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Esta é a ponte sobre o rio Zambeze, que liga o país através da EN1

O sonho concretiza-se: Ponte sobre Zambeze na fase final

QUASE 40 anos depois, finalmente, o sonho concretizou-se! Inicialmente, ninguém acreditava que efectivamente seria possível neste país do terceiro mundo, com elevados índices de pobreza absoluta, construir-se uma ponte com tecnologia mundialmente de ponta, sobretudo a jusante de um dos maiores rios da nossa bela África. O facto consumou-se depois de muita incerteza, graças a boas relações do Executivo com os parceiros internacionais o que permitiu a libertação de fundos para que hoje Moçambique ficasse ligado entre sul, centro e norte através da Estrada Nacional Número Um.

Maputo, Quarta-Feira, 22 de Abril de 2009:: Notícias

 

Estamos a falar exactamente do fecho do último tabuleiro (lugar onde vão circular pessoas e bens) da ponte sobre o rio Zambeze, entre as margens das regiões de Caia, em Sofala, e Chimuara, na Zambézia, cujo acto solene foi ontem testemunhado por números do Governo e alguns investidores daquele empreendimento de grande vulto.

Ao se alcançar esta fase, significa que praticamente a empreitada caminha progressivamente para o período conclusivo, numa altura em que o construtor português formado pelo consórcio Mota-Engil e Soares da Costa procede os acabamentos para entregar a obra ao dono, que é o Estado moçambicano, num acto que poderá ocorrer até 31 de Maio próximo.

Finalmente, o Governo central vai, em tempo oportuno, marcar a data oficial da inauguração que, em princípio, se acredita venha a ocorrer ainda em Setembro deste ano. Isto vai impulsionar a livre circulação de pessoas e bens, dinamizando, consequentemente, a economia nacional e regional.

Definitivamente, ficará para a história o actual drama que se assiste na travessia daquele curso de água, actualmente assegurado por dois batelões de maiores calados e mobilizados para o efeito pela Administração Nacional de Estradas (ANE).

Na verdade, os automobilistas que se fazem à Estrada Nacional Número Um guardam amargas recordações para transpor as duas margens do grande Zambeze entre Caia e Chimuara. Formam longas filas de viaturas, pese embora nos últimos tempos a situação tenha sido significativamente melhorada relativamente ao passado. 

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DESENHO DA PONTE

Maputo, Quarta-Feira, 22 de Abril de 2009:: Notícias

 

A PONTE sobre o Zambeze será efectivamente a segunda maior do país depois da de Ilha de Moçambique, em Nampula. Deverá compreender duas faixas de rodagem, igual número de bermas e passeios. Isto vai permitir que em caso de avaria de veículos-automóveis ao longo do traçado tenham específica zona de estacionamento.

Trata-se de uma empreitada esboçada para uma extensão total de 4900 metros, sendo 2376 metros de comprimento da ponte, subdivididos em 1666 na ponte de aproximação e 710 na ponte principal. Os restantes 2524 metros representam a via de acesso, numa obra de arte já erguidos 35 pilares desenhados para o projecto.

As obras iniciaram a 13 de Março de 2006, estando inicialmente previstas a durar  36 meses. Sob fiscalização da WSP/ GRID/ LBG, o projecto está orçado em cerca de 80 milhões de euros, desembolsados pela Comissão Europeia em 30 milhões, Itália comparticipa com 20 milhões de euros e a Suécia com 174 milhões de coroas suecas.

Antes da concretização deste projecto, o Governo colonial português tinha avançado na década 70 com um empreendimento semelhante, desenhado pelo Professor Edgar Cardoso, tendo sido continuado pelo Governo de Moçambique até 1978, cuja paralisação se deveu ao último conflito armado no país.

Entretanto, para esta fase decisiva, os consultores externos foram obrigados a desenhar um novo projecto, sofrendo rotações do primeiro traçado por não se reajustar com a actual realidade de construção de obras de arte.

Basicamente, pretende-se transformar o anterior encontro norte construído do lado de Caia em miradouro do grande Zambeze. A área está igualmente projectada para a construção de algumas infra-estruturas turísticas como forma de preservar o nosso rico mosaico cultural.

Toda a maquinaria aplicada no projecto é proveniente da Europa, incluindo a chamada viga de lançamento que se move de vão em vão sem a mudança do respectivo comando na construção do tabuleiro. Esta nova tecnologia é pioneira no nosso continente, facto que largamente agilizou a actividade nesta frente de trabalho.

Graças à nova tecnologia, até este momento a empreitada não registou qualquer acidente de trabalho de grande monta, exceptuando-se apenas um caso da queda de dois

silos de cimento no estaleiro do empreiteiro, resultando na morte de dois trabalhadores e quatro feridos.

Cidadãos oriundos quase de todo o mundo continuam a dar o seu empenho e conhecimento nas obras do Zambeze.

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Actualmente a travessia do rio é feita em canoas e barquinhos

BENEFÍCIOS SOCIAIS

Maputo, Quarta-Feira, 22 de Abril de 2009:: Notícias

 

PARA actividades sociais, o Japão financia com 8889 milhões de dólares norte-americanos cujo empreendimento conta igualmente com 12.81 milhões de euros da contribuição do Governo moçambicano para impostos e outras taxas.

A avaliar pelo actual ritmo dos trabalhos, o nosso Estado afirma-se satisfeito com o progresso da empreitada, numa altura em que foi concluída a primeira fase do estudo de viabilidade sobre a implementação dos projectos sociais na construção de mercados e ampliação dos sistemas de abastecimento de água nas vilas de Caia e Mopeia, para além de ordenamento territorial da localidade administrativa de Chimuara.

Como forma de garantir o pleno funcionamento destas actividades, as Administrações Distritais de Caia e Mopeia foram distribuídas pelo projecto em alusão um total de duas viaturas, igual número de ambulâncias e quatro motorizadas.

No entanto, para a execução física de alguns projectos previamente esboçados com vista a beneficiar as comunidades daquele vale do Zambeze, negociações visando a libertação de respectivos fundos estão em curso entre os governos de Moçambique e Japão.

• Horácio João

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