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Momentos de instabilidade política em Mo?ambique - uma cronologiaSaiba quais foram os momentos mais marcantes que levaram à crise entre o maior partido da oposi??o em Mo?ambique, a RENAMO, e o Governo da FRELIMO. Soldados zimbabueanos patrulham a linha ferroviária do Corredor da Beira durante a guerra civil (foto de 1987) 1975Ao fim de mais de uma década de guerra de liberta??o, a República Popular de Mo?ambique é proclamada a 25 de junho por Samora Machel, Presidente da Frente de Liberta??o de Mo?ambique, FRELIMO, e primeiro Presidente do país. A Revolu??o dos Cravos, que, a 25 de abril do ano anterior, tinha derrubado a ditadura em Portugal, abriu o caminho para a independência das ent?o províncias ultramarinas (à exce??o da Guiné-Bissau, cuja independência foi proclamada unilateralmente a 24 de setembro de 1973, reconhecida internacionalmente, mas n?o por Lisboa) e a assinatura dos Acordos de Lusaka, a 7 de setembro de 1974, entre o Estado português e a FRELIMO. Na capital da Z?mbia é reconhecido o direito à independência do povo mo?ambicano e acordada a transferência de poderes. A FRELIMO assume o poder e declara Mo?ambique um estado monopartidário marxista.1976Eclode uma guerra civil entre o Governo da FRELIMO e os rebeldes da RENAMO, a Resistência Nacional Mo?ambicana. O conflito dura 16 anos. A maior parte deste período inclui-se na Guerra Fria, que se reflete nos apoios recebidos por um e pelo outro lados: a FRELIMO, de orienta??o marxista a partir de 1977, é apoiada por países como a Uni?o Soviética, enquanto a RENAMO recebe assistência da ?frica do Sul a partir de 1980, depois do colapso da Rodésia (atual Zimbabué). A República Democrática da Alemanha (RDA), a Alemanha Oriental, ajudou o Governo da FRELIMO. Na foto: tratores para os países socialistas de ?frica na fábrica "Traktorenwerk Sch?nebeck" 1990A FRELIMO abandona a ideologia marxista e revê a Constitui??o do país. O novo texto prevê um sistema político multipartidário. O país abre-se para uma economia de mercado. Governo e rebeldes reiniciam negocia??es no sentido de chegar a um cessar-fogo. Já antes, em 1984, as duas partes do conflito tinham assinado um cessar-fogo sob o Acordo de Nkomati. A condi??o, imposta no acordo, de que a FRELIMO retiraria o seu apoio ao Congresso Nacional Africano, ANC, e a ?frica do Sul, por sua vez, o seu à RENAMO n?osobrevivera muito tempo e este primeiro cessar-fogo saíra frustrado.1992FRELIMO e RENAMO assinam o Acordo Geral de Paz a 4 de outubro, em Roma, Itália. No fim da guerra, contam-se mais de um milh?o de mortos, a economia mo?ambicana está de rastos e o país é considerado o mais pobre do mundo. O Acordo Geral de Paz foi possível, a 4 de outubro de 1992, através de muitos mediadores 1994A FRELIMO vence as primeiras elei??es multipartidárias com 44% dos votos contra 38% da RENAMO. Joaquim Chissano é reeleito Presidente da República. Chissano tinha assumido o cargo, depois da morte de Samora Machel num acidente de avi?o em 1986.2000Mais de 40 pessoas s?o mortas em tumultos durante protestos da RENAMO contra as elei??es de 1999, nas quais Chissano tinha sido, mais uma vez, reeleito contra o seu adversário da RENAMO, Afonso Dhlakama. O maior partido da oposi??o protesta contra alegada falta de transparência no escrutínio, enquanto observadores internacionais afirmam que este foi livre e justo.2009O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, amea?a recome?ar a guerra depois de voltar a perder as elei??es presidenciais contra Armando Emílio Guebuza, candidato da FRELIMO. Em 2005, Guebuza tinha sido nomeado chefe de Estado, depois de vencer as presidenciais de novembro do ano anterior. A RENAMO volta a acusar a FRELIMO de fraude perante o resultado: 75% para Armando Guebuza. Desta vez, também observadores acusam a Comiss?o Nacional de Elei??es de n?o trabalhar de forma independente. Nos dias 1 e 2 de dezembro de 2004, realizaram-se eleicoes gerais em Mocambique. Armando Guebuza venceu com 75% dos votos2010Mo?ambicanos saem à rua em protesto contra o aumento dos pre?os dos alimentos. Várias pessoas morrem em confrontos com a polícia, que abre fogo contra os manifestantes.2012, 8 de Mar?oUm polícia é morto em confrontos com ex-combatentes da RENAMO, instalados há três meses na sede do partido da oposi??o na cidade de Nampula, no norte do país.2012, 4 de OutubroMo?ambique festeja os 20 anos de paz e do Acordo Geral de Paz de 1992, que foi assinado em Roma, na Itália. Cresce a insatisfa??o no seio da RENAMO. Reclamam mais acesso às institui??es do Estado, às For?as Armadas e à Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE). Treinamento de membros armados da RENAMO na regi?o da Gorongosa no centro de Mo?ambique (foto de novembro de 2012)2012, 17 de OutubroDhlakama instala uma base militar na regi?o da Gorongosa, no centro de Mo?ambique, e come?a a treinar antigos veteranos, exigindo uma nova ordem política. Satunjira foi a primeira base fixa militar do ent?o movimento rebelde da RENAMO em 1980. A data do regresso de Dhlakama a Satunjira, 17 de outubro, coincide com o aniversário do primeiro líder da RENAMO, André Matsangaissa, morto em 1979 durante a guerra civil. Dlakhama chegou de Nampula, a capital do norte do país e uma das províncias de maior implanta??o da RENAMO junto do eleitorado, onde tinha permanecido nos meses anteriores após a sua saída da capital Maputo.2012, 3 de DezembroCome?am negocia??es entre o Governo e a RENAMO, que exige uma maior representa??o nas for?as armadas, a revis?o do sistema eleitoral e um quinh?o mais importante das receitas de gás e carv?o. As conversa??es falham.2013, 4 de AbrilQuatro polícias e um militante da RENAMO s?o mortos num ataque contra uma esquadra da polícia na cidade de Muxúnguè, província central de Sofala. O objetivo é libertar mais de uma dezena de militantes da RENAMO detidos numa invas?o pela polícia da sede do partido no dia anterior. O ataque do dia 4 é justificado pela RENAMO como retalia??o à invas?o da sua sede. Os ataques intensificaram-se, em abril, na regi?o de Muxúnguè, centro de Mo?ambique2013, 6 de AbrilPelo menos duas pessoas morrem num ataque contra um autocarro de passageiros e um cami?o na regi?o centro. A RENAMO n?o reivindica o ataque.2013, 17 de JunhoHomens armados, alegadamente da RENAMO, matam seis militares num ataque contra um paiol na regi?o de Savane, no centro do país. A incurs?o reacende a amea?a de uma confronta??o mais grave entre as for?as de defesa e seguran?a e os antigos combatentes da RENAMO. O partido da oposi??o rejeita a autoria do ataque.2013, 21 de JunhoO chefe do Departamento de Informa??o da RENAMO, Jerónimo Malagueta, é detido durante a madrugada, aparentemente na sequência das amea?as que o movimento proferiu dois dias antes. A 19 de junho, Malagueta tinha anunciado que o seu partido iria recorrer aos seus homens armados para impedir a circula??o rodoviária e ferroviária no centro do país, contra uma alegada concentra??o do exército nas antigas bases militares do movimento, na regi?o da Gorongosa, centro, onde o seu Presidente, Afonso Dhlakama, se encontra instalado.2013, 24 de JunhoHomens armados, alegadamente da RENAMO, atacam três viaturas civis na regi?o de Muxúnguè. Entretanto, a sétima ronda de negocia??es entre o Governo e a RENAMO termina sem que as partes cheguem a consenso no sentido de p?r fim à tens?o política que se vive no país. Mapa do centro de Mo?ambique2013, 25 de JunhoO Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, assegura que “o Governo permanece firme na sua determina??o de, pela via de diálogo, encontrar resposta” à crise político-militar que, nos últimos dias, causou a morte de 10 pessoas em Mo?ambique. O país comemora 38 anos de independência.2013, 26 de JunhoArmando Guebuza exonera o chefe de Estado-Maior General das For?as Armadas (CMGFA), Paulino Macaringue, e reconduz o seu vice, Olímpio Cambona, que entrou no exército oriundo da antiga guerrilha da RENAMO. O antigo Presidente Joaquim Chissano defende uma solu??o pacífica para a instabilidade política no país, observando que deve ser evitada a destrui??o do que foi construído desde a assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992.2013, 3 de JulhoA RENAMO assume a autoria dos ataques de homens armados em Muxúnguè, Sofala, centro de Mo?ambique, mas nega o assalto ao paiol de Savane. Afonso Dhlakama, presidente da RENAMO, garantiu ter ordenado ataques contra alvos militares na província de Sofala para n?o permitir que o exército governamental e a polícia antimotim se concentrassem no centro, próximo ao seu quartel-general junto à Serra da Gorongosa. "Sim, autorizei ataque... Mas dois dias depois ordenei o cessar-fogo, porque sentimos quando um civil ficou ferido, o objetivo n?o era civil, era atacar o exército", disse Afonso Dhlakama. Contudo, Dhlakama negou o assalto ao paiol de Savane, no distrito de Dondo (Sofala), a 17 de junho, onde, além do roubo de material bélico, morreram seis militares das For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM). "N?o queremos a guerra, que se diga isso. Eu n?o quero a guerra. Mandamos parar (os ataques), mas n?o me perguntem 'v?o parar até quando'", finalizou Dhlakama.Afonso Dhlakama numa conferência de imprensa no dia 10 de abril de 20132013, 6 de JulhoFor?as governamentais destruíram um acampamento de antigos guerrilheiros da RENAMO, com 53 cabanas, na regi?o de Mogomonha, distrito de Chibabava, província de Sofala. O Comandante da Polícia em Sofala, Joaquim Nido, diz que no local estavam homens armados que realizaram ataques contra alvos civis nas últimas semanas no trajeto que liga o rio Save e Muxungué. “As opera??es tinham em vista tornar a zona livre de bandidos, para restabelecer o nível de estabilidade e devolver a tranquilidade ao tro?o”, justificou. “Eles est?o à procura da RENAMO para a atacar”, diz Afonso Dlakhama, líder do maior partido da oposi??o, que descreve a atua??o do governo como uma “provoca??o”.2013, 8 de JulhoA décima ronda negocial entre a RENAMO e o governo termina sem acordo. Em cima da mesa estavam três quest?es, nomeadamente a prepara??o de um encontro entre o Presidente Armando Guebuza e o líder da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), Afonso Dlakhama, a desmilitariza??o da RENAMO e a revis?o do pacote eleitoral.2013, 15 de JulhoA décima primeira ronda das negocia??es entre o maior partido da oposi??o mo?ambicano, a RENAMO, e o Governo trouxeram, pela primeira vez, resultados. Relativamente ao pacote eleitoral, poder?o ser feitas as mudan?as exigidas pelo maior partido da oposi??o. Os políticos chegaram a um acordo parcial sobre a composi??o da Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE). Já quanto à desmilitariza??o da RENAMO, exigida pelo Governo, permanece o impasse.2013, 29 de JulhoO líder da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama, amea?a dividir o país em províncias independentes, caso o governo prossiga com as elei??es autárquicas marcadas para novembro de 2013. A realiza??o das elei??es autárquicas a 20 de novembro, com os órg?os eleitorais "incompletos", constitui um "ato fatal para a democracia multipartidária" em Mo?ambique, avisa Dhlakama. Caso se realizem as elei??es autárquicas "vamos dividir o país", afirma Afonso Dhlakama. Diz também que se assiste ao "fim da unidade nacional" com a recusa da FRELIMO em aumentar a representa??o da sociedade civil nos órg?os eleitorais.2013, 30 de JulhoAfonso Dhlakama, o líder da RENAMO, diz durante a reuni?o do Conselho Nacional da RENAMO, que caso as negocia??es com o Governo para resolver a tens?o política prevalecente em Mo?ambique n?o produzam resultados num prazo de uma semana, poderá "tomar medidas à sua maneira". O governo rejeita o últimato.2013, 5 de AgostoA décima quatra ronda das negocia??es entre a RENAMO e o Governo termina, como as duas rondas anteriores, sem resultados concretos. 14.a ronda de negocia??es entre a RENAMO e o Governo de Mo?ambique2013, 6 de AgostoTermina o prazo para o registro dos partidos que pretendem concorrer às elei??es autárquicas de novembro de 2013: a RENAMO fica fora da corrida eleitoral. O maior partido da oposi??o n?o se inscreveu. Os seguintes partidos fizeram o registro: FRELIMO, Movimento Democrático de Mo?ambique (MDM), Partido Humanitário de Mo?ambique (PAHUMO), Partido Trabalhista (PT), Partido para Paz, Partido Democracia e Desenvolvimento (PDD), Partido Independente de Mo?ambique (PIMO), Partido Nacional de Mo?ambique (PANAMO), Partido de Renova??o Nacional (PARENA) e Partido do Progresso Liberal de Mo?ambique (PPLM), bem como a coliga??o do Partido Ecologista e do Movimento Patriótico para a Democracia (MPD). 2013, 10 de AgostoNa regi?o de Pandje, na província de Sofala no centro de Mo?ambique, registra-se um confronto entre a RENAMO e for?as do governo. A RENAMO diz ter morto 36 soldados, já o governo fala de uma vítima mortal. O porta-voz do principal partido da oposi??o, Fernando Mazanga, acusa as for?as governamentais de terem lan?ado o ataque: “um contingente composto por 225 elementos das For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM) e da For?a de Interven??o Rápida (FIR) atacou a seguran?a da RENAMO, usando armas de guerra de alto teor bélico”. 2013, 14 de AgostoNovo impasse voltou a registar-se nas negocia??es entre o Governo mo?ambicano e a RENAMO. Ao cabo de 16 rondas negociais, o Governo e a Renamo n?o conseguiram alcan?ar um acordo com vista a por fim a tens?o política no país que tem degenerado em cenas de violência, nos últimos meses. Desde abril, os veículos na Estrada Nacional 1, no tro?o entre o Rio Save e Muxúnguè, regi?o centro do país, circulam sob prote??o de militares mo?ambicanos2013, 15 de AgostoEncerrou a sess?o extraordinária do Parlamento de Mo?ambique. A Assembleia da República foi convocada para apreciar eventuais propostas de revis?o do pacote eleitoral saído das negocia??es entre o Governo e a RENAMO. Aumentam os receios em rela??o ao eventual desfecho da atual tens?o política no país. 2013, 26 de AgostoA décima oitava ronda de negocia??es entre a RENAMO e o governo terminou – como a décima sétima ronda na semana anterior – sem conclus?es. 2013, 2 de SetembroComo as tentativas anteriores, a décima nona ronda de negocia??es entre a RENAMO e o governo fracassou. A RENAMO pede uma media??o para facilitar as conversas entre as duas partes. 2013, 6 de SetembroO Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, responsabilizou a REANMO por ainda n?o se ter encontrado com o líder do movimento, Afonso Dhlakama, para a resolu??o da crise política no país. "A delega??o do Governo diz que vamos preparar o encontro, a delega??o da RENAMO diz n?o e coloca uma série de coisas, condicionando tal diálogo. Quando posso-me encontrar com ele, o fa?o sem problemas", afirmou Guebuza. 2013, 11 de SetembroO líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, reiterou que só se vai reunir com o Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, se a polícia e o exército forem retirados da antiga base central do movimento. "Quero o encontro, urgente, desde que retirem todos os elementos das For?as Armadas de Defesa e Seguran?a de Mo?ambique e agentes da For?a de Interven??o Rápida que cercam a minha base", disse Dhlakama. "Se n?o retirarem estes militares, jamais sairei daqui para uma reuni?o com Guebuza. Os militares que cercam a minha base n?o vieram para festejar comigo. Querem eliminar-me fisicamente. E, para evitar que isso aconte?a, n?o abandonarei esta base". José Pacheco chefia a delega??o do Governo2013, 7 de OutubroDepois de mais um encontro regular às segundas-feiras, a RENAMO anunciou a suspens?o das negocia??es com o Governo e exigiu a participa??o de facilitadores nacionais e observadores internacionais. "N?o vamos romper o diálogo, estamos prontos para estar aqui todas as segundas-feiras para trabalhar, mas, perante a falta de consenso, as próximas rondas n?o v?o iniciar sem a presen?a de facilitadores nacionais e observadores internacionais", disse o chefe da delega??o da principal for?a política da oposi??o mo?ambicana, Saimon Macuiane, que é também deputado da RENAMO na Assembleia da República.Por seu turno, o chefe da delega??o do Governo, José Pacheco, rejeitou a exigência da RENAMO. "Até este momento, ainda n?o há raz?es bastantes para recorrermos a terceiros para resolvermos as quest?es levantadas pela RENAMO para estas negocia??es. O que nós achamos é que a delega??o da Renamo n?o se sente com qualidade suficiente para debater estes assuntos, mas nós reiteramos que ela é soberana para contratar quem quiser para esta assessoria", disse Pacheco.Falhou o encontro paralelo dos militares por ausência da delega??o militar da RENAMO. Saimon Macuiane apontou dificuldades financeiras do seu partido como raz?o para os militares da Renamo n?o se terem deslocado de Santundgira para Maputo. ? na localidade de Santundgira nas proximidades do Parque da Gorongosa, província de Sofala no centro do país, que fica a base central do movimento. Saimon Macuiane chefia a delega??o da RENAMO2013, 14 de OutubroA RENAMO volta para trás e senta-se de novo na mesa das negocia??es com o Governo de Mo?ambique. O encontro termina, como já é o costume, sem resultados palpáveis.2013, 17 de OutubroAtaques armados marcaram o primeiro aniversário de Afonso Dhlakama na sua base em Satunjira, Gorongosa. Segundo o Ministério da Defesa Nacional de Mo?ambique as For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM) mataram dois homens armados da RENAMO em resposta a uma "emboscada". O diretor Nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa, Cristóv?o Chume, disse que as mortes aconteceram no distrito de Gorongosa, centro de Mo?ambique, quando elementos armados da RENAMO atacaram militares que faziam um trabalho de rotina na área. "Na zona de Mucodza, distrito de Gorongosa, uma subunidade das FADM, que realizava a sua atividade normal de tr?nsito, proveniente de Casa Banana em dire??o à Vila de Gorongosa, a cerca de sete quilómetros desta vila, sofreu uma emboscada e, em resposta, abateu dois homens da guerrilha da RENAMO, capturou um e apreendeu duas armas", disse Cristóv?o Chume.2013, 21 de OutubroFor?as governamentais cercaram e tomaram a base da RENAMO na Gorongosa. Logo a seguir, a RENAMO, anunciou o fim do Acordo de Paz de 1992. “A atitude irresponsável do comandante e chefe das for?as de seguran?a coloca um termo ao Acordo de Paz de Roma”, declarou o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, numa crítica direta ao Presidente Armando Guebuza. Segundo a RENAMO, o exército mo?ambicano tomou a residência de Afonso Dhlakama, obrigando-o a abandonar a casa. Dhlakama fugiu de "boa saúde", acrescentou o porta-voz. O controlo da antiga base rebelde pelos militares mo?ambicanos, também foi confirmado pelo Ministério da Defesa de Mo?ambique. Ministro da Defesa de Mo?ambique, Filipe Nyusi, visita a base da RENAMO em Satunjira após a tomada pelas For?as de Defesa de Mo?ambique (FADM)2013, 22 de OutubroHomens armados da RENAMO atacaram esta madrugada um posto da polícia em Maríngue, centro de Mo?ambique, horas depois do aquartelamento do seu líder, Afonso Dhlakama, ter sido ocupado pelo exército. O ataque foi descrito como "intenso" por uma fonte policial à Rádio Mo?ambique, tendo durado uma hora, mas sem causar vítimas. Uma parte da popula??o local come?a a abandonar a regi?o do conflito entre a RENAMO e o Governo. A popula??o local fugiu das zonas do confronto na Serra da Gorongosa (foto de Maríngue)2013, 23 de OutubroAumenta a press?o da Sociedade Civil de Mo?ambique para que se mantenha a paz. Face ao clima tenso no país, várias organiza??es n?o-governamentais enviaram ao Presidente da República uma carta intitulada "N?o queremos mais guerra, queremos paz". Multiplicam-se as iniciativas para a paz nas redes sociais como a campanha "#MozQuerPAZ" do site Moz Maníacos.2013, 24 de OutubroA RENAMO recua e afirma que continua "vinculada" ao Acordo Geral de Paz, considerando "uma má interpreta??o" a declara??o de que o movimento havia denunciado o entendimento. No dia 21 de outubro, o porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, tinha lido uma declara??o à imprensa que dizia que a tomada pelo exército da base onde se encontrava o líder do partido, Afonso Dhlakama, "coloca ponto final aos entendimentos de Roma", assinados em 1992. Porém, no dia 24, em declara??es à agência Lusa em Maputo, o porta-voz da RENAMO declarou que o partido continua vinculado ao Acordo Geral de Paz e que as informa??es sobre a denúncia do pacto resultam de uma interpreta??o errada. "O Acordo Geral de Paz é o nosso produto, continuamos vinculados a ele, é o nosso filho e usamos com ele a sabedoria do Rei Salom?o, que ficou do lado da mulher que se recusou a sacrificar o seu filho", disse o porta-voz da RENAMO. Porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga 2013, 25 de OutubroA RENAMO anuncia o falecimento do seu membro Armindo Milaco, deputado da Assembleia Nacional. Segundo o porta-voz da RENAMO, Arnaldo Chalaua, Milaco morreu devido aos ferimentos que sofreu durante o ataque de for?as governamentais à base na Gorongosa na segunda-feira. Esteve em Satunjira para participar nas comemora??es do aniversário da morte do fundador da RENAMO, André Matsangaíssa. O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, continua desaparecido.2013, 26 de OutubroUm autocarro é atacado na Estrada Nacional EN1. Uma pessoa morre e dez s?o feridas. Um grupo de homens metralhou o veículo que fazia a liga??o Machanga-Beira, junto do Rio Repembe, nas proximidades da localidade de Muxúnguè e cerca de 50 quil?metros a norte da Ponte do Rio Save. O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse à agência Lusa que os atos n?o podem ser imputados ao principal partido da oposi??o mo?ambicana, porque este "perdeu a voz do comando". O porta-voz da Presidência de Mo?ambique, Edson Macuácua, condenou a violência e declarou que apesar do "ataque perpetrado pela RENAMO", o chefe de Estado mo?ambicano, Armando Guebuza pretende dialogar com o líder do principal partido da oposi??o, Afonso Dhlakama. Armando Guebuza fala com soldados no dia 24 de outubro durante uma visita presidencial à província de Sofala 2013, 28 de OutubroEsta segunda-feira, 28 de outubro, era o dia para iniciar novas negocia??es, segundo uma proposta que o Governo de Mo?ambique enviou à RENAMO. Mas o maior partido da oposi??o continua a vincular o regresso à mesa de negocia??es a uma media??o externa das conversas.2013, 29 de OutubroOs ataques alastram-se a outras regi?es de Mo?ambique e atingem pela primeira vez a regi?o nortenha de Nampula. O palco foi Nampome, distrito de Rapalo, a cerca de 70 kilometros de Nampula, informou o comando provincial da polícia local. Miguel Botelho, o porta-voz da polícia, diz que os ex-guerrilheiros da RENAMO refugiaram-se numa mata desse distrito, a partir de onde impediam a popula??o de exercer as suas atividades diárias. Face a essa situa??o, segundo Miguel Botelho, houve uma interven??o. "Na manh? as for?as de defesa e seguran?a da província de Nampula dirigiram-se ao local para repor a ordem pública. Houve troca de tiros."No centro do país, as For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM) e os homens da RENAMO confrontaram-se em Maríngué, distrito da Gorongosa, província de Sofala. N?o há registo de vítimas. A presidência da República, através do seu porta-voz Edson Macuácua, informou que as duas principais bases da RENAMO, Satunjira e Maríngué, foram desativadas. Edson Macuácua declarou-se convencido da fragilidade da RENAMO: "Eles est?o fracos no momento, com a desativa??o das duas bases." Localidade de Maríngué (foto de 2010)2013, 30 de OutubroO Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, manifestou disponibilidade em Chimoio, Manica, centro de Mo?ambique, para se encontrar com o líder da oposi??o, Afonso Dhlakama, apesar dos atuais ataques e confrontos entre o exército e a guarda da RENAMO. "Apesar da situa??o de Satunjira, estou pronto para receber o senhor Afonso Dhlakama para dialogar. As nossas delega??es política e militar continuam prontas para acertos do nosso encontro", disse Armando Guebuza.Doze pessoas, incluindo um militar, ficaram feridas, dois dos quais em estado grave, nas últimas 48 horas, vítimas de ataques supostamente protagonizados pela Renamo, indica o mais recente balan?o divulgado no dia 30 de outubro pelo Ministério da Defesa de Mo?ambique. Mesmo assim, oPresidente de Mo?ambique insistiu que os confrontos violentos com os antigos rebeldes n?o implicam um regresso à guerra civil, reiterando que a na??o rica em energia permanece atrativa para os investidores. "Eu n?o penso, e este é um forte 'n?o', que estejamos de regresso à guerra", disse Armando Guebuza durante uma entrevista à agência AFP.O Presidente mo?ambicano também dispensou um possível apoio militar externo do Zimbabué para resolver a atual crise político-militar: "Nós n?o pedimos nada até agora. A solidariedade deles (Zimbabué) para nós é importante, mas n?o temos nenhuma solicita??o para fora em termos militares", precisou Guebuza, em conferência de imprensa em Chimoio.2013, 31 de OutubroMilhares manifestam-se contra raptos e guerra em Mo?ambique. As cidades de Maputo, Beira e Quelimane foram palco de manifesta??es contra a onda de raptos no país e também a favor da paz. Na capital assistiu-se ao maior protesto contra o Governo dos últimos anos. “Queremos a paz”, “n?o à guerra”, “stop raptos”, “exigimos seguran?a” foram alguns dos apelos ouvidos durante a “Marcha pela paz e contra os raptos” que percorreu várias artérias da cidade de Maputo e que culminou com um encontro na Pra?a da Independêanizada pela Liga dos Direitos Humanos, a manifesta??o na capital mo?ambicana foi a maior marcha popular de protesto contra o Governo da Frente de Liberta??o de Mo?ambique (FRELIMO), no poder desde a independência do território há 38 anos. A manifesta??o na capital decorreu de forma ordeira e pacífica apesar de ter contado com a ades?o de mais de 20 mil pessoas, de acordo com os organizadores.Confrontos entre militares e supostos elementos armados da RENAMO em Mutivaze e Navevene, na província de Nampula, norte de Mo?ambique, provocaram pelo menos dois mortos e a fuga de popula??es para as matas para se protegerem. Manifesta??o contra os raptos e pela paz em Maputo2013, 1 de novembroNa regi?o de Muxúnguè, centro do país, homens armados atacaram a última escolta militar de viaturas, em que seguiam altas patentes das For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM) e For?a de Interven??o Rápida (FIR), tendo morrido duas pessoas, incluindo um motorista carbonizado, e ficado feridas cinco, enquanto uma viatura foi incendiada. Na cidade da Beira, a polícia antimotim invadiu a sede da RENAMO e simultaneamente uma das casas do seu líder, Afonso Dhlakama, para efetuar buscas e apreens?o de material bélico. Segundo fontes oficiosas, deteve seis guerrilheiros da RENAMO, que se encontravam na sede do partido. Já na casa de Dhlakama, apreendeu 494 muni??es de AKM, 15 cartuchos e uma ca?adeira calibre 12.No distrito de Rapale, no norte de Mo?ambique, oito ex-guerrilheiros da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), principal partido da oposi??o mo?ambicana, foram capturados pelo exército mo?ambicano, durante uma persegui??o, , noticiou hoje o canal STV. Segundo a emissora privada, os ex-guerrilheiros capturados fazem parte de um grupo de 18 homens armados da RENAMO que guarneciam a casa do líder do movimento, Afonso Dhlakama, na cidade de Nampula e que "saíram secretamente" do local.O Parque Nacional da Gorongosa (PNG), no centro de Mo?ambique, recebeu cerca de 900 visitantes nos primeiros nove meses de 2013, o que prenuncia uma queda abrupta de turistas devido à tens?o militar na zona. Como todos os anos, o parque fecha em novembro, devido à esta??o das chuvas, e a previs?o de visitantes em 2013 aponta para um número inferior ao do registo mais baixo até agora verificado - cerca de 1.500 turistas, em 2007 - disse à agência Lusa o administrador do Parque, Mateus Mutembe. Em 2011, no ano de maior procura, o PNG recebeu 7500 turistas mas no ano seguinte, quando o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, se mudou para a regi?o, o número de entradas caiu para 6.500 visitantes. Barco no Parque Nacional da Gorongosa próximo da localidade de Vinho2013, 2 de novembroHomens armados, supostamente da RENAMO, metralharam, no princípio da manh?, a escolta militar de viaturas na regi?o de Muxúnguè, centro do país, da qual resultou um morto e três feridos.2013, 4 de novembroO presidente da Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE) mo?ambicana, Abdul Carimo, admitiu o adiamento das elei??es municipais do dia 20 de novembro nos municípios onde n?o houver condi??es de seguran?a, devido à instabilidade militar no país.Homens armados feriram cinco pessoas, duas das quais com gravidade, em dois ataques contra uma escolta militar de viaturas na regi?o de Muxúnguè, Sofala, centro de Mo?ambique.2013, 5 de novembroEm Vunduzi, na regi?o da Gorongosa, um ataque da RENAMO contra exército mo?ambicano causa a morte de oito soldados, segundo o jornal @Verdade. Foi o ataque mais mortífero da RENAMO desde que recome?aram os confrontos armados.Em Canda, distrito de Nhamadzi e província de Sofala, os guerrilheiros da RENAMO atacaram um centro de saúde. Os ataques contra centros de saúde foi uma tática frequente da RENAMO durante a guerra civil de 1976 a 1992.A Presidência mo?ambicana anunciou que o chefe de Estado, Armando Guebuza, está disponível para se encontrar em Maputo com o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, na sexta-feira para discutir a tens?o política e militar no país. "O Presidente Armando Guebuza, no ?mbito dos esfor?os contínuos empreendidos pelo Governo visando a preserva??o da paz, convidou o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, a deslocar-se no próximo dia 08 de novembro a Maputo, para um encontro que servirá para a ausculta??o das preocupa??es que apoquentam a RENAMO", refere o comunicado distribuído à imprensa por Edson Macuácua, porta-voz do Presidente mo?ambicano.A RENAMO, rejeitou o convite da Presidência mo?ambicana considerando n?o haver condi??es para a reuni?o. "Se, na verdade, há interesse do Presidente da República para se encontrar com o presidente Afonso Dhlakama, deve ordenar imediatamente a cessa??o dos ataques e persegui??o que o exército está a mover à figura do Presidente Dhlakama e dos seguran?as da RENAMO", afirmou o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga.Apensar dos incidentes, a campanha para as elei??es autárquicas arrancou com calma em todos os 53 municípios que participam no pleito.Campanha do MDM em Maputo2013, 6 de novembroO antigo Presidente mo?ambicano Joaquim Chissano apelou à RENAMO para que "coloque a m?o na consciência" e aceite o desarmamento da sua antiga guerrilha, envolvida em confrontos com o exército no centro do país.Joaquim Chissano 2013, 8 de novembroUm novo ataque de homens armados contra uma escolta militar de viaturas na principal estrada de Mo?ambique, a EN 1 no centro do país, fez três feridos segundo notícias da agência Lusa. O ataque visou um autocarro de passageiros, que ficou imobilizado, tendo já sido levado para o posto policial de Muxúnguè, a regi?o mais atingida pela tens?o político-militar na regi?o centro de Mo?ambique. "Foi na primeira coluna da sexta-feira, quando os homens da RENAMO atacaram um machimbombo (autocarro de passageiros). Furaram todos os pneus de trás e duas senhoras foram atingidas. Outro senhor também foi ferido durante a agita??o quando a coluna parou", explicou à Lusa ao telefone, Helena Baptista, que se encontrava no local.Ponte entre a Gorongosa e Inchope na Estrada Nacional EN12013, 15 de novembroDuas pessoas morreram e nove ficaram feridas durante um ataque a uma coluna militar perto do rio Pembe, no centro de Mo?ambique, alegadamente protagonizado por homens armados da RENAMO. O ataque, que terá ocorrido no tro?o Save-Muxúnguè da Estrada Nacional EN 1, provocou a morte de um elemento da For?a de Interven??o Rápida (FIR) e de um ex-guerrilheiro da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), noticiou a Televis?o Independente de Mo?ambique (TIM), que deu ainda conta de nove feridos, dois dos quais em estado grave. Acampamento de militares mo?ambicanos na localidade de Inchope na Estrada Nacional EN12013, 18 de novembroO executivo mo?ambicano admitiu pela primeira vez a hipótese de aceitar a participa??o de observadores nacionais no diálogo, mas rejeita a presen?a de mediadores internacionais, por considerá-la uma "ingerência". A admiss?o da possibilidade foi feita pelo chefe da delega??o governamental, José Pacheco, após o fracasso de mais uma ronda negocial com a RENAMO. O maior partido da oposi??o mo?ambicana n?o compareceu ao local do encontro proposto pelo Executivo, porque estabeleceu a presen?a de observadores como condi??o para o regresso ao diálogo. A RENAMO aceitou o convite, mas fez finca-pé na sua exigência: o diálogo com vista ao fim da tens?o político-militar só pode acontecer na presen?a de facilitadores.2013, 20 de novembroAs elei??es autárquicas em Mo?ambique tiveram lugar como previsto na quarta-feira dia 20 de novembro às 7h00, registando-se um ambiente de tranquilidade que contrastou com o clima de tens?o político-militar causado pelos recentes confrontos entre o partido no poder, a FRELIMO, e o maior partido da oposi??o, a RENAMO. As elei??es em Nampula tiveram que ser repetidas por causa de falhas nos boletins de voto que omitiram uma candidata. Mesmo na Gorongosa, as elei??es do dia 20 de novembro aconteceu com tranquilidade2013, 22 de novembroS?o conhecidos os resultados das elei??es autárquicas. A FRELIMO somou mais uma vitória eleitoral ao seu currículo sem derrotas. A FRELIMO ganhou na maioria dos 53 municípios, mas a oposi??o ganhou mais for?a nos redutos do partido governamental. Além da habitual vitória, com mais de 80% dos votos, nos seis municípios de Gaza, província de onde s?o originários os seus históricos dirigentes, a FRELIMO viu o MDM avan?ar em eleitorados inesperados, como os de Maputo e da Matola, habituais basti?es do partido.Mesmo assim, o MDM apenas conquistou as cidades da Beira e de Quelimane, as duas cidades em que os edis já eram do MDM.Observadores, analistas e sociedade civil questionam o futuro político da RENAMO, depois do boicote às elei??es autárquicas. Especialistas ouvidos pela DW ?frica falam em "enfraquecimento". O sociólogo Moisés Mabunda considera que "a RENAMO, em vez de apostar na organiza??o interna, na coerência político-estratégica, na mobiliza??o dos mo?ambicanos, em apresentar-se como uma alternativa de lideran?a social, mostra que está a derrapar. N?o mostra absolutamente nada e isto beneficia o MDM, que se vai afirmando, de elei??es em elei??es, como uma for?a política a ter em conta para um futuro n?o muito longo". Manuel de Araújo do MDM foi reeleito como edil da cidade de Quelimane na província da Zambézia2013, 27 de novembroHouve registos de pelo menos dois mortos, 34 feridos, pneus queimados e de arremesso de paus e pedras durante uma revolta popular na cidade da Beira, a segunda maior do país, contra o alegado recrutamento de jovens para o servi?o militar. As autoridades mo?ambicanas negaram a opera??o. Ninguém está a recrutar ninguém", garantiu Carlos Michon, delegado do Centro de Recrutamento na província central de Sofala. Também no distrito do Dondo, igualmente na província central de Sofala, os ?nimos estiveram exaltados, mas em menor escala.2013, 30 de novembroHomens armados, alegadamente ligados à RENAMO causaram três mortos e dezenas de feridos em dois ataques na regi?o de Muxúnguè, Sofala, centro de Mocambique, disseram à Lusa varias fontes. Os ataques ocorreram no sábado (30.11.) e domingo (01.12.), contra os veículos militares que protegiam a coluna de veículos civis na estrada da Beira.2013, 1 de dezembroRepeti??o das as elei??es autárquicas em Nampula. Vence o candidato da oposi??o, Mahamudo Amurane. O MDM passa as governa a segunda (Beira) e a terceira (Nampula) maior cidade do país. Campanha do MDM na cidade de Nampula (no meio o vencedor das elei??es Mahamudo Amurane)2013, 3 de dezembroA RENAMO reiterou a exigência da participa??o de mediadores nacionais e internacionais "idóneos e imparciais" nas negocia??es com o governo, para o fim da crise política e militar no país. "Com o objetivo de acompanhar, coordenar e moderar as negocia??es, a RENAMO prop?e a indigita??o de mediadores nacionais e internacionais, a serem convidados pela RENAMO e pelo governo, em conformidade com os seus representantes na mesa", indica a nota de imprensa do partido. O governo mo?ambicano já aceitou a participa??o de observadores nacionais nas negocia??es, mas recusa-se a admitir o envolvimento de estrangeiros. Louren?o do Rosário, reitor da Universidade Politécnica de Maputo, é uma das poucas personalidades que tem facilitado o contato entre a RENAMO e o Governo2013, 4 de dezembroEm conferência de imprensa sobre a situa??o militar no país, o diretor Nacional da Política de Defesa, Cristóv?o Chume, acusou "os guerrilheiros da RENAMO" de terem matado 10 pessoas e ferido 26, no centro do país. "Existe um certo escalar dos ataques da RENAMO contra pessoas e bens. A RENAMO tem vindo a multiplicar os ataques nas últimas seis semanas", disse Cristóv?o Chume. O perfil dos ataques, assinalou Chume, demonstra que há uma coordena??o e um comando exercido ao mais alto nível da lideran?a do partido.2013, 11 de dezembroA agência Lusa, citando populares da regi?o da Gorongosa, e outros meios de comunica??o de Mo?ambique noticiam a retomada da base de Satunjira por guerrilheiros da RENAMO. A base foi ocupada pelo exército mo?ambicano a 20 de outubro, dia em que fugiu para um lugar desconhecido Afonso Dhlakama. No dia 11 de dezembro, o líder da RENAMO deu a sua primeira entrevista desde a sua fuga. Em entrevista ao semanário Canal de Mo?ambique, Dhlakama disse que vive perto de Satunjira e mostra-se confiante que Mo?ambique voltará a ter paz. "Este ano pode n?o ser, mas em janeiro ou fevereiro vamos ter paz. Eu estou convencido. A guerra dos 16 anos durou muito, porque n?o havia investimento estrangeiro", disse Afonso Dhlakama, aludindo à guerra civil mo?ambicana, que terminou com o Acordo Geral de Paz de Roma, em 1992. "Os americanos est?o a fazer a prospec??o de gás e petróleo na Bacia do Rovuma. Mesmo os brasileiros, da Vale, e os australianos, da Rio Tinto, est?o a gastar muito a investir. Várias prospec??es est?o a ser feitas por franceses, brit?nicos e portugueses", disse o líder da Renamo, referindo-se aos países que, na sua opini?o, far?o de tudo para que Mo?ambique n?o entre numa espiral de violência.2013, 12 de dezembroHomens armados suspeitos de pertencerem à Resistência Nacional Mo?ambicana atacaram hoje uma posi??o militar na regi?o de Vunduzi, Gorongosa, centro de Mo?ambique, sem causar vitimas, disse à Lusa o chefe do posto. Viola Caravina, chefe do posto administrativo de Vunduzi, disse que o grupo disparou contra a posi??o do exército durante a madrugada, mas recuou de seguida, sem ter causado vítimas.2013, 16 de dezembroO líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, que desde outubro está em parte incerta "mas em Mo?ambique", disse à Lusa que os seus homens se limitam a responder aos ataques do exército, rejeitando responsabilidade na morte de civis. "A RENAMO n?o está a matar civis", disse, o líder do maior partido da oposi??o em Mo?ambique, falando por telefone, e garantindo estar a "poucos metros" da base de Satunjira, de onde foi expulso em outubro pelo exército. "Aqui, onde eu estou a falar, a 200 metros est?o civis, vizinhos da minha casa. N?o faz sentido mandar um grupo a partir da Gorongosa a matar civis a 300 ou 500 quilómetros de cá", acrescentou Dhlakama.O líder do maior partido da oposi??o em Mo?ambique, Afonso Dhlakama, abriu hoje a porta à participa??o da RENAMO nas elei??es presidenciais e legislativas do ano de 2014, depois de ter boicotado as municipais de novembro passado.2013, 20 de dezembroA chefe da bancada parlamentar da RENAMO, Angelina Enoque, voltou hoje a exigir a participa??o de mediadores internacionais como condi??o para o seu partido negociar com o Governo mo?ambicano, alegando que eles s?o necessários para "recriar confian?a mútua". Angelina Enoque, que falava durante a sess?o anual de encerramento da Assembleia da República, disse que o ataque, em outubro, das for?as de defesa e seguran?a às bases de Sandjujira e Maringué, na regi?o de Sofala, onde estavam instalados antigos guerrilheiros da RENAMO e o seu líder, Afonso Dhlakama, tornou "indispensável" a participa??o de mediadores internacionais nas negocia??es.2013, 30 de dezembroQuatro pessoas morreram em confrontos durante três dias entre o exército e homens armados, suspeitos de estarem ligados à RENAMO, no distrito de Gorongosa, Sofala, centro de Mo?ambique, disseram à Lusa fontes locais. Os confrontos registaram-se perto da vila de Tambarara, tendo uma pessoa perdido a vida, e no bairro Nhambondo, nos arredores da Gorongosa, onde foi morto um comerciante local, que teve os seus bens saqueados. Em Nhatsapa e Tazoronda, outras duas pessoas morreram atingidas por projéteis. "No sábado foi assassinado um comerciante no bairro Nhambondo, depois de um idoso de 65 anos ter sido atingido na machamba (quinta) durante um ataque a uma coluna militar em Mucodza. Em duas semanas somam quatro civis mortos", precisou Paulo Majacunene, administrador de Gorongosa. "Os ataques foram intensos na quinta e sexta-feira, e no sábado de manh? já na vila de Gorongosa demoraram quase três horas", disse à Lusa um morador.Animal no Parque da Gorongosa 2014, 1 de janeiroDois ataques a coluna militar de viaturas fizeram cinco feridos durante a passagem do ano em Muxúnguè, Sofala, centro de Mo?ambique, palco de confrontos entre exército e homens armados, disseram à Lusa várias fontes. "As duas primeiras colunas foram atacadas por homens da RENAMO na ter?a-feira. Muitas pessoas desistiram de atravessar o tro?o Save-Muxúnguè no dia, embora as viaturas estivessem a ser escoltadas por boinas vermelhas, e se acumularam na vila (Muxúnguè)", disse à Lusa Ismael Sulemane, um morador. "Foram dois ataques, um no dia 31 de dezembro e outro a 1 de janeiro, mas sem mortes", precisou José Luís, pároco de Muxúnguè.2014, 6 de janeiroO Governo ordenou à Rádio Comunitária de Homoíne na província de Inhambane para interromper a transmiss?o de informa??es sobre a presen?a de homens armados da RENAMO na regi?o, sob amea?a de fechar a rádio. Naldo Chivite, membro do Fórum das Rádios Comunitárias Mo?ambicanas – também conhecido por FORCOM – em entrevista à DW ?frica explica o que se passou: "A rádio tem produzido programas que abordam a quest?o da inquieta??o das comunidades que resultou na migra??o das comunidades de um posto para o outro a fugir do terror." Ainda segundo explica??es de Chivite, circulavam notícias de que supostos homens da RENAMO andavam pelas casas a pedir alimentos, "facto que levou os jornalistas da rádio a questionarem ao Governo sobre o seu papel".2014, 7 de janeiroHomens armados alegadamente da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) est?o a confrontar-se com o exército no distrito de Homoíne, na província de Inhambane. Até agora, os confrontos entre elementos da RENAMO e das for?as de seguran?a estavam circunscritos à província central de Sofala, à exce??o de incidentes de pequena escala registados a Norte, em Nampula. A popula??o local está assustada e come?ou a fugir para outras zonas da província do sul do país. Meios de comunica??o de Mo?ambique como a STV e o Mediafax falam de pelo menos dois mortos nos confrontos.A DW ?frica falou com o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, que confirma a presen?a de homens do maior partido da oposi??o em Inhambane, mas declina responsabilidades nos confrontos. "O que eu posso confirmar é que temos lá os nossos seguran?as, na província de Inhambane", adiantou.Segundo Mazanga, os homens da RENAMO na zona Sul do país quiseram deslocar-se para o Centro, quando souberam que o líder Afonso Dhlakama estava a ser atacado por tropas do Governo."Tratam-se de desmobilizados de guerra, que foram retirados do Exército e que n?o chegaram a ser integrados. Quando souberam que o presidente Afonso Dhlakama estava a ser atacado, decidiram juntar-se a ele na Gorongosa", explicou Mazanga. "Mas o presidente Afonso Dhlakama pediu para que n?o se concentrassem todos em Sofala, mas que deveriam dispersar-se também na regi?o Sul, para desencorajar a ida de muitos militares do Sul para o Centro", acrescentou. Fernando Mazanga garante que os homens da RENAMO apresentaram-se junto do povo de Homoíne e das autoridades locais, garantindo que estavam na regi?o pela Paz. "Eles informaram que só reagiriam se fossem atacados pela polícia", os confrontos em Homoíne, o conflito come?a a aproximar-se aos centros do turismo de Mo?ambique (na foto: praia no Tofo, em Inhambane)2014, 9 de janeiroA crise político-militar entre a RENAMO e o Governo mo?ambicano está a gerar uma vaga de deslocados na regi?o centro e sul de Mo?ambique, contando-se já cerca de 4.000 pessoas em campos de acolhimento temporário. Na vila-sede da Gorongosa, na província de Sofala, centro do país, as autoridades locais estimam que pelo menos 3.845 pessoas estejam concentradas num campo de acolhimento temporário, refugiadas das localidades de Vunduzi e Canda, onde se têm registado frequentes confrontos entre as for?as governamentais e homens armados da Resistência Nacional Mo?ambicana. 2014, 13 de janeiroA Uni?o Europeia (UE), o principal parceiro de Mo?ambique, e o Jap?o acabam de juntar-se ao coro de vozes que apela a uma rápida solu??o pacífica para a tens?o político-militar em Mo?ambique. A Alta Representante da UE para a Política Externa e de Seguran?a, Catherine Ashton, manifestou, em comunicado, preocupa??o com o eclodir da violência causada pela movimenta??o na província sul de Inhambane de homens armados, supostamente da RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana), o maior partido da oposi??o. Catherine Ashton condena o uso da for?a como meio de atingir fins políticos e lamenta a perda de vidas e a desloca??o de popula??es locais devido ao clima de inseguran?a. A representante da UE insta ao fim imediato dos ataques a civis e a for?as de seguran?a governamentais. Apela também a que a RENAMO e o Governo estabele?am, sem demora, um processo de diálogo político genuíno e construtivo com vista a alcan?arem resultados concretos no sentido da reconcilia??o pacífica.O Jap?o, que acaba de anunciar este fim de semana uma ajuda de quase 500 milh?es de euros a Mo?ambique, apelou igualmente à intensifica??o do diálogo para a solu??o pacifica da tens?o político-militar no país. O primeiro-ministro nipónico, Shinko Abe, terminou a vista a Mo?ambique que decorreu entre os dias 11 e 13 de janeiro.Ainda esta segunda-feira (13.01) falhou mais uma ronda de negocia??es entre o Governo e a RENAMO, que se encontram suspensas há mais de dois meses. O principal partido da oposi??o garante que continua disponível para dialogar: "a RENAMO estará presente nas negocia??es com o Governo a qualquer hora quando o senhor Presidente da República responder ao ofício solicitado a pedir a contribui??o da RENAMO em torno do princípio de media??o e observa??o nacional e internacional bem como das propostas de indigita??o de mediadores e observadores", afirmou Saimone Macuiane, porta-voz da delega??o negocial daquele partido.Do outro lado, os representantes do Executivo de Maputo reiteram que as duas partes devem discutir antes, em sede de conversa??es, os termos de referência dos observadores nacionais.Catherine Ashton, Alta Representante da UE para a Política Externa e de Seguran?a, está preocupada com a violência em Mo?ambique2014, 14 de janeiroHomens armados, supostamente da RENAMO, ter?o realizado esta ter?a-feira (14.01) mais um ataque no sul do país, em Funhalouro. Depois de Homoíne, é o segundo ataque na província de Inhambane. Fontes independentes dizem que a vitima mortal do ataque é um agente da polícia. A Rádio Nacional de Mo?ambique (RM) noticiou que o ambiente em Mavume é de medo e que a popula??o está a retirar-se para locais seguros na Vila de Funhalouro, no distrito de Morumbene, e na cidade de Maxixe.2014, 15 de janeiroUm ataque, atribuído a homens armados ligados à Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) fez três mortos. Também feriu com gravidade cinco civis, incluindo dois jogadores do clube de Chibuto (da província de Gaza), equipa a ser treinada pelo português Jo?o Eusébio. Um autocarro de passageiros da empresa Etrago, contratada para movimenta??o de militares nas regi?es centro e sul, foi "fortemente metralhado", quando a coluna de viaturas foi parada na zona de Chimutanda, a 15 quilómetros da vila de Muxúnguè. "Foi um outro banho de sangue hoje. O hospital rural de Muxúnguè está cheio de militares e est?o a impedir a entrada de civis. Os militares feridos chegaram numa viatura civil", disse à agência Lusa um residente local.Segundo dados da LUSA, desde o dia 4 de abril de 2013, quando os ataques foram iniciados no posto policial de Muxúngè, numa retalia??o da RENAMO ao assalto e ocupa??o da sua base local pelas for?as governamentais, já morreram, pelo menos, 39 pessoas além de 79 feridos.2014, 18 de janeiroUm ataque a uma coluna de viaturas matou um militar e feriu outros cinco na regi?o de Muxúnguè, Sofala, centro de Mo?ambique, após serem "surpreendidos por um tiroteio", disseram à Lusa várias fontes.2014, 20 de janeiroSegundo informa??es da DW, homens armados, alegadamente vinculados à RENAMO, estariam acampados no distrito de Moatize na província de Tete. ? a zona de Mo?ambique onde est?o localizadas as multinacionais extratoras de carv?o mineral. Homens com idade avan?ada, fortemente armados e com equipamento novo. Assim é descrito o efetivo militar, alegadamente da RENAMO, que avan?ou pelo distrito de Moatize, na Província de Tete. Conforme informa??es apuradas pela reportagem da DW, n?o houve registo de confrontos, mas algumas famílias já fogem da regi?o, com receio de um ataque das for?as governamentais. Ao mesmo tempo que estaria ocupando posi??es estratégicas no Norte, a RENAMO recua na ideia de cessar-fogo durante as negocia??es. O Governo mo?ambicano também demora a responder sobre a composi??o da equipa de mediadores do conflito que já dura quase um ano. Ponte sobre o Rio Zambeze que liga a cidade de Tete a Moatize2014, 30 de janeiroPrevia-se que recenseamento come?asse no dia 30 de janeiro, mas Governo mo?ambicano alterou a data a pedido da RENAMO. O recenseamento eleitoral vai agora realizar-se de 15 de fevereiro a 29 de abril. O porta-voz do Governo, Alberto Nkutumula, revelou que a decis?o de adiar o recenseamento foi tomada a pedido expresso da segunda maior for?a política do país, a RENAMO, para permitir a sua melhor prepara??o para as elei??es gerais, marcadas para 15 de outubro. Entretanto, a Uni?o Europeia reafirmou a import?ncia de elei??es justas, transparentes e inclusivas.O chefe da delega??o da Uni?o Europeia em Mo?ambique, o embaixador Paul Malin, considerou que constitui uma premissa fundamental da democracia no país que os vencedores das elei??es gerais deste ano sejam apurados nas urnas em atos eleitorais "justos, transparentes e inclusivos". Malin recordou a ocorrência de algumas irregularidades nas elei??es locais de 20 de novembro de 2013, como "a deten??o arbitrária de delegados dos partidos e a n?o acredita??o de muitos observadores nacionais." Outras irregularidades apontadas consistem no desaparecimento de editais de resultados, indica??es de duplica??o de votos e da introdu??o ilícita de votos nas urnas ou ainda interferências nos boletins de voto que os invalidaram. A Uni?o Europeia defende a responsabiliza??o dos autores destes ilícitos eleitorais. A Uni?o Europeia (UE) é um dos principais parceiros de Mo?ambique2014, 1 de fevereiroAs negocia??es entre o Governo e a RENAMO foram retomadas num clima mais pacífico, pois há mais de uma semana que n?o aconteceram ataques no país. As duas partes acordaram em cinco nomes de observadores nacionais para assistirem às negocia??es. Numa sess?o extraordinária, no sábado (01.02), foram também aprovados os termos de referência que estabelecem o papel dos observadores. Os observadores nacionais n?o s?o ainda oficialmente conhecidos. Mas segundo a imprensa mo?ambicana, o Governo já tinha aceite os nomes do académico Louren?o do Rosário e de Dom Dinis Sengulane. E a RENAMO apontava os nomes de Alice Mabota, presidente da Liga Mo?ambicana dos Direitos Humanos, e de Filipe Couto, ex-reitor da Universidade Eduardo Mondlane.A Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) deixa assim cair a exigência sobre a presen?a de observadores ou mediadores internacionais. “Se o objetivo é se avan?ar para se encontrar uma solu??o rápida, nós podemos por hora deixar de lado esta discuss?o, esta exigência de observa??o e media??o internacional na expectativa que a nível local se resolva o assunto com a celeridade, serenidade e a honestidade que o assunto exige”, justifica Ivone Soares, deputada do maior partido da oposi??o."Conseguimos também acordar e afirmar que embora nesta primeira fase n?o vamos ter na mesa a comunidade internacional e pessoas de boa vontade, n?o mo?ambicanas, ou mesmo mo?ambicanas, com a excep??o dos que foram designados, mas deixamos o espa?o aberto para os cidad?os nacionais ou estrangeiros darem a sua contribui??o para que as negocia??es tenham sucesso", disse Saimon Macuiane, chefe da delega??o da RENAMO.O Governo também cedeu em muitos pontos. José Pacheco, chefe da delega??o do Governo, refere os procedimentos para que seja definida a composi??o da equipa de observadores: "Identificamos cinco potenciais observadores nacionais, iremos fazer as devidas consultas para aferir o seu interesse e a sua disponibilidade para participarem no diálogo." A grande reivindica??o da RENAMO refere-se contudo à lei eleitoral e parece haver agora sinais de que a legisla??o será realmente discutida. A presidente da Liga dos Direitos Humanos (LDH), Alice Mabota, durante a manifesta??o em Maputo contra raptos e a guerra em outubro de 20132014, 9 de fevereiroA RENAMO acusou o exército de ter atacado posi??es do movimento na Serra da Gorongosa, no centro do país, recorrendo a "armas de destrui??o maci?a", nomeadamente artilharia B10 e B11, um armamento que pode atingir um raio de alcance de cerca de 20 quilómetros. Em entrevista à DW ?frica, António Muxanga, porta-voz do presidente da RENAMO, disse que a presen?a do exército na regi?o com armas de grande calibre poderia denunciar a vontade do executivo de "assassinar" o líder do partido, Afonso Dhlakama.Três dias depois do ataque, o diretor nacional da política de defesa de Mo?ambique, Cristóv?o Chume, confirmou que as for?as governamentais usaram no domingo [09.02.14] artilharia pesada: “De forma frequente, [os homens armados da RENAMO] aproximam-se das posi??es das For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM) na Gorongosa e em Muxungué e disparam de forma intermitente, para poderem reagir e entrar em colis?o”, afirmou Cristov?o Chume.? a primeira vez que uma fonte governamental anuncia publicamente a utiliza??o deste tipo de material bélico desde que eclodiu a tens?o político-militar no país no ano passado. Segundo o responsável do Ministério da Defesa, os homens da RENAMO “têm atacado também de forma frequente as colunas militares”, que fazem o abastecimento das posi??es do exército, “quase diariamente e muitas vezes provocando feridos”.2014, 10 de fevereiroO Governo da Frente de Liberta??o de Mo?ambique (FRELIMO) e a Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), alcan?aram um consenso sobre a composi??o da Comiss?o Nacional de Elei??es, depois de vários meses de negocia??es.O acordo foi alcan?ado durante uma sess?o que contou com a presen?a de observadores nacionais, após uma série de rondas negociais iniciadas há dez meses. Gabriel Muthisse, chefe adjunto da delega??o do Governo, disse que o executivo sempre defendeu a participa??o de todas as for?as políticas nas elei??es. O chefe da delega??o da RENAMO, Saimone Macuiane, considerou a decis?o um passo importante para a realiza??o de escrutínios livres e justos em Mo?ambique.2014, 11 de fevereiroO presidente do MDM, Daviz Simango, disse em entrevista à DW ?frica repudiar o que considera a “bipolariza??o de decis?es em rela??o à lei eleitoral”, depois de RENAMO e Governo informarem ter chegado a um consenso.“Os mo?ambicanos nas elei??es de 2009 deram um mandato a três partidos políticos na Assembleia da República para abordarem a mantéria da lei eleitoral. Portanto, n?o faz sentido que dois partidos ex-beligerantes, que procuram a todo o custo bipolarizar o processo eleitoral, definam as regras de jogo da composi??o e funcionamento da Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE) e do Secretariado Técnico Administra??o Eleitoral (STAE)”, disse Daviz Simango. “O MDM entende que deve participar nesse debate porque também é um dos mandatários do povo para abordar esta matéria.” Daviz Simango será o candidato do MDM nas elei??es de 15 de outubro de 20142014, 13 de fevereiroA presen?a de homens armados da Renamo está a provocar fraca afluência às aulas no arranque do ano letivo em Nkondedzi, província de Tete, no centro de Mo?ambique, disse à Lusa o diretor dos servi?os de educa??o local. Segundo o diretor, nas escolas de Ndande e Duende, alunos e professores ainda n?o foram às aulas, que come?aram há duas semanas, por temerem ataques dos homens armados da RENAMO, que têm sido vistos nesta localidade do distrito de Moatize. 2014, 21 de fevereiroO Parlamento mo?ambicano aprovou na generalidade o projeto de revis?o das leis da Comiss?o Nacional de Elei??es e do Recenseamento Eleitoral, apresentado pelo principal partido da oposi??o, a RENAMO. As referidas leis s?o consideradas duas das principais leis que comp?em a proposta de revis?o do pacote eleitoral submetida pela Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) ao Parlamento, na sequência dos consensos alcan?ados no diálogo com o Governo.A nova lei da Comiss?o de Elei??es aprovada na generalidade prevê que este órg?o passe a ter 17 membros contra os actuais 13. Dos 17 membros, cinco s?o indicados pelo partido no poder, a Frente de Liberta??o de Mo?ambique (FRELIMO), quatro pela RENAMO e um pelo Movimento Democrático de Mo?ambique (MDM). Os restantes sete membros s?o indicados pela sociedade civil.Prevê-se igualmente a cria??o de cargos de directores adjuntos do Secretariado Técnico de Administra??o Eleitoral (STAE) indicados pela FRELIMO e pela RENAMO, para além da afecta??o nos órg?os eleitorais de técnicos indicados pelos três partidos com assento parlamentar. No total, estar?o envolvidos no processo eleitoral cerca de 1.200 representantes dos partidos políticos.José de Sousa, do segundo maior partido da oposi??o mo?ambicana, MDM, espera que a aprova??o da revis?o pontual do pacote eleitoral se traduza no fim da tens?o político-militar que se vive no país. “Temos que envidar esfor?os para que efectivamente esta tens?o político-militar pare e consequentemente pare o sofrimento do nosso povo”, disse. “Se este sofrimento acabar pela via da aprova??o de algumas altera??es pontuais à legisla??o eleitoral, naturalmente que o MDM está unido nesse propósito”, acrescentou.2014, 25 de fevereiroUm militar morreu e outros 13 ficaram feridos, quatro com gravidade, em confrontos entre o exército e homens armados, ligados à RENAMO, em Gorongosa, Sofala, centro de Mo?ambique, segundo a agência Lusa. "Há um militar morto e quatro feridos gravemente durante a emboscada que o grupo sofreu", disse à Lusa um funcionário do hospital distrital de Gorongosa, garantindo que todos foram atingidos em várias partes do corpo por balas. Os confrontos, que se mantiveram até à manh? do dia 25 de fevereiro, come?aram quando a guarda do líder da RENAMO enfrentou uma ofensiva do exército na segunda-feira, dia 24 de fevereiro, contra as encostas da serra da Gorongosa, onde se sup?e esteja Afonso Dhlakama, em lugar incerto há quatro meses. Um cami?o do exército foi incendiado durante os combates, que se estenderam até a vila sede do distrito de Gorongosa. 2014, 26 de fevereiroCerca de dois mil mo?ambicanos residentes no distrito de Moatize, centro do país, refugiaram-se no Malaui, devido à movimenta??o de homens armados da RENAMO na zona. Outros habitantes de Tete também se ter?o refugiado nos distritos malauianos de Neno e Chikwakwa. A informa??o é do diário Notícias de Maputo que cita o administrador de Muanza, distrito malauiano que faz fronteira com Moatize. Fronteira entre Zobué na província mo?ambicana de Tete e Mwanza, Malaui 2014, 1 de mar?oO comité central da FRELIMO elegeu o ministro da Defesa, Filipe Nyussi, como candidato do partido no poder em Mo?ambique às elei??es presidenciais de 15 de outubro. Filipe Nyussi, 56 anos, natural de Cabo Delgado, norte de Mo?ambique, é formado em engenharia mec?nica, grau obtido na antiga Checoslováquia, e tem uma licenciatura em gest?o, pela Universidade de Manchester, no Reino Unido. Ex-administrador dos Caminhos de Ferro de Mo?ambique (CFM), Nyussi é ministro da Defesa de Mo?ambique desde 2010. O candidato da FRELIMO é oriundo de uma família de antigos combatentes e pertence à influente etnia maconde do norte do país, apoiante da primeira hora da guerrilha da FRELIMO contra o colonialismo português e que deu vários generais ao partido. Na corrida estavam cinco candidatos: o atual primeiro-ministro, Alberto Vaquina, os ministros da Defesa, Filipe Nyusi, e da Agricultura, José Pacheco, e os antigos primeiros-ministros Aires Aly (2010-2012) e Luísa Diogo (2004-2010).Nyusi deverá ter como adversários o histórico presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, e o líder do MDM, Daviz Simango, que já anunciou a inten??o de se candidatar à Ponta Vermelha, a sede da Presidência. Delegados da FRELIMO festejam vitória de Nyussi2014, 3 de mar?oUm ataque contra um carro militar, atribuído à RENAMO, matou quatro agentes e feriu outros cinco, das For?as da Guarda-fronteira, em Mussicadzi, Gorongosa, centro de Mo?ambique. "Deram entrada quatro óbitos no princípio da tarde de segunda-feira e os feridos foram transferidos para o Hospital Central da Beira, mas dois deles est?o com um quadro clínico grave", disse à Lusa um funcionário do hospital da Gorongosa, na condi??o de anonimato. 2014, 5 de mar?oA RENAMO acusou o exército de ter lan?ado rockets contra a Serra da Gorongosa, onde supostamente está o seu líder Afonso Dlakhama. O Governo diz que se tratou de uma contra-ataque. António Muchanga, porta-voz do presidente da RENAMO, Afonso Dlakhama, foi quem fez a denúncia à imprensa. "As for?as combinadas das For?a de Interven??o Rápida (FIR) e a For?as Armadas de Mo?ambique (FADM) atacaram no dia 5 de mar?o as posi??es das for?as da RENAMO em Gorongosa e Inhaminga. Usarm armas de destrui??o em massa, dispararam obuses e 38 rockets", afirmou.Nos últimos dias foram reportados dois ataques, em menos de uma semana, contra posi??es das for?as governamentais que resultaram em pelo menos quatro mortos e seis feridos, do lado do exército.O chefe da delega??o do Governo nas negocia??es com a RENAMO, José Pacheco, reagiu às acusa??es do partido da oposi??o atribuindo àquela forma??o política a iniciativa dos ataques: "Temos uma RENAMO que é violenta, que na segunda-feira (05.03.) atacou um carro da polícia que fazia reabastecimento logístico. As nossas for?as est?o a perseguir os que efetuaram os ataques, os meios que usam cabe a nossas for?as decidir."Para António Muxanga, da RENAMO, o ataque contra a Serra da Gorongosa refor?a a ideia da necessidade da presen?a de observadores estrangeiros para monitorizar o cessar-fogo. "Esse ataque de hoje vem provar que precisamos de peritos internacionais para ajudar Mo?ambique", salientou.Crescem os números referentes aos deslocados. Em mar?o, o primeiro-ministro mo?ambicano, Alberto Vaquina, revelou no Parlamento que 6.727 pessoas foram obrigadas a deslocar-se da regi?o da Gorongosa devido aos ataques armados da RENAMO.?rea da base da RENAMO no distrito de Inhaminga2014, 17 de mar?oA Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) chegou a um acordo com o Governo que representantes internacionais podem fazer parte da equipa que mediará um possível cessar-fogo no país. O aceite do Governo foi visto com bons olhos por António Muxanga, porta-voz do presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama. Ele garantiu que os negociadores da for?a de oposi??o v?o trabalhar com o Governo para que sejam indicados os países que estar?o envolvidos na media??o."Nós solicitamos que a comunidade internacional, nomeadamente Comunidade de Desenvolvimento da ?frica Austral (SADC), Uni?o Africana, Uni?o Europeia e Estados Unidos fa?am parte dos técnicos militares que far?o a supervis?o do cessar-fogo. O Governo n?o aceitava isto, mas finalmente deu luz verde", disse o representante da RENAMO.O Governo concorda com a supervis?o internacional do cessar-fogo, mas escolheu a SADC como organismo supervisor. António Muxanga considera, no entanto, que outros representantes internacionais devem ser incluídos. "A própria Uni?o Europeia tem interesses neste país. A maior parte do or?amento (mo?ambicano) é assegurado pela Uni?o Europeia."Para Muxanga, os Estados Unidos n?o podem ficar de fora porque apóia "a maior parte dos programas de desenvolvimento" em Mo?ambique. "Nunca é demais termos estes países a observarem o cessar-fogo, a ajudarem na supervis?o e a controlarem como as coisas est?o a ocorrer", opina. 2014, 19 de mar?oMo?ambique poderá comprar avi?es de ataque Super Tucano e um simulador de manobras navais ao Brasil, disse, em Maputo, o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, depois de um encontro com o seu homólogo mo?ambicano Agostinho Mondlane. Sobre a promessa brasileira de doa??o de três avi?es de treino Tucano (Embraer EBM-312) a Mo?ambique, o ministro brasileiro referiu que a proposta já foi aprovada pelo executivo liderado pela Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, faltando o aval do Congresso Nacional do país. O anúncio da doa??o destes equipamentos causou polémica no Brasil, uma vez que foi feito numa altura em que Mo?ambique já se encontrava mergulhado numa crise político-militar, provocada por diferendos, entre a RENAMO e o Governo de Maputo. Avi?o de treino do tipo Embraer EMB-312 Tucano nas Honduras2014, 28 de mar?oO chefe do Departamento de Informa??o da RENAMO, Jerónimo Malagueta, foi hoje libertado sob fian?a, depois de ter estado detido durante cerca de nove meses na Cadeia de Máxima Seguran?a da Machava, nos arredores de Maputo. Segundo António Muchanga, porta-voz do presidente da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), Jerónimo Malagueta foi libertado ao início da tarde. O antigo deputado da RENAMO, principal partido da oposi??o, foi detido a 21 de junho do último ano, sob acusa??o do crime de incita??o à violência, depois de ter anunciado que "as for?as" do partido se iriam posicionar no tro?o Save-Muxúnguè, na regi?o centro de Mo?ambique, "para impedir a circula??o de viaturas transportando pessoas e bens".2014, 31 de mar?oO Ministério da Defesa Nacional de Mo?ambique revelou que o exército mo?ambicano foi alvo, no domingo, de pelo menos doze ataques de alegados homens armados da RENAMO na regi?o da Gorongosa. De acordo com o diretor-adjunto da Política de Defesa do MDM, coronel Manuel Mazuze, os ataques visaram várias posi??es das For?as de Defesa e Seguran?a de Mo?ambique (FADM) no distrito da Gorongosa, na província de Sofala. "Infelizmente, estas a??es [ataques armados] têm sido sistemáticas, ao ponto de num só dia assistirmos a 12 ataques contra posi??es das FADM, em Gorongosa", disse Manuel Mazuze, escusando-se a adiantar informa??es sobre possíveis feridos e mortes resultantes dos confrontos.A RENAMO acusou os órg?os eleitorais de n?o colocarem brigadas de recenseamento em zonas fiéis ao partido em Manica, centro, a um mês do fim do processo. Em declara??es à Lusa, Alfredo Magumisse, chefe da brigada central da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) para Manica, disse que o recenseamento ainda n?o arrancou em "vários basti?es" do partido. "A província de Manica é génese da RENAMO, e nas regi?es de Gunhe, Matenguana, Chimbia, onde o partido tem muita influência, ainda n?o há brigadas. As zonas n?o constam do mapa dos órg?os para o recenseamento", precisou Alfredo Magumisse, assegurando que desde as primeiras elei??es, em 1994, a área sempre teve brigadas de recenseamento. O responsável disse que na regi?o de Goi-Goi e Mupengo (Mossurize), onde a RENAMO obteve 95 por cento de votos em 2004, e acima de 80% em 2009, as brigadas de recenseamento do Secretariado de Administra??o Eleitoral (STAE) abrem às 11:00 e encerram às 16:00, contra as oito horas diárias (das 08:00 às 16:00) estabelecidas. Por sua vez, Luciano José, chefe do departamento de organiza??o e opera??es eleitorais no STAE em Manica, disse que aquele órg?o está a guiar-se pelo mapa para o recenseamento e que trabalhos est?o em curso para as brigadas, cujo arranque foi afetado por chuvas, consigam atingir as metas do processo. Paisagem na província de Manica2014, 1 de abrilO Governo mo?ambicano e a RENAMO chegaram a acordo para a cria??o de subcomiss?es de "desmilitariza??o" do movimento, no ?mbito das negocia??es visando ultrapassar a crise política e militar no país. Em declara??es à imprensa, após mais uma ronda negocial, o chefe da delega??o do Governo, José Pacheco, disse que as duas partes entenderam-se quanto à cria??o de três subcomiss?es regionais e de um comando central, para a "desmilitariza??o" da RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana). As três subcomiss?es v?o ser instaladas no sul, centro e norte do país e o comando central vai funcionar em Maputo, adiantou Pacheco. Segundo o chefe da delega??o do Governo, as duas partes acordaram igualmente na participa??o de 23 observadores dos EUA, Itália, Zimbabué e Botsuana, para a supervis?o do cessar-fogo. Por seu turno, o chefe da delega??o da RENAMO, Saimon Macuiane, afirmou que a RENAMO pretende a integra??o do seu contingente armado nas for?as de defesa e seguran?a mo?ambicanas, até 28 de fevereiro de 2015. "Entendemos que, para além de definir a política de defesa e seguran?a do país no c?mputo geral, também iremos integrar nesta parte a quest?o que tem que ver com a reintegra??o, ou seja, a participa??o plena da RENAMO nas For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique, na polícia e nos servi?os de seguran?a do Estado", adiantou Saimon Macuiane. 2014, 2 de abrilUm comboio transportando carv?o da multinacional brasileira Vale foi atacado na segunda-feira por homens armados supostamente da RENAMO, principal partido da oposi??o mo?ambicana, no centro do país, afirmou hoje o ministro do Interior mo?ambicano, José Mandra. Em declara??es aos jornalistas, José Mandra indicou que o maquinista da locomotiva foi ferido no pé durante o ataque na linha férrea de Sena, no distrito de Muanza, província de Sofala, centro de Mo?ambique. Na sequência do ataque, a companhia mineira brasileira Vale anunciou a suspens?o temporária das exporta??es de carv?o que extrai na província mo?ambicana de Tete para "permitir o melhor andamento das investiga??es", remetendo às autoridades o esclarecimento sobre os contornos do incidente. A linha férrea de Sena é a principal via de escoamento do carv?o extraído na província de Tete, centro de Mo?ambique, pelas multinacionais envolvidas na extra??o mineira. Início da Linha de Sena em Moatize, Tete2014, 10 de abrilO Governo mo?ambicano e a RENAMO divergiram em rela??o ao desarmamento do bra?o armado do movimento, no ?mbito das negocia??es para acabar com a crise política e militar no país. Em declara??es aos jornalistas, no final de mais uma ronda negocial o substituto do chefe da delega??o do Governo às negocia??es, Gabriel Muthisse, disse que o Governo mo?ambicano defende que os "homens armados" da RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana) sejam desarmados paralelamente ao cessar-fogo entre as duas partes, com o acompanhamento dos observadores internacionais. Segundo Gabriel Muthisse, que é também ministro dos Transportes e Comunica??es, os observadores internacionais devem acompanhar o processo de desarmamento da RENAMO, "n?o fazendo sentido que venham ao país apenas para monitorizar um simples cessar-fogo".Por seu turno, o chefe da delega??o da RENAMO, Saimone Macuiane, afirmou que a quest?o do desarmamento da RENAMO n?o deve ser parte da discuss?o sobre os termos de referência da miss?o de observa??o internacional, defendendo que esse tema deve ser incorporado no ponto sobre Defesa e Seguran?a, previsto no atual processo negocial. "O Governo é que colocou a quest?o prévia do cessar-fogo. Uma vez ultrapassada essa quest?o, teremos tempo para discutir o ponto seguinte da agenda", afirmou Saimone Macuaine. Os comboios para escoamento de carv?o de Moatize, Tete, centro de Mo?ambique, voltaram a circular com "seguran?a refor?ada", oito dias após ataque da locomotiva da Vale, atribuído a homens armados da RENAMO, disse hoje à Lusa fonte policial. "As três companhias que escoam carv?o a partir da Linha de Sena, incluindo a brasileira Vale, retomaram a circula??o dos comboios. A Polícia está no terreno e medidas operativas e de seguran?a est?o garantidas", disse à Agencia Lusa Daniel Macuacua, porta-voz da Polícia de Sofala.2014, 14 de abrilA Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) exige a integra??o dos seus membros em cargos dirigentes das for?as de defesa e seguran?a do país para se desmilitarizar, condi??o que o Governo mo?ambicano considera "uma aberra??o". A exigência da RENAMO foi anunciada, na segunda-feira, durante uma nova ronda negocial entre o maior partido da oposi??o do país e o Governo mo?ambicano, tendo o encontro terminado com discursos crispados. Saimone Macuiane, chefe da delega??o negocial da RENAMO, anunciou que o partido pretende que "os seus homens" ocupem cargos como o de "Chefe do Estado-Maior, que há mais de 20 anos vêo por homens das antigas for?as guerrilheiras da RENAMO e das FPLM, denominado de For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM). Desde a forma??o das FADM, em 1994, a RENAMO tem vindo a contestar o processo de integra??o das suas for?as militares, considerando que os antigos membros das FPLM s?o preteridos para cargos de comando. "Os homens da RENAMO já est?o no exército. Nós n?o queremos que eles fiquem como assessores e cozinheiros dos outros. Queremos que fiquem como verdadeiros militares no exército", afirmou Macuiane. Comentando as novas imposi??es negociais da RENAMO, o representante governamental e ministro da Agricultura, José Pacheco, disse: "A Constitui??o da República e demais legisla??es emanam que o Estado organiza-se com regras n?o partidárias. A própria RENAMO exige num dos pontos a despartidariza??o da fun??o pública. A RENAMO foi ao ponto de dizer que Chefe de Estado-Maior das For?as Armadas deve ser da RENAMO. Isso é uma aberra??o", afirmou. 2014, 22 de abrilUm confronto entre as for?as governamentais e homens armados ligados à RENAMO, maior partido da oposi??o em Mo?ambique, fez hoje dois mortos e cinco feridos na Gorongosa, Sofala, centro de Mo?ambique, disseram hoje à Lusa várias fontes.2014, 23 de abrilA RENAMO pediu à Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE) a prorroga??o do recenseamento eleitoral por 30 dias, quando faltam seis dias para o fim da opera??o, indicou à Lusa o órg?o eleitoral. O recenseamento eleitoral em curso, que termina no dia 29, destina-se à inscri??o de eleitores para as elei??es gerais (presidenciais e legislativas) de 15 de outubro. Em declara??es à Lusa em Maputo, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica, afirmou que a RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana) solicitou, por escrito, a prorroga??o do recenseamento eleitoral, adiantando que a entidade está a analisar os fundamentos do pedido do principal partido da oposi??o. O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, amea?ou impedir as elei??es gerais, caso o seu partido n?o participe no escrutínio, numa entrevista divulgada pelo Canal de Mo?ambique. A entrevista, de quatro páginas, foi a primeira de Afonso Dhlakama nos três meses anteriores, depois de ter falado a órg?os de comunica??o sociais mo?ambicanos e estrangeiros, algures a partir da Serra da Gorongosa, centro do país, onde se refugiou em outubro do ano passado, quando foi desalojado do seu acampamento por uma ofensiva do exército mo?ambicano. Em declara??es ao Canal de Mo?ambique, o líder da RENAMO amea?ou inviabilizar as elei??es gerais (presidenciais e legislativas) de 15 de outubro, caso o seu movimento n?o participe no escrutínio. Apesar de vários dirigentes do partido terem reiterado que a RENAMO vai participar no escrutínio, após ter boicotado as elei??es autárquicas de 20 de novembro passado, por discordar da lei eleitoral, aumentam as dúvidas sobre essa hipótese pelo facto de o seu líder n?o se ter recenseado a uma semana do fim do recenseamento eleitoral, alegando falta de seguran?a. Segundo Afonso Dlhakama, "eles (a Frelimo) n?o podem fazer brincadeiras com as presidenciais e legislativas, n?o podem pensar que podem realizar as elei??es sem a RENAMO". Recenseamento de eleitores em Nampula2014, 24 de abrilO Governo mo?ambicano qualificou como "tentativa de golpe de Estado" a exigência da RENAMO, principal partido da oposi??o, de chefiar o exército e a polícia, como condi??o para o desarmamento do seu bra?o armado. “Existem entidades responsáveis para usar e armazenar armas em Mo?ambique", declarou o líder da delega??o do Governo, José Pacheco, em declara??es aos jornalistas, no final de mais uma ronda negocial. O ex-presidente mo?ambicano Joaquim Chissano disse que pode chegar o momento em que Maputo terá de dizer à RENAMO que as cedências atingiram o limite, mas manifestou-se confiante que n?o será o Governo a iniciar o confronto. "O Governo tem uma linha que é a de n?o ir às armas. N?o é o Governo que vai pegar em armas para fazer alguma coisa. Vai dizer que basta, que n?o vai haver mais cedências para exigências, que s?o completamente absurdas. Eu penso que é o que vai acontecer, porque n?o se pode pensar que o Governo vai dar tudo só por causa das amea?as. Há limites", sublinhou Joaquim Chissano, em entrevista à Lusa, em Lisboa. "O Dhlakama e a RENAMO têm alguma possibilidade de criar alguma perturba??o no seio das popula??es civis, mas eu duvido que tenham for?a capaz de enfrentar uma guerra", disse, ressalvando, no entanto, que muitos dos elementos da RENAMO "s?o contra a guerra". 2014, 25 de abrilAs oito brigadas de recenseamento, que deviam arrancar hoje com a inscri??o nas zonas de conflito armado, est?o retidas na vila da Gorongosa (Mo?ambique) devido a ataques na regi?o, disse à Lusa fonte oficial. "Ainda n?o há seguran?a para a entrada das oito brigadas devido à situa??o de tens?o na zona", destacou Picardo Madibe, diretor distrital do Secretariado Técnico de Administra??o Eleitoral (STAE) de Gorongosa. Cerca de 16 mil eleitores, um ter?o do potencial do distrito, est?o por recensear nas regi?es de Nhataca, Mucodza, Vunduzi, Chionde, Casa Banana, Mussicadzi, Piro e Domba, um dos postos administrativo que perfaz o maior círculo eleitoral de Gorongosa, atingido pela tens?o político-militar, que op?e o governo e a RENAMO, maior partido da oposi??o em Mo?ambique.O Governo e a Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), chegaram na quarta-feira ao consenso, para uma trégua - a seguran?a das brigadas estaria a cargo do partido - que permitiria o reaparecimento e recenseamento do seu líder, Afonso Dhlakama, desalojado pelo exército da sua base de Satunjira e em lugar desconhecido há seis meses. 2014, 28 de abrilO Governo prorrogou por mais 10 dias o processo de recenseamento eleitoral afirmou hoje o diretor-geral do STAE, Felisberto Naife, durante uma conferência de imprensa, em Maputo, estimando que o adiamento deverá representar um custo acrescido de cerca de 1,6 milh?es de euros. Com o adiamento, o Governo mo?ambicano cedeu, pela segunda vez, a pedidos da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO).O governador da província mo?ambicana de Sofala, Félix Paulo, impediu hoje a entrada de brigadas de recenseamento eleitoral nas zonas de conflito na Gorongosa, centro de Mo?ambique, disse fonte da Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE). "Ficamos surpresos com a medida do governador. Tudo estava pronto, incluindo alguns computadores seguiam com uma equipe para refor?ar as brigadas (de recenseamento) na Gorongosa, quando receberam ordens para regressar", disse hoje à Lusa Meque Brás, segundo vice-presidente da CNE, indicado pela Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), o principal partido da oposi??o e que mantém um conflito armado com o governo. "Estamos até agora em negocia??es para permitir que as brigadas se desloquem e recenseiem a popula??o daquela zona, incluindo o líder da RENAMO", referiu hoje Meque Brás, que chefiava o grupo, sugerindo falta de interesse politico para a inscri??o eleitoral do líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, que se encontra refugiado na regi?o. O recenseamento do líder da RENAMO, "candidato natural" do partido, às elei??es gerais de 15 de outubro, continua pendente a um dia do fim do processo, marcado para 29 de abril. 2014, 2 de maioA Resistência Nacional Mo?ambicana anunciou o reposicionamento dos seus homens armados em resposta ao avan?o das For?as de Defesa e Seguran?a na serra da Gorongosa (Sofala). António Muchanga, porta-voz da RENAMO, assegurou que o partido vai levantar a "trégua unilateral" tomada para abrandar os confrontos e possibilitar um cessar-fogo com o Governo, o que permitiria o reaparecimento e recenseamento de Afonso Dhlakama, ainda n?o inscrito para às elei??es de 15 de outubro, no quarto dia de prorroga??o do processo, que termina a 9 de maio.2014, 3 de maioUm ataque de homens armados ligados à RENAMO fez cinco feridos, incluindo um menor, no tro?o Save-Muxúnguè da Estrada Nacional 1, no centro de Mo?ambique, disse à Lusa fonte policial. "Do ataque foram registadas cinco vítimas civis, uma das quais crian?a,que foram socorridas e levadas para o hospital rural de Save [Inhambane, sul]", disse à agência Lusa Daniel Macuacua, porta-voz da Polícia de Sofala.2014, 5 de maioUma nova ronda negocial entre a RENAMO e o Governo mo?ambicano terminou sem quaisquer avan?os sobre a participa??o de observadores internacionais para media??o do conflito político-militar que as partes mantêm. Os Estados Unidos condenaram o recurso à violência para a resolu??o de diferendos políticos em Mo?ambique, exortando o país a adotar mecanismos pacíficos e democráticos para ultrapassar divergências. "A embaixada dos Estados Unidos da América em Mo?ambique reitera o seu apoio incondicional à utiliza??o de mecanismos pacíficos e democráticos na resolu??o de qualquer diferendo no processo político mo?ambicano e manifesta a sua veemente condena??o ao recurso à violência e amea?as no processo de busca de solu??es em qualquer esfera da vida do país", diz o comunicado. A embaixada norte-americana acrescenta que as elei??es s?o um dos pilares importantes de afirma??o da vontade popular numa democracia, encorajando a todos os mo?ambicanos a participarem nas elei??es gerais (presidenciais e legislativas) marcadas para 15 de outubro. 2014, 6 de maioConfrontos entre for?as governamentais e homens armados, alegadamente ligados à Resistência Nacional de Mo?ambique (RENAMO) causaram hoje diversos feridos em Ripembe, Sofala, centro do país, disseram à Lusa várias fontes. Homens armados, supostamente da RENAMO, abriram, com explosivos, uma cratera na N1, a principal estrada do país, onde emboscaram uma viatura militar de reconhecimento, após esta ter caído na cova aberta pela explos?o. 2014, 7 de maioA RENAMO anunciou em Maputo a suspens?o das suas a??es armadas no centro de Mo?ambique, para permitir o recenseamento eleitoral na regi?o. Numa declara??o ao país lida em Maputo, o porta-voz da RENAMO, António Muchanga, anunciou que o partido suspende hoje a??es militares para permitir o recenseamento eleitoral no distrito de Gorongosa. A dois dias do fim do recenseamento eleitoral para as elei??es gerais de 15 de outubro, as oito brigadas do Secretariado Técnico de Administra??o Eleitoral (STAE) mo?ambicano que deviam trabalhar no distrito de Gorongosa, onde está refugiado o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, ainda n?o conseguiram proceder ao registo dos eleitores, devido a confrontos entre o exército mo?ambicano e homens armados do principal partido da oposi??o. 2014, 8 de maioO recenseamento de Afonso Dhlakama concretizou-se depois das brigadas de recenseamento eleitoral terem conseguido finalmente entrar na Gorongosa, na província central de Sofala. A informa??o concernente ao recenseamento do líder da RENAMO foi confirmada ao CIP (Centro de Integridade Pública) e à AWEPA (Parlamentares Europeus para a ?frica) pelo porta-voz de Dlhakama, António Muchanga. Deste modo, est?o agora reunidas todas as condi??es para que Dlhakama possa candidatar-se à presidência da República nas elei??es de outubro próximo. Após se recensear, cercado por membros da sua seguran?a, Afonso Dhlakama voltou para o local onde está refugiado, caminhando pela mata cerrada da Serra da Gorongosa. Cartaz publicitário de Afonso Dhlakama da campanha para as elei??es de 20092014, 15 de maioUm militar morreu e outro ficou ferido em confrontos entre as for?as governamentais e homens armados ligados à RENAMO, em Murrothane, 50 quilómetros a norte de Mocuba, Zambézia, centro de Mo?ambique, disseram hoje à Lusa fontes locais. "Deu entrada um militar morto, e outro ferido, atingidos por projéteis de balas", declarou à Lusa uma fonte médica do Hospital Rural de Mocuba, segunda maior cidade da Zambézia, para onde foram transferidas as vítimas. O confronto ocorreu ao princípio da manh? numa zona fiel à RENAMO, quando for?as governamentais alegadamente for?aram um líder de Murrothane a mostrar a antiga base do movimento.2014, 20 de maioO Governo mo?ambicano qualificou de irresponsável a exigência da RENAMO de participa??o de assessores militares estrangeiros na fiscaliza??o do fim dos confrontos entre o exército e o movimento no centro do país. Em declara??es aos jornalistas, no final de mais uma ronda negocial, o chefe adjunto da delega??o do Governo, Gabriel Muthisse, acusou a RENAMO de ter mudado de posi??o, passando a exigir a presen?a de assessores militares estrangeiros no lugar de mediadores.No final da ronda negocial, os observadores mo?ambicanos nas negocia??es também reagiram e manifestaram a "tristeza com a lentid?o" do processo negocial. Em declara??es aos jornalistas, o bispo emérito da Igreja Anglicana e observador Dinis Sengulane expressou a sua frustra??o com o que considera lentid?o das negocia??es entre os dois lados. "Estamos tristes com a forma lenta como o diálogo está a decorrer, mas n?o perdemos a esperan?a", afirmou Sengulane.2014, 22 de maioO secretário-geral da RENAMO, principal partido da oposi??o em Mo?ambique, Manuel Bissopo, anunciou que o líder do movimento, Afonso Dhlakama, será o candidato presidencial da organiza??o às elei??es gerais de 15 de outubro próximo. "Mesmo que o presidente Dhlakama n?o consiga sair para circula??o, de forma a exercer a atividade política por motivos de seguran?a, vai candidatar-se", afirmou.A Frente de Liberta??o de Mo?ambique (FRELIMO), partido no poder, elegeu Filipe Nyusi, como seu candidato presidencial, e o Movimento Democrático de Mo?ambique (MDM), a terceira maior for?a política no país, escolheu Daviz Simango, presidente do partido, para a corrida à Ponta Vermelha, a residência oficial do chefe de Estado mo?ambicano. Praias vazias: menos turistas chegam a Mo?ambique em consequência do conflito (na foto: Tofo, Inhambane)Afonso Dhlakama, o líder da RENAMO, manifestou a vontade de abandonar o seu esconderijo e fazer pré-campanha para as elei??es gerais de outubro, acusando o exército de cercar o seu refúgio. Apesar de ter aparecido em público há cerca de duas semanas perante uma brigada de recenseamento eleitoral, para se registar e obter o cart?o de eleitor, na Serra da Gorongosa, centro do país, Afonso Dhlakama encontra-se em paradeiro desconhecido, desde que o acampamento em que vivia, na regi?o, foi ocupado pelo exército mo?ambicano em outubro do ano passado, na sequência de confrontos com os homens armados da RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana). Em entrevista telefónica que concedeu algures a partir da Serra da Gorongosa para órg?os de comunica??o social reunidos na sede da RENAMO em Maputo, Afonso Dhlakama manifestou a vontade de abandonar o seu refúgio, enfatizando que essa inten??o n?o se está a materializar, porque o exército mo?ambicano mantém o cerco ao local. "Eu quero sair daqui de Gorongosa, quero come?ar a andar, mas o Governo n?o está a retirar as FADM (For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique), para impedir que eu me movimente", disse Dhlakama. 2014, 23 de maioO Presidente de Mo?ambique e líder da FRELIMO , Armando Guebuza, pediu à sociedade civil mo?ambicana para convencer a RENAMO a baixar as armas e voltar às negocia??es sem condicionalismos. Num comício realizado em Chókwè, no início de uma presidência aberta na província de Gaza, sul do país, Guebuza garantiu a disponibilidade do Governo para o diálogo e convidou o maior partido da oposi??o a ouvir o povo, "porque todos almejam a paz". Guebuza mostrou-se confiante num desfecho pacífico, salientando que, "quando a RENAMO acordar, vai compreender que este país precisa de paz". 2014, 24 de maioO Governo mo?ambicano disse que Afonso Dhlakama, líder do maior partido de oposi??o, é livre de sair do seu esconderijo na Gorongosa, centro do país, e iniciar o trabalho político com vista às elei??es gerais de outubro. "Afonso Dhlakama é livre de sair do seu esconderijo, mas o seu 'status' já n?o será mais o mesmo. N?o poderá continuar a manter homens armados em Gorongosa, Satunjira, Muxúnguè ou em qualquer outro ponto do país. No nosso país já n?o há espa?o para homens armados da RENAMO", declarou ao jornal Notícias o subchefe da delega??o governamental no diálogo com a RENAMO. Gabriel Muthisse respondia ao líder da oposi??o, que na sexta-feira (23.05.) manifestou a vontade de abandonar o seu esconderijo na serra da Gorongosa e fazer pré-campanha para as elei??es gerais de 15 de outubro, acusando o exército de cercar o seu refúgio. 2014, 26 de maioO Governo mo?ambicano voltou a convidar o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, para uma reuni?o em Maputo com o Presidente Armando Guebuza, num momento em que as negocia??es com o maior partido de oposi??o se encontram num impasse. "Estamos na disposi??o de suportar os encargos desta desloca??o, desde que a RENAMO nos dê indica??es muito precisas de quem quer que traga o seu presidente para a mesa do diálogo", disse José Pacheco, chefe da delega??o do Governo nas negocia??es com a RENAMO, após mais uma reuni?o inconclusiva para o desfecho da crise político-militar que se vive no país. 2014, 27 de maioO conflito armado em Mo?ambique provocou perdas diretas na indústria de turismo de 7,3 milh?es de euros em apenas três meses, segundo um estudo da Associa??o de Comércio e Indústria de Sofala e da agência norte-americana USAID. Os dados, hoje apresentados em Maputo pela consultora Ema Batey, que preparou o estudo Custo do Conflito no Turismo em Mo?ambique para aquelas institui??es, indicam que, entre novembro de 2013 e janeiro de 2014, os confrontos que op?em a Resistência Nacional de Mo?ambique (RENAMO) e o Governo, tiveram uma rela??o direta com as perdas no setor, mais acentuadas no turismo de lazer do que no turismo de negócios. No estudo, é apontado o caso concreto de Vilanculos, na província de Inhambane, sul do país, que teve uma perda de 50% do seu volume de negócios entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano. "O impacto do declínio no setor afeta os operadores comerciais locais, as vendas e todas as cadeias de valor", disse Batey, lembrando que o turismo contribui com 85% das receitas locais. A ponte sobre o Rio Save: a partir daqui come?a a zona perigosa da Estrada Nacional 12014, 2 de junhoA RENAMO, principal partido da oposi??o mo?ambicana, anunciou a suspens?o do cessar-fogo unilateral que anunciara para travar os confrontos com o Exército, principalmente no centro do país, em resposta a alegados ataques militares. Em conferência de imprensa hoje em Maputo, o porta-voz da RENAMO, António Muchanga, disse que o seu partido vai suspender, a partir do dia 2 de junho, o cessar-fogo, para que os homens armados do movimento se possam defender da alegada ofensiva do Exército, na província de Sofala, centro do país. "Os comandantes da RENAMO entendem que só se voltará a cessar-fogo depois de um entendimento pelas duas delega??es no diálogo e com a chegada da media??o internacional, para garantir o respeito pelo compromisso pelas partes", afirmou António Muchanga. Depois de várias semanas de acalmia nas hostilidades entre o bra?o armado da RENAMO e as for?as de defesa e seguran?a mo?ambicanas, na sequência de um cessar-fogo unilateral decretado pelo movimento, no dia 07 de maio, as duas partes voltaram a confrontar-se a partir de sexta-feira última (30.05.), havendo relatos de vários feridos e um morto do lado do Exército, mas n?o confirmados oficialmente. O porta-voz da RENAMO disse ainda que, com a suspens?o do cessar-fogo, o seu partido já n?o pode dar garantias de seguran?a na circula??o na principal estrada do país, no tro?o da regi?o centro, onde a movimenta??o de passageiros e carga tem sido feita sob escolta militar, desde abril do ano passado, quando eclodiram os primeiros confrontos.No mesmo dia, um ataque a uma coluna de viaturas, atribuído a homens ligados à RENAMO, feriu cinco militares e duas civis em Zove, a 10 quilómetros de Muxúnguè, Sofala, centro de Mo?ambique, disse à Lusa fonte médica. "Deram entrada no hospital dois civis e cinco militares, todos com contus?es e escoria??es", precisou à Lusa Pedro Vidam?o, diretor do Hospital Rural de Muxúnguè, adiantando que "um militar teve uma fratura no antebra?o e foi submetido a uma opera??o". 2014, 3 de junhoDois novos ataques atribuídos a homens da RENAMO mataram hoje um militar e deixaram seis feridos, quatro dos quais civis, próximo de Zove, na regi?o de Muxúnguè, província de Sofala, centro de Mo?ambique, disse à Lusa fonte médica. Segundo Pedro Vidam?o, diretor do Hospital Rural de Muxúnguè, uma coluna do Exército foi emboscada duas vezes na manh? de hoje, em menos de meia-hora, na principal estrada de Mo?ambique e que une o sul e o norte do país. Esta sucess?o de ataques segue-se ao anúncio, na segunda-feira, do fim do cessar-fogo declarado unilateralmente pela Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) devido ao impasse nas negocia??es com o Governo. “Deram entrada no hospital de forma faseada dois grupos, o primeiro de três civis e um militar [feridos] e o segundo de um civil e um militar feridos e um militar morto", disse à Lusa o diretor do Hospital Rural de Muxúnguè. 2014, 4 de junhoO secretário-geral da RENAMO, Manuel Bissopo, disse que o seu movimento está preparado para dividir o país, caso o Governo n?o aceite a paridade na composi??o do exército. "Se a FRELIMO continuar a dizer que n?o aceita a paridade, ent?o a RENAMO e o presidente Afonso Dhlakama n?o têm mais nada a fazer, sen?o aceitar o que a FRELIMO quer, que é criar condi??es para dividir o país", disse Manuel Bissopo, citado pelo diário O País. Quadros do principal partido da oposi??o já amea?aram, em ocasi?es anteriores, dividir o país a partir do Rio Save, que divide o sul do centro e norte, regi?es de maior implanta??o da RENAMO. Um ataque de homens armados no centro de Mo?ambique provocou três feridos, elevando para um morto e 24 feridos o balan?o dos confrontos entre a Resistência Nacional Mo?ambicana e o exército em menos de uma semana. Segundo habitantes locais ouvidos pela Lusa, o ataque de hoje foi dirigido a uma viatura militar que fazia escolta a uma coluna de veículos na N1, a principal estrada do país, e que foi emboscada a seis quilómetros da vila de Muxúnguè, província de Sofala. Na escalada dos ataques atribuídos a homens armados da RENAMO, o principal partido da oposi??o em Mo?ambique, este é o primeiro que ocorre perto de uma zona residencial. Autocarro na província de Manica2014, 5 de junhoEm conferência de imprensa sobre o recrudescimento da situa??o política e militar em Mo?ambique, o porta-voz da FRELIMO (Frente de Liberta??o de Mo?ambique), Dami?o José, acusou o principal partido da oposi??o de estar a comportar-se como um grupo de "bandidos armados", o epíteto que os dirigentes do partido no poder e a comunica??o social estatal usavam para se referir à guerrilha da RENAMO, durante os 16 anos de guerra civil, que terminou em 1992. "Com esta postura, de bandidos armados, já n?o há dúvidas de que a RENAMO continua a ser inimiga do povo mo?ambicano, que a RENAMO n?o quer a paz, que a RENAMO tem medo de participar nas elei??es gerais e provinciais de outubro", afirmou o porta-voz da FRELIMO. 2014, 8 de junhoA RENAMO amea?ou alargar o conflito a outras regi?es do país, em resposta a bombardeamentos do exército na serra da Gorongosa, suposto esconderijo do seu líder, Afonso Dhlakama. "Est?o a bombardear com B11 [antiaérea] a serra da Gorongosa", disse à Lusa António Muchanga, porta-voz da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), adiantando que "isso pode provocar o desdobramento dos militares.2014, 9 de junhoOs ataques a escoltas militares de viaturas na estrada que liga o sul e centro de Mo?ambique, provocaram uma queda do número de passageiros dos transportes semipúblicos e a subida de pre?o dos alimentos na regi?o. "Os ataques fizeram escassear os produtos provenientes do sul, o que fez disparar o pre?o da cebola, batata e ovo", disse à Lusa Arminda Fajú, comerciante do mercado central em Chimoio, a capital da província de Manica. O número de passageiros que procuram ligar por terra as cidades de Chimoio e Maputo, através de transportes semipúblicos ("chapas") caiu quase para um quarto, desde o reinício dos confrontos naquele tro?o da regi?o centro. "A procura baixou muito. Agora temos que encorajar cada passageiro que nos procura para viajar. Há autocarros que saem para Maputo com 15 passageiros, num total de 57 lugares", disse à Lusa Fredson Rodrigues, funcionário da companhia de transporte Angolano, assegurando que a receita nem cobre o combustível necessário para a viagem. O presidente da Federa??o Mo?ambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) admitiu à Lusa em Maputo, no dia seguinte, que a organiza??o "n?o descarta" a hipótese de suspender a atividade no centro do país, caso os ataques armados a veículos continuem. "Os transportadores vivem uma situa??o de enorme preocupa??o, devido à situa??o grave que se vive no tro?o Muxúnguè-Save. Est?o a morrer pessoas e a acumularem-se prejuízos", frisou Castigo Nhamane. Na cidade da Beira teve lugar o congresso da RENAMO (na foto: o porto da cidade)2014, 10 de junhoCerca de 150 organiza??es da sociedade civil mo?ambicana exigiram hoje que a RENAMO, principal partido da oposi??o, restabele?a o cessar-fogo, cujo anúncio de levantamento, há uma semana, foi seguido de diversos ataques armados na regi?o centro de Mo?ambique. Condenando "os cinco ataques reportados pela imprensa", que foram atribuídos a homens armados da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), os subscritores do documento "N?o ao Assassinato de mo?ambicanas e mo?ambicanas", hoje apresentado em Maputo, apelaram ao partido para que "restabele?a e mantenha o cessar-fogo", levantado a 28 de maio. "Apelamos para que a RENAMO se abstenha de pronunciar discursos que incitem à violência usando os órg?os de comunica??o social como veículo", lê-se no documento, no qual se insta o partido político a "contribuir genuinamente para a reestrutura??o da paz no país". Na mensagem, a sociedade civil condena também o "discurso e terminologias de incitamento à tens?o política" da FRELIMO.2014, 13 de junhoEm declara??es à agência Lusa, o porta-voz da RENAMO, António Muchanga, considerou extempor?neo o pedido de cessar-fogo, porque, no seu entender, devia ter sido feito quando o movimento acusou as for?as governamentais de estarem a bombardear a Serra da Gorongosa, onde está refugiado o líder do partido, Afonso Dhlakama. "Por mais legítimas que sejam as exigências da sociedade civil, pecam por ser extempor?neas, porque n?o foram feitas no momento em que ocorreram as raz?es que levaram a RENAMO a suspender o cessar-fogo", assinalou Muchanga. O porta-voz da RENAMO acusou algumas organiza??es da sociedade civil que subscreveram o pedido de cessar-fogo de agirem por encomenda do Governo, alegando que cederam às press?es de figuras afetas ao executivo para criticarem aquele partido. António Muchanga reiterou que a RENAMO está comprometida com a paz no país. "A RENAMO fará tudo o que estiver ao seu alcance para que a situa??o volte à normalidade", acrescentou Muchanga. 2014, 15 de junhoHomens armados ligados à RENAMO mataram hoje quatro militares do Exército e feriram outros 13 numa emboscada no centro de país, disse à Lusa fonte do Hospital Distrital de Gorongosa. Segundo um morador contatado telefonicamente pela Lusa, "o Exército entrou a disparar durante a manh? e, no seu regresso, já no princípio da noite, foi emboscado no rio Mucodza, a 12 quilómetros da vila de Gorongosa", província de Sofala. António Muchanga, porta-voz da RENAMO, confirmou à Lusa a emboscada e que houve baixas do Exército, acrescentando que o socorro dos feridos "decorreu no escuro desde o princípio da noite".O Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, afirmou que quer resolver o conflito político e militar com a RENAMO o mais depressa possível, reiterando que as elei??es gerais de 15 de outubro n?o est?o em causa. Falando no ?mbito de uma presidência aberta à província de Tete, no centro-norte do país, Guebuza admitiu que os confrontos militares com a RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana) mancham o fim do seu segundo e último mandato, acusando o líder da oposi??o, Afonso Dhlakama, de reaparecer "sobretudo para matar cidad?os inocentes". 2014, 16 de junhoUm cidad?o chinês ficou hoje "gravemente ferido" durante uma emboscada de homens armados ligados à RENAMO à coluna de viaturas escoltada pelo exército, na regi?o de Zove, Sofala, centro de Mo?ambique, disseram à Lusa militares e viajantes. "O cidad?o chinês foi alvejado na cabine do cami?o que transportava toros de madeira para Maputo. Tem balas alojadas no corpo e foi levado para primeiros socorros no Hospital de Save", disse à Lusa, por telefone, um militar integrante da escolta. A coluna de viaturas foi emboscada 45 minutos depois de deixar Muxúnguè para Save - um tro?o de escolta militar obrigatória -, supostamente por homens armados da RENAMO.2014, 17 de junhoUm confronto entre for?as governamentais e homens armados, ligados a RENAMO, maior partido da oposi?ao em Mo?ambique, fez hoje 14 feridos em Murrothone, interior de Mocuba, Zambezia, centro de Mo?ambique, disse hoje fonte médica à agência Lusa. "Deram entrada na enfermaria de medicina 14 feridos, a maioria atingidos por projéteis de balas", declarou fonte médica do Hospital Rural de Mocuba, na segunda maior cidade da Zambézia, para onde foram transferidas as vitimas. O confronto, contou à Lusa um habitante, iniciou-se cerca das cinco horas da manh?, quando as for?as do Governo, pertencentes a uma brigada de Lichinga (norte) tentaram pela segunda vez num mês desativar uma base da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), que supostamente reagrupa ex-guerrilheiros do movimento. 2014, 18 de junhoA presidente da Liga dos Direitos Humanos mo?ambicana (LDH), Alice Mabota, defendeu hoje a interven??o da comunidade internacional na resolu??o da crise política e militar, para que o país n?o resvale para um conflito mais grave. Alice Mabota advogou a necessidade da presen?a de entidades internacionais para mediar a crise em Mo?ambique, em declara??es aos jornalistas, depois de um encontro com uma delega??o da RENAMO, em que abordou a situa??o política no país. "Achamos que a comunidade internacional tem um papel a desempenhar na busca de uma solu??o para as hostilidades entre o Governo e a RENAMO. A comunidade internacional tem por hábito intervir quando já é tarde", afirmou Mabota. 2014, 21 de junhoSeis ataques a colunas de viaturas, escoltadas pelo Exército, no tro?o de 100 quilómetros entre Muxúnguè e rio Save, Sofala, no centro de Mo?ambique, fizeram dois mortos e quatro feridos nos últimos três dias, disseram hoje à Lusa várias fontes locais. As vítimas, disse à Lusa fonte militar, foram atingidas num transporte público proveniente de Machanga (Sofala) no final da tarde de sexta-feira, após uma emboscada na zona de Zove, atribuída a homens armados da RENAMO, que se confronta há um ano com o Exército na regi?o. "Um homem e uma mulher que vinham no transporte morreram. Também três mulheres e um professor ficaram feridos no ataque de sexta-feira, totalizando dois mortos e quatro feridos", declarou à Lusa por telefone uma fonte militar em Muxúnguè. 2014, 23 de junhoO Conselho Nacional da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO) elegeu hoje por aclama??o Afonso Dhlakama para candidato às elei??es presidenciais de 15 de outubro, disse à Lusa fonte do maior partido de oposi??o de Mo?ambique. "O presidente Afonso Dhlakama foi aclamado por unanimidade pelo Conselho Nacional do partido ", informou José Manteiga, porta-voz do Conselho Nacional da RENAMO, reunido na Beira, Sofala, centro de Mo?ambique. O líder da RENAMO, que se mantém escondido em parte incerta na serra da Gorongosa, já tinha sido apontado pelo partido como candidato às presidenciais, mas a escolha ainda n?o tinha sido formalizada pelas estruturas partidárias. 2014, 24 de junhoO líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, reiterou durante um comício na Beira a amea?a de dividir o pais se o Governo n?o ceder na unifica??o do exército. Dhlakama, que se mantém escondido na serra Gorongosa, falou por videoconferência, no populoso bairro da Munhava, basti?o da RENAMO, no lan?amento da sua pré-campanha eleitoral às presidenciais de 15 de outubro, e considerou insustentável a coabita??o com o Governo, tendo decidido criar fronteiras geopolíticas para dividir o país a partir do Save, província de Sofala, no centro do país. Com a divis?o proposta pela RENAMO, o Governo ficaria apenas com a gest?o de quatro províncias da regi?o sul, incluindo a capital Maputo, passando as remanescentes sete províncias do centro e norte de Mo?ambique para a gest?o da RENAMO. "Se a Frelimo continuar a negar que as for?as da RENAMO estejam no Exército nacional, n?o teremos alternativa: vamos dividir o país a partir do rio Save", declarou Afonso Dhlakama, no comício realizado em paralelo com o Conselho Nacional do partido, também na Beira, ironizando que n?o há nenhuma ilha para "acomodar" os seus seguidores.O líder partidário, que voltou a autoproclamar-se "pai da democracia" na reuni?o que juntou centenas de pessoas, de crian?as a idosos, defendeu ainda a necessidade de se reafirmar a real participa??o no pais, e desafiou mais uma vez o Presidente mo?ambicano a cancelar as escoltas militares, no tro?o entre Save e Muxungue, na principal estrada de Mo?ambique, que liga o sul e centro do pais, palco de confrontos entre o Exército e homens armados da RENAMO. Afonso Dhlakama negou a autoria de ataques a civis naquele tro?o, adiantando que as colunas, escoltadas pelo exército, "s?o uma manobra do Governo para usar a popula??o como escudo para refor?ar a presen?a de militares" no centro de Mo?ambique, particularmente na serra da Gorongosa, onde se sup?e que esteja refugiado. "Como eu podia deixar a popula??o circunvizinha na Gorongosa para ir atacar em Muxúnguè, a minha terra natal, onde est?o os meus irm?os?", questionou Afonso Dhlakama. Armando Guebuza (foto tirada em Maputo)2014, 27 de junhoDois militares e dois civis morreram num ataque a uma coluna de viaturas escoltadas pelo Exército mo?ambicano, em Mutinda, a 22 quilómetros de Muxúnguè, Sofala, no centro do país, disseram à Lusa várias fontes locais. No ataque, atribuído a homens armados da RENAMO também ficaram feridos dois civis, um dos quais com gravidade.2014, 30 de junhoO Governo mo?ambicano e a RENAMO, maior partido de oposi??o, voltaram a encontrar-se em Maputo, ao fim de duas semanas sem negocia??es e em plena escalada do conflito militar na regi?o centro do país. "N?o podemos concluir que houve avan?os significativos, porque o essencial ainda n?o foi concluído", declarou no fim do encontro Saimone Macuiane, chefe da delega??o da RENAMO nas negocia??es e deputado na Assembleia da República. O chefe da delega??o do Governo e ministro da agricultura, José Pacheco, lamentou, por seu lado a falta de acordo sobre a desmilitariza??o da RENAMO. "A RENAMO entende que este ponto n?o faz parte dos termos de referência. Ora, faz sentido que os nossos observadores venham a observar os pilares fundamentais de todo o processo do diálogo", disse Pacheco. As negocia??es entre as duas partes duram há mais de um ano e continuam marcadas pelo impasse.2014, 2 de julhoA RENAMO exigiu ao Governo que quadros seus preencham metade do efetivo de duas for?as especiais da polícia. "Neste momento pretendemos a partilha de 50% de duas for?as especiais que a polícia criou fora do Acordo Geral de Paz, que é a For?a de Prote??o de Altas Individualidades e a For?a de Interven??o Rápida, declarou em Maputo António Muchanga, clarificando as exigências da RENAMO em rela??o às for?as de defesa e seguran?a do país. "Pode-se chegar ao consenso de se partilhar o comando dos ramos e das unidades, na propor??o em que quando o comandante é da RENAMO o adjunto é da Frelimo e vice-versa, alternadamente nas várias unidades desde a base até ao topo", informou o porta-voz do partido de oposi??o, que anteriormente exigia o comando das for?as armadas e da polícia. O Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, considerou em Lisboa, que as exigências da RENAMO nas negocia??es políticas que decorrem no país s?o cada vez mais "impossíveis de satisfazer", mas reiterou a disponibilidade para continuar o diálogo. Em entrevista à agência Lusa no ?mbito da visita de três dias que está a efetuar a Portugal e que termina na quinta-feira, o chefe de Estado mo?ambicano referiu que nas negocia??es para acabar com o conflito político-militar, a Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), "infelizmente, quando se resolve um problema, cria outras preocupa??es, aparentemente cada vez mais impossíveis de satisfazer". No entanto, Armando Guebuza considerou que "alguma coisa de positivo já se conseguiu", uma vez que "a RENAMO declarou estar interessada em participar nas elei??es, o líder da RENAMO recenseou-se e agora declarou-se como o candidato natural" do principal partido da oposi??o à presidência, nas elei??es gerais de 15 de outubro próximo. Rául Domingos foi um dos arquitetos da paz de 19922014, 7 de julhoO Conselho de Estado de Mo?ambique apelou para que a RENAMO prossiga o diálogo com vista à paz e à realiza??o das elei??es gerais de 15 de outubro. "Os membros do Conselho de Estado apelaram à RENAMO para que cesse as hostilidades militares, que têm semeado o luto e a dor em muitas famílias mo?ambicanas, para que abdique dos discursos ostensivamente belicistas que têm sido multiplicados, para que a RENAMO enverede pelo caminho do diálogo e para que participe no jogo democrático em curso no país", afirmou o Edson Macuácuá, porta-voz da presidência mo?ambicana, no fim da reuni?o de cerca de três horas em Maputo. Dhlakama, ausente em parte incerta na serra da Gorongosa, na província de Sofala, n?o tomou parte no Conselho de Estado que se reuniu na presidência mo?ambicana, tendo a RENAMO sido representada pelo porta-voz do partido. ? saída da reuni?o, António Muchanga disse aos jornalistas que "a RENAMO sempre teve o compromisso para que a paz seja uma realidade", acrescentando que, em agosto, também tinha recebido garantias "e até agora nada".? saída do palácio da Presidência mo?ambicana, poucos minutos após o fim do Conselho de Estado, António Muchanga foi detido por incita??o à violência. O Conselho de Estado tinha decidido levantar-lhe a imunidade de que gozava na qualidade de conselheiro.2014, 8 de julhoA FRELIMO congratulou-se com a decis?o de levantamento de imunidade do porta-voz da RENAMO, principal partido de oposi??o, e considerou que a sua deten??o apenas peca por tardia. "A sábia decis?o do Conselho de Estado e pronta resposta da administra??o de justi?a peca apenas por chegar tarde, porque há já bastante tempo que o povo perguntava se António Muchanga era intocável e estava acima da lei", declarou numa conferência de imprensa em Maputo, Dami?o José, porta-voz da FRELIMO. O porta-voz da RENAMO mantinha-se detido numa esquadra da Polícia da República de Mo?ambique (PRM) na zona do porto de Maputo. A advogada dele afirmou que está a ser impedida de visitar o seu constituinte. Alice Mabota, que é também presidente da Liga dos Direitos Humanos de Mo?ambique, tentou em v?o encontrar-se com António Muchanga na esquadra. "Dizem [agentes da esquadra] que têm ordens do chefe para n?o me deixarem entrar. Estamos a fazer uma carta de protesto à Procuradoria-Geral da República (PGR). Qualquer que seja o tipo de crime, ele tem direito a um advogado, que é um direito constitucional", afirmou Alice Mabota. Falando à imprensa, no final de um encontro entre uma delega??o da RENAMO e o procurador-geral adjunto Afonso Antunes, a chefe da bancada parlamentar do principal partido da oposi??o, Angelina Enoque, disse: "Para nós (a deten??o de António Muchanga), foi uma ilegalidade cumprida, os órg?os envolvidos neste ato estavam em sintonia, sabiam que a sess?o do Conselho de Estado ia terminar e que ele ia sair". A chefe da bancada parlamentar do partido referiu que a delega??o da RENAMO queixou-se ainda à PGR da alegada falta de mandado judicial e de a deten??o ter supostamente ocorrido no recinto da Presidência da República, onde se realizou a reuni?o do Conselho de Estado. 2014, 9 de julhoO Presidente mo?ambicano, Armando Guebuza, come?ou uma visita à província de Sofala, onde se têm registado confrontos entre Governo e RENAMO, destacando num comício em Búzi que a paz e unidade s?o fundamentais para uma na??o forte. O Presidente mo?ambicano reafirmou a sua disponibilidade para o diálogo, num momento em que se intensificou a crise política e militar com a RENAMO com as negocia??es entre as partes bloqueadas e a manuten??o de um estado de guerra na regi?o centro do país.2014, 10 de julhoO presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, considerou que a recente deten??o do porta-voz do partido, António Muchanga, representa uma viola??o da Constitui??o, assegurando que "n?o vai retaliar militarmente" ao sucedido. Falando por teleconferência a partir da Gorongosa, o presidente da RENAMO, o maior partido da oposi??o em Mo?ambique, classificou como uma "pouca-vergonha" o Conselho de Estado (CE) decorrido na segunda-feira em Maputo, e no qual disse ter sido violada a Constitui??o mo?ambicana. "Através dos resultados que tivemos nas elei??es, o Muchanga é membro do Conselho de Estado. diferente dos outros membros, que foram convidados pelo Presidente da República. O que aconteceu é uma viola??o da constitui??o e da própria lei, é um abuso de poder", disse, referindo-se à decis?o do CE de retirar a imunidade ao porta-voz da RENAMO, de que gozava enquanto membro daquele órg?o. António Muchanga foi transferido para a Cadeia de Alta Seguran?a de Maputo, vulgarmente reconhecida como B.O. "Porque é que o Muchanga foi conduzido para a B.O.? Matou alguém? Qual foi o crime que praticou? Apenas porque é o porta-voz do Dhlakama? Porque faz conferências de imprensa? Isto é um abuso e é antidemocrático", considerou Afonso Dhlakama, mostrando-se "muito indignado" com aquilo que disse ser uma "provoca??o" do Governo mo?ambicano ao seu partido. 2014, 13 de julhoO ex-número dois da RENAMO, Raul Domingos defendeu que a crise no país resulta das "deficiências de implementa??o" do Acordo Geral de Paz. Em entrevista à Lusa, Raúl Domingos, que liderou a delega??o da RENAMO (Resistência Nacional Mo?ambicana) às negocia??es que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em outubro de 1992, que acabou com 16 anos de guerra civil, afirmou que a crise política e militar que o país enfrenta tem a sua génese na "n?o efetiva implementa??o" do pacto por parte do Governo da Frente de Liberta??o de Mo?ambique. O político acusou o atual chefe de Estado mo?ambicano, Armando Guebuza, de ser o responsável pela atual situa??o, porque, com a sua ascens?o ao poder, em 2005, a FRELIMO come?ou, supostamente, a recuar no compromisso de respeitar a paridade na composi??o das For?as Armadas de Defesa de Mo?ambique (FADM), através de um comando conjunto com oficiais oriundos da antiga guerrilha. "A paridade nas FADM tinha sido acordada em Roma (onde foi assinado o AGP), mas, depois da era do Presidente Joaquim Chissano, come?ou a assistir-se a um recuo, o primeiro, muito claramente visível, é a introdu??o das células do partido FRELIMO na Fun??o Pública, que automaticamente viola o AGP; porque o AGP fala da despartidariza??o da Fun??o Pública", sublinhou Raúl Domingos. 2014, 15 de julhoA RENAMO principal partido de oposi??o em Mo?ambique, depositou hoje na Comiss?o Nacional de Elei??es (CNE) a candidatura às elei??es legislativas de 15 de outubro, assumindo-se "preparada para vencer com maioria qualificada". A submiss?o da candidatura da RENAMO às elei??es legislativas e assembleias provinciais acontece depois de o partido ter depositado na sexta-feira (12.07.), no Conselho Constitucional, a candidatura do seu líder, Afonso Dhlakama, às elei??es presidenciais, também marcadas para o dia 15 de outubro. 2014, 18 de julhoO Governo mo?ambicano e a RENAMO declararam em Maputo ter registado "avan?os para um "entendimento" que visa acabar com a crise política e militar no país. "Hoje tivemos a ronda número 64, gostaríamos de dizer que, nesta ronda, tivemos avan?os, ainda n?o conclusivos, mas tivemos avan?os. Esperamos que nas próximas rondas possamos concluir aquilo que é fundamental para podermos trazer a tranquilidade ao nosso povo e a todos nós", disse à comunica??o social o chefe da delega??o da RENAMO nas negocia??es com o Governo, Saimone Macuiane. Macuiane escusou-se a especificar o conteúdo dos progressos verificados nas negocia??es, remetendo essa informa??o para as próximas rondas negociais, mas avan?ou que o impulso registado no diálogo com o Governo vai permitir a harmoniza??o dos aspetos na origem do impasse que prevalecia.Por seu turno, o chefe-adjunto da delega??o do Governo, Gabriel Muthisse, disse que a RENAMO levou hoje à mesa novas propostas, que abrem caminho para uma solu??o em torno da crise política e militar em Mo?ambique. "Tivemos hoje uma sess?o que foi relativamente demorada, a RENAMO trouxe propostas bastante novas, que, do nosso ponto de vista, s?o um ponto de partida para uma discuss?o muito importante, e sobretudo, s?o propostas que procuram remover grande parte daquilo que eram as nossas diferen?as", afirmou Muthisse. Os ataques da RENAMO a colunas de viaturas, no tro?o Muxúnguè-Save, Sofala, centro de Mo?ambique, também cessaram nas duas semanas anteriores a esta ronda negocial, mas o movimento de pessoas e bens mantém-se sob forte escolta do exército.2014, 21 de julhoA RENAMO entregou hoje ao Conselho Constitucional a certid?o do registo criminal de Afonso Dhlakama, candidato pelo partido às elei??es presidenciais de 15 de outubro. Apesar de ter formalizado a candidatura de Dhlakama às presidenciais há mais de uma semana, a RENAMO n?o conseguiu na altura entregar a certid?o do registo criminal do seu líder, apontando "raz?es conhecidas", numa alus?o ao facto de o candidato encontrar-se em lugar incerto, algures na Serra da Gorongosa, centro do país, desde que o seu acampamento foi tomado em outubro do ano passado pelo exército. O prazo de candidaturas para as elei??es presidenciais, que v?o decorrer em simult?neo com as legislativas e para as assembleias provinciais, terminou no dia 21 de julho. O Governo de Sofala apresentou um balan?o oficial de seis mortos e 59 feridos em junho em resultado de ataques armados da RENAMO a colunas de viaturas escoltadas pelo Exército no centro de Mo?ambique. "Em junho houve um recrudescimento de tiros [ataques] no tro?o Save-Muxúnguè", disse António Pelembe, comandante da Polícia de Sofala, centro de Mo?ambique, assegurando a continuidade das escoltas militares obrigatórias naquele tro?o de cem quilómetros, para retrair novas ofensivas. Ao todo, disse, durante o mês de junho, foram realizadas 29 emboscadas atribuídas a homens armados da Resistência Nacional Mo?ambicana (RENAMO), a maioria, segundo as autoridades provinciais, dirigidas a viaturas civis, sobretudo transportes semipúblicos de passageiros. O número real de vítimas nos ataques na estrada N1, a única que liga o sul e o centro do país, bem como nos confrontos entre as partes na Gorongosa, também na província de Sofala, onde se refugia o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, permanece uma incógnita. 2014, 22 de julhoO Governo mo?ambicano e a RENAMO, principal partido da oposi??o, anunciaram hoje um entendimento em rela??o a 95% das matérias que s?o objeto de negocia??o para o fim da crise política e militar no país. "Do nosso ponto de vista, em rela??o a todas as quest?es relevantes e estruturais, parece haver um acordo entre o Governo e a RENAMO, há ainda uma ou outra quest?o de forma que tem de ser pensada", disse o chefe-adjunto da delega??o do Governo, Gabriel Muthisse. Questionado sobre o conteúdo dos entendimentos alcan?ados nas negocia??es, o chefe-adjunto da delega??o do Governo respondeu que as duas partes acordaram revelar a subst?ncia do acordo no final do processo de diálogo, adiantando que tal poderá acontecer na próxima sess?o, agendada para segunda-feira, dia 28 de julho. Enfatizando que as duas últimas sess?es de diálogo decorreram num espírito positivo e foram construtivas, Muthisse disse esperar que os progressos que têm sido registados nas últimas rondas resultem na restaura??o da estabilidade nas zonas de conflito, mesmo antes de um acordo formal. Por seu turno, o chefe da delega??o da RENAMO, Saimone Macuiane, afirmou: "Hoje, tivemos a ronda número 65, houve avan?os significativos, ainda n?o concluímos o trabalho, mas consideramos que 95% já está feito, queremos reiterar que a RENAMO e o seu presidente, Afonso Dhlakama, continuam firmes no diálogo, colabora??o e consulta em nome dos interesses superiores do povo". O chefe da delega??o do principal partido da oposi??o disse esperar que as duas delega??es produzam resultados definitivos para a crise política e militar em Mo?ambique na ronda da próxima segunda-feira. "O povo mo?ambicano quer saber que se chegou a um meio-termo, para a paz e estabilidade, e as partes est?o perto de concluir o seu trabalho", afirmou Saimone Macuiane.In ................
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