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CONSULTA PÚBLICA PARA ESTUDANTES DA REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO PIAUÍ SOBRE O TRABALHO REMOTO DIANTE DA PANDEMIA DE COVID-19

Lucineide Barros Medeiros[1]

Lucineide Maria dos S. Soares[2]

Lucine R. V. B. de Almeida[3]

Marina Gleika Felipe Soares[4]

Samara de Oliveira Silva[5]

O Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE-PI) publica os resultados da “Consulta Pública para Docentes (as) da Rede Estadual de Educação Básica do Piauí sobre o trabalho remoto diante da Pandemia de Covid-19”. Realizada entre os dias 08/06/2020 e 28/06/2020, que teve como objetivo conhecer os limites e possiblidades que os estudantes da Rede Estadual do Piauí estão enfrentando diante da adoção do ensino Remoto implementado pela SEDUC-PI, verificando as condições cotidianas de acesso a internet, uso dos equipamentos, tipos de atividades realizadas, grau de satisfação, dentre outros, no contexto da crise provocada pela pandemia, após a suspensão das aulas presenciais da rede estadual de educação do Estado do Piauí.

Os dados coletados através de um questionário, com 27 perguntas de múltipla escolha (via Formulário online no Google) na Consulta Pública, foram analisados por uma Comissão de Sistematização composta por membros do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. Os resultados da análise estão sendo disponibilizados em forma de Relatório, que apresentamos no site e redes sociais do SINTE-PI e nas redes sociais do Comitê Piauí e NUPPEGE/UFPI.

No Estado do Piauí as universidades e escolas públicas e privadas mantém as atividades suspensas desde o dia 16 de março de 2020, conforme Decreto Estadual nº 18.884, posteriormente ocorreu nova publicação da prorrogação da suspensão das aulas até 30 de abril de 2020, conforme o Decreto nº 18.913 de 30 de março de 2020. Também se ressalta que em 26 de março de 2020 o Conselho Estadual de Educação do Piauí (CEE/PI) publicou a Resolução nº 061/2020 que dispõe sobre o regime especial de aulas não presenciais para Instituições integrantes do Sistema Estadual de Ensino do Piauí, em caráter de excepcionalidade e temporalidade, enquanto permanecerem as medidas de isolamento previstas pelas autoridades sanitárias na prevenção e combate ao novo Coronavírus (CARTA AO CNE/CCE,2020). Logo após a Secretaria de Educação do Estado do Piauí (SEDUC/PI), editou em 06 de abril de 2020 estratégias e diretrizes sobre o regime especial de aulas da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí, com vigência durante o decreto que suspende as aulas no ambiente escolar. E, em 30 de abril de 2020, publicou o Decreto nº 18.966, que determinou a prorrogação da suspensão de aulas presenciais até 31 de julho de 2020.

CARATERIZAÇÃO DOS ESTUDANTES PARTICIPANTES DA CONSULTA PÚBLICA

Participaram da pesquisa 188 estudantes, de 14 municípios piauienses, em que ocorre o atendimento educacional na rede estadual de educação do Piauí, conforme o Gráfico 1 a seguir:

Gráfico 1: Municípios dos Estudantes respondentes

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Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

O gráfico 1 indica a capital Teresina com a maior adesão de estudantes respondentes totalizando 48,9%, seguidos de Oeiras, Parnaíba Floriano e Pio IX. Dentre essas cidades com maior adesão a Consulta Pública, estão as com o maior potencial de desenvolvimento no Estado e maior índice populacional, os demais municípios contaram com respondentes entre 2,2% e 0,5% em termos de participação. O que indica uma necessidade de maior aprofundamento da Consulta, buscando apreender a situação desses estudantes nos demais municípios do Estado.

Os estudantes foram perguntados sobre qual etapa e modalidade de educação estudam, sobre a sua localização geográfica, da escola e se durante o período de estudo residem nesta localidade.

Gráfico 2: Etapa/modalidade de ensino que os estudantes cursam

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Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Nota: 2,1% EJA (Amarelo)

Considerando que o Ensino Médio é de responsabilidade federativa das redes estaduais de educação, verifica-se que 89,4% dos estudantes respondentes a essa Consulta Pública está nessa etapa de ensino e há um baixo percentual de estudantes no ensino fundamental, provavelmente nos anos finais, e na EJA respectivamente 8,5% e 2,1%. Quanto a educação especial não houve respondentes.

Quanto a localização da escola em que estão vinculados, dos estudantes respondentes 95,7% estão na zona urbana e 4,3% na zona rural. Se coloca o desafio de apurar com maior cuidado a realidade da zona rural tendo em vista a maior dificuldade de acesso desses estudantes.

Sobre a localização geográfica dos estudantes durante a Pandemia, observa-se o Gráfico 3 a seguir:

Gráfico 3: Localização geográfica dos estudantes durante a Pandemia

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Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Conforme o Gráfico 3, observa-se que 82,5% dos estudantes responderam que estão localizados na zona urbana durante a Pandemia e 17,8% estão na zona rural.

Quanto a localização desses estudantes durante o período letivo quando questionados se moram na cidade onde também estudam, 90,9% responderam que sim e 9,1% que não. É possível inferir que os estudantes da zona rural estejam vinculados as escolas urbanas, devido ao fechamento de escolas e que durante a pandemia estejam nos seus locais de origem, que não são necessariamente coincidentes com a localização da escola.

CONDIÇÃO/SITUAÇÃO DE SAÚDE PESSOA E DA FAMÍLIA

Quando perguntados se fazem parte do grupo de risco do Coronavírus ou se convivem com pessoas desse grupo, em relação à Covid-19, 85,6% dos estudantes que participaram da Consulta Pública informaram que não fazem parte do grupo de risco e 14,4% afirmaram que fazem parte. Quanto a convivência com portadores de comorbidades relacionadas aos problemas de hipertensão, doenças respiratórias crônicas e diabetes, 61% afirmaram que sim e 39% que não residem com pessoas do grupo de risco. Além disso, 8,5% informaram ter pessoas em casa com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19.

Os adolescentes e jovens muitas vezes assumem determinadas atividades domésticas de compartilhamento dos cuidados com pessoas adoecidas. Esse tipo de atividade pode influir nas condições de se manterem estudando, o que implica na falta de tempo porque nesse período de várias mudanças sociais e o trabalho é exaustivo e ampliado, além do risco do contágio. Alerta-se para as condições em que as estudantes do sexo feminino, muito mais do que o masculino, estão sobrecarregadas com tarefas domésticas, cuidados familiares dos filhos, de pais/mães doentes ou idosos, isso quando elas mesmas não estão enquadradas neste segmento de risco.

Quanto as condições dos estudantes para o desenvolvimento das atividades escolares do ensino remoto, quando perguntados sobre o acesso à internet em sua casa, 87,7% afirma ter internet em casa e 12,3% informa não ter. Perguntamos sobre as condições para estudo no espaço doméstico, verificando se existe estrutura adequada à realização das atividades escolares no ensino remoto, no gráfico a seguir:

Gráfico 4: Condições para estudo dos estudantes no espaço doméstico

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Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Para 35,3% dos estudantes consultados respondeu que dispõe das condições em eu espaço doméstico e totalizou 64,7% respondeu que as condições estão entre parcialmente ou não satisfatória. Vale ressaltar que apenas ter o acesso à internet não representa a condição plena para o estudo domiciliar, pois é necessário levar em consideração a ambiência da residência que inclui condições de concentração, espaço arejados, bem iluminados, dentre outros, como casos em que há residências com um único cômodo compartilhado para toda a rotina da vida familiar.

SOBRE O ACESSO E A QUALIDADE DO ACESSO À INTERNET NO DOMICILIO DOS ESTUDANTES

Sobre a via de acesso à internet que utilizam em casa, 32,4% utiliza 4G com Dados Móveis, 3G com Dados Móveis (27,7%), internet via Rádio (22,9%), internet por Cabo ou Fibra Ótica (49,5%) ou não sei responder (28,7%), sendo que nessa questão, poderia ser marcada mais de uma opção.

Sobre a qualidade do sinal internet que dispõe, consideram muito boa (8,5%), boa (27,1%), regular (36,7%), de ruim a péssima (27,7%). Quando questionados se conseguem assistir filmes ou baixar arquivos pesados com a internet que dispõem, 33,2% minha internet é boa, 46,5% ás vezes, depende do horário e 20,3% a minha internet não dá para isso. Para 66,8% com a internet que dispõem não conseguem baixar arquivos pesados ou somente em determinados horários. O uso de internet 4G define a qualidade da terceira geração da telefonia móvel para a transmissão de dados. O estado do Piauí, em setembro de 2019, ainda contava com 6 municípios sem cobertura, nem de 3G e nem de 4G havia cobertura 4 (PORTAL TELESÍNTESE, 2019). Considerando que o trabalho remoto dos docentes implica lidar com plataformas e dados de diferentes tipos, podemos inferir que trata-se de uma situação que limita a qualidade do seu trabalho. Há casos em que mesmo podendo pagar pelo acesso, não há condições estruturais para viabilizar uma internet de boa qualidade.

Quanto as dificuldades para realização de atividades remotas pelos estudantes, a seguir o Gráfico 5:

Gráfico 5: Dificuldades para realização de atividades remotas pelos estudantes

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Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Verifica-se que totalizou 86,6% dos estudantes informaram ter dificuldades parcialmente ou total para a realização de atividades remotas e somente 13,4% disseram não ter dificuldades.

Dentre as principais dificuldades encontradas para a realização das atividades remotas, foram apresentadas 8 dificuldades, sendo que nessa questão, poderia ser marcada mais de uma opção. Dentre elas estão as dificuldades metodológicas para trabalhar com o ensino à distância (39,4%), dificuldades conseguir adequar o tempo estudo com os afazeres em casa (37,8%), má qualidade da conexão de internet (35,6%), falta de habilidades com as ferramentas de ensino à distância (29,8%), indisponibilidade de aparelhos tecnológicos (19,7%), outras (18%), não se aplica (11,2%) e problemas de saúde que dificultam o trabalho no computador (5,3%).

Em relação as principais dificuldades as quatro primeiras listas (dificuldades metodológicas para trabalhar com o ensino à distância, dificuldades conseguir adequar o tempo estudo com os afazeres em casa, má qualidade da conexão de internet e falta de habilidades com as ferramentas de ensino à distância) há uma multiplicidade de dificuldades que são comuns a maior parte dos estudantes.

Quanto ao grau de satisfação sobre a seguinte afirmação “Os alunos têm dificuldades em acompanhar as aulas à distância, sozinhos em casa”, como respostas têm-se: concordo totalmente (64,9%), concordo (25,5%), indeciso (5,9%), discordo (1,6%) e discordo totalmente (2,1%). Os que concordam totalmente e concordam parcialmente totalizam 90,4%. Portanto, a ampla maioria dos estudantes expressa dificuldades de acompanhar as aulas em casa.

Considerando a situação socioeducacional e econômica de famílias residentes em Pio IX, um dos três municípios que mais responderam a Consulta Pública têm-se com base nos dados do UNICEF, no site Fora da Escola Não Pode, o nível de instrução dos pais, mães ou responsáveis 78% não têm instrução ou têm o ensino fundamental incompleto, 16.2%, cursou o fundamental completo ou médio incompleto, 5,8% possui o ensino médio completo ou superior. No tocante a renda média domiciliar 86,3%, está na faixa de até 1/2 salário mínimo, 10%, de 1/2 a 1 salário mínimo e 2,8% mais de 1 salário mínimo (FORA DA ESCOLA NÃO PODE, 2020).

Essa realidade implica nas dificuldades indicadas acima, de um quadro em que reflete o baixo poder aquisitivo das famílias que mantém filhos estudando na escola pública. A prevalência de famílias de baixa e média renda influi na condição de acesso e uso de internet, além da falta de políticas públicas de ampliação da condição de conectividade. Parte considerável das dificuldades não podem ser sanadas com medidas adotadas somente pelas famílias.

Em uma questão perguntou-se através de quais equipamentos tem acesso à internet e casa para assistir aulas remotas, sendo que nessa questão, poderia ser marcada mais de uma opção: pelo computador (25,5%), Notebook (29,3%), Tablet (22,9%), Celular (68,1%) e tem mais de um equipamento para acessar (23,4%). Portanto, a maior parte dos respondentes disseram fazer uso de equipamentos portáteis, com prevalência ao uso do celular.

Ressalta-se também, que é comum o compartilhamento de equipamentos pelas famílias. Há casos que os pais estão saindo para trabalhar e precisam utilizar parte dos equipamentos da casa, restringindo as condições de uso de estudantes da casa. A qualidade dos equipamentos nem sempre é compatível com as atividades de uso das plataformas, transporte de dados, etc. Quando questionados sobre isso, 39,6% dos estudantes respondentes afirmam que a quantidade de equipamentos é suficiente para todos que residem com ele, 30,5% afirmam que é parcialmente suficiente e 29,9% que não os equipamentos não são suficientes para todos.

Quando questionados se estão realizando as atividades escolares por meio remoto, 84,6% disseram que sim e 15,4% que não. No gráfico 6, a seguir, apresenta-se a situação de acesso desses estudantes ao Canal Educação:

Gráfico 6: Acesso ao Canal Educação (aulas disponibilizadas pela SEDUC/PI no youtube ou na TV Antares) para estudos

Fonte: Consulta Pública/ Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, 2020.

Quando questionados se acessam o Canal Educação, com as aulas disponibilizadas pela SEDUC/PI, no youtube ou na TV Antares, para estudos 12,3% dos estudantes relataram que acessam diariamente, 18,7% Semanalmente, 7,5% Mensalmente e 61,6% não acessam, portanto um percentual expressivo não acessa e apenas 12,3% acessam diariamente, o que evidencia a não regularidade no acompanhamento dessas aulas online. Para além das questões acima expostas, é necessário verificar o investimento financeiro realizado pela SEDUC-PI, no tocante ao desenvolvimento das ações direcionadas para a mediação tecnológica, principalmente o Canal Educação. No portal da Transparência do Governo do Estado do Piauí, consta que foi investido de janeiro a maio de 2020, cerca de R$ 7.694.065, 14 em despesas com mediação tecnológica (GOVERNO DO PIAUÍ, PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2020).

Para assistir aulas com mediação tecnológica os recursos que os estudantes estão utilizando são Videoaulas gravadas (54,8%), Videoaulas ao vivo ou lives (14,9%), Formulários de exercícios (75,5%), Canal Educação (youtube ou TV Antares) (18,6%), Ebook e bibliotecas virtuais (5,9%), Textos digitais (32,4%), Podcast (1,6%), Mensagens privadas (21,3%), Chats e fóruns (6,4%), Material impresso entregue pela escola (6,4%), Outro (12,8%).

Com relação as ferramentas que os estudantes estão utilizando para substituir as aulas presenciais durante a pandemia: Whatsapp (78,7%), Canal Educação (youtube ou TV Antares) (17,6%), Material impresso entregue pela escola (4,8%), Instagram (8,5%), Facebook (2,7%), Skype (5,9%), Zoom (7,4%), Google Class Room (30,9%), Google Hangout Meet (4,8%), Moodle (0%), YouTube (49,5%), E-mail (26,6%), Chat (4,3%), Outro(s) (13,8%). Apesar de constatarmos uma variedade de mídias, observa-se pelas respostas que são tecnologias não adequadas para o uso em ambiente virtual de aprendizagem, sendo predominante a utilização de redes sociais, principalmente o WhatsApp.

Quando questionados se sabem operar a tecnologia necessária para acessar uma aula à distância com qualidade: Concordo totalmente (12,2%), Concordo (37,2%), Indeciso (22,3%), Discordo (18,6%), Discordo totalmente (9,6%). Já quando questionou-se sobre o seu posicionamento de como estão aprendendo com as aulas a distância (remotas): Discordo (22,3%), Discordo totalmente (38,3%), Concordo totalmente (4,8%), Concordo (11,7%) e Indecisos (22,9%). Essas respostas evidenciam em mais de 60% que os estudantes não estão aprendendo com as aulas remotas. É importante ressaltar que as atividades de estudos escolares presenciais implicam em uma diversidade de possibilidades, portanto em que medidas essas diversidades foram mantidas ou foram limitadas pelo estudo remoto? Que tipo de repercussão isto trará ao processo de formação? E como isto está sendo aferido?

Quanto a avaliação das atividades e condições ofertadas pela SEDUC-PI, os estudantes foram perguntados sobre a retomada das atividades escolares de forma remota, com mediação tecnológica. 56,4% dos respondentes avaliam negativamente, 16% positivamente e 7,7% não souberam opinar. Com relação as condições que a SEDUC/PI oferece para realização remota de atividades escolares, 48,9% negativamente, 18,1% positivamente e 33% não souberam opinar.

Em relação ainda ao grau de satisfação com as medidas educacionais tomadas pela SEDUC/PI diante da pandemia de Covid-19. De muito insatisfeito e insatisfeito totalizam 47,9%, 22,9% indiferente e muito satisfeito e satisfeito resultam em 29,2%.

Os dados indicam baixa satisfação dos estudantes com o ensino remoto e com as medidas adotadas pela SEDUC-PI. O que exige uma avaliação mais aprofundada sobre as decisões tomadas que representam a adoção de uma política no contexto da pandemia que está sendo mal avaliada e requer uma tomada de posição pela SEDUC-PI, considerando a escuta de toda comunidade educacional e em especial aos estudantes a quem se dirige a política educacional implementada.

Contudo, após o terceiro mês de adoção dessa medida a SEDUC não informou sobre quais medida adotará na solução dos problemas decorrentes a falta de equipamentos, internet de qualidade, planejamento das atividades de ensino, dentre outros, que se caracterizam com ações de violação e negligencia ao direito subjetivo dos adolescentes e jovens à educação.

Quando questionados se são realizadas outras ações junto aos estudantes e às famílias, os respondentes afirmam que não são realizadas outras ações (62,8%), são realizadas ações relativas à alimentação (8%), são realizadas ações relativas à higiene (7,4%), são realizadas ações relativas à saúde (10,1%), são realizadas ações relativas à situação da renda familiar (7,4%), Outra (17,6%). Nesse ponto destaca-se que a finalidade da educação não está sendo cumprida na medida em que reduzem a função conteudista, retirando sua concepção humana, pedagógica em conscientizar sobre as implicações decorrentes à Pandemia, como a higiene, alimentação, saúde, levantamentos sobre a renda das famílias e outras questões que contribuiriam para um cuidado com a vida humana.

REFERÊNCIAS

FOR A DA ESCOLA NÃO PODE. Disponível em: . Acesso em 01 jul. 2020.

PIAUÍ, GOVERNO DO ESTADO. PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, 2020. Disponível em: . Acesso em 23 jun. 2020.

PORTAL TELESÍNTESE. Disponível em: . Acesso em 01 jul. 2020.

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[1] Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, docente da Universidade Estadual do Piauí, e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI); Coordenadora do Núcleo de Estudos em Educação Popular e Educação do Campo/UESPI.

[2] Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí.

[3] Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI); Docente da Rede Estadual de Educação do Piauí e membro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (SINTE-PI).

[4] Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí.

[5] Membro do Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Políticas e Gestão da Educação (UFPI) e Docente da Universidade Estadual do Piauí.

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