WordPress.com



UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEFACULDADE DE LETRAS E CI?NCIAS SOCIAISLICENCIATURA EM ANTROPOLOGIAFORMA??O DO PENSAMENTO ANTROPOL?GICOPROGRAMA ANAL?TICO (1? SEMESTRE 2014)Docente: José Pimentel Teixeira Local: Departamento de Arqueologia e Antropologia, gabinete 34Endere?o electrónico: jpimteix@INTRODU??OEste semestre lectivo consiste em quatro blocos temáticos, entendidos como dimens?es do processo histórico de constitui??o da reflex?o antropológica como corpo científico disciplinar. Em primeiro lugar será abordado um conjunto de fontes históricas contempor?neo da expans?o europeia, o qual traduz o esfor?o de reflex?o sobre a alteridade humana e natural dos autores da época; o segundo bloco aborda reflex?es filosóficas entendidas como constitutivas da modernidade e inscritas na constru??o conceptual do que se veio a tornar o objecto da disciplina; o terceiro bloco incide sobre os pressupostos teóricos e epistemológicas dominantes no processo de institucionaliza??o da disciplina; o último bloco incidirá sobre correntes teóricas que foram dominantes nos alvores da antropologia. Privilegiar-se-á a abordagem sobre as formas como a antropologia definiu e conceptualizou o seu objecto e aos enquadramentos epistemológicos da sua produ??o.OBJECTIVOSPretende-se possibilitar aos estudantes o acesso a alguma literatura constituinte da história do pensamento, produzindo a apreens?o dos processos constitutivos do conceito de humanidade, entendido como englobante, e como fruto de uma discuss?o secular sobre os conteúdos da identidade humana e plurais alteridades que a constituem.Implica a compreens?o dos processos intelectuais constitutivos da ciência antropológica, bem como dos conteúdos específicos das correntes teóricas e metodológicas predominantes na disciplina nos períodos da segunda metade de XIX e primeiro quartel de XX.METODOLOGIA DE ENSINO E DE AVALIA??OLecciona??oAs aulas ser?o de dois tipos: 1) aulas expositivas, a cargo do docente, e para as quais há bibliografia de leitura prévia recomendada; 2) aulas práticas, em que um grupo de alunos apresentará um texto para posterior discuss?o colectiva, para as quais há bibliografia de leitura prévia obrigatória.Avalia??oOs alunos realizar?o cinco trabalhos durante o semestre: dois ensaios individuais, cada um dos quais dedicado a um tema indicado pelo docente; um ensaio colectivo (em grupos constituídos no máximo por três alunos) sobre um tema indicado pelo docente; uma apresenta??o oral colectiva, numa das aulas práticas; um relatório escrito sobre uma das aulas práticas, realizado colectivamente, a apresentar sempre na aula seguinte à realiza??o da abordada.A frequência das aulas é obrigatória, nisso cumprindo-se o regulamento pedagógico em vigor. c) Material distribuído: todo o corpo bibliográfico proposto, obrigatório e/ou recomendado, será tornado acessível. Parte dele, bem como material complementar, estará disponível na página informática criada propositadamente para esta disciplina, o blog Forma??o do Pensamento Antropológico 2014, acessível no endere?o electrónico [].PLANIFICA??O LECTIVA1? aula: Contornos e proposta de periodiza??o da História da Antropologia. Linhas gerais da evolu??o da disciplina entre o último ter?o de XIX e a II Guerra Mundial.MERCIER, P. (1986), História da Antropologia, Lisboa, Teorema, pp. 7-35BARNARD, A. (2000), History and Theory in Anthropology, Cambridge, University Press, pp. 1-142? aula: A constru??o do globo terrestre e do cosmos descentradoKOYR?, A. (1990), Do Mundo Fechado ao Universo Infinito, Lisboa, Gradiva, pp. 33-64KUHN, T., (1990), A Revolu??o Copernicana, Lisboa, Edi??es 79, pp. 19-64RANDLES, W.G.L. (1990), Da Terra Plana ao Globo Terrestre, Lisboa, Gradiva, pp. 11-923? aula: O discurso antropológico pré-científico: literatura de viagens na expans?o europeia, do mundo único como natureza una.LEACH, E. (1985), “Anthropos”, Romano, R (dir.), Enciclopédia Einaudi. Vol. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, pp. 17-19ALBUQUERQUE, L. (1990), “Breves considera??es sobre o outro na cartografia portuguesa”, in O Confronto do Olhar, Lisboa, Caminho, pp. 31-374? aula: O discurso antropológico pré-científico: literatura de viagens na expans?o europeia, do mundo único como natureza una FERRONHA, A.L. (1993), “Introdu??o”, in A Fauna Exótica dos Descobrimentos, Lisboa, Elo, pp. 9-25MARGARIDO, A. (1994). As Surpresas da Flora no Tempo dos Descobrimentos, Lisboa, Elo, pp. 9-525? aula: Sobre fontes históricas do pensamento antropológico: do mundo único como diversidade humana. Da diversidade humana como factor de (in)compreens?o.POLO, M. (2006) Viagens, Lisboa, Assírio & Alvim, pp. 36-51TODOROV, T. A Conquista da América, Lisboa, Litoral Edi??es, pp. 11-65 6? aula: Sobre fontes históricas do pensamento antropológico: do mundo único como diversidade humana. Da diversidade humana como factor de (in)compreens?o.GIL, J. (1994), Monstros, Lisboa, Quetzal, pp. 21-38BRITO, B.G. (1996), O Naufrágio de Sepúlveda. Lisboa. Europa-América, pp. 30-55CABEZA DE VACA, (1992) Naufrágios, Lisboa, Teorema, pp. 77-1117? aula: Do racionalismo científico como a recusa da cultura.BRONOWSKI, J., MAZLISCH, B. (1988), A Tradi??o Intelectual do Ocidente, Lisboa, Edi??es 70, pp.207-229GELLNER, E. (1995), Raz?o e Cultura, Lisboa, Teorema, pp. 13-418? aula: O humanismo renascentista: concep??o de homem e de processo histórico como discurso crítico.LA BOETIE, E. (1986), Ensaio Sobre a Servid?o Voluntária, Lisboa, Antígona, pp. 19-69MONTAIGNE, M. (2004), “Des Cannibales”, in Essays I, Paris, Gallimard, pp. 300-3149? aula: Debates filosóficos sobre a humanidade: da valoriza??o do Outro em Hobbes, Locke e Rousseau.BRONOWSKI, J., MAZLISCH, B. (1988), A Tradi??o Intelectual do Ocidente, Lisboa, Edi??es 70, pp. 295-317ROUSSEAU, J.-J. (2003), O Contrato Social, Lisboa, Europa-América, pp. 13-3110? aula: A considera??o da diversidade cultural e a formula??o do relativismo.SERR?O, A.V. (orgs.), A Inven??o do Homem. Ra?a, Cultura e História na Alemanha do Séc. XVIII, Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, pp. 269-31411? aula: A considera??o da diversidade cultural e a formula??o do relativismoHERDER, J. G. (2002), “Ideias para uma Filosofia da História da Humanidade”, in SANCHES, M.R.,VICO, G. (2005), Ciência Nova, Lisboa, Funda??o Calouste Gulbenkian, pp. 667-69312? aula: Discutindo a unidade humana como projecto racionalKANT, I. (2002), “Das diversas ra?as humanas”, in SANCHES, M.R., SERR?O, A.V. (orgs.), A Inven??o do Homem. Ra?a, Cultura e História na Alemanha do Séc. XVIII, Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de LisboaSERR?O, A.V. (2002), “O despertar da quest?o antropológica”, in SANCHES, M.R., SERR?O, A.V. (orgs.), A Inven??o do Homem. Ra?a, Cultura e História na Alemanha do Séc. XVIII, Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, pp. 11-2613? Aula: Emergência da concep??o da perfectibilidade humana.LEACH, E. (1985), “Anthropos”, Romano, R (dir.), Enciclopédia Einaudi. Vol. 5, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, pp. 28-35PASSMORE, J. (2000), The Perfectibility of Man, Liberty Fund, Indianopolis, pp. 295-33114? aula (prática): O conceito de Evolu??o e o conceito de Progresso.FEIJ?, J. (coord.) (2009), A Evolu??o de Darwin, Lisboa, Funda??o Calouste Gulbenkian, pp. 59-70COLLINGWOOD, R.G. (s/d) A Ideia de História, Lisboa, Editorial Presen?a, pp. 474-49215? aula: A institucionaliza??o da ciência antropológicaMERCIER, P. (1986), História da Antropologia, Lisboa, Teorema, pp. 46-7016? aula: O ambiente rom?ntico e o “folclore”. Sua articula??o com as formula??es do Estado-Na??o oitocentista europeu. O exemplo português.COLLINGWOOD, R.G. (s/d) A Ideia de História, Lisboa, Editorial Presen?a. pp. 143-153LANG, A. (1893) Custom and Myth, London, Longmans Green and Co., pp. 11-28LEAL, J. (2006) Antropologia em Portugal. Mestres, Percursos, Transi??es, Lisboa, Livros Horizonte, pp. 99-11017? aula (prática): O evolucionismo social: contexto de emergência, cronologia, interesses e dimens?esBARNARD, A. (2000) History and Theory in Anthropology, Cambridge University Press, pp. 27-4018? aula: A “família” como objecto “evolucionista”.KUPER, A. (2008), A Reinven??o da Sociedade Primitiva. Transforma??es de Um Mito, Recife, Editora Universitária, pp. 65-90STOCKING, G. (1995), After Tylor. British Social Anthropology, 1888-1951, London, The Athlone Press, pp. 151-16219? aula: A “família” como objecto “evolucionista”. As teses matriarcais em McLennan e Bachofen.BACHOFEN, J.J. (1967 [1861]), “Introduction from Mother Right”, Selected Writings of J.J. Bachofen. London, Routledge & Kegan, pp. 69-120EVANS-PRITCHARD, E.E. (1989), História do Pensamento Antropológico, Lisboa, Edi??es 70, pp. 103-112MCLENNAN, J.F., (1876), Studies in Ancient History, London, Bernard Quaritch, pp. 35-45, 121-21020? aula: A “família” como objecto evolucionista. As teses patriarcais em Henry Maine. O evolucionismo tardio de Westermack.MAINE, H.S. (1977 [1861]), Ancient Law, London, Everyman’s Library, pp. 67-100KUPER, A. (2008), A Reinven??o da Sociedade Primitiva. Transforma??es de Um Mito, Recife, Editora Universitária, pp. 65-9021? aula (prática): A “família” como progresso humano e a descoberta dos sistemas terminológicos de parentesco: o evolucionismo social em Lewis Morgan.KUPER, A. (2008), A Reinven??o da Sociedade Primitiva. Transforma??es de Um Mito, Recife, Editora Universitária, pp. 91-118MORGAN, L. (1973) A Sociedade Primitiva, Lisboa, Editorial Presen?a, pp. 13-5922? aula: A evolu??o das forma??es conceptuais: Tylor.TYLOR, E. B. (1871), Primitive Culture, London, John Murray, pp. 333-37623? aula: A evolu??o das forma??es conceptuais: FrazerFRAZER, J. (1922, abridged version), The Golden Bough, The Macmillan Press, pp. 15-79JONES, R. A. (1984), “Robertson Smith and James Frazer on Religion: two traditions in British Social Anthropology”, in STOCKING, G. (ed.) Functionalism Historicized, Madison/London, University of Wisconsin Press, pp. 31-58 ................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download