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Atividade 06/10 – Recupera??o contínua 3? bimestreNesta semana (05/10 a 09/10) e na próxima semana (13/10 a 16/10), faremos a recupera??o contínua do 3? bimestre. O aluno que n?o entregou as atividades do 3? bimestre, fará a atividades de recupera??o que trazem os três conteúdos do caderno S?o Paulo faz escola, volume 3: Literatura de Cordel, Literaturas africanas em língua portuguesa e Resenha crítica. As atividades poder?o ser entregues até dia 16/10. Qualquer dúvida, enviar mensagem na plataforma Google classroom ou para o e-mail valdirenemaia@prof.educacao..br.Observa??o: Os alunos que já entregaram todas as atividades n?o far?o a recupera??o.Atividades recupera??o contínua 3? bimestreCONTE?DOATIVIDADELiteratura de CordelCaderno S?o Paulo faz Escola, volume 3, pp. 96 – 100.Na década de 30, enquanto o rádio, o mais moderno meio de comunica??o de massa da época, encurtava as dist?ncias, aproximando o país de ponta a ponta, a prosa de fic??o, com renovada for?a criadora, nos punha em contato com um Brasil pouco conhecido.Por meio de autores como Rachel de Queiroz, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Jorge Amado, ?rico Veríssimo, Dionélio Machado, desponta um Brasil multifacetado, apresentado em sua diversidade regional e cultural, mas com problemas comuns em quase todas as regi?es: a miséria, a ignor?ncia, a opress?o nas rela??es de trabalho, as for?as atávicas da natureza sobre o homem desprotegido, denunciando as agruras da seca e da migra??o, dos problemas do trabalhador rural.Herdeiros diretos dos modernistas de 1922, os modernistas da segunda gera??o (30-45) também se voltam para a realidade brasileira, mas agora com uma inten??o clara de denúncia social e de engajamento político. Unindo ideologia e análise sociológica e psicológica, o romance de 30 trilhou diferentes caminhos, sendo o regionalismo, especialmente o nordestino, o mais importante entre todos.Assim como os modernistas da segunda fase abordaram o regionalismo nordestino, no Brasil, a produ??o da literatura de cordel está relacionada principalmente à regi?o Nordeste, com predomínio das histórias do sert?o, das referências literárias e da crítica aos fatos cotidianos. O gênero cordel conta histórias que, escritas em versos, podem ser recitadas. Os poemas de cordel s?o impressos em pequenos folhetos, geralmente ilustrados com xilogravuras (gravura em madeira) e s?o pendurados em um varal feito de barbante em feiras da Regi?o Nordeste. Dos varais para as páginas de livros e também para a internet, o cordel passou a ser conhecido em todo o Brasil. Sua origem remonta à tradi??o medieval de contar histórias à comunidade. S?o tra?os característicos desse gênero: ritmo, estrutura regular, rimas, linguagem que remete à modalidade oral e às variedades regionais e sociais da língua portuguesa.Atividade 1 (Nota- 10)Assista ao vídeo, acessando o link abaixo. o trecho da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos.Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos – e a lembran?a dos sofrimentos passados esmorecera.Pisou com firmeza no ch?o gretado, puxou a faca de ponta, esgaravatou as unhas sujas. Tirou do aió um peda?o de fumo, picou-o, fez um cigarro com palha de milho, acendeu-se ao binga, p?s-se a fumar regalado.-Fabiano, você é um homem, exclamou em voz alta.Conteve-se, notou que os meninos estavam perto, com certeza iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele n?o era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar as coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presen?a dos brancos e julgava-se cabra.Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:-Você é um bicho, Fabiano.Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.Chegara naquela situa??o medonha – e ali estava, forte, até gordo, fumando seu cigarro de palha.-Um bicho, Fabiano.Era. Apossara-se da casa porque n?o tinha onde cair morto, passara uns dias mastigando raiz de imbu e semente de mucun?. Viera a trovoada. E, com ela, o fazendeiro, que o expulsara. Fabiano fizera-se desentendido e oferecera os seus préstimos, resmungando, co?ando os cotovelos, sorrindo aflito. O jeito que tinha era ficar. E o patr?o aceitara-o, entregara-lhes as marcas de ferro.Agora Fabiano era vaqueiro, e ninguém o tiraria dali. Aparecera como um bicho, entocara-se como um bicho, mas criara raízes, estava plantado. Olhou as quipás, os mandacarus e os xique-xiques. Era mais forte que tudo isso, era como as catingueiras e as baraúnas. Ele, Sinhá Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.Chape-chape. As alpercatas batiam no ch?o rachado. O corpo do vaqueiro derreava-se, as pernas faziam dois arcos, os bra?os moviam-se desengon?ados. Parecia um macaco.Entristeceu. Considerar-se plantado em terra alheia! Engano. A sina dele era correr mundo, andar para cima e para baixo, à toa, como judeu errante. Um vagabundo empurrado pela seca. Achava-se ali de passagem, era hóspede. Sim senhor, hóspede que demorava demais, tomava amizade à casa, ao curral, ao chiqueiro das cabras, ao juazeiro que os tinha abrigado uma noite.(Vidas secas. 27?ed. S?o Paulo: Martins Fontes, 1970. p.53-5.)Responda às quest?es.Explique o sentido do título do poema de Patativa do Assaré “Nordestino sim, nordestinado n?o”.O romance de 30 retomou a concep??o determinista presente na prosa naturalista, explorando a rela??o entre o homem e o meio natural. Analisando o trecho lido da obra, que sentido o título da obra adquire?O poema “Nordestino sim, nordestinado n?o” e o romance Vidas secas fazem referência aos mesmos problemas, presentes na vida do sertanejo nordestino por várias gera??es. Fa?a uma rela??o desses problemas e aponte possíveis solu??es para resolvê-los. Literaturas africanas em língua portuguesaCaderno S?o Paulo faz escola, volume 3, pp.100-104.As literaturas africanas em língua portuguesa s?o ainda jovens, com aproximadamente 160 anos de existência. Apesar dos primeiros textos datarem da segunda metade do século XIX, só no século XX, na década de 30 em Cabo Verde (com Claridade) e nos anos 50 em Angola (com Mensagem), é que essas literaturas come?aram a apresentar identidade, tentando se desvincular da literatura portuguesa. Embora n?o se tenham desenvolvido sempre em conjunto, devido aos seus aspectos sócio-culturais diferenciados, essas literaturas abrangem a produ??o literária de Angola, Mo?ambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e S?o Tomé e Príncipe, ex-col?nias de Portugal na ?frica.Atividade 2 (Nota- 10) Fa?a uma pesquisa sobre as literaturas angolana, caboverdiana, santomense, mo?ambicana e guineense e preencha o quadro com os itens solicitados.Literatura deCaracterísticasAutoresObrasAngolaCabo VerdeS?o Tomé e PríncipeMo?ambiqueGuiné-BissauResenha críticaCaderno S?o Paulo Faz Escola, volume 3, pp. 104-107A resenha crítica é um gênero textual que informa sobre um objeto cultural e, ao mesmo tempo, avalia sua qualidade. Procurando convencer o leitor sobre o seu ponto de vista, o resenhista normalmente apresenta considera??es gerais sobre o autor ou os criadores do objeto, um breve histórico de sua cria??o e a descri??o de trechos, ressaltando pontos positivos e negativos.Além disso, é comum encontrarem-se na resenha crítica compara??es da obra e do autor com outras obras e autores do passado ou de hoje. Por meio dessas compara??es, evidenciam-se influências recebidas pelo autor, liga??es do objeto com a tradi??o cultural e seu grau de originalidade no contexto atual.A linguagem do resenhista varia de acordo com o público, porém nos jornais e revistas de circula??o nacional emprega-se a variedade padr?o da língua, quase sempre formal e impessoal.Características da resenha crítica:Texto de natureza argumentativa, que tem por objetivo informar o leitor sobre um objeto cultural – livro, disco, filme, pe?a teatral, exposi??o, show etc. – e avaliar seus aspectos positivos e negativos;Estrutura livre; normalmente faz um resumo a respeito do objeto, apresentando um breve histórico de seu(s) autor(es) e a descri??o de suas partes, seguida de uma avalia??o, que aponta os aspectos mais importantes, ressalta suas qualidades técnicas, estabelece rela??es com outros autores e obras da tradi??o cultural ou da atualidade, comenta sua import?ncia no contexto atual etc.;Linguagem clara e objetiva; nível de linguagem e grau de pessoalidade/impessoalidade que variam de acordo com o veículo e com o público a que se destina;Linguagem din?mica, que procura prender a aten??o do leitor até o fim;Verbos predominantemente no presente do indicativo.Atividade 3 (Nota -10)Assista aos vídeos, acessando os links abaixo. O primeiro é uma resenha sobre o livro Vidas secas, de Graciliano Ramos. O segundo é o filme Vidas secas, adapta??o da obra de Graciliano Ramos, com dire??o e roteiro de Nelson Pereira dos Santos. uma resenha crítica do filme Vidas secas, de Nelson Pereira dos Santos. ................
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