Santillana



GUI?O DE LEITURANOME: N.O: TURMA: DATA: _________ Gui?o de leitura do Auto da Feira, de Gil VicenteAtente no excerto seguinte, a propósito do Auto da Feira, de Gil Vicente.?Raro é falar-se do teatro vicentino sem referir, duma forma mais ou menos empolada, o seu cariz t?o declaradamente anticlerical. Aliás, seria praticamente impossível atravessar todos estes textos sem encontrar um ou outro lance no qual, duma forma irreverente e sarcástica, a vida desregrada dos “clérigos” seus contempor?neos — dos simples frades e freiras às mais elevadas hierarquias dos bispos e papas — é severamente criticada.? o que se passa precisamente com o Auto da Feira, representado pela primeira vez em Lisboa provavelmente em 1528, e cuja temática central se desenvolve n?o só em torno dos referidos “ministros de Cristo na Terra”, como das práticas da própria “Igreja de Roma”, bem pouco dignos do cristianismo que deveriam simbolizar.?Artur Ribeiro Gon?alves, Auto da Feira de Gil Vicente, Lisboa, Editorial Comunica??o, 1984, p. 11.Responda, de forma completa, às quest?es apresentadas sobre este auto de moralidade.I — A estrutura do auto1.O Auto da Feira é uma pe?a cuja estrutura é composta por três partes diferentes.1.1 Delimite as três partes em que a pe?a se divide, indicando os respetivos versos, e resuma o assunto desenvolvido em cada uma delas.2.Tendo em conta a divis?o da pe?a, demonstre, justificando, a que parte do auto corresponder?o a moralidade propriamente dita, o serm?o burlesco e a farsa.II — O monólogo de Mercúrio3.Mercúrio é a primeira personagem a apresentar-se, proferindo um longo discurso sobre os astros e a suposta influência destes na vida dos seres humanos. 3.1 Indique o motivo pelo qual Mercúrio se debru?a sobre este tema. 3.2 Explique de que forma o desenvolvimento do tema por Mercúrio se torna cómico. Justifique a sua resposta com cita??es textuais.4.O monólogo de Mercúrio funciona, na estrutura da pe?a, como Prólogo.4.1 Demonstre as fun??es que este Prólogo tem no auto.5.Mostre que a escolha de Mercúrio, divindade pag?, para organizador da feira n?o foi aleatória.III — O auto de moralidade6.O Tempo, o mercador-mor, é o primeiro a entrar na feira. 6.1 Mostre que esta é uma personagem simbólica.7.Enumere os bens expostos na tenda do Tempo e mostre que esta personagem considera que esses bens s?o necessários.8.Defina o tipo de feira que Mercúrio instituiu e indique a estratégia utilizada pelo Tempo para levar os clientes a adquirir os seus bens. 9.Segundo o Tempo, as virtudes que permitem aos homens levar uma vida moral reta e que os conduzir?o ao Paraíso deixaram de ser desejadas. 9.1 Demonstre que existe uma rela??o entre a entrada do Serafim e a falta de ética dos clientes a que o Tempo se refere. Fundamente a sua resposta com versos do auto.10. O Serafim é um anjo enviado por Deus para auxiliar o Tempo na sua tarefa. 10.1 Distinga os vários convites lan?ados pelo Serafim, provando que correspondem a uma censura às camadas mais poderosas da sociedade.11.O Diabo surge como figura oposta à do Serafim e é, tal como ele, uma personagem alegórica. 11.1 Indique o que simbolizam estas duas personagens.11.2 Caracterize o Diabo, tendo em conta a sua índole e as suas inten??es.11.3 Apresente as raz?es pelas quais o Diabo afirma que n?o vai abandonar a ?santa feira nova? (v. 247). 11.4 O discurso do Diabo apresenta críticas aos indivíduos, à sociedade e ao clero.11.4.1 Transcreva os versos das falas do Diabo em que a crítica aos membros da Igreja é mais óbvia.12.Roma aparece precisamente no momento em que o Diabo argumenta com o Serafim e o Tempo e se refere aos membros do clero que o procuram. Roma é uma personagem alegórica que simboliza a Igreja Católica. 12.1 Indique a rea??o do Diabo ao perceber que Roma se aproxima. 13. Refira o assunto da cantiga com que Roma entra em cena.14. Identifique o recurso expressivo presente nos versos 362-366, explicando a sua expressividade.15. Relacione o desejo de paz expresso por Roma com as queixas que apresentou dos ?três amigos? que tinha.16. Proponha uma interpreta??o para os versos 370-371: ?quant’a mi dá-me a vontade / que mourisco hei de falar?.17. O Diabo aproxima-se de Roma. Mencione o que deseja Roma adquirir e o que lhe prop?e o Diabo.18. ?Tudo isso tu vendias / e tudo isso feirei? (vv. 417-418)No diálogo que mantêm, torna-se claro que Roma e o Diabo se conhecem. 18.1 Demonstre que Roma se arrependeu dos seus anteriores negócios com o Diabo.19. Roma dirige-se à tenda contrária em busca da ?paz dos céus? (v. 462). 19.1 Refira o que lhe pede o Serafim em troca.20. Roma mostra-se preparada para discutir o pedido do Serafim. 20.1 Indique a proposta que Roma faz ao representante do Céu, referindo o contexto histórico de produ??o da pe?a.21. Roma acaba por n?o adquirir qualquer produto, mas Mercúrio oferece-lhe um objeto. 21.1 Explique que objeto é esse e refira-se à sua simbologia.22. Prove que o Diabo desaprova a solu??o que Mercúrio encontrou para Roma. IV — A farsa23. Indique as queixas que Am?ncio Vaz e Branca Anes proferem um em rela??o ao outro.24. Denis Louren?o também se mostra insatisfeito com a atua??o da sua esposa. 24.1 Demonstre que o ideal de esposa de Denis corresponde ao retrato negativo tra?ado por Am?ncio em rela??o a Branca.25. Explique a raz?o pela qual o Diabo desaparece quando dialoga com as duas mulheres.26. Descreva o que se passou na tenda do Tempo e do Serafim quando Marta e Branca decidiram saber que mercadorias ali haveria.27. Ao chegarem, as nove mo?as e os três mo?os do campo introduzem uma cena com uma atmosfera pastoril. 27.1 Caracterize estas personagens.28. Indique os motivos invocados pelas mo?as para recusarem as propostas do Serafim.29. Analise a cantiga apresentada no final do auto, referindo-se à estrutura, ao tema e à rela??o com a pe?a.BIBLIOGRAFIAAL?ADA, Jo?o Nuno (1989) – ?O Auto da Feira e o Saque de Roma? in CINTRA, Luís Filipe Lindley [int. e ed.], Auto da Feira. Lisboa: Publica??es Dom Quixote.ALMEIDA, Maria Jo?o (1989) – Feira. Lisboa: Quimera.CAM?ES, José de [dir. cient.] (2002) – As obras de Gil Vicente, Vol. I. Lisboa: CET e INCM, pp. 157-187.CINTRA, Luís Filipe Lindley [int. e ed.] (1989) – Auto da Feira. Lisboa: Publica??es Dom Quixote.GON?ALVES, Artur Ribeiro (1984) – Auto da Feira de Gil Vicente. Lisboa: Editorial Comunica??o.KEATES, Laurence (1988) – O Teatro de Gil Vicente na corte. Lisboa: Editorial Teorema. MARTINS, Angelina Vasques (1978) – Auto da Feira. Porto: Porto Editora.QUINT, Anne-Marie (2003) – ?O teatro religioso de Gil Vicente à luz da tradu??o: Auto da Alma e Auto da Feira? in BRILHANTE, Maria Jo?o et al., Gil Vicente 500 anos depois — Actas do Congresso Internacional, Vol. I. Lisboa: INCM, pp. 273-284.SARAIVA, António José (1979) – História da Literatura Portuguesa — das origens a 1970. Amadora: Livraria Bertrand.SARAIVA, António José e LOPES, ?scar (s. d.) – História da Literatura Portuguesa, 16.? ed. Porto: Porto Editora. ................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download

To fulfill the demand for quickly locating and searching documents.

It is intelligent file search solution for home and business.

Literature Lottery

Related download
Related searches