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1. (Uerj 2011) O enriquecimento da vida cultural do Rio de Janeiro, e até mesmo do país, após 1808, decorreu, sobretudo, das necessidades da elite dominante. No ambiente acanhado da sociedade americana, a novidade dos procedimentos característicos do círculo real exerceram extraordinário fascínio, produzindo um poderoso efeito “civilizador” em relação à cidade. Em contrapartida, a Coroa não deixou de adotar também medidas de controle mais eficientes. Após a tormenta da Revolução Francesa e ainda vivendo o turbilhão do período napoleônico, era o medo dos princípios difundidos pelo século das Luzes, especialmente as “perniciosas” ideias francesas, que ditava essas cautelas.

NEVES, Lúcia M. P. das e MACHADO, Humberto F.

Adaptado de O império do Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

O texto aborda um duplo movimento provocado pela presença da Corte portuguesa no Brasil: o estímulo às atividades culturais na colônia e, ao mesmo tempo, o controle conservador sobre essas atividades.

Indique duas ações da Coroa que enriqueceram a vida cultural da cidade do Rio de Janeiro.

Explique, ainda, como o Estado português exercia controle sobre as atividades culturais.

2. (Ufpr 2011) Em janeiro de 1808, D. João, Príncipe Regente do Império Português, expediu a seguinte Carta Régia:

“Eu, o Príncipe-Regente [...] atendendo à representação que fizestes subir à minha Real presença, [...] sou servido ordenar [...] o seguinte:

Primeiro – Que sejam admissíveis nos portos do Brasil todos e quaisquer gêneros, fazendas e mercadorias, transportadas em navios estrangeiros das potências que se conservam em paz e harmonia com a minha Real Coroa [...]. Segundo – Que não só os meus vassalos, mas também os sobreditos estrangeiros possam exportar para os portos que bem lhes parecer, a benefício do comércio e agricultura, que tanto desejo promover, todos e quaisquer gêneros e produções coloniais [...]. O que tudo assim fareis executar com o zelo e atividade que de vós espero.”

(Adaptado de Coleção das Leis do Brasil – 1808.)

Com base nesse documento e nos conhecimentos históricos, escreva um texto abordando as consequências dessas determinações de D. João sobre o pacto colonial.

3. (Ufba 2010) Liberdade política e liberdade econômica foram reivindicações que estiveram presentes no contexto da crise do Sistema Colonial português no Brasil.

Com base nessa afirmação, indique como essas reivindicações são expressas na Revolução Pernambucana de 1817.

• Liberdade política

• Liberdade econômica

4. (Puc-rio 2009) A Conjuração Baiana foi um dos movimentos político-sociais ocorridos na América portuguesa que assinalam o contexto de crise do sistema colonial. Leia a seguir um trecho de um dos panfletos sediciosos afixados em locais importantes da cidade de Salvador no ano de 1798.

"Aviso ao Povo Bahiense

Ó vós Homens Cidadãos; ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros.

Ó vós Povos que nascestes para serdes livres [...], ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado,

[...]. Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição, sim para ressuscitardes do abismo da escravidão, para levantardes a sagrada bandeira da Liberdade."

(Retirado e adaptado de DEL PRIORE, Mary et al. "Documentos de História do Brasil: de Cabral aos anos 90". São Paulo, Scipione, 1997. p.38)

a) ESCOLHA e TRANSCREVA uma passagem do documento que evidencie a insatisfação dos conjurados baianos com a situação política da época. JUSTIFIQUE sua escolha.

b) APRESENTE uma diferença entre a Conjuração Baiana (1798) e a Inconfidência Mineira (1789).

5. (Udesc 2009) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil. Dentre as comemorações houve uma grande exposição no Museu Nacional sobre os trajes e os costumes da Corte Portuguesa no Brasil.

a) Explique algumas razões para a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.

b) Disserte a respeito das repercussões culturais da instalação da Corte Portuguesa na cidade do Rio de Janeiro.

6. (Ueg 2008) Que relação existe entre o Bloqueio Continental, lançado por Napoleão Bonaparte contra a Inglaterra, e a Independência do Brasil?

7. (Ufc 2008) "Se, na Monarquia, Tiradentes, quando lembrado, era apresentado como um homem sem habilidades e realização profissional, no início da República ele passou a ser descrito como personagem de múltiplos talentos, entre os quais o talento político e revolucionário. Já no Estado Novo, tornava-se exemplo do brasileiro laborioso e dotado de inúmeras qualidades..."

(FONSECA, Thais Nívia de Lima e. A imagem do herói. In: "Nossa História". São Paulo: Editora Vera Cruz, n0. 3, 2004 pág. 81.)

Considerando o texto acima, responda:

a) A que episódio célebre da história brasileira se liga a personagem supracitada?

b) Qual a razão imediata da deflagração desse episódio?

c) O que explica a construção da imagem de Tiradentes em cada um dos contextos históricos mencionados?

I. Monarquia:

II. Início da República:

III. Estado Novo:

8. (Puc-rio 2008) A imagem a seguir, do pintor Jean Baptiste Debret, intitulada "Um funcionário do governo sai a passeio com a família", constitui um registro do cotidiano daqueles que habitavam o Rio de Janeiro no tempo do governo joanino (1808 - 1821). A partir da observação da gravura e de seus conhecimentos sobre o período:

[pic]

a) APRESENTE dois elementos que identificam a posição dos diferentes grupos sociais na hierarquia da sociedade da época. JUSTIFIQUE.

b) EXPLIQUE por que durante o governo de D. João VI o Rio de Janeiro passou a ser identificado como "nova Lisboa".

9. (Uerj 2008) "Possa este, para sempre memorável dia, ser celebrado com universal júbilo por toda a América Portuguesa, por uma dilatada série de séculos, como aquele em que começou a raiar a aurora da felicidade, prosperidade e grandeza, a que algum dia o Brasil se há de elevar, sendo governado de perto pelo seu soberano. Sim, nós já começamos a sentir os saudáveis efeitos da paternal presença de tão ótimo príncipe, que [...] nos deu as mais evidentes provas, que muito alentam as nossas esperanças, de que viera ao Brasil a criar um grande Império."

Luís Gonçalves dos Santos

"Memórias para servir à História do reino do Brasil". Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, São Paulo: EDUSP, 1981.

O texto acima revela o entusiasmo e as esperanças daqueles que assistiram à chegada da família real portuguesa ao Brasil. Indique duas inovações de caráter científico ou cultural decorrentes da política de D. João. Indique também uma mudança política ou econômica observada durante a permanência da Corte e sua respectiva consequência para o Brasil.

10. (Ufla 2008) Leia o seguinte texto:

"Na manhã de 29 de novembro de 1807, circulou a informação de que a Rainha, o Príncipe Regente e toda a Corte estava fugindo para o Brasil, sob a proteção da Marinha Britânica. Nunca algo semelhante tinha acontecido na história de qualquer país europeu, rei nenhum havia ido tão longe a ponto de cruzar um oceano para viver e reinar do outro lado do mundo."

(Revista "Super Interessante", Outubro de 2007)

Com base no texto, responda:

a) Indique uma das ordens imediatas do Príncipe Regente ao pisar em terras brasileiras.

b) No que diz respeito à chegada da Família Real ao Brasil em 1808, apresente duas consequências que tenham tido significativa relevância no sentido de modificar o rumo histórico do país.

11. (Unicamp 2008) Sobre a transferência da Corte de D. João VI para o Brasil, o historiador Kenneth Maxwell afirma:

Novas instituições foram criadas pela coroa portuguesa, e a maioria delas foi estabelecida no Rio de Janeiro, que, assim, assumiu um papel centralizador dentro de uma América portuguesa que antes era muito fragmentada no sentido administrativo. Houve resistência a isso, principalmente em Pernambuco, em 1817. Mas, no final, o poder central foi mantido.

(Adaptado de Kenneth Maxwell, "Para Maxwell, país não permite leituras convencionais". Entrevista concedida a Marcos Strecker. "Folha de São Paulo", 25/11/2007, Mais, p. 5.)

a) Segundo o texto, quais as mudanças suscitadas pela transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808?

b) Quais os objetivos do movimento de Pernambuco em 1817?

12. (Puc-rio 2008) "O Rio de Janeiro é a capital do Brasil há bastante tempo, muito antes de a família real deixar Lisboa. Traçarei uma breve descrição dessa cidade a partir do que pude apurar durante a minha estada. [...]

O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...]

Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.

Conde Thomas O'Neill, 1809. Apud Jean Marcel Carvalho França. "Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos". Rio de Janeiro, José Olympio, 2000. Pp: 310-320.

A descrição do inglês Thomas O'Neill destaca algumas das transformações ocorridas desde a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro no ano de 1808.

a) Explique por que, a partir da abertura dos portos (1808), ocorreu a preponderância dos ingleses nas transações comerciais com o Brasil.

b) Cite duas transformações culturais ocorridas na cidade do Rio de Janeiro durante o Período Joanino (1808-1821).

13. (Ufrj 2007) A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 1808, representou uma alternativa para um contexto de crise política na Metrópole e a possibilidade de implementar as bases para a formação de um império luso-brasileiro na América.

a) Cite duas medidas adotadas pelo regente D. João que contribuíram para o estabelecimento de bases para a formação de um império luso-brasileiro na América.

b) A despeito de a transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro ter sido analisada como mera fuga frente à invasão francesa em Portugal, estudos têm revelado que a ideia da mudança para o Brasil não era nova.

Cite dois argumentos apresentados por aqueles que, já no século XVIII, defendiam essa medida.

14. (Fuvest 2007) (...)

E ninguém percebe

como é necessário

que terra tão fértil,

tão bela e tão rica

por si se governe!

(...)

A terra tão rica

e ó almas inertes!

o povo tão pobre...

Ninguém que proteste!

Esses versos de Cecília Meirelles, em "Romanceiro da Inconfidência", evocam, de forma poética, os acontecimentos de 1789 em Minas Gerais. A partir deles, responda:

a) Que razões motivaram os Inconfidentes, tendo em vista as condições das Minas Gerais?

b) Que mudanças eles propuseram?

15. (Ufc 2007) Na manhã de 12 de agosto de 1798, um panfleto revolucionário afixado em vários lugares da cidade de Salvador dizia:

"Povo, o tempo é chegado para vós defendêreis a vossa Liberdade; o dia da nossa revolução, da nossa Liberdade e de nossa felicidade está para chegar, animai-vos que sereis felizes."

PRIORE, Mary Del et al (Org.). "Documentos de História do Brasil - de Cabral aos anos 90". São Paulo: Scipione, 1997, p. 38.

A partir desse texto e de seus conhecimentos, responda às questões propostas.

a) Que movimento produziu o panfleto citado?

b) Cite três acontecimentos ocorridos no período, na esfera internacional, que podem ser relacionados a esse movimento.

c) Cite dois objetivos do movimento ao qual o texto acima se refere.

d) Apresente a relação entre a dureza das penas impostas aos principais acusados e a condição social da maioria dos participantes desse movimento.

16. (Uff 2007) A vinda da Família Real para o Brasil decorreu das tensões que se manifestaram na Europa, por conta da oposição entre interesses ingleses e a política de expansão da França praticada por Napoleão Bonaparte.

A partir dessa contextualização:

a) indique dois dos tratados que se referem, no período, às relações entre Inglaterra e Portugal;

b) explique a contradição existente no fato da vinda da Família Real para o Brasil ter, ao mesmo tempo, fomentado um surto manufatureiro e criado condições para seu próprio declínio.

17. (Ufu 2007) A instalação de famílias de colonos estrangeiros, no interior do Brasil, foi inicialmente incentivada pelo governo de D. João VI, durante a permanência da corte e, posteriormente também, pelo governo imperial brasileiro. A colônia de Nova Friburgo (RJ), fundada em 1818 para abrigar cem famílias suíças, e a colônia de São Leopoldo (RS), formada por alemães desde 1824, com apoio do Império, são dois exemplos pioneiros desse tipo de ocupação. Posteriormente, no final do século XIX, as políticas de imigração diversificaram-se e foram amplamente utilizadas. Um exemplo disso foi a imigração subsidiada, especialmente para abastecimento das lavouras de café no sudeste do país.

Considere as informações acima e responda ao que se pede.

a) Caracterize duas diferentes formas de imigração adotadas no Brasil ao longo do século XIX.

b) Explique os objetivos principais das duas políticas de imigração incentivadas no Brasil.

18. (Unesp 2006) Leia a declaração.

Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico.

("D. Pedro, Príncipe Regente, 9 de janeiro de 1822".)

a) Qual o significado da decisão tomada pelo Príncipe Regente?

b) Explique o que foi a Revolução do Porto, iniciada em 1820, e aponte suas consequências para a porção americana do Império Português.

19. (Ufc 2006) A vinda da família real para o Brasil, em 1808, alterou a vida e a dinâmica da colônia, bem como da nobreza, ao transformar o Rio de Janeiro no centro de decisões do Império português.

a) Qual o papel da França e da Inglaterra no contexto político internacional em que ocorreu a transferência da família real para o Brasil?

b) Identifique quem foi favorecido e quem foi prejudicado com a abertura dos portos, decretada por D. João e explique por quê.

20. (Uerj 2006)

[pic]

Os quadrinhos fazem referência, de modo crيtico, a diversos aspectos da sociedade do Antigo Regime, entre os séculos XVI e XVIII, cujas instâncias de poder eram a Coroa, a Igreja e a Nobreza.

a) Identifique dois aspectos da sociedade do Antigo Regime que possam ser relacionados às crيticas sugeridas nos quadrinhos.

b) Nas colônias europeias, a resistência a determinadas prلticas do Antigo Regime foi concretizada por uma série de rebeliُes. Cite uma rebeliمo colonial ocorrida no Brasil na segunda metade do século XVIII e um de seus objetivos.

21. (Uerj 2006) Para cúmulo da desgraça foram os soberanos da Espanha obrigados a renunciar aos seus direitos, a abdicar de seu trono e a solicitar o seu mesmo Povo a que faltasse à fé e juramento de fidelidade, que havia prestado à Real Família Reinante; a pedir por fim que obedecesse a seus próprios inimigos.

Depois disto, quem se atreverá a duvidar da sábia política do Príncipe Regente de Portugal, em mudar a sua Corte para o Brasil?

(Adaptado de "Correio Braziliense", 1808. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado/Instituto Uniemp, edição fac-similar, 2000.)

a) O texto acima remete a um acontecimento, decorrente da política internacional, ocorrido na Península Ibérica na primeira década do século XIX.

Indique esse acontecimento e seu principal objetivo em relação a Portugal.

b) A vinda da Corte Portuguesa para o Brasil pode ser considerada importante para o processo de independência do Brasil.

Apresente um argumento que justifique esse ponto de vista.

Gabarito:

Resposta da questão 1:

Duas das ações:

• criação da Imprensa Régia.

• contratação da Missão Artística Francesa.

• fundação do futuro Jardim Botânico (Real Horto).

• fundação da futura Biblioteca Nacional (Real Biblioteca).

• publicação de jornais, periódicos e obras de caráter científico com o aval da Imprensa Régia.

Órgãos do Estado português, agora sediados no Brasil, exerciam a função de fiscalizar e censurar todos os impressos, inclusive os importados, que aqui fossem publicados sob a justificativa de cuidar da moral, da religião e dos bons costumes.

O ano de 1808 marca a chegada da corte ao Rio de Janeiro que, na prática, tornou-se a sede do Estado português. A corte foi responsável direta pelo incremento das atividades culturais e artísticas e, ao mesmo tempo, pelo controle e censura das mesmas.

Resposta da questão 2:

As novas normas aprovadas por D. João VI após sua chegada ao Brasil determinaram a “abertura dos portos às nações amigas”, que, na prática, representou a ruptura do pacto colonial, uma vez que a essência deste era o monopólio metropolitano, que havia vigorado praticamente por trezentos anos. Essa medida favoreceu a burguesia industrial e mercantil da Inglaterra, único país industrializado e com capacidade para exportar para o Brasil e prejudicou a burguesia mercantil lusitana, que perdeu o controle absoluto sobre o mercado brasileiro.

Resposta da questão 3:

Liberdade política — contestação à presença da Corte no Rio de Janeiro; proclamação de uma república no nordeste.

Liberdade econômica — quebra dos monopólios, liberdade de comércio, menor tributação para o nordeste.

Resposta da questão 4:

a) O candidato deverá transcrever uma das seguintes passagens: "Ó vós Povos curvados, e abandonados pelo Rei, pelos seus despotismos, pelos seus Ministros"; "[...] ó vós Povos que viveis flagelados com o pleno poder do indigno coroado [...]". Ambas as passagens evidenciam a insatisfação dos conjurados baianos com a situação colonial e com o governo monárquico absolutista. Os conjurados baianos denunciavam a situação de "abandono" e "flagelo" na qual se encontravam devido aos "despotismos" do Rei e de seus ministros. O uso das expressões "seus despotismos" e "pleno poder do indigno coroado" revela a crítica dos conjurados ao poder absoluto do monarca português. O Rei e os seus representantes naquela região da colônia governavam oprimindo os colonos cada vez mais com altas cargas tributárias. A cobrança de impostos, por parte da Coroa portuguesa, aliada à crise da economia açucareira corroboravam para o crescimento da insatisfação entre os colonos baianos com o governo da Metrópole.

b) O candidato poderá apontar a diferença da condição social daqueles que integraram os movimentos: enquanto a Conjuração Baiana (1798) foi realizada por pessoas que não compunham a elite, como soldados e artesãos, brancos pobres, mulatos, escravos e ex-escravos; o movimento inconfidente mineiro foi organizado por grandes proprietários de terras minerais e agrícolas, aliados às pessoas das camadas intermédias como padres, poetas e oficiais militares. Outra diferença que poderá ser apontada diz respeito às propostas de cada um desses movimentos: tanto os inconfidentes mineiros como os conjurados baianos propuseram a separação de suas respectivas regiões dos territórios subordinados a Portugal, a instauração de um governo republicano e a liberdade comercial. Entretanto, as propostas dos conjurados baianos, além de destacar a questão da liberdade política e econômica, também tocaram na questão da igualdade social criticando as desigualdades de riqueza e de cor, e defendendo o fim da escravidão.

Resposta da questão 5:

a) O plano de transferência da Família Real para o Brasil, refúgio seguro para a soberania portuguesa quando a resistência militar a um invasor fosse inútil na metrópole, fora por diversas vezes cogitado. Mas foi a decisão napoleônica de invadir Portugal em 1807, por este não ter aderido ao Bloqueio Continental contra a Inglaterra decratado em 1806, que preciptou a tranferência da Corte Portuguesa para o Brasil. Portugal mantinha estreitas realções comerciais com os britânicos e em razão da decisão napoleônica, o príncipe regente Dom João VI decidiu pela transferência da corte para o Brasil, evitando ser aprisionado com toda a família real e o governo, tornando possível manter a autonomia portuguesa a partir do Rio de Janeiro.

b) Dentre as realizações de Dom João VI no plano cultural no Brasil, pode-se destacar a criação da Imprensa Régia e a autorização para o funcionamento de tipografias e a publicação de jornais também em 1808; a abertura de algumas escolas, entre as quais duas de Medicina - uma na Bahia e outra no Rio de Janeiro; a vinda da Missão Artística Francesa em 1816 e a fundação da Academia de Belas-Artes; a criação da Biblioteca Real (1810), do Jardim Botânico (1811) e do Museu Real (1818), mais tarde Museu Nacional. Sendo a maior parte das realizações no Rio de Janeiro, a cidade ganhou ares de metrópole e alé disso, os modismos metropolitanos foram incoporados ao cotidiado da cidade.

Resposta da questão 6:

A relação entre o Bloqueio Continental e a Independência do Brasil pode ser identificada a partir da manutenção, por parte de Dom João VI, príncipe regente de Portugal, da aliança política e econômica com a Inglaterra, contrariando Napoleão. Temendo a invasão de Portugal, toda a Corte foi transferida para o Brasil, que foi elevado à condição de Reino Unido. A infraestrutura criada neste período, favorecida pela criação do Banco do Brasil e a abertura dos portos para o comércio com as nações amigas, fortaleceu a burguesia nacional e criou as condições necessárias ao início do processo de independência.

Resposta da questão 7:

O episódio ficou conhecido como "Inconfidência" ou "Conjuração Mineira" (1789), sendo a sua motivação imediata a previsão de uma nova derrama, forma de recolhimento compulsório dos impostos atrasados instituído pela Metrópole na região das Minas. Quanto à memória edificada em torno de Tiradentes, a Monarquia lhe foi quase indiferente (quando não lhe depreciava, desenhando-o como inapto), devido ao fato da personagem simbolizar um movimento defensor da República. Essa, nos seus alvores, tinha-o na conta de uma figura hábil politicamente e visionária, visto que sua elite, sequiosa de legitimação, construíra um panteão de heróis, que teriam prefigurado a nova forma de governo, no qual Tiradentes detinha lugar especial. O Estado-Novo concebia-o como valoroso, afeito ao trabalho, porquanto podia ser modelo da nova cidadania que se queria engendrar, plena de civismo e amor à pátria e à coletividade.

Resposta da questão 8:

a) O pai (branco) à frente dos demais membros da família simboliza a autoridade e o poder dos homens sobre as mulheres na sociedade da época. O lugar ocupado pela dona de casa (branca) na fila, atrás dos filhos - fossem esses meninos ou meninas - e à frente dos escravos, evidencia, respectivamente, seu papel de mãe dos filhos do marido e de administradora de um lar extenso. A mulher branca exercia, portanto, o domínio sobre os escravos e as escravas no espaço da casa. As redes de poder e hierarquia envolvendo a própria comunidade negra também são perceptíveis na imagem: os escravos(as) que aparecem com melhores vestimentas provavelmente desfrutavam uma posição vantajosa em relação aos seus pares na hierarquia social. Os pés descalços marcam a condição de escravo, diferenciando-os dos libertos e dos livres.

b) O governo de D. João VI proporcionou uma série de melhorias na cidade do Rio de Janeiro e beneficiou os grandes proprietários e comerciantes das capitanias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que, por estarem próximos da Corte, desfrutavam de privilégios, proteção e prestígio social. A política joanina gerou um aumento significativo dos impostos para a manutenção da Corte na cidade do Rio de Janeiro, que passou a ser identificada como "nova Lisboa", sobretudo por aqueles que habitavam as demais regiões do Brasil. Comentava-se que o Rio de Janeiro passara a sediar grupos que defendiam os interesses "portugueses" oprimindo os "brasileiros" do restante do país. Sendo assim, o domínio político da colônia passara de Lisboa para o Rio de Janeiro. A Revolução Pernambucana de 1817 constitui um exemplo de tal insatisfação.

Resposta da questão 9:

Duas das inovações:

- Biblioteca Real, atual Nacional

- Academia Real Militar

- Impressão Régia

- Gazeta do Rio de Janeiro

- aulas de Comércio

- Real Horto, atual Jardim Botânico

- Intendência de Polícia

- vinda da Missão Artística Francesa

Uma das mudanças e sua respectiva consequência:

- abertura dos portos às nações amigas - rompimento com o pacto colonial

- assinatura dos tratados de 1810 com a Inglaterra - aprofundamento da influência comercial britânica

- elevação do Brasil a Reino Unido - fim do status de colônia da América Portuguesa

- estabelecimento do Rio de Janeiro como capital do Império luso-brasileiro - inversão de papéis entre Portugal e Brasil

Resposta da questão 10:

a) A abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas em 1808.

b) Entre as consequências relevantes da chegada da Família Real portuguesa ao Brasil em 1808, pode-se mencionar o Tratado de Comércio e Navegação de 1810 com a Inglaterra, que além de constituir-se em obstáculo ao desenvolvimento da atividade industrial no Brasil, iniciava a vinculação do Brasil à órbita do capitalismo britânico, e a elevação do Brasil à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves em1815, retirando-lhe a condição de Colônia.

Resposta da questão 11:

a) Com o estabelecimento da Corte Portuguesa no Brasil a partir de 1808, tornou-se necessária a criação de órgãos político-administrativos, como ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a imprensa oficial, entre outros. Tal processo promoveu, efetivamente, a centralização administrativa no Brasil.

b) Descontentes com a situação em que se encontrava o Nordeste, especificamente Pernambuco, em decorrência do declínio da economia açucareira, aliada à presença maciça de portugueses, na liderança do governo e na administração pública, e à criação de novos impostos por Dom João VI em favor dos "portugueses da nova Lisboa", setores liberais mais radicais de Recife iniciaram a chamada Revolução Pernambucana de 1817, estabelecendo uma república federativa. Os revoltosos chegaram ao poder e ganharam o apoio de outras províncias (Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), mas o movimento foi duramente reprimido, apesar de alguns de seus líderes não terem sido executados, graças a um ato de clemência de D. João VI.

Resposta da questão 12:

a) Ao decretar a abertura dos portos brasileiros às "nações amigas" em 1808 D. João VI estava beneficiando, sobretudo, a Inglaterra, então, em plena Revolução Industrial, e o principal país que mantinha relações amigáveis com Portugal. A partir dessa data, os produtos manufaturados ingleses começaram a entrar no Brasil, sendo que a ampliação do controle do mercado colonial seria conseguida, anos mais tarde, com a assinatura do Tratado de Comércio e Navegação em fevereiro de 1810. Esse Tratado garantia à Inglaterra a taxação privilegiada de 15% de impostos sobre os seus produtos vendidos no Brasil, enquanto que as mercadorias portuguesas pagariam 16% e as dos demais países, 24%.

b) Durante a permanência da corte joanina no Brasil (1808-1821) o Rio de Janeiro passou por uma série de transformações culturais dentre as quais podemos citar:

- A criação do Jardim Botânico;

- A escola de medicina do Rio de Janeiro;

- O Teatro Real;

- A Imprensa Real;

- A Academia Real de Belas Artes,

- A Biblioteca Real.

Resposta da questão 13:

a) O aluno poderá citar, dentre outras, a abertura dos portos às "nações amigas"; a criação do Banco do Brasil; a revogação dos decretos que proibiam a instalação de manufaturas na colônia; a instalação do Ministério da Guerra e Assuntos Estrangeiros; a distribuição de títulos de nobreza e terras entre os membros da Corte, portugueses e nascidos no Brasil; a formação de quadros, expressa na criação da Academia Militar, da Academia de Medicina, da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios e da Real Biblioteca; a elevação da colônia à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves; a aclamação do regente como D. João VI após a morte de D. Maria I.

b) A transferência da Corte para o Brasil e o estabelecimento de um império nos trópicos não era ideia nova, tendo sido considerada sempre que ameaças pairavam sobre a monarquia portuguesa. O estabelecimento da Corte no Brasil garantiria a resistência e sobrevivência frente às ameaças de invasões estrangeiras, a posse de sua colônia mais rica e um melhor equilíbrio entre Portugal e a América.

Resposta da questão 14:

a) Do ponto de vista econômico Minas Gerais era, apesar do declíno à época da Inconfidência, em decorrência da riqueza gerada pela mineração, o principal centro dinâmico do Brasil. Isso contribui para identificar a Inconfidência Mineira como uma reação da elite social e intelectual local contra o opressivo fiscalismo da Estado Português.

b) A emancipação do Brasil em relação a Portugal e a implantação de uma república.

Resposta da questão 15:

a) A Conjuração Baiana ou Conjuração dos Alfaiates.

b) Esse movimento estava relacionado às novas ideias e fatos ocorridos na esfera internacional, como a independência dos Estados Unidos, em 1776, a Revolução Francesa, em 1789 e a independência do Haití em 1791.

Resposta da questão 16:

a) Tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação.

b) Apontar que o processo de desenvolvimento manufatureiro da Colônia Brasil, apesar de tímido, chegou a contar, a partir de 1808, com alguma expressão em setores como a construção naval e a produção de cordames, velas e tecidos em geral. Esse desenvolvimento tornou-se viável a partir de Carta Régia de D. João, revogando o Alvará de 1785, que proibia as manufaturas no Brasil, em função das novas e crescentes necessidades decorrentes da instalação da Corte no Rio de Janeiro, que teve sua população consideravelmente aumentada. No entanto, ao mesmo tempo, a Coroa portuguesa havia contraído compromissos políticos com a Inglaterra, que apoiou a vinda da família real para o Brasil. Em função desse apoio, o príncipe regente viu-se na contingência de aceitar os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação firmados com a Inglaterra, que responderiam pelo caráter efêmero do desenvolvimento manufatureiro do Brasil. Isto porque, pelo primeiro, abriam-se os portos brasileiros às "nações em paz e harmonia", pondo fim ao tradicional mecanismo de exploração da Coroa sobre a Colônia - o exclusivo colonial -, abrindo a possibilidade do comércio direto entre os negociantes brasileiros e os de outras nacionalidades. Além disso, o desenvolvimento das manufaturas também decairia, uma vez que os tratados de Comércio e Navegação de 1810 garantiam para os produtos ingleses - manufaturados, sobretudo - "ad valorem" de 15%, que eram mais baixas do que aquelas cobradas sobre os artigos importados de outros países (24%), inclusive de Portugal (16%), garantindo-se o privilégio mercantil às mercadorias inglesas. Ademais, os manufaturados ingleses eram de melhor qualidade e mais baratos do que aqueles aqui fabricados, haja vista ter sido a Inglaterra a pioneira da Revolução Industrial. Não bastassem esses fatores, as técnicas empregadas nas manufaturas brasileiras eram rudimentares e, por isso mesmo, sem condições de competir com os produtos ingleses.

Resposta da questão 17:

a) No início do século XIX ,durante o período joanino no Brasil, a política de imigração visava a ocupação de áreas de interesse para as quais se estimulava a vinda de europeus destinados a ocuparem terras nas áreas de fronteiras com os domínios espanhóis. As terras eram doadas a esses imigrantes para que lá se fixassem e garantissem essas terras para o governo.

Com a expansão da lavoura cafeeira no Oeste Paulista, adotou-se inicialmente o sistema de parceria, no qual arregimentava-se imigrantes europeus pobres para trabalhar nos cafezais com a promessa de participação na produção. Essa modalidade de trabalho resultou em fracasso, pois os imigrantes atraídos com a possibilidade de "fazer a América", foram submetidos a uma intensa exploração, devido ao

endividamento crescente para pagar a despesas

de viagem financiadas pelo fazendeiro e os gastos cotidianos no armazém da fazenda, onde se praticavam preços abusivos, além de serem tratados como se tratava os escravos.

Diante do fracasso do sistema de parceria, e a crescente demanda por mão de obra nos cafezais, pressionado pelos fazendeiros, o governo imperial adotou o Sistema Subvencionado, pelo qual governo arcava com

os custos da imigração, ou seja, com as despesas de recrutamento e viagem do europeu. Ainda na Europa, era assinado um contrato de trabalho, que assegurava garantias ao trabalhador, esclarecia a remuneração e estabelecia a jornada de trabalho.

b) A primeira política de imigração incentivada

pelo governo, tinha por objetivo garantir

para Portugal, e posteriormente para o Brasil,

terras geralmente disputadas com a Espanha e, mais tarde, com países vizinhos.

A segunda tinha como objetivo principal suprir a demanda por mão de obra na lavoura cafeeira num momento de grande expansão em razão do crescimento das exportações de café que tornava-se o principal produto da economia nacional.

Vale observar que a preferência pelo europeu nas políticas de imigração do período imperial, fundamentava-se nas teses racistas da necessidade de embranquecimento da população brasileira como um caminho para o progresso.

Resposta da questão 18:

a) O rompimento do príncipe-regente D. Pedro com as Cortes de Lisboa, o que deu início ao processo que resultaria na proclamação da Independência do Brasil.

b) Revolução Liberal ocorrida na cidade do Porto em Portugal no ano de 1820 que levou à queda do absolutismo e a instalação de uma Assembleia Constituinte (Cortes de Lisboa).

As Cortes de Lisboa caractrerizaram-se por uma dupla posição política, pois eram liberal em relação a Portugal, mas defendiam a recolonização do Brasil.

Resposta da questão 19:

a) A França, governada por Napoleão Bonaparte, tinha como único rival em força e poder a Inglaterra. O governante português foi pressionado pela França que exigia o fechamento dos portos aos navios ingleses e o confisco dos bens dos ingleses que vivessem em Portugal. Caso atendesse aos franceses, seria invadido pelos ingleses; se mantivesse a aliança com os ingleses, seria invadido pela França. Com a ajuda da Inglaterra, D. João decidiu transferir-se com a família real para o Brasil.

b) A abertura dos portos beneficiou em primeiro lugar a Inglaterra que aqui pôde despejar inúmeros produtos manufaturados. Os proprietários rurais, produtores de bens destinados à exportação, ficaram livres dos entraves impostos pelo monopólio comercial da Metrópole. A burguesia colonialista portuguesa foi prejudicada, pois deixava de controlar exclusivamente o comércio.

Resposta da questão 20:

a) Dois dentre os aspectos da sociedade:

- marcada pela liturgia da religião

- dividida em ordens ou estamentos

- baseada no privilégio do nascimento

- marcada pelas guerras e pela violência

- caracterizada pelo recorrente recurso à repressão

b) Uma dentre as rebeliões e um dentre seus respectivos objetivos:

I - Inconfidência Mineira

I.1 - pôr fim à opressão colonial

I.2 - acabar com a cobrança da derrama

I.3 - incentivar a criação de manufaturas

I.4 - dar um governo liberal às Minas Gerais

I.5 - proclamar uma república em Minas Gerais

II - Conjuração Baiana ("Conjuração dos Alfaiates")

II.1 - implantar uma república

II.2 - acabar com a escravidão

II.3 - aumentar o soldo da tropa

II.4 - dar novo sistema de promoções militares

II.5 - estabelecer o livre comércio com todos os povos

II.6 - estabelecer igualdade de direitos civis, independentemente da cor da pele

Resposta da questão 21:

a) Invasão e ocupação da Península Ibérica por tropas francesas.

Domínio de Portugal para efetiva adesão ao Bloqueio Continental.

b) Um dentre os argumentos:

- O Brasil veio a ser elevado à condição de Reino Unido, transformando-se a antiga colônia em metrópole.

- O Rio de Janeiro transformou-se em ponto de atração das elites, permitindo-lhes a constituição de uma identidade comum.

- A abertura dos portos às nações amigas possibilitou o fim do monopólio comercial, estabelecendo uma maior liberdade de comércio no Brasil.

- A instalação de um aparelho burocrático possibilitou a ascensão de inúmeros brasileiros aos cargos de administração, contribuindo para a ideia de autonomia do Brasil

Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 01/05/2012 às 10:39

Nome do arquivo: DISCURSIVAS CRISE COLONIAL

Legenda:

Q/Prova = número da questão na prova

Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Matéria Fonte Tipo

1 101296 História Uerj/2011 Analítica

2 102696 História Ufpr/2011 Analítica

3 93645 História Ufba/2010 Analítica

4 85694 História Puc-rio/2009 Analítica

5 85748 História Udesc/2009 Analítica

6 83345 História Ueg/2008 Analítica

7 78451 História Ufc/2008 Analítica

8 85529 História Puc-rio/2008 Analítica

9 78520 História Uerj/2008 Analítica

10 79003 História Ufla/2008 Analítica

11 83268 História Unicamp/2008 Analítica

12 77300 História Puc-rio/2008 Analítica

13 70799 História Ufrj/2007 Analítica

14 82112 História Fuvest/2007 Analítica

15 72743 História Ufc/2007 Analítica

16 82174 História Uff/2007 Analítica

17 75162 História Ufu/2007 Analítica

18 63453 História Unesp/2006 Analítica

19 62645 História Ufc/2006 Analítica

20 62990 História Uerj/2006 Analítica

21 62993 História Uerj/2006 Analítica

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