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1008380-36195 E.E. Castello Branco | Diretoria de Ensino Regi?o de Limeira | Secretaria da Educa??o00 E.E. Castello Branco | Diretoria de Ensino Regi?o de Limeira | Secretaria da Educa??o 2? ROTEIRO DE ATIVIDADES – 1? bimestre/2020COMPONENTE CURRICULARLíngua PortuguesaNOME DO/A PROFESSOR/A?rica Ap. B. de C. ZanonS?RIE E TURMA3° Ano 1 - 2- 3 do Ensino MédioN? DE AULAS5 aulasHABILIDADESPráticas de leitura e escrita: Identificar e analisar características próprias da modernidade: Estratégias de leitura e textualiza??o. Descri??o da Atividade:O aluno deverá ler com aten??o o texto fornecido focado no conteúdo acerca das características do movimento literário ocorrido no Brasil a partir de 1922, o Modernismo: contexto, fases, autores e obras. Após leitura, entendimento e busca em outras fontes se necessário, responder às quest?es que englobam as três fases do movimento. Instrumentos para verifica??o da aprendizagem: Avalia??o formativa – Responder às quest?es formuladas sobre o assunto em quest?o, com respostas objetivas e dissertativas. DEVOLU??O: Através do e-mail ericazanon5@PRAZO DE ENTREGA: 04/05/20 (segunda-feira)Espa?o para tirar dúvidas com o professor: WhatsApp: 19-98127-7722 ou e-mail: ericazanon5@ LITERATURA MOVIMENTO LITER?RIO: MODERNISMOModernismo no Brasil?aconteceu por influência de?tendências estéticas europeias?que acarretaram uma nova percep??o da arte no século XX.Influenciados pelas?correntes antiacadêmicas?das novas produ??es artísticas europeias e engajados na consolida??o de uma nova consciência criativa brasileira — que n?o se limitasse a copiar as escolas da Europa, mas que fosse comprometida com o estabelecimento de uma?arte verdadeiramente nacional?—, os artistas, músicos e escritores modernistas revolucionaram aquilo que se entendia por arte até ent?o.Contexto históricoNa EuropaDesde o final do século XVIII, as?transforma??es?promovidas pela?Revolu??o Industrial?e pela?Revolu??o Francesa?modificaram a?cultura, a sociedade e os modos de existência humana. O surgimento da produ??o industrial, que se intensificou no século XIX, transformou uma Europa agrária em ber?o de?grandes metrópoles,?e as revolu??es burguesas, que aboliram o?absolutismo, também estipularam as no??es de cidadania e de direitos, emancipando os homens de súditos a indivíduos.O que se entende por?sociedade?moderna?é, portanto,?a sociedade?industrializada. Todas as características associadas à ideia de modernidade est?o relacionadas ao conjunto de mudan?as gestado pela industrializa??o. E esse meio de produ??o industrial implica mudan?as que v?o muito além das áreas da economia ou da tecnologia: é o surgimento de um modo de vida que compreende também?transforma??es?políticas,?sociais?e?culturais. ? passando pelas modifica??es abrangentes da industrializa??o que as sociedades tornaram-se modernas.As?descobertas científicas?dos 1900, como a?teoria da relatividade, de?Albert Einstein, e as teorias da psicanálise, de?Sigmund Freud, também alteraram significativamente a maneira como o ser humano compreende o Universo e a si mesmo. A inven??o da?fotografia?e do?cinema?também é um fator histórico que contribuiu para que a arte fosse reinventada.No BrasilAinda majoritariamente agrário, come?avam a esbo?ar-se no país os?primeiros sinais de?industrializa??o, principalmente na capital paulista.?Proclamada em 1889, a República mostrava-se uma sucess?o pouco democrática das?oligarquias e privilégios coloniais, agora expressos na?política do café com leite. Na qual oscilavam presidentes ora mineiros, ora paulistas, mantendo-se os interesses da federa??o alinhados ao da burguesia industrial e dos latifundiários cafeicultores e leiteiros de ambos os estados, em clara concentra??o do poder na regi?o Sudeste do país.LegendaO início do século XX, no Brasil, foi marcado pela chegada de um enorme número de?imigrantes, principalmente italianos e japoneses, que substituíram o?trabalho escravo?na lavoura. Os?negros brasileiros, sem direito ao trabalho assalariado, foram?marginalizados, evidência de que a aboli??o n?o resolveu o racismo estrutural do país, tampouco transformou os negros em cidad? a?Primeira Guerra Mundial, houve dificuldade em importar produtos manufaturados, o que tornou necessário o?desenvolvimento de um parque industrial?para atender as necessidades do país.Leia mais:?Como ficou a vida dos ex-escravos após a Lei ?urea?Características do ModernismoExperimenta??o de formas e técnicas;Liberdade de cria??o;Frequente engajamento social propondo reflex?es sobre a vida humana e o progresso;Interesse nas adapta??es que o indivíduo sofre no mundo modificado, que se apresenta como um desafio à integridade das personagens nas obras;Valoriza??o do cotidiano enquanto material para produ??o de arte;Uso de símbolos para representar as diversas camadas da realidade.Modernismo na EuropaO Modernismo surge na Europa e suas raízes?remontam à segunda metade do século XIX, na poesia de Charles Baudelaire e na pintura de ?douard Manet, com o chamado?avant-garde?— denomina??o comum a produ??es que envolvem as primeiras tentativas de superar a tradi??o artística consolidada e o?status?quo.Detalhe do mural?Guernica, de Pablo Picasso, 1937.Nos primeiros anos do século XX,?consolidava-se a chamada?arte moderna, principalmente com as?vanguardas artísticas, movimentos de experimenta??o e reinven??o estética, que propulsionaram uma?nova concep??o?de produ??o da arte. Por meio do repúdio a todas as tradi??es e escolas anteriores, os artistas de vanguarda promoveram o uso de novas técnicas e materiais e aboliram as fronteiras entre os vários gêneros da arte.Expressionismo,?Cubismo,?Futurismo,?Dadaísmo?e?Surrealismo?tinham diferentes procedimentos, mas o mesmo objetivo: o?rompimento?com o passado, a burocracia e a moralidade burguesa. Modernismo no BrasilQuando nasce o Modernismo, a sociedade brasileira ainda n?o era modernizada. N?o havia grandes capitais cosmopolitas, como nos países europeus. Grande parte da popula??o habitava ainda as zonas rurais, e a estrutura social embasava-se no?patriarcalismo.?O desejo do Modernismo no Brasil partiu justamente dessa necessidade de moderniza??o.O Modernismo tem início no Brasil a partir da?Semana de Arte Moderna de 1922, que aconteceu em S?o Paulo, no centenário da?Independência. Influenciados pelos “ismos” europeus — cubismo, futurismo, dadaísmo etc. — e pelas novas demandas da?urbaniza??o?crescente da capital paulista, principal centro industrial do país, um grupo de artistas promoveu diversos eventos congregando música, dan?a, poesia e exposi??es de artes plásticas, em busca da?constru??o?de uma?nova linguagem.A proposta modernista brasileira envolvia a?consolida??o de uma inteligência nacional?livre dos academicismos, consciente de si e das mudan?as do mundo transformado pela rapidez dos novos meios de transporte, pela produ??o em larga escala industrializada etc. Em um movimento de ruptura com toda a tradi??o anterior, o Modernismo brasileiro importou da Europa a postura de destrui??o dos antigos padr?es artísticos, mas deu-lhe uma roupagem nacional e nacionalista — mas de um?nacionalismo consciente, cujo interesse era principalmente?desenvolver um pensamento aut?nomo, livre das escolas artísticas e intelectuais do Velho Mundo.A arte moderna consolidava-se ent?o no Brasil, reverberando novas produ??es nas décadas seguintes. Pode-se dividir o Modernismo brasileiro?em três fases:?Primeiro Modernismo?(1922-1930),?Segundo Modernismo?(1930-1945) e?Terceiro Modernismo?(1945 em diante) Fases do modernismo brasileiroPrimeira gera??o do Modernismo ou Gera??o de 20: a fase heroica (1922-1930)Caracterizada pela fus?o de influências das?vanguardas europeias?com elementos brasileiros, a primeira gera??o de modernistas tinha como objetivo a consolida??o de uma?cultura nacional. Nossos artistas estavam preocupados em desenvolver o papel da vanguarda em nosso país, que n?o era cosmopolita como os o no?Romantismo, procuravam integrar a estética literária internacional com os problemas e a cultura nacionais, no entanto, diferente da velha escola do século XIX, a proposta n?o é um ufanismo exacerbado, mas um olhar consciente para o Brasil e a busca pela?independência mental?da na??o.A proposta da arte moderna nessa primeira fase era a liberta??o do olhar por meio da destrui??o dos velhos tabus da inteligência nacional, em busca de uma renova??o cultural. Os ideais da?liberdade?e do?nacionalismo?crítico?s?o características importantes das produ??es do período.Mario de Andrade, um dos principais modernistas da primeira fase.Contrapondo-se veementemente ao academicismo e à elitiza??o da arte defendida pelo movimento?parnasiano, a Gera??o de 20 retomou o?folclore?nacional?e prop?s uma poesia de?versos livres, sintaxe rebelde e repleta de tons confessionais, que valoriza a?linguagem coloquial?e incorpora a fala do povo.“Lirismo puro + Crítica + Palavra = Poesia. [...] A impuls?o lírica é livre, independe de nós, independe de nossa inteligência.”(Mario de Andrade,?A escrava que n?o é Isaura)Os primeiros modernistas fazem uso frequente da?paródia?e da?ironia?n?o sentimental, e n?o raro as produ??es do período s?o c?micas ou alegres. As técnicas do Cubismo e do Cubofuturismo também foram incorporadas e aparecem por meio de alomorfias geométricas, representa??o de múltiplas perspectivas do objeto em um único plano, colagens, metonímias, cortes e montagens cinematográficas.Artistas de todas as áreas interessaram-se pelo?primitivismo?e por vivências pré-civilizatórias, como as dos indígenas, que representam ao mesmo tempo a nudez cultural e humana, em busca de novos caminhos para refazer o Brasil.Os primitivistas, liderados por?Oswald de Andrade, redigiram o chamado?Manifesto Pau-Brasil, defendendo a autonomia da arte brasileira, que nada devia à arte europeia. Nesse sentido, a poesia nacional deveria ser natural, “caipira”, identitária. A radicaliza??o do primitivismo do grupo Pau-Brasil culminou no?Manifesto Antropofágico?(ou Antropófago), que entendia que devemos mastigar todas as influências estrangeiras para que as incorporemos de maneira próspera. Na antropofagia, seríamos nós e, ao mesmo tempo, os outros.Segundo Modernismo ou Gera??o de 30: a consolida??o do movimento (1930-1945)A segunda fase modernista encontra-se numa encruzilhada entre o presente e o futuro. Já consolidada a ideia de uma cultura nacional e de uma estrutura modernista, a Gera??o de 30 n?o precisava ser t?o combativa e volta-se para os temas da?crise contempor?nea, como a?existência?do ser humano no mundo, a?angústia?inerente à condi??o humana, a?vida cotidiana, a?miséria agrária, a?aliena??o?das massas e a incompetência dos órg?os políticos.? comum aos artistas desse período um?espírito de contemporaneidade, absorvendo as teorias do?existencialismo, da?psicanálise?e do?marxismo. Cuidam essencialmente de problemas do tempo presente, direcionam o olhar para a?compreens?o do ser humano moderno?em meio ao mundo modificado, desfigurado pelas?guerras?e?desigualdades?e em constante transforma??o.A poesia da Gera??o de 30 mantém as inven??es rítmicas, a paródia e o humor da gera??o anterior, bem como a?oralidade, o?verso livre?e a valoriza??o do?cotidiano. No entanto, desvincula-se dos desvarios de 1920 e substitui-os por uma lírica mais?reflexiva, fazendo uso da?metalinguagem?e de elementos da tradi??o simbolista, revisitando também as formas clássicas do soneto e do madrigal, sem que isso, contudo, representasse um retrocesso na empreitada modernista.A retomada de formas também teve lugar na prosa, que, sob muitos aspectos, revisitou o?romance?realista?do século XIX, dando-lhe uma nova roupagem. Em vez das vis?es deterministas e?positivistas, a prosa realista da Gera??o de 30 entende a miséria, a desigualdade e a opress?o como um sintoma das pouco equ?nimes rela??es sociais. ? sobretudo este o tema elegido pela prosa: a?realidade da sociedade brasileira contempor?nea, seus problemas, disparidades e crises. S?o produzidos romances regionalistas, urbanos e intimistas, obras de?engajamento político-social?e que abordam as personagens pelo?viés psicológico, trazendo à tona fluxos de memória e mergulhos na psique.Terceiro Modernismo ou Gera??o de 45: o Pós-Modernismo (1945-)Nascida no contexto do final da II Guerra Mundial, dos destro?os da bomba at?mica, da cria??o da ONU e do fim do?Estado Novo?de?Getúlio Vargas, a terceira fase modernista tende à?metafísica?e ao?hermetismo. Diversas correntes literárias convivem ao mesmo tempo, e é nesse período que há um crescente desenvolvimento do?teatro?e de uma tradi??o de?crítica literária?brasileira.Clarice Lispector, grande nome da Gera??o de 45.Divaga??es místicas, infindáveis buscas metafísicas, a pergunta pela?essência do ser e do mundo, e a angústia diária e existencial s?o temas frequentes da?prosa?do período. O?mal-estar?trazido pelos destro?os da guerra e do desenvolvimento tecnológico utilizado de maneira destrutiva reflete-se na literatura, que reverbera?quest?es?— o que fazer? Qual é a essência humana diante de tantas falências da cultura e da civiliza??o? Onde está Deus?A?poesia, por sua vez, incorporou uma retomada à?métrica regular?e ao trabalho com as rimas, ao contrário da proposta anárquica da primeira fase. Há um retorno à gramática tradicional e ao?formalismo?— mais trabalho intelectual, menos emo??o e inspira??o, refor?ando as corre??es e trabalhos de reescrita. Foi também um momento de?poesia de vanguarda, abrindo espa?o para os movimentos do?Concretismo (1956) e Neoconcretismo (1959).Principais autores e obrasPrimeira gera??o do Modernismo:Mario de Andrade?(1893-1945) - obras principais:?Pauliceia desvairada, 1922 (poesia);?A escrava que n?o é Isaura, 1925 (ensaio);?Amar, verbo intransitivo, 1927 (romance);?Macunaíma, 1928 (rapsódia);?Lira paulistana, 1945 (poesia);?Contos novos, 1947 (contos - publica??o póstuma).Oswald de Andrade?(1890-1954) - obras principais:?Memórias sentimentais de Jo?o Miramar, 1924 (romance);?Manifesto Pau-Brasil, 1925;?Poesia Pau-Brasil, 1925;?Manifesto Antropófago, 1928;?Serafim Ponte Grande, 1933 (romance);?O rei da vela, 1937 (teatro).Manuel Bandeira?(1886-1968) - obras principais (poesia):?A cinza das horas, 1917;?Carnaval, 1919;?O ritmo dissoluto, 1924;?Libertinagem, 1930;?Estrela da manh?, 1936;?Lira dos cinquent’anos, 1940;?Estrela da tarde, 1960;?Estrela da vida inteira, 1966.Segunda gera??o do Modernismo:Carlos Drummond de Andrade?(1902-1987) - obras principais (poesia):?Alguma poesia, 1930;?Brejo das almas, 1934;?O sentimento do mundo, 1940;?José, 1942;?A rosa do povo, 1945;?Claro enigma, 1951;?Fazendeiro do ar, 1954;?A vida passada a limpo, 1959;?Li??o de coisas, 1962.Jorge de Lima?(1893-1953) - obras principais (poesia):?Tempo e eternidade, 1935;?Inven??o de Orfeu, 1952.Cecília Meireles?(1901-1964) - obras principais (poesia):?Viagem, 1939;?Vaga música, 1942;?Mar absoluto, 1945;?Romanceiro da Inconfidência, 1953;?Can??es, 1956;?Solombra, 1963;?Ou isto ou aquilo, 1964 (infantil).Rachel de Queiroz?(1910-2003) - obras principais (romance):?O quinze, 1930;?Jo?o Miguel, 1932;?As três Marias, 1939.José Lins do Rego?(1901-1957) - obras principais (romance):?Menino de engenho, 1932;?Doidinho, 1933;?Bangué, 1934;?O moleque Ricardo, 1935;?Fogo morto, 1943.Jorge Amado?(1912-2001) - obras principais (romance):?Cacau, 1933;?Jubiabá, 1935;?Mar morto, 1936;?Capit?es de areia, 1936;?Gabriela, cravo e canela?(1958);?Dona Flor e seus dois maridos, 1966;?Tieta do agreste, 1977.Graciliano Ramos?(1892-1953) - obras principais (romance):?Caetés, 1933;?S?o Bernardo, 1934;?Angústia, 1936;?Vidas secas, 1938;?Memórias do cárcere, 1953.?rico Veríssimo?(1905-1975) - obras principais (romance):?Olhai os lírios do campo, 1938;?O tempo e o vento:?“I. O continente”, 1949,?“II. O retrato”, 1951, “III. O arquipélago”, 1961;?Incidente em Antares, 1971.Terceira gera??o do ModernismoGuimar?es Rosa?(1908-1967) - obras principais:?Sagarana, 1946 (contos);?Corpo de baile, 1956 (contos);?Grande sert?o: veredas, 1956 (romance);?Primeiras estórias, 1962 (contos);?Tutameia, 1967 (contos).Clarice Lispector?(1920-1977) - obras principais:?Perto do cora??o selvagem, 1943 (romance);?O lustre, 1946 (romance);?A cidade sitiada, 1949 (romance);?La?os de família, 1960 (contos);?A ma?? no escuro, 1961 (romance);?A paix?o segundo G.H., 1964 (romance);?Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, 1969 (romance);??gua viva, 1973 (monólogo);?A hora da estrela, 1977 (romance).Jo?o Cabral de Melo Neto?(1920-1999) - obras principais (poesia):?Pedra do sono, 1942;?O engenheiro, 1945;?Psicologia da composi??o, 1947;?O c?o sem plumas, 1950;?O rio, 1954;?Morte e vida severina, 1956;?A educa??o pela pedra, 1966;?Auto do frade, 1984;?Agrestes, 1985.ResumoO Modernismo brasileiro:surgiu na Europa no início do século XX;reformulou os par?metros da arte para adequar-se ao contexto histórico;teve nas vanguardas artísticas o auge da experimenta??o de formas e técnicas;iniciou-se, no Brasil, na década de 1920, com a Semana de Arte Moderna de 1922;possui três fases distintas no Brasil;abordou a constru??o de uma identidade nacional no Primeiro Modernismo;apresentou, no Segundo Modernismo, uma prosa realista e temas sociais;abarcou a prosa de aspecto reflexivo e existencial, além de uma poesia vanguardista no Terceiro Modernismo.ATIVIDADESApós leitura do texto dado com uma vis?o geral sobre o Modernismo, responda às quest?es abaixo:1. Sobre os poemas da primeira gera??o modernista, é correto afirmar apenas:a) S?o marcados pelo formalismo: a métrica e a rima est?o entre suas prioridades. Durante esse período, deu-se prioridade para a composi??o de sonetos, retomando assim os moldes literários clássicos.b) Os poemas modernistas apresentam rela??o dialógica com os poemas do simbolismo: o abuso de figuras de linguagem e de elementos sensoriais que permitem uma viagem sinestésica marca a poesia dessa fase.c) Os poemas da fase heroica do modernismo s?o marcados pela desconstru??o e pela subvers?o da sintaxe: as palavras n?o s?o dispostas de maneira convencional no papel, caracterizando assim a poesia-práxis.d) Nos poemas da primeira gera??o modernista, também denominada “fase heroica”, os poetas estabeleceram novos paradigmas de arte, desvencilhando-se do modelo clássico europeu e transgredindo a forma e o conteúdo do poema.2. Erro de portuguêsQuando o português chegouDebaixo de uma bruta chuvaVestiu o índioQue pena!Fosse uma manh? de solO índio tinha despidoO português.Oswald de AndradeSobre o poema de Oswald de Andrade, est?o corretas as seguintes proposi??es:I. Faz uma crítica contra a coloniza??o portuguesa na Brasil. Essa crítica pode ser confirmada a partir do título do poema, o qual contém uma ambiguidade intencional.II. Nesse poema, a temática do relacionamento amoroso é abordada de maneira inovadora, distante da idealiza??o rom?ntica proposta pelos ultrarrom?nticos.III. O poema utiliza elementos como o humor, a ironia e o sarcasmo para relatar a chegada do português em terras brasileiras.IV. Apropria-se de uma linguagem simples e prosaica para fazer uma reflex?o profunda e complexa.V. No poema de Oswald nota-se a preocupa??o com a métrica, a versifica??o e a rima, embora o conteúdo do poema seja inovador.a) I, II e IV.b) II, III e V.c) I, III e IV.d) III e IV,e) II e V.MUSEU DA L?NGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo. 27 set. 2011 a 29 jan. 2012. S?o Paulo: Prol Gráfica, 2012.MUSEU DA L?NGUA PORTUGUESA. Oswald de Andrade: o culpado de tudo.27 set. 2011 a 29 jan. 2012. S?o Paulo: Prol Gráfica, 2012.3. O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à quest?o da identidade nacional, as anota??es em torno dos versos constituema) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.b) forma clássica da constru??o poética brasileira.c) rejei??o à ideia do Brasil como o país do futebol.d) interven??es de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética.e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.4. O trovadorSentimentos em mim do asperamentedos homens das primeiras eras...As primaveras do sarcasmointermitentemente no meu cora??o arlequinal...Intermitentemente...Outras vezes é um doente, um friona minha alma doente como um longo som redondo...Cantabona! Cantabona!Dlorom...Sou um tupi tangendo um alaúde!ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.No Modernismo, a quest?o da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em O trovador, esse aspecto éa) abordado subliminarmente, por meio de express?es como “cora??o arlequinal” que, evocando o carnaval, remete à brasilidade.b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens e pesquisas folclóricas.c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de express?es como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).d) problematizado na oposi??o tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro por suas raízes indígenas.5. Est?o entre os principais representantes da poesia modernista da primeira fase:a) Manuel Bandeira, Jo?o Cabral de Melo Neto, Mário de Andrade e Rachel de Queiróz.b) Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Adélia Prado e Tarsila do Amaral.c) Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Mário de Andrade.d) Oswald de Andrade, Ferreira Gullar, Olavo Bilac e Monteiro Lobato.e) Tarsila do Amaral, Patrícia Galv?o, Mário de Andrade e Guilherme de Almeida.6. N?o fa?as versos sobre acontecimentos.N?o há cria??o nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,n?o aquece nem ilumina.Uma das constantes na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, como se verifica nos versos transcritos, é:a) louva??o do homem socialb) o negativismo destrutivoc) a viola??o e desintegra??o da palavrad) o questionamento da própria poesia.e) o pessimismo lírico.7. Entre os artistas que se destacaram no cenário artístico nacional, podemos destacar Graciliano Ramos, compondo a segunda fase do Modernismo, sobretudo na prosa. Assim, entre as magníficas obras que criara, uma delas se destaca pela temática voltada para o regionalismo brasileiro - Vidas Secas. Acerca dela, procure explicitar algumas particularidades relacionadas à temática trabalhada pelo autor em quest?o, enfatizando, sobretudo, os posicionamentos ideológicos por ele firmados – oriundos de todo um contexto social dominante. Para facilitar seu posicionamento frente à quest?o, propusemo-nos em descrever uma passagem:A cachorra Baleia estava para morrer. Tinha emagrecido, o pelo caíra-lhe em vários pontos, as costelas avultavam num fundo róseo, onde manchas escuras supuravam e sangravam, cobertas de moscas. As chagas da boca e a incha??o dos bei?os dificultavam-lhe a comida e a bebida.[...]Sinha Vitória fechou-se na camarinha, rebocando os meninos assustados, que adivinhavam desgra?a e n?o se cansavam de repetir a mesma pergunta: — V?o bulir com a Baleia?[...]Ela era como uma pessoa da família: brincavam juntos os três, para bem dizer n?o se diferen?avam, rebolavam na areia do rio e no estrume fofo que ia subindo, amea?ava cobrir o chiqueiro das cabras.Quiseram mexer na taramela e abrir a porta, mas sinha Vitória levou-os para a cama de varas, deitou-os e esfor?ou-se por tapar-lhes os ouvidos: prendeu a cabe?a do mais velho entre as coxas e espalmou as m?os nas orelhas do segundo. Como os pequenos resistissem, aperreou-se e tratou de subjugá-los, resmungando com energia.Ela também tinha o cora??o pesado, mas resignava-se: naturalmente a decis?o de Fabiano era necessária e justa. Pobre da Baleia.[...]____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________8. Leia o fragmento abaixo transcrito da obra “Vidas Secas” e responda à quest?o a seguir:Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e n?o sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, n?o se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro lado, cambaio, torto e feio. ?s vezes, utilizava nas rela??es com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos brutos – exclama??es, onomatopeias. Na verdade falava pouco. Admira as palavras compridas e difíceis da gente da cidade, tentava reproduzir algumas em v?o, mas sabia que elas eram inúteis e talvez perigosas. (Graciliano Ramos)No texto, a referência aos pés:(A) Constitui um jogo de contrastes entre o mundo cultural e o mundo físico do personagem.(B) Acentua a rudeza do personagem, em nível físico.(C) Justifica-se como prepara??o para o fato de que o personagem n?o estava preparado para caminhada.(D) Serve para demonstrar a capacidade de pensar do personagem.(E) nda9. “No meio do caminho” representa uma das cria??es de Carlos Drummond de Andrade. Assim, ei-la logo abaixo, cuja inten??o é fazer com que você explicite algumas considera??es acerca das ideologias que demarcaram a carreira artística deste nobre representante de nossas letras. Lembre-se de enfatizar acerca do contexto histórico que demarcou a época a que pertenceu Drummond:No meio do caminhoNo meio do caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhotinha uma pedrano meio do caminho tinha uma pedra.Nunca me esquecerei desse acontecimentona vida de minhas retinas t?o fatigadas.Nunca me esquecerei que no meio do caminhotinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________10. Leia o fragmento: O pre?o do feij?on?o cabe no poema. O pre?o do arrozn?o cabe no poema. N?o cabem no poema o gása luz o telefonea sonega??odo leiteda carnedo a?úcardo p?oA poesia acima é uma poesia de protesto, principalmente em Poema sujo. Participou da fase concretista. Exímio jornalista, privilegia o social.Falamos de:a) Carlos Nejarb) Jo?o Cabral de Melo Netoc) Ferreira Gullard) Moacyr Scliare) Gon?alves Dias11. A seguir, encontram-se demarcados dois poemas, um de Carlos Drummond de Andrade e o outro de Jo?o Cabral de Melo Neto. Dessa forma, após analisá-los (ainda que sejam apenas fragmentos), procure responder ao que se pede:A li??o de poesia1.Toda a manh? consumidacomo um sol imóveldiante da folha em branco:princípio do mundo, lua nova.Já n?o podias desenharsequer uma linha;um nome, sequer uma flordesabrochava no ver?o da mesa:nem no meio-dia iluminado,cada dia comprado,do papel, que pode aceitar,contudo, qualquer mundo.2.A noite inteira o poetaem sua mesa, tentandosalvar da morte os monstrosgerminados em seu tinteiro.A luta branca sobre o papelque o poeta evita,luta branca onde corre o sanguede suas veias de água salgada.[...](Jo?o Cabral de Melo Neto)Procura da PoesiaN?o fa?as versos sobre acontecimentos.N?o há cria??o nem morte perante a poesia.Diante dela, a vida é um sol estático,n?o aquece nem ilumina.As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais n?o contam.N?o fa?as poesia com o corpo,esse excelente, completo e confortável corpo, t?o infenso à efus?o lírica.Tua gota de bile, tua careta de gozo ou dor no escuros?o indiferentes.N?o me reveles teus sentimentos,que se prevalecem de equívoco e tentam a longa viagem.O que pensas e sentes, isso ainda n?o é poesia.N?o cantes tua cidade, deixa-a em paz.O canto n?o é o movimento das máquinas nem o segredo das casas.N?o é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma.[...](Carlos Drummond de Andrade)Há uma rela??o de semelhan?a entre os discursos ora produzidos? Comente.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________12. Os representantes da gera??o de 1945, sobretudo fazendo men??o à Clarice Lispector e Guimar?es Rosa, conceberam à arte um nova roupagem – manifestada muito mais pelo culto à forma do que pelo apego ao conteúdo, à temática em si. Sob essa perspectiva, ela, Clarice, de forma magnífica, partiu para o aprofundamento introspectivo a partir de uma consciência individual, como bem “denuncia” uma de suas obras, “A hora da estrela”. Dada essa raz?o, analise alguns fragmentos, abaixo descritos, registrando os comentários acerca dos posicionamentos ideológicos assumidos pela escritora:[...]“Maio, mês das borboletas noivas flutuando em brancos véus. Sua exclama??o talvez tivesse sido um prenúncio do que ia acontecer no final da tarde desse mesmo dia: no meio da chuva abundante encontrou (explos?o) a primeira espécie de namorado da sua vida, o cora??o batendo como se ela tivesse englutido um passarinho esvoa?ante e preso. O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as m?os. E a mo?a, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.[...]____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ................
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