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Dia 13 de fevereiro

Dia Mundial do Rádio. Dia Nacional do Ministério Público.

Santos do Dia: Benigno/ Gregório/ Catarina de Ricci/ Maura de Ravena.

Faltam 321 anos para terminar o ano (322 em anos bissextos).

Dia Mundial do Rádio

“Brasileiro não vive sem rádio”

José Carlos “Garotinho” Araújo (1940 - ), locutor esportivo.

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O Dia Mundial do Rádio foi instituido em 2011 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em homenagem à primeira emissão de um programa da Rádio das Nações Unidas (United Nations Rádio), criada em 13 de fevereiro 1946. A transmissão foi feita simultaneamente para um grupo de seis países.

Em 20 de setembro de 2010, atendendo um pedido da União Espanhola de Radio, a Espanha propôs que o Conselho Executivo da UNESCO incluisse um ítem da agenda sobra a proclamação do Dia Mundial do Rádio.

A UNESCO realizou uma ampla consulta em 2011 com diversas partes interessadas, como associações de radiodifusão, agências da ONU, fundos e programas relevantes de ONGS, fundações e agencias bilaterais de desenvolvimento, bem como Delegações Permanentes e Comissões Nacionais da UNESCO.

Em Dezembro de 2012, a Assembléia Geral da ONU endoçou a proclamação do Dia Mundial do Rádio, que se tornou uma data a ser celebrada por todas a agências, fundos e programas da ONU e seus parceiros.

O objetivo do Dia Mundial do Rádio é conscientizar o público da importância do rádio e incentivar os tomadores de decisão a utilizá-lo para fornecer acesso à informação e melhorar a cooperação internacional entre as emissoras.

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Padre Landell de Moura

O padre e cientista Roberto Landell de Moura é um dos pioneiros na descoberta do telefone sem fio (ou rádio, como é hoje conhecido), o precursor da radiotelefonia, e pioneiro da própria televisão. Nascido em Porto Alegre (RS) em 21 de janeiro de 1861, frequentou a Escola Pública do Professor Hilário Ribeiro, e mais tarde entrou para o Colégio do Professor Fernando Ferreira Gomes.

Em 1872, Landell de Moura entrou para o Colégio Jesuíta de Nossa Senhora da Conceição de São Leopoldo, onde concluiu o curso de Humanidades. A seguir, foi para o Rio de Janeiro, matriculando-se na Escola Politécnica.

Em 1878, mudou-se para Roma e matriculou-se no Colégio Pio Americano e na Universidade Gregoriana onde, em 28 de outubro de 1886, foi ordenado padre. Voltou ao Rio de Janeiro em 1886 e iniciou uma série de diálogos com o Imperador Dom Pedro II (1825 – 1891), expondo suas ideias sobre transmissão do som e da imagem. Em 1892, em São Paulo, Landell de Moura realizou várias experiências públicas na tentativa de obter patrocinadores, mas não obteve sucesso. Em 1893, em Campinas, depois de demonstrar seus experimentos, ele foi acusado de ter pacto com o diabo, quando alguns fiéis enfurecidos destruíram todos os seus aparelhos, ferramentas e utensílios. Falar de um lugar para outro sem o uso de fios era “coisa do diabo”.

O rádio: filho bonito tem muitos pais

Em 1899, o padre Landell de Moura declarou:

  “Minha invenção pode garantir a comunicação com qualquer ponto da Terra, por mais afastados que eles estejam um do outro. Futuramente, meus aparelhos servem até mesmo para as comunicações interplanetárias.”

Em 16 de julho de 1899, o jornal O Estado de São Paulo noticiava que o Padre Landell de Moura havia efetuado a primeira transmissão de voz humana sem o uso de fios, a uma distância de oito quilômetros em linha reta, a partir do Colégio Santana, zona norte da capital até o local onde hoje é a Avenida Paulista:

“Hoje, ás nove horas da manhan, no Collégio das Irmãs de S. José, em Sant’ Anna realizar-se-a uma experiencia de telephonia sem fios, com apparelhos inventados pelo revdmo. Padre Landell de Moura. O Sr. Padre Landell de Moura, que convidou para este acto varias auctoridades, homens de sciencia e representantes da imprensa, fará uma preleção antes de proceder ás experiencias do seu invento".

Landell de Moura também efetuou demonstrações públicas de seu invento no dia três de junho de 1900, conforme noticiou o Jornal do Commércio em 10 de junho de 1900:

“No domingo próximo passado, no Alto de Sant’anna, cidade de S. Paulo, o Padre Roberto Landell, fez uma experiencia particular com varios apparelhos de sua inveção, no intuíto de demonstrar algumas leis por elle descobertas no estudo da propagação do som, da luze da electricidade atravez do espaço, da terra e do elemento aquoso, as quais foram coroadas de exito. Esses apparelhos eminentemente praticos são como tantos collorarios deduzidos das leis supracitadas. Assistiram a esta prova, entre outras pessoas, Percy Charles Parmenter Lupton, representante do governo britânico, e sua família".

Em nove de março de 1901, Landell recebeu no Brasil a patente N° 3 279 para um “aparelho destinado à transmissão fonética à distância, com fio ou sem fio, através do espaço, da terra e do elemento aquoso”. Nos Estados Unidos, ele obteve, em 11 de outubro de 1904, a patente de número 771 917, para seu "transmissor de ondas" e, em 22 de novembro do mesmo ano, as patentes de número 775 337, para um "telefone sem fio", e 775 846, para um "telégrafo sem fio, que poderiam funcionar através da luz ou de ondas de rádio, com ou sem fio.  

Em 1902, o jornal norte-americano The New York Herald publicou extenso artigo abordando experiências de cientistas de vários países, inclusive do padre Landell, cujo trabalho foi apresentado através de ilustração.

"Por entre os cientistas, o brasileiro Padre Landell de Moura é muito pouco conhecido. Poucos deles tem dado atenção aos seus títulos para ser o pioneiro nesse ramo de investigações elétricas. Mas antes de Brighton e Ruhmer, o Padre Landell, após anos de experimentação, conseguiu obter uma patente brasileira para sua invenção, que ele chamou de Gouradphone”.

Não conseguindo no Brasil ajuda para continuar as suas pesquisas, e nem para construir aparelhos em escala industrial, Landell de Moura se mostrou forçado a abandonar seus estudos científicos. Dessa forma, por falta de apoio oficial e recursos financeiros, o padre brasileiro foi preterido pela História, que declarou o italiano Guglielmo Marconi O Pai da Radiodifusão.

Entretanto, por justiça, Landell de Moura não merece ser relegado a um plano inferior, mas sim, efetivamente ser reconhecido como um dos precursores dele, uma vez que, a partir de registros como aquele veiculado pelo Estadão em 16 de julho de 1899, o crédito pela invenção desse meio de difusão de notícias e divertimento chamado Rádio deveria ser conferido ao padre brasileiro, por ele promover a transmissão, no final do Século 19, da voz humana à distância por meio de uma onda eletromagnética. Então, podemos considerar que o Padre Landell de Moura foi precursor nas transmissões de vozes utilizando um equipamento sem fio. Suas patentes afirmam isso.

Em 1984 a CIENTEC (Fundação de Ciência e Tecnologia) construiu uma réplica daquele que pode ser o primeiro aparelho de rádio do mundo: o Transmissor de Ondas, patente norte-americana Nº. 771 917 de 11 de outubro de 1904. Esta réplica encontra-se em exposição no saguão da Fundação Educacional e Cultural Padre Landell de Moura, em Porto Alegre. O religioso e cientista brasileiro morreu de tuberculose no anonimato, pobre e endividado aos 67 anos, em 30 de junho de 1928.

Guglielmo Marconi

O físico e inventor Gugliermo Marconi, mais tarde Marques Gugliermo Marconi, nascido em Bolonha, Itália em 25 de abril de 1874 é celebrado como o inventor do telégrafo sem fio. Ele mostrava, desde pequeno, a vocação para resolver questões relacionadas à química e a física. Aos 12 anos, aprendeu a lidar com o Código Morse com um velho cego, que era telegrafista aposentado. Quando teve notícias pela primeira vez da existência das ondas hertzianas - imaginadas pelo físico britânico James Clerck Maxwell (1831 – 1879) em 1873 e demonstradas em 15 de março de 1888 pelo físico alemão Henrich Rudolph Hertz (1857 – 1894) - Marconi admitiu que elas podiam ser utilizadas na transmissão telegráfica, sem o auxílio de fios. Em 1894, ele conseguiu seu primeiro avanço, ao transmitir um toque de sino numa sala de sua casa, a dez metros de distância. Depois disso, seguiram-se outras experiências, cobrindo espaços cada vez maiores.

Na primavera de 1895, Marconi realizou testes de transmissão de um sinal de Código Morse em Trieste, Itália, através das ondas eletromagnéticas, a uma distância de 400 metros e depois pela distância de dois quilômetros, inaugurando assim o serviço de telégrafo sem fio. Através de uma sucessão de ideias, o que Marconi fez - baseado em estudos apresentados por Nikola Tesla (1856 – 1943) - foi criar um conjunto de equipamentos capazes de guiar e transmitir os “titiritis” da invenção de Samuel Finley Morse (1791 – 1872), e receber essas ondas a partir do oscilador de Hertz, de uma antena inventada pelo físico russo Aleksander Stepánovich Popov (1859 – 1906) e de um coesor de Édouard Branley (1844 – 1940).

A história aponta que Guglielmo Marconi vai se tornar um industrial hábil e empreendedor; no futuro, saberá, como poucos, explorar os privilégios advindos das patentes. Aos 22 anos, quando sentiu que poderia transformar seus experimentos num negócio prático e comercial, procurou o governo italiano, mas o Ministério dos Correios e Telégrafos enjeitou. Então, em fevereiro de 1896 ele foi para Londres, levando consigo todas as suas ferramentas e aparelhos. Na Inglaterra, as autoridades logo perceberam que tinham em mãos uma invenção revolucionária, capaz de tornar possível a comunicação entre os navios em alto mar. Desde o final do Século 17 até meados do Século 20, a Marinha Real Britânica (Royal Navy) era a armada mais poderosa do mundo.

Em 20 de março de 1897, Marconi formou a The Wireless Telegraph and Signal Company, destinada a lidar com a transmissão do telégrafo sem fio a longa distância. Com isso, ele recebeu metade das ações da companhia, e mais 15 mil libras esterlinas em dinheiro. Logo, sua firma se transformou numa das empresas de fabricação mais bem-sucedidas do Reino Unido. Então, o jovem físico italiano se tornou rico, com apenas 23 anos de idade.

No mesmo ano de 1897, a primeira estação radiotelegráfica construída na Ilha de Wight, na costa sul da Inglaterra, entrou em contato com um navio que se achava a 28 quilômetros de distância. Em 1899, utilizando uma antena muito elevada denominada por ele de detector, Marconi transmitiu sinais de Código Morse a 140 quilômetros através do Canal da Mancha. Em 1901, uma transmissão da Córsega foi captada no continente. A primeira ligação entre a Europa e a América foi estabelecida pela The Wireless Telegraph and Signal Company em 12 de dezembro de 1901. Naquele dia, ele emitiu um sinal de ondas de rádio através do Oceano Atlântico, transmitindo da Estação de Poldhu, na Cornuália, Inglaterra. Três anos depois, a companhia fundada por ele já produzia centenas de aparelhos, utilizados principalmente em navios.

Depois de explorar todas as possibilidades das ondas longas, o físico italiano iniciou suas pesquisas com as ondas curtas. Segundo escreveu sua filha Degna Paresce Marconi no livro Meu Pai, Marconi (My Father, Marconi) lançado nos Estados Unidos em 1962, pela McGraw-Hill Book Company, inc. – foi somente em 1927 que Gugliermo transmitiu a voz humana pela primeira vez, da Inglaterra para a Austrália.

Acompanhando as invenções em constante evolução, bem como as novidades do campo tecnológico ao longo da minha existência, verifico que nenhuma ideia desenvolvida pela inteligência humana desperta tanto a atenção e admiração quanto o rádio. O ato de fazer trafegar o bip cifrado do Código Morse por meio de um cabo metálico por quilômetros a fio - sem trocadilho - foi um feito extraordinário. Imaginou o que representou para a humanidade a descoberta da existência das ondas eletromagnéticas invisíveis (ondas de rádio) e quando ficou provada a possibilidade de promover sua propagação pelo espaço sem o uso de fio? Isto é fantástico! Por certo, várias cabeças geniais pensantes merecem nossa admiração, e com justiça, receber os créditos por promover a cadeia evolutiva que cerca o rádio, este incrível fenômeno de comunicação.

Salve! James Clerck Maxwell (1831 -1879), Henrich Rudolph Hertz (1857 1894), Édouard Branley (1844 – 1940), Aleksander Stepánovich Popov (1859 – 1906), Michael Faraday (1791 -1867), Nikola Tesla (1856 – 1943), Thomas Alva Edison (1847 – 1931), Oliver Lodge (1851- 1940), Lee De Forest (1873 – 1961), Gugliermo Marconi (1874 – 1937). E... Roberto Landell de Moura (1861 – 1928).

“Eu não inventei nada. Eu redescobri”

Auguste Rodin (1840 -1917), escultor francês

Fruto de uma criatividade fantástica, são notáveis os dois filmes comerciais criados para divulgar o canal de TV por assinatura Futura e veiculados no rádio e na televisão entre 2009 e 2011. A interpretação desses textos aponta o caminho para o desenvolvimento de nossa proposta, que é abrir a cortina de fumaça que não nos deixa enxergar com clareza como se desenrolaram os acontecimentos que envolvem a história das invenções; e ao mesmo tempo, tentar mostrar quem realmente merece os créditos pelas suas respectivas paternidades.

“Já inventaram a roda, a pólvora, a escrita; já inventaram o papel, o clipe, o sanduíche, a pílula, o relógio, o cinema, o plástico, o saca-rolha, a guitarra elétrica. Já inventaram o dry Martini, o banho quente, o protetor solar, a escova de dente; a anestesia e o computador, o sutiã, o macarrão, a lâmpada; e mesmo assim, amanhã alguém vai pensar em algo que ninguém nunca pensou antes.”

“Com apenas sete notas fizemos todas as músicas do mundo. Com 26 letras escrevemos todos os poemas. Apenas dez algarismos e com eles resolvemos qualquer conta. De três cores básicas criamos milhões de tonalidades e com 116 elementos químicos construímos tudo que existe. O conhecimento multiplica”.

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Muitas décadas de empenho humano e de esforço quase sempre coletivo em prol da prosperidade são fatores que nos permitem usufruir da herança que o passado nos legou. Entretanto, graças às modernas ferramentas desenvolvidas com o propósito de promover a dinamização das comunicações e o aumento do conhecimento humano, reparamos que, muito do que foi inventado aconteceu por pura obra do acaso; ou não passam de um constante aperfeiçoamento de conceitos anteriores, ou sucessão de ideias. E quanto mais nos aprofundamos no assunto Invenções, pesquisando principalmente em velhas publicações, várias delas encontradas perdidas nas prateleiras empoeiradas de algum sebo, verificamos que não existe consenso sobre quem inventou (ou quem fez primeiro) os milhares de produtos e artefatos criados pelo homem desde os tempos pré-históricos, bem como a ampla variedade de máquinas e ferramentas disponíveis nos diversos setores da vida moderna. Sendo assim, parece que o tema Quem Fez Primeiro é uma questão que nunca será resolvida. Por isso, convêm revermos com muito critério nossos conceitos sobre isso. E por justiça, nunca deixar de citar que todos os envolvidos em uma invenção ou descoberta merecem os créditos com forte destaque, porque certamente, trabalharam duro pesquisando por um longo tempo para aperfeiçoar ideias originais.

A par disso, verificamos que a História é recheada de narrativas sobre a trajetória de celebrados velhacos infiltrados entre os empreendedores honestos. Na busca desenfreada por fama e dinheiro, inescrupulosamente eles se transformaram em megaempresários à frente de verdadeiros impérios industriais monopolistas, na maioria das vezes, escudados por eficientes serviços de patentes. Mas como diz o sábio ditado popular,

“É preciso separar o joio do trigo”.

Nada contra os sistemas de patentes, pois essas concessões públicas conferidas pelo Estado são, por definição, o título de registro de invenções, de marcas de fábrica, de nomes de produtos comerciais e industriais e de direitos autorais. Instituição imprescindível, elas garantem ao detentor os direitos de prevenção e proteção contra terceiros fabricarem, usarem, venderem, oferecerem ou importar sua invenção; desde que sejam revelados todos os detalhes cínicos concernentes ao produto ou criação a serem protegidos. Assim é o procedimento padrão adotado pelas nações industrializadas. Sendo este é um tema muito delicado e apaixonante, discutir um assunto como este muitas vezes pode gerar conflitos de ideias. Melhor não! 7 – 78 – 85 – 186 - 248.

Galileu Galileu é detido pela Inquisição

1633. O físico, matemático, astrônomo e filósofo Galileu Galilei (1564 – 1642) é detido pela Inquisição da Igreja Católica. A publicação do livro Diálogo sobre os Dois Maiores Sistemas do Mundo em 1632 e as críticas abertas à física aristotélica e o sistema geocêntrico de Ptolomeu (90 - 168) custaram ao astrônomo a instauração de um processo pelo Tribunal do Santo Oficio, nome oficial da Inquisição, criada pela Igreja Católica para julgar e punir pessoas consideradas uma ameaça ao conjunto de leis desta instituição.

A publicação do livro Diálogo sobre os Dois Maiores Sistemas do Mundo em 1632, custou a Galileu a instauração de um processo pelo Tribunal do Santo Oficio. Única pessoa perseguida pela Inquisição por ter defendido teses estritamente científicas, ele foi obrigado a negar suas ideias publicamente. Não morreu queimado na fogueira, mas proibido de ensinar em público, foi banido para uma vila de Arcetri, perto de Florença, onde viveu em um regime de prisão domiciliar.

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Em 1980, o Papa João Paulo II (1920 – 2005) ordenou um reexame do processo contra ele e pôs fim a resistência à teoria heliocêntrica por parte da igreja Católica. Paulo II redimiu Galilei e Copérnico, que derrubaram a cosmologia cristã ao descobrir que a Terra não se achava no centro do universo. Em 31 de outubro de 1992, Galileu foi finalmente “perdoado” pela Igreja Católica Apostólica Romana. Galileu Galilei morreu aos 77 anos em Florença, em oito de janeiro de 1642, completamente cego pelas longas horas que passou no telescópio. 42 - 46 - 163.

Richard Wagner, morte

1883. Num dia como hoje, morria aos 70 anos em Veneza, Itália o maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta Richard Wilhelm Wagner. Inspirado pelas obras de Shakespeare e Beethoven, aos 20 anos estreou O Casamento, sua primeira ópera. Trabalhou como regente de coros e maestro na Alemanha, onde ganhou experiência sobre obras operísticas. Essa experiência marcou sua extensa obra, composta de 13 óperas. As mais importantes são Rienzi, O Navio Fantasma, Tânnhauser, O Crepúsculo dos Deuses, Tristão e Izolda e a Valquíria. Wagner renovou a ópera e escreveu vários artigos para divulgá-la.

Curiosamente, o compositor alemão possuía uma espécie de intimidade com o número 13: Ele nasceu em 1813; somando-se os algarismos da data, o resultado é 13; compôs 13 óperas, sendo que a primeira delas estreou em 13 de setembro de 1837; terminou sua famosa ópera Tânnhauser em 13 de abril de 1860, e estreou exatamente um ano depois: 13 de abril de 1861, mas não ela fez sucesso; contudo, em 13 de maio de 1865, Tânnhauser musical chamou a atenção do público; finalmente o maestro Richard Wagner morreu em Veneza, Itália em 13 de maio de 1883.

Richard Wilhelm Wagner nasceu em Leipzig, Alemanha, em 22 de maio de 1813. 20 – 36.

Epitácio Pessoa, morte

1924. Morre aos 57 anos em Petrópolis (RJ), o estadista e magistrado Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, o 12º presidente do Brasil. Foi deputado pela Paraíba na Assembleia Constituinte de 1890, ministro do Supremo Tribunal, senador pela Paraíba e ministro da Justiça do governo Campos Salles. Em janeiro de 1919, chefiava a delegação brasileira na Conferência de Paz de Versalhes, quando recebeu a notícia da morte do presidente eleito Rodrigues Alves (1848 - 1919). Como a lei previa novas eleições, lançou sua candidatura contra Ruy Barbosa (1849 – 1923). Quando regressou ao país em 20 de julho de 1919, era o novo presidente da república, eleito com uma diferença de mais de 100 000 votos. Em seu governo, determinou intervenção na Bahia, realizou uma reforma no exército, remodelou o Rio de Janeiro, fundou a primeira universidade federal no país e promoveu obras no nordeste, mas enfrentou problemas políticos no Maranhão e o Levante do Forte Copacabana, em 24 de julho de 1922, conhecido como Os 18 do Forte. Em 1923, foi nomeado juiz da Corte Internacional de Haia, cargo que ocupou até 1930. Epitácio Pessoa nasceu em Umbuzeiro, PB, em 23 de maio de 1823. 74.

Oliver Reed, nascimento

1938. Nasce em Londres, Inglaterra, o ator Robert Oliver Reed. Ele cresceu no subúrbio de Londres, e frequentou a Ewell Castle School em Surrey e, mais tarde, se alistou no Royal Army Medical Corps, antes de iniciar sua carreira de ator no final dos anos 1950. Começou em 1959, na série infantil The Golden Spur, ainda na Inglaterra. Seu primeiro papel importante em foi em a A Maldição do Lobisomem (The Curse of the Werewolf) em 1961, onde desempenhou o papel de um jovem que se transformou em uma fera peluda durante a lua cheia.

Oliver Reed passou a década de 1960 interpretando papéis coadjuvantes, e logo começou a atuar como ator principal na comédia O Sindicato do Crime (The Assassin Bureau), em 1969. Nesse mesmo ano, alcançou fama internacional no filme Mulheres Apaixonadas, ao lado de Alan Bates. Ao longo dos anos 1970, Oliver Reed desempenhou uma série de papéis variados em filmes que o tornaram internacionalmente conhecido. Nessa época, ele deu as mãos a três outros atores britânicos: Richard Burton, Richard Harris e Peter O'Toole, com quem se envolveu em bebedeiras e farras nos pubs de Londres. Isso acabou afetando sua carreira, que começou a decair.

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A imprensa especializada acreditava que, interpretando o personagem Antonio Próximo, de Gladiador, de Ridley Scott, a carreira de Oliver Reed levantasse novamente. As filmagens estavam sendo realizadas na cidade de Valetta, capital de Malta. Em dois de maio de 1999, num bar chamado The Pub, um grupo de marinheiros o reconheceu. Sabendo de sua fama de beberrão, os militares incitaram Oliver a participar de uma competição de bebidas. Dizem que, em apenas uma tarde, o ator, depois de jogar queda de braços com os marinheiros, conseguiu beber oito litros de cerveja alemã, meia garrafa de uísque, 12 doses de rum e algumas de conhaque, ganhando a competição. Completamente alterado, Oliver teve um mal súbito, desmaiando de repente. Socorrido pelos soldados, foi levado ao hospital rapidamente, mas morreu a caminho, aos 61 anos. Faltavam apenas três dias para o encerramento das filmagens de Gladiador. Em consequência, o personagem de Oliver Reed, Antonio Próximo, teve que ser “morto” para justificar sua ausência nas últimas cenas. Então, a produção lançou mão de imagens em closes do rosto de Oliver que foram escameadas e inseridas no corpo de um dublê; e assim, as gravações do filme foram encerradas, com uma despesa extra de três milhões de reais.

Em mais de 40 de carreira, Oliver Reed atuou em cerca de 80 filmes. Os mais importantes são: The Damned (1963), A Festa Acabou (The Party’s Over) (1963), The Debussy Film (1965), O Golpe do Século (The Jokers) (1967), Oliver! (1968), Mulheres Apaixonadas (Womens in Love) (1969), Os Demônios (The Devils) (1971), Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers) (1973), Os Filhos do Mêdo (The Broods) (1979), Inferno ou Paraíso (Castaway) (1986) e Gladiador (Gladiator) (2000). 41 – 78 – 147.

Segunda Guerra Mundial: destruição de Dresden

1945. A cidade alemã de Dresden é reduzida a uma pilha de destroços, depois de um violento ataque desfechado por 800 aviões britânicos. Este foi um dos mais controvertidos episódios da Segunda Guerra Mundial pela brutalidade do bombardeio, num momento em que a guerra já estava praticamente decidida. A chuva de bombas matou pelo menos 130 mil pessoas, 10 mil a mais do que as que morreram com as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, em seis e nove de agosto de 1945. Dresden era uma das cidades históricas mais importantes da Europa pelas suas construções do período barroco e rococó. 78.

A França detona sua primeira bomba atômica

1960. A França detona sua primeira bomba atômica em Reggane, sul da Argélia, tornando-se o quarto país do mundo a obter esse artefato bélico, ao lado dos Estados Unidos, da União Soviética e da Grã-Bretanha. A explosão da primeira bomba atômica francesa marcou o início de uma série de testes que se estenderam nos anos seguintes na África e no Oceano Pacífico. O acontecimento não foi bem aceito pelos países africanos da região do Saara. O Primeiro-Ministro de Gana, Kwane Nkrumah (1909 – 1972) anunciou o congelamento do dinheiro francês depositado nos bancos do país, até o final da avaliação dos possíveis danos causados com a explosão.

Em 1968, os franceses detonaram sua primeira bomba de hidrogênio. Em junho de 1995, o presidente Jacques Chirac (1932 – 2019) anunciou a retomada dos testes atômicos.

Nos meses seguintes, aconteceu uma série de manifestações contrárias à decisão do presidente francês. A Austrália cortou relações diplomáticas e os produtos franceses sofreram um boicote na Europa e no Japão. Com o prestígio seriamente abalado, Chirac não recuou, autorizando a explosão de uma outra bomba num teste subterrâneo no Atol de Mururoa, no Pacífico Sul, em cinco de setembro de 1995. A série de testes continuou até dezembro daquele ano, com a explosão de mais cinco bombas. 22.14.02.1960.

Jacqueline Silva, nascimento

1962. Nasce no Rio de Janeiro (RJ) a jogadora de voleibol Jacqueline Louise Cruz Silva, também conhecida como Jackie, a primeira atleta brasileira a ganhar uma Medalha de Ouro em Olimpíadas. Sagrou-se campeã nos Jogos de Atlanta em 1996, ano em foi eleita a Melhor Atleta do Brasil, pelo Comitê Olímpico Brasileiro. Ela foi a levantadora tiular de Seleção Brasileira de Volei nos Jogos de Moscou em 1980, e nos Jogosa de Los Angeles de 1984, depois de uma carreira no volei de praia começada aos 14 anos de idade.

Durante a década de 1980, Jackie deixou o Brasil e foi jogar na Europa, e depois nos Estado Unidos, onde aderiu ao volei de praia, tornando-se a melhor jogadora dessa modalidade daquele país do norte. Ganhou vários torneios e conquistou o primeiro lugar no ranking mundial. No início da década de 1990, formou parceria com Sandra Pires. Nos Jogos de Atlanta em 1996, na estreia do volei de praia como esporte olímpico, Jacquie e Sandra tornaram-se as primeiras mulheres brasileiras a conquistarem uma medalha de ouro olímpica em 100 anos de Olimpíadas. Jacqueline Silva encerrou a carreira como jogadora profissional para se dedicar à carreira de treinadora e ao ensino de crianças carentes.

Cruzeiro Novo: instituição

1967. Num dia como hoje, o governo Castelo Branco promoveu uma alteração no Cruzeiro, que sofrera uma enorme depreciação por conta do aumento da inflação. O Decreto Nº. 60.190, de oito de fevereiro de 1967 instituiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória. Pela nova regra, NCr$ (1 Cruzeiro Novo) equivalia a 1.000 cruzeiros do padrão vigente.

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O Banco Central não lançou  cédulas do novo padrão, apenas carimbou as notas antigas com o valor equivalente ao Cruzeiro Novo. Em 1970 foi suprimida a designação Novo, voltando a moeda a denominar-se Cruzeiro, até a criação do Cruzado em 1986.

“Nós nunca somos tão facilmente enganados quando imaginamos que estamos enganando os outros”.

Duque de La Rochefocauld (1613 – 1680)

Lidar com aquelas notas carimbadas de Cruzeiro Novo no início não foi fácil para o brasileiro. Como ainda não havia nenhum tipo de cartão de débito ou de crédito, preencher cheques requeria muita atenção, porque o texto do extenso ficou mais complexo. Por exemplo: Cr$ 4.750,00 (quatro mil, setecentos e cinquenta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco centavos). Por conta disso, muita gente levou prejuízo, quer por falta de atenção ou falta de conhecimento das novas regras. Alguns espertalhões se aproveitaram da ingenuidade de pequenos comerciantes, principalmente dos que tinham a necessidade que manipular dinheiro em suas transações. E vice-versa. Grandes comerciantes também foram vítimas. Muitas histórias circularam de boca em boca, narrando esses acontecimentos, transformando-os em lendas urbanas; algumas até estamparam as primeiras páginas dos jornais no final da década de 1960.

Uma delas conta uma história, na qual o personagem central era um dos homens mais ricos e poderosos do estado do Mato Grosso. Grande comerciante, pecuarista e banqueiro, ele teria sido vítima de um “golpe involuntário” praticado por um ingênuo operário da construção civil. Conta-se que o empresário era bastante centralizador, não delegava poderes a nenhum colaborador. Ele mesmo resolvia todas as questões relacionadas com a administração de seus negócios. A única pessoa em quem confiava era sua esposa. De acordo com suas regras, os profissionais que iriam prestar seus serviços à ele eram contratados no próprio canteiro de obras, e o preço era combinado no ato. Apesar de endinheirado, o ricaço era “pão duro”, gostava de pechinchar. Desta vez ele estava finalizando a construção de mais uma vila de casas na periferia. Naquela época, a maior parte da cidade era desprovida de saneamento básico. Apenas alguns bairros mais ao centro dispunham do líquido precioso. Na periferia, onde os moradores não dispunham de água encanada, era preciso cavar um poço com tampa, onde é instalada uma carretilha com corda e um balde, com o qual se extrai a água para uso geral.

Foi aí que apareceu a figura do poceiro. Trabalho duro e perigoso, pois poderia haver desbarrancamento das laterais do poço. Neste caso, o operário, teria cobrado apenas CR$ 20.000,00 (vinte mil cruzeiros) pelo seu trabalho. Mas o ricaço regateou, e o preço final, chorado, caiu para CR$ 16.000,00 (dezesseis mil cruzeiros). Pelo novo padrão, NCr$ 16,00 (dezesseis cruzeiros novos), pagos com um cheque ao portador emitido contra o banco de propriedade do proprietário da obra.

Satisfeito por conseguir o desconto, o comerciante grafou por extenso o valor de dezesseis mil cruzeiros novos, ao invés de dezesseis cruzeiros novos, como exigia o novo padrão monetário. O poceiro montou na sua bicicleta e foi até a agência do banco nos altos da Rua 14 de Julho para descontar o cheque, sem imaginar que tinha nas mãos uma gorda quantia.

Quando o caixa percebeu o alto valor no extenso no cheque, ligou para a residência do comerciante, que não estava no momento. Quem atendeu ao telefone foi sua esposa, a única pessoa em quem o ricaço confiáva. Conhecedora dos negócios do marido, ela ingenuamente confirmou o valor a ser pago: NCr$ 16.000,00 (dezesseis mil cruzeiros novos). O caixa voltou ao guichê, chamou o operário e indagou se ele havia trazido um saco ou uma bolsa para acondicionar aquela dinheirama. Desconfiado, o sujeito percebeu que o bancário falava sério, quando viu aquela montanha de notas empacotadas em cima do balcão. Saiu apressado e entrou na obra de um conceituado atacadista da cidade, ao lado da agencia bancária e descolou um saco de cimento vazio. Foi um pé lá, outro cá. Juntou o dinheiro e saiu pedalando a bicicleta rua a baixo, sem olhar para traz. Mais tarde, percebido o engano, a polícia foi acionada. Uma patrulhinha foi até a humilde casa do operário, mas só encontrou lá sua companheira. Interrogada, a mulher falou que não sabia onde estava o marido:

“Ele saiu para trabalhar pela manhã e ainda não voltou”.

Provavelmente, naquele instante a mulher ainda não sabia do paradeiro do marido. Nos dias seguintes a casa permaneceu sob vigilância, mas o poceiro, - agora considerado herói por ter sido o único homem a conseguir “passar para trás” o rico comerciante com fama de “pão duro”, nunca mais foi visto. Nem ele nem a mulher.

Em 1990, o Cruzeiro voltou como unidade monetária nacional, mantendo, contudo, a equivalência com o padrão anterior, durando até 1993, quando entrou em vigor o Cruzeiro Real, equivalente a 1.000 cruzeiros. A Lei Nº. 8 800 instituiu a URV (Unidade Real de Valor), a moeda de transição criada para a entrada do Real. Em 1º de julho de 1994, uma URV, que equivalia a 2.750 cruzeiros reais foram trocados por um Real. A mudança custou aos cofres públicos 10 milhões de dólares.

CRUZEIRO, a moeda: o início

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Em cinco de outubro de 1942, começava a história do padrão monetário denominado Cruzeiro, quando o presidente Getúlio Vargas (1892 - 1954) assinava o Decreto-lei Nº. 4.791, que instituiu o Cruzeiro como unidade monetária brasileira, com equivalência a 1.000 réis. O Brasil abandonava assim, a linguagem do Conto de Réis. Desde 1926, no governo Washington Luiz, ficou provado que o Real, o padrão monetário vigente na época, e seu múltiplo, os mil réis só dificultavam a circulação do dinheiro, porque ele não previa os submúltiplos necessários para avaliar grandezas inferiores à própria unidade. Para se comprar uma mercadoria avaliada em ½ Real, não havia como realizar a operação. Assim, a nova moeda dividida em centavos, onde um

Cruzeiro valia 1.000 réis, resolveu o problema.

Mas o país precisava adotar um novo padrão monetário. Então, em janeiro de 1941, foi sugerida a adoção do Cruzeiro, cuja denominação se baseava na Constelação do Cruzeiro do Sul. Mas o mundo enfrentava as dificuldades causadas pela Segunda Guerra Mundial. Não havia, portanto, um sistema de comunicação adequado. E também nossos navios, que vinham dos Estados Unidos com as novas notas impressas, estavam sendo torpedeados, segundo dizem, pelas tropas alemãs. Por fim, em cinco de outubro de 1942, o Cruzeiro se tornou a nova moeda brasileira pela primeira vez, dividida em centavos - e tendo como símbolo o CR$. Dessa forma, um cruzeiro valia um mil réis. Na ocasião foram constituídas também novas divisões, em moedas de 1, 2, e 5 cruzeiros - e 10, 20 e 50 centavos. Em papel-moeda, 10, 20, 50, 100, 200, 500 e 1000 cruzeiros. 41 – 47.

Patrícia Amorim, nascimento

1969. Nasce na capital carioca a atleta da natação Patrícia Amorim Sihman, ex-presidente do Clube de Regatas do Flamengo entre 2010 e 2014. Começou a carreira aos tres anos de idade no Botafogo, e aos seis, entrou para a equipe do Flamengo. Em toda sua carreira, acumulou 800 medalhas, diversos troféus, prêmiios e títulos, e foi 28 vezes Campeã Brasileira nos 200, 400, 800 e 1.500 metros livres. Entre 1983 e 1989, Patrícia Amorim superou 29 recordes sul-americanos e quebrou a ausência feminina de 16 anos do Brasil em Jogos Olímpicos, disputando os Jogos de Seul em 1988. Não chegou às finais, mas estabeleceu os recordes sul-americanos nos 200 e 400 metros livres. 36.

Rodovia Belém-Brasília, inauguração

1974. O presidente Emílio Garrastazu Médici (1905 – 1985) inaugura a BR-10, Rodovia Belém-Brasília, oficialmente Rodovia Bernardo Sayão. Com 2 772 de extensão, dos quais 450 dentro da selva amazônica, a BR-010 é um conjunto formado por seis rodovias federais do Brasil, que ligam Brasília à (DF) à Belém (PA), cortando os Estados de Goiás, Tocantins, Maranhão e Pará. Iniciada entre o fim dos anos 1950 e início dos anos 1960, no governo do presidente Juscelino Kubitschek (1900 – 1976), a Rodovia Belém-Brasília era tocada pelo engenheiro Bernardo Sayão, diretor da NOVACAP, empresa criada em 19 de setembro de 1956, com o objetivo de construir Brasília. Em 15 de janeiro de 1959, faltando pouco mais de duas semanas para entregar o primeiro trecho, Sayão morreu atingido por uma árvore que caiu sobre o barracão onde ele se encontrava. Nascido na capital carioca em 18 de junho de 1901, ele recebeu várias homenagens póstumas; além de emprestar seu nome à Rodovia Belém-Brasília, existem várias ruas e avenidas de municípios às margens da estrada, e uma cidade no estado de Tocantins. 78.

Carolina de Jesus, morte

1977. Morre de bronquite asmática na mais completa miséria aos 63 anos na capital paulista, a escritora Carolina Maria de Jesus. Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas (1929- 2018) em 1958. Ela ficou famosa em 1960, ao publicar o livro Quarto de Despejo, um diário de cinco anos relatando sua vida numa favela da capital paulista. O livro fez tanto sucesso que foi traduzido para 13 idiomas. A seguir, escreveu alguns livros que passaram despercebidos, entre eles Casa de Alvenaria.

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Na década de 1960, algumas de suas peças foram encenadas no teatro, com a atriz Ruth de Souza (1921) no papel principal. Carolina de Jesus nasce em São Paulo (SP), em14 de março de 1914.36.

Radamés Gnatalli, morte

1988. Morre aos 82 anos por problemas decorrentes de um derrame no Rio de Janeiro (RJ), o maestro, compositor e arranjador Radamés Gnatalli. Filho de pais músicos, começou a estudar piano aos seis anos de idade. Trabalhou durante 30 anos na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Foi solista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal. Tocava clássico ou popular e compôs choros, valsas, polcas, sambas e canções, a mais famosa delas As Brasilianas. Radamés Gnatalli formou com Francisco Mignone (1897 - 1986) e Camargo Guarnieri (1907 - 1993) o famoso trio que interpretava Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959). Ele nasceu em Porto Alegre (RS) em 27 de janeiro de 1906. 36.

Isabel Ribeiro, morte

1990. Morre aos 49 anos em Jundiaí (SP), a atriz Frederica Isabel Iatti Ribeiro, mais tarde Isabel Ribeiro. Descoberta pelo diretor de teatro Augusto Boal (1931 – 2009), estreou no Teatro de Arena de São Paulo em 1963, na peça de Maquiavel A Mandrágora. Além de atuar no teatro, Isabel Ribeiro também fez sucesso no cinema e na televisão, aparecendo em cerca de 30 novelas.

O filmes mais iportantes da carreira de Isabel Robeiro são: Todas as Mulheres do Mundo, São Bernardo e Herdeiros. Em 1988, ela recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Gramado pelo seu trabalho no curta-metragem A Voz da Felicidade. Na televisão, trabalhou em várias novelas, destacando Sol de Verão, Duas Vidas e Champagne. Isabel Ribeiro nasceu na capital paulista em oito de julho de 1941. 36.

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Dia 14 de fevereiro

Dia da Amizade.

Santos do Dia: Valentim.

Faltam 320 anos para terminar o ano (321 em anos bissextos).

Christopher Sholes, nascimento

1819. Nasce no Condado de Montour, Pensilvânia, o gráfico Christopher Lathan Sholes, criador do teclado de formato QWERTY, o mesmo utilizado nas antigas máquinas de escrever e nos computadores, iPods, iPhones e tablets atuais. Esse teclado é denominado QWERTY por causa do arranjo em que as primeiras letras se encontram. Antes existia um modelo chamado Caligraph que repetia as letras, um maiúscula e outra minúscula. Em 23 de junho de 1868, Christopher Sholes recebeu a patente pelo desenvolvimento de uma máquina de escrever. Em 1873 ele vendeu essa patente para o armeiro Eliphalet Remington (1793 – 1861), que aperfeiçoou a ferramenta e a produziu em série. Christopher Sholes morreu em Milwaukee aos 71 anos, em 17 de fevereiro de 1890. 78.

Jacob do Bandolim, nascimento

1918. Nasce no Rio de Janeiro (RJ) o bandolinista e compositor de choro Jacob Pick Bittencourt, conhecido como Jacob do Bandolim. Sua infância foi na Lapa, na capital carioca. Tocava bandolim desde os 12 anos de idade, e aos 15 iniciou a carreira profissional, inaugurando uma trajetória de sucesso no cenário musical do Brasil. Jacob do Bandolim tocou nas principais emissoras de rádio e gravou com os grandes intérpretes brasileiros. No começo da década de 1960, formou o grupo Época de Ouro, que ainda se encontra em atividade. Em 1968 participou de um show no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, ao lado de Elizeth Cardozo e do Zimbo Trio, no qual recebeu a consagração do público. Jacob do Bandolim morreu na capital carioca aos 51 anos, em 13 de agosto de 1969. 36.

Carmélia Alves, nascimento

1923. Nasce no Rio de Janeiro (RJ) a cantora Carmélia Alves Curvello. Nomeada pelo cantor e compositor Luiz Gonzaga (1912 – 1989) como A Rainha do Baião, ela nasceu e foi e criada no subúrbio de Bangu. Desde cedo entrou em contato com a música do Norte e Nordeste, nas reuniões de repentistas que seus pais promoviam em casa. Carmélia Alves Começou a carreira como caloura em 1940, participando dos programas de Paulo Gracindo, na Rádio Tupi, e no Programa do Tiro, da Rádio Nacional, apresentado por Barbosa Júnior. Depois, foi contratada pela Rádio Mayrink Veiga, e mais tarde, como crooner do Hotel Copacabana Palace, onde suas apresentações transmitidas ao vivo pela Rádio Nacional do Rio Janeiro. Em 1943, gravou seu primeiro disco 78 RPM, com os sambas Quem dorme no ponto é Chofer e Deixei de Sofrer. No ano seguinte, Carmélia gravou a marcha Papagaio de Berlim.

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Em 1951, Carmélia gravou o baião Sabiá na Gaiola, um de seus maiores sucessos. Em 1953 lançou um disco em apoio aos flagelados da seca, com as faixas Ajuda Teu Irmão e Adeus Maria Fulô, e fez algumas apresentações beneficentes no Ceará, ao lado do pianista Bené Nunes, do marido Jimmy Lester (1914 – 1998) e do instrumentista Sivuca. No mesmo ano, ela gravou Baião em Paris. Em 1954, com seu marido, realizou uma temporada em Buenos Aires, Argentina, cantando na Boate Gong e na Rádio Belgrano, e, em 1956, já consagrada no Brasil, excursionou, durante cinco anos, pela Europa, África, Ásia e E.U.A.

Carmélia Alves participou ainda de diversos filmes musicais: Tudo Azul (1952), Está Com Tudo (1952), Agulha no Palheiro (1953), Carnaval em Caxias (1954), Trabalhou Bem Genival (1955), Carnaval em Lá Maior (1955), e Pensão De Dona Estela (1956).

Os maiores sucessos da carreira de Carmélia Alves são: Deixei de Sofrer, Me Leva (com Ivon Curi) Coração Magoado, Trepa no Coqueiro, Pé de Manacá, Esta noite Serenou. Cabeça Inchada e Cevando o Amargo. A Rainha do Baião foi integrante do grupo chamado Cantoras do Rádio formado em 1988, ao lado de Ellen de Lima (1938 - ), Violeta Cavalcanti (1923 – 2014) e Carminha Mascarenhas (1930 – 2012). Carmélia Alves morreu aos 89 anos em decorrência de m câncer no Rio de Janeiro (RJ), em três de novembro de 2012. 41. 78.

Massacre de São Valentim

1929. Um dos piores acontecimentos da guerra entre os gângsteres que disputavam o comércio clandestino de bebidas alcoólicas em Chicago durante a Lei-Seca (16 de janeiro de 1920 – cinco de dezembro de 1933) é o massacre de São Valentim, o Dia dos Namorados nos Estados Unidos e em vários países.

Em 1920, Capone foi para Chicago com a mulher, entrando para a família mafiosa conhecida como Mão Negra, encabeçada por John “Papa Johnny” Torrio (1882 – 1957). Em 1925, herdou o controle da gang, assumindo a venda clandestina de bebidas alcoólicas. Naquele ano, a maior cidade do estado de Illinois tinha 2.700.000 habitantes, dos quais, 900.000 eram emigrantes, onde viviam os maiores matadores do mundo e as mais “eficientes” equipes de gangsteres. Assim, Alfonse Brown Capone, conhecido pelo apelido de Scarface - em português Cara de Cicatriz por causa de uma marca no rosto, encontrou em Chicago uma campo de ação digno dele. Capone logo se destacou na hierarquia da Máfia. Dominou a cidade de Chicago nos 14 anos em que vigorou a Lei Seca nos EUA, a medida legal que proibiu a venda de bebidas alcoólicas no país a partir de 16 de janeiro de 1920. Sua quadrilha agia com violência, eliminando seus inimigos com tacos de beisebol, revólveres e metralhadoras.

Naquela noite fria de 14 de fevereiro de1929, um grupo de pistoleiros de Al Capone, disfarçados com roupas de policiais invadiram uma garagem que servia de base para a quadrilha de George Bugs Moran (1891 – 1957). Eles dominaram seis homens de Moran e um visitante que nada tinha com o caso, colocando-os contra a parede. Em seguida, os falsos policiais dispararam suas submetralhadoras e fuzis, matando os sete homens. Moran só escapou porque chegou atrasado ao encontro na garagem. O Massacre de São Valentim, além de chocar a sociedade e a polícia dos Estados Unidos, marcou o início do processo de decadência da era dos gângsteres de Chicago.

Prenda-me se for capaz

Na Chicago de 1930, época da Lei Seca a carreira criminosa de Capone era camuflada por vultosas doações a obras de caridade; e gordas contribuições à ala podre da polícia de Chicago. Ninguém sabia em quem confiar. Na maioria, são pagos por Capone, Moran, Sheldon e outros chefões. E a administração municipal mais corrompida não protegia os comerciantes honestos. Mas pessoas sérias, principalmente negociantes, começam a reagir. Assim, eles se agrupam e formam a Comissão Cívica de Punição e Prevenção do Crime, às vezes chamada de Comissão dos Seis. O coronel Robert Isham Randolph, presidente da Câmara do Comércio era um comerciante ativo e influente. Ele próprio estava cansado de ver a cidade transformada em palco de tiroteios promovidos pelos gângsteres. Então, a Comissão dos Seis contrata Alexander Jamie, um funcionário público incorruptível indicado pelo Ministério da Justiça. Logo, ele começa a aplicar suas ideias. Agora, só precisa encontrar meia dúzia de policiais ficha limpa, o que não é fácil. Mas logo, Jamie descobre que a solução está bem próxima dele. É seu cunhado Eliot Ness (1903 – 1954), um jovem advogado que acabava de se formar e que tinha aceitado uma nomeação no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Em 1927, ele foi designado para Chicago, onde faria valer a legislação da proibição do comércio de bebidas durante a Lei Seca, a maior fonte de renda de Capone.

O advogado George EQ Johnson (1874 - 1949) vai ter um papel preponderante na prisão de vários chefes do mundo do crime. Durante seu breve mandato como procurador dos Estados Unidos, e atuando como Juiz no Distrito Norte do estado de Illinois, Johnson vão condenar Al Capone e seus associados por sonegação de impostos. Eliot Ness recebeu carta branca do juiz George EQ Johnson para criar uma equipe de elite composta de policiais e oficiais do Tesouro, que logo foram apelidados de Os Intocáveis. Depois de trabalhar por seis meses, Ness e sua equipe já haviam apreendido mais de um milhão de dólares ou encerrado várias cervejarias clandestinas. Ainda assim, Capone não encerrou suas atividades de contrabando de bebidas. Isso só aconteceria um ano mais tarde, quando Os Intocáveis conseguiram prender Scarface por sonegação de imposto de renda. 

Em 22 de outubro de 1931, o gangster foi preso e condenado a 11 anos de cadeia. Passou por algumas penitenciárias até ser levado para a prisão de segurança máxima da Ilha de Alcatraz, na Baía de São Francisco, na Califórnia, em julho de 1933. Em 1939 foi libertado por boa conduta. Mas com problemas mentais, Al Capone vegetou até morrer em decorrência da sífilis, em 25 de janeiro de 1947. Em 1933, a Lei Seca foi encerrada pelo Congresso dos Estados Unidos.

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A saga dessa icônica equipe foi contada na série de TV Os Intocáveis, nos anos 1960, e nos filmes Scarface-Vergonha de Uma Nação (1932) e refilmado em 1983, com Al Pacino no papel de Capone, e Os Intocáveis (1987), com Kevin Costner no papel de Eliot Ness. Al Capone morreu aos 42 anos em Palm Beach, Flórida, em 25 de janeiro de 1947. 1 – 36 – 78.

Ronnie Peterson, nascimento

1944. Nasce em Örebra, Suécia o piloto Bengt Ronald Peterson, mais conhecido como Ronnie Peterson. Apelidado de O Escocês Voador, ele disputava o Grande Prêmio da Itália do Circuito de Monza quando sua Lotus explodiu.

Ronnie Peterson, aos 34 anos, mesmo sem nunca conseguir o título de Campeão Mundial na categoria, é considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos. Ele morreu ao se envolver naquele que é considerado um dos mais terríveis acidentes da história da Formula 1.

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Em 10 de setembro de 1978 Mesmo sem nunca conseguir o título de Campeão Mundial na categoria, Ronnie Peterson é considerado um dos maiores pilotos de todos os tempos. em Monza, a FIA estreava um novo método de largada, substituindo ao semáforo, como conhecemos hoje. O semáforo, como conhecemos hoje substituía o antigo método de largada em que se baixava uma bandeira com as cores do país-sede do Grande Prêmio. Mas o diretor da prova, Gianni Rastelli se atrapalhou com o novo procedimento: antes que os carros das últimas filas do grid houvessem parado após a volta de apresentação, foi acionada a luz verde. Os pilotos que vinham de trás, portanto, arrancaram em maior velocidade, o que fez com que todos os carros chegassem juntos ao ponto em que a reta se estreitava antes da Chicane Goodyear. Alguns carros se tocaram, e o Lotus de Ronnie Peterson foi jogado com violência para fora da pista, ao encontro do guard-rail.  O choque danificou seriamente a parte dianteira do carro e rompeu os tanques de combustível, causando um grande incêndio. Peterson foi tirado do cockpit com graves ferimentos nas pernas, por bombeiros e outros pilotos, e foi internado. Os primeiros procedimentos médicos no atendimento incluíram a amputação do pé esquerdo do piloto. No dia seguinte, 11 de setembro, Ronnie Peterson faleceu, vítima de embolia causada pelas fraturas. 36 - 41 – 78.

Computador ENIAC, lançamento

1946. Os pesquisadores norte-americanos J. Presper Eckert Jr. (1919 – 1995) e John W. Mauchly (1907 – 1980) apresentam o ENIAC (Eletric Numeric Integrator and Computer), em português Computador Integrador Numérico Eletrônico.

Nessa época, o alto comonado do Exército norte-americano investiu no treinamento de jovens engenheiros para desenvolver armas eletrônicas e sistemas de comunicação. Os militares precisavam, entre outras coisas, encontrar uma maneira científica de calcular as rotas dos tiros disparados pelas baterias e realizar combinações que serviram para aperfeiçoar a Bomba H. Então, criou-se uma equipe de pesquisadores para desenvolver um equipamento capaz de suprir essas necessidades. Assim, a Escola Moore de Engenharia Elétrica da Universidade da Pensilvânia fechou um contrato com o Exército dos EUA para ministrar um curso de Engenharia Elétrica para Indústrias de Defesa. Mauchly se inscreveu para este curso.

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Muito antes, na década de 1930, o engenheiro Vannevar Bush (1890 – 1974) já havia desenvolvido na Escola Moore, um dos mais avançados dispositivos eletros-mecânico computacionais do mundo, - o Analisador Diferencial, - um computador mecânico analógico projetado para resolver equações diferenciais por integração, usando rodas e disco de mecanismos para executar a integração. Este projeto aumentou o interesse de Mauchly em computação eletrônica, e o levou, passo a passo, a construir, junto com o amigo John Presper Eckert (1919 – 1995) e alguns cientistas da Universidade da Pensilvânia, - em parceria com o governo - o ENIAC (Computador e Integrador Numérico Eletrônico), o primeiro computador de grande escala, e o primeiro da História a usar totalmente a eletrônica digital.

Então, depois de três anos de trabalho, em 14 de fevereiro de 1946, John W. Mauchly e J. Presper Eckert Jr. apresentaram o gigante de quase 30 toneladas, o equivalente a mais ou menos o peso de cinco ou seis elefantes juntos. Considerado muito veloz para a época, o ENIAC ocupava uma área de 180 metros quadrados, possuía 5,5 metros de altura e 25 metros de comprimento, ou 180 metros quadrados - e contava com 1.500 relés, 70.000 resistores e tinha 17.468 válvulas a vácuo, e consumia 170 kW.

Apesar do tamanho, o ENIAC tinha uma capacidade de armazenamento de apenas 20 números, com no máximo 10 dígitos cada um. Porém, o gigante fazia 5.000 somas, ou 357 multiplicações por segundo, cálculos que, se fossem feitos manualmente, levariam mais de oito horas - e era programado por cartões perfurados. Mas ele não ficou pronto a tempo de prestar serviços na Segunda Guerra Mundial. Contudo, o ENIAC foi sem dúvida um grande avanço. Ele foi aposentado em 1955, depois de consumir mais de 20.000 válvulas. Em seus 10 anos de operação, o gigante efetuou mais contas do que toda a humanidade já havia feito em sua história. Agora o ENIAC repousa no Museu do Computador de Boston. Não será exagero dizer que sua tecnologia corresponde, hoje, à de uma simples calculadora.

Ironicamente, a EMCC (Eckert-Mauchly Computer Corporation), empresa fundada por John W. Mauchly e J. Presper Eckert Jr. quase foi à falência nos cinco anos que separaram o lançamento do ENIAC em 1946, e do UNIVAC, em 1951. Para desenvolver suas criações, os dois deixaram a Escola Moore de Engenharia Elétrica da Universidade da Pensilvânia para se dedicar à companhia formada por eles. Sé escaparam da bancarrota depois que a EMCC foi vendida para a Remington Rand.

John William Mauchly, um dos pais do ENIAC morreu ao 72 anos em Ambler, Pensilvânia,em oito de janeiro de 1980. 189. 19 – 78.

Yuri Daniel e Andrei Syniavsky, julgamento

1966. Tem início em Moscou o processo contra os escritores diversionistas Yuri Markovich Daniel (1925 – 1988) e Andrei Donatovich Sinyavsky (1925 – 1999). Vítimas dos expurgos culturais que ocorriam na Rússia, eles foram acusados de publicar propagandas antissoviéticas no exterior. O julgamento durou vários dias. No final, Yuri Daniel e Andrei Sinyavsky foram declarados culpados. Além de serem expulsos da União dos Escritores, eles receberam uma pena de sete anos de segregação num campo de trabalhos forçados. 36.

Éder Jofre se espede do boxe

1977. Éder Jofre (1976 - ), o mais importante pugilista brasileiro de todos os tempos abandona os ringues, aos 40 anos de idade, encerrando uma belíssima carreira de quase 20 anos.

Éder Zumbano Jofre, simplesmente Éder Jofre nasceu na capital paulista em 26 de março de 1936, praticamente dentro de uma academia de boxe dirigida por seu pai, o também pugilista argentino José Aristides “Kid” Jofre (1907 -1974), e ficava atrás de sua casa, bem no centro da cidade de São Paulo. Éder começou a carreira como amador em 1953, participando do torneio Forja de Campeões, e em 1956 integrou a equipe brasileira que participou dos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália. Estreou como profissional em 1957 como peso galo, e já em 1958 foi campeão brasileiro, título que ele manteve até 1965.

Bicampeão Mundial nas categorias peso-galo e peso-pena, Éder Jofre conquistou o título mundial dos galos, ao nocautear o mexicano Eloy Sanchez (1935 - ) no 6º assalto em Los Angeles, em 18 de novembro de 1960. Foi aí que ele ganhou o apelido de Galinho de Ouro, mantendo o título até 1965, quando foi derrotado pelo japonês Masahico “Fighting” Harada (1943 - ).

Na revanche em 1966, ele seria derrotado novamente pelo japonês e abandonaria os ringues. Mas em 1969 volta a lutar como peso-pena e torna-se Campeão Mundial em cinco de maio de 1973, ao derrotar por pontos o cubano naturalizado espanhol José Legra (1943 - ).

Em toda sua carreira profissional, Éder Jofre venceu 73 lutas, empatou quatro e perdeu apenas duas, abandonando a carreira em 14 de fevereiro de 1977, aos 40 anos de idade. Em 1982 foi eleito vereador por São Paulo, e reeleito em 1988 e 1992, mas ficou como suplente em 1996. Em 1988 se elegeu novamente. Ele morreu aos 86 anos em Embu das Artes, estado das São Paulo em dois de outubro de 2022. 36 – 78.

GPS: lançado o Navstar 1

1989. É lançado o primeiro dos 24 satélites de órbita média Block II, que formam o sistema GPS (Global Positioning System), em português Sistema de Posicionamento Global. O GPS é um sistema de posicionamento por satélite utilizado para determinação da posição na superfície em Terra ou em órbita, desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos EUA. 78.

Martin Balsam, morte

1996. Morre ao 76 anos em Roma, Itália, o ator Martin Henry Balsam, ganhador do Oscar de Ator Coadjuvante pelo filme A Thousand Clowns (Mil Palhaços) em 1965. Foi combatente no período da Segunda Guerra, e quando o conflito acabou, ele trabalhou em emissoras de rádio. Em 1947, frequentou o curso do Actor’s Studio e participou de alguns espetáculos na Broadway, sustentando-se servindo às mesas e apresentando-se na casa de espetáculos Radio City Music Hall de Nova Iorque.

Martin Balsam estreou no cinema em 1954, fazendo um papel secundário em Sindicato de Ladrões, e foi muito elogiado pela crítica. A partir de 1957, manteve a média de um filme ou peça de teatro por ano. Trabalhou diversos filmes de sucesso para o cinema e séries para a televisão, embora sempre atuando como coadjuvante. Os filmes mais importantes de toda sua carreira são: Sindicato de ladrões (1954), 12 Homens e Uma Sentença (1957), Psicose (1960), Bonequinha de Luxo (1961, Sete Dias de Maio (1964), Harlow: A Vênus Platinada (1965), Tora! Tora! Tora! (1970), Pequeno Grande Homem (1970), O Sequestro do Metrô (1974), Todos os Homens do Presidente (1976), O Primeiro Ano do Resto de Nossa Vidas (1985) e Cabo do Medo (1991). 21.02.1996 - 41.

Taiguara, morte

1996. Morre de câncer na bexiga aos 50 anos em São Paulo (SP), o cantor e compositor Taiguara Chalar da Silva, simplesmente Taiguara. Ele nasceu na capital uruguaia durante uma temporada do pai, o bandoneonista e maestro brasileiro Ubirajara Silva. Foi criado no Rio de Janeiro, onde em 1961, estudava direito em São Paulo, e com a Revolução de 31 de março de 1964, engajou-se politicamente contra a ditadura. Ele ficou conhecido no Brasil por participar e ganhar diversos festivais de música no final da década de 1960.

Taiguara se consagrou mesmo com suas canções românticas, como Universo do Teu Corpo, Hoje e Que as Crianças Cantem Livre. Comunista declarado, ele nunca se filiou ao PCB. Ele escreveu a canção Cavaleiro da Esperança para o lider e amigo Luiz Carlos Prestes, editada no álbum Brasil Afri . Por causa de sua contestação, foi um dos compositores mais perseguidos pela censura do governo militar. Ele teve 68 músicas suas proibidas entre 1972 e 1973. Um de seus álbuns, Let’s the Children Hear the Music, mesmo tendo sido gravado em Londres em 1974, foi censurado aqui no Brasil. Este disco nunca foi lançado.

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Depois de um breve exílio voluntário, Taiguara retornou e gravou o álbum Imyra, Tayra, Ipy – Taiguara, lançado em 1976, mas que acabou sendo recolhido pela polícia. Depois de viver o segundo exilio voluntário, desta vez mais prolongado, Taiguara voltou ao Brasil no início da década de 1980, logo que foi declarada a anistia. Retomou a carreira e gravou mais dois álbuns: Canção de Amor e Liberdade (1983) e Brasil Afri (1994). Taiguara nasceu em Montevidéu, Uruguai, em nove de outubro de 1945. 36 – 46.21.02.1996.

Ovelha Dolly: morte

2003 A ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado com sucesso a partir de células de um animal adulto é sacrificada aos seis anos de vida em função de sofrer de uma doença pulmonar degenerativa incurável. O seu corpo empalhado está exposto no Royal Museum, em Edimburgo, Escócia. 41 – 114.

Computador HPZ1 top desk, o primeiro sem gabinete

2012. Ao preço de 1 899 dólares, a HP (Hewlett Packard), lança em Los Angeles o primeiro computador do mundo sem gabinete. A nova estação de trabalho (workstation), batizada de tudo-em-um é composta de um teclado, um mouse e um monitor de 27 polegadas, onde estão embutidos todos os componentes. Para realizar manutenção ou fazer atualizações basta abri-lo, sem a necessidade de ferramentas. 33.16/02/2012.

Porta aviões São Paulo, demonte

2017. A Marinha do Brasil anuncia que o porta aviões NAe São Paulo (A-12), que entrou em serviço em 15 de novembro de 2001 seria desmobilizado e posteriormente desmantelado. Considerado obsoleto, a navio já não permitia uma atualização em seus equipamentos. No entanto, bem antes, em dezembro de 2014, foi anunciado que o NAe São Paulo  permaneceria em atividade até 2039, quando o porta aviões já estaria com quase 80 anos de idade.

O São Paulo foi lançado ao mar pela Marinha Francesa em 23 de julho de 1960 com a denominação Foch-399, e vendido ao Brasil em 2000. O porta aviões de 32,8 mil toneladas, 265 metros e 1.920 tripulantes atuou com bandeira francêsa em frentes de combate na África, Oriente Médio e na Europa em apoio as tropas da colizão nos conflitos da Cordilheira do Balcãs.

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O porta aviões NAe São Paulo (A-12), foi comprado do governo francês para substituir o NAeL Minas Gerais (A-11), adquirido junto ao governo britânico pela Marinha brasileira por três milhões de dólares em valores da época, durante o governo Juscelino Kubitschek. Mandado para os estaleiros da Verolme, na Holanda, o navio foi modernizado por 28 milhões de dólares, e no dia seis de dezembro de 1960, foi incorporado à Marinha do Brasil, com o nome de NAeL Minas Gerais (A-11). A velha “banheira”, como popularmente era chamada a velha embarcação, originalmente foi lançado ao mar pela marinha britânica em 1945 com o nome de Vengeance, e desativado como Minas Gerais em nove de outubro de 2001.

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