ANPAD CURSO



PORTUGUÊS EDIÇÃO FEVEREIRO 2006 | | |

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O preço de uma decisão errada

Nos planos da Mercedes-Benz, o Brasil era o destino perfeito para sua primeira fábrica de automóveis fora da Alemanha. Eram os anos 1990, e previa-se um crescimento da indústria automotiva jamais visto por aqui. A estrela de três pontas da Mercedes certamente seduziria compradores dispostos a adquirir produtos mais luxuosos. Mas era preciso correr, pois os concorrentes também estavam de olho no mercado promissor. Em 1999, a montadora inaugurou, enfim, uma fábrica em Juiz de Fora, Minas Gerais, a um custo de 820 milhões de reais. A expectativa era produzir 70.000 carros por ano. O principal produto da fábrica seria um modelo compacto, o Classe A.

Em quase seis anos de atividade, a fábrica jamais atingiu a produção estimada. O fracasso levou a matriz a anunciar que a produção estimada. O fracasso levou a matriz a anunciar que a produção do Classe A será cancelada a partir de setembro. Numa espécie de operação “tapa-buraco”, a Mercedes vai tentar ressuscitar a montagem de outro modelo, o Classe C, que já vem semi-pronto da Alemanha. Com cerca de 1.100 funcionários – cujos salários somam quase 1,6 milhão de reais por mês - , a fábrica de Juiz de Fora hoje trabalha apenas 20 horas por semana. Até fevereiro de 2006, um acordo coletivo impede a montadora de fazer demissões em massa. Depois disso, ela corre sério risco de ser fechada.

O que separa o sonho de grandeza da realidade angustiante é uma sucessão de decisões equivocadas tomadas na matriz da Daimler-Chrysler na Alemanha. Não é possível dizer que os executivos da montadora tenham errado por inexperiência ou incompetência. Por várias razões, à época aparentemente corretas, a Daimler-Chryler decidiu erguer uma fábrica no Brasil. Tomar decisões erradas é um risco a que todas as empresas estão sujeitas. Inclusive - e sobretudo – as bem-sucedidas. Isso é o mais assustador. Inebriadas pelas conquistas, elas acabam por se tornar autoconfiantes demais e costumam deixar de lado a disciplina necessária para a tomada de decisões.

Vários destes elementos estiveram presentes na decisão de construir a fábrica em Juiz de Fora: arrogância, autoconfiança, precipitação, imediatismo, indisciplina, ganância e imitação da manada. A subsidiária brasileira não foi consultada sobre o assunto. “Esse pessoal vinha para cá sem saber nem o que era ICMS”, afirma um ex-executivo da Daimler-Chrysler. Os alemães explicavam seu entusiasmo e sua pressa com previsões de crescimento espetaculares. A fábrica mineira foi considerada a mais moderna da companhia no mundo durante três anos consecutivos. Infelizmente, esse colosso de tecnologia tem tido uma ociosidade de quase 95%. “Ao contrário das concorrentes, a Mercedes apostou num modelo desenvolvido na Europa, sem adaptá-lo ao mercado brasileiro”, diz Capellano, diretor da consultoria Roland Berger. Com um dos mais baixos índices de nacionalização de peças – em torno de 60% -, O Classe A sofreu um duro impacto cambial. Ao optar por instalar uma fábrica num país de economia instável, teria sido prudente manter um plano B. Mas a montadora só pensou em uma alternativa depois que o estrago estava feito.

A sucessão de erros da Mercedes está longe de representar um fenômeno isolado no mundo empresarial. Num mundo de mudanças cada vez mais rápidas e de concorrência aterradora, as empresas se transformam numa espécie de campo minado. É praticamente impossível que seus executivos não pisem numa dessas armadilhas em algum momento. O preço da cautela absoluta é a imobilidade – e, em longo prazo, a morte. O que diferencia um estrago grande do outro menor é a velocidade de reação e a capacidade de aprender com os erros – e não repeti-los.

No setor farmacêutico, o laboratório Merck perdeu 28 bilhões de dólares de seu valor de mercado, desde agosto de 2004, por não ter avaliado corretamente e comunicado à opinião pública os riscos associados ao antiinflamatório Vioxx. Em 2000,um ano após o lançamento do Vioxx, pesquisas da empresa indicaram que o remédio poderia acarretar problemas cardiovasculares. A Merck não parou de vendê-lo. Em 2004, a empresa se viu obrigada a retirar o Vioxx das prateleiras de 80 países - essa, sim, uma decisão acertada. Meses depois, uma análise de Food and Drug Administration avaliou que os benefícios do remédio superariam os riscos. Com a imagem desgastada, a Merck optou por não voltar a oferecer o Vioxx, medicamento mais vendido pela Merck no mundo. No mundo da tecnologia, um dos mais pródigos em derrapadas célebres, a Motorola chegou a torrar 6 bilhões de dólares do Iridium, um sistema de telefonia via satélite que se mostrou ultrapassado diante do avanço do celular – os 66 satélites do sistema tiveram de ser abandonados em plena estratosfera. É fato, portanto, que grandes empresas erram, que erram feio e que seus erros custam muito caro aos acionistas e controladores.

Fragmento do texto de Cristiane Correa e Cristiane Mano publicado no portal Exame de 20 de maio de 2005(Adaptado).

INSTRUÇÃO: As questões de 1 a 10 dizem respeito ao conteúdo do TEXTO 1. Leia –o atentamente antes de respondê-las. Escolha a melhor resposta para cada questão e marque- a em seu Cartão Respostas.

1. O TEXTO 1 tem por objetivo principal

A) apontar a fragilidade dos planos da Daimler-Chrysler em relação à instalação da fábrica da Mercedes-Benz no Brasil.

B) apresentar justificativas para urgência de serem detectados os vários erros cometidos no mundo empresarial.

C) esclarecer o cidadão brasileiro sobre as dificuldades enfrentadas pelos empresários que investem em tecnologia.

D) evidenciar a ocorrência e o custo de deliberações equivocadas tomadas em empresas idôneas e bem-sucedidas.

E) expor sobre a decisão democrática relativa às resoluções assumidas em grandes empresas no âmbito internacional.

2. Em relação à composição textual do trecho em que é relatado o caso da fábrica da Mercedes-Benz no Brasil., considere as seguintes afirmativas.

I. No primeiro parágrafo, apresenta-se o sonho da Mercedes-Benz na década de 1990: instalar sua fábrica na Brasil, país aparentemente promissor para a produção de carros luxuosos.

II. No segundo parágrafo, constata-se a realidade da Mercedes-Benz: a fábrica não atinge sua meta, a matriz decide cancelar a produção do modelo Classe A e não há plano alternativo.

III. No terceiro parágrafo, examinam-se as razões de haver perigo de a fábrica de Mercedes-Benz ser fechada; dentre elas, estariam algumas decisões tomadas pela Daimler-Chrysler e os desacertos indesejáveis temidos pelas empresas em geral.

IV. No quarto parágrafo, são apresentados aspectos positivos e negativos em relação à fábrica mineira da Mercedes-Benz, considerados pela montadora, antes do fracasso de vendas.

Estão CORRETAS

A) apenas I e II.

B) apenas I e III.

C) apenas II e IV.

D) apenas III e IV.

E) apenas I, II e III.

3. Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) quanto ao que se pode afirmar sobre o conteúdo do TEXTO 1.

( ) A seqüência de falhas da Mercedes-Benz representa um fenômeno excepcional num mundo de transformações cada vez mais aceleradas.

( ) Em alguma ocasião, é possível que executivos pisem em armadilhas e a conseqüência disso pode depender da velocidade de reação aos erros por eles cometidos.

( ) Empresas podem errar e tomar decisões acertadas para não colocarem em risco suas imagens, como aconteceu com a Merck.

A seqüência CORRETA é

A) V V V

B) F V F.

C) V F V.

D) F V V.

E) V F F.

4. É INCORRETO afirmar que, segundo as autoras do texto, as decisões erradas

A) procedem do abandono de disciplina indispensável para serem tomadas.

B) resultam da inexperiência e da incompetência de executivos das grandes empresas.

C) revelam acordos comprometedores que colocam em risco os investimentos da empresa.

D) são geradas por conjecturas precipitadas em que se fundamentam os executivos.

E) têm como base prognósticos que dispensam a realização de estudos e consultorias.

5. No desenvolvimento da argumentação do texto, as autoras recorrem

I. ao exame de acontecimentos.

II. à comparação entre os fatos.

III. à análise de dados estatísticos.

IV. à elaboração de algumas definições.

Está(ão) CORRETA(S)

A) apenas I.

B) apenas IV.

C) apenas I e II.

D) apenas III e IV.

E) I, II, III e IV.

6. Assinale a alternativa cuja idéia NÃO pode ser comprovada no texto.

A) A empresa que não reage a um erro cometido ou que demonstra muita precaução para reagir ao erro pode fracassar.

B) O excesso de prudência dos executivos conduz a uma imobilidade indesejável que pode levar ao fim da empresa.

C) A rapidez com que um erro é reparado é diretamente proporcional às dimensões de seus efeitos na empresa.

D) As conseqüências de uma tomada de decisão dependem da aptidão da empresa para aprender com seus erros.

E) O aprendizado da empresa a partir do reconhecimento das decisões erradas garante a recuperação de seus investimentos.

7. Leia este trecho.

“Vários destes elementos estiveram presentes na decisão de construir a fábrica em Juiz de Fora: arrogância, autoconfiança, precipitação, imediatismo, indisciplina, ganância e imitação da manda.”[linhas 23 e 24]

É INCORRETO afirmar que, nesse contexto, as palavras arrogância, autoconfiança, precipitação, indisciplina e ganância significam, respectivamente,

A) ousadia, convicção, inquietação, indolência, insensatez.

B) altivez, auto-estima, afoiteza, anarquia, ambição.

C) soberba, segurança, ímpeto, desordem, avidez.

D) orgulho, firmeza, arrojo, desobediência, cobiça.

E) empáfia, confiança em si, risco, rebelião, cupidez.

8. Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) quanto às conclusões a que conduzem as informações contidas no TEXTO 1.

( ) O fato da subsidiária de uma empresa não ser consultada sobre as decisões tomadas na matriz pode ser prejudicial à saúde dessa empresa.

( ) O entusiasmo e a pressa de um crescimento espetacular levam a investimentos em tecnologia de ponta adaptada ao mercado.

( ) A concorrência infunde pavor nos executivos, que vivem em um campo minado e estão sujeitos a caírem em armadilhas em algum momento.

( ) As grandes empresas erram e seus erros custam muito mais caro aos acionistas do que aos controladores.

A seqüência CORRETA é

A) V F V F.

B) V V F F.

C) F V F V.

D) F F V V .

E) V F F F.

9. Em relação ao caso do laboratório Merck, considere as seguintes afirmativas.

I. Assim que tomou conhecimento de que seu produto, o antiinflamatório Vioxx, poderia acarretar problemas cardiovasculares, a empresa parou de vendê-lo.

II. O medicamento Vioxx foi mantido fora das prateleiras de 80 países, apesar da constatação de que os benefícios desse remédio superam os riscos.

III. A empresa interrompeu a comercialização do medicamento mais vendido no mundo, com vistas a preservar a integridade de sua imagem no setor farmacêutico.

Está(ão) CORRETA(S)

A) apenas I.

B) apenas II.

C) apenas I e II.

D) apenas II e III.

E) I, II e III.

10. Leia este trecho.

“No mundo da tecnologia, um dos mais pródigos em derrapadas célebres, a Motorola chegou a torrar 6 bilhões de dólares no Iridium, um sistema de telefonia via satélite que se mostrou ultrapassado diante do avanço do celular – os 66 satélites do sistema tiveram de ser abandonados em plena estratosfera.”[linhas 49-52]

É CORRETO afirmar que o termo em negrito

A) “que se mostrou ultrapassado” refere-se a “um sistema de telefonia via satélite”.

B) “tiveram de ser” ao ser substituído pelo termo “que”, altera o sentido de “abandonados”.

C) “chegou a torrar” caracteriza-se como um regionalismo, uma expressão de uso erudito.

D) “ultrapassado” pode ser substituído por “ultrapassada” sem ter alterada sua referência.

E) “um dos mais pródigos em derrapadas célebres” refere-se a “Motorola”.

TEXTO 2

Um pouco de caos pode fazer bem

A Motorola cresce em meio a uma espécie de caos administrado. No início da década de 1990, a empresa era pouco mais que uma representação comercial da matriz; em 1997, a subsidiária brasileira faturou cerca de 630 milhões de dólares.

O engenheiro eletrônico Ophir Toledo entrou na Motorola há apenas oito meses, vindo da área de iluminação da Philips, e é o atual presidente da empresa no Brasil. Segundo Toledo, a Motorola se organiza para não ser engolida por sua própria febre de crescimento com mínimo possível de coordenação. “Quando maior for o controle, mais lento será o processo de crescimento, maior será a paralisia. Precisamos de rapidez.” Segundo ele, os funcionários da Motorola são treinados para ter autonomia de decisão. “Cada unidade de negócio tem de fazer acontecer”, diz Toledo, “e minha missão é manter todas elas correndo na mesma direção.”

Esse é o jeito de administrar que o mercado impõe à Motorola. Nos próximos cinco anos, estima-se que o número de telefones celulares em uso no Brasil passe de 6 milhões para 23 milhões de unidades. Esse é o tipo de mercado no qual rapidez nunca é demasiado. Ou você chega na frente ou os concorrentes chegam.

Christopher Galvin, o presidente mundial da Motorola, talvez saiba disso melhor do que ninguém. Em janeiro deste ano, ele enviou um memorando a seu quadro executivo declarando que a Motorola havia se tornado arrogante, dogmática e mais lenta do que poderia para se adaptar a novas situações. Até 1995, a Motorola mundial registrava uma das mais elevadas taxas de crescimento de vendas e de lucros entre as multinacionais americanas. Mas, nos últimos tempos, a empresa deixou de antecipar as necessidades do cliente. Um de seus grandes erros foi demorar em colocar sua tecnologia digital no mercado.

A opção preferencial da subsidiária brasileira pelo crescimento acelerado por vezes significou ir além dos planos dessa corporação vagarosa. Há cerca de três anos, os executivos da matriz decidiram que era preciso instalar fábricas no Brasil. Escolheram Jaguariúna, no interior de São Paulo, e iniciaram os estudos de implantação. “O pessoal de celulares achou que não havia tempo a perder com muitas análises”, diz o diretor-geral do parque industrial e tecnológico de Jaguariúna.

Mais deixar que cada um seja dono de seu próprio nariz também traz armadilhas. Na Motorola, cada uma das áreas sempre funcionou com suas próprias políticas de desenvolvimento, venda e distribuição. No mundo todo, executivos do setor de celulares competiam com os de pagers, que por sua vez tentavam tirar clientes do pessoal de rádio. Essa estrutura fez parte da cultura da Motorola durante décadas. Por um bom tempo, deu agilidade a uma empresa de 150.000 funcionários e faturamento anual de quase 30 bilhões de dólares. Mas também gerou um clima de guerra e de desperdício de dinheiro e de experiências. Os mesmos erros eram cometidos pelas várias unidades. E esforços de desenvolvimento de produto foram repetidos por seus executivos.

Tradicionalmente, as unidades industriais dos vários setores ficam totalmente separadas. “O risco de criação de feudos é uma das dores do crescimento”, diz Toledo. “Temos de enfrentá-lo. Todos aqui têm de sentir parte de uma mesma empresa, ter uma missão única.”

Texto de Claúdia Vassallo publicado na revista Exame(edição 661) de 06 abril de 1998(Adaptado), disponível no portal Exame.

INSTRUÇÃO: As questões de 11 a 16 dizem respeito ao conteúdo do TEXTO 2. Leia-o atentamente antes de respondê-las. Escolha a melhor resposta para cada questão e marque-a em seu Cartão de Respostas.

11. Considerando as informações do TEXTO 2, é CORRETO afirmar que o caos administrado resulta

A) do fortalecimento da empresa e do crescimento do faturamento da matriz e das subsidiárias.

B) da independência na participação de executivos que ocupam posições estratégicas na empresa.

C) da ascensão da imagem do coordenador como um gestor liberal e hábil para delegar funções.

D) da necessidade da agilização das deliberações decisivas mediante as exigências do mercado.

E) do modo centralizador pelo qual os administradores e suas equipes de trabalho tomam decisões.

12. A afirmativa de que “O risco de criação de feudos é uma das dores do crescimento”(linhas 35 e 36) denuncia a existência de

I. um método em que se focalizam exclusivamente as metas de cada unidade da empresa e em que se desconsideram interesses de outros setores.

II. um processo em que os gestores são compelidos a resolver os mesmos problemas, desenvolvendo isoladamente aptidões profissionais.

III. um recurso eficiente em despertar a competitividade dentro de uma empresa, revelador das vantagens da formação de equipes autônomas.

IV. uma condição que fomenta a formação de tribos dentro de uma mesma empresa e promove uma emancipação dos diferentes setores da empresa.

Está(ão) CORRETA(S)

A) apenas I.

B) apenas II.

C) apenas III e IV.

D) apenas I, II e IV.

E) I, II, III e IV.

13. Assinale V(verdadeiro) ou F(falso) quanto ao que se pode afirmar sobre o conteúdo do TEXTO 2.

( ) Ao deixar de ser uma representação comercial da matriz, a empresa se obriga a demonstrar independência na tomada de decisões e a aumentar seu faturamento.

( ) O investimento no treinamento dos funcionários para atuarem nas resoluções de uma empresa potencializa a velocidade de seu crescimento.

( ) O controle tende a tornar menos moroso o processo de desenvolvimento da empresa porque incide sobre a análise prévia das necessidades do mercado.

A seqüência CORRETA é

A) F V F.

B) V V V.

C) F F F.

D) V F V.

E) F F V

14. Os enunciados a seguir iniciam-se com a conjunção MAS.

I. “Mas, nos últimos tempos, a empresa deixou de antecipar as necessidades do cliente.”(linhas 19 e 20)

II. “Mas deixar que cada um seja dono de seu próprio nariz também traz armadilhas.”(linha 27)

III. “Mas também gerou um clima de guerra e de desperdício de dinheiro e de experiências.”(linhas 32 e 33)

A conjunto mas desses enunciados explicita, respectivamente, uma relação de

A) oposição, conseqüência, adição.

B) adição, concessão, finalidade.

C) oposição, adição, adição.

D) oposição, oposição, oposição.

E) adição, oposição, conseqüência.

15. Leia os trechos retirados do TEXTO 2.

I. “O pessoal de celulares achou que não havia tempo a perder com muitas análises”[...](linhas 25 e 26)

II. [...] “a Motorola se organiza para não ser engolida por sua própria febre de crescimento”[...](linhas 5 e 6)

III. “Cada unidade de negócio tem de fazer acontecer”[...](linha 9)

IV. “Na Motorola, cada uma das áreas sempre funcionou com suas próprias políticas de desenvolvimento, vendas e distribuição.”(linhas 27-29)

O(s) trecho(s) que comprova(m) o(s) benefício(s) da tese do “caos” defendida no TEXTO 2 é(são)

A) I.

B) II e III.

C) I e IV.

D) II, III e IV.

E) I, III e IV.

16.Leia as assertivas a seguir.

I. Estimava-se que, em 2003, a quantidade de telefones celulares em uso no Brasil aumentasse em 23 milhões de unidades.

II. Em 1998, o presidente mundial da Motorola enviou um memorando a seus executivos afirmando que a empresa havia se tornado autoritária e mais vagarosa do que deveria para se adequar a novas situações.

III. Em 1995, aproximadamente, os executivos da matriz decidiram que era preciso desativar fábricas do Brasil para competirem em outras áreas.

IV. Durante anos, a Motorola teve um faturamento anual de cerca de 30 bilhões de dólares, e, em 1998, a cultura da empresa consolidou o sucesso na delegação de decisões aos executivos das diversas unidades.

A(s) assertiva(s) que pode(m) ser confirmada(s) no TEXTO 2 é(são)

A) apenas I.

B) apenas II.

C) apenas III.

D) apenas IV.

E) I, II, III e IV.

INSTRUÇÃO: As questões de 17 a 20 dizem respeito ao conteúdo dos TEXTOS 1 e 2. Escolha a melhor resposta para cada questão e marque-a em seu Cartão Respostas.

17. A idéia comum aos TEXTOS 1 e 2 é que

A) a subsidiária de uma empresa no exterior fortalece o crescimento de sua matriz.

B) o aumento de uma demanda exige maior foco na administração de uma empresa.

C) o mercado impõe maneiras nem sempre convencionais de gestão empresarial.

D) a concorrência conduz à antecipação da tomada de decisões regulares e precisas.

E) a administração de uma empresa não depende de autonomia de seus executivos.

18. Com base na leitura do TEXTO 1 e do TEXTO 2, é INCORRETO afirmar que as empresas correm risco de

A) avaliarem o mercado dos seus produtos, depois de investirem em suas fábricas.

B) deixarem de alertar os consumidores sobre os perigos associados aos seus produtos.

C) encerrarem, provisória ou definitivamente, o seu funcionamento.

D) estarem sujeitas a decisões tomadas por empresas concorrentes.

E) permitirem a formação de grupos cuja meta é o sucesso do setor em que atuam.

19. Em todas as alternativas, há trechos do TEXTO 1 e do TEXTO 2 em que foi empregada linguagem coloquial ou figurada, EXCETO em

A) [...] “os concorrentes também estavam de olho no mercado promissor.”

B) “Numa espécie de operação “tapa-buraco”, a Mercedes vai tentar ressuscitar a montagem”[...]

C) [...] “a montadora só pensou em uma alternativa depois que o estrago estava feito.”

D) “Mas deixar que cada um seja dono de seu próprio nariz também traz armadilhas.”

E) “Todos aqui têm de se sentir parte de uma mesma empresa, ter uma missão única.”

20. A leitura do TEXTO 1 e do TEXTO 2 aponta para a necessidade de os executivos

I. evitarem erros como a repetição de esforços de desenvolvimento de produto.

II. participarem de grupos de discussão a fim de melhorarem sua auto-estima.

III. aperfeiçoarem seus funcionários e a capacitá-los a administrarem seu tempo.

IV. concentrarem esforços com vistas à conquista do crescimento global da empresa.

V. preservarem seus setores e unidades contra o desperdício do dinheiro da empresa.

Estão CORRETAS

A) apenas I e II. B) apenas II e IV. C) apenas III e IV .D) apenas I, III e V E) apenas, I, IV e V

GABARITO:

|01 D |02 B |03 B |04 B |05 C |

|06 E |07 A |08 A |09 B |10 A |

|11 D |12 D |13 A |14 C |15 E |

|16 B |17 C |18 D |19 E |20 E |

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