RELATÓRIO DO ESTADO DAS CULTURAS E PREVISÃO DE COLHEITAS

[Pages:22]RELAT?RIO DO ESTADO DAS CULTURAS E PREVIS?O DE COLHEITAS

FEVEREIRO DE 2021

Divis?o de Planeamento, Ajudas e Estat?stica

Delega??es da DRAP Norte

Projeto realizado em parceria com o Instituto Nacional de Estat?stica

ESTADO DAS CULTURAS E PREVIS?O DE COLHEITAS Divis?o de Planeamento, Ajudas e Estat?stica Rua da Rep?blica, 133 5370 ? 347 Mirandela + 351 27 826 09 00 dsce.dpae@.pt

?ndice

1 Introdu??o _________________________________________________________ 2 2 Estado do tempo e sua influ?ncia na agricultura __________________________ 2

2.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho_____________________________________ 2 2.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes__________________________________________ 4 3 Cereais Praganosos para gr?o (Trigo, Centeio, Aveia, Cevada e Triticale) ______ 6 3.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho_____________________________________ 6 3.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes__________________________________________ 7 4 Olival para azeite e outras culturas arb?reas _____________________________ 8 4.1 Sub-Regi?o de Entre Douro e Minho _____________________________________ 8 4.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes__________________________________________ 9 5 Prados, pastagens e culturas forrageiras ________________________________ 12 5.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho____________________________________ 12 5.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes_________________________________________ 13 6 Fitossanidade _____________________________________________________ 14 6.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho____________________________________ 14 6.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes_________________________________________ 14 7 COVID19 ? Impacto da pandemia no sector agr?cola _____________________ 15 8 Nota Metodol?gica _________________________________________________ 16 9 Tabelas com previs?es das ?reas semeadas, das produtividades e estimativas da produ??o_____________________________________________________________ 18

Foto da capa de Rui Eug?nio: Amendoeiras em flor e outras ainda sem evidencias da fase de flora??o, na zona de observa??o do Douro Superior.

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1 Introdu??o

Neste m?s de fevereiro a quantidade de precipita??o foi relevante, constituindo um fator positivo, pois possibilitou um aumento das reservas h?dricas, superficiais e subterr?neas, no entanto, teve o inconveniente de dificultar a realiza??o de uma s?rie de tarefas agr?colas. Relativamente ?s temperaturas m?dias, sobretudo a m?dia das m?nimas, a um janeiro mais frio, sucedeu um fevereiro mais temperado. Por esse motivo, muitas variedades de amendoeira entraram em flora??o mais cedo, como evidencia a fotografia que capeia o presente relat?rio.

As crescentes atualiza??es de aumento da produ??o de azeitona para azeite ao longo dos ?ltimos tr?s meses refletiram-se na produ??o de azeite, com um aumento pr?ximo de 20% relativamente ? campanha anterior.

2 Estado do tempo e sua influ?ncia na agricultura

2.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho

Em fevereiro, houve v?rios dias com per?odos de chuva intensa e persistente, acompanhados de vento forte e frio. No dia 9 houve ocorr?ncias de trovoada e queda de granizo. Por efeito da depress?o Karim, na noite de 19 e dia 20 choveu intensamente, com rajadas de vento forte.

A partir de dia 4 e durante aproximadamente uma semana, a temperatura m?nima desceu significativamente. A meio do m?s, a temperatura m?xima ficou amena, com os term?metros a chegar aos 22?C, mas acentuado arrefecimento noturno.

Os sucessivos per?odos de chuva (mesmo que fraca) impediram a boa saz?o dos solos, o que originou atraso nas sementeiras do centeio na zona de maior altitude (800 metros), assim como nas podas das culturas permanentes. Iniciaram-se os preparativos para a planta??o da batata nas hortas familiares. Os caudais das linhas de ?gua extravasaram os leitos, inundando campos marginais. A precipita??o intensa dos dias 19 e 20 originou alagamento nos terrenos de quota mais baixa, e a sua intensidade originou escorrimentos e abertura de valas em alguns terrenos com mais inclina??o. A precipita??o foi em quantidade suficiente para abastecer recursos h?dricos superficiais e subterr?neos, ainda que a situa??o seja diferenciada conforme se indica nos valores das bacias hidrogr?ficas.

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As bacias hidrogr?ficas da sub-regi?o do EDM, relativamente ? sua capacidade total de armazenamento, apresentam valores de 64.6 % na bacia do Lima, 75.4 % na bacia do C?vado e 97,3 % na bacia do Ave.

Foto Aurora Venade: In?cio de cheias no Rio Minho, na zona de observa??o do Vale do Minho.

Neste m?s de fevereiro a precipita??o ocorrida na sub-regi?o do EDM foi consideravelmente superior, por compara??o com a da Normal Climatol?gica para o mesmo per?odo. (gr?fico 1).

(mm)

280

260

240

220

200

180

160

140

Precip (EMA)

120 100

Precip (Normal)

80

60

40

20

0

Nov

Dez

Jan

Fev

Fonte: IPMA

Gr?fico 1. Precipita??o ocorrida nas Esta??es Meteorol?gicas Autom?ticas (EMA) do IPMA em 2021, na sub-regi?o do EDM por compara??o com as Normais climatol?gicas (1971-2000).

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A m?dia das temperaturas m?ximas, das m?dias e das m?nimas, verificadas neste m?s apresentaram valores muito acima, em cerca de dois graus, por compara??o com os valores verificados nas Normais Climatol?gicas para o mesmo per?odo (gr?fico 2).

(?C)

18,00

16,00

14,00 12,00 10,00

8,00 6,00 4,00 2,00

Tmax (EMA) Tmax (Normal) Tmed (EMA) Tmed (Normal) Tmin (EMA) Tmin (Normal)

0,00

Nov

Dez

Jan

Fev

Fonte: IPMA

Gr?fico 2. Temperaturas ocorridas nas EMA do IPMA em 2021, na sub-regi?o do EDM por compara??o com as Normais climatol?gicas (1971-2000).

2.2 Sub-Regi?o de Tr?s-os-Montes

Durante o m?s de fevereiro ocorreram v?rios per?odos de c?u muito nublado, com precipita??o significativa e o vento soprou por vezes moderado a forte, como por exemplo por altura da passagem da depress?o Karim. As neblinas e os nevoeiros matinais marcaram presen?a em alguns locais, verificandose, nomeadamente na ?ltima d?cada, algumas abertas com sol a partir do meio da manh?. As temperaturas oscilaram um pouco mas, genericamente, foram amenas e situaramse acima dos valores normais para a ?poca, o que se tornou mais evidente depois de um m?s de janeiro com preponder?ncia de valores abaixo das normais climatol?gicas. Estas condi??es meteorol?gicas originaram dificuldades para a realiza??o de certas tarefas agr?colas, como as podas e a prepara??o dos terrenos para as planta??es de culturas permanentes, assim como para o acesso dos animais a determinadas ?reas

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de pastoreio, devido ao encharcamento dos solos, mas foram um fator bastante positivo na recupera??o das reservas h?dricas por toda a regi?o No gr?fico 3 pode-se constatar que a precipita??o total ficou bastante acima da normal climatol?gica, contribuindo significativamente para um aumento das reservas h?dricas.

(mm)

180

160

140

120

100 Precip (EMA)

80 Precip (Normal)

60

40

20

0

Nov

Dez

Jan

Fev

Fonte: IPMA

Gr?fico 3. Precipita??o ocorrida nas EMA do IPMA em 2021, na sub-regi?o de TM por compara??o com as Normais climatol?gicas (1971-2000).

Quanto aos valores da temperatura, como se pode verificar no gr?fico 4, situaramse acima dos valores normais para a ?poca do ano, nomeadamente no que diz respeito ? m?nima.

(?C) 16,00

14,00

12,00

Tmax (EMA)

10,00 8,00 6,00 4,00 2,00

Tmax (Normal) Tmed (EMA) Tmed (Normal) Tmin (EMA) Tmin (Normal)

0,00

Nov

Dez

Jan

Fev

Fonte: IPMA

Gr?fico 4. Temperaturas ocorridas nas EMA do IPMA em 2021, na sub-regi?o de TM por compara??o com as Normais climatol?gicas (1971-2000).

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O n?vel global m?dio de armazenamento ?til, dos aproveitamentos hidroagr?colas da regi?o Norte, monitorizados pelos nossos servi?os de Ambiente e Infraestruturas, apresentou uma nova subida, sendo de 99,1% em 26/02/2021. Salienta-se que, dos 13 aproveitamentos hidroagr?colas monitorizados, 12 j? atingiram os 100% e o restante, o de Armamar, est? muito pr?ximo dos 89%.

Fotos Anabela Coimbra: Barragem de Nogueira em Bragan?a, zona de observa??o da Terra Fria, em 20 de janeiro (foto da esquerda) e em 18 de fevereiro de 2021 (foto da direita).

3 Cereais Praganosos para gr?o (Trigo, Centeio, Aveia, Cevada e Triticale)

3.1 Sub-Regi?o do Entre Douro e Minho

As sementeiras de aveia gr?o est?o praticamente conclu?das. As searas est?o com muito bom desenvolvimento vegetativo. A ?rea de aveia no Vale do Minho concentra-se no concelho de Valen?a, mas as condi??es meteorol?gicas impediram a sua sementeira que, previsivelmente, acontecer? durante esta semana, uma vez que a meteorologia aponta para melhoria nos pr?ximos dias. H? uma previs?o de que a produtividade da aveia para gr?o diminua, mas apenas ligeiramente, relativamente ao ano transato. A ?rea de centeio gr?o ? pouco significativa nos concelhos do Entre Douro e Minho e a tend?ncia ser? para diminuir, devido ao baixo interesse econ?mico e ? menor utiliza??o caseira das palhas.

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