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COL?GIO ESTADUAL TOBIAS BARRETOPROF?: EUGENIA A. SIQUEIRAALUNO(A): -----------------------------------------Romantismo no Brasil - ProsaNo Brasil, o desenvolvimento da prosa rom?ntica é paralelo ao desenvolvimento da imprensa no país, que foi introduzida em 1808. Antes da vinda da Corte ao Rio de Janeiro, Portugal n?o permitia o desenvolvimento e a introdu??o da imprensa aqui no Brasil. A atividade passou a ser desenvolvida somente com a vinda da Corte portuguesa ao Brasil, em 1808, que exigiu o desenvolvimento da col?nia para atender ao seu modo de o desenvolvimento da imprensa, criou-se um público leitor que impulsionou um grande número de publica??es em folhetins, formato que permitiu o surgimento e desenvolvimento da prosa rom?ntica, que, ao lado da poesia, formaram toda a produ??o literária rom?ntica.? importante colocar que, pelo fato da produ??o em prosa ter surgido no Romantismo, o nome?romance?é comumente associado ao movimento, muitas vezes sendo sin?nimo de folhetim e de histórias rom?nticas. No entanto, nem todo o romance é rom?ntico/do Romantismo, uma vez que romance é apenas uma palavra que designa um gênero literário narrativo em prosa que teve vários desdobramentos ao longo do temo, como o romance realista e o romance naturalista.Principais característicasO romance rom?ntico, mais do que as poesias, queria responder e atender aos questionamentos sobre a identidade nacional. A prosa rom?ntica tinha o intuito de redescobrir o Brasil, trazendo à tona e reconhecendo todos os espa?os que o compunham, n?o só exaltando uma característica nacional, como a poesia fazia.Era comum a presen?a do?flashback, uma volta ao passado para explicar um fato do presente. O?sentimentalismo?era mais visível, uma vez que toda prosa rom?ntica tem histórias de amor que tentam quebrar barreiras, terminando no casamento ou na morte (quando o amor n?o era possível). Essa?idealiza??o de um amor?que quebra barreiras traz à tona a ideia de que o amor é a única forma das personagens se purificarem.O conflito narrativo na prosa rom?ntica também tinha a?idealiza??o de um herói, no entanto, apesar da coragem, da postura idealista e do desejo de justi?a e moral, este herói esta inserido no contexto do romance ao qual pertence, podendo também ser uma heroína. O sentimento das personagens e os conflitos destes s?o mostrados na prosa e há também uma ideia muito forte de bem x mal, verdade x mentira, moral x imoral.Tipos de romancesTemos quatro tipos de romances no movimento: o indianista, histórico, regional e urbano e era bem comum que os escritores da prosa do período caminhassem entre os vários tipos.1 - Romance indianistaO romance indianista traz à tona a vida, cultura, cren?a e costumes indígenas. O índio surge como herói, representando o Brasil e os brasileiros, sendo corajoso, heróico, forte, idealizado. Há uma valoriza??o da natureza e o espa?o onde ocorre a narrativa remete ao natural, à paisagem brasileira.Exemplos de romances indianistasIracema,?O Guarani?e?Ubirajara, todos de José de Alencar.2 - Romance históricoO romance histórico traz o retrato de costumes de uma época passada, sendo um relato que muitas vezes mistura fic??o e realidade.Exemplos de romances históricosAs Minas de Prata?e?A Guerra dos Mascates, ambos de José de Alencar. ? importante saber que romances indianistas também podem ser considerados históricos.3 - Romance urbano – social – de costumeOs romances urbanos s?o os mais lidos até hoje. Em sua grande maioria, este tipo no Romantismo narrava uma história que geralmente ocorria nas capitais, na alta sociedade. Funcionava como crítica aos costumes, mostrando a sociedade e os interesses desta em uma determinada época. Os heróis e heroínas deste romance faziam ou n?o parte desta alta sociedade e tinham que superar várias barreiras para a felicidade e a realiza??o do amor e do casamento (que redimia as personagens de todo o mal e imoralidade que elas pudessem ter), tal como nos outros tipos de romances rom?nticos.Exemplos de romances urbanosLucíola,?Diva,?Senhora,?A Viuvinha, todos de José de Alencar;?Iaiá Garcia,?Helena,?A M?o e a Luva, de Machado de Assis;?A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo; e?Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Ant?nio de Almeida, que surge trazendo à tona os costumes da periferia, indo na contram?o do retrato de costumes da alta sociedade, algo raro neste tipo de romance.4 - Romance regionalistaPor fim, temos o romance regionalista, passado em ambiente rural, mostrando costumes, valores e cultura típica de uma regi?o. Este tipo de romance trazia um maior conhecimento do Brasil sobre si próprio, uma vez que voltava seu olhar pra regi?es diferentes do Brasil, trazendo à tona sua diversidade.Neste cenário rural há um herói do campo, sertanejo, alguém que pertence à sua terra e é o retrato desta. ? bravo e honrado, preza a moral e os costumes de seu ambiente, colocando-se contrário às liberalidades da cidade e dos homens de lá. ? importante ressaltar que n?o há tens?o social no romance rom?ntico regionalista, sendo este apenas um retrato regional de costumes, sem críticas.Exemplos de romances regionalistasAlguns exemplos de romances regionalistas s?o:?Inocência, de Visconde de Taunay;?O Tronco do Ipê, Til e?O Gaúcho, de José de Alencar;?A Escrava Isaura, de Bernardo Guimar?es.Estudo dos Romances Indianistas e Regionalistas 1-O?Romance Indianista?marca a busca na literatura por um?herói nacional. O índio foi eleito como a figura de maior representatividade, considerando que o branco era tido como o colonizador europeu, e o negro, como escravo africano.Assim, o índio foi considerado como único e legítimo representante da América. Dessa maneira, o romance brasileiro encontrou no índio a express?o da?nacionalidade autêntica, de amor exacerbado à terra e defesa do território.Em sua singularidade, o índio foi usado como símbolo de bravura e honra. Incorporar a tradi??o indígena à fic??o era a autêntica express?o de nacionalidade, impulsionando contribui??es na prosa e na poesia.Antecedentes Entre os muitos fatores que contribuíram para a implanta??o do indianismo na literatura brasileira está a "tradi??o literária" do período colonial. Ela foi introduzida pela literatura de informa??o e literatura de catequese sendo retomada por Basílio da Gama e Santa Rita Dur?o.Por parte da Europa, foi a Teoria do Bom Selvagem, de Rousseau, que exerceu influência direta no pensamento literário brasileiro da época.Outro fator importante foi a adapta??o que os escritores brasileiros rom?nticos fizeram da figura idealizadora do heróo o Brasil n?o teve Idade Média, seu "herói medieval" passou a ser o índio, o habitante do período pré-cabralino.Autores como?Padre Anchieta, Basílio da Gama e?Gon?alves Dias?já haviam difundido em sua obra a import?ncia da singularidade do índio.Foi, contudo,?José de Alencar, o escritor de maior express?o dessa fase do romantismo brasileiro.As obras O Guarani (1857),?Iracema?(1865) e Ubirajara (1874) exaltam o sentimento de nacionalidade por meio do índio como herói e ícone guerreiro. Principais CaracterísticasNacionalismoEstética nativistaExalta??o da naturezaIdealiza??o do índio como figura nacional, europeizado e quase medievalTemas históricosResgate de lendasContato do índio com o europeu colonizadorJosé de AlencarO cearense José Martiniano de Alencar (1829-1877) é considerado o mais importante representante do Romance Indianista.A crítica considera que é um estilo criado por ele, que também é chamado de patrono da literatura brasileira.Filho de um padre, José de Alencar recebeu muito cedo influências que o levara à exalta??o do sentimento nacionalista. ? patrono da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras por escolha de Machado de Assis (1839 - 1908).A obra de José de Alencar também é marcante em?romances históricos?e?romances regionalistas.No Romance Indianista, a primeira obra a ser lan?ada foi?O Guarani, um folhetim semanal que era divulgado em um jornal uma vez por semana.O folhetim causava uma corrida às bancas todas as semanas. Demonstrava o sentimento de literatura nacionalista do autor, que defendia o modo de pensar e escrever do brasileiro.aESF2222TUDO n?2 - O?Romance?Regionalista é o marco do redescobrimento do Brasil na literatura a partir de suas características sociais, culturais e regionais. A diversidade existente no país passa a ser a fonte de inspira??o para a cria??o de obras no período.Constitui, assim, um importante e fundamental período da literatura no Brasil. A rela??o estreita com a popula??o e com o trejeito brasileiro de viver, a partir da observa??o das diferen?as culturais do país.As reais express?es de cunho regional, o vocabulário local e a necessidade pela representa??o pelo espa?o de nascimento. Todas características pontuais do romance regionalista que fazem perdurar até hoje as express?es regionais, reafirmando a cultura local.Características e influências do romance regionalistaO romance regionalista é, acima de tudo, uma romance igualmente nacionalista. No entanto, ele é muito mais focado em uma dada regi?o específica, a fim de explorar os costumes, o cotidiano e a cultura local.Entre as principais características e influências do romance regionalista é possível citar:? o único romance a n?o sofrer influências da vanguarda europeia;Arquitetado com o intuito de tomar valores específicos de culturas locais do Brasil;Ligado diretamente a grupos sociais que vivenciam suas respectivas regi?es;Apresenta o clima, os costumes, as gírias como representantes fortes e marcas nos textos;Expressa a diversidade social, cultural e regional do Brasil;O romance regionalista sempre esteve muito presente em folhetins periódicos, comumente semanais, anexados em jornais, tal como precursores das cr?nicas;O objetivo dos autores era a fixa??o cultural da regi?o, a fim de criar marcas da regi?o, seja a partir da linguagem, seja a partir dos costumes;Por meio disso, o romance regionalista sempre se mostrou na busca de um estilo próprio, aderindo a poucas referências. Tal peculiaridade da literatura recorta o retrato histórico, adotando contos que classificam o verdadeiro povo brasileiro.Obras de romancistas regionalistasBernardo Guimar?es foi um dos principais escritores de romance regionalista. Sua obra “O Ermit?o de Muquém” (1865) é, de modo cronológico, o precursor do movimento. No livro, o autor busca retratar o interior de Minas Gerais e Goiás.Entretanto, a mais conhecida obra do autor viria a ser “A Escrava Isaura” (1876), onde suas posi??es quanto ao abolicionismo se explicitam. Ainda outras obras marcaram o período, como “Inocência” (1872), de Visconde Taunauy.O livro abrange elementos estéticos regionais, em que explora costumes, gírias do sertanejo de raiz e caracteriza a exótica paisagem do Brasil na regi?o central.Mais recente, a obra “O Cabeleira” (1963) representa a marca??o de Franklin Távola ao interior do nordeste. Uma linguagem que traz o protagonismo do nordestino trabalhador, do calor forte e da vida difícil no sert?o. ................
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