas convergentes, em uma fase que denominamos de telejornalismo expandido. Destacamos neste trabalho os resultados de pesquisa que sinalizam a presen?a de produ??es telejornalísticas diferenciadas em diversas redes sociais digitais, incluindo a transmiss?o ao vivo de reuni?es de pauta, a produ??o de chamadas (teasers) por repórteres ou apresentadores, a postagem de vídeos de reportagens, as transmiss?es simult?neas na televis?o e na rede social e intera??o com o telespectador ao vivo. Na fase atual, o telejornalismo se expande, e diversifica suas plataformas de atua??o e contato com o cidad?o. Palavras-chave: telejornalismo; convergência; redes sociais; jornalismo; Mulher nos anos 80 e agora: representa??o feminina, gênero e protagonismo social Autoria: Flávio Porcello (UFRGS), Francielly Brites (UFRGS), Fabiana Freitas (UFRGS) e Douglas Carvalho (UFRGS)Resumo: Este artigo prop?e uma reflex?o sobre a representa??o feminina em diferentes épocas através do TV Mulher. O programa original que comp?e o corpus fora transmitido na televis?o aberta pela Rede Globo, nos anos 1980, e a sua repagina??o pelo segmentado Canal Viva, em 2016. O estudo consiste em uma análise de conteúdo a partir da observa??o e compara??o de categorias: a) temáticas abordadas, b) composi??o de quadros, c) elementos de cenário, d) apresenta??o e e) vinheta. Dessa forma, foi possível concluir que apesar de as vers?es apresentarem temáticas idênticas, as abordagens s?o distintas, visto que na primeira a fun??o da atra??o era basicamente informativa, enquanto a segunda se insere como espa?o de discuss?es da quest?o de gênero.Palavras-chave: televis?o; jornalismo; representa??o feminina; mulher brasileira; TV unica??o coordenada: XVII Mesa Coordenada da Rede JorTec – Reflex?es e aplica??es da pesquisa em jornalismo e tecnologias digitais (SALA PBB221) Coordena??o: Marcelo Tr?sel (UFRGS)Produ??o colaborativa de pesquisa aplicada na consolida??o de rede científica: um relato sobre a experiência da Rede JorTec/SBPJor Autoria: Walter Teixeira Lima Júnior (UNIFAP) e Rodrigo Eduardo Botelho-Francisco (UFPR)Resumo: O objetivo deste trabalho é relatar e discutir a experiência e resultados de projeto coletivo da Rede de Pesquisa Aplicada Jornalismo e Tecnologias Digitais, vinculada à Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo, voltado para experimenta??o e cria??o de inova??es tecnológicas digitais nos processos de capta??o, produ??o, transmiss?o e distribui??o de conteúdos jornalísticos nas convergentes plataformas comunicacionais. Com isso, apresentam-se perspectivas metodológicas para pesquisa aplicada e em rede, bem como ades?es epistemológicas de uma rede em forma??o no Brasil, dedicada a pensar o Jornalismo e as Tecnologias Digitais como um espa?o aberto à crítica, à criatividade e à inova??o.Palavras-chave: Pesquisa aplicada; Colaboratividade; Redes; Jornalismo; Tecnologias Digitais.A evolu??o das tecnologias leva à automatiza??o da produ??o informativa Autoria: Sebasti?o Squirra (UMESP)Resumo: O jornalismo vem sendo for?ado a mudar modelos e estruturas. Neste paper apontamos que o mesmo está encantoado pelas novas possibilidades tecnológicas, que alteram a disponibiliza??o de informa??o. A informatiza??o reformata as práticas, tendo levado as formas narrativas para realidade onde todos produzem conteúdos e volume inédito de informa??o está à disposi??o. A robotiza??o se insere na produ??o de notícias e novas c?meras alargam conteúdos, exponenciando os relatos. Como o ser necessita de fontes experientes e informa??es seguras, os modelos atuais sobreviver?o indicando que na plena informa??o, os jornalistas dever?o estar presentes. Palavras-chave: Jornalismo; tecnologias; robotiza??o da imprensa; automa??o jornalística; jornalismo digitalRegistro livre: um exemplo de desenvolvimento de tecnologia digital aplicada ao jornalismo através de parcerias informais Autoria: Marcelo Tr?sel (UFRGS)Resumo: A área da Comunica??o, nas universidades brasileiras, é tradicionalmente carente em desenvolvimento de tecnologia, mas as políticas que favorecem a pesquisa interdisciplinar e as mudan?as culturais e econ?micas engendradas pela microinformática e pelas redes digitais oferecem novas oportunidades para este tipo de empreendimento científico. O artigo relata o processo de produ??o do software Registro Livre, concebido como pesquisa aplicada em Jornalismo e materializado através de uma parceria informal entre a academia e o setor privado, ensejada pela intera??o entre ambos no Parque Tecnológico da PUCRS. A descri??o evidencia a existências de vias alternativas aos editais de agências de fomento e ao investimento direto para o desenvolvimento de pesquisa aplicada no Brasil. Palavras-chave: ciberjornalismo; crowdsourcing; inova??o; métodos ágeis, parque tecnológico.Experiência do usuário nos aplicativos O Globo Notícias e Folha de S. Paulo Autoria: Elton Tamiozzo de Oliveira (UCDB) e Gerson Luiz Martins (UFMS)Resumo: Esse trabalho é resultado de uma pesquisa que teve como objetivo analisar a Experiência do Usuário de smartphone quando utilizam aplicativos de notícias de dois cibermeios nacionais. Para cumprir o propósito os procedimentos utilizados na pesquisa realizada foram: pesquisa bibliográfica para fundamentar conceitos inerentes ao trabalho, realiza??o de teste de avalia??o de usabilidade e administra??o de questionário para analisar a Experiência do Usuário. Os dados colhidos permitiram mensurar que, independente da eficiência no cumprimento das tarefas no teste de usabilidade, a experiência teve desempenho pior que a expectativa do usuário em ambos os aplicativos, mesmo no que apresentou bom desempenho nas dimens?es avaliadas. Isso n?o define que um aplicativo seja ruim, houve pontua??es positivas em pelo menos três das quatro dimens?es avaliadas.Palavras-chave: Ciberjornalismo. Dispositivos móveis. Aplicativos de Notícias. Experiência do Usuário. Usabilidade.Notícias nas redes sociais e redes sociais de notícias Autoria: Elaide Martins (UFPA)Resumo: A fim de abordar a rela??o entre jornalismo e redes sociais na internet, este artigo prop?e uma reflex?o sobre essa rela??o a partir de três momentos: jornalismo se apropriando dessas redes; jornalismo profissional nas redes e instrumentos das redes para notícias; e redes se apropriando do jornalismo. Amparando-se no conceito de redes sociais na internet (RECUERO, 2009a, 2009b, 2014), a pesquisa adota como procedimentos metodológicos a revis?o bibliográfica, incluindo textos acadêmicos e jornalísticos, e a técnica da observa??o direta, visitando os sites das redes sociais Twitter e Facebook em dias aleatórios durante a segunda quinzena do mês julho de 2016. Com isso, espera contribuir para melhor compreender o contexto atual dessa rela??o, identificar suas possíveis tendências e discutir as consequências para o jornalismo. Palavras-chave: Jornalismo; redes sociais digitais; Facebook; Twitter.Revista Já para tablets, uma experiência coletiva para pensar um conteúdo interativo Autoria: Elva Gladis (UFSC), Gabriela Damaceno (UFSC), Janine Silva (UFSC), Luiz Fernando de Oliveira (UFSC), Natália Duane de Souza (UFSC), Priscila Oliveira dos Anjos (UFSC) e Rita de Cássia Romeiro Paulino (UFSC)Resumo: A interatividade ainda é um desafio na área da comunica??o, muitos autores a interligam com os aparatos tecnológicos para motivar tal intera??o. Primo (2007, p. 33) faz uma ampla discuss?o sobre a intera??o mediada por computador que nos fez escolher a seguinte abordagem como conceito a discutir neste artigo: a interatividade é a oferta de um grande número de dados pré contidos em suporte digital, cujo fluxo de apresenta??o é disparado pelo usuário ao clicar em um bot?o ou link. Entendemos que o grande desafio está antes da a??o do usuário, está em como os profissionais da comunica??o pensam e compreendem a tal interatividade. Neste projeto procuramos aprofundar esta discuss?o e apresentar alguns recursos aplicados na Revista Já para tablets, que demonstram que uma representa??o estática pode se tornar mais atrativa e complementar, com a adi??o de simples elementos gráficos interativos.Palavras-chave: Interatividade; Revistas Digitais; Jornalismo; Golpe 64; unica??o coordenada: Estudo das práticas jornalísticas (SALA PBB222) Coordena??o: Beatriz Marocco (Unisinos) Crítica das práticas jornalísticas, um pequeno inventário Autoria: Beatriz Marocco (Unisinos) Resumo: A crítica das práticas jornalísticas pode ser delineada ao longo de dois séculos. Na literatura, Ilus?es perdidas, escrito por Balzac, entre 1835/1843, deu materialidade ao ambiente pérfido do jornal. Uma vertente acadêmica de crítica foi aberta pelas Teorias Sociais da Imprensa que sinalizaram o compromisso dos jornais com as lógicas de mercado e o sistema de partidos políticos. Jornalistas e as suas práticas foram historicamente criticados por jornalistas, desde Karl Kraus. Com base em um pequeno inventário pode-se afirmar que o jornalismo e outros campos teóricos deram consistência a uma diversidade de discursos críticos sobre as a??es dos jornalistas e dos jornais. O “livro de repórter”, pela via do enfoque à prática, é considerado, ao final, uma forma contempor?nea de crítica das práticas jornalísticas. Dois livros s?o analisados: O olho da rua e a colet?nea 50 anos de crime.Palavras-chave: crítica das práticas jornalísticas; jornalismo; ombudsman; livro de repórter.A crítica das práticas e a condi??o de fala do repórter Autoria: Angela Zamin (UFSM) Resumo: A presente reflex?o trabalha pistas ofertadas por jornalistas no esfor?o de, pela crítica, problematizar o regime das práticas. De modo aproximado, amplia a compreens?o sobre o jornalismo, os sujeitos e as media??es, a partir de textos em que jornalistas examinam como os acontecimentos se engendram ao mesmo tempo em que elaboram uma crítica articulada à experiência e à condi??o de fala. Os “textos” analisados foram recolhidos no Twitter e no Facebook em perfis pessoais de jornalistas brasileiros e perpassam as negocia??es nas reda??es, os constrangimentos enfrentados, a preferência pelas vers?es das agências, a dependência das fontes e de seus enredos, os erros ou elementos negligenciados no processo de produ??o e a fun??o das coletivas de imprensa. Evidenciam a decis?o do jornalista em dar a ver a “si mesmo” e às práticas jornalísticas, que se naturalizam sem serem suficientemente expostas e refletidas. Palavras-chave: Jornalismo; Práticas jornalísticas; Crítica.O golpe da mídia: a crítica ao jornalismo no discurso de intelectuais Autoria: Christa Berger (UFRGS)Resumo: O texto parte do ponto de vista de que inúmeros intelectuais incorporam a crítica à prática jornalística ao analisarem a sociedade contempor?nea. O acontecimento escolhido para observar esta incorpora??o na análise de intelectuais brasileiros é o processo que desembocou no impeachment da presidenta Dilma Roussef em junho de 2016. Três textos foram escolhidos para representar essas críticas. O primeiro é uma entrevista com o norte-americano Glenn Greenwald pela revista Carta Capital, o segundo “A velha mídia, o golpe e o Fla-Flu que n?o houve”, de Ednei de Genaro e Robson Gabioneta, publicado no site Outras Palavras e, o último, o artigo “Informados e Inteligentes”, de Aderbal Freire Filho, publicado no livro A resistência ao golpe de 2016. A conclus?o, ao final da análise é de que, nesse caso, as críticas políticas n?o só incorporam a mídia como afirmam que o jornalismo teve papel indiscutível no processo do impeachment da presidenta.Palavras-chave: Acontecimento; Crítica à prática jornalística; Intelectuais; Golpe.O retorno da autoria e uma nova consciência documental no fotojornalismo contempor?neo Autoria: Júlia Capovilla (Unisinos)Resumo: Os fotojornalistas têm vivenciado mudan?as na prática e na produ??o fotográfica desde a ades?o das tecnologias digitais pelas empresas jornalísticas. O que para muitos profissionais da imagem representou uma crise sem precedentes, para outros se configura como a possibilidade de explorar temáticas e estéticas n?o comumente usadas nas coberturas diárias dos impressos. Neste sentido, os blogs de fotografia dos jornais de maior circula??o do Brasil aparecem como lugares outros para publica??o e circula??o desse material imagético originalmente produzido para atender as demandas da produ??o noticiosa diária. Ao romperem com a suposta objetividade da fotografia, os fotojornalistas que contribuem com estes blogs apontam para a necessidade de incluir a poética em suas produ??es, provocando um movimento de “retorno da autoria” (FOUCAULT, 2001) e “uma nova consciência documental” (FONTCUBERTA, 2007).Palavras-chave: Blog de fotografia; Fotojornalismo; Autoria; Documento; Poética Visual.Sujeitos do biográfico: jornalistas e a constru??o do status de autoria na produ??o da biografia como reportagem Autoria: Karine Moura Vieira (ESPM-Sul)Resumo: O presente trabalho s?o reflex?es desenvolvidas a partir da tese “Do fazer um saber: a constru??o do biografar: o discurso de autoria sobre a prática jornalística na produ??o de biografias por jornalistas brasileiros”, defendida em 2015 no Programa de Pós-gradua??o em Ciências da Comunica??o da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e se debru?a sobre a constitui??o dos jornalistas como sujeitos do biográfico. A partir dos discursos das suas práticas enquanto autores de biografias, Alberto Dines, Lira Neto, Mário Magalh?es e Regina Zappa refletem sobre a processualidade do biografar, a circula??o de saberes e a constru??o do seu status de autoria. Palavras-chave: biografia; jornalismo; autoria; reportagem; prática.O encontro entre subjetividade e alteridade na crítica das práticas jornalísticas: aproxima??es de pesquisa Autoria: Márcia Veiga da Silva (Unisinos)Resumo: A partir do livro O nascimento de Joicy, de Fabiana Moraes, inicio as aproxima??es com a autora como possível interlocutora de minha pesquisa de pós-doutorado, que enseja conhecer práticas jornalísticas mais afeitas a alteridade. Entre os desafios dessa aproxima??o está o de relacionar o livro com as práticas jornalísticas compreendidas como Os novos jornalismos investigativos, bem como com as características que delimitam o conceito de Livro de repórter. Outro desafio é o de refletir sobre as descri??es da jornalista sobre suas práticas como um deslocamento do modo de objetifica??o jornalística circunscrita num tipo de autorialidade individual, nos termos de Ringoot e Marocco (2015). Considerando também a posi??o de sujeito da jornalista por um viés de gênero, fa?o uma leitura da reflexividade sobre as práticas, proposta pela autora, a partir da epistemologia feminista.Palavras-chave: práticas jornalísticas; alteridade; livro de repórter; unica??es Livres: Sess?o 1 (SALA PBB311) Coordena??o: Vivian de Carvalho Belochio (Unipampa) Aplicativos autóctones em franquias jornalísticas: estratégias e trans-forma??es a partir da convergência com meios digitais Autoria: Vivian de Carvalho Belochio (Unipampa), Eugenia Barichello (UFSM) e Tanise Arruda (Unipampa)Resumo: Este texto relata pesquisa sobre as características das estratégias em mídias móveis de franquias jornalísticas vinculadas a jornais de referência brasileiros. O foco é a movimenta??o dessas franquias em aplicativos autóctones, com conteúdos exclusivos, a partir da convergência com meios digitais. O artigo exp?e os resultados de pesquisa que averiguou as movimenta??es de 25 franquias jornalísticas brasileiras de meios impressos que realizam estratégias de distribui??o de conteúdos na Web e em aplicativos móveis.Palavras-chave: convergência com meios digitais; franquias jornalísticas; aplicativos autóctones; ciberjornalismo; convergência jornalística.Simple is the new Trend: a simplifica??o do Nexo como possibilidade de inova??o no jornalismo digital Autoria: Pedro Carlos Ferreira de Souza (UFBA) e Letícia Lopes da Silveira (UFBA) Resumo: Enquanto um estudo descritivo-analítico, o presente trabalho visa investigar as práticas inovadoras do jornal digital Nexo em rela??o à sua estrutura organizacional, à escolha editorial e ao foco mercadológico. A partir do entendimento de um contexto comunicativo no qual as esferas da produ??o e do consumo se confundem, nos interessa verificar em que medida essas a??es inovadoras influenciam o modo de fazer jornalismo em iniciativas voltadas ao meio digital. Para tra?ar esse panorama, salientamos as categorias analíticas de Bekker (2013), Rosetti (2013) e Franciscato (2010) acerca do conceito de inova??o, bem como o entendimento de affordances (GAVER, 1991; ARNAU, BALL?S, 2013) e propagabilidade (JENKINS et al, 2014). Como chave de leitura, elegemos os pontos identificados por Lucy Küng (2015) como características inovadoras comuns percebidas em organiza??es digitais.Palavras-chave: Jornalismo digital; Inova??o; Produ??o jornalística; Propagabilidade; Nativos digitais.Constru??o do ethos e estratégias transmídidas lado a lado no Jornal da Record News Autoria: Sofia Costa Rêgo (UFPE) Resumo: A articula??o dos programas televisivos com a internet tem sido cada vez mais comum, inclusive no jornalismo. Alguns telejornais, como o Jornal da Record News, adotam estratégias transmídias, mas n?o à t?a. Essas estratégias podem ter os objetivos de aprofundar a informa??o, de buscar um maior engajamento dos telespectadores que est?o nas redes sociais e de ajudar a construir a imagem do telejornal perante o público, ou seja, seu ethos. ? este último ponto que mais nos interessa discutir neste artigo. Pretendemos entender, a partir da análise do JR News, como o programa vem explorando a articula??o dos conteúdos televisivos com a internet, sobretudo com uso das redes sociais, para construir seu ethos. Palavras-chave: Telejornalismo; transmidia??o; estratégia transmídia; ethos.O Jornalismo Audiovisual para Dispositivos Móveis para além da análise de conteúdos: a perspectiva dos editores dos autóctones para tablets Autoria: Juliana Fernandes Teixeira (UFPI) Resumo: Partindo do panorama atual caracterizado por tendências de audiovisualiza??o e de mobilidade das informa??es jornalísticas, a proposta do artigo é investigar algumas das li??es e estratégias identificadas pelos editores dos produtos exclusivos para tablets, ao longo do processo de desenvolvimento do Jornalismo Audiovisual para Dispositivos Móveis. Entre os casos estudados incluímos La Presse +; Mail plus; Project Week; Katachi; La Repubblica Sera; El Mundo de la Tarde; O Globo a Mais; Estad?o Noite e Diário do Nordeste Plus. Buscamos ultrapassar a esfera da análise dos conteúdos, tentando observar nosso ?mbito de estudo a partir do ponto de vista de quem o produz ou produziu. Para isso, realizamos entrevistas exclusivamente para a presente pesquisa, bem como levantamos relatos e depoimentos através de pesquisa bibliográfica. Palavras-chave: Jornalismo audiovisual; Ciberjornalismo; Dispositivos móveis; Tablets; Processo de produ??o jornalística.Características do Ciberjornalismo: estudo de caso da cobertura do cibermeio Campo Grande News dos conflitos de terra em Caarapó – MS Autoria: Everson Umada Monteiro (UFMS)Resumo: A prolifera??o de conteúdo jornalístico na internet proporcionou à profiss?o a emergência de um novo gênero jornalístico, o ciberjornalismo. Esta nova forma de se produzir conteúdo trouxe às publica??es características como a multimidialidade, instantaneidade, interatividade, possibilidade de customiza??o de conteúdo, hipertextualidade, memória e ubiquidade. Este estudo analisa se estas características do ciberjornalismo s?o utilizadas nas rotinas dos portais de notícia online e, se usadas, como a fazem. Como objeto de estudo, examina-se os conteúdos produzidos pelo cibermeio Campo Grande News sobre os conflitos de terra entre povos indígenas Guarani e Kaiowá e produtores rurais na terra indígena Tey’i Jusu, em Caarapó, interior do estado de Mato Grosso do Sul. O estudo também verificou como as matérias abordaram o fato.Palavras-chave: ciberjornalismo; notícia; indígena; Guarani e Kaiowá; Caarapó.Comunica??es Livres: Sess?o 2 (SALA PBB213) Coordena??o: Guilherme Carvalho (Uninter) Sensacionalismo e direito ao esquecimento na era digital: implica??es éticas da estigmatiza??o de criminosos no jornalismo Autoria: Hendryo Anderson André (UFSC)Resumo: Neste artigo prop?e-se o início de uma discuss?o teórica sobre o direito ao esquecimento no mundo digital a partir de uma perspectiva ligada à estigmatiza??o de personagens no jornalismo policial. Ao problematizar implica??es do sensacionalismo no que se refere ao apagamento de informa??es na internet, o trabalho versa sobre como o jornalismo se configurou na modernidade como um dispositivo de controle social, pautado pelo princípio da confiss?o; trata ainda sobre como o campo interfere na constitui??o da identidade social de estigmatizados, sobretudo, indivíduos em processo de ressocializa??o. Argumenta-se ainda em torno de cuidados éticos/deontológicos que o jornalismo policial teria que enfrentar no que diz respeito à constru??o de biografias de personagens.Palavras-chave: Jornalismo policial; direito ao esquecimento; ética jornalística; estigmatiza??o; sensacionalismo.O impresso em tempo de mudan?as estruturais do jornalismo: estudo de caso do jornal O Popular Autoria: Raphaela Xavier de Oliveira Ferro (UFG) e Jord?nia Bispo Rocha (UFG)Resumo: O jornalismo vive um tempo de mudan?as estruturais. O presente estudo é uma tentativa de compreender melhor como os veículos regionalizados têm se portado no atual período de transi??o. Para tanto, este artigo realiza um estudo do processo de reformula??o gráfica e editorial do jornal impresso goianiense O Popular, realizado em 2016, e busca situar essa a??o dentro do contexto de reestrutura??o do campo jornalístico como um todo. A sociedade tem se reestruturado e o jornalismo tradicional, bem como seus produtos, tem se adequado de modo consequente ao processo de transforma??o das comunica??es sociais. A análise foi feita a partir de um estudo de caso, em que foram estabelecidas as categorias: formato, estrutura, texto, recursos gráficos e colunas jornalísticas. Entende-se, ao fim, que o veículo estudado, tensionado por diversos campos, apresentou falhas ao tentar se readequar à nova realidade. Palavras-chave: jornalismo; mudan?as estruturais do jornalismo; jornalismo impresso; jornalismo goiano; jornal O Popular.Portais, coletivos e agências de conteúdo: apontamentos sobre as [novas] estratégias de sobrevivência do jornalismo alternativo em S?o Paulo Autoria: Taís Seibt (UFRGS), Ana Paula Lückman (UFRGS) e Francisco de Paula Rocha Amorim (UFRGS)Resumo: O artigo promove uma discuss?o acerca das transforma??es no exercício do jornalismo profissional no século XXI, sob a perspectiva da passagem do modelo industrial para o pós-industrial, da crise que se manifesta na e pela transi??o entre esses modelos e da potencial mudan?a do paradigma jornalístico que resulta desse processo. Tais proposi??es s?o tensionadas com casos empíricos de iniciativas jornalísticas independentes com sede em S?o Paulo, a fim de apontar tendências para a prática jornalística no novo contexto.Palavras-chave: jornalismo; jornalismo pós-industrial; jornalismo independente; crise; capitalismo.A coluna do ombudsman como espa?o de observa??o – o jornalismo paraibano entre ethos, censuras e potencialidades Autoria: Juliana de Amorim Rosas (UFPR) e Kelly Prudencio (UFPR) Resumo: Este artigo pretende relatar o resultado de uma pesquisa de mestrado que se dedicou a estudar a experiência de crítica de mídia do ombudsman paraibano. As experiências com ombudsman do jornal Correio da Paraíba, embora pouco conhecidas, têm seu lugar na história do jornalismo, uma vez que tal defensor do leitor foi a segunda experiência do tipo a ocorrer no país – após o pioneirismo nacional da Folha de S. Paulo, e a primeira entre as regi?es Norte e Nordeste. Várias foram as descobertas durante a pesquisa. Aqui, iremos nos ater à temática anual deste evento e situar a coluna do ombudsman paraibano como espa?o de observa??o do mundo, em especial, do próprio jornalismo, caracterizando-se neste caso em particular como local de disputa de ethos jornalístico e empresarial. Uma experiência que teve alguns hiatos, poucos silêncios, denúncias de censura, mas teve potência e várias potencialidades.Palavras-chave: ombudsman, jornalismo paraibano, crítica de mídia, unica??o e democracia: reflex?es sobre a legitimidade do jornalismo na era digital Autoria: Camila L?ngaro Becker (UFRGS) Resumo: O presente artigo prop?e apresentar o percurso de funda??o de alguns dos valores deontológicos e das essencialidades da prática jornalística moderna a fim de discutir a sua import?ncia como parte da esfera de visibilidade pública dominante na atualidade. Para tanto, desenvolve conceitos relativos à comunica??o pública, compreendendo o jornalismo como fator constitutivo da publiciza??o e do debate de temas de interesse público. Busca, por fim, levantar aspectos referentes aos desafios contextuais e estruturais surgidos para profiss?o na contemporaneidade — a partir do avan?o de tecnologias da comunica??o e do desenvolvimento de novas formas de sociabilidade —, com o objetivo de refletir a respeito da permanência da relev?ncia do jornalismo nas sociedades democráticas. Palavras-chave: Jornalismo; Comunica??o pública; Visibilidade; Democracia; Internet.Um outro jornalismo é possível: análise de conteúdos do site Brasil de Fato Autoria: Guilherme Carvalho (Uninter)Resumo: Nosso estudo de caso ateve-se ao site Brasil de Fato. Realizamos uma análise documental e de conteúdo, a partir de um monitoramento diário realizado entre os dias 13 de junho e 13 de julho de 2016. Neste trabalho, apresentamos uma parte dos resultados obtidos nesta etapa do projeto. Foram analisadas um total de 30 publica??es, o que representa uma amostra da produ??o. Na perspectiva de que o jornalismo alternativo diferencia-se por seus modos de fazer, procuramos elementos que refor?assem a hipótese de que o Brasil de Fato pode ser classificado como tal. Assim, procuramos observar aspectos que contribuíssem para encontrar respostas quanto aos processos de produ??o jornalísticos e quanto à alternatividade dos conteúdos. Palavras-chave: Brasil de Fato; jornalismo alternativo; análise de conteúunica??es Livres: Sess?o 3 (SALA PBB214) Coordena??o: Patrícia Regina Schuster (Unisc) Jornalismo sobre política: uma concep??o alargada dos temas políticos Autoria: Ricardo José Torres (UFSC)Resumo: Este estudo busca discutir e analisar algumas tens?es que a autonomia das mídias sociais proporciona em rela??o a produ??o e distribui??o de conteúdos multimídia ligados a temas políticos. Em meio a uma série de perspectivas e movimentos, percebidos nos sistemas democráticos, vivenciamos a emergência de novas formas de mobiliza??o de atores políticos que podem fazer chegar informa??es políticas ao público por meio de diferentes plataformas e inúmeras narrativas. Na negocia??o entre os interesses, princípios e objetivos envolvidos no processo de comunica??o política, surgem novos elementos de articula??o. Esses elementos ampliam o papel do público, que estava alheio às contendas restritas às institui??es hegem?nicas da esfera política e dos meios de comunica??o jornalísticos tradicionais. Palavras-chave: Jornalismo Político; Mídias Sociais; Mídia Ninja; Informa??es Políticas; Silenciamento.Temas sindicais no jornalismo de Veja: entre ditos e silenciados Autoria: Patrícia Regina Schuster (Unisc) Resumo: Neste artigo expusemos parte da reflex?o feita durante a tese de Doutorado. Aqui, nosso objetivo é apresentar como a revista Veja discursiviza o sindicalismo. Sob a influência teórica da Análise de Discurso analisamos 24 textos da publica??o, veiculados durante junho de 2006 e junho de 2014. A imers?o analítica nestas reportagens evidencia os atravessamentos ideológicos que permeiam a fala do veículo ao noticiar quest?es vinculadas às a??es e aos atores oriundos do meio sindical. Entre ditos e silenciados, sobram estigmas para o movimento sindical brasileiro.Palavras-chave: jornalismo; discurso; sindicalismo; revista Veja; Análise de discurso.Jogo de imagens na página 2: estudo preliminar da Lava Jato nos editoriais da Gazeta do Povo Autoria: Ester Athanásio (UFPR)Resumo: O artigo analisa, de maneira preliminar, a imagem pública da Opera??o Lava Jato nos editoriais da Gazeta do Povo, principal jornal do Paraná. Recorre-se à literatura sobre imagem pública política e teoria do jornalismo, já que o objeto é analisado a partir de material jornalístico. Ressaltam-se, portanto, as distin??es dentre jornalismo informativo e opinativo, conferindo caráter privilegiado ao texto editorial – responsável pelo posicionamento oficial do veículo acerca da agenda pública. Tal texto contribui, enquanto ícone de visibilidade pública, para a constru??o da imagem de atores políticos ali expostos e é fundamental na forma??o da imagem pública do próprio veículo de comunica??o. O corpus é composto de 10 editoriais de mar?o a junho de 2016, submetidos à Análise do Discurso. Conclui-se que há uma defesa convicta da Lava Jato, exibida como “implacável” trabalho de “limpeza ética” e “ruptura” política. Palavras-chave: Comunica??o Política; Jornalismo; Editorial; Imagem pública; Lava Jato.Teoria e prática da leitura crítica dos meios: a utiliza??o do agendamento e enquadramento no processo de impeachment Autoria: Ana Carolina Kalume Maranh?o (UnB), Daniel Gon?alves de Oliveira (UnB), Daniela Favaro Garrossini (Unb), Dianne Magalh?es Viana (UnB) Resumo: O presente estudo tem como objetivo apresentar uma experiência de ensino e aprendizagem na Universidade de Brasília, a partir da realiza??o de um curso de extens?o com a participa??o de 145 alunos do curso de gradua??o em Jornalismo, intitulado "Teoria e Prática da Leitura Crítica dos Meios". O curso teve como meta aplicar mecanismos para integra??o dos elementos curriculares da forma??o em Jornalismo, a partir de um olhar que alia a teoria e a prática sobre os conceitos de agendamento, newsmaking e enquadramento na crítica e análise da imprensa brasileira a partir da cobertura da primeira etapa da vota??o de impeachment. O curso buscou ainda incentivar a aprendizagem compreensiva dos conteúdos, mais do que sua memoriza??o e o empreendimento de análises das a??es de três meios de comunica??o no Brasil em um momento de cobertura de um fato histórico. Palavras-chave: Ensino; Jornalismo; Agendamento; Newsmaking; Análise da Mídia.Jornalismo, esfera pública e a “blogosfera progressista” no Brasil Autoria: Caio Cardoso Queiroz (UFBA)Resumo: A partir do cenário midiático formado nas elei??es presidenciais de 2014 e em seus desdobramentos, propomos uma discuss?o sobre as delibera??es na esfera pública. O exercício de avalia??o e corre??o jornalística realizada pelos ambientes de rede, especialmente pelos jornalistas associados na chamada “blogosfera progressista”, exp?e quest?es relacionadas à deontologia jornalística, à circula??o de conteúdo jornalístico na web e suas rela??es com o conceito de esfera pública de Habermas. A sele??o e avalia??o das publica??es de quatro blogs de importantes jornalistas no período eleitoral propícia por permitir a observa??o de críticas, posicionamentos e din?micas nem sempre evidentes nos ambientes de circula??o jornalística, além de questionamentos sobre a fun??o política do jornalismo e dos veículos.Palavras-chave: Jornalismo; Esfera pública; ?tica; Blogosfera progressista; Elei??es unica??es Livres: Sess?o 4 (SALA PBB215) Coordena??o: Cristiane Oliveira Reimberg (Fundacentro, USP) O estresse no trabalho do jornalista Autoria: Cristiane Oliveira Reimberg (Fundacentro, USP)Resumo: Neste artigo, apresentamos a percep??o de estresse de 21 jornalistas entrevistados para a pesquisa de doutorado “O exercício da atividade jornalística na vis?o dos profissionais: sofrimento e prazer na perspectiva teórica da psicodin?mica do trabalho”, defendida em abril de 2015. Apesar de o estresse n?o ser uma categoria trabalhada pela psicodin?mica do trabalho, ele foi percebido como sofrimento pelos jornalistas entrevistados para a pesquisa. Também pontuamos os resultados de outros estudos que avaliam o estresse no trabalho jornalístico.Palavras-chave: Jornalismo; Trabalho; Jornalista; Sofrimento; Estresse.Identidade profissional do jornalista: um embate ideológico (Flora Leite Freire - Mestrado em andamento UFPE) Resumo: Tendo em vista que a identidade profissional do jornalista n?o se reduz à prática e que o conceito de identidade é, por si só, uma constru??o de significado, este artigo prop?e uma análise conceitual sob o ?mbito da ideologia. Para isso, s?o abordados os pontos de vista de Traquina e Zelizer sobre o assunto, os quais consideram os jornalistas como membros de uma comunidade interpretativa. A análise do artigo inclui ainda a vis?o de ideologia de Thompson e as percep??es de Breed e Bourdieu acerca da prática jornalística. Com o decorrer da discuss?o, surgem ainda problemáticas mais profundas como a quest?o da legitimidade do jornalismo enquanto profiss?o e do próprio conceito de profissionaliza??o. Ao fim, foi possível pontuar tens?es inerentes à discuss?o da identidade profissional do jornalista com base nos autores mencionados. Palavras-chave: identidade; jornalismo; profiss?o; ideologia. A representa??o do apresentador no telejornal brasileiro Autoria: Anniely Laena Azevedo Dias (UFSM) Resumo: Os meios de comunica??o contribuem para a rela??o entre os indivíduos, pois permite a observa??o e propaga??o dos fatos do dia-a-dia. O papel desempenhado por estes - em especial, a televis?o e a internet - alteram a própria cultura. Neste contexto, vários sujeitos podem ser identificados como pe?as que comp?em essa engrenagem, no qual destacamos os apresentadores dos telejornais. Assim, este artigo tem por objetivo identificar a representa??o dos apresentadores no telejornal brasileiro, ou seja, qual o papel do apresentador no contexto do telejornal? Quais elementos s?o utilizados por eles que geram essa representa??o? Para isso, recorremos ao conceito de representa??o na perspectiva de Goffman (1985) e Thompson (2011) refletindo sobre como se configura as representa??es desses apresentadores na atualidade. Enfatizando o uso das redes sociais como novas práticas que potencializam o papel dos apresentadores.Palavras-chave: Representa??o; Apresentador; Telejornal; Redes Sociais; Novas Práticas.A passagem pelo tempo: as transforma??es na atua??o do repórter no telejornalismo brasileiro Autoria: Filipe Peixoto (UFRGS)Resumo: O repórter de TV, narrador da televis?o que mais se aproxima dos fatos, está constantemente criando performances para se comunicar com a audiência. Esta pesquisa buscou identificar, sob uma perspectiva histórica, diferen?as e permanências nos elementos visuais da passagem, termo que no jarg?o jornalístico se refere ao momento em que o repórter aparece no vídeo. Como referencial teórico, utilizam-se conceitos de Bourdieu (2011), Goffman (1985), Gutmann (2012), entre outros. Com base na análise de 145 reportagens, verificou-se um aumento nos movimentos de c?mera e do repórter na passagem; o enquadramento preferencial é o plano americano, mas o plano geral se tornou mais frequente; o tempo médio da passagem aumentou, o vestuário se tornou mais informal e o grafismo surge como elemento auxiliar da narrativa. Palavras-chave: telejornalismo; televis?o; repórter; performance; passagem. Comunica??es Livres: Sess?o 5 (SALA PBB216) Coordena??o: Maria Elisabete Antonioli (ESPM) Jornalistas de educa??o: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Autoria: Rodrigo Pelegrini Ratier (USP)Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar uma caracteriza??o sociológica dos jornalistas de educa??o brasileiros. Trata-se de levantamento pioneiro no cenário acadêmico brasileiro, em que se apresentam aspectos macrossociológicos da popula??o analisada, as principais influências de institui??es socializadoras e indícios das trajetórias profissionais dos jornalistas entrevistados. O estudo evidencia características como as lacunas formativas e precariedade contratual, que respondem ao universo socioecon?mico cultural mais amplo em que o exercício da atividade profissional se desenrola. Defende-se que esses aspectos n?o atingem homogeneamente ao conjunto da categoria. Ao contrário, manifestam-se de maneiras distintas em diferentes subgrupos da popula??o analisada. Busca-se indicar a presen?a de uma hierarquia nesse espa?o, com a configura??o de um campo de disputa, no sentido proposto por Pierre Bourdieu (2005b). Palavras-chave: jornalismo; jornalismo educativo; socializa??o; profiss?es; capital social.Estamos todos juntos nisso? Deontologia profissional e o jornalismo feito por n?o jornalistas Autoria: Carlito Costa (UFSC)Resumo: O artigo discute os desafios do jornalismo num cenário em que a produ??o de notícias já n?o parece ser tarefa exclusiva de jornalistas entendidos como profissionais e vinculados a organiza??es jornalísticas. Transforma??es sociais, tecnológicas e econ?micas tendem a borrar cada vez mais as fronteiras entre jornalistas, fontes e público. A imprensa, que antes tinha a primazia sobre a discuss?o de temas públicos, já n?o é o único canal disponível. O novo cenário imp?e a necessidade de alargar a defini??o de jornalismo para além da esfera tradicional e de colocar o desafio de incluir n?o jornalistas na produ??o de notícias. Um desses desafios é o respeito a normas éticas do jornalismo, já problemático mesmo em rela??o aos profissionais. O texto faz uma breve revis?o bibliográfica e procura combinar propostas de vários autores que prop?e formas de lidar com o problema, assim como o papel da imprensa profissional neste cenário de muitas vozes. Palavras-chave: jornalismo; deontologia; profiss?o; público; fontes.Reflex?es sobre o ensino do ofício do jornalista em uma experiência de estágio docência Autoria: Maurício Frighetto (UFSC)Resumo: O objetivo do artigo é fazer uma reflex?o sobre uma experiência de estágio docência realizado na disciplina de Reda??o IV do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como parte do curso de mestrado no Programa de Pós-Gradua??o em Jornalismo (POSJOR) da mesma institui??o. Parte-se da ideia do educador Paulo Freire (1996) de que a reflex?o crítica sobre a prática é o momento fundamental na forma??o de professores. A partir do relato da experiência, compara-se o ensino do ofício do jornalista com o ensino do ofício do sociólogo com base no texto “Introdu??o a uma sociologia reflexiva”, de Pierre Bourdieu (2000). Palavras-chave: ensino; jornalismo; sociologia; ofício; habitus. Profissionais e amadores: uma abordagem teórica das virtudes, disputas éticas e confluências de valores no jornalismo Autoria: Dairan Paul (UFSC) e Rogério Christofoletti (UFSC)Resumo: A convivência entre jornalistas profissionais e amadores que atuam ocasionalmente na área está longe de ser pacífica e bem assimilada. Embora as reda??es tenham se convencido de que n?o podem mais produzir noticiário ignorando a gera??o de conteúdos por terceiros, as organiza??es jornalísticas criaram formas e níveis de participa??o dos amadores. Mas a defini??o desses papeis precisa enfrentar debates no campo da ética jornalística, enaltecendo valores e princípios, estabelecendo deveres, alertando para condutas de risco e retroalimentando um ambiente de reflex?o permanente sobre a prática. Este artigo retoma o tema aristotélico da ética das virtudes, atualizando os debates que atravessam o jornalismo contempor?neo com destaque sobre como se aproximam, colidem e se distanciam os valores de profissionais e amadores.Palavras-chave: deontologia jornalística; boas práticas; virtudes; valores éticos; pro-am.Jornalismo e jornalistas: uma discuss?o acerca do perfil do profissional Autoria: Maria Elisabete Antonioli (ESPM) Resumo: Este trabalho tem o objetivo de propiciar reflex?es acerca da reconfigura??o do jornalismo e do perfil do jornalista atual, tendo em vista as mudan?as ocorridas com a chegada da Internet. Essa ocorrência acabou por propiciar novas competências para o jornalista e, consequentemente, alterou seu perfil que, hoje, se distancia muito do jornalista do século passado no que diz respeito à produ??o. ? o chamado jornalista multifuncional, que participa ativamente de todo o processo de produ??o da notícia. Com referência à metodologia, além de uma pesquisa bibliográfica, optou-se por entrevistar oito experientes jornalistas, de veículos diversos, que contribuíram para discutir quest?es que afetam o jornalismo e os jornalistas na chamada sociedade da informa??o. Palavras-chave: Internet; jornalismo, jornalista; jornalista multifuncional; rotinas de produ??unica??es Livres: Sess?o 6 – Jornalismo literário e grande reportagem (SALA PBB217) Coordena??o: Débora Lapa Gadret (Unisinos) Técnicas para uma codifica??o do jornalismo sensacionalista Autoria: Fábio Rausch (PUCRS) Resumo: As obras referenciais para os estudos das práticas sensacionalistas, na imprensa, geralmente, detêm-se a casos isolados e avaliam a inevitabilidade de exacerba??es diversas, nas coberturas analisadas, como foram as op??es de Angrimani (1995), com Notícias Populares, e de Pedroso (2001), com Luta. Recentemente, Rausch (2015) prop?s uma técnica de pesquisa voltada a codificar a tipologia, por meio da organiza??o de um quadro cujas classifica??es sem?nticas fundamentam conceitos operacionais. Diante disso, 19 verbetes est?o organizados em quatro categorias: estrutura, características, temática e elementos. Neste artigo, busca-se ampliar a no??o da impossibilidade de se determinar, arbitrariamente, esta ou aquela matéria como sensacionalista ou n?o. Se o problema é definir o sensacionalismo, a discuss?o caminha no sentido de aplicar a técnica proposta e verificar os chamados níveis de sensacionaliza??o.Palavras-chave: Jornalismo; imprensa; sensacionalista; codifica??o; técnica de pesquisa.Tiro, porrada e bomba: o noticiário policial e a inser??o do jornalista amador no telejornal Autoria: Aline Grupillo Chagas Reis (UFF) Resumo: O objetivo deste artigo é analisar em que medida a mudan?a no formato do telejornal SBT Rio, projetou o noticiário entre as camadas populares e o tornou vice-líder de audiência no Rio de Janeiro. A ado??o da linguagem informal demandou altera??es no cenário, na retórica discursiva do telejornal, agora baseada na performance dos apresentadores, e, em última análise, no investimento da emissora na cobertura de crimes e da violência urbana carioca. Sendo assim, o artigo está divido em duas partes, a primeira focada nas mudan?as técnico-operacionais decorrentes dessa estratégia comercial e a segunda centrada na necessidade de produ??o de imagens impactantes feita, preferencialmente, pelo chamado jornalista amador. A hipótese é que o telejornalismo popular tornou-se dependente do trabalho desses indivíduos pelas dificuldades de acessos das equipes de reportagem profissionais aos locais das ocorrências policiais.Palavras-chave: telejornalismo; telejornalismo popular; jornalismo; televis?o; SBT Rio.A emo??o no jornalismo e a organiza??o do enquadramento Autoria: Débora Lapa Gadret (Unisinos) Resumo: Este artigo apresenta como a emo??o é problematizada por pesquisadores do jornalismo que a entendem como parte intrínseca da atividade jornalística e de seus discursos. Apresento uma revis?o de pesquisas que tomam a emo??o como conceito de alto valor epistemológico ao estudos da área, dividindo-as em dois eixos: aquelas que a investigam como componente da rela??o entre público e jornalismo e aquelas que se preocupam em observar a emo??o no discurso produzido pelo campo. Defendo que a emo??o, enquanto efeito de sentido que circula no espa?o discursivo do jornalismo, organiza o enquadramento das reportagens por meio da apresenta??o de uma avalia??o moral.Palavras-chave: Teorias do Jornalismo, Emo??o, Discurso, Enquadramento, Avalia??o moral.A violência narrada no jornalismo de proximidade em Ijuí- RS Autoria: Lara Nasi (UFSM, Unijuí) Resumo: Neste trabalho, o objetivo é observar a configura??o das narrativas sobre violência em dois jornais da cidade de Ijuí –RS, no interior do Rio Grande do Sul. A partir da compreens?o do jornalismo como narrativa, observam-se as quest?es do jornalismo de proximidade (CAMPONEZ, 2011). Para o corpus, s?o considerados três meses de produ??o jornalística. A análise parte da hermenêutica, e observa as fontes acionadas pelo jornalismo, o tensionamento de quest?es ligadas a juventude e a gênero, e as estratégias adotadas para produzir as narrativas. Os resultados apontam para a constru??o de uma narrativa de que “o crime n?o compensa”, que exalta a atua??o policial, pune os criminosos e dirige-se à classe média como vítima em potencial da criminalidade. Palavras-chave: Jornalismo; Narrativa; Violência; Jornalismo de Proximidade; Criminalidade.A criminaliza??o da rua: uma análise acerca da representa??o da popula??o de rua dentro da mídia de Vitória da Conquista Autoria: Lucas Eduardo Lima Dantas (UFF)Resumo: O presente trabalho tem como objetivo discutir a representa??o construída pela mídia da Popula??o em Situa??o de Rua (PSR) da sociedade urbana. Para tanto, foi executado uma análise de conteúdo voltada para a programa??o jornalística da emissora TV Sudoeste, afiliada de Rede Globo em Vitória da Conquista, Bahia. O objetivo da pesquisa foi buscar entender de que forma a PSR estava sendo retratada dentro dos media, tra?ando a partir dos resultados colhidos, uma análise acerca deste processo midiático.Palavras-chave: Mídia; Direitos Humanos; Ocultar Mostrando; Telejornalismo; Popula??o de unica??es Livres: Sess?o 7 – Jornalismo e meio ambiente (SALA PBB218) Coordena??o: Myrian Del Vecchio de Lima (UFPA) Sentidos construídos e movimentados na discursiviza??o de Superinteressante sobre a mudan?a climática Autoria: Rafael Rangel Winch (UFSM) Resumo: O objetivo do trabalho é compreender como a Superinteressante, revista da Editora Abril, constrói e movimenta sentidos sobre a mudan?a climática em sua discursiviza??o entre os anos 1995 e 2015. O estudo se ancora em contributos da Análise de Discurso de matriz francesa (AD) para mapear e problematizar os dizeres da publica??o acerca do fen?meno do clima. A partir de nossa empreitada analítica, verificamos a presen?a de quatro núcleos discursivos: (ND1) Problema Concreto; (ND2) Problema Antropogênico; (ND3) Problema Controverso; e (ND4) Problema Desigual. Estes, por sua vez, abarcam dez redes de paráfrases que congregam sentidos relacionados a variadas dimens?es da altera??o climática. Palavras-chave: mudan?a climática; discurso jornalístico; revista Superinteressante; redes de paráfrases; constru??o de sentidos. Jornalismo Ambiental nas salas de aula: um olhar sobre os currículos das universidades do sul do Brasil Autoria: Augusta Fehrmann Gern (UFPA) e Myrian Del Vecchio de Lima (UFPA) Resumo: A quest?o ambiental, aqui abordada pela vis?o sociológica, é um tema que exige reflex?o e discuss?o coletiva, a partir das informa??es contraditórias dos meios de comunica??o. Pesquisas sobre a produ??o jornalística na área indicam a necessidade de cobertura mais sistêmica e jornalistas bem preparados para realizá-la. Este artigo identifica como a temática ambiental está presente nos currículos dos cursos de Jornalismo da regi?o Sul do Brasil. Para isso, realizaram-se entrevistas fechadas com coordenadores de curso de 23 universidades, analisadas por meio de categorias específicas. A premissa é de que as disciplinas sobre a temática seriam a principal forma didática pela qual a maioria dos estudantes tem acesso à quest?o. Conclui-se que o tema tende a se tornar mais presente nas salas de aula e passe a atender a uma vis?o holística e abrangente necessária.Palavras-chave: Jornalismo ambiental; Ensino de jornalismo; Regi?o Sul; Meio ambiente; Currículo de jornalismo.Ethos, jornalismo e ambiente Autoria: Carlos Andre Dominguez (UFPEL)Resumo: Este artigo discute o silenciamento de vozes em uma dada contextualiza??o do ethos jornalístico na produ??o de noticiário em jornais de Posadas e Porto Alegre, e investiga a cobertura realizada pelos veículos em rela??o ao projeto de constru??o de duas hidrelétricas na fronteira entre os dois países, Brasil e Argentina, no rio Uruguai, denominadas complexo de Garabi-Panambi. Três eixos sustentam esse trabalho: o conhecimento sobre o meio-ambiente, o ethos jornalístico e a cena social do acontecimento Garabi. O saber ambiental foi tratado desde a sua origem na teoria marxista que descreve a separa??o do homem da natureza pelo trabalho. O ethos jornalístico e seus valores e essência foram recuperados historicamente, perfazendo um trajeto que se inicia na modernidade, onde o Jornalismo ganhou a forma atual, e chegando aos dias de hoje, quando a atividade enfrenta o desafio de conseguir dar conta da complexidade e das falhas decorrentes do processo discursivo de uso da linguagem jornalística. Palavras-chave: Jornalismo, Ethos, Ambiente, Hidrelétrica, Imaginário.A import?ncia do Jornalismo Ambiental na transforma??o da sociedade. Um diálogo entre o interacionismo simbólico, a psicologia social e a Teoria do “Umwelt” Autoria: Tarcísio Saldívar Silveira (UFMS), Greicy Mara Fran?a (UFMS), Maria Luíza Cáceres (UFMS)Resumo: Este trabalho prop?e uma reflex?o teórica sobre a import?ncia do Jornalismo Ambiental na transforma??o social. A partir de conceitos teóricos da sociologia, da psicologia social e da teoria do “Umwelt” este trabalho busca demonstrar a import?ncia do conhecimento na constru??o social da realidade referente ao meio ambiente. Este trabalho é um desdobramento de uma pesquisa de mestrado desenvolvida na UFMS que tem o objetivo de analisar a inser??o do Jornalismo Ambiental no Jornalismo Rural dos programas MS Rural e Globo Rural. Palavras-chave: Jornalismo Ambiental; Umwelt; Televis?o; Globo Rural; MS unica??es Livres: Sess?o 8 (SALA PBB219) Coordena??o: Carmen Regina Abreu Gon?alves (Unipampa) A política do silenciamento: uma análise sobre a censura jornalística no período da Ditadura Militar Autoria: Gloria Maria Baltazar (UFJF) e Andreia Oliveira (UFJF) Resumo: O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise da censura imposta aos meios de comunica??o de massa no período da ditadura militar, tomando como recorte o jornal carioca ?ltima Hora (UH), criado por Getúlio Vargas, em 1951, na época de seu segundo governo no Brasil, com a fun??o de defender a era varguista. A inten??o é mostrar como esse periódico impresso colaborou na divulga??o de conteúdos e notícias contrárias ao regime militar, seu posicionamento em oposi??o ao golpe, bem como as coa??es que sofreu por meio da censura imposta na época. Pretende-se também destacar como se deu a imposi??o de um silenciamento perante a era ditatorial, com a inten??o de impedir o veículo de exercer sua liberdade de express?o frente a esse momento político. O trabalho será feito a partir da análise de conteúdo das matérias e manchetes divulgadas pelo UH e veiculadas nos dias 01, 02 e 03 de abril de 1964. Palavras-chave: ditadura militar; ?ltima Hora; jornalismo impresso; censura; silenciamento.Verdade, vigil?ncia e poder: as rela??es entre as imagens-flagrantes amadoras e o jornalismo Autoria: Vinicius Batista de Oliveira (UFSC) Resumo: Buscamos discutir como as imagens-flagrantes amadoras s?o articuladas no jornalismo e como elas participam de rela??es que parecem aperfei?oar o mecanismo discursivo jornalístico em busca da produ??o de uma verdade, configurar e refor?ar sistemas de vigil?ncia contempor?neos e acionar formas de poder e disciplinariza??o entre e sobre os indivíduos. Para isso, utilizamos do aporte teórico-metodológico de Michel Foucault. Entendemos, aqui, imagens-flagrantes amadoras como aquelas com estética flagrante, tomada sem pré-produ??o ou apuro técnico, e feita por pessoas fora do círculo profissional de produ??o jornalística ou fotográfica, amadores portanto, ou por um sistema de captura automático, como c?meras de vigil?ncia. Palavras-chave: jornalismo; vigil?ncia; discurso; poder; verdade.Ditadura militar e Comiss?o Nacional da Verdade no discurso jornalístico Autoria: Carmen Regina Abreu Gon?alves (Unipampa) Resumo: Este texto traz a análise da cobertura da entrega do relatório final da Comiss?o Nacional da Verdade (CNV), em textos publicados nos jornais Folha de S?o Paulo, O Estado de S?o Paulo e O Globo. A partir de perspectivas teóricas sobre acontecimento e de pressupostos da Análise de Discurso (AD), com ênfase no conceito de silenciamento (ORLANDI, 2007), buscou-se identificar quais foram os principais sentidos que circularam, se destacaram, foram silenciados e/ou apagados sobre a ditadura civil-militar brasileira e a CNV no discurso jornalístico dos jornais no período analisado. A CNV configura-se em um acontecimento social, político e histórico que obedece aos requisitos necessários para ingressar no circuito midiático como um acontecimento jornalístico. Palavras-chave: Comiss?o Nacional da Verdade; acontecimento; disputa de sentidos; discurso jornalístico; ditadura militar.Valores-notícia e internet: um estudo exploratório sobre as notícias mais acessadas do portal aRede Autoria: Cintia Xavier (UEPG), Afonso Verner (UEPG) Resumo: O presente trabalho estuda as notícias mais acessadas (visualizadas) do portal aRede de fevereiro de 2014 a agosto de 2015. O portal está no ar desde de dezembro de 2013 e promete uma “cobertura 24 horas das notícias de Ponta Grossa e dos Campos Gerais” – o principal fil?o de notícias refere-se ao setor policial e de seguran?a. Nesse sentido, o texto apresenta uma reflex?o inicial sobre os valores-notícia, o uso desses critérios e a nova configura??o desse processo na era da internet – para isso s?o observadas as notícias mais acessadas no portal. Além disso, s?o apresentadas reflex?es a respeito da Teoria do Gatekeeping e da nova ideia do funcionamento dos gates nos meios jornalísticos na era da internet.Palavras-chave: Valores-notícia; Webjornalismo; Gatekeeping; portal aRede; consumo de notícias.A cobertura jornalística da apologia à ditadura militar: enquadramentos televisivos sobre o deputado federal Jair Bolsonaro Autoria: Poliana Pasa (PUCRS) Resumo: Durante sess?o plenária da C?mara Federal, o deputado Jair Bolsonaro homenageou a ditadura militar e um dos coronéis responsáveis pela tortura. A declara??o foi transmitida ao vivo por emissoras de televis?o aberta. A partir do método da Hermenêutica de Profundidadade, este artigo analisa a cobertura jornalística do fato em rela??o aos enquadramentos produzidos por telejornais da Rede Globo (Jornal Nacional), da Rede Record (Jornal da Record) e da Bandeirantes (Jornal da Band). A responsabilidade do jornalismo frente a apologias ao ódio é interpretada como um dos principais desafios da profiss?o no contexto contempor?neo.Palavras-chave: Televis?o; Jornalismo; Enquadramento; Jair Bolsonaro. Fotojornalismo e o funcionamento da/na mídia: uma análise da foto de JK publicada na revista O Cruzeiro Autoria: Cilene Macedo (Unisul)Resumo: Neste artigo iremos analisar discursivamente o funcionamento da fotografia do ex-presidente Juscelino Kubitschek divulgada na revista O Cruzeiro, no Rio de Janeiro, em 1959, produzida durante a inaugura??o do heliporto no Palácio do Catete, tendo por base teórica da Análise de Discurso, da linha francesa, teorizada por Michel Pêcheux, e posteriormente difundida no Brasil por Eni Orlandi, na década de 80. A proposta é compreendermos quais as condi??es de produ??o que tornaram possível a foto do ex-presidente JK. Para tanto, estaremos mobilizando os conceitos teóricos/analíticos como gestos de leitura, silenciamento, memória discursiva, arquivo, processos de paráfrase e polissemia e quais sentidos foram possíveis por meio da historicidade. Palavras-chave: Análise do discurso; discurso jornalístico; memória discursiva; fotojornalismo; revista O Cruzeiro; Comunica??es Livres: Sess?o 9 (SALA PBB220)Coordena??o: Josenildo Guerra (UFS) Tens?es e convergências entre a Teoria da Agenda e as características centrais da ‘Ciência dos Jornais Autoria: Rodrigo Nascimento Reis (UEPG) e Carlos Willians Jaques Morais (UEPG)Resumo: O debate sobre a Teoria da Agenda (McCombs e Shaw) reconhece que a agenda midiática participa de maneira intensa na forma??o da agenda pública. Nesse contexto, o Jornalismo é o principal ator responsável pelos assuntos a serem discutidos pelo público no cotidiano. Um dos pressupostos apresentados pelos pesquisadores americanos é a necessidade de orienta??o das pessoas que as fazem recorrer ao noticiário. Este artigo, portanto, resgata antecedentes das pesquisas em Jornalismo, como as características centrais da ‘Ciência dos Jornais’ – periodicidade, universalidade, atualidade e publicidade – propostas por Otto Groth para verificar a pertinência do agendamento além da necessidade de orienta??o do público, englobando outras nuances do Jornalismo. O diálogo tenso e convergente constata o peso da produ??o jornalística para execu??o eficaz da Teoria da Agenda.Palavras-chave: Jornalismo; Teoria da Agenda; Ciência dos Jornais. Análise Crítica da Narrativa: uma metodologia para análise de textos jornalísticos Autoria: Carolina Silva Costa (UFPR) e Mário Luiz Fernandes (UFPR)Resumo: Este artigo objetiva realizar uma releitura da metodologia proposta por Luiz Gonzaga Motta (2012): a análise crítica da narrativa. Exp?e os primórdios da metodologia, também conhecida como narratologia, sua defini??o e apresenta detalhadamente os procedimentos e técnicas de análise. A narratologia permite interpretar as narrativas dos jornais, de maneira a compreender a trama, intrigas, os personagens, as rela??es de poder existentes na sociedade globalizada e os efeitos produzidos pelos discursos narrativos. Palavras-chave: narratologia; narrativas jornalísticas; metodologia.Gênero discursivo, a produ??o de sentido no jornalismo e o contrato de comunica??o Autoria: Karina de Souza Costa (Fiocruz)Resumo: Este artigo se prop?e a pensar como se constitui um gênero discursivo , quais conceitos e regularidades envolvidas, considerando como objeto de análise o Jornal A Tarde e uma breve explana??o de contextos históricos. Nossa base teórica se fundamenta em obras de Mikhail Bakthin, Dominique Maingueneau e Patrick Charaudeau. Palavras-chave: Jornalismo; Gênero Discursivo; Sentido.Qualidade editorial: proposta de um ambiente e de uma ferramenta para avalia??o de qualidade Autoria: Josenildo Guerra (UFS) Resumo: A avalia??o de qualidade editorial jornalística é um desafio que se mostra para o futuro do jornalismo, dentro de uma política de accountability voltada para cobrar as responsabilidades que os órg?os produtores de notícia têm nas sociedades democráticas. Apesar de existentes, contudo, as experiências de avalia??o jornalística, com maior ou menor ênfase em qualidade editorial, s?o ainda poucas e dispersas. O que este paper pretende apresentar é um sistema de avalia??o de qualidade editorial, desenvolvido no ?mbito de uma pesquisa aplicada e de desenvolvimento experimental, em fase de testes, cujo objetivo é facilitar a operacionaliza??o de processos de avalia??o de qualidade e difundir uma cultura de avalia??o tanto junto a empresas quanto também junto ao público.Palavras-chave: Jornalismo; accountability; qualidade; pesquisa aplicada; sistema.A contribui??o de Die Politische Presse Württemberg de Otto Groth para o desenvolvimento de metodologias de pesquisa aplicadas ao Jornalismo Autoria: Elias Machado Gon?alves (UFSC)Resumo: Até o come?o do século XX o jornalismo estava pouco legitimado como disciplina científica aut?noma, embora fosse estudado regularmente por outras disciplinas mais consolidadas como História, Filosofia, Direito e Economia, em países como a Alemanha. Um inventário da pesquisa em Jornalismo nesse país, que remonta ao final do século XVII, com a defesa da tese de doutorado de Tobias Peucer, na Universidade de Leipzig, em 1960, encontra-se documentado no livro Die Geschichte Deutschen Zeitungenswissenschaft. Theorie und Methoden, de 1948, de Otto Groth (GROTH, 1948). No início do século passado, muito provavelmente pela dupla condi??o de jornalista e de um dos mais respeitados membros de uma disciplina que buscava legitima??o acadêmica, a Sociologia, Max Weber foi um dos primeiros intelectuais a reivindicar o estudo empírico sistemático da imprensa como um dos objetos mais relevantes no período prévio a primeira Guerra Mundial (WEBER, 1996). O artigo defende a hipótese de que Die Politsche Presse Württembergs, tese de doutorado de Otto Groth, defendida em 1913, representa um marco para a consolida??o de metodologias próprias para a pesquisa em Jornalismo.Palavras-chave: Metodologias de Pesquisa; Otto Groth; Pesquisa em Jornalismo; Jornalismo como ciência; Métodos de Pesquisa. Comunica??es Livres: Sess?o 10 (SALA PBB313) Coordena??o: Rodrigo Daniel Levoti Portari (UEMG) Mídia e identidade: os discursos jornalísticos sobre família homoafetiva Autoria: Elias Santos Serejo (Universidade da Amaz?nia) Resumo: O modelo heteronormativo de família já n?o é o único presente no jornalismo brasileiro. Cada vez mais modelos plurais se apresentam como nova realidade da sociedade contempor?nea e o jornalismo tem utilizado tais formatos como mote para notícias. A família homoafetiva é um tema polêmico, mas que tem ganhado nuances que possibilitam a inser??o em diversos segmentos, o telejornalismo é um deles. Neste artigo elaboramos uma análise de enquadramento de reportagem exibida pelo programa Fantástico sobre a forma??o de família com núcleo composto por dois homens. Nossa analisou localizou esfor?os por parte dos profissionais em retratar a afetividade entre iguais como algo comum, normal. Mas ainda prevalecem discursos que podem reiterar o preconceito e refor?ar estereótipos. Palavras-chave: telejornalismo; família, homossexualidade; identidade.Corpos e sensa??es no jornalismo popular Autoria: Rodrigo Daniel Levoti Portari (UEMG) Resumo: O presente trabalho tem como principal objetivo analisar e compreender a presen?a dos corpos nas capas do jornal Super Notícia. Partindo da conceitua??o e caracteriza??o do modo de fazer jornalístico da publica??o, com destaque em suas capas para notícias do trágico, do esporte e com a presen?a de modelos que incitam o erotismo, pretende-se estabelecer as formas de apreens?o de sentido ofertadas aos leitores tanto pela presen?a massiva de corpos ‘vivos’ como pela ausência do corpo ‘morto’ no jornal Super Notícia. Palavras-chave: Corpos. Super Notícia. Sensa??es; Jornalismo popular; Capas de Jornal.A peste e o castigo gay Autoria: Clayton Silva Vidal (UERJ)Resumo: Esta pesquisa procura compreender como as representa??es sociais (RS) denominadas de "peste gay" e "o castigo divino" refletem a temática da epidemia de Aids, a partir das apropria??es dos jornalistas sobre a cultura popular. Ao tomar como ponto de partida as publica??es do jornal O Globo, pretendemos pensar como o trabalho jornalístico se utiliza dos elementos do imaginário popular para representar e apresentar uma discuss?o em torno de assuntos delicados e/ou polêmicos, como é o caso da epidemia da AIDS nos anos 80 e 90. O estudo se concentra em duas publica??es feitas pelo jornal com objetivo de entender o ponto inicial de uma pesquisa mais ampla que irá se desenvolver no trabalho de doutoramento. A ideia central é analisar como as RS, ancoradas pelos meios de comunica??o, difundem valores atrelados ao contexto popular que podem contribuir para as press?es normativas ou o avan?o em torno da evolu??o das rela??es sociais ocupadas pelos diferentes sujeitos. Palavras chave: Cultura Popular; apropria??o cultural; representa??es sociais.Quem existe e como existe no jornalismo: análise dos discursos sobre transexualidade e travestilidade em dois jornais de Pernambuco Autoria: Rui Caeiro (UFPE)Resumo: Compreendendo o jornalismo (no ocidente) como uma institui??o que, na sua forma atual, é resultado tanto dos progressos políticos que possibilitaram a afirma??o das democracias como sistemas hegem?nicos, quanto dos avan?os do capitalismo e colonialismo, propomos algumas reflex?es sobre esse paradoxo, que condiciona as leituras e realiza??es do jornalismo contempor?neo. Para tal, tomamos como objeto de análise os discursos que Jornal do Commercio e Aqui PE veiculam sobre transexualidade e travestilidade. Apontando o jornalismo como espa?o privilegiado de lutas pela visibiliza??o e significa??o da realidade social, questionamos: onde, e de acordo com que racionalidade, sujeitos de gênero n?o-conforme existem por/para essa institui??o? Apoiamo-nos, principalmente, nas Teorias Construtivistas do Jornalismo e Estudos Queer.Palavras-chave: Jornalismo; Transexualidade; Travestilidade; Construtivismo; Estudos Queer.Jornalismo e o retrato das vidas precárias das LGBT Autoria: Gean Oliveira Gon?alves (USP)Resumo: Neste artigo, busca-se uma avalia??o sobre o conceito de vidas precárias, da filósofa norte-americana Judith Butler (2015), dentro do campo das teorias e pesquisas em Jornalismo. Toma-se como ponto de partida o papel do jornalismo de vincular eticamente à alteridade por um processo de humaniza??o, bem como a representa??o da violência como um ato de exposi??o das vulnerabilidades compartilhadas. Para isto, será analisada a cobertura dos jornais Folha de S. Paulo e de O Estado de S. Paulo sobre o massacre de Orlando, episódio no qual um homem matou a tiros 49 e feriu 53 em uma boate LGBT, na Flórida, nos Estados Unidos.Palavras-chave: Jornalismo; Vidas Precárias; LGBT; Judith Butler; Massacre de Orlando.SEXTA-FEIRA | 11 DE NOVEMBRO | 8h00-12h00Comunica??o coordenada: Jornalismo e Educa??o – Travessias e Circularidades (SALA PBB121)Coordena??o Beatriz Becker (UFRJ) Protagonismo juvenil em áudio e vídeo: o movimento Ocupa nas telas do computador e da tevê Autoria: Beatriz Becker (UFRJ), Igor Waltz (UFRJ), Rafael Pereira da Silva (UFRJ) e Giovanni Code?a (UFRJ)Resumo: Amparados pelas dimens?es teórico-metodológicas da Análise Televisual e de Mídia e Educa??o, este trabalho reflete sobre a participa??o estudantil na produ??o informativa audiovisual a respeito do cenário educacional do Rio de Janeiro, focalizando o protagonismo dos alunos da Escola Estadual Prefeito Mendes de Moraes no movimento Ocupa. A partir de um estudo comparativo de conteúdos e formatos audiovisuais publicados no canal do YouTube criado pelos estudantes e de reportagens de telejornais locais disponibilizadas no GloboPlay sobre a ocupa??o, investiga-se como esse acontecimento foi construído no ambiente midiático e busca-se identificar tendências atuais de enuncia??o de narrativas jornalísticas audiovisuais decorrentes da hibridiza??o de linguagens e formatos nas telas do computador e da televis?o.Palavras-chave: protagonismo juvenil; movimento Ocupa; narrativas jornalísticas audiovisuais; Mídia e Educa??o; Análise Televisual.Jornalismo e cidadania: experiências a partir de projetos de extens?o universitária na perspectiva educomunicativa Autoria: Claudia Irene de Quadros (UFPR), José Carlos Fernandes (UFPR) e Juliane Martins (UFPR)Resumo: Projetos de extens?o s?o tema deste artigo, que procura descrever como diferentes experiências podem contribuir com o processo de aprendizado e com a forma??o de cidad?os mais críticos. Os dois projetos selecionados s?o coordenados por professores da Universidade Federal do Paraná e buscam oferecer uma ampla vis?o da sociedade por meio da educomunica??o. A extens?o universitária e a sua incidência no ensino de jornalismo também s?o exploradas como promotoras da intera??o e do debate com a comunidade. A partir de uma pesquisa exploratória, fizemos entrevistas semiestruturadas com estudantes de comunica??o que participam dos projetos “MEPE – Mídia, Espa?o Público e Educa??o” e “NCEP – Núcleo de Comunica??o e Educa??o Popular” com o objetivo de descobrir em que medida a extens?o universitária pode contribuir como o processo de ensino–aprendizagem e com a produ??o de conhecimento. Palavras-chave: jornalismo; extens?o; cidadania; educomunica??o; universidade. Audiovisual e ciência na sala de aula: a escolha de narrativas híbridas marcadas pelo jornalismo Autoria: Denise Tavares (UFF)Resumo: Esta comunica??o apresenta uma parte de pesquisa sobre documentário científico que realizamos junto às escolas públicas de ensino médio da cidade de Niterói. A reflex?o tem como ponto de partida o que foi colocado por professores de Matemática, Biologia, Química e Física quanto ao tipo de narrativa audiovisual que preferem usar em sala de aula, o que identificamos como produ??es jornalísticas ou marcadas pelas estratégias de linguagem do Jornalismo. Assim, a proposta aqui é problematizar tanto estas escolhas quanto a articula??o, cada vez mais estreita, entre a informa??o e o entretenimento nestas narrativas, quase todas produzidas na e para televis?o. Entre os autores que fundamentam nossa discuss?o est?o Bienvenido León, José Manuel Azevedo e Carlos Elías, além dos que têm se debru?ado sobre as quest?es que envolvem o jornalismo científico. Palavras-chave: audiovisual; educa??o; divulga??o científica; jornalismo científico.A presen?a das discuss?es sobre gênero nos processos de ensino do Jornalismo Autoria: Graziela Bianchi (UEPG) e Karina Janz Woitowicz (UEPG)Resumo: O artigo aborda a import?ncia de incluir a perspectiva de gênero no ensino do Jornalismo, tendo em vista a defesa de uma forma??o profissional comprometida com as dimens?es da cidadania. Em sintonia com as novas diretrizes curriculares do Jornalismo e com as demandas sociais da atualidade, s?o apresentadas as experiências de articula??o entre ensino (gradua??o e pós-gradua??o), pesquisa e extens?o no ?mbito do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), de modo a refletir sobre as possíveis contribui??es da categoria “gênero” no processo de forma??o na área.Palavras-chave: ensino do jornalismo; estudos de gênero; forma??o profissional.Leitura e produ??o de mídias-resenhas na apropria??o de conceitos envolvidos nas tecnologias contempor?neas de comunica??o e educa??o Autoria: Mirna Tonus (UFU) e Aléxia Pádua Franco (UFU)Resumo: A experiência de produ??o de mídias-resenhas pelos graduandos do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Uberl?ndia (UFU), entre os anos de 2014 e 2016, em componentes curriculares voltados à discuss?o de tecnologias de informa??o e comunica??o, inclusive as atinentes à educa??o, é o foco deste trabalho. A leitura e a elabora??o de mídias-resenhas, produ??es midiáticas a respeito de textos acadêmicos por meio de diferentes tecnologias e plataformas digitais, constituem uma estratégia didática que envolve os impactos da cultura digital nas práticas de comunica??o e educa??o, contribuindo para a forma??o do jornalista a partir de um posicionamento crítico e ativo frente às mídias, necessário à medida que atuar?o em contextos hiper e multimidiáticos, sendo essencial sua compreens?o da rela??o da sociedade com as tecnologias. Palavras-chave: tecnologias de informa??o e comunica??o; mídia-resenha; forma??o jornalística; comunica??o e educa??o; cultural unica??o coordenada: Critérios de noticiabilidade no jornalismo (SALA PBB322) Coordena??o: Lia Seixas (UFBA) Valores-notícia nas capas dos periódicos: ideologia e poder Autoria: Thaís de Mendon?a Jorge (UnB)Resumo: Neste artigo, analisamos as primeiras páginas de dois veículos noticiosos brasileiros cujas matrizes est?o no impresso: O Globo e Folha de S. Paulo, cujos portais est?o entre os 100 sites mais acessados na internet, respectivamente em quinto e sexto lugares no ranking Alexa. O objetivo é colocar em discuss?o o sistema de escolha da matéria-prima baseado em valores-notícia. Questionamos o caráter mutante dos critérios e tentamos mostrar que eles, sujeitos às ideologias, s?o também instrumentos de poder. Como bem destinado ao uso humano e importante instrumento para a democracia, o relato jornalístico economiza tempo e espa?o hierarquizando fatos e agendando-os para usufruto da sociedade, mas também sendo influenciado por ela. Na capa dos veículos noticiosos, os valores-notícia conformariam o mapa da nossa cultura contempor?nea.Palavras-chave: valor-notícia; capa; ideologia; poder; notícia.O valor humano no critério de noticiabilidade Autoria: Lia Seixas (UFBA) e Estela Marques (UFBA)Resumo: Este artigo tem dois objetivos: discutir as bases de sistematiza??es de critérios de noticiabilidade (CN) e analisar a rela??o do valor humano no valor notícia. A proposta foi motivada pelo resultado do Trabalho de Conclus?o de Curso de uma colega membro do Núcleo de Estudos do Jornalismo (NJor). Para examinar as bases, fizemos um exercício de análise da defini??o de fato (GOMES, 20059) em rela??o às dimens?es duais dos fen?menos (FRANCISCATO, 2014). A inten??o é compreender os regimes dos fen?menos e se o que se chama de valor notícia intrínseco é realmente ‘atributo’ (SILVA, 2005). Em seguida, apresentamos as teorias de valores humanos dentro da psicologia social, cujo principal autor é Schwartz (1996) e o resultado de uma análise de TCC que relaciona valor humano e valor notícia com um quality paper e um website regional. Ao final, nossas considera??es amadurecidas. Palavras-chave: valor notícia; valor humano; critério de noticiabilidade; cultura.Entre a narra??o do cotidiano e o cotidiano da narra??o: uma análise da noticiabilidade como categoria cognitiva nas rotinas jornalísticas Autoria: Marcos Paulo da Silva (UFMS)Resumo: O objetivo do trabalho é promover uma reflex?o de ordem qualitativa sobre a natureza cognitiva da concep??o de noticiabilidade no jornalismo, bem como sobre a pertinência da compreens?o do conceito no interior das media??es possíveis entre a midiatiza??o jornalística da vida cotidiana e o cotidiano das rotinas profissionais voltadas à midiatiza??o jornalística. Busca-se inicialmente uma discuss?o das próprias concep??es de cotidiano e de vida cotidiana em interface com as peculiaridades do campo jornalístico. Na sequência, sob a ótica da problematiza??o do tema, vale-se dos resultados qualitativos de uma pesquisa empírica realizada com jornalistas e leitores de jornais na capital de Mato Grosso do Sul. Palavras-chave: Jornalismo; Sele??o noticiosa; Noticiabilidade; Cotidiano; Vida cotidiana.Critérios de noticiabilidade em produtos jornalísticos especializados em cultura digital Autoria: Malu Fontes (UFBA) e Talyta Singer (UFBA)Resumo: Esse trabalho tem como objeto associar os elementos relacionados a critérios de noticiablidade identificados e vigentes ao longo do Século XX em rela??o a produtos noticiosos tradicionais de modo a apontar em que medida tais conceitos prevalecem válidos e presentes quando aplicados a um corpus de 16 produtos informativos voltados exclusivamente para o universo da tecnologia e da cultura digital em circula??o exclusivamente em plataformas on line. Observamos que a sele??o de notícias leva em conta características da própria cultura digital, tanto em rela??o aos temas selecionados quanto nas formas de tratamento empregadas. Palavras-chave: critérios de noticiabilidade; jornalismo on line; cultura digital; tecnologia; produ??o unica??o coordenada: A pesquisa em Jornalismo Ambiental: silenciamentos e desafios (SALA PBB222) Coordena??o: Ilza Tourinho Girardi (UFRGS) Cais José Estelita (PE) em disputa: o discurso de Carta Capital acerca do conflito ambiental. Autoria: Ilza Tourinho Girardi (UFRGS) e Eutalita Bezerra da Silva (UFRGS)Resumo: O objetivo deste artigo é refletir sobre a constru??o discursiva em torno da modifica??o da paisagem do Cais José Estelita, em Pernambuco, considerando que há um conflito ambiental em curso na área. Para tanto, valemo-nos da Análise de Discurso de matriz francesa, a fim de entender como o discurso jornalístico publicado no site de CartaCapital constrói a conjuntura em torno do conflito em quest?o. A análise compreende sete reportagens publicadas no período entre janeiro de 2014, ano em que houve a emergência do impasse, e junho de 2016. Percebemos um cenário de batalha descrito, no qual as for?as de manuten??o do espa?o encontram-se nas m?os dos movimentos sociais, enquanto que as for?as de transforma??o s?o conformadas num somatório das influências de construtoras, políticos e imprensa pernambucana, detentores de um “capital imobiliário”.Palavras-chave: Jornalismo; Discurso; Conflito ambiental; CartaCapital; Cais José Estelita.Reportagem, reconhecimento e o que nunca vamos saber:uma leitura do Especial Tapajós da Agência Pública Autoria: Reges Schwaab (UFSM) e Maiara Rauber (UFSM)Resumo: Inserido em um projeto mais amplo, o debate aqui desenvolvido tem como motiva??o a busca por discutir a possibilidade da ruptura do narrar jornalístico, como um dizer que “abre a possibilidade do possível” (MARCOS, 2007), inserido no jogo do reconhecimento entre sujeitos diante das problemáticas do contempor?neo. Localizamos como propulsora do debate a abordagem de um conflito socioambiental que envolve comunidades humanas, demarca??o de terras e empreendimentos hidroelétricos na Amaz?nia, a partir da série de reportagens Especial Tapajós, da Agência Pública de Jornalismo Investigativo. A base da discuss?o jornalística é a reportagem e o que ela compreende como prática e como gesto narrativo, sendo nossa intens?o sondá-la pela hipótese de que alcan?ar a ruptura e a for?a da narrativa seriam devedoras, em essência, do gesto de reconhecimento.Palavras-chave: Reportagem; narrativa; reconhecimento; socioambiental; Agência Pública.O que n?o é dito pode n?o ser percebido: a (n?o)cobertura jornalística dos riscos ambientais Autoria: Eloisa Beling Loose (UFRGS), ?ngela Camana (UFRGS) e Roberto Villar Belmonte (UFRGS)Resumo: Este artigo prop?e um debate a respeito do papel do jornalismo no que tange dar visibilidade aos riscos ambientais, ainda que se saiba das dificuldades encontradas na cultura jornalística a respeito do tratamento preventivo dos assuntos. A partir da perspectiva da percep??o de riscos, refor?a-se a ideia de que o jornalismo participa como um dos fatores que podem gerar a??o frente às quest?es ambientais em raz?o de seu poder amplificador ou, pelo contrário, pode contribuir para a n?o compreens?o dos riscos, quando os ignora.Palavras-chave: cobertura jornalística; riscos ambientais; jornalismo; silenciamentos; percep??o de risco.Transforma??es ambientais e megaeventos nas cidades brasileiras nos estudos de jornalismo entre 2007 e 2015 Autoria: Débora Gallas Steigleder (UFRGS), Eliege Maria Fante (UFRGS), Carine Massierer (UFRGS) e Claudia Herte de Moraes (UFSM)Resumo: Para sediar a realiza??o de megaeventos esportivos, tais como a Copa do Mundo FIFA Brasil 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil, o poder público, em associa??o com o capital privado, modifica as características sociais e ambientais das grandes cidades: para alargar vias ou construir estádios e espa?os necessários à realiza??o das competi??es, remove popula??es e vegeta??o local, modifica os espa?os físicos e até mesmo culturais. Diante disso, surgem conflitos, e os cidad?os passam a questionar seu direito à cidade. O objetivo do presente artigo é compreender como os estudos (ou pesquisas) da área abordam a rela??o “jornalismo e transforma??es ambientais” no contexto de realiza??o de megaeventos no Brasil. A metodologia consiste numa análise qualitativa das conclus?es de trabalhos publicados entre 2007 – ano em que se confirmou a realiza??o da Copa do Mundo FIFA Brasil - e 2015 – ano de véspera da realiza??o das Olimpíadas do Rio de Janeiro. Palavras-chaves: Jornalismo; Cidades; Jornalismo Ambiental; Meio Ambiente;?Megaeventos.O verde e seus múltiplos sentidos nas páginas do Jornal:uma análise discursiva Autoria: Jaqueline Orgler Sordi (UFRGS)Resumo: Este artigo apresenta os resultados parciais de uma disserta??o de mestrado que buscou centralizar-se nas estratégias discursivas e significados atribuídos ao “verde” pelo jornal Zero Hora, a fim de investigar como os sentidos desta palavra s?o construídos e configurados no imaginário social. Em um contexto na qual o discurso da sustentabilidade ganha relev?ncia, compreender sob quais pilares se dá a sua significa??o no veículo de comunica??o mais relevante do sul do país faz-se necessário. Para tal, selecionou-se como objeto de estudo o material relacionado ao tema produzido pelo jornal ao longo do ano de 2010 – período de implanta??o da fábrica da Braskem para a produ??o do chamado “plástico verde”. A análise se dá em uma sustenta??o teórica estruturada sob três eixos: o Jornalismo, sob a ótima discursiva, construtivista e ambiental, o Verde e o Discurso, a partir de suas múltiplas potencialidades.?Palavras-chave: análise; discurso; sentidos; verde; sustentabilidade; jornalismo; unica??o coordenada: I Mesa Coordenada Renami – Narrativas Imagéticas (SALA PBB311) Coordena??o: Maria Alice Lima Baroni Espa?os de (in)visibilidade na produ??o de narrativas visuais: Fotojornalistas e fotógrafos populares nas favelas cariocas Autoria: Alice Baroni (PUCRJ)Resumo: O artigo explora as práticas e discursos dos fotojornalistas e fotógrafos populares, com o intuito de refletir sobre espa?os de (in)visibilidade nas narrativas visuais sobre as favelas do Rio de Janeiro. A partir de conversas informais, entrevistas em profundidade e interpreta??o discursiva de vasto material visual n?o-editado, examinamos as práticas de trabalho desses dois grupos de fotógrafos, em um contexto de fluidas rela??es de poder e disputas territoriais entre traficantes, milicianos e policiais. O principal argumento deste artigo é que a produ??o de narrativas plurais sobre as favelas realizada por fotojornalistas e fotógrafos populares contribui com a luta diária de seus moradores pela garantia de direitos fundamentais. Palavras-chave: fotojornalismo; fotografia popular; narrativas visuais; favelas; Rio de JaneiroO que contam as imagens do trauma? O fotojornalismo no rompimento da Barragem de Fund?o Autoria: André Luís Carvalho (UFOP) e Karina Gomes Barbosa (UFOP)Resumo: Neste artigo nos debru?amos sobre as capas do jornal O Estado de Minas, durante os primeiros trinta dias de cobertura a respeito do rompimento da Barragem de Fund?o, no município mineiro de Mariana. Buscamos compreender o que e como as imagens do fotojornalismo produzido pelo jornal narram acerca do trauma, em um primeiro movimento que, entendemos, ser definidor na constru??o do imaginário visual desse acontecimento jornalístico. Entre 6 de novembro e 5 de dezembro de 2015, o jornal, um dos que notadamente mais destaque deu ao acontecimento, publicou inúmeras imagens da tragédia, das quais sobressai um emblema: a lama. Diferente do que Sontag diz a respeito das imagens-limite do jornalismo, nessa dor n?o há sujeitos, n?o há corpos; há indícios. Nesse contexto, o que as narrativas visuais evocam é silêncio, mais que testemunho.Palavras-chave: fotojornalismo; trauma; testemunho; Barragem do Fund?o; Estado de Minas A narrativa semiótica de Dilma: Uma presidente entre fotografias e manchetes Autoria: Leylianne Alves Vieira (UFMG)Resumo: O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, iniciado em dezembro de 2015 no Congresso Nacional, foi um acontecimento comunicativo e discursivo que envolveu emissoras de televis?o, jornais e revistas, cujas narrativas realizaram a media??o entre os episódios políticos e a popula??o. Neste artigo, examinamos capas de revistas e jornais brasileiros onde se adotou uma linguagem agressiva em rela??o à pessoa de Dilma Rousseff. Nossos referenciais teóricos se baseiam na Análise Crítica da Narrativa (MOTTA, 2005), com foco na narrativa semiótica que produz significados a partir da intera??o entre textos e imagens. A pesquisa nos levou a verificar os riscos que certa prática de jornalismo político representa para a consolida??o do processo democrático em um país como o Brasil, cuja história tem sido marcada por uma altern?ncia de poder que nem sempre respeitou os princípios constitucionais.Palavras chave: narrativa, democracia, jornalismo, revista, significado.A reafirma??o do eternamente desconhecido nas narrativas jornalísticas sobre a Amaz?nia Autoria: V?nia Torres Costa (Universidade da Amaz?nia)Resumo: o?artigo analisa reportagens seriadas sobre a Amaz?nia, exibidas pela Rede Globo de Televis?o, como narrativas jornalísticas, como práticas culturais que definem a notícia, muito além de meras rotinas de produ??o nas reda??es. A partir da análise de discurso da narrativa audiovisual, observamos como os sujeitos inseridos nos textos s?o representados, com o intuito de?problematizar o telejornalismo como produtor de identidades. As reportagens em série exibidas em rede nacional tornam-se o lugar do estranhamento, onde os sujeitos amaz?nicos, aos olhos do Sudeste – lócus de origem das reportagens - s?o destituídos de conhecimentos, saberes. E esses s?o os ‘molhos’ que temperam e sustentam as narrativas. Palavras-chave: narrativa; jornalismo; televis?o; identidade; unica??o coordenada: II Mesa Coordenada Renami – Narrativas Tecnológicas (SALA PBB221) Coordena??o: Demétrio de Azeredo Soster (UNISC) Participa??o da audiência em narrativas jornalísticas audiovisuais ao vivo nas redes sociais Autoria: Paulo Eduardo Lins Cajazeira (UFCA) e Cícero Ferreira de Sousa Júnior (UFCA)Resumo: O objetivo deste estudo é investigar como se estabelecem as intera??es entre o público e os jornais digitais, em narrativas audiovisuais, transmitidas em vídeo ao vivo na internet. O uso de customiza??es da notícia, a partir do sistema de notifica??es ou push de transmiss?es ao vivo (live streaming), por meio de aplica??es digitais e na web em redes sociais dos jornais digitais é o que nos interessa neste estudo. A pesquisa de natureza qualitativa foi realizada em dois jornais diários digitais, Gazeta do Povo (Brasil) e El País Brasil (Espanha), com extens?es na rede social Facebook, que realizam transmiss?es instant?neas em vídeo ao vivo para os webleitores na multiplataforma Palavras-chave: audiência participativa; narrativas jornalísticas; leitor digital; fanpage. Hemingway n?o tuitava nem gugava: A história da obra jornalística do Papa da reportagem Autoria: Ana Beatriz Magno (UnB)Resumo: O artigo recupera as reportagens assinadas por Ernest Hemingway, apelidado de Papa, apontando as características narrativas de suas matérias desde a pauta até a edi??o. Alinhado às tradi??es teóricas que entendem o jornalismo como narrativa e forma de conhecimento, o artigo sinaliza a import?ncia do texto noticioso para superar a crise da reportagem no jornalismo contempor?neo. O trabalho é baseado na tese de doutorado da autora que, em 2015, recebeu o prêmio Adelmo Genro Filho.Palavras-chave: Jornalismo, Reportagem, Narrativa, Ernest HemingwayO quarto narrador, um golfinho morto na praia e a circula??o midiática Autoria: Demétrio de Azeredo Soster (UNISC) Resumo: Observa-se aqui, a partir de percurso de pesquisa identificado (AUTOR, 2015, 2016), a emergência do quarto narrador tendo como eixo-condutor o conceito de circula??o midiática. Compreenderemos circula??o midiática antes como espa?o gerador de potencialidades, no diálogo com Fausto Neto (2010), que lugar por meio do qual os dispositivos de natureza jornalística, e seus agentes, dialogam a partir dos polos de emiss?o e recep??o. Compreender o quarto narrador por esta perspectiva é avan?ar nas reflex?es realizadas até ent?o e situá-lo, antes, como lugar onde o jornalismo se reconfigura narrativamente que do ponto de vista identitário, sem desconsiderar esta perspectiva. As reflex?es ser?o ilustradas por meio da análise do que ocorreu no evento envolvendo a morte de um golfinho no litoral argentino, em fevereiro de 2016.Palavras-chave: narrativa; midiatiza??o; circula??o; sistema; jornalismo midiatizado.Novos modos de dizer o mundo: narrativas jornalísticas multimodais Autoria: Maurício Guilherme Silva Jr (Centro Universitário de Belo Horizonte) e Lorena Tárcia (Centro Universitário de Belo Horizonte)Resumo: No presente artigo, buscamos analisar conceitos e práticas de multimodalidade – aproximando-os às defini??es de Narrativa Transmídia (NT) –, de maneira a investigar o uso e os efeitos, no jornalismo, de recursos e ferramentas como realidade virtual, imagens em 360° e imers?o. Para tal, recorremos a estudo de Ana Elisa Ribeiro (2016), que, em pesquisa sobre os processos de leitura e de produ??o textual no ambiente universitário, prop?e caminhos teóricos relevantes ao que aqui se almeja problematizar. A realidade virtual aplicada ao jornalismo, em sua vers?o digital, embora em expans?o, encontra-se ainda em processo de amadurecimento. Entretanto, é possível perceber uma proposta narrativa em forma??o, com foco no usuário, além de crescente investimento das empresas na perspectiva da forma??o e da participa??o, por meio de ambientes virtuais interativos. Neste sentido, é possível vislumbrar a conex?o entre a proposta educacional para as narrativas multimodais de Ribeiro e a perspectiva transmídia de Jenkins, embora novos estudos sejam necessários para confirmar tal vínculo teórico.Palavras-chave: multimodalidade; narrativas; narrativa transmídia (NT); jornalismo; inova??o.Narrativas imersivas no webjornalismo. Entre interfaces e realidade virtual Autoria: Raquel Longhi (UFSC)Resumo: Discute o conceito de imers?o nas narrativas webjornalísticas, verificando esta tendência recente da produ??o de conteúdos em dois objetos de análise: "The Displaced", do New York e "6 X 9: a virtual experience of solitary confinement", do The Guardian. Através, ainda, de pesquisa bibliográfica, reflete sobre a concep??o de narrativas imersivas e em Realidade Virtual (RV), os diferentes tipos de conteúdos considerados imersivos no jornalismo e analisa até que ponto as interfaces e os dispositivos de visualiza??o de RV, como os óculos estilo Google Cardboards s?o capazes de proporcionar uma efetiva imers?o nas narrativas de n?o-fic??o.Palavras-chave: narrativas imersivas; webjornalismo; interfaces; Realidade unica??es Livres: Sess?o 11 (SALA PBB213) Coordena??o: Heitor Costa Lima da Rocha (UFPE) Livro-reportagem: formato jornalístico para pautas humanitárias? Autoria: Marcos Zibordi (FIAM-FAAM, UNIP)Resumo: De forma aproximativa e inicial este artigo sustenta a, por enquanto, hipótese de que graduandos em Jornalismo autores de Trabalhos de Conclus?o de Curso (TCCs) em forma de livro-reportagem (LIMA, 1993) tendem a pautar temas humanitários. Considerando TCCs escolhidos recentemente em relevantes certames nacionais e com base também em resultados preliminares aqui apresentados de pesquisa específica sobre livro-reportagem, procuraremos evidenciar a forma??o de narradores da contemporaneidade afetos a ideias democráticos (MEDINA, 1995, 2003, 2008, 2010, 2014).Palavras-chave: Livro-reportagem; democracia; Direitos Humanos; jornalismo; narrativa.Da imers?o nas ruas à janela virtual: a solid?o e o silêncio na esfera jornalística Autoria: Jeana Laura da Cunha Santos (UFSC)Resumo: Ao considerar a cidade com um campo fértil da experiência moderna, com suas tens?es, misérias e encantamento, este artigo desvela a paix?o dos primeiros jornalistas pela rua, buscando nela assuntos que converteriam em texto para o consumo das massas. Com o incremento cada vez maior das mídias digitais, que permitem o exercício profissional a partir da casa, a rua perde sua preponder?ncia e o jornalista deixa de freqüentar o espa?o público partilhado e que dava sentido à profiss?o. Soma-se a isso a press?o das empresas pela economia de tempo e espa?o e o labor converte-se cada vez mais numa atividade exaustiva e sem sentido, levando o jornalista à doen?a física e mental, à solid?o e ao silêncio. Usando como protocolo metodológico teorias multidisciplinares (Jornalismo, Literatura, Filosofia e Sociologia), espera-se que esta proposta contribua para ampliar os fundamentos teóricos e epistemológicos do Jornalismo. Palavras-chave: Jornalismo; Literatura; profiss?o; saúde; precariza??o.(In)visibilidades da grande reportagem Autoria: Yara Medeiros dos Santos (UFMA, UFPE) Resumo: Grandes reportagens s?o uma janela para temas pouco visíveis na pauta cotidiana do jornalismo. Com tempo alargado de produ??o e busca de assuntos de relev?ncia social, se configuram como um tipo de jornalismo diferenciado. Ainda assim s?o suscetíveis a negocia??es que atendam as políticas editoriais dos jornais. A partir de exemplos, esse artigo aponta visibilidades e invisibilidades provocadas pela grande reportagem. S?o discutidos temas e imagens promotoras dessas características. Constatou-se a busca por pautas etnográficas, de denúncia, do retrato de grupos marginalizados e de investiga??o histórica. Este tipo de reportagem tem perdido espa?o nas páginas de revistas e jornais e aparece esporadicamente. Porém, ainda constitui um exemplo de como a investiga??o jornalística pode contribuir para a constru??o social da realidade, oferecendo aos leitores textos e imagens de qualidade.Palavras-chave: jornalismo impresso; fotojornalismo; memória. representa??o; teoria do jornalismo. Revisando paradigmas: livro-reportagem e o compromisso com uma vis?o jornalística mais plural da realidade Autoria: Alexandre Zarate Maciel (UFPE) e Heitor Costa Lima da Rocha (UFPE) Resumo: Fortemente influenciado pelo paradigma positivista ao longo de sua consolida??o como institui??o que se prop?e a narrar o real, o jornalismo muitas vezes se ancora no porto aparentemente seguro da objetividade como se esta constituísse um instrumento mágico de acesso a uma verdade absoluta. Este artigo busca apontar, em paralelo a uma discuss?o teórica sobre a supera??o desse paradigma, em autores como Jürgen Habermas, Gaye Tuchman, Cremilda Medina e Edvaldo Pereira Lima, exemplos de jornalistas autores de livros-reportagens, como Fernando Morais, Zuenir Ventura e Klester Cavalcanti, que procuram aproximar-se de perspectivas mais construtivistas de interpreta??o do real. Ou seja, profissionais que, conscientes da falibilidade dos métodos, sentem-se parte do mundo da vida e demonstram compromisso com a busca da diversidade significativa de vers?es necessárias a um ambiente democrático. Palavras-chave: jornalismo; jornalista-autor; construtivismo; universalismo; desafios.Jornalismo literário: aproxima??es com o pensamento pós-abissal e com a dupla ruptura epistemológicaAutoria: Francisco Aquinei (UFAC) e Timóteo Queirós (UFAC)Resumo: O presente artigo busca pensar o Jornalismo Literário a partir das implica??es da segunda ruptura epistemológica presente no livro “Introdu??o a uma ciência pós-moderna”, de Boaventura de Sousa Santos (1989). O trabalho também tensiona algumas quest?es presentes em “Epistemologias do Sul”, centradas, principalmente, nas acep??es da passagem de um pensamento abissal para um pós-abissal, englobando a perspectiva de uma ecologia de saberes. Nesse sentido, a segunda ruptura epistemológica corrobora para a problematiza??o do Jornalismo Literário como arena de desconstru??o/articula??o e como pressuposto para a autonomia da criatividade individual e social da práxis jornalística. Como resultado, busca-se tomar o Jornalismo Literário como espa?o agonístico – rearticulador do senso comum e de uma perspectiva pós-abissal. Palavras-chave: Jornalismo literário; epistemologia; pensamento pós-abissal; ecologia de unica??es Livres: Sess?o 12 (SALA PBB214) Coordena??o: Sandra Maria Lúcia Gon?alves (UFRGS) Telejornalismo e acessibilidade comunicacional: um olhar para o outro com deficiência Autoria: Kelly Scoralick (UFRJ)Resumo: A temática da deficiência ganha fórum esse estudo. Apresentamos a falta de acessibilidade comunicacional na televis?o que dificulta o acesso das pessoas com deficiência – em especial, aqueles com deficiência visual e auditiva - aos materiais produzidos. Destacamos a audiodescri??o e a janela de Libras, recursos essenciais que permitem a inclus?o dessas pessoas nas reportagens no telejornalismo. A discuss?o vai ao encontro de um jornalismo ético, responsável socialmente e que contribua para o exercício da cidadania.Palavras-chave: televis?o; telejornalismo; acessibilidade; pessoas com deficiência; cidadania.Telejornalismo internacional em mobilidade: uma análise sobre o uso de celular pelo Jornal Nacional na Primavera ?rabe Autoria: Ana Carolina Vanderlei Cavalcanti (Faculdades Integradas Barros Melo) Resumo: Os correspondentes e enviados especiais s?o os mediadores responsáveis por testemunhar e traduzir fatos e acontecimentos internacionais para o público de seus países de origem. Desde o surgimento profissional da fun??o, cumprem a tarefa de fazer a notícia atravessar “fronteiras”, recorrendo às tecnologias disponíveis em cada época. Este artigo prop?e uma leitura sobre o trabalho dos enviados especiais da Rede Globo que, a servi?o do Jornal Nacional (JN), fizeram a cobertura das manifesta??es da Primavera ?rabe no Egito, em 2011, apropriando-se da c?mera de um telefone celular. A partir do contexto comunicativo, o trabalho coloca em perspectiva a conjuntura profissional e cultural em que a prática jornalística se deu, tentando compreender de que forma os fatos noticiados agiram sobre a necessidade de uso desse dispositivo tecnológico e interpretando de que forma o celular refor?a a imagem de atualidade do JN. Palavras-chave: Telejornalismo; Jornalismo Internacional; Mobilidade: Primavera ?rabe; Contexto Comunicativo.Telejornais e suas redes sociais: os primeiros olhares de um percurso de pesquisa sobre as vozes do público de telejornais, em suas páginas no Facebook Autoria: Rosane Martins de Jesus (Unisinos)Resumo: Este artigo apresenta uma sistematiza??o de olhares acerca das vozes do público de telejornal, reunidas nas suas fanpages. Tal sistematiza??o é resultado de um esfor?o aproximativo, que emergiu apartir de um exercício de pré-observa??o (Braga, 2016). Para isso, observamos as listas de comentários das fanpages oficiais de três telejornais brasileiros, entre os dias 27 de junho e 02 de julho de 2016. Assim, o objetivo deste artigo é apresentar os resultados dessa observa??o, dentre eles: 1) os usos que o público faz das listas, por meio das intera??es; 2) possíveis potencialidades analíticas e 3) possíveis acionamentos teóricos. Ao final, dentre outros resultados, verificamos o potencial dessas listas de comentários, enquanto espa?o propício para o estudo de uma audiência transmidiática, fruto das novas rela??es dos públicos com o telejornalismo, a partir das intera??es em sites de redes sociais. Palavras-chaves: Telejornalismo; Público; Facebook; Segunda tela; TV socialO webdocumentário como fruto de interven??es sociais Autoria: Luiz Fernando de Oliveira (UFSC)Resumo: O artigo aborda como a amplia??o de intera??es entre jornalistas e seus públicos pode refor?ar a cria??o de vínculos com conteúdos publicados em ambientes online, bem como incrementar o sentido da presen?a do usuário no contexto de determinada narrativa digital. O webdocumentário é mais uma forma discursiva na qual o jornalista estende o uso da tecnologia para mobilizar sua audiência em torno de um processo de constru??o conjunta da história, o que revigora o grau de rela??o mantido entre artefato e conteúdo. Para demonstrar essa possibilidade, o estudo apresenta características do projeto 18 Days in Egypt (2011), construído a partir de interven??es coletivas que ajudaram a compor sua estrutura comunicacional.Palavras-chave: jornalismo; webdocumentário; autoria; narrativas; participa??o.No limite da representa??o: entre a informa??o e a arte Autoria: Sandra Maria Lúcia Gon?alves Doutorado (UFRGS)Resumo: O presente artigo tem como objetivo refletir acerca do trabalho de alguns fotógrafos, especialmente daqueles que atuam ou atuaram no campo do fotojornalismo, que rompem com a barreira do estrito documento fotográfico, criando a possibilidade para uma imagem fotográfica mais reflexiva e provocadora. Os substratos escolhidos para a reflex?o s?o narrativas visuais presentes em fotolivros dos fotógrafos Cláudia Andujar, Maureen Bisilliat e Miguel Rio Branco. Acredita-se encontrar nesses trabalhos uma “Fotografia Menor” (GON?ALVES, 2009), no tocante a escolha dos retratados bem como no modo como esses s?o retratados, propiciando o aparecimento da Imagem Cristal (FATORELLI, 2003) ou encontros cristalinos. Tais características esbatem a fronteira entre o documento (informa??o) e a arte, tornando essas imagens e seus conjuntos matéria privilegiada para problematiza??es mais aprofundadas concernentes as quest?es apresentadas pelo referente fotográfico; Importante marcar que os trabalhos apresentados inserem-se em contextos sociais e políticos demarcados e engajados com as causas de seu tempo. Palavras-chave: fotolivro; narrativa visual; fotografia-express?o; fotografia menor; imagem V 1? edi??o e o uso do Whatsapp: o espectador como coprodutor ou fonte do telejornal? Autoria: Lorena Borges de Andrade Graduada (Faculdades Integradas Barros Melo)Resumo: Observamos que o telejornalismo está atravessando uma fase de mudan?as, e uma delas é o incentivo à colabora??o nos telejornais. Ao percebermos isto também no noticiário regional em Pernambuco, decidimos fazer uma análise sobre a participa??o do público através do aplicativo Whatsapp no NETV 1? edi??o, telejornal local da Rede Globo Nordeste. Pretendíamos entender se o noticiário valorizava a participa??o do público, se essa possível participa??o pautava o telejornal, de que forma os materiais enviados pelos espectadores eram utilizados no programa e, especialmente, se esses espectadores podem ser considerados como coprodutores do NETV 1? edi??o. A metodologia escolhida para realizar esta pesquisa foi a análise de conteúdo, tanto pelo caráter quantitativo quanto pelo qualitativo.Palavras-chave: Telejornalismo; Jornalismo Participativo; Coprodutores; Whatsapp; unica??es Livres: Sess?o 13 (SALA PBB215) Coordena??o: Carolina Dantas Figueiredo (UFPE) Por uma análise do entretenimento na narrativa jornalística da política: caminhos possíveis a partir das apari??es de Pixuleko na Folha de S. Paulo Autoria: Clara C?mara (UFF)Resumo: Neste artigo propomos uma reflex?o a respeito do papel do entretenimento nas narrativas jornalísticas sobre política. Utilizando como caso ilustrativo a cobertura das apari??es do boneco inflável do ex-presidente Lula, o Pixuleko, argumentamos que observar o caráter narrativo das notícias pode lan?ar luz ao desafio de se analisar um contexto jornalístico em que as fronteiras entre entretenimento e informa??o encontram-se cada vez menos aparentes. Seguindo a linha de argumenta??o, e aliando o debate teórico com o exemplo proporcionado por Pixuleko, afirmamos ser urgente considerar o entretenimento na narrativa jornalística de política, n?o em uma chave de disson?ncia, ou oposi??o, mas enquanto elemento constitutivo.Palavras-chave: Jornalismo político; Entretenimento; Política; Narrativas; Cultura popular.Os enquadramentos do caso Cunha: uma análise da cobertura da Folha de S. Paulo Autoria: Giulia Sbaraini Fontes (UFPR) e Paulo Ferracioli (UFPR) Resumo: Esse artigo tem o objetivo de perceber os enquadramentos utilizados pelo jornal Folha de S. Paulo para noticiar os acontecimentos que envolvem o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As notícias foram coletadas em quatro momentos distintos: os recebimentos das duas denúncias pelo STF, seu afastamento pelo tribunal e a vota??o do processo de cassa??o no Conselho de ?tica da C?mara, totalizando um corpus de 30 textos. Cada matéria foi classificada a partir de dois critérios distintos: na linha de Iyengar (1991), foram divididos em episódicos e temáticos; e na de Semetko e Valkenburg (2000), em conflito, interesse humano, consequências econ?micas, moralidade e responsabilidade. Os resultados apontam para um enquadramento episódico que se divide em duas frentes: de conflito e de responsabilidade. Palavras-chave: enquadramento noticioso; jornalismo político, Eduardo Cunha; Folha de S. Paulo.Redu??o da maioridade penal no jornalismo de referência: uma análise das fontes acionadas Autoria: Anelise Schutz Dias (UFRGS) Resumo: Esse estudo analisa as fontes acionadas na cobertura do debate sobre redu??o da maioridade penal pelo jornalismo de referência. O debate se ancora na tramita??o da PEC 171/1993, posta em vota??o em junho de 2015, na C?mara dos Deputados. Essa PEC prop?e a redu??o da idade penal de 18 para 16 anos. A observa??o é um recorte de uma investiga??o maior que foi realizada do período de 01 de junho a 05 de julho de 2015, nos jornais Folha de S. Paulo, O Globo e o Estado de SP. Foram coletadas 105 edi??es dos três jornais, das quais foram extraídos 169 textos de diferentes gêneros. Com esse material foi realizado um mapeamento das fontes ouvidas pela cobertura. A metodologia utilizada foi a Análise de Conteúdo. As principais fontes que apareceram nesta cobertura foram representantes do Legislativo e do Executivo. Palavras-chave: jornalismo; jornalismo de referência; fontes; seguran?a pública; redu??o da idade penal. Imagens pouco vistas da Copa em Pernambuco - Silêncios, políticas do silenciamento e a cobertura dos megaeventos no Brasil Autoria: Eduardo Baptista Amorim (UFPE) e Carolina Dantas Figueiredo (UFPE)Resumo: As obras da Copa do Mundo de 2014 em Pernambuco alteraram a geografia de diversas comunidades da Regi?o Metropolitana do Recife. A percep??o de que imagens chocantes, emocionantes, muitas vezes revoltantes, estavam ficando de fora da constru??o coletiva do imaginário sobre os megaeventos no Brasil nos fez perceber uma possibilidade de realizar um estudo arqueológico utilizando fotografias que revelem percep??es pouco exploradas da nossa história recente. Esse artigo parte de uma exposi??o fotográfica que tem como tema as remo??es na comunidade do Loteamento S?o Francisco, em Camaragibe. E é parte de um projeto que pretende investigar, no contexto do jornalismo da era da convergência, como est?o funcionando as rotinas do silenciamento e de silêncio no mercado atual de comunica??o, a partir de um olhar atento a aspectos pouco explorados de um dos maiores eventos midiáticos realizados no Brasil. Palavras-chave: Silêncio; Silenciamento; Megaeventos; Fotografia; Jornalismo.A produ??o de sentidos sobre comunica??o pública no período da destitui??o do diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunica??o Autoria: Sabrina Franzoni (Unisinos) Resumo: O tema deste estudo se insere no cruzamento de dois eixos principais: Jornalismo e Comunica??o Pública, sendo recorte de uma pesquisa mais abrangente. A proposta é identificar os sentidos produzidos sobre comunica??o pública nos textos (notícias, releases e notas), elaborados por jornalistas da Empresa Brasil de Comunica??o (EBC) e disponibilizados na sala de imprensa, situada em seu site. O recorte temático foi a destitui??o ilegal do diretor-presidente da EBC, Ricardo Melo, em plena vigência de seu mandato, promovida por decis?o do governo interino de Michel Temer. A delimita??o temporal foi período de 13 de maio a 3 de junho de 2016. Os sentidos predominantes identificados foram: a garantia de autonomia e do estado de direito. Palavras-chave: Comunica??o Pública; Empresa Brasil de Comunica??o; Autonomia; Estado de Direito; Democracia.A imagem do Congresso brasileiro representada no Instagram e Twitter em meio ao processo de impeachment de Dilma Autoria: Mauricio Tonetto (PUCRS)Resumo: O artigo analisa o processo de identifica??o e constru??o cultural por meio das redes sociais virtuais. Foi mapeado o uso feito do Twitter e do Instagram, com base em palavras relacionadas ao Congresso Nacional e aos desdobramentos da crise que originou o afastamento e pedido de impeachment da presidente da República do Brasil, Dilma Rousseff. Procurou-se, com o aplicativo IFTTT, identificar quais imagens e textos sobre o Congresso foram compartilhados pelos usuários e quais predominaram nos conteúdos online publicados dias após a abertura do impeachment no Senado, com o objetivo de questionar se o contexto político-social foi determinante para as postagens. Concluiu-se que as redes foram utilizadas, na maioria dos casos, sem cunho ideológico, doutrinário ou até informativo, e que o Congresso serviu de palco para os internautas representarem imagens de si próprios, descolados da política.Palavras-chave: Identidades culturais; Redes Sociais; Twitter; Instagram; Congresso unica??es Livres: Sess?o 14 (SALA PBB216) Coordena??o: Gisele Dotto Reginato (UFRGS) A referência à cidadania nas obras de Nelson Traquina sobre as Teorias do Jornalismo Autoria: Criselli Montipó (UFSC) Resumo: Este artigo parte da inquieta??o sobre a rela??o entre jornalismo e cidadania. Busca examinar a referência à cidadania nas obras de Nelson Traquina sobre Teorias do Jornalismo. Para tanto, fez-se a revis?o de literatura das obras organizadas pelo autor nos volumes I e II. O autor destaca a import?ncia da rela??o entre cidadania e jornalismo na democracia, mas opta por mencionar somente o termo cidad?os, enfatizando o jornalismo como um veículo de informa??o para equipar cidad?os com ferramentas vitais ao exercício dos seus direitos e voz na express?o de suas preocupa??es. Em consulta realizada ao autor, Traquina explica que os termos cidadania e cidad?os n?o lhe parecem guardar diferen?as significativas, mas sublinha que n?o realizou estudos específicos sobre o emprego dos conceitos.Palavras-chave: Teorias do Jornalismo; Cidadania; Democracia; Sociedade; Responsabilidade Social.Simetria e assemblage para estudar o jornalismo: teoria Ator-Rede como guia teórico-metodológico Autoria: Leonardo Feltrin Foletto (UFRGS) Resumo: Este trabalho traz dois entendimentos da Teoria Ator-Rede que podem contribuir para o estudo do jornalismo: a simetria generalizada, que aponta para o estudo do que está importando na a??o, sem distin??o prévia de atores, sejam eles humanos ou n?o-humanos; e o de assemblage, que Law (2004) prop?e como um n?o-método mais amplo, solto e devagar do que o método científico da tradi??o Euro-Americana. O artigo conclui com dois apontamentos que o entendimento da simetria generalizada e do assemblage pode trazer para as pesquisas em jornalismo: a aten??o aos processos de media??o que ocorrem na produ??o de informa??o jornalística; e a consciência de que o método n?o é apenas um caminho para um fim, mas construtor de realidades e, consequentemente, de ausências.Palavras-chave: epistemologia; método; simetria; teoria ator-rede; jornalismo.Jornalismo e memória: potencialidades e intersec??es teórico-conceituais Autoria: C?ndida de Oliveira (UFSC) Resumo: Este artigo apresenta uma discuss?o inicial sobre as rela??es entre memória e jornalismo, entendido este como prática social e cultural que reconfigura, de modo específico, acontecimentos do passado no presente por meio de suas narrativas. Busca-se levantar hipóteses sobre as potencialidades da narrativa jornalística articulada à memória, recorrendo-se à abordagem histórico-filosófica de Walter Benjamin e uma aproxima??o com estudos de autores do campo do jornalismo e do campo da comunica??o que se debru?am sobre o tema. Por fim, problematiza-se intersec??es teórico-conceituais sinalizando algumas potencialidades na tarefa de rememora??o do jornalismo. Palavras-chave: Jornalismo; Memória; Narrativa; Historicidade; Walter Benjamin.As finalidades do jornalismo: percep??es de veículos, jornalistas e leitores Autoria: Gisele Dotto Reginato (UFRGS) Resumo: O objetivo do artigo é discutir as finalidades do jornalismo, a partir da percep??o de veículos, jornalistas e leitores, que considero os principais sujeitos participantes do contrato de comunica??o jornalístico. A metodologia utilizada é a Análise de Discurso. Foram analisados os discursos dos veículos Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, de 85 jornalistas brasileiros e de 250 leitores. O artigo trata das principais finalidades apontadas pelos sujeitos e problematiza as aproxima??es e as distin??es entre os seus discursos. O trabalho traz ainda uma proposta de rela??o de finalidades do jornalismo, sistematizada a partir dos resultados da pesquisa.Palavras-chave: Fun??o do Jornalismo; Discurso; Jornais; Jornalistas; Leitores. Uma breve reflex?o sobre a objetividade no fotojornalismo Autoria: Silvio da Costa Pereira (UFSC)Comunica??es Livres: Sess?o 15 (SALA PBB217) Coordena??o: Tattiana Teixeira Teixeira (UFSC) Hibrida??o no jornalismo especializado em saúde: resultados preliminares de uma experiência etnográfica Autoria: Amanda Souza de Miranda (UFSC)Resumo: A partir do conceito de hibrida??o (Canclini, 2003) e dos primeiros resultados de uma experiência etnográfica no programa Bem Estar, exibido pela TV Globo, discute-se o papel do jornalismo especializado em saúde como produtor de um conhecimento específico, que surge baseado na autoridade do saber médico (Foucault, 2010) e é reconstruído a partir do encontro com textos e recursos estéticos do popular. Enquanto um se ampara na racionalidade científica, o outro engendra um movimento de aproxima??o com linguagem, cenário e objetos cênicos que partem em dire??o ao melodrama, em que se apela à sensibiliza??o das audiências. Palavras-chave: jornalismo especializado em saúde; saber médico; popular; hibrida??o.? melhor prevenir do que remediar: a doen?a imaginária no jornalismo Autoria: Denise Cristina Ayres Gomes (UFMA)Resumo: Utilizamos as teorias do imaginário (MAFFESOLI, 2001; 2006; SILVA, 2012) para compreender como o jornalismo tende a redefinir o estatuto do que é ser ou sentir-se doente a partir da dissemina??o da cultura do risco. A técnica jornalística promove a doen?a em potencial ou imaginária e intervém nas práticas cotidianas. Sofremos por antecipa??o, receosos do futuro que pode ser portador de alguma patologia. Devemos nos prevenir, seja através do regramento de nossos hábitos ou a descoberta de tendências genéticas que nos predisponham a desenvolver doen?as. Prolongar a existência e viver com qualidade se tornaram quase um dever moral. O corpus é composto por oito matérias da Folha de S Paulo. O jornalismo emprega recursos considerados racionais, mas mobiliza os indivíduos pela emo??o, produzindo um imaginário que tende a se disseminar na sociedade.Palavras-chave: jornalismo; imaginário; doen?as mentais; risco; pós-modernidade.Jornalismo de ciência na revista piauí - uma análise de notícias reportagens e perfis Autoria: Guilherme de Paula de Paula Pires (UEPG) e Tattiana Teixeira Teixeira (UFSC) Resumo: Este artigo busca refletir sobre o jornalismo científico praticado pela revista piauí, publica??o lan?ada em outubro de 2006, com periodicidade mensal, e a proposta de ser um veículo diferenciado no cenário jornalístico brasileiro. Como metodologia de investiga??o, utilizou-se estudo de caso único, aliando procedimentos quantitativos e qualitativos, tendo-se como objeto de pesquisa os textos jornalísticos de ciência publicados pela revista no biênio 2013-2014. Observou-se que as principais características do jornalismo científico apresentado pela revista est?o na prevalência de acontecimentos relacionados às chamadas áreas duras, em especial Exatas e Biológicas; na op??o por construir narrativas a partir do conflito e/ou da controvérsia e na prioridade a acontecimentos ocorridos na cidade do Rio de Janeiro, sede da revista, apesar da sua circula??o nacional. Palavras-chave: jornalismo; jornalismo científico; revista piauí; jornalismo de revista.A análise pragmática dos (rel)atos jornalísticos sobre o Instituto Federal do Paraná na Gazeta do Povo Autoria: Naiara Longhi Maia (UFPR)Resumo: Apresentamos os resultados da pesquisa que se dedicou a realizar uma análise pragmática dos relatos jornalísticos sobre o IFPR produzidos e veiculados pelo jornal Gazeta do Povo entre os anos de 2008 e 2014. Para tanto, o estudo fez uso do referencial teórico da pragmática social, disciplina que observa os usos linguísticos dentro do contexto em que s?o realizados. O relato jornalístico é entendido como um ato de fala, possuidor de for?as ilocucionárias capazes de revelar as inten??es e propósitos contidos nessas enuncia??es. Neste relato, jornalistas e fontes de informa??o s?o personagens que realizam a??es por meio do que falam. Conclui-se que se faz urgente o fortalecimento da reflex?o sobre os usos de linguagem pelos meios de comunica??o e, consequentemente, as linguagens que criam, cotidianamente, quando tratam da Educa??o Profissional e Tecnológicas e as institui??es a ela ligadas.Palavras-chave: Jornalismo; Pragmática Social; Atos de Fala; For?as Ilocucionárias; IFPR.O silêncio como forma do dizer: um olhar discursivo sobre a imprensa e a epidemia de meningite na ditadura brasileira Autoria: Catarina Schneider (Fiocruz)Resumo: Este artigo reflete sobre como o silêncio produz sentido e como ele é fundante em épocas de repress?o e censura, como foi a ditadura no Brasil. O trabalho tem o objetivo de analisar a cobertura jornalística da epidemia de meningite que surgiu em 1970 e perdurou até 1975 e como o silenciamento foi fator fundamental para que a doen?a alcan?asse tamanha propor??o. Para evidenciar esta quest?o, alguns enunciados publicados nos jornais O Globo e Folha de S?o Paulo foram destacados e analisados com base na Análise do Discurso francesa, comprovando como os dispositivos textuais construíram o silenciamento e a memória discursiva sobre esse período. Palavras-chave: Imprensa; Silêncio; Censura; Ditadura Militar brasileira; epidemia de unica??es Livres: Sess?o 16 (SALA PBB218) Coordena??o: Terezinha Silva (UFMG) Modos de endere?amento em programas de rádio - uma análise preliminar Autoria: Terezinha Silva (UFMG) e Lívia Barroso (UFMG) Resumo: O artigo discute o potencial do conceito de modo de endere?amento para analisar a maneira como programas de rádio se relacionam com a sua audiência através da constru??o de um estilo próprio. Realizou-se um exercício analítico do Jornal da Itatiaia (MG), a partir de alguns dos principais operadores de análise do modo como o programa se endere?a ao público. Constatou-se a import?ncia do papel da apresentadora, da organiza??o e distribui??o de temas e de profissionais na cobertura jornalística, bem como da publicidade nas estratégias de endere?amento do programa.Palavras-chave: modo de endere?amento; radiojornalismo; interpreta??o de produtos audiovisuais; Jornal da Itatiaia.Mídia-educa??o e a experiência de oficinas no ambiente escolar como forma de Inclus?o: Recursos de Plataformas Comunicacionais e Multimídia Interativa na área de WebRádio e WebTV Autoria: Marislei da Silveira Ribeiro (UFPEL) Resumo: Este trabalho centra-se na área de Web Rádio e Web TV, com o intuito de promover a integra??o da universidade com escolas públicas e sociedade. Busca-se uma proposta de mídia-educa??o voltada para a constru??o de saberes, disseminados por meio das experiências diárias da comunidade acadêmica. A proposta, também consiste em desenvolver atividades a partir de quest?es de interesse dos alunos e dos professores, em uma perspectiva coletiva, reflexiva, criativa e interativa, envolvendo a apropria??o das ferramentas na área das Tecnologias de Comunica??o e Informa??o. Sendo assim, as mídias foram abordadas enquanto espa?os educativos que auxiliam na produ??o de conteúdos, levando-se em conta as crian?as, os adolescentes e os adultos, com ênfase nas pessoas com deficiência visual. As experiências realizadas nas escolas parceiras permitiram a socializa??o e a transmiss?o de ideias e de valores culturais.Palavras-chave: Mídia; Educa??o; Experiências; WebRádio; WebTV.O rádio como prática de liberdade: o direito à voz de jovens em conflito com a lei Autoria: Karina Woehl de Farias (UFSC) Resumo: Neste artigo, analisa-se o processo de emancipa??o de adolescentes em priva??o de liberdade, por meio das oficinas de rádio do Projeto Comunicasom, do Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep) de Criciúma/SC. O objetivo é compreender de que forma as aulas de rádio podem auxiliar jovens a compreenderem-se enquanto sujeitos. Quest?es como o papel do radioeducativo e da educa??o libertadora para emancipa??o foram abordadas na pesquisa, referenciada em Paulo Freire. A partir de análise documental de programas gravados pelos adolescentes, aponta-se discursos de criticidade sobre a realidade e de perspectivas de um futuro após a ressocializa??o. Os resultados mostram que o projeto, mesmo fora de funcionamento desde 2015, configurou como um espa?o capaz de dar voz e despertar a autonomia a jovens em conflito com a lei.Palavras-chave: Rádio; Freire; Radioeducativo; Educa??o; Comunicasom.O texto da notícia em rádio: A prática da reda??o radiof?nica comparada aos modelos teóricos Autoria: Jeferson Luiz Corrêa (Universidade do Vale do Itajaí) e Liza Lopes Corrêa (Universidade do Vale do Itajaí) Resumo: Para que o volume da produ??o de conteúdo jornalístico no rádio seja compreendido pelo ouvinte é necessário o mínimo de formata??o da notícia. Será uma informa??o para ser ouvida, portanto deverá conter clareza e objetividade. E o rádio tem uma linguagem própria para atingir o seu ouvinte; saber usá-la é se comprometer com a compreens?o clara da mensagem. Este projeto pretende analisar matérias veiculadas pelas rádios CBN e Jovem Pan, ambas emissoras de S?o Paulo, e comparar se o que é recomendado nos manuais de reda??o e por especialistas da área é feito na prática diária pelo repórter/redator de rádio. O resultado é apresentar uma vis?o panor?mica atual desta atividade que comp?e a essência do radiojornalismo.Palavras-chave: radiojornalismo; teoria; prática; CBN; Jovem Pan.Há um Rádio Gate? As especificidades produtivas no ambiente radiof?nico sob o olhar da seletividade e da Teoria do Gatekeeper Autoria: Luan José Vaz Chagas (UERJ)Resumo: O paper realiza um apanhado teórico sobre as perspectivas teóricas do Gatekeeper e suas formas de discutir a profissionaliza??o e a rotiniza??o do trabalho jornalístico no rádio informativo. O objetivo é tra?ar discuss?es em torno dos movimentos sobre a notícia como constru??o social da realidade focada na rela??o com as fontes e o processo de sele??o no ambiente multiplataforma. Os questionamentos finais s?o relacionados à figura do gatekeeper e sua posi??o específica no radiojornalismo, diferentemente do conceito tradicional e de suas altera??es com as novas tecnologias. A partir das reflex?es de White (1950), Bruns (2011), Barsotti e Aguiar (2012), Hindman (2009) e considera??es em Traquina (2005), Lopez (2010) e Shoemaker e Vos (2011), há um(a) Mr.(s) RadioGate nas rotinas de produ??o do rádio informativo? Como se caracteriza?Palavras-chave: gatekeeper; radiojornalismo; gatewatcher; radiogateComunica??es Livres: Sess?o 17 (SALA PBB219) Coordena??o: Gabriela Zago (UFPEL) Jornalismo de dados e conhecimento científico: uma aproxima??o possível Autoria: Marília Gehrke (UFRGS)Resumo: A perspectiva da notícia como forma de conhecimento, trazida inicialmente por Robert Park, parece uma abordagem pertinente para pensar nas transforma??es e no futuro do jornalismo. Por meio de discuss?o teórica e da cria??o de um modelo para reportagem, pretende-se mostrar que o jornalismo de dados reúne características que permitem aproximá-lo da ciência, semelhante ao que sugere Philip Meyer, elevando o grau de conhecimento produzido. Acredita-se que é possível inserir o jornalismo de dados dentro do continuum proposto por Park, mas em um ponto específico e próximo do conhecimento sobre, ou seja, do conhecimento científico, que pode ser checado.Palavras-chave: jornalismo; conhecimento; jornalismo de precis?o; jornalismo de dados; conhecimento científico. Jornalismo de dados: uma revis?o conceitual Autoria: Mariana Segala (UFU) Resumo: A emergência do jornalismo de dados como prática contempor?nea no campo mais amplo do jornalismo é relativamente recente e seu arcabou?o de técnicas tem se desenvolvido com velocidade. Partindo de uma revis?o da literatura, o presente trabalho se prop?e a discutir as defini??es mais aceitas para o conceito. O termo jornalismo de dados – aparentemente definível com base no senso comum – é adotado, com frequência, para representar práticas distintas. N?o raro é usado como sin?nimo de “reportagem com auxílio de computador” (ou RAC), modalidade que, na verdade, o precedeu. O levantamento permite concluir que, para além da coleta e da análise de dados, um conceito mais preciso parece envolver aspectos como a apresenta??o de dados e o engajamento do público, a partir de elementos do desenvolvimento e da programa??o.Palavras-chave: jornalismo de dados; jornalismo digital; reportagem com auxílio de computador; dados; internet.Jogar e viver a notícia. Caminhos para a constru??o de narrativas jornalísticas em ambientes digitais interativos Autoria: Giovanni Guizzo da Rocha (UFRGS) e André Fagundes Pase (UFRGS) Resumo: As fronteiras que buscavam separar a informa??o do entretenimento parecem cada vez mais frágeis. Com a necessidade de aliar essas formas de compreens?o do mundo, o jornalismo adotou um modelo de linguagem determinado pela necessidade em ser compreendido de forma fácil pelo seu público. Porém, com a evolu??o dos modelos narrativos, principalmente por meio dos ambientes e dispositivos tecnológicos digitais, as aten??es das audiências contempor?neas parecem estar voltadas para produtos midiáticos voltados à intera??o e à complexidade. Desse modo, este trabalho busca em meio a referenciais bibliográficos as origens para esses fen?menos e apresenta propostas para esses problemas a partir da análise de dois tipos de conteúdo: newsgames e jornalismo imersivo.Palavras-chave: jornalismo; entretenimento; interatividade; jornalismo imersivo; newsgames.Explorando a memória no Jornalismo Online: análise comparativa da arquitetura de informa??o em jornais online Autoria: Gabriela da Silva Zago (UFPEL) e Camila Polino (UFPEL)Resumo: O trabalho tem por objetivo analisar a arquitetura de informa??o de interfaces de sites jornalísticos sob o ponto de vista do usuário tendo em vista a recupera??o de informa??es. Com isso, busca-se analisar a efetividade da memória enquanto característica do jornalismo online sob o ponto de vista do consumo. Seis sites s?o analisados em termos de organiza??o, rotulagem, navega??o e buscas. Resultados apontam pra um descompasso entre as possibilidades ofertadas pela memória no ambiente digital e as interfaces oferecidas ao usuário para a recupera??o de informa??es. Palavras-chave: jornalismo online; memória; design digital; arquitetura de informa??o; sistema de busca.Leitura de jornalismo longform em ambientes digitais: considera??es sobre propagabilidade Autoria: Alexandre Claser Elmi (PUCRS)Resumo: O presente artigo busca analisar dois casos de propaga??o de histórias em jornalismo longform produzidas pelo Brio, com o objetivo de pensar a existência de padr?es de circula??o para as histórias estendidas, conforme o paradigma da propagabilidade desenhado por Jenkins (2014). Herdeiros da tradi??o de aprofundamento da apura??o e sofistica??o narrativa construída pelo jornalismo literário, como sustentado por Lassila-Merisalo (2014), os textos em longform disputam a aten??o e a leitura em ambientes digitais, em um cenário retratado neste estudo pelas concep??es de Chartier (2002) e Levy (2013). A captura da aten??o da audiência passa pela ades?o emocional às histórias longas.Palavras-chave: Jornalismo; Jornalismo Digital; Leitura; Longform; unica??es Livres: Sess?o 18 (SALA PBB220) Coordena??o: Thaís Helena Furtado (Unisinos) O fantasmagórico site de rede social: como o Snapchat está sendo apropriado para a circula??o de conteúdo jornalístico Autoria: Vanessa Kannenberg (UFRGS) e Maíra Evangelista de Sousa (UFRGS)Resumo: Discutir como os veículos jornalísticos têm se apropriado do site de rede social (SRS) Snapchat para a circula??o de conteúdo noticioso é o objetivo deste artigo. De caráter descritivo-analítico, o estudo utiliza como metodologia a combina??o de técnicas quantitativas e qualitativas (revis?o de literatura, coleta de dados, descri??o e análise). A investiga??o foi realizada a partir das publica??es dos perfis do jornal The Washington Post e do portal de notícias UOL no Snapchat entre os dias 22 de junho e 05 de julho de 2016 e tem como base as no??es de sites de redes sociais (BOYD; ELLISON, 2007; RECUERO, 2009a) e de apropria??es do Snapchat pelo jornalismo (BRADSHAW, 2016).Palavras-chave: jornalismo; jornalismo digital; circula??o; site de rede social; snapchat.O conteúdo circulante nas redes sociais e a presen?a do jornalismo distorcida por bots humanos Autoria: Ana Maria Brambilla (UFPR)Resumo: A crescente aten??o que o público dirige às redes sociais – muitas vezes em detrimento a sites de notícia – tem preocupado as empresas jornalísticas, cujo modelo de negócio se sustenta pela audiência quantitativa de suas páginas. O seeding de links por tal ambiente é uma alternativa dos veículos para se manterem visíveis e disponíveis ao clique. Porém, as pessoas parecem mais dispostas a publicar assuntos pessoais, de acordo com a amostra desta pesquisa, seguindo uma vertente de comportamento balizada pelo ócio digital. Além disso, os bots humanos e os perfis dos próprios veículos podem estar iludindo as empresas editoriais, certas de que existe um domínio de seus conteúdos nestes espa?os de relacionamento.Palavras-chave: redes sociais; jornalismo; bots humanos; UGC; ócio digital.A mudan?a do algoritmo do Facebook e o silenciamento do jornalismo na rede Autoria: Rafael Kondlatsch (UNESP)Resumo: Recentemente o Facebook declarou que houve uma mudan?a no seu algoritmo e os usuários ir?o receber mais atualiza??es de familiares e amigos e menos conteúdo das páginas que seguem. Essa postura terá um impacto na circula??o de notícias na rede social uma vez que muitas páginas de notícias ter?o veicula??o diminuída entre os seus seguidores. Este artigo discute a quest?o da personaliza??o da Internet e traz alguns dados para discutir como essa altera??o do algoritmo pode interferir no uso que as pessoas fazem da rede enquanto fonte de informa??o e qual a posi??o dos veículos de comunica??o nessa mudan?a. Palavras-chave: Algoritmo; Personaliza??o; Facebook; Jornalismo em Redes Sociais; Instant Articles.Considera??es acerca das apropria??es das Redes Sociais Digitais como fonte de informa??o no jornalismo Autoria: Simone Rodrigues Barreto (UENF) Resumo: O presente trabalho apresenta resultados de pesquisa qualitativa que visa discutir os mecanismos utilizados por jornalistas da regi?o Norte Fluminense para identificar informa??es provenientes de redes sociais digitais na garimpagem de material para elabora??o de reportagens, como também a confian?a na qualidade e veracidade dessas fontes apenas utilizando informa??es que circulam no ciberespa?o. O artigo discute, com base na teoria, o resultado da coleta e análise de dados adquiridos por meio de respostas ao questionário online aplicado pelo Google Docs a 115 profissionais da área de comunica??o. Acredita-se que as Redes Sociais Digitais já se estabeleceram como fontes de informa??o, mas os antigos critérios do jornalismo de conferir a veracidade, checando tais informa??es para garantir a matéria isenta n?o devem ser abandonados. Palavras-chave: jornalismo colaborativo; redes sociais digitais; ciberespa?o; fonte de informa??o; cultura da participa??o.A presen?a (ou n?o) da voz das crian?as como fontes jornalísticas em Zero Hora Autoria: Thaís Helena Furtado (Unisinos)Resumo: Partindo do entendimento de que a crian?a é uma possível fonte com autonomia e competência de produzir sentido social sobre a realidade que a rodeia (SARAMAGO, 2001), o objetivo deste artigo é verificar como a voz das crian?as é – ou n?o – incluída no conteúdo jornalístico publicado no jornal Zero Hora, de Porto Alegre. A partir de reflex?es sobre fontes jornalísticas e sobre a forma como a inf?ncia é considerada socialmente na contemporaneidade, utiliza-se a Análise do Discurso de linha francesa (AD) como metodologia de análise na perspectiva do estudo de vozes. Conclui-se que a voz da crian?a ainda é pouco incluída pelos jornalistas e que, normalmente, os especialistas ou os responsáveis falam por elas. Palavras-chave: Fontes; Crian?as; Estudo de Vozes; Zero Hora; Análise do unica??es Livres: Sess?o 19 (SALA PBB313) Coordena??o: Luiz Artur Ferraretto (UFRGS) Sincronizando o tr?nsito no dial do eixo Rio-S?o Paulo: CCR Nova Dutra e customiza??o radiof?nica Autoria: Bruno César dos Santos (UNIP) Resumo: O presente trabalho busca trilhar uma reflex?o a respeito de um fen?meno presente desde o início da história do rádio brasileiro, porém pouco estudado academicamente: a customiza??o radiof?nica e irradia??o de conteúdo jornalístico e publicitário, destinado ao público que demanda informa??es do fluxo viário urbano e interurbano. Para tal, o recorte contextual e o objeto de estudo residem na descri??o da grade de programa??o radiof?nica da CCR Nova Dutra 107,5 FM, transmitindo informa??o do tr?nsito da principal via rodoviária que interliga os municípios de S?o Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, informa??es de eventos culturais, sociais e esportivos das cidades que comp?em o trajeto da Rodovia Presidente Dutra fazem parte dos informativos da emissora em quest?o. Tal cenário possibilita discutir brevemente o papel que o rádio tem assumido nos últimos anos, tornando-se ubíquo e ampliando seu espectro de penetra??o em novas plataformas de distribui??o. Contudo, há a inser??o de conglomerados empresariais que reconfiguram a disponibiliza??o de conteúdo radiof?nico, precarizando os processos de produ??o jornalística e publicitária.Palavras-chave: História do Rádio; Rádio All News; Customiza??o radiof?nica; CCR Nova Dutra.Radiovia Free Way, a primeira rádio estrada do Brasil: um estudo de caso Autoria: Janine Marques Passini Lucht (ESPM-Sul) e Ros?ngela Florczak (ESPM-Sul) Resumo: Artigo apresenta estudo de caso (YIN, 1984) sobre a primeira rádio estrada do Brasil, a Radiovia Free Way, que atende os usuários da BR-290, no Rio Grande do Sul. O objetivo da pesquisa realizada é evidenciar a história do veículo, assim como o modelo de segmenta??o, programa??o, convergência e produ??o de conteúdos desenvolvidos pela iniciativa. Busca-se contribuir com a discuss?o sobre rádios corporativas e customizadas (KISCHINHEVSKY, 2014), propondo uma nova abordagem: a rádio de consulta. A pesquisa foi fundamentada, ainda, nos conceitos de comunicador e audiência de Ferraretto (2010 e 2014), de convergência de Ferraretto e Kischinhevsky (2010) e de Jenkins (2009). Os dados empíricos foram coletados por meio de entrevistas em profundidade e análise de documentos e tratados a partir de categorias pré-estabelecidas que, na compreens?o das autoras, podem colaborar para o detalhamento do caso estudado.Palavras-chave: Rádio de Consulta; Rádio Estrada; Rádio Corporativa; Rádio Customizada; Convergência.Radiomorfose no ecossistema móvel: muta??es a passos lentos Autoria: Alciane Baccin (UFRGS) e Maicon Kroth (UNIFRA) Resumo: Este artigo analisa as características das narrativas jornalísticas no aplicativo da TSF Rádio Notícias, de Lisboa – PT, em compara??o com o site da emissora. A partir de um referencial teórico-metodológico, apontou-se as muta??es do radiojornalismo a partir das lógicas do ecossistema móvel. No aplicativo da rádio TSF, os conteúdos analisados na amostra revelaram que a narrativa radiof?nica ainda n?o apresenta modifica??es da vers?o web para mobile. A incorpora??o de narrativas multimidiáticas ocorre, mas o conteúdo é somente transposto para o app. Assim, a emissora ainda poderá explorar as características técnicas dos dispositivos móveis, adequando ainda mais a sua produ??o radiojornalística às lógicas do ecossistema digital, especialmente às demandas de consumo mobile.Palavras-chave: rádio; dispositivos móveis; narrativa jornalística; jornalismo digital.Especificidades e estratégias enunciativas do narrar radiof?nico em tempo real: análise narrativa do Caso do Rodado Autoria: Mirian Redin de Quadros (UFSM) e Márcia Franz Amaral (UFSM) Resumo: O presente artigo analisa a cobertura realizada pela Rádio Gaúcha para o Caso do Rodado, um acidente de tr?nsito que vitimou quatro meninas indígenas na cidade de Estrela, interior do Rio Grande do Sul, em outubro de 2015. A reflex?o ampara-se no conceito de narrativa, entendendo-o como um aporte teórico e metodológico para o estudo do jornalismo. Tomando como principal referência a Análise Crítica da Narrativa (MOTTA, 2013), foram analisados seis programas, veiculados pela rádio ao longo do dia 19 de outubro de 2015, com o objetivo de identificar as especificidades do narrar radiof?nico, descortinando estratégias e recursos empregados na configura??o da narrativa. Os resultados da pesquisa apontam para uma narrativa que se caracteriza, principalmente, por fatores como fragmenta??o, instantaneidade, uso de reitera??es, inclus?o de “cenas de bastidores” e participa??es de ouvintes.Palavras-chave: Narrativa jornalística; Rádio; Análise Crítica da Narrativa.O papel do ?ncora no radiojornalismo: uma reflex?o necessária Autoria: Luiz Artur Ferraretto (UFRGS)Resumo: Reflete sobre o papel do ?ncora radiof?nico na constru??o da notícia (TRAQUINA, 2013). Com base em formula??es de Jost (2001), atribui a este tipo de comunicador um caráter preponderantemente autentificante, base de sua caracteriza??o como certificador da notícia. Analisa uma série de entrevistas, procurando descrever como o ?ncora, por vezes, afasta-se do seu papel de mediador – o do jornalista em si –, podendo pender para os de antagonista ou de propagandista do entrevistado, processo em que se confundem abordagens relacionadas aos gêneros informativo, interpretativo e/ou opinativo (MELO; ASSIS, 2010).Palavras-chave: Rádio; ?ncora; Autentifica??o; Constru??o da notícia; Gêneros jornalísticos.SEXTA-FEIRA | 11 DE NOVEMBRO | 14h00-18h00Comunica??o coordenada: Rede Telejor Telewhatsapp?: paradigmas e perspectivas do jornalismo para telas (telejornalismo) (SALA PBB121) Coordena??o: Cárlida Emerim (UFSC)Análise de sentimento e audiência televisiva: limites e possibilidades Autoria: Beatriz Cavenaghi (UFSC) e Maria José Baldessar (UFSC)Resumo: O processo de recep??o televisiva envolve inúmeros aspectos subjetivos relacionados aos sentidos e significados dados para os sons e imagens que este meio de comunica??o produz. Por isso, conhecer as opini?es dos telespectadores sobre os programas tem sido um grande desafio desde o surgimento da televis?o. O presente artigo procura discutir as análises de sentimento como ferramentas para a interpreta??o de textos postados em redes sociais na Internet para conhecer especificidades sobre a audiência de programas televisivos. Procura-se discutir teoricamente, a partir de uma perspectiva semiótica do conceito de subjetividade, sobre o mundo subjetivo e as possibilidades de alcan?á-lo em ambientes virtuais de comunica??o e intera??o social. Palavras-chave: audiência; televis?o; ambientes virtuais; análise de sentimento; ERS: uma proposta de conteúdo transmedia para os programas jornalísticos da televis?o pública Autoria: Cristiane Finger (PUCRS)Resumo: Neste artigo est?o os resultados de uma pesquisa que analisou a programa??o da TVERS com o objetivo de encontrar os entraves e as oportunidades para a ado??o da narrativa transmedia nos atuais programas da emissora, de modo que a televis?o pública também possa enfrentar os desafios da convergência digital. Para tanto, utilizamos a Análise de Conteúdo (BARDIN, 2011) para sistematizar o corpus de duas semanas da programa??o e a técnica de observa??o participativa para estudar as rotinas de produ??o durante dois dias, acompanhando a produ??o, capta??o, edi??o e apresenta??o de uma revista e de um telejornal apresentados diariamente na emissora. Encontramos como principal dificuldade a inconst?ncia na grade de programa??o. Identificamos uma redu??o nos gêneros de programas ofertados ao público. Verificamos nos programas Radar e Canal Aberto as oportunidades para a os conteúdos transmedia. Palavras-chave: TVERS; Televis?o pública; Telejornalismo; Convergência; Transmedia.Programa Em Off - entrevista na internet expande o universo informacional do telejornal Autoria: Valquiria Kneipp (UFRN) e Taianne de Lima Gomes (UFRN)Resumo: Este artigo se refere à expans?o do universo informacional do telejornalismo, por meio da utiliza??o de um canal no YouTube e de uma plataforma transmídia. A apresentadora do RN TV 2? Edi??o de Natal criou um canal de comunica??o na internet para disponibilizar entrevistas inéditas e que n?o tem nenhuma rela??o com o telejornal. Partiu-se de fundamentos conceituais e teóricos do termo entrevista na perspectiva de Medina (1987), Lage (2001), Iorque (1998) e Charon (sd) e também de jornalismo transmídia com Renó e Vivar (2012) e Jenkins (2009). Buscou-se responder a problemática de como a entrevista na internet contribui para o transbordamento informacional, o envolvimento e a imers?o do telespectador internauta? A metodologia contou com pesquisa bibliográfica, recorte e análise de material e entrevista, configurando como um estudo de caso. Foi possível observar que a amplia??o do universo do telejornal na internet vem se apresentado como estratégia para buscar a imers?o do telespectador.Palavras-chave: Transmídia; Em Off; Entrevista; Telejornalismo; YouTube.Telejornal em circula??o: das chegadas e partidas das mídias e suas audiências Autoria: Fabiana Piccinin (UNISC)Resumo: Esse artigo discute o lugar que vem sendo ocupado pelas audiências do telejornal por meio das novas intera??es oportunizadas pelo cenário sócio-técno-discursivo contempor?neo. A partir dos novos encontros interativos, potencializados pelos diferentes suportes midiáticos e suas possibilidades de mobilidade e portabilidade, as audiências tem produzido interferências progressivamente mais significativas na dimens?o da produ??o do telejornal, incidindo nas práticas, rotinas, hierarquias e critérios de noticiabilidade da reda??o. Assim, o telejornal, que publiciza seus conteúdos nas grades de programa??o de televis?o em sinal aberto e fechado, em sites, redes sociais e aplicativos de dispositivos móveis permite e convida o público a ocupar os canais de comunica??o com o programa, conferindo um sentido novo à circula??o, enquanto espa?o de negocia??o e articula??o entre os polos da emiss?o e recep??o, e relativizando estes lugares, antes distantes, e agora n?o mais t?o categoricamente diferenciados.Palavras-chave: Telejornal; circula??o; recep??o.Tecnologias Comunicacionais e Telejornalismo Universitário: um caminho de transforma??es Autoria: Roberta Roos (UFSC) e Michele Negrini (UFPEL)Resumo: O telejornal universitário tem se reconfigurado para abranger públicos diversos. E, na atualidade, as tecnologias comunicacionais têm proporcionado a difus?o em larga escala de informa??es, inclusive das produ??es do telejornalismo universitário, que antes ficavam restritas à sala de aula e que agora podem ser vistas por pessoas no mundo inteiro. As produ??es desenvolvidas nas universidades, que buscam a introdu??o da prática para a forma??o de estudantes na área telejornalística, precisam levar em considera??o as constantes inova??es da tecnologia. Diante disso, o presente artigo busca, através do exemplo do Pampa News: Webjornal Audiovisual Educativo da Unipampa, refletir sobre as produ??es e veicula??es realizadas nos telejornais universitários no contexto das novas tecnologias.Palavras-chave: novas tecnologias; difus?o de informa??es; telejornalismo; telejornalismo universitário; Pampa News. Para entender a inova??o e a tecnologia no telejornalismo Autoria: Cárlida Emerim (UFSC)Resumo: Embora a rela??o entre telejornalismo e inova??o tecnológica parece ser quase inerente ao processo do ser/fazer jornalismo para diferentes telas, nem sempre estes elementos e processos tecnologicamente inovadores agregam, de fato, o noticiar, ou seja, contribuem para qualificar a informa??o que está sendo repassada ao público receptor. A proposta do presente artigo é a de refletir sobre alguns aspectos do que a inova??o e a tecnologia vêm contribuindo para potencializar a notícia no telejornalismo, a partir de alguns resultados de pesquisas empreendidas nos últimos anos em torno do jornalismo produzido para as telas e disponibilizado em diferentes plataformas. Para tanto, parte do conceito de inova??o, tecnologia e telejornalismo; apresenta a rela??o que se estabelece com o campo; exemplifica algumas inova??es e contextualiza com resultados das pesquisas para propor acep??es sobre a potencialidade desta rela??o. Palavras-chave: telejornalismo; produ??o de conteúdo; inova??o; tecnologia; convergêunica??o coordenada: Quest?es teórico-metodológicas nas Pesquisas sobre Identidade e Trabalho dos Jornalistas (SALA PBB221) Coordena??o: Michelle Roxo (FIAM-FAAM) A utiliza??o da pesquisa de métodos mistos em jornalismo: um olhar sobre as práticas profissionais do jornalista brasileiro Autoria: Ana Carolina Kalume Maranh?o (UnB)Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar a utiliza??o da combina??o entre pesquisa qualitativa e quantitativa em distintas fases de uma pesquisa realizada entre os anos de 2011 a mar?o de 2014 na Universidade de Brasília. O estudo se baseia no relato sobre a combina??o entre pesquisa quantitativa e qualitativa para identificar mudan?as na atua??o laboral do jornalista brasileiro. O artigo apresenta a utiliza??o desta abordagem e centra-se no pensamento de Barton e Lazarsfeld (1956), que sugerem a utiliza??o da pesquisa qualitativa no desenvolvimento das hipóteses, que ser?o testadas por meio de uma abordagem quantitativa. No caso, uma das etapas de realiza??o da pesquisa centra-se na obten??o de dados primários por pesquisa quantitativa. Neste aspecto, a pesquisa quantitativa é utilizada para obten??o de dados que v?o testar as hipóteses propostas e a pesquisa qualitativa para análise dos dados obtidos. Palavras-chave: Métodos Mistos; Análise Fatorial; Metodologia de Pesquisa, Jornalismo; Práticas Profissionais.A precariza??o do trabalho jornalístico no “Diário Catarinense” (Grupo RBS): uma reflex?o sobre indicadores e metodologias de pesquisa Autoria: Samuel Lima (UFSC) e M?nica Custódio (UFSC)Resumo: O objetivo do artigo é refletir sobre os desafios teórico-metodológicos em pesquisas que têm como objeto identificar e mensurar o fen?meno da precariza??o do trabalho jornalístico, considerando uma abordagem típica do Estudo de Caso, quanti e qualitativa, além de observa??o participante. Ser?o observados os dados empíricos já disponíveis em pesquisa nacional, bem como dados preliminares do jornal Diário Catarinense, o maior veículo impresso de Santa Catarina, quando essa mídia ainda integrava o Grupo RBS e passou a reduzir sensivelmente seu quadro de profissionais. O ponto de partida é Mick e Lima (2013), considerando que a precariza??o pode ser aferida por, pelo menos, cinco indicadores: a) jornada de trabalho excessiva; b) intensidade do trabalho; c) vínculo precário (dos jornalistas atuantes em mídia apenas 60% têm carteira assinada); d) baixos salários; e) por último, os indícios de multifun??o evidentes nas rela??es de trabalho dos profissionais (MICK e LIMA, 2013).Palavras-chave: Jornalismo, precariza??o, metodologias de pesquisa, perfil profissional.Discursos sobre o empreendedorismo jornalístico via sistema de ensino: apontamentos metodológicos de uma proposta de pesquisa Autoria: Michelle Roxo de Oliveira (FIAM-FAAM, Faculdade Cásper Líbero) e Rafael Grohmann (FIAM-FAAM, Faculdade Cásper Líbero)Resumo: O artigo apresenta um caminho inicial de pesquisa, em estado de constru??o, para investigar a circula??o da no??o de empreendedorismo via agências de ensino, com foco nos cursos de jornalismo situados na regi?o metropolitana de S?o Paulo. Considera que as transforma??es no mundo do trabalho dos jornalistas, em um contexto de reestrutura??o produtiva, impacta a maneira como esta atividade é simbolicamente definida, com implica??es nas práticas e discursos que partem do ambiente de ensino. O levantamento e análise de currículos, a aplica??o de questionários e entrevistas com professores de jornalismo e coordenadores de curso s?o dispositivos considerados para a produ??o de dados. A proposta é parte de um projeto de pesquisa mais amplo, que busca mapear os sentidos do empreendedorismo na fala de diferentes atores e inst?ncias do campo jornalístico, com o objetivo de avan?ar na compreens?o das perspectivas, desafios e tens?es do mercado de trabalho e sua configura??o atual.Palavras-chave: jornalismo; empreendedorismo; cursos; mercado de trabalho; pesquisa.A pesquisa exploratória nas rela??es de comunica??o e trabalho Autoria: Roseli Figaro (USP) e Cláudia Nonato (FIAM-FAAM)Resumo: O artigo prop?e uma discuss?o acerca da metodologia adotada para a pesquisa “As rela??es de comunica??o e as condi??es de produ??o no trabalho de jornalistas em arranjos econ?micos alternativos às corpora??es de mídia”, iniciada em 2016 pelo CPCT-ECA/USP. A abordagem empregada será a da pesquisa exploratória, que “têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formula??o de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores” (Gil, 1994, p. 27). Ao escolhermos essa abordagem, nos alinhamos a um determinado modo de pensar as ciências e seus métodos. Também introduzimos a discuss?o sobre o que é método. Problematizamos a ado??o de métodos antes mesmo de se fazerem as perguntas que se querem esclarecer e enunciamos os problemas da pesquisa que o CPCT desenvolve sobre os “novos arranjos” econ?micos para o trabalho dos jornalistas.Palavras-chave: comunica??o e trabalho, metodologia, pesquisa exploratória, pesquisa em jornalismoPesquisa comparativa internacional em jornalismo: desafios teórico-metodológicos do projeto Journalistic role performance around the globe Autoria: Jacques Mick (UFSC) e Aldo Schmitz (UFSC)Resumo: O artigo discute dificuldades teórico-metodológicas relacionadas à inten??o de comparar as diferen?as nas percep??es sobre o papel do jornalismo nas práticas profissionais (role performance) em países com culturas jornalísticas distintas. O estudo se baseia no exame dos instrumentos de investiga??o do projeto Journalistic role performance around the globe, cujo objetivo é aferir a dist?ncia entre as representa??es sobre o papel da profiss?o e as práticas cotidianas dos jornalistas em 23 países. O artigo apresenta a fundamenta??o conceitual da pesquisa e analisa criticamente os limites dos dois instrumentos de investiga??o nela adotados – a análise de conteúdo de itens noticiosos e um survey para os jornalistas autores das notícias avaliadas. Observa-se um delicado trade-off entre as varia??es nas culturas jornalísticas e as categorias adotadas nos instrumentos de pesquisa (com suas variáveis respectivas) e que reconhecê-lo é essencial para circunscrever e relativizar o alcance dos resultados de investiga??es como essa.Palavras-chave: pesquisa comparativa; papeis profissionais; culturas profissionais; jornalismo; metodologia de pesquisa. Comunica??o coordenada: Fundamentos Teóricos do Jornalismo: linguagem, objetividade e ontologia (SALA PBB222) Coordena??o: Felipe Sim?o Pontes (UEPG) Jornalismo rob? e jornalismo robotizado. Mudan?as estruturais a partir da intera??o mediada por dispositivos Autoria: Andriolli Brites da Costa (UFRGS)Resumo: Este trabalho se insere nas inquieta??es que permeiam o Jornalismo em ambiente pós-industrial, quando a pluralidade do ecossistema midiático, permitindo a emergência de novos modelos de negócio - bem como de modos de fazer e consumir material noticioso - leva a um tensionamento do Jornalismo em suas diversas inst?ncias. Neste contexto, uma problemática que volta e meia é levantada novamente é a quest?o do Jornalismo rob?. Encarada como derrocada ou salva??o do Jornalismo tradicional, a produ??o aut?noma de notícias nos leva a questionar: até que ponto as próprias rotinas jornalísticas n?o est?o robotizadas? Se sensibilidade e subjetividade s?o os diferencias do homem em rela??o a máquina, seriam estes valores estimulados pelo atual ecossistema midiático? Para que e a quem serve esse jornalismo? Partiremos de um caso exemplar para explorar estas limita??es.Palavras-chave: jornalismo; curadoria; jornalismo algorítmico; mudan?as estruturais.O percurso teórico-metodológico dos trabalhos em teorias do jornalismo da SBPJor (2003-2007) Autoria: Cristiano Anuncia??o (UnB)Resumo: Este artigo faz parte de um projeto que visa realizar uma análise teórico-metodológica de trabalhos apresentados na SBPJor. O objetivo é buscar pistas que nos ajudem a pensar as especificidades epistemológicas dos textos que levam (no título, no resumo ou nas palavras-chave) a rubrica ‘teoria do jornalismo’ ou ‘teorias do jornalismo’. A proposta busca se ancorar em uma adapta??o do modelo metodológico elaborado pela pesquisadora Maria Immacolata Vassallo de Lopes. Nesta primeira empreitada, a tarefa é examinar artigos submetidos nas primeiras cinco edi??es do encontro anual da entidade, que representa o período entre 2003 e 2007. Dentro desses par?metros, foram encontrados (no próprio site da associa??o) e, portanto, analisados 15 trabalhos.Palavras-chave: percurso teórico-metodológico; teorias do jornalismo; SBPJor.Um outro olhar sobre o lead: a inteligência exata dos acontecimentos Autoria: Isabelle Anchieta (USP)A melhor defini??o do jornalismo e das notícias, como forma de conhecimento, n?o foi ainda superada por aquela pensada pelos editores da revista norte-americana Collier’s Weekly, quando dizem que: “a notícia é inteligência exata e oportuna dos acontecimentos”.? Sua técnica narrativa, o?lead, é uma forma sintética (e complexa) de hierarquizar os acontecimentos, por meio de valores-notícia. Exige dos jornalistas o alinhamento rápido dos fen?menos aos valores de uma dada sociedade. Levando-os sempre a perguntar, o que faz do fato um acontecimento digno de nota? Para auxiliar essa identifica??o apresentarei, ao fim deste texto, um método ou “lead reflexivo” que combina as famosas seis perguntas e os valores-notícia com a inten??o de “tirar o essencial do acidental, o permanente do corrente”, nas palavras quase poéticas do jornalista Alceu Amoroso Lima.'Palavras-chave:?Notícia; Conhecimento; Lead; Valores-notícia; Lead Reflexivo.Os fatos sociais e os fatos jornalísticos: por uma economia da práxis do jornalismo Autoria: Felipe Sim?o Pontes (UEPG)Resumo: Compreender o jornalismo na ontologia do ser social pressup?e a compreens?o desta práxis frente à produ??o simbólica de fatos sociais. Esse texto pretende explicar a gênese dos fatos sociais em sua rela??o dialética à produ??o e reprodu??o dos fatos jornalísticos. Prop?e deslindar as particularidades das rela??es subjetivo-objetivas que ressignificam o fato social e geram um valor especificamente jornalístico a essa produ??o simbólica. Essa rela??o estrutura a distribui??o de sentidos e valores no interior da particularidade jornalismo e também altera os sentidos do metabolismo social, o que, potencialmente, revela a dimens?o ética inerente ao conceito de singularidade proposto por Adelmo Genro Filho.Palavras-chave: Fatos sociais; Fatos jornalísticos; Trabalho; Objetividade; Subjetividade.Ontologia do jornalismo: considera??es sobre o trabalho do conhecimento e a práxis noticiosa no século XXI Autoria: Rafael Bellan Rodrigues de Souza (USP)Resumo: O texto apresenta as media??es existentes entre o trabalho do conhecimento do jornalista e seu produto, a notícia, tendo na dialética e na crítica ontológica lukacsiana o eixo fundamental da compreens?o do jornalismo no século XXI. Para tanto, discorre sobre a especificidade do trabalho jornalístico em um contexto de precariza??o de sua atividade e sua rela??o com a crise que assola essa forma social de conhecimento. Nesse sentido, ao debatermos a práxis noticiosa e seu valor de uso social, n?o podemos ignorar os mecanismos de estranhamento instaurados nos momentos de produ??o, circula??o e recep??o dessa narrativa, o que nos faz avaliar a atualidade de seu poder de desreifica??o da realidade.Palavras-chave: Teoria do Jornalismo; trabalho; notícia; conhecimento; ontologia.O conceito de objetividade jornalística em Luiz Amaral e Wilson Gomes Autoria: Rafael Paes Henriques (UFES)Resumo: Como valor fundamental da atividade, a objetividade jornalística já foi investigada conceitualmente por diversos estudos acadêmicos cujos resultados, apesar de publicados em livros e revistas da área, n?o alteraram a maneira como consumidores de informa??o, jornalistas e até mesmo professores de jornalismo entendem filosoficamente a objetividade e, consequentemente, a sua aplica??o nas rotinas e procedimentos da prática jornalística. Este artigo tem o objetivo de realizar a revis?o bibliográfica de dois importantes trabalhos de autores brasileiros que investigaram a no??o de objetividade. Vamos discutir as obras “A objetividade jornalística”, de Luiz Amaral e “Jornalismo, fatos e interesses”, de Wilson Gomes, inventariando as suas maneiras de compreender e também debater filosoficamente essa no??o fundamental para a atividade.Palavras-chave: Objetividade Jornalística; Subjetividade; Perspectivismo; Teoria do unica??es Livres: Sess?o 20 (SALA PBB311)Coordena??o: Melina de la Barrera Ayres (UFSC) Representa??es sociais e cultura na perspectiva dos portais de notícias da regi?o da Tríplice Fronteira Autoria: Márcio Barbosa Norberto (UEPG) Resumo: Neste artigo busca-se refletir sobre o tema fronteira entre países numa perspectiva de espa?o no qual se representa diferentes formas de cultura. Cenário de identidades e diferen?as, muitas vezes sobrepostas por assimetrias e rela??es de poder. A fronteira de que trata este trabalho é formada por Puerto Iguazú, Foz do Igua?u e Ciudad del Este, a Tríplice Fronteira. Local de muitas vozes e sotaques: dos nativos, dos passantes e dos turistas. Regi?o marcada por ambiguidades: sem registro de conflito étnico, mas atenta às quest?es de seguran?a. Conhecemos um pouco desta geografia pelas representa??es culturais retratadas em três meios de comunica??o da regi?o, um de cada cidade ou, neste caso, um de cada país. O corpus empírico do presente artigo foram as reportagens publicadas pelos portais de notícias das cidades e alusivas à Tríplice Fronteira. Palavras-chave: processos jornalísticos; cultura; fronteira; identidade; representa??es sociais.Reflex?es sobre a imprensa interiorana e fronteiri?a Autoria: Heleno Rocha Nazário (PUCRS) Resumo: A partir de diferentes conceitos acerca do jornalismo praticado nas localidades do interior do Brasil, e de estudos acerca da imprensa situada em regi?es de fronteira, trata-se de elaborar reflex?es sobre a rela??o entre esses conceitos e seus diferenciais. Para isso, articulam-se os conceitos de imprensa do interior, imprensa fronteiri?a, localismo e proximidade. Conclui-se que a imprensa fronteiri?a é uma modalidade, ou um aspecto, de parte do conjunto de empresas que podem ser classificadas como a imprensa interiorana, da qual tende a apresentar as características básicas às quais adiciona as especificidades fronteiri?as, que s?o organizadas para a articula??o dos conceitos.Palavras-chave: Jornalismo; imprensa interiorana; fronteira; localismo; noticiabilidade.Contribui??es para um estudo econ?mico da mídia regional: estrutura do mercado de jornais e sites no interior fluminense Autoria: Jacqueline da Silva Deolindo (UFF) Resumo: Trazemos um recorte dos resultados de nossa tese de doutorado sobre a mídia do interior do Estado do Rio de Janeiro. Neste estudo do jornalismo local e regional praticado por jornais diários e sites de notícias, assumimos esses empreendimentos como firmas dotadas de especificidades moldadas pelas características das localidades em que est?o inseridas e utilizamos a geografia urbana e a economia industrial como referenciais teóricos e metodológicos para investigar sua estrutura, conduta e desempenho em sua área de atua??o. Neste trabalho, especificamente, apresentamos nossas observa??es sobre a estrutura das firmas e do mercado dessas mídias no território em quest?o. Alguns dos nossos principais achados é a maior consolida??o das firmas de jornais diários impressos, a despeito de seu modo tradicional de operar, e a baixa sinergia dos sites de notícias e sua fonte restrita de receitas, apesar das apregoadas potencialidades da internet.Palavras-chave: Mídia regional; Interior fluminense; Jornais diários; Sites de notícias; Estrutura de mercado.As escalas do Jornalismo: o Oeste catarinense na imprensa local e nacional a partir de dois episódios noticiosos (1948 – 1950) Autoria: Marcionize Elis Bavaresco (UFSC)Resumo: Este trabalho analisa como o Oeste catarinense foi retratado na imprensa local e nacional a partir de dois fatos noticiosos ocorridos em 1948 e 1950. A análise está embasada, teoricamente, na ideia de que o jornalismo, mesmo aquele que segue o modelo mainstream, deve ser entendido em sua diversidade. Por esse motivo tratamos das esferas de visibilidade do jornalismo no plural. Particularmente, nosso interesse diz respeito a duas dessas esferas, as quais definimos a partir da ideia de jornalismo de proximidade e de jornalismo de distanciamento. Em nosso breve estudo de caso encontramos elementos que apontam para a compreens?o do sistema jornalístico como um imbricado jogo de escalas, em que proximidade e distanciamento se caracterizam por din?micas permeáveis, que hora se inter-relacionam, hora de op?em.?Palavras-chave: Esferas de visibilidade; jornalismo de proximidade; jornalismo de distanciamento; enquadramentos concorrentes; Oeste catarinense.Nos “falemo” portunhol? Jornalismo e identidade na fronteira Rivera (Uruguai) e Livramento (Brasil) Autoria: Melina de la Barrera Ayres (UFSC)Resumo: O portunhol, principal marca identitária da fronteira Santana do Livramento (Brasil) e Rivera (Uruguai) que, durante séculos foi marginalizada, atualmente passa pelo processo de reconhecimento como Patrim?nio imaterial da UNESCO. Neste contexto, cabe o questionamento: Como se posiciona a mídia jornalística da “Fronteira da paz” em rela??o ao portunhol? Este artigo apresenta os resultados preliminares de pesquisa, visando debater a fun??o do jornalismo no constructo desta identidade coletiva. O estudo comparado analisa, a partir de uma perspectiva quali-quanti, quatro meios jornalísticos: os jornais A Plateia (Livramento) e Diário Norte (Rivera), e os programas jornalísticos radiof?nicos, Correspondente Cultura da Rádio Cultura AM (Livramento) e Noticiero primera edición da Rádio Interncional AM (Rivera). Palavras-Chave: jornalismo, identidade, portunhol, unica??es Livres: Sess?o 21 (SALA PBB213) Coordena??o: Vicente Darde (FIAM-FAAM) A produ??o colaborativa no telejornalismo: um estudo sobre a apropria??o de conteúdos produzidos pelo telespectador-usuário pelo SPTV Autoria: Vicente William da Silva Darde (FIAM-FAAM) e Fernando Albino Leme (UNIP) Resumo: Ferramentas e tecnologias digitais disponíveis possibilitam, na atualidade, que o cidad?o atue como colaborador na produ??o de notícias. Ao capturar a realidade pelas c?meras dos smartphones ou tablets, o espectador-usuário busca compartilhar essas informa??es “brutas” com o maior número de pessoas possível, por isso o envio desse material para as emissoras de TV se torna um atrativo. Porém, a apropria??o desse material informativo pelos jornalistas propicia uma participa??o efetiva do público na produ??o da notícia? Para além disso, essa produ??o colaborativa nas coberturas dos telejornais resulta em relatos mais plurais e contextualizados dos acontecimentos? Em busca dessas respostas, analisamos a utiliza??o do material colaborativo pelo SPTV 1? edi??o, um dos principais telejornais exibidos pela TV Globo na cidade de S?o Paulo.Palavras-chave: telejornalismo; notícia; conteúdo colaborativo; representa??es; SPTV. O crowdfunding no jornalismo brasileiro: um panorama sobre o uso de uma nova fonte de financiamento Autoria: Fernando Soares (Universitat Autònoma de Barcelona) Resumo: Este artigo aborda o uso do crowdfunding como instrumento de financiamento em projetos jornalísticos no Brasil e procura tra?ar um perfil sobre como essa nova atividade transcorre no mercado brasileiro. Para isso, analisa as iniciativas publicadas entre 2011 e 2015 nas páginas Catarse e Kickante, duas das principais plataformas do país dedicadas à realiza??o de campanhas de financiamento coletivo. Dentro desse contexto, a pesquisa procura examinar diferentes aspectos, como o volume de propostas realizadas no período, os valores arrecadados, os investidores, os autores dos projetos e os tipos de produtos que obtêm recursos para ser desenvolvidos. Palavras-chave: Crowdfunding; Financiamento; Jornalismo; Economia dos meios; Modelos de negócio.Reflex?es sobre a import?ncia da forma??o de comunidades no crowdfunding do jornalismo Autoria: Gabriel Galli Arévalo (PUCRS) Resumo: Este artigo objetiva refletir sobre a forma??o de comunidades entorno de projetos jornalísticos que objetivem ser viabilizados em campanhas de financiamento coletivo pela internet. Entende-se que o crowdfunding é uma manifesta??o da inteligência coletiva (L?VY, 2001) e da cultura da convergência (JENKINS, 2009). Tradicionalmente voltado ao financiamento de a??es culturais, a prática possui peculiaridades se aplicada ao jornalismo (Aitamurto, 2011). Uma das principais peculiaridades é a necessidade de integrar o leitor ao processo de constru??o da reportagem de forma aberta, ser transparente em rela??o aos gastos do projeto e estar aberto a negociar a rela??o hierárquica entre repórter e leitor na defini??o das pautas que merecem cobertura. Conclui-se que essas mudan?as podem afetar diretamente a vis?o do jornalista sobre sua profiss?o e pontua-se características de comunidades engajadas em projetos jornalísticos.Palavras-chave: comunica??o; jornalismo; crowdfunding; financiamento coletivo; comunidades.Velhas práticas, novos saberes: os desafios e as possibilidades de atua??o dos jornalistas como empreendedores Autoria: Angela Ravazzolo (ESPM-Sul) Resumo: O presente artigo é um recorte da pesquisa Novos negócios em jornalismo: limites e possibilidades – Um estudo panor?mico no Rio Grande do Sul que tem como objetivo mapear o perfil dos novos empreendedores e empreendimentos em jornalismo no Rio Grande do Sul. Foram realizadas entrevistas com jornalistas à frente de oito empresas que atuam na produ??o de conteúdo jornalístico e para marcas, biografias, documentários pessoais, eventos e cursos. S?o iniciativas em que os jornalistas se desafiam ao recontextualizar a aplica??o das suas práticas e saberes jornalísticos, percebidos no mercado como um capital, um valor. A partir dos seus relatos, compreende-se as potencialidades de atua??o dos jornalistas em um cenário desafios e transforma??es. Palavras-chave: jornalismo; novos negócios; empreendedorismo; práticas; saberes. Sele??o de conteúdos no jornalismo participativo: desafios e potencialidades na experiência do Coletivo Blumenau Autoria: Evandro de Assis (UFSC)Resumo: Este artigo discute limita??es e potencialidades do jornalismo produzido com o auxílio de conteúdos gerados pelo usuário num contexto de ascens?o do ecossistema pós-industrial de comunica??o. Embora as Tecnologias da Informa??o e Comunica??o ofere?am oportunidades inéditas para aproximar o jornalismo das pessoas, de forma a torná-lo mais horizontal e plural, o cenário de transforma??o imp?e questionamentos sobre o desenvolvimento do chamado jornalismo participativo. A partir de revis?o bibliográfica em torno do tema e da descri??o de experiência empírica denominada Coletivo Blumenau, emergem dificuldades enfrentadas por jornalistas especificamente na sele??o dos conteúdos gerados por n?o profissionais, situa??o que sugere reflex?o sobre par?metros editoriais de filtro e automatiza??o de processos.Palavras-chave: conteúdo gerado pelo usuário; jornalismo participativo; jornalismo colaborativo; jornalismo open source; jornalismo cidad?unica??es Livres: Sess?o 22 (SALA PBB214) Coordena??o: Marli Santos (UMESP) Mulheres no jornalismo pós-industrial: a rela??o com as tecnologias digitais e o JGD Autoria: Marli Santos (UMESP) e Jessica de Oliveira Collado Mateos (UMESP) Resumo: Este artigo apresenta dados preliminares do estudo sobre mulheres no jornalismo pós-industrial, como recorte do projeto de pesquisa “Práticas de investiga??o jornalística na contemporaneidade e rela??es de gênero”. Tendo em vista a convergência tecnológica e a feminiza??o das reda??es, o objetivo é verificar a rela??o da mulher com as tecnologias digitais na produ??o jornalística em um cenário de abund?ncia de informa??o. A metodologia utilizada é quantitativa com a aplica??o de questionário online (survey). O universo da pesquisa abrangeu jornalistas do Estado de S?o Paulo, entre 21 e 50 anos. Os resultados preliminares apontam para uma consciência das mulheres em rela??o às transforma??es no jornalismo, porém, a maioria está pessimista em rela??o ao futuro. As jornalistas incorporaram no seu cotidiano a produ??o multimídia, e a maioria afirma utilizar o JGD no processo jornalístico. Palavras-chave: Jornalismo contempor?neo; Jornalismo pós-industrial; Mulheres jornalistas; Tecnologias digitais; Jornalismo Guiado Mulher após 30 anos: A comunica??o da revista feminina com a telespectadora Autoria: Ana Paula Bornhausen da Silva (UFPE) e Suzana Rozendo Bortoli Bandeira (USP) Resumo: Entre 1980 e 1986, o TV Mulher, apresentado pelos jornalistas Marília Gabriela e Ney Gon?alves Dias, compunha a programa??o diária da Rede Globo. Três décadas após o término do programa, uma nova vers?o, com dez edi??es, foi gravada e exibida pelo canal pago Viva, a partir de maio de 2016. Marília Gabriela se manteve no comando do novo TV Mulher, cuja proposta foi continuar discutindo a situa??o da mulher. Levando-se em conta que a televis?o produz formas particulares de subjetiva??o feminina, este artigo objetiva refletir sobre a forma como a mulher era representada três décadas atrás e como é vista agora, pelo mesmo programa. Utilizou-se como percurso metodológico a análise da conversa??o de trechos de episódios gravados para esta edi??o, em observa??o às temáticas e abordagens da década de 1980. Dentre os autores que comp?em o quadro teórico est?o Buitoni (1990, 2009); Fisher (2001); Silva (2009) e Temer (2005, 2016). Palavras-chave: revista feminina: TV Mulher; imprensa feminina; jornalismo feminino; televis?o; Marília Gabriela.Jornalismo, gênero e disputa de sentidos: a naturaliza??o da “cultura do estupro” no discurso dos leitores do Diário Gaúcho Autoria: P?mela Caroline Stocker (UFRGS) e Silvana Copetti Dalmaso (UFRGS) Resumo: A partir do entendimento do jornalismo como um gênero discursivo particular (BENETTI, 2008), que contribui para manter os valores consensuais da sociedade (HALL et al, 1993), este artigo prop?e-se a analisar o discurso dos leitores frente a um enunciado que rompe a regularidade da produ??o de sentidos pelo jornalismo. Por meio da Análise de Discurso (AD), foram examinados 201 comentários referentes à reportagem intitulada “Por que ‘secar’ uma mulher na rua transforma uma simples caminhada em constrangimento”, publicada na página do jornal Diário Gaúcho na internet. Foi possível identificar quatro núcleos de sentido: culpabiliza??o da vítima, naturaliza??o do assédio/ instinto, relativiza??o do assédio e desqualifica??o do jornalismo. Conclui-se que, ainda que o jornal abra uma brecha na lógica dominante, o discurso dos leitores opera no sentido da manuten??o dos mapas culturais de significado.Palavras-chave: gênero; discurso; leitores; jornalismo; Diário Gaúcho.Jornalismo de classe: por uma memória da gênese da imprensa operária feminina Autoria: ?lvaro Larangeira (UTP) Resumo: O presente artigo, tendo por base a exposi??o da exiguidade de estudos acerca das publica??es operárias pela historiografia jornalística no período nascente do gênero, correspondente aos anos 1880-1920, reivindica um lugar próprio dentro da literatura da imprensa operária para o protagonismo feminino. A atividade jornalística desempenhada por mulheres é subalterna inclusive nos raros compêndios do periodismo operário-sindical e eventualmente representada em trabalhos biográficos em áreas afins ao jornalismo, corroborando com o propósito de cristalizar, no ?mbito do campo da comunica??o, uma memória da gênese da imprensa operária feminina.Palavras-chave: Jornalismo de classe. Imprensa operária feminina. Memória operária. A fala do subalterno silenciada na entrevista: meninas violentadas e os programas policiais Autoria: Chloé Leurquin (UFC)Resumo: A entrevista tem o objetivo de fazer contar histórias. Mas, às vezes o entrevistador silencia o entrevistado, sobretudo quando este está em condi??o de subalterno. Com base nesse entendimento, apresenta-se reflex?es sobre uma pesquisa em desenvolvimento no Programa de Pós-gradua??o em Comunica??o, cujo foco é a forma com que jovens vítimas de violência sexual s?o exibidas em narrativas de programas policiais. Ressalta-se a entrevista, suas partes constituintes e problematiza-se as rela??es entre entrevistador de programas policiais e jovens vítimas de violência sexual. Discute-se o conceito de entrevista (MEDINA, 2004; THOMPSON, 1992; ALBERTI, 2004) no contexto pós-colonial (HALL, 2003). Enfatiza-se o orientalismo (SAID, 1990) e discuss?es relativas ao sujeito subalterno (SPIVAK, 2010), associando-os à realidade brasileira. Os dados analisados foram coletados em 2015-2 e 2016-1.Palavras-chave: Entrevista; subalterno; pós-colonial; jornalismo; programa unica??es Livres: Sess?o 23 (SALA PBB215) Coordena??o: Glaucia de Oliveira Assis (UDESC) Novas Mídias e Rela??es Contagiosas: O caso dos imigrantes na Uni?o Europeia Autoria: Sionelly Leite da Silva Lucena (UTP) e Susana Branco de Araújo Santos (Uninter) Resumo: Este artigo analisa a contribui??o das novas mídias, a intera??o comunicacional e a rela??o existente entre imagens de imigrantes que chegam aos países da Uni?o Europeia, resultado das press?es migratórias exercidas sobre a Europa, a partir de 2013. S?o objeto desta análise fotografias de imigrantes resgatados por autoridades da Uni?o Europeia e em situa??o de protesto. Ao elaborar uma reflex?o a respeito das novas mídias, a intera??o comunicacional e a rela??o existente entre fotos dessas situa??es, este artigo contribui para os estudos da comunica??o, através da análise da narrativa das imagens em tais contextos, pois as novas mídias e as redes sociais na Internet: ampliam possibilidades de comunica??o, organiza??o e mobiliza??o; favorecem as rela??es contagiosas; abrem novo espa?o público de discuss?o; e influenciam na percep??o das pessoas sobre a sociedade em que vivem e nas tomadas de decis?es.Palavras-chave: Fotografia; rela??es contagiosas; Internet; migra??es; manifesta??es.Análise de representa??es de fluxos (i)migratórios contempor?neos na narrativa (tele)jornalística brasileira sob a perspectiva do conceito de p?nico moral Autoria: Samira Moratti Fraz?o (UDESC) e Gláucia de Oliveira Assis (UDESC) Resumo: A partir da análise de um caso envolvendo migrantes ganeses que chegaram ao Brasil durante a realiza??o da Copa do Mundo de futebol em 2014 e que solicitaram refúgio no país na ocasi?o, a proposta foi problematizar como esse fluxo migratório foi representado na cobertura (tele)jornalística brasileira. O objetivo foi analisar o modo como se deu a constru??o da realidade por meio de representa??es e como essa abordagem pode ter contribuído para a dissemina??o de um p?nico moral na sociedade brasileira, desencadeando manifesta??es de caráter racista e de xenofobia nos canais pelos quais o público emitiu sua opini?o na imprensa. Para examinar a quest?o foram utilizadas recomenda??es do “Guia das Migra??es Transnacionais e Diversidade Cultural para Comunicadores – Migrantes no Brasil”, organizado pelas autoras Denise Cogo e Maria Badet Souza, considerando ainda aspectos técnicos da prática (tele)jornalística.Palavras-chave: p?nico moral; fluxos migratórios contempor?neos; racismo; xenofobia; narrativa jornalística.Entre o artifício e o acaso nas fotografias noticiosas de conflitos: a Discursividade Visual nas imagens da guerra na Líbia Autoria: Bruno Cavalcante Pereira (UFPE) Resumo: O presente trabalho busca debater a tens?o existente entre dois paradigmas fotográficos existentes: imagem objetiva e imagem subjetiva, ancoradas inicialmente na concep??o de índice e símbolo. Esse ponto de partida se amplia para a discuss?o dos valores estéticos e da assun??o do ponto de vista do fotógrafo sobre o motivo fotografado, no contexto da arte contempor?nea. Optou-se como metodologia de análise interpretativa o diálogo entre discurso visual e a morfologia da imagem na busca por identificar uma percep??o singular da fotografia sem está analogicamente ligada a explica??es semiológicas. Escolhemos como corpus as fotografias de conflito do ensaio Libya Hurra (2011), de Maurício Lima, para exemplificar representa??es da guerra que surgem do confronto entre “verdade subjetiva” e “verdade universal”.Palavras-chave: fotojornalismo de guerra; discursividade visual; subjetividade; fotografia.Líder carismático ou diplomata: cobertura da mídia brasileira sobre atua??o do papa Francisco na reaproxima??o EUA e Cuba Autoria: Adilson Rodrigues da Nobrega (UFC) e Siria Mapurunga Bonfim (UFC) Resumo: Este artigo pretende fazer uma análise da cobertura da imprensa brasileira sobre a contribui??o do Papa Francisco na retomada das rela??es diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba em dezembro de 2014. Como chefe de Estado do Vaticano, o pontífice tem a prerrogativa de intermediar rela??es diplomáticas no mundo, mas essa condi??o se tornou secundária diante da figura de Francisco como líder internacional carismático em portais, revistas e jornais brasileiros. Este é justamente o questionamento proposto por este artigo: por que a imagem pública do Papa, em seu viés carismático e pessoal, sobrep?s-se à sua condi??o de estadista? Como método de análise, recorremos aos conceitos de Carisma (WEBER), Heroiciza??o (GRIGOLETTO; DE NARDI) e de Acontecimento para problematizar as notícias selecionadas. Palavras-chave: Carisma; Newsmaking; Heroiciza??o; Acontecimento; CatolicismoAtua??o da teleSUR na cobertura da visita de Barack Obama a Cuba e suas influências na integra??o regional latino-americana Autoria: Domingos Alves de Almeida (UNILA)Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar discursivamente a atua??o da teleSUR como projeto de integra??o regional da América Latina, a partir da cobertura do teleperiódico teleSUR Notícias, sobre a visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à Cuba em mar?o de 2016, no ?mbito da reabertura das rela??es diplomáticas entre os dois países. Para tanto, o estudo é realizado a partir da perspectiva construcionista, utilizando a metodologia da Análise do Discurso (AD) de linha francesa. A fundamenta??o teórica é feita a partir de Sousa (2002), Orlandi (2010), Borón (2015-2016), e outros. Aponta-se para uma cobertura em que a emissora ressalta a visita presidencial de Barack Obama como uma vitória do povo cubano sobre a política de manuten??o do embargo econ?mico e comercial dos Estado Unidos em rela??o a Cuba. Palavras-Chave: América Latina, teleSUR, Brack Obama; Cuba; Integra??unica??es Livres: Sess?o 24 (SALA PBB216) Coordena??o: Marta Eymael Garcia Scherer (ESPMU) O que fazem o community manager e o editor de mídias sociais nos veículos de referência: jornalismo ou marketing? Autoria: Giovana Borges Mesquita (UFMA) Resumo: Até os anos 80, havia praticamente um senso comum sobre quais eram as atribui??es do jornalista. Uma década depois, a tecnologia digital passou a condicionar e transformar a forma, o conteúdo, o fazer e o ser jornalístico. Com a Web 2.0 e sua possibilidade de maior interatividade, os jornalistas foram desafiados a reinventar-se como profissionais ante a necessidade de respostas para uma audiência que dialoga com os veículos. Diante desse cenário, algumas empresas jornalísticas têm apostado num constante diálogo com esta audiência interessada em envolver-se com os meios de comunica??o e, para incrementar essa rela??o, incorporam a seus quadros novos perfis profissionais, como o editor de mídias sociais e o community manager. O objetivo do artigo é refletir sobre essas novas fun??es que reúnem atribui??es do campo jornalístico e do marketing, mudando a rotina jornalística.Palavras-chave: Jornalismo; Jornalista; Diario de Pernambuco; La Vanguardia; Audiência.O jornalismo e a voz oficial: Como a media??o das assessorias de comunica??o interfere no dizer da imprensa Autoria: Flávia Clemente de Souza (UFF) Resumo: Este artigo aborda a media??o das assessorias de imprensa no relacionamento entre as fontes e os jornalistas, tratando das mudan?as que ocorreram no decorrer do tempo e de que forma o discurso jornalístico atual se utiliza, hoje, do trabalho dos assessores. O viés da análise é abordar até que ponto a forma tradicional de fazer jornalismo sofreu o impacto do crescimento das assessorias e de que forma, em plena democracia, vozes oficiais podem calar os demais atores sociais e seus discursos. Palavras-chave: assessoria de imprensa; reportagem; fontes; opini?o pública; censura.O ethos discursivo dos jornalistas em assessoria de imprensa Autoria: Boanerges Balbino Lopes Filho (UFJF) Resumo: O artigo analisa por meio da utiliza??o de entrevistas qualitativas o?ethos?presente nos discursos dos jornalistas que atuam em assessoria de imprensa.?Compreendemos que a imagem do profissional é permeada pelo discurso que o?ethos?projeta.?A partir de uma reflex?o sobre as transforma??es ocorridas no mundo dos jornalistas, procuramos entender como se forja na atualidade a identidade desses profissionais.? A investiga??o tem como suporte a Análise do Discurso francesa, e possui como referencial teórico os autores Amossy, Bordieu, Maingueneau e Cavalcanti. O aparato teórico valorizou as no??es de Campo e?habitus?desenvolvidas, assim como o conceito de?ethos?discursivo. Entre as considera??es tornadas possíveis a partir da análise, enfatiza-se o tom do discurso dos jornalistas assessores, e a imagem construída sobre si, que revelam n?o haver uma mitifica??o e nem romantismo sobre o fazer jornalístico em assessoria de imprensa.Palavras-chave: Jornalismo; Assessoria de Imprensa; Discurso; Ethos; Habitus.O fazer jornalístico na comunica??o institucional: um debate acadêmico necessário Autoria: Marta Eymael Garcia Scherer (ESPMU) Resumo: O papel dos jornalistas na comunica??o institucional ainda apresenta dificuldades de conceitua??o, tanto nas pesquisas acadêmicas, quanto no próprio mercado de trabalho. A falta de um marco teórico mais consistente, de reflex?es oportunas e especificidades técnicas se refletem na prática, pois em muitos ambientes de trabalho a p?ropria fun??o do jornalista n?o é compreendida. Portanto, é imperativo que cada vez se abra mais espa?o para debates acadêmicos sobre o fazer jornalístico dentro das organiza??es, aboardando como a informa??o e a notícia institucional s?o apresentadas e, assim, expondo a diversidade e a riqueza de possibilidades que a prática assumiu nas organiza??es brasileiras.Palavras-chave: Comunica??o organizacional; jornalismo; assessoria de imprensa; ética.Pesquisa brasileira sobre agências de notícias: revis?o bibliográfica de um subcampo Autoria: Pedro Aguiar (UERJ)Resumo: O artigo esbo?a um mapeamento atualizado das produ??es bibliográficas brasileiras sobre agências de notícias. Revisam-se referências publicadas desde as primeiras men??es, em manuais, material paradidático e obras normativas, na segunda metade do século XX, até pesquisas mais recentes, concluídas ou em andamento, localizadas por meio de palavras-chave em diretórios públicos de produ??o acadêmica. Concomitantemente, prop?e uma categoriza??o de tais trabalhos em dois eixos cruzáveis: o referencial teórico-metodológico, de um lado, e a origem institucional, de outro. Pesquisas apoiadas sobre as Teorias do Jornalismo, da Cibercultura e da Economia Política da Comunica??o destacam-se na bibliografia reunida, que se mostra crescente nos últimos anos. Ao final, indica-se um corpo de estudos minimamente consolidado que sirva de referencial a futuras pesquisas que se debrucem sobre agências de notícias.Palavras-chave: agências de notícias; jornalismo de agências; pesquisa em comunica??unica??es Livres: Sess?o 25 (SALA PBB217)Coordena??o: Mateus Yuri Passos (Faculdade Cásper Líbero) Pessoas de paisagem: a caracteriza??o de destinos portugueses na revista Fugas Autoria: Mateus Yuri Passos (Faculdade Cásper Líbero) e Fernanda Castilho Santana (USP, FATEC)Resumo: Dentro dos gêneros do jornalismo literário, o jornalismo de viagens apresenta como particularidade a descoberta n?o apenas de territórios alheios, mas do “outro”. Quando articulado com espa?os de perten?a, ou seja, mais próximos, porém, reportagens nesse segmento s?o reveladoras da auto-imagem construída por um povo, seus costumes e valores. Neste artigo, analisaremos uma aparente constru??o da identidade contempor?nea portuguesa nas reportagens de capa "O que é que o Porto tem?" e "Algarve que vai formoso", de Andreia Marques Pereira, e "Coimbra tem mais encantos para além do património", de Alexandra Prado Coelho, publicadas na revista Fugas, suplemento de viagens semanal do jornal diário português Público.Palavras-chave: Narrativas jornalísticas; Jornalismo literário; Jornalismo de viagens; Identidade; Portugal.Israel em abril: uma narrativa de viagem de Erico Verissimo na interse??o entre jornalismo e literatura Autoria: Eduardo Ritter (UFSM)Resumo: Antes de obter a consagra??o no meio literário, o escritor Erico Verissimo atuou durante uma década no jornalismo, chegando, inclusive, a ser o presidente-fundador da Associa??o Riograndense de Imprensa (ARI), em 1935. Além da influência que o jornalismo teve na produ??o da fic??o de Verissimo, o autor também partiu da interse??o entre jornalismo e literatura para escrever os seus quatro livros de viagem, resultantes de passagens por Estados Unidos, México e Israel. Assim, neste artigo optou-se pela análise do livro Israel em abril, em que é possível perceber na narrativa do autor algumas das características apontadas por Lima (2004) em sua abordagem sobre livro-reportagem-viagem, bem como diversas das técnicas de fic??o apresentadas por Lodge (2011) – ambas considerando o testemunho de Felman (2000) como pilar narrativo. Palavras-chave: narrativa de viagem; livro-reportagem; Erico Verissimo.Intersubjetividade e reconhecimento do outro na narrativa de Eliane Brum Autoria: Tayane Abib (UNESP) e Mauro de Souza Ventura (UNESP)Resumo: O artigo reflete sobre novas perspectivas para o cenário jornalístico, a partir da possibilidade de incorpora??o dos conceitos de encontro dialógico e compreens?o intersubjetiva à prática profissional. Neste sentido, desenvolve-se um estudo teórico acerca da filosofia Buberiana, com foco no princípio do diálogo e da palavra-princípio Eu-Tu, em conex?o com os apontamentos de Morin, Sodré e Künsch a respeito do método compreensivo. Em seguida, a proposta conceitual é aplicada na análise interpretativa das narrativas de Eliane Brum reunidas no livro-colet?nea "A menina quebrada" (2013), de modo a evidenciar que tais articula??es permitem pensar produ??es textuais situadas na esfera do jornalístico-literário abertas à reciprocidade dialógica e ao reconhecimento do Outro.Palavras-chave: Jornalismo; intersubjetividade; compreens?o; Eliane Brum.A constru??o da memória e o legado dos romances-reportagem de José LouzeiroAutoria: José Ferreira Junior (UFMA) e Anderson Roberto Corrêa Pinto (UFMA)Resumo: As marcas da repress?o do regime civil-militar no Brasil ainda n?o se apagaram, de todo, no que diz respeito ao legado político de duas décadas de autoritarismo e, menos ainda, foram mapeadas todas as vozes dissonantes, na mídia e nas artes, do discurso dos governantes civis e militares. O escritor José Louzeiro foi uma dessas vozes, expressando-se por intermédio de romances-reportagem, Inf?ncia dos Mortos e Aracelli, meu amor, que tinham por foco a violência contra crian?as e adolescentes no Brasil, além de serem pe?as de valor literário, sobretudo, pela ênfase no testemunho e na experimenta??o. O objetivo central deste artigo é examinar a temática sobre a qual o jornalista se debru?ou nos anos de maior repress?o política no Brasil, à luz dos teóricos que se dedicam a interpretar como se procede a constru??o da memória individual e coletiva e, também, o quanto há de disputa pela consolida??o da narrativa preponderante.Palavras-chave: Memória; Narrativa; Regime Civil-Militar; Romance-reportagem.Por que humanizar o jornalismo (?)Autoria: Jorge Kanehide Ijuim (UFSC)Resumo: A afirma??o/indaga??o que proponho já no título visa contribuir para a reflex?o sobre o papel do Jornalismo. Neste trabalho, de caráter ensaístico, procuro questionar se o Jornalismo, como um dos meios de socializa??o, tem também como miss?o humanizar. Abordo aqui pelo menos três situa??es que me levam a acreditar na necessidade de humanizar o jornalismo, quais sejam: 1) quando caricaturiza o ser humano, 2) quando ignora a complexidade do fen?meno, 3) quando n?o reconhece o Outro. Para tanto, trago à discuss?o as influências do pensamento social moderno no Jornalismo com base nas ideias de Boaventura de Sousa Santos (2002, 2010) e de Edgar Morin (2006). Ao considerar a responsabilidade e a import?ncia dos modelos jornalísticos para a compreens?o do tema, desenvolvo uma crítica a partir de estudos de Cremilda Medina (2008).Palavras-chave: Jornalismo e Sociedade; Teorias do Jornalismo; Epistemologia; Humaniza??unica??es Livres: Sess?o 26 (SALA PBB218) Coordena??o: Sérgio Luiz Gadini (UFPG) Aproxima??es entre o framing e o jornalismo cultural Autoria: Thays Assun??o Reis (UEPG) e Sérgio Luiz Gadini (UEPG)Resumo: A partir da contribui??o teórica do framing para os estudos em comunica??o, o presente artigo busca tra?ar algumas aproxima??es entre a teoria do enquadramento (framing) e o jornalismo cultural. Partimos de apontamos conceituais sobre jornalismo cultural seguido por um estudo exploratório dos conceitos de framing e suas abordagens nas pesquisas em comunica??o, e, particularmente, nos estudos de jornalismo. Com base neste estudo verificou-se que a teoria do framing possibilita conhecer os tipos de a??es interpretativas que os jornalistas e as organiza??es jornalísticas realizam para enquadrar processos culturais. Além disso, observou-se que a no??o de cultura presente na produ??o jornalística é uma forma particular de enquadramento. Palavras-chave: Framing. Teoria. Jornalismo cultural. Enquadramento.A revista Bizzu no cenário da imprensa contracultural Autoria: Susana Azevedo Reis (UFJF) Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a revista de rock Bizzu, produzida em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, na década de 1980. A Bizzu era desenvolvida por jovens roqueiros e punks da cidade, mas destacava assuntos diversos, como o movimento hippie e a política brasileira. Dessa forma, para uma análise teórica, iremos utilizar os conceitos de jornalismo alternativo, de autores como Bernardo Kucinski e José Luiz Braga, e de contracultura, principalmente do estilo musical rock, das obras de Paulo Chacon e Tup? Gomes Corrêa, buscando entender a proposta da revista. Como metodologia, realizaremos uma análise de conteúdo, para verificar quais assuntos eram os mais discutidos e entender como a revista se apresentava nesse cenário de imprensa contracultural.Palavras-chave: Jornalismo; Revista; Punk; Bizzu; Juiz de ForaO Festival da Record nas páginas de “O Cruzeiro”: a narrativa jornalística e o espetáculo televisual Autoria: Talita Souza Magnolo (UFJF) Resumo: Este artigo tem como objetivo compreender as narrativas jornalísticas presentes na cobertura do III Festival de Música Popular Brasileira de 1967 realizada pela revista “O Cruzeiro”. Utilizaremos como base do estudo da narrativa os autores Walter Benjamin (2012), Luiz Gonzaga Motta (2013) e sua percep??o da narrativa contempor?nea e Muniz Sodré (2012) para dialogarmos sobre a narra??o do fato e acontecimento. Ser?o utilizadas as as matérias dos dias 21 e 28 de outbro e 04 de novembro de 1967 – edi??es onde aconteceu a cobertura das fases eliminatórias e final do festival. A quest?o principal do trabalho entender como o festival foi narrado e retratado pela revista, quais personagens ganharam destaque e como a revista utilizou de algumas estratégias argumentativas para corroborar com a estratégia do espetáculo televisivo disseminado pela TV Record. Palavras-chave: Narrativa; Jornalismo; Festival da Record. MPB; “O Cruzeiro”.Jornalismo Cultural e personaliza??o: o acionamento do perito nas capas da revista Bravo! (1997-2013) Autoria: Anna de Carvalho Cavalcanti (UFRGS) e Cida Golin (UFRGS) Resumo: Este artigo apresenta uma panor?mica sobre o recurso de personaliza??o na capa da revista Bravo! durante os 16 anos em que o periódico circulou apresentando-se como filtro da agenda cultural no país. Propomos uma análise quantitativa do perfil do perito acionado na capa de toda a cole??o, verificando índices como segmenta??o cultural, identifica??o das pessoas contempladas na primeira página, temas e gancho temporal jornalístico, o que resultou em uma panor?mica editorial sobre os principais temas e sujeitos abordados. O resultado mostrou que música foi o segmento mais personalizado, seguido por livros, cinema, teatro, artes visuais e dan?a. Percebemos que a lógica do evento, gancho jornalístico de maior incidência, tende a se vincular com pessoas que já possuem prestígio em seu campo de atua??o. Percebe-se também que a revista brasileira escolhe a figura da personalidade can?nica, reverberando índices de hierarquiza??o próprios do jornalismo cultural.Palavras-chave: jornalismo cultural; jornalismo de revista; sistema perito; personaliza??o; revista Bravo!.Entre pioneirismos e retrocessos: breves apontamentos sobre a história do jornalismo esportivo argentino Autoria: Matheus Sim?es Mello (UFSC)Resumo: Este artigo tem o objetivo de expor, sucintamente, os principais acontecimentos da história do jornalismo esportivo argentino, desde a segunda metade do Século XIX até os dias atuais. Quando possível, buscamos relacionar o jornalismo esportivo brasileiro, identificando aproxima??es e diferen?as, o que permite uma melhor compreens?o dos fatos que ser?o aqui citados. Destacamos as contribui??es dos irm?os Mariano Hernán e Andrés López, autores de duas das poucas obras sobre o tema. Justamente dessa carência bibliográfica que surge a grande motiva??o para a produ??o deste artigo.Palavras-chave: jornalismo; jornalismo esportivo; história; Argentina; unica??es Livres: Sess?o 27 (SALA PBB219) Coordena??o: Danilo Rothberg (UNESP) Sistemas de aferi??o da liberdade de express?o: os casos do Freedom House e Repórteres Sem Fronteiras Autoria: Leonel David Jesus Camas?o (UFSC) Resumo: As organiza??es internacionais Freedom House, dos Estados Unidos, e Repórteres Sem Fronteiras, da Fran?a, publicam anualmente relatórios sobre a liberdade de imprensa mundial. Mas afinal de contas, há consenso em torno de um conceito de Liberdade de Imprensa? Para chegar ao seu ranking, as duas institui??es utilizam metodologias diferenciadas, que s?o analisadas neste trabalho. A partir da análise, especulamos quais categorias analíticas podem ser utilizadas para aferir a liberdade de imprensa e como elas podem, ou n?o, ajudar a pensar critérios semelhantes para discutir a independência editorial. Palavras-chave: Liberdade de Imprensa; Independência Editorial; Mídia Independente, Freedom House; Repórteres Sem Fronteiras.O grande outro como inst?ncia reguladora da imprensa nas revoltas de junho de 2013 Autoria: José Isaías Venera (Univali) Resumo: Neste trabalho, analisa-se o discurso da grande imprensa sobre os protestos de junho de 2013, tendo como ponto central o movimento de reivindicar mais autoridade dos poderes competentes para reprimir os manifestantes. Nessa reivindica??o da imprensa, observa-se o processo de criminaliza??o dos manifestantes – por meio do significante vandalismo. No discurso, fica sempre implícito que há um imaginário de completude, de ordem ideal pelo qual a grande imprensa reivindica como lugar que deve ser restabelecido. Esse imaginário de completude funciona como inst?ncia reguladora do dizer. A partir da referência de grande Outro, de Jacques Lacan, observa-se que a imprensa se coloca como porta voz de uma inst?ncia reguladora.Palavras-chave: imprensa; Outro; objeto a; protestos; comunica??o.Do jornalismo de informa??o ao jornalismo de comunica??o, uma leitura sobre a necessidade (ou n?o) de regular um ecossistema Autoria: Janaíne Kronbauer dos Santos (UNICRUZ) Resumo: O presente artigo busca contextualizar as diferentes fases pelas quais o jornalismo passou até os dias atuais, considerando para isso a periodiza??o feita por Brin, Charron e Bonville (2014). A partir dela, procura-se estabelecer um paralelo com o atual cenário da profiss?o, descrito em um contexto pós-industrial e ainda em transi??o. Apresentamos também a proposta do Movimento Jornalistas Pró-Conselho, a qual pretende fundar uma entidade que garanta a prática de um jornalismo considerado adequado aos elementos mais caros à profiss?o. Com isso, pretende-se entender de que modo o jornalismo vem sendo afetado pelas mudan?as sociais e se é possível que a chamada essência da profiss?o seja mantida, mesmo diante de um contexto em contínua adapta??o.Palavras-chave: Ecossistema Jornalístico; Autorregulamenta??o Profissional; Movimento Jornalistas Pró-Conselho; Reserva de Mercado; Adapta??o.Constrangimentos e censuras internos na produ??o jornalística Autoria: Janara Nicoletti (UFSC) Resumo: O Brasil caiu para a 104? posi??o na classifica??o de liberdade de imprensa da organiza??o Repórteres Sem Fronteiras. O relatório divulgado em abril de 2016 indica a violência contra os profissionais e a falta de a??es políticas para proteger os jornalistas como alguns dos principais fatores para a queda no índice. Mas o papel social desempenhado pela imprensa está suscetível a censuras de liberdade quase invisíveis e que se concentram dentro das próprias organiza??es jornalísticas. Neste artigo, busca-se levantar alguns dos fatores internos da cultura organizacional que podem influenciar na efetiva liberdade de imprensa e no consequente impacto sobre a informa??o veiculada à sociedade. Trata-se aqui de fatores que interferem na livre express?o de pensamento e a??o do jornalista, bem como as estratégias de conforma??o da realidade institucional frente a outros poderes.Palavras-chave: liberdade de imprensa; liberdade de express?o, autocensura.As notícias e seus críticos: a complementaridade entre regula??o e autorregula??o como mecanismo de defesa Autoria: Danilo Rothberg (UNESP) e Bibiana Alc?ntara Garrido (UNESP)Resumo: As críticas à cobertura jornalística do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff indicaram como os enquadramentos favoráveis ao impeachment estiveram associados à prevalência de uma narrativa dominante específica. O predomínio de enquadramentos dominantes também foi identificado em outra problemática contempor?nea: o referendo sobre a saída do Reino Unido da Uni?o Europeia. Mas a resposta da sociedade se diferencia em cada caso. Este texto revisa a literatura sobre instrumentos de regula??o e autorregula??o de mídia, de forma geral, e rastreia seu avan?o contempor?neo no Reino Unido, em particular, a fim de indicar como a autorregula??o, ao se articular a formatos regulatórios, pode constituir estratégias inovadoras de fortalecimento da cidadania para a afirma??o do direito à informa??o, como forma de defesa contra a escassez de pluralidade, equilíbrio e contextualiza??o em coberturas jornalísticas.Palavras-chave: responsabilidade da mídia; regula??o; autorregula??o; códigos unica??es Livres: Sess?o 28 (SALA PBB220) Coordena??o: Carlos Franciscato (UFS) Desafios teóricos para pensar os estudos sobre jornalismo e tecnologia Autoria: Carlos Eduardo Franciscato (UFS) Resumo: O objetivo deste paper é localizar, em estudos de largo espectro sobre tecnologia, problemas teóricos que indiquem formas de tratar desafios estruturais para a formula??o de um modelo explicativo mais denso, coeso e com maior potencial de generaliza??o para as investiga??es em jornalismo e tecnologia. Com base em literatura de referência sobre estudos em tecnologia, indicamos quatro tipos de problemas: a) a constitui??o de teorias, paradigmas ou tradi??es de pesquisa; b) a necessidade de compreender as intera??es disciplinares que conduzem esses trabalhos; c) o entendimento da raiz social desses estudos; d) a produ??o de conhecimento tecnológico de dimens?o inovativa em ambientes organizacionais. Com esta lista de problemas, pretendemos indicar alguns caminhos de sistematiza??o teórica dos estudos em jornalismo e tecnologia.Palavras-chave: jornalismo; tecnologia; capital social; inova??o; tecnologias da informa??o e da comunica??o.Projeto Jumper e Internet das coisas: notas sobre um experimento de jornalismo imersivo Autoria: Márcio Carneiro dos Santos (UFMA)Resumo: O trabalho relata a iniciativa, ora em andamento, de cria??o de um ambiente imersivo para a distribui??o de notícias que utiliza como dispositivos de entrega equipamentos de realidade virtual como Cardboard e Oculus Rift. Partindo de uma hierarquia expandida de emissores, que inclui entes n?o humanos conectados a partir da categoria que se convencionou chamar de internet das coisas (IoT), apresentamos o modelo de jornalismo de inser??o e sua possível utilidade para aumentar a percep??o de relev?ncia entre os consumidores de conteúdo, permitindo também a explora??o de novas formas narrativas.Palavras-chave: internet das coisas; narrativas digitais; realidade virtual.Jornalismo de inova??o: um conceito múltiplo Autoria: Ana Marta M. Flores (UFSC) Resumo: Pensar a atividade jornalística para além de suas formas tradicionais é uma prática já recorrente no jornalismo contempor?neo. A pluralidade de públicos, comportamentos e tecnologias desafiam os modelos clássicos do jornalismo em um movimento que incentiva a inova??o em diferentes aspectos da atividade. No entanto, o termo inova??o vem sendo aplicado de forma ampla sem um rigor e delimita??o relevantes para a academia. Nesse sentido, propomos direcionamentos iniciais sob quais aspectos podemos compreender o jornalismo de inova??o. Partimos da origem do conceito na área da Economia e Administra??o para ampliar seu sentido nas Ciências Sociais e no Jornalismo. Expomos três inst?ncias das quais o jornalismo contempor?neo já apresenta novidades para entender o jornalismo de inova??o como processo e produto: 1) conteúdo e narrativa, 2) tecnologia e formato e 3) modelo de negócio. Por fim, apresentamos algumas iniciativas com o intuito de ilustrar cada subcategoria e projetar uma conceitua??o atualizada de jornalismo de inova??o.Palavras-chave: Jornalismo; Inova??o; Jornalismo de inova??o.O texto jornalístico nas mídias impressa e digital: uma análise do jornal O Globo, O Globo Online e do aplicativo para tablet O Globo a Mais Autoria: Mariana Guedes Conde (UFBA)Resumo: Este artigo apresenta parte da nossa disserta??o de mestrado defendida no Programa de Pós-Gradua??o em Comunica??o e Cultura Contempor?neas da UFBA. Objetiva compreender comparativamente como o texto jornalístico se estrutura em diferentes produtos das mídias impressa e digital e que elementos ou fatores influenciam na configura??o do texto noticioso. Analisamos o jornal O Globo, O Globo Online e O Globo a Mais a partir do estudo de caso e análise de conteúdo com base em categorias pré-estabelecidas: a hierarquiza??o, a atualidade, o gênero e a hipertextualidade. Os resultados revelam que a presen?a dos valores-notícia, os lugares que ocupam no texto, o nível de instantaneidade das matérias, o tipo de acontecimento e o uso da hipertextualidade influenciam a lógica e a estrutura do texto jornalístico nas mídias impressa e digital nos produtos observados.Palavras-chave: Jornalismo digital. Jornalismo impresso. Dispositivos móveis. Texto jornalístico. O Globo. "You are there!": Infografia e Realidade Virtual no Jornalismo Imersivo Autoria: Luciano Gon?alves da Costa (UFSC) e William Robson Cordeiro (UFSC)Resumo: Diante das variadas discuss?es acerca do que seria um Jornalismo Imersivo, este artigo se prop?e a refletir sobre as bases teóricas desta temática, resgatando as discuss?es fundamentais sobre imers?o e jornalismo presente na literatura internacional. A inten??o da pesquisa é oferecer uma sistematiza??o inicial deste conceito, perpassando por exemplos de formatos jornalísticos em realidade virtual e infografia imersiva, com análise de produ??es em periódicos como The New York Times, The Washington Post, Folha de S. Paulo e Nexo. Para isso, tomamos como base os levantamentos de De La Pe?a (2010), Domínguez (2013), Grau (2007), Owen (2015), Pryor (2002) e Murray (2003). Palavras-chave: imers?o; jornalismo imersivo; realidade virtual; infografia; unica??es Livres: Sess?o 29 (SALA PBB313) Coordena??o: Giovanna G. Benedetto Flores (Unisul) Um discurso sobre o leitor nas páginas de O Conciliador do Maranh?o Autoria: Roseane Arcanjo Pinheiro (UFMA) e Antonio Hohlfeldt (PUCRS) Resumo: O trabalho tem como objetivo analisar o discurso do jornal O Conciliador do Maranh?o sobre as inten??es e a identidade do leitor da publica??o através da se??o “Correspondência”. O impresso, que circulou entre 1821 a 1823, por meio de iniciativa do governo da província, foi marco da constitui??o do campo jornalístico na cidade de S?o Luís em uma conjuntura de alian?as locais e acomoda??o política frente às mudan?as no regime absolutista português. Os sentidos produzidos sobre os leitores envolveram as quest?es políticas e as rela??es sociais da época, construídas em meio a um processo complexo de trocas entre o jornal e os leitores. Palavras-chave: Jornalismo; O Conciliador do Maranh?o; Leitores; Discurso; Século XIX.Cartas da TV Sul Programas: uma análise da participa??o dos leitores da revista Autoria: Marina Corsetti Oselame (PUCRS) e Fábio Cannata de Souza (PUCRS) Resumo: Voltada à cobertura dos bastidores e das curiosidades do mundo da televis?o, a revista TV Sul Programas foi editada em Porto Alegre entre 1963 e 1969 e circulou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Uma das se??es da revista era dedicada à participa??o dos leitores por meio do envio de correspondências à reda??o. Este artigo utiliza a técnica da análise de conteúdo (BARDIN, 1977) para mapear a se??o de cartas com o objetivo geral de entender como ocorria a participa??o dos leitores. O objetivo particular desta pesquisa é identificar o que movia os leitores nesse processo de intera??o. Como referencial teórico foram utilizados os conceitos observados em Wolton (1996), Ferrés (1998), Lemos (2007), Srivastava (2002) e Bardin (1977). Palavras-chave: televis?o; TV Sul Programas; interatividade.A ideia de justi?a nos comentários dos leitores da revista Veja: imaginário popular sobre o STF sob a presidência de Joaquim Barbosa Autoria: Li Chang Shuen (UFMA) e Emily Monique Puigseck (UFMA) Resumo: Nossa proposta é analisar a no??o de justi?a compartilhada na se??o de comentários pelos leitores da revista Veja a partir da cobertura que a publica??o fez das a??es do Superior Tribunal Federal durante a presidência do ministro Joaquim Barbosa (2012-2014). Parte-se do princípio de que a no??o de justi?a elaborada pelos leitores é tributária de um contexto social e discursivo permeado pela sensa??o de impunidade e de vitória da corrup??o sobre os valores e as institui??es do estado democrático de direito e que a atua??o pessoal de um operador do direito seria capaz, na vis?o dos leitores, de transformar uma institui??o e iniciar uma mudan?a na forma como a justi?a se apresenta aos cidad?os leigos. Palavras-chaves: Judiciário; Jornalismo; Opini?o Pública; Magistrado; Herói.Mariana Godoy Entrevista: uma análise sobre as mudan?as no gênero e a inser??o no ambiente de convergência como estratégias de aproxima??o Autoria: Lívia Cirne (UFMA), Thaísa Bueno (UFMA) e Vitor Belém (UFMA) Resumo: Este artigo tem como proposta entender a reconfigura??o e/ou a valida??o dos formatos entrevista e talk show, a partir da inser??o do programa no ambiente digital (de convergência entre plataformas) e atrelados à estratégia do infotenimento. O estudo, cujo objeto de aprecia??o é o programa Mariana Godoy - Entrevista, da Rede TV, tem caráter descritivo/exploratório e busca fornecer uma exposi??o preliminar sobre como o modelo entrevista pode ser revisitado a partir da hibridiza??o e das novas possibilidades de acesso, por meio do site e do Facebook, produzindo maior atua??o dos seguidores e promovendo vínculos de proximidade com a audiência. Palavras-chave: Entrevista; Talk Show; Mariana Godoy: Entrevista; Convergência; Infotenimento.A grande reportagem na internet e o consumo geracional: evolu??o e estratégias de estrutura??o Autoria: Kérley Winques (UFSC)Resumo: A renova??o da grande reportagem aliada aos elementos multimídia consolida um novo formato expressivo do jornalismo online. No entanto, ainda existem perguntas que questionam o consumo e estrutura??o deste gênero na internet. Por tais desafios este artigo apresenta os resultados obtidos mediante a realiza??o de grupos focais, que visam encontrar respostas sobre o consumo da grande reportagem multimídia pelas gera??es X, Y e Z nas multitelas (computador, tablet e smartphone). O objetivo é apontar estratégias de estrutura??o que possibilitem uma melhor apresenta??o do formato. O objeto empírico é marcado pela série Tudo Sobre, da Folha de S.Paulo. Entre os resultados, o texto longo e a localiza??o dos elementos multimídia s?o os pontos mais criticados pelas gera??es.Palavras-chave: jornalismo; grande reportagem multimídia; gera??es X, Y e Z; consumo.A escravid?o, a república e o efeito de neutralidade da/na imprensa brasileira do século XIX Autoria: Giovanna G. Benedetto Flores (Unisul) e Nádia Régia Maffi Neckel (Unisul)Resumo: Esta pesquisa tem como proposta compreender como a imprensa contribuiu no processo de significa??o da república e aboli??o dos escravos que se produziu nos jornais do final do século XIX. Nossa pesquisa tem como suporte teórico a Análise do Discurso, como proposto por Pêcheux (1988), produzindo gestos de interpreta??o que possibilitam compreender parte do funcionamento de uma época. Esta pesquisa tem como corpus o jornal Cidade do Rio, de José do Patrocínio, que circulou entre 1887 e 1903 A análise discursiva deste periódico é importante para compreendermos o modo de rela??o e produ??o de sentidos da mídia como processo político afetado pelas condi??es sócio-históricas do Brasil no período que a imprensa se dividia entre monarquia/república e abolicionistas/escravocratasPalavras-chave: Discurso; Efeito de Neutralidade; República; Aboli??o; Jornal Cidade do Rio. ................
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