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O JORNALECO DA EPF

“Somos o que fazemos. No dia em que fazemos, realmente existimos;

nos outros, apenas duramos.” (Padre Antônio Vieira)

Órgão de divulgação do Pessoal da Turma TC Porto Barbosa - EPF 1956/57/58

EDIÇÕES de JUN/JUL/AGO/SET/OUT/NOV/DEZ - ANO XIV - 2013

Editorial

Encerramos 2013, sob as bênçãos de Nossa Senhora, neste ano “13”, marco de uma das Suas mais reverenciadas aparições - a de Fátima e do nosso Menino Deus, que renasce a cada ano, celebrado por todas as famílias cristãs!

E nesse balanço anual, constatamos que fizemos poucas Edições e que, se por um lado temos tentado acompanhar as tecnologias do novo milênio, repaginando o nosso JORNALECO, por outro, as dificuldades e limitações nos frustraram sem o “salto cibernético” de usufruirmos do SITE... Reparam no cabeçalho? Pois é, ele não existe mais. PACIÊNCIA! Ou será que alguém gostaria de assumir e reativá-lo?

Enfim, dezembro chegou! E com ele esperança e alegria, porque é Tempo de Luz. É Natal! Para nós cristãos, tempo de celebrar o Nascimento de Jesus Cristo, trazendo-nos Fraternidade e Paz. Isso! Cristo traduziu a esperança através do Seu nascimento! Este é o verdadeiro sentido do Natal.

E é nesse clima em que buscamos o verdadeiro significado do Natal que trazemos a todos essa reflexão de que cristãos em vários países precisam da nossa oração, para permanecerem firmes, diante da perseguição e da grande pressão para negarem a sua fé, principalmente nestas datas.

Na Nigéria, por exemplo, os cristãos no norte e do centro do País são frequentemente atacados por grupos de milícias islâmicas. Igrejas são particularmente vulneráveis ​​durante as celebrações de Natal e Ano Novo. Veja um breve relato sobre esse assunto a seguir...

Mas, será que diante do medo desta crise nacional e mundial, destruímos a esperança? E o Natal será somente mais um tempo de nevoeiro sem rumo no caminho? Certamente que não! O CAMINHO que acreditamos jamais nos permite ignorar a esperança: porque é no rosto do outro que Deus vem ao nosso encontro!

É assim, fomos criados para o encontro e por isso os desencontros nos fazem sofrer tanto.

Fomos criados para estarmos uns com os outros até o encontro derradeiro, até o encontro com o amor primeiro que nos criou. Os encontros e desencontros que agora temos, um dia haverão de encontrar um sentido maior que é viver.

E por falar em encontros e desencontros, terminamos 2013 com esta Edição do nosso ponto de encontro: O JORNALECO DA EPF! Numa compactação de SETE MESES (pausa para reunir algumas notícias!) nossa Mensagem de Natal, artigos de conteúdo cultural, político, econômico e social, como também, uma nova página “Questões de Vida”, colaboração do Cel QEM Fernando Velloso, num reflexo da multiplicidade de talentos que formam nossos leitores/colaboradores. Portanto, FELIZ NATAL E QUE 2014 SEJA DE SONHOS, PROJETOS E ENCONTROS REALIZADOS! E boa leitura!

Com direito a Sarau Literário, dia 5 passado (quinta-feira) a partir das 18h, na LIVRARIA VIVA - Rua Amélia Rosa 625 - loja 8 - Térreo - Edifício Square Park Office - Jatiúca - Maceió/AL, nosso colega que também é escritor e poeta, CARLITO LIMA, lançou mais dois livros: "CONFISSÕES DE UM CAPITÃO" (Memórias) (2ª edição e edição em espanhol) e "ALMOÇANDO COM NERY NA CASA DO MOREIRA" (Crônicas - Contos). Parabenizamos os amigos Carlito e Vânia, desejando sucesso com mais essas obras!

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Desejo que neste Natal, antes de você perceber Jesus nas luzinhas que piscam pela cidade, você O encontre primeiramente em seu coração. E, à frente de qualquer palavra que expresse seu desejo de um feliz Natal. O encontre em suas ações.

Que você O encontre não só na alegria que sente ao sair das lojas com presentes para as pessoas que você ama, mas também na feição triste da criança abandonada nas ruas, na qual muitas vezes você esbarra apressadamente.

Que você encontre Jesus no momento em que pegar nas mãozinhas delicadas de seu filho, lembrando-se das mãozinhas pedintes, quase sempre sujas de calçada, que só sabem o que significa rudeza.

Que você O encontre no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.

Que você O encontre na feição do idoso da sua família, lembrando-se daqueles que tanto deram de si a alguém, e hoje são esquecidos até pela sociedade.

Que você O encontre na lembrança suave e sempre viva daquela pessoa querida que já não está mais fisicamente ao seu lado, lembrando-se daqueles que já nem se recordam mais quem foram, enfraquecidos pelo vazio de suas vidas.

Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta e no aconchego de sua família, lembrando-se daqueles que mal alimentam-se do pão e sequer um lar têm.

Que você O encontre não apenas no presente que troca, mas principalmente na vida que

Ele lhe deu como presente.

Que você lembre-se, então, de agradecer por ser uma pessoa privilegiada em meio a um

mundo tão contraditório!

Que você também encontre Jesus à meia-noite do dia 31 e sinta o mistério grandioso da vida,

que renasce junto com cada ano.

Então festeje ... o ano que acabou não apenas como dias que se passaram e sim como mais

um trecho percorrido na estrada da sua vida!

Festeje a alegria que lhe extasiou e a dor que lhe fez crescer!

Festeje pelo bem que foi capaz de fazer e pelo mal que foi capaz de superar!

Festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota!

Festeje por estar aqui!

Festeje a esperança no ano que se inicia, no amanhã!

Festeje a vida!

Abra os braços do coração para receber os sonhos e expectativas do ano novo.

Rodopie... jogue fora o medo, sinta a vida!

Sonhe, busque, espere ... ame e reame!

Deixe sua alma voar alto ... pegar carona com os fogos coloridos.

Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: eles também chegarão ao céu.

Irão se misturar às estrelas, irão penetrar no Universo e voltarão cheios de energia para tornarem-se reais. Basta você querer de verdade, ter fé e nunca, NUNCA desistir deles.

E que seu ano seja, então, planificado de bênçãos e realizações.

(Colaboração de Ana Celsa - texto de Fernanda Campos Scialla).

|DO: | Camurça camurca368@ |

Meu caro Helinho:

 Há anos atrás, faz tempo, numa de suas viagens, você disse que se encontrava na Holanda, em Amsterdam, salvo engano. O fruto de minhas leituras no Livro das Belas Ações, no Tesouro da Juventude, eu guardei na memória que um menino se tornara herói ao notar que na barreira de pedras e cimento, para deter o avanço do mar, - estava deixando passar bastante água  para dentro da área urbana. O menino entendeu a mensagem do mar: se as águas destruíssem aquela barragem, a cidade ia ficar debaixo d’água. Não pensou duas vezes: colocou a mão e vedou o orifício, e foi ficando, até ser notado pelos passantes que providenciaram reforços e meios materiais para concluir a vedação.

 Este é o básico da história: um ato de heroísmo!

 Você recebeu o meu e-mail e foi conferir a minha lembrança com uma estátua que havia visto bem na entrada do hotel, ou na mesma rua ou canal... E lá estava o nosso herói: o Hans(*) com a mão

estirada como se estivesse detendo o aumento do buraco... 

A maior das coincidências desta vida de viajante!...  Lembra?

Minha Turma Duque de Caxias está bolando algumas viagens internacionais para 2014. Quando vi o PPS que o colega envia aos colegas de Turma, eu vi a alternativa "HOLANDA" e me lembrei desta história do menino e da coincidência de você ter visto a estátua à entrada do seu Hotel. Receba um forte e saudoso abraço, CAMURÇA - um memorialista de meia tigela, mas corajoso nas coincidências da vida!

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DO: Hélio Barros hgcbarros@

Camurça, secretário memorialista e frei nas horas vagas.

Claro que lembro, inesquecível. É isso, meu caro amigo, os encontros e desencontros é que fazem a vida mais interessante. Gostei do "corajoso nas coincidências da vida". Bela frase.

Continuo vagando mundo afora, não tanto com a mesma diversidade do velho Russak, mas vou juntando lugares e memórias que me enchem de prazer. Sem perder a referência da terrinha, porque afinal nunca conseguiria viver longe de minhas raízes... Abraço saudoso e amigo,  Helio 

O Pequeno Herói da Holanda

A Holanda é um país cuja maior parte do território fica abaixo do nível do mar. Enormes muralhas chamadas diques são o que impede o Mar do Norte de invadir a terra, inundando-a completamente. Há séculos o povo se esforça para manter as muralhas resistentes, a fim de que o país continue seco e em segurança. Até as crianças pequenas sabem que os diques precisam ser vigiados constantemente e que um buraco do tamanho de um dedo pode ser algo extremamente perigoso.

Há muitos anos, vivia na Holanda um menino chamado Peter. Seu pai era uma das pessoas responsáveis pelas comportas dos diques. Sua função era abrí-las e fechá-las para que os navios pudessem sair dos canais em direção ao mar aberto.

Numa tarde do início do outono, quando Peter tinha oito anos, a mãe o chamou enquanto brincava: - Venha cá, Peter. Vá levar esses bolinhos do outro lado do dique para o seu amigo cego. Se você andar ligeiro e não parar para brincar, vai chegar em casa antes de escurecer.

O menino gostou da tarefa e partiu feliz da vida. Ficou um bom tempo com o pobre cego, contando-lhe sobre o passeio da vinda e o sol e as flores e os navios lá do mar.

De repente, lembrou-se da mãe dizendo para voltar antes de escurecer, despediu-se do amigo e tomou o rumo de casa. Quando passava pelo canal, percebeu como as chuvas tinham feito subir o nível da água e que elas estavam batendo forte contra o dique, e pensou nas comportas do pai.

"Que bom que elas são tão fortes! Se quebrassem, o que seria de nós? Esses campos lindos ficariam inundados. Meu pai sempre diz as águas estão "zangadas". Parece que ele acha que elas estão zangadas por ficarem presas tanto tempo".

O menino parava a toda hora para pegar umas florzinhas azuis que cresciam à beira do caminho, ou para escutar o barulhinho dos coelhos andando pela relva. Mas, com maior freqüencia, sorria ao pensar no pobre cego que tão poucos prazeres tinha e tanto apreciava suas visitas.

De repente, percebeu que o sol estava se pondo e escurecia rápido. " Minha mãe vai ficar preocupada", pensou ele, já correndo para chegar logo em casa.

Nesse exato momento, ouviu um barulho. Parecia água respingando! O menino parou e foi procurar de onde vinha. Encontrou um buraquinho no dique por onde estava correndo um fio de água.

Qualquer criança na Holanda morre de medo só de pensar num vazamento dos diques. Peter compreendeu o perigo imediatamente. Se a água passasse por um buraco qualquer, de pequeno ele logo se tornaria grande, e todo o país seria inundado. O menino prontamente percebeu o que deveria fazer. Jogou fora as flores, desceu a encosta lateral do dique e enfiou o dedo no furo.

A água parou de vazar! E Peter ficou pensando com seus botões: "Ahá! As águas zangadas vão ficar presas. Posso contê-las com meu dedo. A Holanda não vai ser inundada enquanto eu estiver aqui."

Correu tudo bem no início, mas logo escureceu e esfriou. O menino começou a gritar bem alto: - Socorro! Alguém venha até aqui! Mas ninguém ouviu; ninguém veio ajudar. Foi fazendo cada vez mais frio; o braço começou a doer e a ficar dormente. Ele tornou a gritar: - Será que ninguém vai vir aqui? Mãe! Mãe!

Mas ela já tinha procurado pelo menino muitas vezes desde que o sol se fora, olhando pelo caminho do dique até onde a vista alcançava, e decidiu voltar para casa e fechar a porta, achando que ele havia decidido passar a noite com o amigo cego, e estava disposta a ralhar com ele no dia seguinte de manhã por ter ficado fora de casa sem sua permissão.

Peter tentou assobiar, mas os dentes batiam de frio. Pensou no irmão e na irmã, aconchegados no calor de suas camas, e no pai e na mãe queridos. " Não posso deixá-los afogar. Preciso ficar aqui até que alguém venha, mesmo que passe a noite inteira."

A lua e as estrelas brilhavam, iluminando o menino recostado numa pedra junto ao dique. A cabeça pendeu para o lado, os olhos fecharam, mas Peter não adormeceu, pois a toda hora esfregava a mão que estava detendo o mar zangado.

"De alguma forma, eu vou agüentar!" pensava ele. E passou a noite inteira ali, contendo as águas.

De manhã, bem cedinho, um homem a caminho do trabalho achou ter ouvido um gemido enquanto passava por cima do dique. Inclinou-se na borda e encontrou o menino agarrado à parede da muralha. - O que aconteceu? Você está machucado?

- Estou contendo a água do mar! - gritou Peter. - Mande vir socorro logo! O alerta foi dado imediatamente. Chegaram várias pessoas com pás, e logo o furo estava consertado. Peter foi levado para casa, ao encontro dos pais, e rapidamente todos ficaram sabendo que ele lhes havia salvo as vidas naquela noite. E até hoje, ninguém se esquece do corajoso pequeno herói da Holanda.

 (Adaptação do original de Etta Austin Blaisdell e Mary Frances Blaisdell) (Fonte: .br)

Do: Camurça camurca368@

Prezado amigo Glauco Fonseca:

Solicito ao amigo me informar a data do óbito do nosso amigo

Osmar Vaz de Mello da Fonseca para constar na Galeria dos Falecidos de nossa Turma de EPF.

Atenciosas saudações, Cel João Bosco Camurça

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DO: Glauco Fonseca glaucofon@.br

Bom dia, quero agradecer o carinho e informar a data de falecimento do papai: 17/08/2013.

Atenciosamente, Glauco

DO: 284 - Rubião - rubigtor@.br

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Don Juan Basco: Buenos dias.

Realmente o nosso site está fora do ar desde março. Estou tentando um hospedeiro daqui de Maceió para facilitar as operações. Aguarde mais um pouco. Rubião.

DO: 2 - Fonseca - midafonseca@

Caro amigo Camurça

Segue uma foto do almoço com o Rubião e Alari no Clube Militar/Lagoa, no dia de hoje, 12 de junho. Compareceram o Rêgo/Martha, o Bosco e eu, além dos visitantes. Infelizmente a Conceição não pode comparecer, por ter viajado para Angra dos Reis, ontem, para cumprir compromisso judicial, ligado à sua família, naquela cidade. Naturalmente, o ambiente foi muito descontraído, agradável e amigo. Muitas lembranças revividas, algumas sendo motivo de espontâneas gargalhadas. Nos retiramos por voltas das 16 horas. Abraços, Fonseca.    

DO: 284 - Rubião - rubigtor@.br

Passados 70 anos, eis o que aprendi:

O Tempo passa. 

A vida acontece. 

A distância separa. 

As crianças crescem. 

Os empregos vão e vêem. 

O amor fica mais frouxo. 

As pessoas não fazem 

o que deveriam fazer. 

O coração se rompe. 

Os pais morrem. 

Os colegas esquecem os favores. 

As carreiras terminam. 

Mas..... os verdadeiros amigos estão lá, 

não importa quanto tempo e quantos

quilômetros estejam entre vocês. 

Um amigo nunca está 

mais distante do que o alcance de uma necessidade, 

torcendo por você, 

intervindo a seu favor e esperando você de braços abertos; 

abençoando sua vida! 

Todos nós, quando iniciamos esta aventura chamada vida, 

não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante, 

nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros. 

Moral da história: A amizade não se resume só em horas boas, de alegria e festa. 

Amigo é para todas as horas, boas ou ruins, tristes ou alegres. 

CONSERVE SEUS AMIGOS! PERDOE AS DESAVENÇAS QUANDO HOUVER, SEJA FELIZ AO LADO DELES PORQUE O VALOR QUE ELES TÊM NÃO TEM PREÇO...

N.R. “AS AMIZADES ESCOLARES SÃO PARA SEMPRE!

(Camurça)

Questões

de Vida

AI DOS INGRATOS!

Fernando Velloso

Uma das virtudes mais importantes é a gratidão. Trata-se do instrumento de que nos valemos para manifestar reconhecimento a quem nos tenha sido útil, a alguém que, em situação delicada, nos tenha socorrido, ajudado a ultrapassar um obstáculo, vencer alguma dificuldade. É, sem dúvida, um dos mais nobres sentimentos do homem.

Causa muita alegria ser retribuído com um gesto de agradecimento; é muito significativo receber um terno sorriso ou uma palavra de afago, em retribuição a algo que se tenha feito ou proporcionado. Por outro lado, como demonstra nobreza de caráter quem o faz!...

Quando prestamos algum apoio a alguém, devemos fazê-lo despretensiosamente. Na certa, a recompensa há de vir de Deus, que está ciente de cada uma de nossas ações. No entanto se, em troca, recebemos com surpresa um gesto de ingratidão, é comum que sintamos dor e, até, indignação. Mas, na verdade, compreendendo a complexidade da vida, entendendo o quanto, muitas vezes, pessoas estão involuntariamente privadas de seus mais nobres sentimentos, o melhor que se deve fazer, é perdoar.

Quando uma árvore deita sombra a terreno vizinho, deixando de dedicá-la àquele que a plantou, ela está à cata de melhor posição, à procura de condições ideais, aquelas que lhe sejam as mais favoráveis; não tem compromissos – e claro que, como árvore, não os teria! - com eventuais necessidades de quem a plantou, de quem lhe deu proteção aos primeiros tempos, de quem a ajudou a florescer...

Assim procedem pessoas ingratas. Estas, sim, ao comportarem-se de modo totalmente avesso ao que se poderia esperar, devem merecer a nossa compaixão: na verdade, a ingratidão é própria de quem não está em paz consigo mesmo. Pobre dos ingratos, porque vivem em conflito e são, normalmente, egoístas e invejosos; preocupam-se apenas com seus interesses... São incapazes de reconhecer o sentimento de bondade alheia, pois, quase sempre, estão envolvidos com seus próprios problemas e tormentas.

Portanto, diante de um deles, o melhor que se faz é ter a nobreza de compreender suas carências e estimar que, ao longo da vida, venha a adquirir sabedoria e a encontrar o amor, capazes, possivelmente de lhes modificar o coração!

N.R. Fernando de Castro Velloso é meu colega de turma da AMAN 62, Coronel, Engenheiro Militar, Professor de Português e Informática do Colégio Militar de Brasília.

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OBITUÁRIO

Lastimamos as perdas ocorridas no período:

• OSMAR VEZ DE MELLO DA FONSECA - 17.08.2013;

• SUELY PERES RAMOS – Esposa do Wildson - 06.09.2013;

• HÉLIO IZAIAS DE MACEDO - 25.09.2013

Às famílias enlutadas, o nosso pesar. Dai-lhes o descanso eterno, Senhor. E da luz perpétua o resplendor. Descansem em paz. Amém. (Do Manual do Militar Cristão - EPF 1956)

PROFESSORES DA EPF 1950 - Vocês lembram os nomes e as respectivas matérias que lecionavam?

Na próxima Edição complementaremos e/ou corrigiremos.

E aqui, duas obras interessantes do Cap. QCO Janote Pires Marques, professor e pesquisador do Colégio Militar de Fortaleza.

Os livros podem ser adquiridos através do e-mail: alfarabius-cearenses@.br ou pelo site: alfarabiuscearenses..br

Caros colegas, Aderentes e leitores;

Nossos entrevistados do semestre são: o FONSECA (2) e o RUBIÃO (284). Mas, desta vez, “...tudo vai ser diferente”... Como canta o “rei” Roberto Carlos, que por sinal, fez um show este ano, inédito, com produção da Rede GLOBO, arrancando lágrimas e muita emoção das nossas “meninas”! Enfim... Vamos colocar aqui as respostas dos nossos entrevistados, sem as tradicionais perguntas e sim, exatamente conforme eles redigiram, para não perder a essência dos sentimentos aqui registrados por cada um e que nos fazem tanto bem ler, reler e recordar! E começaremos ilustrando o texto com esta foto daqueles tempos! Quem souber os nomes e as matérias que ensinavam, colabore!

NOSSO PRIMEIRO ENTREVISTADO:

2. - Manoel Indiano da Fonseca

REALMENTE NÃO TENHO NENHUM SINAL PARTICULAR, que possa ser considerado importante para uma identificação.

SOU O QUARTO FILHO DE CINCO, SENDO UM IRMÃO E TRÊS IRMÃS. Destes, só uma irmã é um ano mais nova. Os demais são mais velhos. Nestas condições, minha partida não significou um grande abalo na família. CURSEI O ANTIGO CURSO PRIMÁRIO NO COLÉGIO SÃO LUIZ GONZAGA e com o inestimável auxílio de uma professora particular. Posso atestar esta contribuição, por ter sido aprovado no famoso Exame de Admissão no Colégio Maranhense dos Irmãos Maristas, na época um dos mais procurados. Cursei o primeiro ano de então curso científico no Liceu Maranhense (colégio estadual), mas, ao final deste, já estava aprovado no concurso da EPF.

O 4º ALOJAMENTO FUI CERCADO POR VETERANOS MUITO TRANQUILOS, cujos trotes não causaram qualquer lembrança traumática. Meu companheiro de beliche era o 4 - Looel, exímio jogador de vôlei e basquete. Seu único trote foi me determinar dormir na cama inferior (que era a dele) e arrumar a sua cama, como era o dever de cada um. Um fato interessante a respeito, foi o que ele, Looel, teria dito a um dos nossos amigos comuns, sobre esse trote : “Se eu soubesse que iria sair General, não teria dado trote nele !” Claro que foi uma brincadeira... Lembro, também, do 54 - Veneu (odiava ser chamado pelo apelido, Garrafa), o 6 – Ricardo (Pica-pau) e outros “calouros”. Daquela área, o mais “náuseo” era o 114 – Castelo Branco, mas, por justiça, devo dizer que nunca me deu trote.

FOI UM PERÍODO MUITO AGRADÁVEL, EFICAZ E PRODUTIVO. Excelentes companheiros, excepcionais professores e instalações adequadas e amplas. O banho coletivo foi a maior novidade. Nunca havia imaginado algo semelhante. Lembro bem dos professores: os Cel Brito Passos, da Física, Jesus, da Química, Felizardo (Batidinha), da Geometria, Dias Macedo (Pirita), da Aritmética, Carvalhedo (Paqui), da Álgebra, Alencar (João da Égua), da Álgebra. Do Garfo, da Biologia, lembro do apelido. O Pe Pita, do Português. Lembro do Prof Valnir. Obtive apreciável rendimento escolar, que me foi muito útil por toda a vida escolar. Quanto aos demais, só guardei na memória a D. Ninoca, o médico, o Dr Climério e o corneteiro. Não guardei o nome deste, mas sei que tocava corneta excepcionalmente.

NADA FICOU NA MINHA MEMÓRIA SOBRE ESTE FATO. CREIO NÃO ESTAR PRESENTE NO ENCERRAMENTO DO CURSO. Caso esta versão seja verdadeira, não consigo lembrar o motivo. Sei que tinha necessidade de realizar uma cirurgia para extrair as amígdalas, antes de viajar para a AMAN. Elas muito me incomodavam e o clima de Resende por certo agravaria o problema, segundo os médicos. Não sei se pedi autorização para viajar antes e me foi concedida.

EM VERDADE, FUI INCORPORADO À 3ª CIA DO CURSO BÁSICO. O Cmt da Cia era o Cap Eudes e o Cmt Pel era o Ten Cav Morais. O ambiente foi completamente alterado. Estávamos divididos em apartamentos de 12 cadetes, em 6 beliches. Muitos dos meus mais chegados amigos da EPF foram para outras Companhias. Ao mesmo tempo passei a conhecer novos companheiros e amigos de outras regiões do País, sobretudo os gaúchos, oriundos da EPPA, com seus hábitos e linguajar característicos. Fui aluno de excelentes professores, novamente. A única novidade era a instrução militar, bem mais intensa, todas as sextas-feiras. Na época me impressionaram as suntuosas instalações acadêmicas.

REALMENTE O CURSO BÁSICO PASSOU RÁPIDO, AINDA QUE INTENSO EM ATIVIDADES. Causava-me admiração as grandes solenidades, como o recebimento do Espadim. A meticulosidade da preparação e treinamento e o rigor na execução. Só fui ter a visão do conjunto, anos mais tarde, ao retornar à AMAN, como instrutor, e ver a solenidade dos andares mais elevados.

ALGUNS JÁ ENTRAM ORIENTADOS PARA A ESCOLHA DA ARMA, QUADRO, SERVIÇO. A experiência do Colégio Militar, a influência de pais e/ou irmãos e outras, às vezes determinam a escolha. Não tive nenhuma orientação. Foi escolha exclusiva minha. Mas, algumas condicionantes foram decisivas. O Regulamento da AMAN, na época, estabelecia a continuação dos Cursos de Engenharia, Comunicações e Material Bélico no IME. Por outro lado, entre as três opções, a minha inclinação natural era para área de eletrônica/eletricidade. Creio que os dois fatos, juntos, contribuíram para a escolha pelas Comunicações.

FUI ASPIRANTE NA 5ª CIA DE COMUNICAÇÕES, EM CURITIBA-PR. Convivi com diversos Oficiais de Engenharia mais antigos que, na época, serviam nas OM de Com. Alguns optaram pela Arma de Comunicações. Servi, ainda, na AMAN/Curso de Comunicações, como Tenente (63-64); IME (65-66-67); QG/Grupamento de Elementos de Fronteira, posteriormente Comando Militar da Amazônia e 12aRM, na Seção do Serviço Rádio, Manaus-AM (68-69-70); AMAN/Curso de Comunicações, com Capitão (71-72-73); EsAO, como aluno (74); Comandante da 4ª Cia de Comunicações, Belo Horizonte-MG (75-76); EsAO, como Instrutor (77-78-79); ECEME, como aluno (80-81); CMA/12ª RM, Manaus-AM (82); AMAN/Curso de Comunicações, como Ten Cel Comandante de Curso e Instrutor Chefe (83-84); Missão Militar Brasileira de Instrução do Paraguai, Assunção, como Instrutor (85-86); Comandante do 3º Batalhão de Comunicações de Exército, Porto Alegre-RS (87-88-89); ECEME/CPAEx (90); Diretoria de Material de Comunicações e Eletrônica (DMCE), Brasília-DF, como Chefe de Gabinete (91-92-93); Comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, Corumbá-MS (94); DMCE, Brasília-DF, como Diretor (95-96-97); Secretaria de Tecnologia da Informação, Brasília-DF, como Subsecretário (98-99); Comandante da 7ª RM/7ª DE, Recife-PE (2000-2001), cargo em que passei para a Reserva. Como se pode ver, fiz o IME e a EsAO e optei pela Linha do Ensino Militar Bélico em 1975.

CONHECI A CONCEIÇÃO EM 1963, quando era Tenente na AMAN. Apesar de residir em Angra dos Reis, sua cidade natal, frequentava muito a casa de uma irmã, residente em Resende. Casamos em janeiro de 1967 em Angra dos Reis. O dado curioso é que foi na época das grandes enchentes no Rio de Janeiro. Em resumo: o noivo só conseguiu chegar em Angra no dia do casamento, pela manhã, depois de pernoitar na estrada, interrompida por queda de barreira. Daí para frente não houve mais problemas... Fomos privilegiados com duas filhas e um neto.

OS ENCONTROS DA TURMA foram excelentes oportunidades para rever os amigos e conviver agradavelmente, ainda que por poucos dias. A memória já falha e não posso precisar nem quantos ocorreram. Infelizmente, levaria muito tempo para pesquisar os meus arquivos implacáveis, até por que eles estão espalhados em Vila Velha e Rio. Tenho o hábito de guardar dados de todas as viagens que realizo: passagens aéreas, recibos de hotéis, e etc. Por eles seria possível reconstituir alguns fatos. Sei que fui a quase todos. O quase é porque não pude ir ao de Aracaju, organizado pelo querido Gildão. Ainda estava na Ativa e algum motivo me impediu, não recordo. Lamentei muito, em especial quando me relataram o sucesso desse encontro. Estive nos de Fortaleza (foram vários), nos de Maceió (2?), no de Recife e no de Zurich. Todos foram excelentes. Creio que a parada se deve a motivos diversos. Os custos financeiros são significativos para os participantes, os quais, em determinados momentos, focam em outras necessidades. Por exemplo, em 2012 e 2013 estava voltado para visitar o meu neto nos EUA, cursando um ano de engenharia química. Neste período, não poderia acumular outro compromisso financeiro de porte. E assim, cada um tem um motivo. A organização também é onerosa em recursos e em tempo, sacrificando a disponibilidade de cada um. Creio firmemente que eles serão reativados.

A minha mensagem final é: PARA FRENTE! CUSTE O QUE CUSTAR!

Rio 2011 - Encontro da EPF - Cinquentenário da TURMA TC PORTO BARBOSA - Missa em Ação de Graças Igreja de São José - Lagoa

Agora, com a palavra, o 284 - RUBIÃO:

Sobre sinais particulares.

Realmente não tinha sinais particulares. A careca só começou a aparecer no 2º ano da AMAN, em 1960. O terço final do anular direito, perdido num acidente com a aliança de noivado numa pelada de futebol aconteceu no 14º RI em 1962 (era Asp Of); estavam perto de mim o Lobo e o Cap Clidenor.

Chegada ao 4º Alojamento da 2ª Cia em 06 Mar 56.

Vínhamos no Navio Barroso Pereira, da Marinha de Guerra: o pessoal do Rio, Minas, Alagoas e Pernambuco. Aportamos no Mucuripe às 9h e uma equipe da EPF estava a nos esperar em um ou dois caminhões comercias. Chegamos no alojamento já perto da hora do Toque de Silêncio e o trote comeu no centro. Minha cama e armário ficavam já na saída para os banheiros, do lado direito de quem ia para o 3º Alojamento. Meus vizinhos eram o 292 - Moreira Lima, o 260 - William e o 282 - Diniz. O 274 - Mascarenhas também ficava por perto, assim como o 214 - Mauro e o 220 - Cuiabano. Mas éramos cercados por um belo naipe de veteranos como o 170 - Xerez, o Ivalber, o 202 - Santos e o 180 - Phebo, todos náuseos e trotistas.

Sobre a turma T - 13.

Era uma turma mista com os números mais altos da 1ª e da 2ª Cia. Os números mais baixos da 1ª compunham a T - 11 e os da 2ª Cia a T -12. Do Primeiro dia de aula não me lembro bem; afinal lá se vão quase 60 anos. Mas tenho perfeita recordação dos intervalos de aula e das performances de cada professor. Não estranhei muito, pois vinha de um curso ginasial num Colégio Marista de Maceió com regras disciplinares muito parecidas com as da EPF. Dos colegas me lembro de todos.

Da diversidade de origem de alguns colegas.

Comecei a sentir aí o tamanho da irmandade que eu iria fazer parte. Com o passar do tempo, incorporei o modo de falar do pessoal do Rio, no que fui muito criticado pelos meus amigos de Maceió, quando retornei para as primeiras férias. Ainda bem que me corrigi a tempo.

O primeiro dia de atividades.

O recebimento dos uniformes na porta do escritório da Dona Ninoca foi um transtorno para mim. Saí para o alojamento com um saco de roupa contendo calças, gandolas, um gorro, calção, um roupão, camisetas, dois pares de bozerguins, material de higiene individual e um par de coturnos (aquele com fivelas no cano). Ao chegar ao Alojamento o Ten Farias já determinava em voz alta uma formatura de imediato com o uniforme interno. Eu calçava 41 e tinha recebido dois pares de borzeguins 39. Fiquei apavorado e fui socorrido pelo Plantão da Hora, o 140 – Leitão, que me emprestou um dos pares dele. Fiquei amigo do Tubarão e essa amizade se prolonga até hoje, quando nossos filhos convivem como primos-irmãos. A Formatura para o Rancho, a Formatura Matinal, a da Leitura do Boletim eram novidades para um jovem imberbe. Tinha só 15 anos. Apesar do meu mano Platão cursar o 2º ano e ter me dado boas dicas, ficava impressionado com a liderança do Cap Studart (O Gato) e a cordialidade do Ten Nunes (O Faruk). Marchar para mim era fácil, pois era componente da Banda Marcial do colégio em que fui ginasiano.

Da 1ª aula ao Juramento da Bandeira. O que houve de notável?

O trote. Sem dúvida alguma era algo que metia medo a todos e procurávamos fugir usando toda sorte de expediente. O gorro atolado nos identificava (e até nos constrangia) e ficávamos na mira dos calouros e veteranos. Nós do 4º Alojamento ficamos muito marcados com o desligamento do 286 – Mitidieri que por herdar o nº do Curió, foi submetido a uma bateria excessiva de trotes e surtou. Felizmente a noite de São Bartolomeu chegou e nos libertamos no dia seguinte (25 Ago) com o Juramento da Bandeira.

A chegada para o 2º ano. Colegas que chegaram e saíram. O clima como calouro.

Lembro-me bem. Perdemos o 94- Rubens que foi jubilado, assim como o 211- Célio da 1ª Cia. Foram para a EPSP o 250- Sócrates, o 216 –Wanderlei (era o goleiro do time), o 212 – Oiram e da 1ª Cia, acho que o 155 – Cyro. Chegaram alguns do CM do Rio. Acho que o Felix (o Ratinho - que tocava saxofone) e outro colega que agora estou esquecido do nome – sei que era parente de uma família de militares do Ceará, saiu Asp Of em 62, fez ECEME na minha turma e comandou o Btl de Cascavel. Foi neste ano de 1957 que comecei a correspondência firme com a namoradinha (Alari) que ficou em Maceió. Mas logo no início do ano letivo fui preso no 23º BC por ter aplicado trote nos bichos; fui orientado por um Oficial para não dar trotes físico e sim os mais leves e de gozação; fiquei com medo de ser desligado e ¨baixei a bola¨.

Como foi o ¨Augustíssimo¨ Rubião no ano de 1958?

Vivi o ano de 1958 como o supra sumo da realização. Feliz pela carreira que tinha abraçado, saindo-me bem nos estudos, e gozando a bicharada com os trotes. Meus escudeiros eram o Maurão e o Wildson; saíamos juntos percorrendo os outros alojamentos e lavávamos a burra da bicharada. Aliás desde o 2º ano, como calouro, dei muito trote na turma que entrou em 57. Apesar do trote enquadrar o bicho e fazer com que ele reconheça a hierarquia, tive problemas como Oficial com alguns colegas das turmas de 62 e 63 que custaram a aceitar a nova situação. Mas voltando ao ano de 1958, lembro-me muito bem do nosso Cassino, quando os ¨augustíssimos¨ ali mandavam e desmandavam, podiam controlar eletrola e curtíamos muito as músicas de Elvis Presley; foi ali no Cassino que ouvimos o jogo final da Copa do Mundo: Brasil 5X2 Suécia; e ficamos sabendo que existia uma figura chamada Pelé... Mas me marcou muito o Baile de Despedida com a frente da Enfermaria decorada como se fosse o Palácio da Alvorada.

Solenidade de encerramento do curso no Auditório e Passagem do Estandarte.

Não compareci a esta solenidade. Tive autorização para viajar antes dela, pois a passagem pelo Lóide Aéreo já chegou de Maceió marcada.

A AMAN e o Curso Básico.

De Maceió, acho que em fevereiro de 59, fui ao Recife pegar o avião da FAB que vinha de Fortaleza para o Rio com os epefianos. Já noite chegamos ao Colégio Militar do Rio e ali passamos uns dias antes de seguir de trem para Resende. Foi nesta ocasião em que o 83 nos deu o macete para pegar o bonde do Grajau. A viagem de trem para Resende ao final de uma tarde, passamos por Anchieta e saudamos os familiares do Adyr. Chegamos na AMAN às 23 hs, e a água fria me espantou. Fui designado para a 2ª Cia do C Bas do Cap Potyguara e dos Tens Salvador e Drindelt. O Instrutor Chefe do Curso Básico era o Maj Affonso Celso Bodstein.

Por que a Infantaria como primeira opção?

A escolha da Arma pelo Cadete se dá muito em função com os quartéis onde deseja servir após o Aspirantado. No Básico da AMAN apesar das demonstrações das Armas e da Intendência, o cadete não possui a capacidade de diferenciá-las devidamente conforme suas aplicações. Por exemplo: na ECEME, com os exercícios de Exército de Campanha, passei a dar muito valor à Intendência. Realmente, sem os Logísticos nada se consegue. Como sempre pensei em servir em Maceió, escolhi desde cedo a Infantaria, pois assim teria mais oportunidade de servir em Maceió e no Nordeste, o que afinal acabou acontecendo.

As OM em que servi .

Cara, dá um livro. Aspirante no 14º RI em Socorro – Jaboatão dos Guararapes. Colado com o Recife. Com menos de um ano, meu sogro falou com um senador, este com o Chefe da Casa Militar e em Fev 62 fui transferido para o 20º BC em Maceió, já 2º Ten. Após dois anos, o Gildão me convidou para servir no 1º BPE – Rio, em Mai 64. Aceitei e um ano e seis meses depois, o mesmo Gildão que já tinha partido pra Brasília, novamente se virou para que eu fosse para o BPEB, em Set 66. Ali fui promovido a Cap em Dez 67 e voltei para o 20º BC em Maceió, graças a um primo meu da turma de 56 que servia na DPA. Aqui fiquei por quatro anos até a EsAO em 72. Após o curso fui classificado no 14º RI e no fim do ano de 1973 fui designado Instrutor do CPOR/7 em Recife, onde permaneci até Mar 77, quando fui transferido para o Comando da Cia de Cmdo da 10º Bda Inf Mtz que estava sendo criada. No fim do ano fui promovido a Maj e mandado para o 71º Btl Inf Mtz em Garanhuns – PE. Em Out de 78 fui aprovado no concurso da ECEME e na Praia Vermelha passei os anos de 79 e 80. Depois dois anos no EM da 10ª Bda de Inf Mtz no Curado, em Recife (81 e 82) e mais dois anos no EM da 7ª RM/DE no Recife, na Rua do Hospício. Ali em Fev 85 fui para a Reserva.

Como ¨Embaixador¨ da turma.

Quase dez anos depois da Reserva, o Bini estava comandando a 7ª Bda de Inf Mtz em Natal e convidou os colegas de Inf que moravam no Nordeste para passar um fim de semana com ele. Fomos eu, o Carlito Lima( Rosinha), o Gildão, o Lobo, o Santabaia, o Coelhão e o Leitão. Só o Rosinha e o Santabaia foram solteiros. Aí nasceu a idéia de reunião dos epefianos e em 94 ou 95 fizemos uma reunião em Fortaleza, e nunca mais paramos. Vieram reuniões em Maceió, Aracaju, Recife, Rio e em Zurique. Agora após os 70 tá difícil de motivar o pessoal, mas de 96 a 2011 por onde eu passava, nas viagens de lazer com Alari, onde tinha um epefiano, procurava contatar com o(s) colega(s) e motivá-lo(s) para as reuniões. Assim aconteceu em Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro.

Minha vida particular.

Conheci a Alari em 1950 quando cursávamos o 3º ano primário no Grupo Escolar aqui em Maceió. Eu já olhava para ela com olhos de gavião, mas... a pureza da infância falou mais alto. No carnaval de 56, já aprovado no concurso da EPF, dançamos uma matinée da terça-feira gorda e lhe disse que iria para Fortaleza; num intervalo musical ela sumiu com seus pais e irmãos e só vim a rencontrá-la num baile de gala do Clube Português em 24 Dez 56, eu já fardado de verde e branco. Daí começamos a namorar, dois anos de EPF e três de AMAN. Cartas e mais cartas. Como Aspirante noivamos, e casamos em Mar 63. Hoje estamos sós na nossa casa-chácara de Paripueira. Os filhos Ana Rúbia, Rubião Jr, João e Ana Raquel, criados e casados nos deram 11 netos.

Em 74, estudando de noite, me formei em Engenharia Civil na Politécnica do Recife. Na reserva trabalhei 10 anos na COHAB – AL e mais quatro anos como calculista da Building Engenharia. Em 2009/2010 pendurei as chuteiras e hoje me dedico só a curtir os netinhos em constantes viagens a Petrolina, Recife e Rio. Uma engenheira na Alemanha fazendo doutorado, um engenheiro no Rio, três universitários, das quais uma no ITA em São José dos Campos, quatro no curso médio e dois no primário. Agradeço a Deus pela família que ele me deu.

OS FINALMENTES...

Nossa turma Epefiana hoje é uma grande família com a adesão das irmãzinhas, nossas esposas. Não esmoreçamos no comparecimento às reuniões. Sei que a idade está pesando, mas pelo menos ao passarmos por algum lugar onde resida um colega, façamos o contato e marquemos um encontro. Ele será de muita valia para a amizade cultivada desde os bancos escolares.

Não nos esqueçamos dos que se foram. Na Igreja de Stº Amaro, aqui em Paripueira, neste dia 17, sábado passado, rezei pela alma do Locarno, no seu aniversário de morte.

Agradeço a Deus por ter uma segunda família: a Epefiana.

PARA A FRENTE CUSTE O QUE CUSTAR!

Estávamos com saudades...

Um grande abraço,

Camurça e Ana Celsa[pic]

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