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SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PRÓTESES E ÓRTESES

CATEGORIA II PROFISSIONAL - TÉCNICO ORTOPÉDICO

PACOTE INFORMATIVO

EDIÇÃO 2

Maio de 2010

Publicado pela Sociedade Internacional de Próteses e Órteses

Maio de 2010

Todas as consultas ao:

Presidente, Comitê de Formação

Sociedade Internacional de Próteses e Órteses (ISPO)

22-24 Rue du Luxembourg

B-1000 Bruxelas

Bélgica

Índice

1. Introdução 1

1.1 Sumário 1

1.2 Categorização da ISPO

1.3 Associação Internacional de Ortesistas e Protesistas (INTERBOR) 2

2. Perfil profissional da Categoria II (técnicos ortopédicos) 3

2.1 Cuidados ao paciente 3

2.2 Gerenciamento e supervisão 4

2.3 Treinamento e formação 4

2.4 Serviços comunitários 4

2.5 Requisitos médicos, legais e éticos 4

3. Código de ética 5

4. Objetivos de aprendizagem do curso para a Categoria II 6

4.1 Anatomia e Fisiologia 6

4.2 Patologia 6

4.3 Biomecânica e Ciências de Próteses e Órteses 7

4.4 Matemática 8

4.5 Mecânica 8

4.6 Tecnologia de materiais 8

4.7 Tecnologia de oficina 8

4.8 Gerenciamento clínico, de oficinas e de negócios 9

4.9 Desenho técnico 9

4.10 Prática clínica e de oficina 9

5. Exame da Categoria II 10

5.1 Candidatos 10

5.2 Escopo do exame 10

5.3 Banca de examinadores 10

5.4 Seção teórica 11

5.5 Seção prática 11

5.6 Repetição de exames 12

6. Reconhecimento da ISPO dos cursos para a Categoria II 13

7. Registro na ISPO 14

8. Referências e bibliografia 15

Anexo A 16

Perfil profissional para a Categoria I (protesista/ortesista, engenheiro ortopedista, mestre ortopedista, etc.)

Anexo B 19

Questionário a ser respondido pelas instituições de formação e treinamento

interessadas em obter o reconhecimento da ISPO

Anexo C 24

Diretriz para o conteúdo programático do curso de qualificação de três anos

como trabalhador da Categoria II

1. INTRODUÇÃO

1.1 Sumário

Este pacote de informações visa servir de guia para todos os países ou organizações interessados em elaborar um curso que satisfaça os padrões da Sociedade Internacional de Próteses e Órteses (ISPO) no que diz respeito ao treinamento do trabalhador profissional da Categoria II (Técnico ortopédico).

Ele contém uma descrição do perfil profissional do trabalhador da Categoria II (Técnico ortopédico). Para fins de comparação, também inclui no Anexo A o perfil profissional do trabalhador da Categoria I (Protesista/Ortesista). Além disso, traz um exemplo de um código de ética adequado, descreve os objetivos de aprendizagem de um curso para trabalhadores da Categoria II e fornece um exemplo de um conteúdo programático satisfatório no Anexo C. Também são descritas as condições necessárias para os exames finais de um curso da Categoria II.

O presente guia delineia as condições para o reconhecimento da ISPO dos programas de treinamento e para o registro dos que obtiveram a qualificação através desses programas ou que, de outra forma, atendam aos mesmos padrões de formação e treinamento.

1.2 Categorização da ISPO

Uma grande dificuldade encontrada nessa área é a nomenclatura. Para a mesma categoria de trabalhador, são usados títulos diferentes em áreas diferentes e esta confusão torna-se ainda maior com as diferenças introduzidas pelo idioma ou por traduções. Isso levou a ISPO a desenvolver um sistema de categorização, cuja base seriam os níveis de formação e treinamento obtidos, evitando-se a dependência de títulos.

As categorias podem ser apresentadas como a seguir:

Categoria I Protesista/Ortesista (ou termo equivalente)

Requisito básico: Nível básico de formação superior/universitária (ou equivalente)

Treinamento: 3/4 anos, em estrutura formal até a graduação universitária (ou equivalente)

Categoria II Técnico ortopédico (ou termo equivalente)

Requisito básico: Nível básico de formação complementar/ensino médio (ou equivalente)

Treinamento: 3 anos, em estrutura formal - nível mais baixo do que a graduação

Categoria III Técnico Protesista/Ortesista (ou termo equivalente)

Requisito básico: Certificado de conclusão do ensino fundamental

Treinamento: No emprego

A filosofia formacional da Sociedade abrange essas três categorias, concentrando-se nos profissionais das Categorias I e II, que participam das atividades relativas aos cuidados do paciente ao contrário dos trabalhadores da Categoria III, que se ocupam apenas da confecção e montagem.

Deve-se enfatizar que não se trata de uma tentativa de descrever todos aqueles que trabalham nesta área ao nível mundial. Trata-se de uma descrição dos níveis de formação e treinamento, que, na opinião da Sociedade, representam entrementes os padrões desejáveis para os profissionais envolvidos nos cuidados ao paciente nos países desenvolvidos e em desenvolvimento e na função de suporte da confecção e montagem.

Para os países industrializados, a Sociedade crê que, para o futuro, o profissional protesista/ortesista da Categoria I deva ser formado e treinado a um nível de graduação universitária ou equivalente. Embora exista um grande número de possibilidades para atingir este nível de formação e treinamento, a Sociedade acredita que todo curso deve consistir em:

a) ensinamentos teóricos

b) instrução prática supervisionada de perto

c) experiência clínica estruturada e controlada

Muitos países industrializados não cumprem essa meta atualmente.

Nas circunstâncias em que o serviço clínico seja prestado por pessoal da Categoria II, este deve trabalhar sob a direção da Categoria I, sempre que possível.

O conceito de responsabilidades da Categoria II pode ser visto como uma solução transitória para os países em desenvolvimento e na figura de um profissional sob a direção do pessoal da Categoria I nos países industrializados, embora se admita a existência de uma situação dinâmica.

Também considerou-se imperativo que o treinamento das Categorias I e II esteja ligado aos centros de serviços clínicos.

A questão relacionada à extensão das instruções de confecção de componentes oferecidas aos profissionais das Categorias I e II também foi considerada. Em geral, os componentes oferecidos nos países industrializados não estão disponíveis nos países em desenvolvimento. Tais componentes podem ser confeccionados tanto pelos técnicos ortopédicos da Categoria II como pelos indivíduos da Categoria III e/ou diversos artesãos. Portanto, é possível reduzir essa atividade demorada no treinamento do profissional das Categorias I e II, desde que os produtos disponíveis atendam de forma consistente às especificações correspondentes.

Quanto à Categoria I, existem abordagens nitidamente diferentes que irão satisfazer os requisitos de formação e treinamento da Categoria II. As metas gerais foram identificadas acima. Embora o nível e o conteúdo sejam diferentes da Categoria I, um curso adequado conterá os mesmos elementos essenciais. A duração deverá ser normalmente de três anos, incluindo um ano de treinamento em próteses, um ano de treinamento em órteses e um ano no trabalho clínico. Tal curso seria normalmente seguido de um estágio com a duração de um ano.

É verdade que muitos trabalhadores envolvidos nos cuidados ao paciente nos países em desenvolvimento e nos desenvolvidos não se enquadram exatamente nessas categorias (ou seja, Categoria I e Categoria II, respectivamente). Contudo, elas não deixam de representar para os trabalhadores uma meta a ser atingida e, para a ISPO, um propósito no fornecimento e incentivo de programas de treinamento para ajudá-los nesse processo.

2. PERFIL PROFISSIONAL PARA A CATEGORIA II

(TÉCNICO ORTOPÉDICO)

Este perfil profissional é específico para trabalhadores nos países em desenvolvimento e nos países industrializados. Origina-se das Diretrizes para o Treinamento de Pessoal nos Países em Desenvolvimento para Serviços de Próteses e Órteses (OMS, 1990), tendo sido aperfeiçoado pela ISPO para assegurar a conformidade com este sistema de categorização. O sistema abrange as atividades clínicas ao nível mundial.

2.1 Cuidados ao paciente

Formulação do tratamento

2.1.1 Na falta de um profissional da Categoria I, participa como membro integral da equipe clínica em exames e prescrições, bem como no aconselhamento relativo ao design da interface do aparelho protético/ortético, à suspensão e à seleção de componentes adequados.

2.1.2 Presta assistência e aconselhamento em aspectos relevantes do gerenciamento pré/pós-cirúrgico, médico e terapêutico de indivíduos que necessitam de aparelhos protéticos/ortéticos.

2.1.3 Faz registros e relatórios de todas as informações pertinentes no que diz respeito aos pacientes e suas famílias, incluindo uma determinação das expectativas e necessidades.

2.1.4 Comunica as informações apropriadas aos pacientes e às suas famílias.

Adaptação, confecção e tratamento

2.1.5 Identifica as características físicas e outras características relevantes do paciente.

2.1.6 Elabora uma série de designs protéticos ou ortéticos como especificados nas diretrizes curriculares. Isso inclui a seleção de materiais, componentes e meios auxiliares adicionais.

2.1.7 Executa todos os moldes e medições necessários à confecção e à adaptação adequadas.

2.1.8 Modifica modelos positivos e/ou negativos e/ou layouts de desenho para obter ajuste e alinhamento ideais.

2.1.9 Executa a adaptação, o alinhamento estático e dinâmico e, se for o caso, o treinamento preliminar e a conferição inicial.

2.1.10 Executa e/ou supervisiona a confecção da prótese ou da órtese.

Avaliação e acompanhamento

2.1.11 Aconselha a equipe e participa diretamente da conferição final e da avaliação do ajuste, funcionamento e estética.

2.1.12 Instrui o paciente ou a família na utilização e nos cuidados com o aparelho.

2.1.13 Participa dos procedimentos de acompanhamento, bem como da manutenção, reparo e substituição do aparelho.

2.1.14 Reconhece a necessidade de repetir qualquer uma das etapas identificadas, a fim de otimizar o ajuste e o funcionamento.

2.1.15 Colabora e realiza consultas com outros profissionais envolvidos no gerenciamento do paciente.

2.2 Gerenciamento e supervisão

2.2.1 Supervisiona a atividade do pessoal de apoio conforme o caso.

2.2.2 Gerencia as atividades clínicas e de laboratório/oficina que lhe foram atribuídas, incluindo:

1. utilização e manutenção de ferramentas e equipamento

2. manutenção da segurança no ambiente de trabalho e nos procedimentos

3. inventário e controle de estoque

4. assuntos de pessoal

5. assuntos financeiros

6. arquivamento adequado

7. gerenciamento da qualidade total

2.2.3 Aprimora métodos de trabalho visando aumentar a eficiência.

2.2.4 Interage com grupos profissionais, bem como com agências governamentais e não governamentais.

2.2.5 Participa do planejamento e da implementação de sistemas de cuidados de ortopedia técnica.

2.3 Treinamento e formação

2.3.1 Pode supervisionar e tomar parte no treinamento de indivíduos da Categoria II (Técnicos ortopédicos) e da Categoria III (Técnicos).

2.3.2 Pode realizar palestras e demonstrações aos colegas de profissão ou de outras profissões relacionadas a próteses/órteses, e também à comunidade e a outros grupos interessados.

2.3.3 Deve participar e contribuir para o processo de desenvolvimento profissional contínuo.

2.3.4 Mantém-se a par das evoluções recentes em próteses/órteses.

2.4 Serviços comunitários

2.4.1 Efetua uma contribuição profissional e participa de programas comunitários de reabilitação.

2.5 Requisitos médicos, legais e éticos

2.5.1 Fornece os cuidados ao paciente obedecendo a um código de ética para protesistas/ortesistas reconhecido.

2.5.2 Fornece cuidados ao paciente que atendem às exigências médicas/legais.

3. CÓDIGO DE ÉTICA

Um comportamento apropriado segundo um código de ética é uma estrutura essencial para as atividades de todos os profissionais responsáveis pelo tratamento de pacientes. O código de ética abaixo foi sugerido no relatório do Seminário Inter-regional das Nações Unidas sobre os Padrões para o Treinamento de Protesistas (ONU, 1969).

Trata-se, porém, de apenas um exemplo, que atende aos requisitos mínimos de um código dessa natureza. Uma elaboração pode ser necessária nos aspectos culturais, étnicos ou religiosos.

Código de ética para protesistas/ortesistas

i) Deverá observar relações de lealdade com seus colegas e com outros membros da equipe clínica, não assumindo funções fora da sua própria profissão.

ii) Deverá manter discrição absoluta dos assuntos pessoais ou de conhecimentos que possa adquirir no seu trabalho profissional.

iii) Como todos os outros membros da equipe clínica, deve fornecer serviços apenas como membro daquela equipe e respeitar suas conclusões.

iv) Deverá colaborar sem reservas na troca de informações necessária entre colegas e com outros profissionais de disciplinas diferentes, porém relacionadas.

v) Deverá empenhar-se no trabalho com vistas ao mais alto padrão possível de competência profissional.

vi) Deverá prestar serviços aos pacientes de maneira profissional; interesses pessoais, financeiros ou comerciais são secundários.

vii) Deverá sempre agir com integridade, inclusive nos serviços prestados ao paciente e a todos os outros envolvidos.

viii) Deverá observar as mesmas restrições normalmente aceitas pela profissão médica em seus relacionamentos pessoais com pacientes.

4. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM DO CURSO PARA A CATEGORIA II

A seguir, são sintetizados os objetivos de aprendizagem de um curso para os trabalhadores da Categoria II com relação aos temas teóricos (4.1 a 4.9) e à instrução prática supervisionada de perto (4.10). Deve-se enfatizar que se trata de uma diretriz e que o curso continuará aceitável mesmo com variações locais. Quanto à instrução prática supervisionada, os requisitos regionais podem influenciar a ênfase dada às áreas do tratamento de pacientes. No entanto, os objetivos em 4.10 são considerados como elementos essenciais mínimos da prática protética e ortética que devem estar contidos nos objetivos de aprendizagem. Na medida do possível, outros elementos de protetização/ortetização também deverão ser incluídos.

Cabe ressaltar novamente que o curso abrangendo estes objetivos de aprendizagem terá normalmente uma duração de três anos de estudos em tempo integral e que os participantes deverão ter concluído o nível ‘O’ (do inglês Ordinary) ou formação escolar equivalente (11 anos de escola). Isso serve de orientação quanto ao nível esperado do curso e à sua posição dentro do esquema educacional do país.

O Anexo C contém um exemplo detalhado de conteúdo programático de um curso adequado, o qual não pretende ser um modelo, mas apenas um guia útil para aqueles envolvidos na estruturação de um curso quanto aos aspectos de conteúdo detalhado e divisão temática.

4.1 Anatomia e Fisiologia

Na área de Anatomia e Fisiologia, o aluno deve adquirir os seguintes conhecimentos:

- Biologia celular básica e histologia;

- a estrutura do sistema esquelético, em particular os ossos e as articulações dos membros inferiores e superiores, a cintura escapular, a coluna vertebral e o tórax;

- a estrutura e a função do sistema muscular, com ênfase nas musculaturas dos membros inferiores e superiores, da cintura escapular, da coluna vertebral e do tórax;

- a estrutura e a função das articulações, inclusive os eixos de rotação, grau de mobilidade e estabilização;

- consideração do corpo como um sistema geral, identificação de desvios fisiológicos e sua importância;

- o sistema nervoso, tecidos, sistemas cardiovascular, respiratório, imune, endócrino e os órgãos secretores.

O aluno deve entender a função de cada articulação e músculo e ser capaz de explicar suas interações. Deve estar familiarizado com a área de desvios patológicos e ser capaz de analisá-los por meio de instrumentos de medição apropriados, bem como através da aplicação de seu conhecimento do grau de mobilidade, a fim de definir um tratamento protético/ortético viável. O aluno deve reconhecer que tanto os fatores biomecânicos como os patológicos devem ser considerados juntamente com os fatores anatômicos.

4.2 Patologia

O aluno adquirirá uma compreensão nas seguintes áreas:

- doenças inflamatórias;

- doenças degenerativas;

- condições pós-traumáticas;

- tumores;

- distúrbio metabólico;

- anormalidades presentes no nascimento (deformidade congênita);

- necrose óssea asséptica;

- paralisia decorrente de lesão neural;

- distúrbios circulatórios;

- amputações;

- osteoporose pós-traumática;

- doenças da coluna vertebral;

- deformidades da coluna vertebral e torácicas;

- doenças da pelve e do quadril;

- doenças do joelho;

- doenças do pé;

- doenças do ombro, cotovelo e mão;

- deformidades dos membros;

- distúrbios dermatológicos e cicatrização de feridas.

O aluno deve ser capaz de explicar a etiologia e a progressão da doença em questão, bem como os cuidados e tratamento correspondentes. Deve demonstrar competência em anatomia, fisiologia, biomecânica e patologia, bem como capacidade de correlacionar esses fatores para obter um resultado final adequado na sua função de técnico ortopédico.

4.3 Biomecânica e Ciências de Próteses e Órteses

O aluno deverá adquirir uma compreensão nos seguintes tópicos:

- planos anatômicos e pontos de referência do corpo;

- técnicas de medição protética e ortética;

- tipos anatômicos de articulação, suas funções e interação;

- fisiologia e biomecânica muscular em relação às funções articulares;

- a interação entre as articulações anatômicas e as protéticas/ortéticas;

- locomoção humana normal e o ciclo da marcha;

- análises cinética e cinemática e cálculo da ação das forças internas e externas;

- biomecânica do membro inferior;

- componentes protéticos de membro inferior e suas aplicações;

- forças entre coto/encaixe e design do encaixe do membro inferior;

- alinhamento básico, estático e dinâmico das próteses de membro inferior com referência às implicações biomecânicas;

- marcha patológica, sua análise e a aplicação do tratamento ortético apropriado;

- forças entre corpo/órtese e design da interface;

- órteses para doenças do membro inferior;

- órteses de membro inferior para doenças do neurônio motor superior;

- componentes ortéticos de membro inferior e suas aplicações;

- biomecânica da coluna vertebral e do tórax;

- órteses para doenças ou deformidades da coluna vertebral e do tórax;

- biomecânica do membro superior;

* - adaptação, alinhamento e funcionamento de próteses de membro superior;

* - componentes protéticos de membro superior e suas aplicações;

* - adaptação, alinhamento e funcionamento de órteses de membro superior;

* - componentes ortéticos de membro superior e suas aplicações.

O aluno necessita dos conhecimentos acima para fornecer ao paciente os cuidados ideais em termos protéticos e ortéticos.

* Esses temas devem ser incluídos de acordo com as necessidades e demandas regionais.

4.4 Matemática

Os alunos adquirirão um conhecimento das seguintes áreas matemáticas e de suas aplicações à biomecânica e às ciências de próteses e órteses:

- matemática elementar: manipulação algébrica simples, índices, logaritmos, solução de equações, funções trigonométricas, identidades trigonométricas padrão, solução de equações trigonométricas simples;

- funções: polinomiais, racionais, exponenciais, logarítmicas;

- diferenciação: técnicas simples, uso em otimização e traçado de curvas;

- integração: técnicas simples, avaliação de áreas, uso de procedimentos de aproximação;

- equações diferenciais: equações de primeira ordem, uso em modelos biológicos;

- domínio e uso correto de recursos como tabelas matemáticas, fórmulas e calculadoras.

4.5 Mecânica

O aluno adquirirá uma compreensão das aplicações dos seguintes temas nas áreas de biomecânica e ciências de próteses e órteses:

- terminologia e unidades;

- quantidades vetoriais e escalares;

- movimento linear/angular e movimento de um corpo sólido;

- resolução de forças e torques em duas dimensões;

- equações de equilíbrio;

- diagramas de corpo livre;

- cálculos de centro de gravidade e massa;

- leis de movimento de Newton;

- trabalho, potência e energia;

- resistência de materiais: tensão, deformação e lei de Hooke.

4.6 Tecnologia de materiais

O aluno adquirirá uma compreensão das características, propriedades e processamento dos seguintes materiais comumente utilizados com referência especial às suas aplicações em próteses e órteses:

- aço e suas ligas;

- metais não ferrosos e suas ligas;

- plásticos: termoformação, termofixação, compósitos;

- madeira;

- couro;

- gesso de Paris;

- adesivos.

4.7 Tecnologia de oficina

O aluno entenderá e será capaz de aplicar as seguintes áreas de conhecimento no campo da técnica ortopédica:

- ferramentas manuais: seleção, utilização e manutenção;

- instrumentos de medição: utilização e métodos de aplicação;

- máquinas-ferramenta: seleção, instalação, utilização e manutenção;

- processos e equipamento de soldagem de metais e plásticos;

- máquinas de costura: seleção, utilização e manutenção;

- equipamentos gerais: fornos, compressores, bombas de vácuo, extratores de fumaça e poeira;

- layout de oficinas;

- regulamentos e práticas de saúde e segurança.

4.8. Gerenciamento clínico, de oficinas e de negócios

O aluno adquirirá conhecimentos teóricos e práticos de:

- aquisição, manuseio e controle de estoque de materiais;

- gerenciamento de mão de obra;

- cálculos de custos de produção;

- processo orçamentário, faturamento, emissão de recibos e contabilidade;

- gerenciamento clínico, sistemas de agendamento, arquivamento;

- gerenciamento de propriedade, conservação e manutenção;

- considerações ambientais/ecológicas.

4.9 Desenho técnico

O aluno adquirirá conhecimento e prática nos tópicos abaixo:

- traçado isométrico e visualização tridimensional;

- projeção em primeiro e terceiro diedros;

- vistas auxiliares e seções;

- utilização de padrões de desenho;

- aplicação de tolerâncias de usinagem;

- desenhos de montagem simples;

- aplicações em técnica ortopédica.

4.10 Prática clínica e de oficina

O aluno obterá competência nas seguintes áreas práticas e aplicações clínicas através da compreensão baseada na integração de seus estudos teóricos:

- prática geral de oficina: uso de ferramentas manuais, máquinas-ferramenta e materiais, confecção de componentes;

- exame do paciente e prescrição;

- tomada de medidas e fundição de moldes, retificação de moldes, confecção, adaptação, alinhamento e acabamento dos seguintes aparelhos:

8. próteses de tornozelo/parciais de pé

9. próteses transtibiais

10. próteses para desarticulação de joelho

11. próteses transfemorais

12. modificações de calçados

13. insertos para calçados/órteses de pé

14. órteses de tornozelo-pé

15. órteses de joelho-tornozelo-pé

16. órteses de quadril-joelho-tornozelo-pé

17. órteses cervicais

18. órteses cervicotoracolombossacrais

19. órteses de punho e mão

Os objetivos de aprendizagem acima são essenciais para os profissionais da Categoria II com relação às protetizações/ortetizações. Na medida do possível, seria desejável oferecer instruções e/ou prática em outros níveis de protetização/ortetização.

5. EXAME DA CATEGORIA II

A seguir, apresenta-se um modelo para a estruturação de um exame destinado ao curso de treinamento da Categoria II. Admite-se que as práticas ou regulamentos nacionais ou institucionais possam introduzir ou exigir variações. Este modelo pretende ser uma ajuda geral na elaboração de padrões internacionalmente aceitos, mais especificamente, embora diferenças sejam aceitáveis, como uma diretriz para as instituições que visem a obtenção do reconhecimento da ISPO.

5.1 Candidatos

Os candidatos devem ter concluído um curso de tempo integral em Técnica Ortopédica em uma instituição educacional apropriada e atender aos requisitos para os exames finais

ou

devem ter no mínimo cinco anos de experiência profissional em uma clínica de próteses/órteses. O candidato deve estar de posse de um certificado de ensino médio (11 anos de educação escolar) e fornecer provas de formação continuada nas áreas de Anatomia, Patologia, Biomecânica e Ciências de Próteses e Órteses, etc.

5.2 Escopo do exame

O exame deve ser constituído de seções teóricas e práticas. Para passar no exame, o candidato deve completar cada seção com sucesso.

5.3 Banca de examinadores

5.3.1 Para cada exame, deve ser constituída uma banca de examinadores, cuja função é supervisionar a documentação, assegurar que o exame seja representativo do conteúdo programático e certificar os resultados do exame.

5.3.2 A designação dos examinadores e a constituição da banca examinadora devem ser efetuadas de acordo com os regulamentos nacionais ou institucionais, porém, incluindo normalmente pelo menos um especialista médico adequado e um profissional da Categoria I. Na medida do possível, deve ser integrado um assessor internacional qualificado à banca local.

5.4 Seção teórica

5.4.1 A seção teórica verifica o conhecimento dos candidatos nos seguintes temas:

- Anatomia e Fisiologia

- Patologia

- Biomecânica e Ciências de Próteses e Órteses

- Matemática

- Mecânica

- Tecnologia de materiais

- Tecnologia de oficina

- Gerenciamento clínico, de oficinas e de negócios

- Desenho técnico.

5.4.2 Caso uma instituição esteja pretendendo obter o reconhecimento da ISPO, recomenda-se que as provas teóricas sejam elaboradas no formato de múltipla escolha, a fim de se transpor as barreiras linguísticas por vezes encontradas nos países em desenvolvimento. Como orientação, as provas poderiam consistir em aproximadamente 60 questões por tema, o que deve ser uma representação equilibrada do conteúdo programático e demorar cerca de 90 minutos por tema.

5.5 Seção prática

5.5.1 A seção prática verifica as habilidades técnicas, de oficina e clínicas, abrangendo as seguintes tarefas:

- prescrição, confecção e adaptação de uma prótese e uma órtese

- avaliação do trabalho prático

- apresentação dos históricos de caso dos indivíduos

- cálculo de custos dos aparelhos

- desenho técnico dos aparelhos, se for o caso.

5.5.2 Para cada candidato, o exame prático deverá ser representativo do conteúdo clínico do currículo e proporcionalmente equilibrado entre as áreas de próteses e órteses em termos de complexidade. Como exemplo, um candidato poderia ser solicitado a elaborar uma prótese para um amputado transfemoral e uma órtese de tornozelo-pé para um indivíduo com uma deficiência neuromuscular. Como alternativa, ele poderia ser solicitado a elaborar uma prótese para um amputado transtibial e uma órtese de joelho-tornozelo-pé para um paciente com poliomielite. Caso sejam propostas outras protetizações/ortetizações, estas devem ter o mesmo grau de dificuldade. Em todos os casos, devem ser incluídas uma prótese e uma órtese.

5.5.3 Os temas de exame são normalmente determinados e indicados a cada candidato 7 dias antes do exame.

5.5.4 É obrigatório que o candidato execute todas as etapas de adaptação e confecção por si mesmo, sem a assistência de terceiros. Esse processo deve ser concluído sob a avaliação cuidadosa dos membros da banca examinadora.

5.5.5 A avaliação deve ser efetuada por mais de um examinador que serão responsáveis pela segurança do paciente.

5.5.6 Os examinadores deverão avaliar de forma independente todos os elementos envolvidos.

5.5.7 Durante o exame, o tempo permitido para a conclusão de cada tema pode exceder em até 30% o padrão aceito para a profissão.

por ex. prótese transtibial - 3 dias de trabalho permitidos

órtese joelho-tornozelo-pé - 5 dias de trabalho permitidos

5.5.8 Deve ser efetuado um cálculo de custos para cada aparelho, incluindo:

- custos de material

- gastos gerais

- custos de mão de obra.

As margens de lucro não devem ser incluídas.

5.5.9 O candidato deverá apresentar seus casos aos examinadores, incluindo a história clínica do indivíduo, razão da prescrição e resultado.

5.5.10 A avaliação dos casos relacionados aos temas de exame deve englobar todos os aspectos do trabalho apresentado.

5.5.11 O resultado final da seção prática é obtido através da média dos resultados:

- do trabalho prático

- do resultado funcional

- da apresentação oral.

5.6. Repetição de exames

5.6.1 Normalmente, os candidatos têm o direito de repetir qualquer parte malsucedida do exame sob as condições estabelecidas pela banca de examinadores a partir de 6 meses após a conclusão do exame.

5.6.2 Os candidatos podem repetir qualquer parte do exame normalmente até um máximo de três (3) tentativas.

6. RECONHECIMENTO DA ISPO DOS CURSOS PARA A CATEGORIA II

Os cursos que satisfazem os requisitos da ISPO com respeito a este pacote de informações podem se submeter a um processo de seleção para obter o reconhecimento da ISPO. Este recurso já foi utilizado por várias agências não governamentais como a Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ) e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC). O reconhecimento da ISPO constitui uma garantia para o governo ou para outras agências de fomento de que todos os cursos de treinamento para técnicos ortopédicos assim aprovados atendem a padrões internacionalmente aceitos.

A instituição interessada deverá responder a um questionário, que visa obter informações detalhadas sobre o curso em si e a respectiva infraestrutura operacional. O questionário atual encontra-se no Anexo B.

Se as respostas indicarem que o curso atende aparentemente aos requisitos mínimos, a ISPO organizará uma inspeção, financiada pela instituição interessada e coincidindo preferivelmente com o exame final. O foco da inspeção concentra-se nos seguintes pontos:

i) nível básico para iniciar o curso

ii) conteúdo do curso com relação a temas teóricos, prática de oficina, prática clínica

iii) duração do curso total e horas disponíveis para a instrução

iv) reconhecimento do curso pelas autoridades da educação e da saúde

v) nível de treinamento em comparação com outros profissionais paramédicos

vi) equipe de professores disponível para os temas teóricos

vii) equipe de professores disponível para as áreas de próteses e órteses

viii) exame adequado de todos os temas

ix) alto padrão de trabalho prático e clínico

x) taxas de insucesso

xi) acesso aos pacientes

xii) acesso a pessoal médico e a outros paramédicos

xiii) materiais de aprendizagem

xiv) instalações como salas de aula, oficinas, equipamento, áreas clínicas

xv) oportunidades de emprego para graduados

xvi) programas de estágio

xvii) certificação do curso

xviii) permanência do curso

Se a inspeção indicar que o curso atende aos requisitos para a formação e treinamento da Categoria II, ele será reconhecido pela ISPO por um período de três anos. A manutenção do reconhecimento exige uma inspeção da ISPO a cada três anos.

7. REGISTRO NA ISPO

O profissional da Categoria II que concluir o curso reconhecido pela ISPO será registrado pela instituição junto à ISPO, tendo o direito, então, de se intitular

Técnico Ortopédico registrado na ISPO

(Categoria II)

Existe, porém, um caminho alternativo para a obtenção do registro na ISPO, ao qual fizemos uma referência no procedimento de exame (Seção 5). Um candidato com um mínimo de cinco anos de experiência clínica profissional, de posse de um certificado de ensino médio e que possa comprovar sua formação complementar nas áreas incluídas nos objetivos de aprendizagem (Seção 4) pode, sob circunstâncias especiais, apresentar-se ao exame final em curso reconhecido pela ISPO. Subsequentemente à conclusão bem-sucedida de todas as etapas do exame, esse candidato também será registrado junto à ISPO pela instituição.

Com esta opção para se chegar à qualificação, não se pretende comprometer os padrões, mas proporcionar acesso a uma qualificação reconhecida a candidatos que percorreram um caminho fragmentado ou não convencional durante o treinamento. Para todos esses esquemas, é necessária a prévia aprovação da ISPO.

8. REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA

Nações Unidas (1969). Report of the United Nations inter-regional seminar on standards for the training of prosthetists (Relatório do Seminário inter-regional das Nações Unidas sobre os padrões para o treinamento de protesistas), Holte, Dinamarca 1-9 de julho de 1969 - Nova York: ONU.

International study week on prosthetic/orthotic education (Semana de estudos internacionais sobre a formação protética/ortética) (1976). / publicado por J Hughes. - Edimburgo: Departamento de Saúde escocês.

ISPO (1985). Report of ISPO Workshop on prosthetics and orthotics in the developing world with respect to training and education and clinical services (Relatório do workshop da ISPO sobre Protética e Ortética nos países em desenvolvimento sob os aspectos de treinamento, formação e serviços clínicos), Moshi, Tanzânia 6-12 de maio de 1984. / publicado por NA Jacobs, G Murdoch. - Copenhague, Dinamarca: ISPO.

ISPO (1987). Report of ISPO Workshop on training and education in prosthetics and orthotics for developing countries (Relatório do workshop da ISPO sobre treinamento e formação em Protética e Ortética para os países em desenvolvimento), Jönköping, Suécia, 12-16 de agosto de 1985. / publicado por K Öberg, G Murdoch, NA Jacobs. - Copenhague, Dinamarca: ISPO.

ISPO (1988). Report of ISPO Workshop on up-grading in prosthetics and orthotics for technicians from developing countries trained on short courses (Relatório do workshop da ISPO sobre atualização em Protética e Ortética para técnicos de países em desenvolvimento treinados em cursos rápidos), Glasgow, Escócia 19-25 de julho de 1987. / publicado por G Murdoch, NA Jacobs. - Copenhague, Dinamarca: ISPO.

Guidelines for training personnel in developing countries for prosthetic and orthotic services (Diretrizes para o pessoal de treinamento nos países em desenvolvimento para serviços de próteses e órteses) (1990). OMS/RHS/90.1 - Genebra: OMS.

Anexo A

PERFIL PROFISSIONAL PARA A CATEGORIA I

(PROTESISTA/ORTESISTA, ENGENHEIRO ORTOPEDISTA, MESTRE ORTOPEDISTA, ETC.)

O perfil profissional abaixo baseia-se no relatório do Seminário Inter-regional das Nações Unidas sobre os Padrões para o Treinamento de Protesistas (ONU, 1968) - o chamado Relatório Holte, tendo sido modificado para atender às Diretrizes para o pessoal de treinamento nos países em desenvolvimento para serviços de próteses e órteses (OMS, 1990) e posteriormente aprimorado pelos Comitês de Certificação e Formação da ISPO.

A.1 Cuidados ao paciente

Formulação do tratamento

A.1.1 Participa como membro integral da equipe clínica em exames e prescrições, bem como no aconselhamento relativo ao design da interface do aparelho protético/ortético, incluindo o encaixe ou a interface corpo/aparelho, a suspensão e a seleção de componentes adequados.

A.1.2 Presta assistência e aconselhamento em aspectos relevantes do gerenciamento pré/pós-cirúrgico, médico e terapêutico de indivíduos que necessitam de aparelhos protéticos/ortéticos.

A.1.3 Faz registros e relatórios de todas as informações pertinentes no que diz respeito aos pacientes e suas famílias, incluindo uma determinação das expectativas e necessidades.

A.1.4 Comunica as informações apropriadas aos pacientes e às suas famílias.

Adaptação, confecção e tratamento

A.1.5 Supervisiona e direciona as atividades do técnico ortopédico e do técnico responsável pela adaptação e confecção.

A.1.6 Identifica as características físicas e outras características relevantes do paciente.

A.1.7 Elabora projetos de próteses e órteses, incluindo a seleção de materiais, componente e meios auxiliares adicionais.

A.1.8 Executa todos os moldes e medições necessários à confecção e à adaptação adequadas.

A.1.9 Modifica modelos positivos e/ou negativos e/ou layouts de desenho para obter ajuste e alinhamento ideais.

A.1.10 Executa a adaptação, o alinhamento estático e dinâmico e, se for o caso, o treinamento preliminar e a conferição inicial.

A.1.11 Executa e/ou supervisiona a confecção da prótese ou da órtese.

Avaliação e acompanhamento

A.1.12 Aconselha a equipe e participa diretamente da conferição final e da avaliação do ajuste, funcionamento e estética.

A.1.13 Instrui o paciente ou a família na utilização e nos cuidados com o aparelho.

A.1.14 Participa dos procedimentos de acompanhamento, bem como da manutenção, reparos e substituição do aparelho.

A.1.15 Reconhece a necessidade de repetir qualquer uma das etapas identificadas, a fim de otimizar o ajuste e o funcionamento.

A.1.16 Colabora e realiza consultas com outros profissionais envolvidos no gerenciamento do paciente.

A.2 Gerenciamento e supervisão

A.2.1 Supervisiona a atividade do pessoal de apoio conforme o caso.

A.2.2 Gerencia as atividades clínicas e de laboratório/oficina que lhe foram atribuídas, incluindo:

1. utilização e manutenção de ferramentas e equipamento

2. manutenção da segurança no ambiente de trabalho e nos procedimentos

3. inventário e controle de estoque

4. assuntos de pessoal

5. assuntos financeiros

6. arquivamento adequado

7. gerenciamento da qualidade total

A.2.3 Aprimora métodos de trabalho visando aumentar a eficiência.

A.2.4 Interage com grupos profissionais e, se for o caso, com agências governamentais e não governamentais.

A.2.5 Participa do planejamento e da implementação de sistemas de cuidados de ortopedia técnica.

A.3 Treinamento e formação

A.3.1 Supervisiona e conduz a formação e o treinamento de indivíduos na Categoria I (protesista/ortesista), Categoria II (técnicos ortopédicos) e Categoria III (técnicos).

A.3.2 Realiza palestras e demonstrações aos colegas de profissão ou de outras profissões relacionadas a próteses/órteses, e também a outros grupos interessados.

A.3.3 Deve participar e contribuir para o processo de desenvolvimento profissional contínuo.

A.3.4 Mantém-se a par das evoluções recentes em próteses/órteses.

A.4 Serviços comunitários

A.4.1 Efetua uma contribuição profissional e participa de programas comunitários de reabilitação.

A.5 Pesquisa e desenvolvimento

A.5.1 Efetua uma avaliação contínua de suas atividades.

A.5.2 Participa da avaliação formal e de programas de pesquisa.

A.5.3 Participa de encontros científicos/profissionais e contribui com artigos em jornais científicos/profissionais.

A.6 Requisitos médicos, legais e éticos

A.6.1 Fornece os cuidados ao paciente obedecendo a um código de ética para protesistas/ortesistas reconhecido.

A.6.2 Fornece cuidados ao paciente que atendem às exigências médicas/legais.

Anexo B

[pic]

QUESTIONÁRIO A SER RESPONDIDO PELAS INSTITUIÇÕES DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO INTERESSADAS EM OBTER O RECONHECIMENTO DA ISPO

Geral:

Nome da instituição ______________________________________________________________________

Endereço ______________________________________________________________________________

Nome do diretor _______________________________________________________________________

Instituição fundada por: (marque com um ⎫)

Governo ρ

Universidade ρ

Entidade beneficente ρ

Entidade particular ρ

Associada a: (marque com um ⎫)

Governo ρ

Universidade ρ

Outras instituições educacionais ρ

Hospitais ρ

Número de habitantes na região geográfica do instituto ou

escola de próteses/órteses Número ____________

Número estimado de deficientes que necessitam de aparelhos

protéticos, ortéticos ou outros auxílios na região Número ____________

Principais causas de deficiência (lesões e doenças) ______________________________________________

______________________________________________________________________________________

Descreva resumidamente a natureza dos serviços protéticos/ortéticos oferecidos _____________________________________

______________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

Quantos pacientes que buscam uma protetização estão disponíveis

para fins de ensino?

Hemipelvectomia Número __________

Desarticulação do quadril Número __________

Transfemoral Número __________

Desarticulação do joelho Número __________

Transtibial Número __________

Desarticulação do tornozelo Número __________

Parcial do pé Número __________

Membro superior Número __________

Quantos pacientes que buscam uma ortetização estão disponíveis

para fins de ensino? Número ___________

Órteses de joelho-tornozelo-pé (tutores, talas, etc.) Número ___________

Órteses de tornozelo-pé (tutores curtos, etc.) Número ___________

Órteses espinhais Número ___________

Calçados ortopédicos Número ___________

Outros meios auxiliares - muletas, bengalas, andadores, cadeiras de rodas Número ___________

Órteses de membro superior Número ___________

Os pacientes protetizados/ortetizados pelos alunos no decurso de

sua formação e treinamento:

são utilizados apenas como modelos? Sim/Não

ou

são protetizados/ortetizados como parte do tratamento? Sim/Não

Requisitos básicos:

Descreva os requisitos básicos para a admissão dos alunos no curso:

_______________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

Conteúdo curricular:

Ciências da Vida (incluindo anatomia, fisiologia, etc.) Horas _____________

Mecânica Horas _____________

Biomecânica Horas _____________

Tecnologia (inc. eletrotecnologia, ciência de materiais, etc.) Horas _____________

Matemática (e estatística) Horas _____________

Desenho técnico Horas _____________

Ciências de Próteses e Órteses Horas _____________

Gerenciamento de oficinas Horas _____________

Estudos clínicos Horas _____________

Outros _________________________________________________ Horas _____________

______________________________________________________ Horas _____________

______________________________________________________ Horas _____________

Total de horas de ensino em sala de aula Horas _____________

Total de horas de prática em laboratório (oficina) Horas_____________

Total de horas de trabalho clínico (contato com o paciente) Horas _____________

Horas de ensino/instrução por dia Número ___________

Dias por semana Número ___________

Semanas por ano Número ___________

Anos para concluir o curso Número ___________

Quais os idiomas usados no curso de formação e treinamento? _________________________________

_____________________________________________________________________________________

Avaliação e qualificação:

Métodos de avaliação: (marque com um ⎫)

Avaliação contínua ρ

Exame escrito ρ

Exame oral (viva voz) ρ

Testes práticos ρ

Projetos ρ

Descreva o procedimento de exame final _____________________________________________________

___________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________

Em caso de insucesso do candidato, quais são as condições para

repetir os exames ou etapas do curso

___________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________

Tipo de qualificação concedida no final da formação e treinamento ______________________________

____________________________________________________________________________________

Título concedido ao candidato bem-sucedido ________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Do ponto de vista da instituição, este título equivale a: (marque com um ⎫)

Protesista/Ortesista ρ

Mestre ortopedista ρ

Técnico ortopédico ρ

Outros ρ

Instalações:

Salas de aula Número _______ Dimensões ________

Laboratórios/oficinas de ensino Número _______ Dimensões ________

Salas de consulta Número _______ Dimensões ________

Salas de medição e moldes Número _______ Dimensões ________

Salas de gesso Número _______ Dimensões ________

Oficinas de órteses Número _______ Dimensões ________

Oficinas de próteses Número _______ Dimensões ________

Oficinas de plásticos Número _______ Dimensões ________

Oficinas de engenharia Número _______ Dimensões ________

Outras oficinas de confecção Número _______ Dimensões ________

Descrição ____________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

Bibliotecas (descreva) _________________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

Instalações de pesquisa (descreva) _______________________________________________________________

______________________________________________________________________________________

Equipe de formação e treinamento

Instrutores:

Protesistas (mestres ortopedistas) Categoria I Número ___________

Ortesistas (mestres ortopedistas) Categoria I Número ___________

Técnicos ortopédicos Categoria II Número ___________

Instrutores para confecção Categoria III Número ___________

Médicos/cirurgiões Número ___________

Terapeutas (fisioterapeutas e ocupacionais) Número ___________

Bioengenheiros Número ___________

Engenheiros Número ___________

Docentes externos:

Médicos Número ___________

Cirurgiões Número ___________

Terapeutas Número ___________

Ortesistas Número ___________

Protesistas Número ___________

Bioengenheiros Número ___________

Engenheiros Número ___________

Alunos:

Número de alunos iniciantes em cada um destes anos |

1993 |

1994 |

1995 |

1996 |

1997 |

1998 |

1999 |

2000 |

2001 |

2002 | | | | | | | | | | | | | |

Número de qualificados | | | | | | | | | | | |

Descreva o tipo e a duração de programas estágios, se houver __________________________________

_____________________________________________________________________________________

Emprego:

O que se sabe sobre a colocação profissional dos seus graduados no seu país?

Especifique: (por ex., instituições governamentais ou hospitais, universidades ou entidades

particulares? ____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Seus salários e status equivalem-se aos de um (marque com um ⎫)

Médico ρ

Terapeuta ρ

Enfermeiro ρ

Laboratorista ρ

O que se sabe sobre a colocação profissional dos seus graduados em outros países?

Especifique aqui ____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________

Seus salários e status equivalem-se aos de um (marque com um ⎫)

Médico ρ

Terapeuta ρ

Enfermeiro ρ

Laboratorista ρ

Taxas:

Taxa anual para o curso de formação e treinamento __________ Para ________ anos

Paga pelo: (marque com um ⎫)

Aluno ρ

Governo ρ

Entidade beneficente ρ

Outros ρ

Anexo C

DIRETRIZ PARA O CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO DE QUALIFICAÇÃO DE TRÊS ANOS

COMO

TÉCNICO ORTOPÉDICO

Cabe ressaltar que essa diretriz é apenas uma recomendação com o intuito de auxiliar aqueles envolvidos na estruturação de um curso. Baseia-se em um ano letivo de 46 semanas com 30 horas de aula por semana. Por conseguinte, a carga horária do conteúdo teórico é atribuída aos temas em múltiplos de 23. Visto que a flexibilidade necessária é maior no ensino prático, o conteúdo prático total é um múltiplo de 23.

Este curso é destinado aos alunos que concluíram com sucesso dez ou onze anos de educação escolar.

SUMÁRIO DO CURSO

PRIMEIRO ANO

Temas teóricos Carga horária

Anatomia / Histologia / Fisiologia 46

Tecnologia de materiais 46

Biomecânica 115

Mecânica 46

Matemática 46

Tecnologia de oficina 92

Informação geral - Técnica ortopédica 23

Desenho técnico 138

Total 552

Instrução prática

Técnicas básicas de oficina 67

Órteses para instabilidade segmentar 27

Órteses articulares 164

Órteses de membros inferiores 278

Órteses lombossacrais modulares 28

Órteses toracolombossacrais 30

Atividade clínica 86

Órteses de membro superior 148

Total 828

SEGUNDO ANO

Temas teóricos

Anatomia/ Fisiologia 46

Tecnologia de materiais 46

Biomecânica 115

Mecânica 46

Matemática 46

Tecnologia de oficina 46

Desenho técnico 92

Eletrotecnologia 23

Total 460

Instrução prática

Órteses de imobilização espinhal 34

Órteses de correção espinhal 44

Confecção de componentes protéticos 88

Execução de moldes negativos do membro inferior 72

Próteses transtibiais e de desarticulação do tornozelo 240

Próteses transfemorais 264

Atividade clínica 88

Próteses de membro superior 46

Próteses de desarticulação do quadril/hemipelvectomia 44

Total 920

TERCEIRO ANO

Temas teóricos

Anatomia funcional 46

Patologia 92

Biomecânica 138

Ciências clínicas 69

Tecnologia de oficina 46

Gerenciamento administrativo de oficina ortopédica 46

Eletrotecnologia 23

Total 460

Instrução prática

Órteses de pé - suportes dorsais do pé 63

Órteses de tornozelo-pé para pé torto 63

Órteses de membro inferior 272

Próteses de membro inferior 332

Órteses de mão 63

Órteses espinhais 105

Histórico de caso/arquivamento 22

Total 920

PRIMEIRO ANO

Conteúdo teórico

Anatomia/ Histologia / Fisiologia

Introdução aos elementos básicos do tecido conjuntivo, à estrutura do esqueleto e das articulações e à anatomia detalhada do membro inferior

Carga horária

Célula, tecido e sistemas de órgãos 6

Esqueleto, articulações 4

Sistema muscular, fisiologia 5

Sistema nervoso 7

Sistema esquelético dos membros inferiores 16

Sistema muscular dos membros inferiores 8

Total 46

Tecnologia de materiais

Introdução à composição, propriedades e tratamento de materiais metálicos e não metálicos utilizados em próteses e órteses. Biocompatibilidade e sensibilidade aos materiais

Carga horária

Testes mecânicos 3

Metal 12

Madeira 5

Couro 8

Gesso de Paris 4

Plásticos 10

Adesivos 4 Total 46

Biomecânica

Introdução aos conceitos básicos e à terminologia, bem como estudo detalhado da biomecânica da locomoção humana e das órteses de membro inferior

Carga horária

Introdução 3

Terminologia 3

Planos do corpo humano e função articular 7

Músculos – introdução 6

Locomoção humana 18

Ortética dos membros inferiores 18

Biomecânica geral - design e construção

Biomecânica - ortética dos membros inferiores 60

Construções articulares/órteses de pernas/talas noturnas/órteses de pé

Órteses de tornozelo-pé

Órteses de joelho

Órteses de quadril

Órteses para doença do neurônio motor superior

Total 115

Mecânica

Introdução aos conceitos básicos de mecânica e sua aplicação na biomecânica e na prática de oficina

Carga horária

Cinemática 8

Dinâmica 5

Estática 7

Mecânica do movimento 9

Momento e impulso 8

Dinâmica de corpos em rotação 9

Total 46

Matemática

Matemática básica para a aplicação na mecânica e biomecânica

Carga horária

Equações e determinantes 8

Funções algébricas e trigonométricas 9

Vetores 7

Teoremas geométricos e exemplos de congruência 4

Equações trigonométricas simples 7

Geometria (triângulos, quadriláteros, círculos) 8

Teorias da semelhança 3

Total 46

Tecnologia de oficina

Construção, utilização, conservação e manutenção de ferramentas manuais e de máquinas-ferramenta, bem como de instrumentos de teste e medição: saúde e segurança no ambiente de trabalho

Carga horária

Ferramentas manuais 6

Ferramentas de perfuração e de corte 8

Lixas, cinzéis, serras e cortadores de metal 10

Brasagem e soldagem 16

Máquinas-ferramenta 35

Compressores, bombas de vácuo e coletores de fumaça e poeira 6

Seleção de equipamentos e layout de oficinas 6

Saúde e segurança no local de trabalho 5

Total 92

Informação geral - Técnica ortopédica

Introdução aos aspectos econômicos da assistência à saúde e ao planejamento e distribuição do serviço: planejamento e implementação de serviços de aparelhos ortopédicos

Carga horária

Economia no setor de saúde pública 3

Métodos de planejamento e distribuição 4

Definição de prioridades no setor de saúde pública 5

Criação de um centro de aparelhos ortopédicos em países em desenvolvimento 6

Cuidados de técnica ortopédica 5

Total 23

Desenho técnico

Técnicas básicas e prática do desenho técnico

Carga horária

Introdução ao desenho técnico 10

- padrões básicos

Construção geométrica básica 34

Desenho em projeção 50

Representação gráfica: 44

dimensões e seções transversais

Total 138

PRIMEIRO ANO

Conteúdo prático

Tópico Carga horária

Técnicas básicas de oficina 67

Utilização de máquinas e equipamentos, como

máquinas de costura, máquinas de vácuo,

lixadeiras, etc.

Órteses para instabilidade segmentar 27

Técnicas básicas de fundição

Órteses articulares 164

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

construção, montagem e adaptação de:

órtese de joelho

órtese de tornozelo

órtese cervical - semiconcha

órteses de suporte espinhal com almofada posterior

Órteses de membros inferiores 278

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

construção, montagem e adaptação de:

órtese de joelho-tornozelo-pé com apoio isquiático

órtese de joelho-tornozelo-pé com encaixe em anel (tala de Thomas)

Órteses lombossacrais modulares 28

Medição, adaptação e acabamento

OrthosesÓrteses toracolombossacrais 30

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

construção, montagem e adaptação

Atividade clínica 86

Experiência de ortetização em diferentes patologias no

ambiente clínico

Órteses de membro superior 148

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

construção, montagem e adaptação de:

Órteses de oposição para a imobilização do polegar

Órtese de posicionamento de punho-mão

Órtese de punho-mão

Órtese de flexão e extensão de dedos

Órtese de punho-mão para flexão/extensão de dedos, por. ex, Engen

Total 828

SEGUNDO ANO

Conteúdo teórico

Anatomia / Fisiologia

Introdução à anatomia e à fisiologia detalhadas da coluna vertebral e do tronco, membro superior e cintura escapular; elementos básicos da pele, sistemas cardiovascular, respiratório, digestivo e urinário; sistema imune, órgãos secretores e sistema nervoso

Carga horária

Coluna vertebral e tórax 6

Cintura escapular e membros superiores 5

Sistema muscular do tronco e membros superiores 7

Pele 4

Coração e sistema circulatório 6

Sistema respiratório 5

Sistema digestivo 4

Sistema imune 3

Sistema endócrino 3

Sistema nervoso 2

Total 46

Tecnologia de materiais

Utilização dos plásticos em próteses e órteses, suas propriedades e processos de soldagem apropriados

Carga horária

Materiais plásticos 36

Sinterização 5

Soldagem de plásticos 5

Total 46

Biomecânica

membros inferiores; biomecânica das órteses espinhais

Carga horária

Próteses de membro inferior 18

Biomecânica de próteses transtibiais 10

Próteses transtibiais - tecnologia atual 6

Biomecânica de próteses transfemorais 14

Formas e sistemas de encaixe 14

Tecnologia de encaixe 6

Componentes protéticos 13

Biomecânica geral da coluna vertebral e do tronco 15

Biomecânica das órteses espinhais 12

Anatomia funcional do membro inferior 7

Total 115

Mecânica

Estática e cinética e suas aplicações em próteses e órteses; leis físicas, suas derivações matemáticas e aplicações; métodos de solução de problemas

Carga horária

Forças estáticas em planos e no espaço, momento 5

Estática de estruturas 3

Trabalho, inércia, atrito 6

Tensão, deformação e lei de Hooke 9

Teoria de viga 5

Torção 5

Movimentos de centro de gravidade 7

Cinética do sistema de gravidade, vibração (oscilações) 6

Total 46

Matemática

Sequências numéricas e valores limitantes; cálculo diferencial e integral e suas aplicações; funções

Carga horária

Sequência numérica e valores limitantes; valores limitantes de funções 5

Fundamentos do cálculo diferencial e integral 6

Cálculo integral 6

Uso do cálculo diferencial e integral 9

Sequências 5

Funções com múltiplas variáveis 6

Funções logarítmicas e exponenciais 4

Aplicações matemáticas práticas 5

Total 46

Tecnologia de oficina

Características, uso, conservação e manutenção de ferramentas manuais e máquinas-ferramenta utilizadas em protética e ortética; segurança em oficinas

Carga horária

Ferramentas manuais e máquinas-ferramenta 20

Prevenção de acidentes no local de trabalho 4

Máquinas e ferramentas para utilizar em plásticos 7

Colagem e adesão 4

Máquinas e ferramentas para o trabalho com madeira 3

Remodelagem 3

Lixamento e polimento de plásticos 2

Normas e regulamentos de segurança 3

Total 46

Desenho técnico

Continuação dos fundamentos de representação gráfica e sua aplicação prática em protética e ortética

Carga horária

Revisão do trabalho do primeiro ano 10

Apresentação de pontos de interseção 20

Composição de esboços e desenhos de trabalho 40

Criação de desenhos de trabalho (projeto) 22

Total 92

Eletrotecnologia

Introdução aos princípios da teoria e da prática elétrica e suas aplicações em protética e ortética

Carga horária

Conceitos/unidades básicos 6

Circuitos CC 3

Indutância/capacitância 5

Segurança de circuitos CA 5

Segurança 4

Total 23

SEGUNDO ANO

Conteúdo prático

Tópico Carga horária

Órteses de imobilização espinhal 34

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

Construção e adaptação de órteses de imobilização espinhal de plástico.

Órteses de correção espinhal 44

('Cheneau' ou outro tipo)

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, montagem e adaptação

inicial.

Confecção de componentes protéticos 88

Construção de um pé SACH (Solid Ankle Cushion Heel); construção de

componentes de joelho/tíbia de eixo simples com ou sem trava de joelho; reparo de

próteses usadas.

Execução de moldes negativos do membro inferior 72

Técnicas de moldagem para próteses:

Apoio no tendão patelar (PTB)

Kondylen Bettung Münster (KBM)

Apoio no tendão suprapatelar (PTS)

Amputações de pé (Syme, Piragoff e de antepé)

Próteses transtibiais e de desarticulação do tornozelo 240

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, construção, montagem,

alinhamento e adaptação de: desarticulação de tornozelo

Transtibial com suspensão supracondilar

Transtibial com tala lateral e articulações, coxal de couro

Revisão seletiva transtibial

Próteses transfemorais 264

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, construção, montagem,

alinhamento e adaptação de próteses:

Transfemorais com articulações de joelho e tornozelo de eixo simples

e encaixe de verificação transparente

Transfemorais como acima com encaixe laminado

Transfemorais com articulação de joelho de eixo simples, pé SACH

e encaixe de madeira quadrilátero

Revisão seletiva transfemoral

Atividade clínica 88

Atividades de prescrição, adaptação e conferição com a equipe clínica

Próteses de membro superior 46

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, construção, montagem

e adaptação de próteses:

encaixe de suspensão supracondilar

Transradial

Transumeral

Próteses de desarticulação do quadril/transpélvicas 44

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, confecção e adaptação

de encaixes

Total 920

TERCEIRO ANO

Conteúdo teórico

Anatomia funcional

Estudo detalhado da anatomia funcional dos membros superiores e inferiores, da coluna vertebral; função dos músculos e das articulações e da interação entre as diversas articulações e grupos musculares; relação entre a anatomia funcional e o tratamento protético/ortético

Carga horária

Articulações dos membros superiores 9

Músculos dos membros superiores 8

Articulações dos membros inferiores 5

Músculos dos membros inferiores 11

Articulações da coluna vertebral 8

Músculos da coluna vertebral 5

Total 46

Patologia

Estudo da patologia sistemática e da patologia das doenças ortopédicas, sua etiologia, progresso e tratamento médico e protético/ortético

Carga horária

Patologia sistemática

Doenças inflamatórias 9

Doenças degenerativas 2

Condições pós-traumáticas 4

Tumores 3

Distúrbios metabólicos 3

Deformidades congênitas 3

Necrose óssea asséptica 5

Paralisia decorrente de lesões neurais 5

Distúrbios circulatórios 3

Patologia especial

Amputação 6

Síndrome de Sudeck 2

Torcicolo/deformidades do tórax 2

Doenças da coluna vertebral 12

Doenças da pelve e do quadril e deformidades dos membros inferiores 6

Doenças do joelho 3

Doenças do pé 4

Doenças do ombro, cotovelo e mão 4

Revisão de patologias selecionadas do membro inferior e da coluna vertebral 16

Total 92

Biomecânica

Estudo detalhado da biomecânica da marcha patológica e da adaptação de próteses dos membros superiores e inferiores

Carga horária

Marcha patológica 28

Próteses de membro inferior 60

Função e substituição protética do membro superior 50

Total 138

Ciências clínicas

Aplicação da anatomia, fisiologia, patologia e biomecânica à ortopedia clínica; históricos de caso e exames clínicos, prescrição, acompanhamento e reabilitação; ética profissional

Carga horária

Métodos de exame 11

Membros inferiores 18

Membros superiores 14

Coluna vertebral 13

Procedimentos de prescrição 6

Procedimentos de exame de acompanhamento 2

Ética profissional 5

Total 69

Tecnologia de oficina

Aplicação dos procedimentos de alinhamento estático e dinâmico a próteses transtibiais e transfemorais; procedimentos de moldagem, fundição e construção; acabamento

Carga horária

Princípios do alinhamento estático de próteses 15

Alinhamento de próteses transfemorais 9

Alinhamento de próteses transfemorais

- erros e consequências 6

Próteses transtibiais 3

Execução de moldes negativos e medição 9

Alinhamento de próteses transtibiais 4

Total 46

Gerenciamento administrativo de oficina ortopédica

Fundamentos do gerenciamento administrativo e sua aplicação na oficina ortopédica; economia orientada ao mercado; cálculos de custos e faturamento, folhas de balanço; otimização dentro de um dado enquadramento econômico

Carga horária

Objetivos econômicos, precificação, lucratividade 8

Gerenciamento 10

Cálculos de custos 6

Contabilidade e relação de interpretação 5

Informação sobre investimento 8

Inventário, contabilidade, custos diretos e indiretos 5

Cálculo de custos e estudos de caso 4

Total 46

Eletrotecnologia

Extensão da aplicação dos princípios da teoria elétrica em protética e ortética e na prática de oficina

Carga horária

Conceitos básicos 3

Circuitos 3

Transformadores 3

Fontes de alimentação 3

Amplificadores 5

Retroalimentação 3

Mioeletrodos 2

Segurança 1

Total 23

TERCEIRO ANO

Conteúdo prático

Tópico Carga horária

Órteses de pé - suportes dorsais do pé para deformidades de pé torto, varo, chato 63

modificações de calçados

Traçado/execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, confecção,

adaptação, ajuste e entrega

Órteses de tornozelo-pé (tala noturna curta) para pé torto 63

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, confecção, corte, adaptação e fixação

de tiras

Órteses de membro inferior 272

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, confecção e

adaptação de órteses:

Joelho-tornozelo-pé (tala noturna longa de perna) Tornozelo-pé (pé caído, para usar no calçado) Tornozelo-pé (para posicionamento e alívio de carga) joelho-tornozelo-

pé (para posicionamento e alívio de pressão) Joelho-tornozelo-pé (com

encaixe em anel - tala de Thomas)

Próteses de membro inferior 332

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

construção, montagem, alinhamento e adaptação de próteses: desarticulação do tornozelo

ou parcial do pé Transtibial (KBM, PTB ou outra)

Transtibial (com articulações laterais e coxal)

Desarticulação de joelho (modular com articulação de joelho de 4 talas ou de construção

exoesquelética)

Transfemoral (sem sucção e com suspensão auxiliar) Transfemoral

(contato total, encaixe de sucção) Desarticulação de quadril

(tipo canadense)

Órteses de mão 63

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos, confecção e

adaptação de órteses:

Punho-mão (posicionamento)

Mão (imobilização do polegar)

Mão (imobilização da articulação IFD)

Órteses espinhais 105

Execução de moldes negativos, retificação de moldes positivos,

confecção e adaptação de órteses:

Toracolombossacral (colete com termoplástico)

Toracolombossacral (escoliose, do tipo Cheneau)

Histórico de caso/arquivamento 22

Informação do paciente, história médica, prótese atual, entrega

da prótese

Total 920

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