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<sec??o> Social<etiqueta> habita??o <título> Novo paradigma de habita??o para seniores <entrada> Em sociedades que valorizam todas as gera??es, os desafios habitacionais para os mais velhos podem ser revistos à luz de um novo paradigma. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa dá o seu contributo com uma nova estrutura habitacional que promove a intergeracionalidade. Texto de Maria Eduarda Napole?o [Coordenadora do Programa especial de acompanhamento e avalia??o das estruturas residenciais instaladas em edifícios de interesse patrimonial/histórico. Departamento de Ac??o Social e Saúde | Departamento de Gest?o Imobiliária e Património]O envelhecimento apresenta-se como um dos dilemas centrais do século XXI. Nas últimas décadas registou-se um aumento contínuo do número de idosos, com o prolongamento da esperan?a média de vida por oposi??o à queda da natalidade, o que contribuiu para transformar as sociedades mais desenvolvidas em sociedades envelhecidas. ? medida que a pessoa envelhece, a sua qualidade de vida é determinada, em grande parte, pela sua capacidade de manter a autonomia e a independência. Tal constata??o fez surgir o conceito de esperan?a de vida saudável, que significa por quanto tempo podem as pessoas esperar viver sem incapacidades.O objectivo é melhorar a qualidade de vida, através de estratégias que promovam a redu??o dos factores de risco associados a doen?as crónicas, permitindo um envelhecer saudável e produtivo, gerando menor utiliza??o dos recursos sociais e de saúde. Isso pode ser conseguido através de abordagens efetivas para a modifica??o do estilo de vida das pessoas, redu??o do sedentarismo, do tabagismo, controlo do peso, alimenta??o saudável, vida emocional e social saudável.O desafio n?o é “como viver mais” mas sim “como viver melhor”. Alimentar-se corretamente, gerir o stress, praticar atividade física e controlar o peso corporal n?o somente evita ou retarda a mortalidade por doen?as crónicas, mas possibilita também que eventos graves, que reduzem a qualidade de vida, sejam adiados por vários anos.?Indicadores do envelhecimento segundo os CensosEm Portugal, as proje??es em termos demográficos até 2050 indicam que apenas o grupo dos maiores de 65 anos crescerá, estimando-se que atinga os 32% da popula??o. Tendo em considera??o esta perspetiva, torna-se imprescindível repensar os padr?es associados ao envelhecimento, à habita??o e aos cuidados.Se, por um lado, as políticas e os programas de envelhecimento ativo devem favorecer o equilíbrio da responsabilidade pessoal, isto é, o cuidado com a própria saúde e a dos membros da família, por outro, é fundamental analisar as quest?es ligadas à habita??o e ao urbanismo, uma vez que todos os outros grupos etários diminuir?o nas próximas quatro décadas. <intertítulo> Vida independente para a idade maior In This Article Neste artigo As we age, many of us are faced with the prospect of revising our living arrangements.? medida que envelhecemos, iremos ser confrontados com a perspetiva de rever as nossas condi??es de vida. If you feel overwhelmed by home upkeep, cut off from transport and social amenities, or simply want more companionship with others your age, an independent living facility or retirement home may be a good option.No que diz respeito à habita??o, as suas caraterísticas e a sua adequabilidade e acessibilidade têm uma grande influência na qualidade de vida dos mais velhos. Há transforma??es e altera??es a serem realizadas de forma a criar um novo paradigma que permita que sejam os próprios idosos com as suas famílias a definir qual a solu??o residencial que melhor se adapta à sua situa??o, mas para que isto seja possível é necessário criar essas alternativas.Num estudo realizado na freguesia de S?o Nicolau, na Baixa Pombalina, em Lisboa, para caraterizar as condi??es habitacionais da popula??o idosa, designadamente a muito idosa, Rito e Martin (2011) efetuaram um estudo sobre os principais indicadores de habitabilidade, através de um método de carateriza??o de proximidade à habita??o da popula??o muito idosa, entre os 83 e os 94 anos.Os indicadores que melhor evidenciaram a precariedade das habita??es e das condi??es de vida das pessoas muito idosas s?o, seguidamente, descritos. As habita??es localizam-se principalmente no terceiro andar de prédios ou andares superiores (53,8%), cujo acesso se faz apenas por escadas (92%), em apartamentos construídos antes de 1919. As habita??es correspondem, sobretudo, a um regime de propriedade por arrendamento com contrato assinado, em média, no ano de 1968, com rendas no valor mensal médio de 52 euros. Apresentam quatro ou mais divis?es (69,2%), três divis?es (23,1%) e uma divis?o (7,7%). N?o obstante, o maior problema resulta da carente capacidade socioeconómica desta popula??o muito idosa, da implica??o da desadequa??o ambiental às necessidades particulares e das débeis condi??es de acessibilidade no seu quotidiano (implica dificuldades no acesso a cuidados de saúde, na intera??o social e na aquisi??o de informa??o), com graves comprometimentos na sua qualidade de vida.Por variadíssimas raz?es, umas de ordem económica, outras de ordem patrimonial, n?o será viável criar as condi??es necessárias para que todas estas pessoas continuem a viver nas suas casas e a alternativa n?o poderá ser a institucionaliza??o. De acordo com a nova lei do arrendamento urbano, Lei n.? 79/2014,??DR n.? 245, Série I, de 19 de dezembro, que revê o regime jurídico do arrendamento urbano procedendo à segunda altera??o à Lei n.? 6/2006, de 27 de fevereiro, as rendas antigas ir?o ser atualizadas. Desta forma, os que tiverem contratos de arrendamento anteriores a 1990 ser?o os mais afetados por esta legisla??o. No que diz respeito à atualiza??o extraordinária das rendas, irá assentar numa base negocial: o senhorio deverá propor ao inquilino a nova renda, o qual deverá apresentar uma contraproposta. A média dos valores propostos por ambas as partes servirá para calcular a nova renda. Porém, caso n?o haja acordo, o senhorio terá a pagar o valor da indemniza??o para ficar com o imóvel disponível. Esta indemniza??o será equivalente a 60 rendas? (cinco anos) calculada pelo valor médio das duas propostas.Existem todavia situa??es especiais para as famílias carenciadas e para os arrendatários com idade igual ou superior a 65 anos, ou com deficiência com grau de incapacidade superior a 60%, já que n?o podem ser despejadas, ou seja, a renda vai aumentar – mediante negocia??o ou mediante as regras estipuladas para as famílias carenciadas –, mas nunca haverá lugar a despejos. Por outro lado, através do Decreto-Lei n.? 156/2015, de 10 de agosto, estabelece-se o regime do subsídio de renda a atribuir aos arrendatários com contratos de arrendamento para habita??o, celebrados antes de 18 de novembro de 1990, em processo de atualiza??o de renda, e o regime de determina??o do rendimento anual bruto corrigido (RABC).Assim, promove-se uma resposta social para todos os arrendatários cujo período transitório n?o ocorrerá antes de 2017. De acordo com o artigo 11.? do referido decreto-lei, o subsídio para arrendamento em vigor é um apoio financeiro, concedido ao arrendatário sob a forma de uma subven??o mensal n?o reembolsável, relativo ao montante da nova renda e destinada a apoiá-lo a manter a sua residência permanente no locado.Este regime contempla um subsídio de renda que pode assumir duas modalidades, podendo traduzir-se num subsídio para arrendamento em vigor, o qual permite aos arrendatários manter o contrato de arrendamento e a sua residência atual, ou em alternativa optar, se assim o desejarem, por um subsídio para um novo contrato de arrendamento (artigo 18.?).Prevê-se cinco anos de regime transitório, até à liberaliza??o total do mercado (2017), com a garantia de que as carências económicas continuar?o a ser apoiadas até que a necessidade se mantenha, através de um subsídio num valor correspondente a 1/15 do valor patrimonial da casa e que esse subsídio possa ser transferido para um novo contrato de arrendamento.Esta legisla??o permite que os idosos com baixos rendimentos possam escolher se querem manter-se na sua habita??o ou mudar-se para outra, provavelmente mais pequena, mas com outros apoios, servi?os, relacionamento, atividades e seguran?a.Considerando que em 2017 o mercado de arrendamento estará totalmente liberalizado, que a popula??o em termos globais continua a diminuir e que o único grupo etário que irá crescer s?o os maiores de 65 anos, existe uma oportunidade que justificará uma especial aten??o ao segmento do mercado habitacional dos idosos ao nível da atividade no setor imobiliário. ? necessário prever e concretizar alternativas de habita??o para seniores que lhes permitam manter a sua independência, melhorar as suas rela??es sociais e a sua qualidade de vida.A reabilita??o urbana terá de considerar também esta realidade, a de um aumento crescente das necessidades habitacionais deste setor populacional. As atividades profissionais ligadas a este setor deveriam equacionar novas solu??es. Igualmente os municípios ter?o de planear as suas interven??es nos espa?os públicos e equipamentos tendo por fundamento esta realidade. <intertítulo> Alternativas habitacionais para a idade maiorNos países anglo-saxónicos e em alguns países nórdicos os alojamentos para pessoas com poucas ou nenhumas necessidades assistenciais caraterizam-se por serem estruturas residenciais que comportam altos graus de privacidade, ainda que se viva em vizinhan?a com outras pessoas idosas, pois o estilo de vida destes residentes é, normalmente, autónomo. (Martin, Rito e Brand?o, 2011) S?o exemplos as tipologias de alojamento Homeshare, Lifetimes Home, Cohousing, Sheltered e Extra Care Home. Síntese de alternativas habitacionais para a popula??o idosa ANA LOPES: corrigir título 3.? coluna: Caraterísticas ? excep??o da tipologia Homeshare, a única n?o construída de raiz, todas as outras deslocam a pessoa idosa para fora do seu contexto natural. No entanto, a sua ado??o permite encontrar respostas no setor privado com capacidade de equilibrar as premissas independência, privacidade, intera??o social e capacidade económica.Estes conjuntos habitacionais s?o construídos especificamente para os reformados viverem em comunidade. A maioria destas comunidades oferecem servi?os e atividades, com clubhouses para dar aos idosos a oportunidade de se relacionarem com outros idosos e participarem em atividades comunitárias, tais como artes e ofícios, encontros de férias, aulas de educa??o continuada, ou noites de cinema.Independent living facilities may also offer facilities such as a swimming pool, fitness center, tennis courts, even a golf course or other clubs and interest groups. Estas residências também podem oferecer comodidades como piscina, fitness center, campos de ténis, mesmo um campo de golfe ou outros clubes para satisfazerem outros grupos de interesse.Since independent living facilities are aimed at older adults who need little or no assistance with activities of daily living, most do not offer medical care or nursing staff.Estas instala??es seniores s?o destinadas a adultos mais velhos autónomos. As tipologias Sheltered e Extra Care Home implicam, eventualmente, alguma assistência na vida diária. A maioria n?o oferece cuidados médicos ou pessoal de enfermagem. As with regular housing, though, you can hire in-home help separately as required.Tal como acontece com a habita??o regular, o custo destas habita??es depende da localiza??o, da dimens?o do apartamento e dos servi?os disponíveis.<intertítulo> Um conceito alternativo de habita??oO conceito de envelhecimento ativo e saudável traduz a possibilidade de a pessoa idosa permanecer autónoma e capaz de cuidar de si própria, no seu meio habitual de vida, ainda que com recurso a apoios. No entanto, a realidade mostra que existe um número considerável de pessoas idosas que n?o encontram resposta no seu meio familiar. Assim, será necessário criar outras alternativas para que as dimens?es física, psíquica, intelectual, espiritual, emocional, cultural e social da vida de cada indivíduo possam por ele ser desenvolvidas sem limita??es dos seus direitos fundamentais, a identidade e a autonomia.Inserida nesta problemática, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem em desenvolvimento um conjunto de projetos para equipamentos com conceitos alternativos de habita??o para os mais velhos, tendo por base os princípios da intergeracionalidade e da mobilidade.Estas estruturas residenciais pretendem dar respostas mais adequadas aos mais velhos mas integrar também os mais novos. N?o é a mesma coisa criar um espa?o intergeracional ou um espa?o multigeracional. O último termo refere-se ao design de ambientes físicos capazes de responder às necessidades de pessoas de todas as idades. No entanto, a partir de uma perspetiva intergeracional, o objetivo do projeto é n?o só instalar as diferentes gera??es, mas criar condi??es físicas para elas interagirem no momento e no tempo.Um dos projetos já em curso é a Estrutura habitacional intergeracional, a desenvolver na Quinta Alegre, imóvel classificado como IIP – Imóvel de Interesse Público, Decreto n.? 44 452, DG n.? 152, de 5 de julho de 1962, que prevê a reabilita??o, conserva??o e restauro do palácio e jardins e a amplia??o das estruturas de apoio agrícola e a constru??o de raiz de um edifício. Procura-se, com este equipamento, uma rela??o intergeracional entre os mais velhos e os mais novos, bem como com a popula??o em geral, de forma a garantir uma intera??o constante e um desenvolvimento intelectual e social, evitando o isolamento e exclus?o recorrente na terceira idade. Reabilita??o da Quinta Alegre – Estrutura habitacional intergeracional Palácio do Marquês do Alegrete – Quinta AlegreA Quinta Alegre localiza-se na Charneca do Lumiar, a oriente da cidade de Lisboa. Foi construída nos inícios do século XVIII como solar de veraneio do 1.? marquês de Alegrete.O jardim é, delimitado por muro com bancos conversadeiras forrados a azulejos, formando miradouro sobre a propriedade, e lago artificial.Foi definido um programa funcional para este imóvel que, para além da reabilita??o, conserva??o e restauro do edificado existente e jardins, prevê a instala??o de uma Estrutura habitacional intergeracional que inclui uma Unidade Residencial Assistida para os reformados da SCML e um conjunto de residências e apartamentos com tipologias diferentes para os vários grupos etários. Esta Estrutura habitacional intergeracional pressup?e a execu??o de três unidades funcionais complementares: a Unidade Social, a Unidade Assistida e a Unidade Residencial, sendo que a Unidade Social corresponde ao palácio e jardins. Esta Unidade Social dará apoio ao nível de atividades e servi?os às unidades residenciais e irá estar aberta ao público. O projecto de arquitectura que concretiza este programa funcional é da autoria dos arquitectos Vitor Mestre e Sofia Aleixo<intertítulo> UNIDADE SOCIAL Esta unidade complementa, em termos de espa?os para usos sociais, o programa necessário para o funcionamento das outras unidades, pretende-se que estes usos e atividades promovam naturalmente o encontro intergeracional. Esta unidade irá também estar aberta à comunidade, tanto a nível dos espa?os como das atividades a desenvolver.Desenho do palácio e jardimEsta op??o contribuiu também para que a interven??o no palácio seja essencialmente de conserva??o e restauro, com introdu??o das infraestruturas necessárias ao seu funcionamento e assegurando o acesso a pessoas com mobilidade condicionada a todos os pisos com fun??es destinadas ao público através de um elevador.Os usos já previstos para as salas do palácio s?o: uma casa de chá a instalar na antiga sala de jantar, com o apoio de uma copa a alojar na antiga cozinha; uma sala de leitura; uma sala com computadores e internet; uma sala de jogos (cartas e de tabuleiro). As outras salas ser?o de estar e de atividades. Relativamente ao jardim, será também reabilitado, funcionará como centro lúdico e de atividades (tais como tai chi, jardinagem, horticultura, circuitos de manuten??o, entre outros), promovendo a vivência exterior e atividades físicas.Antiga casa de jantar, futura sala de chá <intertítulo> UNIDADE ASSISTIDA Estruturas agrícolas em ruínaAmplia??o e reabilita??o das estruturas de apoio agrícola para edifica??o de uma Unidade Residencial Assistida destinada aos reformados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Esta Unidade Assistida está projetada para instalar 62 utentes, distribuídos por 27 quartos duplos e oito quartos individuais e os respetivos servi?os de apoio, previstos na legisla??o em vigor para este tipo de equipamento social, localizados no piso 0. De forma a garantir a intergeracionalidade desde o início do projeto, esta unidade inclui dez apartamentos, sete apartamentos T0 e três T1 localizados no piso 0.Unidade Residencial Assistida Intergeracional2796540-63500Piso 1 – Estrutura Residencial Assistida que ocupa o piso 1 dos dois edifíciosNo edifício principal desta Unidade, para além dos servi?os previstos já referidos, acrescentou-se uma lavandaria self-service, um ginásio, um gabinete de estética e um restaurante/sala de refei??es para uso de todos os residentes, este último também aberto ao público. Desta forma permite-se que nestes espa?os exista uma intera??o entre as várias gera??es. O facto de a sala de refei??es desta Unidade Assistida funcionar como um restaurante aberto ao público conduz a que as famílias destes utentes possam ir lá almo?ar ou jantar e dará um sentido de maior liberdade a estes utentes, uma vez que se cruzar?o diariamente com pessoas diferentes. (Imagem 1) Planta de um dos quartos(imagem 2) Apartamento T1(imagem 3) Apartamento T0<intertítulo> UNIDADE RESIDENCIAL Com esta Unidade Residencial, a construir de raiz, pretendeu-se criar um alojamento autónomo para pessoas de todas as idades. ? constituída por 14 apartamentos, tendo por base a conce??o das residências para estudantes. Cada espa?o está dividido em áreas com usos distintos: quarto, instala??o sanitária com acessibilidade para todos, espa?o de estar com kitchenette equipada com equipamentos elétricos. Desta forma, os moradores poder?o confecionar as suas refei??es ou utilizar o restaurante. Todos os servi?os instalados nas várias unidades que comp?em esta estrutura habitacional intergeracional, bem como as atividades a desenvolver, ser?o para uso de todos os que lá residirem.Unidade Residencial Intergeracional – Novo edifício com dois pisosCatorze apartamentos T0 Planta do apartamento T0A gest?o desta estrutura habitacional intergeracional deverá, tanto quanto possível, ser aberta à comunidade. O objetivo deste projeto é n?o só permitir a possibilidade de instalar as diferentes gera??es, mas também criar condi??es físicas efetivas para elas interagirem. Com base num regulamento ainda a efetivar, prevê-se uma maior flexibiliza??o em termos de gest?o funcional e financeira. Por exemplo, os jovens podem ter uma diminui??o do valor a pagar pelo alojamento se fizerem companhia aos mais velhos. Apesar de a legisla??o referente a esta problemática estar ainda demasiado condicionada à cria??o de estruturas residenciais para os idosos muito mais tradicionais como os lares, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem investido em alternativas habitacionais para os mais velhos, com outros conceitos, como já anteriormente referido.<intertítulo> Arquitetura, urbanismo e qualidade de vidaA arquitetura e o urbanismo têm uma influência determinante na qualidade de vida das popula??es com particular destaque para as mais vulneráveis ou mais dependentes. Considerando os dados demográficos, é essencial que a habita??o a construir ou reabilitar tenha por base, sempre que for possível, esta realidade, assegurando que os seus utilizadores possam manter a sua autonomia e autodetermina??o ao longo do tempo.Assim, o conceito de habita??o assistida n?o deve fazer parte de um programa, mas sim de uma conce??o generalizada de um conjunto habitacional onde é potenciado o bem-estar dos mais velhos, permitindo-lhes viver a sua velhice como desejarem. O que o distingue das demais op??es s?o os servi?os que integra, n?o só na ajuda que podem fornecer aos idosos relativamente às atividades diárias, mas também no apoio à saúde. Porém, este modelo de habita??o para idosos atinge um patamar elevado de qualidade ao integrar, conjuntamente, uma habita??o intergeracional. A habita??o assistida deve ser vista como um conjunto habitacional normalizado ao qual se adicionam servi?os específicos de apoio, apenas para quem os solicita. Assim, a sua imagem deve associar-se à generalidade dos edifícios multifamiliares, de modo a que também as suas vivências se fundam no ambiente quotidiano.<destaques>No que diz respeito à habita??o, as suas caraterísticas e a sua adequabilidade e acessibilidade têm uma grande influência na qualidade de vida dos mais velhos.Há transforma??es e altera??es a serem realizadas de forma a criar um novo paradigma que permita que sejam os próprios idosos com as suas famílias a definir qual a solu??o residencial que melhor se adapta à sua situa??o.A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa tem em desenvolvimento um conjunto de projetos para equipamentos com conceitos alternativos de habita??o para os mais velhos, tendo por base os princípios da intergeracionalidade e da mobilidade.Esta Estrutura habitacional intergeracional pressup?e a execu??o de três unidades funcionais complementares: a Unidade Social, a Unidade Assistida e a Unidade Residencial.A arquitetura e o urbanismo têm uma influência determinante na qualidade de vida das popula??es, com particular destaque para as mais vulneráveis ou mais dependentes.O conjunto dos dez apartamentos inseridos na Unidade Assistida e dos 14 apartamentos T0 da Unidade Residencial tem um conceito de base inclusivo de arquitetura para todos. Estes apartamentos tanto podem ser utilizados por jovens estudantes quanto por casais de todas as idades e por seniores que pretendam viver na sua habita??o. Estas duas Unidades Residenciais com a Unidade Social, que integra um espa?o verde com um circuito de manuten??o e que estará aberto à popula??o, ir?o permitir um relacionamento dos mais velhos com famílias e gera??es mais novas. Pretende-se com este projeto inovador o bem-estar tanto a nível mental como físico de todos os residentes, proporcionando o relacionamento intergeracional n?o de forma moment?nea mas de uma forma que seja parte integrante dele. ................
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