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REVISIONAL – PORTUGU?S – 2? ANO (20/03/2017)1. (Espcex (Aman) 2017) Marque a alternativa correta quanto à fun??o sintática do termo grifado na frase abaixo.“Em Mariana, a igreja, cujo sino é de ouro, foi levada pelas águas”. a) adjunto adnominalb) objeto direto c) complemento nominal d) objeto indireto e) vocativo 2. (Eear2017) Leia:I. Lembrou-se da pátria com saudades e desejou sentir novamente os aromas de sua terra e de sua gente.II. A defesa da pátria é o princípio da existência do militarismo.Assinale a alternativa que apresenta correta afirma??o sobre os termos destacados nas frases I e II. a) As frases I e II apresentam em destaque adjuntos adnominais. b) As frases I e II apresentam em destaque complementos nominais. c) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um complemento nominal.d) A frase I apresenta em destaque um objeto indireto e a frase II apresenta em destaque um adjunto adnominal. 3. (Eear2017) Na ora??o “Informou-se a novidade aos membros e diretores do grupo”, qual é a classifica??o do sujeito? a) Ocultob) Simplesc) Compostod) Indeterminado4. (G1 - ifal2017) Assinale a op??o em que se altera o sentido do período "Porque choveu, a rua está molhada". a) Visto que choveu, a rua está molhada. b) Porquanto choveu, a rua está molhada. c) Já que choveu, a rua está molhada. d) Pois choveu, a rua está molhada.e) Como choveu, a rua está molhada. 5. (G1 - cp2 2017) A invers?o de termos sintáticos é um recurso que objetiva conferir maior expressividade ao texto.“No verso “Já n?o me convém o título de homem.” (verso 44), o termo “o título de homem”, que está na ordem indireta, exerce fun??o sintática de a) aposto. b) sujeito.c) objeto direto. d) complemento nominal. TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: Leia o poema a seguir e responda à(s) quest?o(?es).RETRATOEu n?o tinha este rosto de hoje,Assim calmo, assim triste, assim magro,Nem estes olhos t?o vazios,Nem o lábio amargoEu n?o tinha estas m?os sem for?a,T?o paradas e frias e mortas;Eu n?o tinha este cora??oQue nem se mostra.Eu n?o dei por esta mudan?a,T?o simples, t?o certa, t?o fácil:– em que espelho ficou perdidaa minha face?MEIRELES, Cecília. Obra Poética de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958. 6. (Epcar (Afa) 2017) Assinale a alternativa que apresenta uma análise correta. a) Os termos “calmo”, “triste” e “magro” (v. 2) acrescentam circunst?ncias de modo ao verbo “ter” (do primeiro verso), exercendo, pois, a fun??o de adjuntos adverbiais de modo. b) A ora??o “que nem se mostra” (v. 8) está sintaticamente ligada ao substantivo cora??o, caracterizando-o; portanto, essa ora??o exerce a fun??o sintática de adjunto adnominal.c) O verbo “dar” (v. 9) significa notar, perceber e classifica-se como verbo transitivo direto, embora esteja ligado a seu complemento por meio de preposi??o. d) O pronome pessoal “se” (v. 8) é recíproco e funciona como complemento do verbo mostrar; já o pronome “que” (v. 11) é relativo e funciona como adjunto adverbial de lugar. TEXTO PARA AS PR?XIMAS 2 QUEST?ES: Leia o texto abaixo e responda à(s) quest?o(?es).A PIPOCARubem AlvesA culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nóbis, picadinho de carne com tomate feij?o e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma medita??o sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebra??o da comida como ritual de feiti?aria. Sabedor das minhas limita??es e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo – porque a culinária estimula todas essas fun??es do pensamento.As comidas, para mim, s?o entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu. A pipoca, milho mirrado, gr?os redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimens?es metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias come?aram a estourar como pipoca. Percebi, ent?o, a rela??o metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível. A pipoca se revelou a mim, ent?o, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se p?s a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela.Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os crist?os, religiosos s?o o p?o e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, n?o é vida...). P?o e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, ent?o, de li??o que aprendi com a M?e Stella, sábia poderosa do candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do candomblé...A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista do tamanho, os milhos da pipoca n?o podem competir com os milhos normais. N?o sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os gr?os amolecessem e pudessem ser comidos. Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os gr?os come?aram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os gr?os duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crian?as podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, ent?o, de uma simples opera??o culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crian?as. ? muito divertido ver o estouro das pipocas!E o que é que isso tem a ver com o candomblé? ? que a transforma??o do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transforma??o porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca n?o é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa ? voltar a ser crian?as!Mas a transforma??o só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que n?o passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transforma??es acontecem quando passamos pelo fogo. Quem n?o passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. S?o pessoas de uma mesmice e dureza assombrosas. Só que elas n?o percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lan?a numa situa??o que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. P?nico, medo, ansiedade, depress?o – sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transforma??o.Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela n?o pode imaginar destino diferente. N?o pode imaginar a transforma??o que está sendo preparada. A pipoca n?o imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transforma??o acontece: pum! ? e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. ? a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.Na simbologia crist? o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurrei??o de Cristo: a ressurrei??o é o estouro do milho de pipoca. ? preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” ? dizia Goethe.Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era goza??o minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser for?ado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explica??o científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explica??es científicas n?o valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às mulheres que n?o conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é muito maior. Piruás s?o aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que n?o pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á.” A sua presun??o e o seu medo s?o a dura casca do milho que n?o estoura. O destino delas é triste. V?o ficar duras a vida inteira. N?o v?o se transformar na flor branca macia. N?o v?o dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que n?o servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, s?o adultos que voltaram a ser crian?as e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...Disponível em em 31 de mai. 2016.Obs.: O texto foi adaptado às regras do Novo Acordo Ortográfico.7. (Efomm2017) As express?es sublinhadas estabelecem uma no??o de tempo, EXCETO a que aparece na op??o a) De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. b) Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. c) Lembrei-me, ent?o, de li??o que aprendi com a M?e Stella, sábia poderosa do candomblé (...) d) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transforma??o acontece: pum! e) Repentinamente os gr?os come?aram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira.8. (Efomm2017) Ao longo do texto o autor se vale de diferentes tipos de aposto. Assinalea única op??o em que N?O se encontra essa constru??o sintática: a) Sabedor das minhas limita??es e competências, nunca escrevi como chef.b) A pipoca, milho mirrado, gr?os redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa (...) c) Lembrei-me, ent?o, de li??o que aprendi com a M?e Stella, sábia poderosa do candomblé (...)d) Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nóbis, picadinho de carne com tomate feij?o e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. e) Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se (...) 9. (G1 - cp2 2017) A Verdadeira Arte de ViajarMário QuintanaA gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.N?o importa que os compromissos, as obriga??es, estejam ali...Chegamos de muito longe, de alma aberta e o cora??o cantando!Fonte: . Acesso em 03/10/2016.Releia os seguintes versos destacados do poema de Mário Quintana:A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casaComo se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundoA conjun??o sublinhada nos dois versos estabelece uma rela??o de sentido de a) causa. b) conformidade. c) compara??o.d) consequência. 10. (Espcex (Aman) 2017) “Pela primeira vez na história, pesquisadores conseguiram projetar do zero o genoma de um ser vivo (uma bactéria, para ser mais exato) e ‘instalá-lo’ com sucesso numa célula, como quem instala um aplicativo no celular.? um feito e tanto, sem dúvida. Paradoxalmente, porém, o próprio sucesso do americano Craig Venter e de seus colegas deixa claro o quanto ainda falta para que a humanidade domine os segredos da vida. Cerca de um ter?o do DNA da nova bactéria (apelidada de syn3.0) foi colocado lá por puro processo de tentativa e erro – os cientistas n?o fazem a menor ideia do porquê ele é essencial.”Folha de S. Paulo, 26/03/2016.O texto informativo acima, que apresenta ao público a cria??o de uma bactéria apenas com genes essenciais à vida, contém vários conectivos, propositadamente destacados. Pode-se afirmar que a) para inicia uma ora??o adverbial condicional, pois restringe o genoma à condi??o de bactéria. b) e introduz uma ora??o coordenada sindética aditiva, pois adiciona o projeto à instala??o do genoma.c) como introduz uma ora??o adverbial conformativa, pois exprime acordo ou conformidade de um fato com outro. d)porém indica concess?o, pois expressa um fato que se admite em oposi??o ao da ora??o principal. e) para que exprime uma explica??o: falta muito para a humanidade dominar os segredos da vida. 11. (Espcex (Aman) 2017) Em “A velha disse-lhe que descansasse”, do conto Noite de Almirante, de Machado de Assis, a ora??o grifada é uma subordinada a) substantiva objetiva indireta. b) adverbial final. c) adverbial conformativa. d) adjetiva restritiva. e) substantiva objetiva direta.TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: MuwajiEm uma aldeia indígena de Caracaraí, pequena cidade de Roraima, a jovem de 21 anos dava à luz seu quarto filho, e desesperou-se ao notar que o recém-nascido tinha uma má-forma??o na perna. Mesmo já sabendo o que ia acontecer, consultou os líderes de sua aldeia ianom?mi. O bebê n?o chegou a ser amamentado. Passou por um ritual em que foi queimado vivo. As cinzas foram usadas para preparar um mingau, oferecido a todos da tribo. A índia contou a parentes que ficou triste, pois queria cuidar da crian?a. Mas entendeu que era a tradi??o de sua gente. A morte de bebês, geralmente com até seis dias de vida, é praticada, segundo registros e testemunhos, em pelo menos 13 etnias indígenas, com maior ou menor contato com o homem branco. Ocorre, na maioria dos casos, quando a crian?a nasce com alguma deficiência física. Mas há também mortes de gêmeos ou por suspeita de que a m?e cometeu adultério ou foi estuprada. Isso ocorre no Brasil e n?o tem sido considerado crime, pois nossa Constitui??o assegura a grupos indígenas o direito à prática do infanticídio, em respeito à autonomia cultural. O antropólogo Mércio Pereira Gomes, ex-presidente da Funai, admitiu que sofreu "um dilema muito grande" no órg?o diante da quest?o do infanticídio. Como cidad?o, é contrário à prática, mas como antropólogo e funcionário do órg?o rejeita uma política intervencionista. Já para o sociólogo JulioJacoboWaiselfisz, autor do "Mapa da violência" no Brasil, as mortes de bebês índios n?o deixam de ser assassinato, por mais que a prática seja vinculada à cultura indígena. "N?o se deve criminalizar o índio, mas tem de agir para salvar essas vidas." Secretário do ?ndio de Roraima, OzélioMacuxi discorda. Para ele, o ato é, acima de tudo, uma tática de sobrevivência desses povos, por vezes n?mades. "Como vai carregar uma pessoa com deficiência [na mata]? Para pagar esse pecado, é melhor eliminar logo. Entendi dessa forma [o ritual]", disse Macuxi, ao ressaltar que animais e cipós s?o obstáculos para um índio deficiente. Em algumas tribos, as crian?as s?o enforcadas. "Quem decide é a própria m?e. Segura o pesco?o e já enterra", conta Jonas Ianom?mi, de Barcelos (AM). Em dois anos, foram registradas 96 mortes de bebês indígenas de até seis dias de idade em Barcelos, Caracaraí e Alto Alegre (RR), segundo o "Mapa da violência 2015". N?o é possível saber se esse número já foi maior, porque n?o há registros seguros. Para Jonas e Ozélio, a morte dos bebês faz parte da vida cultural desses povos e n?o cabe ao homem branco entender ou interferir. A governadora do Estado, Suely Campos (PP), diz que quase nunca fica sabendo das mortes. "? uma quest?o deles, que come?a e acaba lá." Mas o assunto está na pauta do Senado desde setembro, após a C?mara aprovar um projeto de lei que prevê criminalizar, por omiss?o de socorro, quem n?o informar o infanticídio ou qualquer outra prática que atente contra a saúde e a integridade dos índios. A medida inclui ONGs, poder público, Funai e qualquer cidad?o. Pelo projeto, o índio n?o é punido. Mas cabe ao poder público proteger e auxiliar o índio que "decidir n?o permitir, expor ou submeter crian?as a práticas que coloquem em risco a vida”. A proposta, conhecida como Lei Muwaji – em homenagem a uma m?e da tribo dos suruwahas que n?o permitiu a morte da filha deficiente –, levou quase oito anos para ser aprovada na C?mara. A Associa??o Brasileira de Antropologia e ONGs ligadas aos índios dizem que o projeto tira a garantia desses povos à sua identidade. Argumentam ainda que o infanticídio é residual. "Por que deputados e senadores discutem isso sem consultar os indígenas?", questiona Maurício Yekuana, da ONG Hutukara. (Adaptado de: TOLEDO, Marcelo. Disponível em: <;. Acesso em: 14 maio 2016.) 12. (Fepar2017) Considere as frases abaixo. Avalie as afirma??es respectivas com rela??o aos termos em negrito. Tenha como referência a perspectiva crítica do texto como um todo. (Assinale V apenas para os itens que tiverem todas as afirma??es corretas; se o item tiver alguma afirma??o incorreta, considere-o como falso).1.A morte de bebês, geralmente com até seis dias de vida, é praticada, segundo registros e testemunhos, em pelo menos 13 etnias indígenas, com maior ou menor contato com o homem branco. 2. Para o sociólogo JulioJacoboWaiselfisz, autor do "Mapa da violência" no Brasil, as mortes de bebês índios n?o deixam de ser assassinato, por mais que a prática seja vinculada à cultura indígena. 3. N?o é possível saber se esse número já foi maior, porque n?o há registros seguros. 4. Pelo projeto, o índio n?o é punido. Mas cabe ao poder público proteger e auxiliar o índio que "decidir n?o permitir, expor ou submeter crian?as a práticas que coloquem em risco a vida." 5.A proposta, conhecida como Lei Muwaji – em homenagem a uma m?e da tribo dos suruwahas que n?o permitiu a morte da filha deficiente –, levou quase oito anos para ser aprovada na C?mara. ( ) A preposi??o com tem o mesmo sentido e fun??o em todas as ocorrências; o termo segundo tem sentido ordinal. ( ) O termo para tem sentido conformativo; a express?o por mais que tem sentido concessivo. ( ) A conjun??o se poderia ser substituída por que, sem prejuízo do sentido da frase; o verbo há poderia ser substituído por existe. ( ) O termo pelo tem sentido de meio; no plural, o termo poder público levaria o verbo (caber) também para o plural. ( ) A preposi??o como tem sentido analógico; nas duas ocorrências o "a" tem a mesma fun??o e poderia implicar crase no primeiro caso. TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: 13. (G1 - cp2 2017) Leia a seguinte frase elaborada a partir da leitura do 2? quadrinho: E esses ingênuos continuam mandando contas em seu nome.Assinale a alternativa que corresponde à correta reescrita dessa frase na voz passiva. a) E esses ingênuos continuar?o mandando contas em seu nome. b) E contas continuaram sendo mandadas em seu nome pelos ingênuos. c) E contas continuam mandando em seu nome por esses ingênuos. d) E contas em seu nome continuam sendo enviadas por esses ingênuos.TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: Leia o texto, do qual foram retiradas três palavras, e responda à(s) quest?o(?es).ACHADO N?O ? ROUBADOFabrício CarpinejarN?o ganhava mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Eu me virava como dava. Recebia casa, comida e roupa lavada e n?o havia como miar, latir e __________ mais nada aos pais, só agradecer. As minhas fontes de renda eram praticamente duas: procurar dinheiro nas bolsas vazias da m?e, torcendo para que deixasse alguma nota na pressa da troca dos acessórios, ou catar moedas nas ruas e nos bueiros. A modalidade de ca?a a dinheiro perdido exigia disciplina e profissionalismo. Saía de casa pelas 13h e caminhava por duas horas, com a cabe?a apontada ao meio-fio como pedra em estilingue. Varria a poeira com os pés e cortava o mato com canivete. Fui voluntário remoto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.Gastava o meu Kichute em vinte quadras, do bairro Petrópolis ao centro. Voltava quando atingia a entrada do viaduto da Concei??o e reiniciava a minha arqueologia monetária no outro lado da rua. Levava um saquinho para colher as moedas. Cada tarde rendia o equivalente a três reais. Encontrar correntinhas, colares e __________ salvava o dia. Poderia revender no mercado paralelo da escola. As meninas pagavam em jujubas, bolo inglês e guaraná. Já o bueiro me socializava. Convidava com frequência o Liquinho, vulgo Ricardo. Mais forte do que eu, ajudava a levantar a pesada e lacrada tampa de metal. Eu ficava com a responsabilidade de descer __________ profundezas do lodo. Tirava toda a roupa – a m?e n?o perdoaria o petróleo do esgoto – e pulava de cueca, apalpando às cegas o fundo com as m?os. Esquecia a nojeira imaginando as recompensas. Repartia os lucros com os colegas que me acompanhavam nas expedi??es ao submundo de Porto Alegre. Lembro que compramos uma bola de futebol com a arrecada??o de duas semanas. Espantoso o número de itens perdidos. Assim como os professores paravam no meu colégio, acreditava na greve dos objetos: moedas e anéis rolavam e cédulas voavam dos bolsos para protestar por melhores condi??es. Sofria para me manter estável, pois nunca pedia dinheiro a ninguém. Desde cedo, descobri que vadiar é também trabalhar duro. Disponível em: < > Acesso em: 22 jun. 2016. 14. (G1 - ifsul2017) Observe o trecho abaixo: “N?o ganhava mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Eu me virava como dava. Recebia casa, comida e roupa lavada e n?o havia como miar, latir...” Se passarmos os verbos do trecho para a primeira pessoa do plural e mantivermos o mesmo tempo verbal, teremos: a) N?o ganhavas mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Tu te viravas como dava. Recebias casa, comida e roupa lavada e n?o havia como miar, latir... b) N?o ganhamos mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Nós nos viramos como dava. Recebemos casa, comida e roupa lavada e n?o havíamos como miar, latir... c) N?o ganharam mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Eles se viravam como dava. Recebiam casa, comida e roupa lavada e n?o haviam como miar, latir... d) N?o ganhávamos mesada, nem ajuda de custo na inf?ncia. Nós nos virávamos como dava. Recebíamos casa, comida e roupa lavada e n?o havia como miar, latir...TEXTO PARA A PR?XIMA QUEST?O: A doen?a do amorLuiz Felipe PondéExiste de fato amor rom?ntico? Esta é uma pergunta que ou?o quando, em sala de aula, estamos a discutir quest?es como literatura rom?ntica dos séculos 18 e 19. 1Quando o público é composto de pessoas mais maduras, a tendência é um certo ceticismo, muitas vezes elegante, apesar de trazer nele a marca eterna do desencanto. Quando o público é mais 2jovem há uma tendência maior de cren?a no amor rom?ntico. 3Alguns diriam que 4essa cren?a é típica da idade jovem e inexperiente, assim como crian?as creem em Papai Noel.Mas, em matéria de amor rom?ntico, melhor ainda do que ir em busca da literatura dos séculos 18 e 19 é ir 5à fonte primária 6: a literatura europeia medieval, verdadeira fonte do amor rom?ntico. A literatura conhecida como amor cortês.Especialistas no assunto, como o suí?o Denis de Rougemont, suspeitavam que a literatura medieval criou uma verdadeira expectativa neurótica no Ocidente sobre o que seria o amor rom?ntico em nossas vidas concretas, fazendo com que 7sonhássemos com algo que, na verdade, nunca existiu como experiência universal. 8Dos castelos da Provence francesa do século 12 ao cinema de Hollywood, teríamos perdido o verdadeiro sentido do amor medieval, que seria uma doen?a da qual devemos fugir como o diabo da cruz. Para além dos céticos e crentes, a literatura medieval de amor cortês é marcante pela sua descri??o do que seria esse pathosamoroso. Uma doen?a, uma verdadeira desgra?a para quem fosse atingindo em seu cora??o por tamanha tristeza. André Capel?o, autor da época (Tratado do Amor Cortês, ed. Martins Fontes), sintetiza esse amor como sendo uma 9"doen?a do pensamento". Doen?a essa que podemos descrever como uma forma de obsess?o em saber o que ela está pensando, o que ela está fazendo nessa exata hora em que penso nela, com o que ela sonha à noite, como é seu corpo por baixo da roupa que a veste, o desejo incontrolável de ouvir sua voz, de sentir seu perfume. Mas a doen?a avan?a: sentir o gosto da sua boca, beijá-10la por horas a fio. 11Mas, quando em público, jamais deixe ninguém saber que se amam. Capel?o chega a supor que desmaios femininos poderiam ser indicativos de que a infeliz estaria em presen?a de seu desgra?ado objeto de amor inconfessável. A inveja dos outros pelos amantes, apesar de 12condenados a 13tristeza pela interdi??o sempre presente nas narrativas (casados com outras pessoas, detentores de responsabilidades públicas e privadas), se dá pelo fato que se trata de uma doen?a encantadora quando correspondida.Nada é mais forte do que o desejo de estar com alguém a quem você se sente ligado, mesmo que a milhares de quil?metros de dist?ncia, sem poder trocar um único olhar ou toque com ela.O erro dos modernos rom?nticos teria sido a ilus?o de que esses medievais imaginariam o amor rom?ntico numa escala universal e capaz de 14conviver com um apartamento de dois quartos, pago em cem anos.N?o, o amor cortês seria algo que deveríamos temer justamente por seu caráter intempestivo e avassalador. Sempre fora do casamento, teria contra ele a condena??o da norma social ou religiosa que, aos poucos, 15levaria as suas vítimas à destrui??o, psicológica ou física.Para os medievais, um homem arrebatado por esse amor tomaria decis?es que destruiriam seu patrim?nio. A mulher perderia sua reputa??o. Ambos viriam, necessariamente, a morrer por conta desse amor, fosse ele em batalha, por obriga??o de guerreiro, fosse fugindo do horror de trair seu melhor amigo com sua até ent?o fiel esposa. Ela morreria eventualmente de tristeza, vergonha e solid?o num convento, buscando a paz de espírito há muito perdida. A dist?ncia física, social ou moral, proibindo a realiza??o plena desse desejo incessante como tortura cotidiana. O poeta mexicano Octavio Paz, que dedicou alguns textos ao tema, entendia que a literatura medieval descrevia o embate entre virtude e desejo, sendo a desgra?a dos apaixonados a maldi??o de ter que 16p?r medida nesse desejo 17(nesse amor fora do lugar), em meio à insuportável culpa de estar doente de amor.Texto adaptado. Foi publicado em 16 de maio de 2016 na Folha de S. Paulo. Disponível em: <;. Acesso em: 21 set. 2016. 15. (G1 - ifsul2017) Julgue as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F). ( ) O verbo sonhar (ref. 7) está conjugado no tempo presente do modo subjuntivo. ( ) O acento gráfico em p?r (ref. 16) se justifica devido à regra de acentua??o dos monossílabos t?nicos. ( ) O verbo conviver (ref. 14) é formado por deriva??o prefixal. ( ) O pronome demonstrativo essa (ref. 4) retoma a express?o “cren?a no amor rom?ntico”.De acordo com a língua-padr?o, a sequência correta, de cima para baixo, é a) V – F – V – F. b) F – V – F – F. c) V – F – V – V.d) F – V – F – V. 16. (Ufu2016) Na Olimpíada da crise, os convidados especiais n?o v?o contar assim com tanta mordomia. Gra?as à baixa procura e ao desinteresse dos patrocinadores, o comitê organizador dos Jogos está com dificuldade de erguer camarotes para algumas modalidades. O de v?lei de praia, esporte no qual o Brasil é destaque, n?o vai dispor da estrutura. O camarote para o tênis, no Parque Olímpico, também foi cancelado. A constru??o ocorre apenas se os pedidos s?o suficientes para compensar os custos.Veja, ed. 2460, ano 49, n?. 2, 13 de janeiro de 2016, p. 29.No último período do texto, as formas verbais em destaque foram empregadas para a) expressar temporalmente o futuro.b) representar eventos sem historicidade. c) expressar fatos que independem do tempo cronológico. d) expressar atitude do enunciador. ................
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