CONTRAPONTO - exaluibc



CONTRAPONTO

JORNAL ELETRÔNICO DA ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO

BENJAMIN CONSTANT

ANO 7

MARÇO DE 2012

58ª Edição

Legenda:

"Enquanto houver uma pessoa discriminada, todos nós seremos discriminados , porque

é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"...

Patrocinadores:

(ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO IBC)

Editoração eletrônica: MARCIA DA SILVA BARRETO

Distribuição: gratuita

CONTATOS:

Telefone: (0XX21) 2551-2833

Correspondência: Rua Marquês de Abrantes 168 Apto. 203 - Bloco A

CEP: 22230-061 Rio de Janeiro - RJ

e-mail: contraponto@.br

Site:.br

EDITOR RESPONSÁVEL: VALDENITO DE SOUZA

e-mail: contraponto@.br

EDITA E SOLICITA DIFUSÃO NA INTERNET.

SUMÁRIO:

1. EDITORIAL:

*A arte de saber perder

2. A DIRETORIA EM AÇÃO:

*Relatório de atividades – Março de 2012

3. O IBC EM FOCO # VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES:

*Decretos e contra-decretos

4. DV EM DESTAQUE# JOSÉ WALTER FIGUEREDO:

*Prisma, leitor de cores e dinheiro para deficientes visuais

*Cegos criam site inédito no Brasil

*Jovens criam 'celular' que detecta obstáculos

*Pesquisadores criam dispositivo que permite cegos congênitos transformarem som em visão

5. DE OLHO NA LEI #MÁRCIO LACERDA:

*A Aposentadoria Especial dos Servidores Públicos com Deficiência

6. TRIBUNA EDUCACIONAL # SALETE SEMITELA:

*O abecê das lápides

7. ANTENA POLÍTICA # HERCEN HILDEBRANDT:

*Uma mera questão de semântica

8. PAINEL ACESSIBILIDADE # DEBORAH PRATES :

*Voto de Saias

9. DV-INFO # CLEVERSON CASARIN ULIANA:

*Windows 8 Consumer Preview: Saiba tudo sobre a nova versão

10. O DV E A MÍDIA # VALDENITO DE SOUZA:

*Google, o espião

*Banda de deficientes conquista Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011

*Coluna Filatélica: Correios registram em bloco de selos a Fundação Dorina Nowill para Cegos

11. PERSONA # IVONETE SANTOS:

*Entrevista com Simone Belo (Técnica em proteção e defesa do consumidor)

12. SAÚDE OCULAR #:

*Na volta ao trabalho, evite a Síndrome do Computador

*Daltônicos não confundem só o verde e o vermelho

*Óculos 3D sem higienização são risco de disseminação de vírus e bactérias

13. REENCONTRO #:

*Audier Silva Gomes

14. TIRANDO DE LETRA #:

*Um Exemplo de Vida

*O que é FÉ?!

15. ETIQUETA # RITA OLIVEIRA#:

*Jovens em Restaurantes

16. BENGALA DE FOGO #:

* Coisas da vida

17. GALERIA CONTRAPONTO #:

* José Álvares de Azevedo

18. PANORAMA PARAOLÍMPICO # DIEGO CORREA :

1- Seleção Brasileira teve sua terceira convocação para treinamentos a ser realizados em Abril

2- Atletas do judô Brasileiro são convocados pela terceira vez para treinamentos

3- Dois torneios regionais de Futebol de 5 e um de Judô estão confirmados para Maio

19. CLASSIFICADOS CONTRAPONTO #:

20. FALE COM O CONTRAPONTO#: CARTAS DOS LEITORES

--

ATENÇÃO:

"As opiniões expressas nesta publicação são de inteira responsabilidade de seus

colunistas".

#1. EDITORIAL

NOSSA OPINIÃO:

A Arte de Saber Perder

O que é a vida se não uma sucessão de perdas?

Escolha-se ou não, o que se ganha deixa no seu rastro algo que se perdeu:

Ganha-se a maturidade pela perda da inocência;

ganha-se a consciência pela perda da ingenuidade;

Ganha-se a experiência pela perda da juventude;

E,pergunto: Ganha-se o que com a perda do Benjamin Constant enquanto escola?

Sim porque, se o nosso querido Benjamin Constant ainda é uma escola, ao menos a cara de uma, ele já perdeu.

Basta que se chegue por lá e sinta-se o ambiente que se distancia cada vez mais daquele que se reflete na aura escolar.

Quando falamos da arte de saber perder, queremos dizer que a vida é feita de escolhas e que,

se resolvemos lutar por um ganho, naturalmente que devemos ter a compreensão de que algo será perdido,

de que o que se vai ganhar ocupará em nós um espaço e, como diz a lei da física que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, a perda é inevitável.

Mas, reiteramos a pergunta: o que ganhamos com a perda do Benjamin Constant enquanto escola?

#2. A DIRETORIA EM AÇÃO

ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT

Diretoria Executiva

Relatório de atividades da Diretoria da Associação de Ex-alunos do IBC (março/2012)

No dia 22/03, quinta-feira, promovemos uma reunião aberta, em defesa do IBC.

No dia 24/03, sábado, promovemos um passeio a Ponta Negra, no estado do Rio de Janeiro, a uma casa de praia cedida por uma amiga da Associação.

No dia 31/03, sábado, foi realizada a Assembleia Geral Ordinária prevista pelo estatuto da Associação.

No mês de março a escola Virtual, realizou os eventos:

1.Projeto Mulheres em Ação, em que a palestrante convidada (a consultora de imagem pessoal, Tânia Mara Rodrigues Araújo, de Belo Horizonte), falou sobre o Tema: Cuidados pessoais / Beleza pessoal.

2.Projeto: Educação em pauta, em que o coordenador professor Victor Alberto comandou debate sobre o tema: Diferentes visões conceituais de educação, em uma sociedade global, em processo de transformações vertiginosas!

3.Evento Canal Livre -- o espaço de entrevistas, depoimentos, tradicionalmente às terças-feiras, agora passa a se chamar "CANAL LIVRE". Terá um novo formato, incorporando o projeto "Educação em Pauta" .

4.Estreia do projeto "Acessibilidade em Foco", dirigido pela Advogada Deborah Prates, que teve como convidado o Analista de Sistemas da Prodam (SP), Paulo Romeu Filho, militante no tema.

Os eventos foram transmitidos pela rádio Contraponto, a web rádio da associação.

Gilson Josefino - Presidente

#3. O IBC EM FOCO

Colunista: VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES ( vt.asm@.br)

Decretos e contra-decretos

Companheiros de segmento e leitores em geral:

Este colunista se faz presente mais uma vez, abordando um tema já maçante e batido, e como diria um cronista desportivo, "uma chatice", porém, necessário para os que defendem a Educação especializada de qualidade. Esse tema vem agora, após dez meses, com a mesma roupagem já

puída, no Decreto presidencial 7690, de 11 de março de 2012, cujo texto é praticamente o mesmo do Decreto 7480, de 16 de maio 2011, igualmente com a finalidade de reestruturar os órgãos do MEC, só que na gestão do Ministro anterior. É bem no estilo de control c control v! É só conferir.

Para reforçar o que afirmo, pretendo aqui pontuar aspectos que penso relevantes desse decreto, que nos levem a uma reflexão sobre a postura do governo. Embora qualquer juizo de valor emitido, possa ser precipitado, o meu entendimento preliminar, é o de que o governo, com esse documento requentado, acaba, mais uma vez, passando batido, pela discussão central do que seria o perfil dessa inclusão escolar e suas implicações a curto e médio prazo, certamente trazida à tona, no

bojo do PNE, em sua meta 4, em fase de aprovação pelo Congresso Nacional.

Vou reproduzir a seguir, alguns trechos, que penso, mais pertinentes, do decreto, intercalados por

observações minhas.

*** Título da Página: Decreto nº 7690 ***

Transcrita em 11/3/2012

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO Nº 7.690, DE 2 DE MARÇO DE 2012

Vigência

Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Educação.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1 o Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério da Educação, na forma dos Anexos I e II.

Art. 4 o O Ministro de Estado da Educação poderá editar regimento interno para detalhar as unidades administrativas integrantes da Estrutura Regimental do Ministério, suas competências e as atribuições dos seus dirigentes.

Art. 5 o Este Decreto entra em vigor quatorze dias após a data de sua publicação.

Art. 6 o Ficam revogados:

I - o Decreto n o 7.480, de 16 de maio de 2011 ; e

II - o art. 3 o e o Anexo III do Decreto n o 7.548, de 12 de agosto de 2011.

Brasília, 2 de março de 2012; 191 o da Independência e 124 o da República.

DILMA ROUSSEFF

Aloizio Mercadante

Miriam Belchior

Este texto não substitui o publicado no DOU de 6.3.2012

ANEXO I

ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

CAPÍTULO I

DA NATUREZA E COMPETÊNCIA

Art. 1 o O Ministério da Educação, órgão da administração federal direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:

I - política nacional de educação;

II - educação infantil;

III - educação em geral, compreendendo ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, educação de jovens e adultos, educação profissional, educação especial e educação a distância, exceto ensino militar;

IV - avaliação, informação e pesquisa educacional;

V - pesquisa e extensão universitária;

VI - magistério; e

VII - assistência financeira a famílias carentes para a escolarização de seus filhos ou dependentes.

CAPÍTULO II

DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 2 o O Ministério da Educação tem a seguinte estrutura organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado:

a) Gabinete;

b) Secretaria-Executiva:

1. Subsecretaria de Assuntos Administrativos;

2. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento; e

3. Diretoria de Tecnologia da Informação; e

c) Consultoria Jurídica;

II - órgãos específicos singulares:

a) Secretaria de Educação Básica:

d) Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão:

1. Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena, e para as Relações Étnico-raciais;

2. Diretoria de Políticas de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos;

3. Diretoria de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania;

4. Diretoria de Políticas de Educação Especial; e

5. Diretoria de Políticas de Educação para a Juventude;

Minhas Observações:

Esta estrutura adota uma lógica peculiar, de eficacia duvidosa, por sua amplitude e abrangência, em função da heterogeneidade dos segmentos envolvidos com suas demandas específicas a serem atendidas.

f) Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino:

1. Diretoria de Cooperação e Planos de Educação;

2. Diretoria de Articulação com os Sistemas de Ensino; e

3. Diretoria de Valorização dos Profissionais da Educação;

g) Instituto Benjamin Constant; e

h) Instituto Nacional de Educação de Surdos;

Minhas observações:

Nessa estrutura, como se pode verificar, o IBC e o INES, integram os órgãos específicos singulares, de administração direta, que passam a ser vinculados ao Ministro de Estado da Educação, não mais vinculados a qualquer órgão específico do MEC. Os efeitos decorrentes desses atos, quanto ao funcionamento dos dois institutos, somente poderão ser avaliados mais adiante.

CAPÍTULO III

DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS

Seção II

Dos Órgãos Específicos Singulares

Art. 9 o À Secretaria de Educação Básica compete:

I - planejar, orientar e coordenar, em âmbito nacional, o processo de formulação de políticas para educação infantil, ensino fundamental e ensino médio;

II - propor e fomentar a implementação das políticas, por meio da cooperação técnica e financeira, junto às unidades da federação, em regime de colaboração e gestão democrática, para garantir a igualdade de condições de oferta de ensino e a permanência do aluno na escola;

III - desenvolver ações visando à melhoria da qualidade da aprendizagem na área da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio, tendo a escola como foco principal de atuação;

IV - desenvolver ações objetivando a garantia de igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola e o alcance de padrões da qualidade social da educação básica;

V - incentivar a melhoria do padrão de qualidade da educação básica em todas as suas etapas;

Art. 20. À Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão compete:

I - planejar, orientar e coordenar, em articulação com os sistemas de ensino, a implementação de políticas para a alfabetização, a educação de jovens e adultos, a educação do campo, a educação escolar indígena, a educação em áreas remanescentes de quilombos, a educação em direitos humanos, a educação ambiental e a educação especial;

Minhas observações:

Ao absorver essa multiplicidade de segmentos, com demandas tão diversas e de naturezas tão específicas, a SECADI torna sua tarefa, praticamente inviável!

II- implementar ações de cooperação técnica e financeira entre a União, Estados, Municípios, Distrito Federal, e organismos nacionais e internacionais, voltadas à alfabetização e educação de jovens e adultos, a educação do campo, a educação escolar indígena, a educação em áreas

remanescentes de quilombos, a educação em direitos humanos, a educação ambiental e a educação especial;

III - coordenar ações transversais de educação continuada, alfabetização, diversidade, direitos humanos, educação inclusiva e educação ambiental, visando à efetivação de políticas públicas de que

trata esta Secretaria, em todos os níveis, etapas e modalidades; e

IV - apoiar o desenvolvimento de ações de educação continuada, alfabetização, diversidade, direitos humanos, educação inclusiva e educação ambiental, visando à efetivação de políticas públicas

intersetoriais.

Minhas observações:

Como se pode verificar, a redação de cada um dos itens, usa um texto sequencial comum e repetitivo.

Dos artigos 21 ao 23, pela sua abrangência, igualmente poderiam ser contempladas as pessoas com deficiência!

Art. 24. À Diretoria de Políticas de Educação Especial compete:

I - planejar, orientar e coordenar, em parceria com sistemas de ensino, a implementação da política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva;

Minhas observações:

Aí aparece o clichê, frase feita, na expressão: "na perspectiva da educação inclusiva", de pouco significado, se não for implementada na prática do dia-a-dia.

II - definir e implementar ações de apoio técnico e financeiro aos sistemas de ensino, visando a garantir a escolarização e a oferta do Atendimento Educacional Especializado - AEE aos estudantes público-alvo da educação especial, em todos os níveis, etapas e modalidades;

III - promover o desenvolvimento de ações para a formação continuada de professores, a disponibilização de materiais didáticos e pedagógicos e a acessibilidade nos ambientes escolares; e

IV - promover a transversalidade e a intersetorialidade da educação especial, visando a assegurar o pleno acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes público-alvo da educação especial no ensino regular, em igualdade de condições com os demais alunos.

Minhas observações:

O trabalho por transversalidade e intersetoralidade, implica na implantação, ainda que parcial, da implementação do trabalho por projetos, o que leva algum tempo de maturidade dos profissionais,

na compreensão e aceitação dessa filosofia de trabalho, dirigido a qualquer aluno, com deficiência ou não.

Art. 34. Ao Instituto Benjamin Constant compete:

I - subsidiar a formulação da Política Nacional de Educação Especial na área de deficiência visual;

II - promover a educação de deficientes visuais, mediante sua manutenção como órgão de educação fundamental, visando a garantir o atendimento educacional e a preparação para o trabalho de pessoas cegas e de visão reduzida, e desenvolver experiências no campo pedagógico da área de deficiência visual;

III - promover e realizar programas de capacitação dos recursos humanos na área de deficiência visual;

IV - promover, realizar e divulgar estudos e pesquisas nos campos pedagógico, psicossocial, oftalmológico, de prevenção das causas da cegueira, de integração e de reintegração de pessoas cegas e de visão reduzida à comunidade;

V - promover programas de divulgação e intercâmbio de experiências, conhecimentos e inovações tecnológicas na área de atendimento às pessoas cegas e de visão reduzida;

VI - elaborar e produzir material didático-pedagógico para o ensino de pessoas cegas e de visão reduzida;

VII - apoiar técnica e financeiramente os sistemas de ensino e as instituições que atuam na área de deficiência visual;

minhas observações:

Este item mantém distorção original, já que o IBC não dispõe, nem disporá de fonte orçamentária para exercer esse papel, até mesmo, por estar vinculado a um modelo de administração direta!

VIII - promover desenvolvimento pedagógico visando ao aprimoramento e a atualização de recursos instrucionais;

IX - desenvolver programas de reabilitação, pesquisas de mercado de trabalho e de promoção de encaminhamento profissional, visando possibilitar, às pessoas cegas e de visão reduzida, o pleno exercício da cidadania; e

X - atuar de forma permanente junto à sociedade, mediante os meios de comunicação de massa e de outros recursos, visando ao resgate da imagem social das pessoas cegas e de visão reduzida.

Art. 35. Ao Instituto Nacional de Educação de Surdos compete:

I - subsidiar a formulação da Política Nacional de Educação na área de surdez;

II - promover e realizar programas de capacitação de recursos humanos na área de surdez;

III - assistir, tecnicamente, os sistemas de ensino, visando ao atendimento educacional de alunos surdos;

IV - promover intercâmbio com as associações e organizações educacionais do País, visando a incentivar a integração das pessoas surdas;

V - promover a educação de alunos surdos, através da manutenção de órgão de educação básica, visando a garantir o atendimento educacional e a preparação para o trabalho de pessoas surdas;

VI - efetivar os propósitos da educação inclusiva, através da oferta de cursos de graduação e de pós-graduação, com o objetivo de preparar profissionais bilíngues com competência científica, social, política e técnica, habilitados à eficiente atuação profissional, observada a área

de formação;

VII - promover, realizar e divulgar estudos e pesquisas nas áreas de prevenção da surdez, avaliação dos métodos e técnicas utilizados e desenvolvimento de recursos didáticos, visando à melhoria da qualidade do atendimento da pessoa surda;

VIII - promover programas de intercâmbio de experiências, conhecimentos e inovações na área de educação de alunos surdos;

IX - elaborar e produzir material didático-pedagógico para o ensino de alunos surdos;

X - atuar de forma permanente junto à sociedade, mediante os meios de comunicação de massa e de outros recursos, visando ao resgate da imagem social das pessoas cegas e de visão reduzida; e

XI - desenvolver programas de reabilitação, pesquisa de mercado de trabalho e promoção de encaminhamento profissional, com a finalidade de possibilitar às pessoas surdas o pleno exercício da cidadania.

Minhas observações:

Pelos artigos 34 e 35, pode se verificar que seu texto foi extraído do artigo das "finalidades, constantes em seus respectivos Regimentos Internos em vigor, no caso do IBC, desde 1998, período em que eu representava interinamente os docentes no Conselho Diretor, órgão colegiado da instituição, por impedimento temporário do companheiro Antônio Carlos Hildebrandt, seu titular à época. Até mesmo os erros verificados no item X, do INES, referindo as pessoas cegas e de visão reduzida, constantes no Decreto 7480, de maio de 2011, foram mantidos, em um flagrante desmazelo funcional, segundo entendo! A meu juízo, esse ato meramente administrativo não assegura a sobrevivência dos dois institutos, e em particular, do IBC, cujo futuro está nas mãos de nossa comunidade, que por sua capacidade de mobilização, de convencimento da sociedade como um todo, e de mudança, nos campos, atitudinal e sócio pedagógico, poderá definir os rumos a serem seguidos, quanto ao oferecimento de uma educação de qualidade, com um viés, sempre voltado para a tão decantada inclusão sócio educacional, objetivando assim, diminuir os efeitos prejudiciais, da tutela sobre as pessoas com deficiência.

Para qualquer crítica ou sugestão a esta coluna, escrever para:

contraponto@.br, ou diretamente para seu titular:

vtr.alberto@

VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES

#4. DV EM DESTAQUE

Colunista: JOSÉ WALTER FIGUEREDO (jowfig@)

Prisma, leitor de cores e dinheiro para deficientes visuais

Prisma

Dê Cores à Vida de um Cego.

O Prisma, desenvolvido pela empresa Auire, que conta com o apoio do Laboratório de Garagem, é o

primeiro leitor portátil brasileiro de cores e cédulas de real.

A dificuldade que a maioria dos deficientes visuais têm na hora de separar o dinheiro, realizar

pagamentos e combinar as roupas foi o que nos motivou a desenvolver um aparelho que pudesse

facilitar seu cotidiano.

É muito simples de ser usado. São necessárias duas pilhas AAA (inclusas) que são introduzidas

na parte posterior do aparelho. Em seguida, basta encostá-lo em qualquer superfície, pressionar

e manter pressionado o botão da esquerda e depois soltá-lo próximo ao ouvido para saber a cor.

Para fazer a leitura da cédula de real, deve-se estender (horizontalmente) a nota na plama da

mão e com o botão direito pressionado, deslizar o prisma de uma ponta a outra (movimentos de

"vai e vem") até que o aparelho anuncie o valor.

Na compra do Prisma, você receberá um manual narrado em CD que o auxiliará na hora da

utilização, caso haja alguma dúvida.

Confira abaixo um vídeo demonstrativo do Prisma, cujo áudio pode também ser utilizado como

instruções de uso:

*Prisma

Prisma*

Para adquirir, entre em contato com a Central de Atendimento do Laboratório de Garagem:

Telefone: Ações SkypeAções Skype(11) 3804-0126

E-mail:loja@

A compra também pode ser realizada diretamente em nossa Loja Virtual:



Um aparelho open source portátil identificador de cores e cédulas de dinheiro de baixo custo.

Nossa solução é um aparelho portátil identificador de cores e cédulas de dinheiro de baixo

custo. Esse aparelho lê a cor do objeto ou o valor da cédula de dinheiro e fala o nome em voz

alta. O software do nosso identificador será de código aberto e o hardware terá seu projeto

aberto.

As pessoas com deficiência visual dependem de alguém para ajudá-las no reconhecimento de cor ou

compram um dispositivo similar no mercado. Há alguns identificadores vendidos no Brasil com

preços em torno de R$1200,00. No entanto, este é um custo elevado para a maioria dos

deficientes brasileiros e não há um dispositivo integrado para identificar cores e dinheiro.

Fonte: .br-prisma

***

Cegos criam site inédito no Brasil

Mundo Acessível na rede:

Determinação e coragem para mostrar que não há obstáculos impossíveis de transpor.

Um casal de cegos, um bebê, um objetivo. Há histórias que parecem se desenhar para provar que o

que se vê é uma parcela pequena da realidade. Para se enxergar mais longe, às vezes, nem é

preciso dos olhos.

A casa de madeira, com as paredes pintadas de laranja, localizada no bairro São Cristóvão,

esconde em seu formato retangular uma história de persistência e superação. Na residência vivem

Rafael Celestrin, 21 anos, a esposa Patrícia, 21, e o filho do casal, de 40 dias, Hérick. A

mãe, embora receba a quem chega com o filho nos braços, nunca viu o rosto do bebê.

Tanto ela, como o marido são cegos desde a infância. Já Hérick, embora tivesse 90% de chance de

nascer com problema de visão devido a uma tendência hereditária, vê perfeitamente, de acordo

com os primeiros exames. As vitórias particulares são apenas uma das facetas desta família

especial. O casal, juntamente com um amigo que também é deficiente visual, é o criador do site

Mundo Acessível.

Desde fevereiro no ar, a página na internet, desenvolvida e alimentada pelo grupo, tem como

conceito permitir a navegação ágil de pessoas cegas ou com baixa visão. Atualmente, o acervo

disponível já conta com 415 filmes em áudio, dos quais 33 áudio descritos. A ideia é simples:

pessoas cegas não precisam da imagem para acompanhar um filme e disponibilizando apenas o

áudio, os arquivos tornam-se bem menores, fáceis de baixar pela internet. Além dos filmes,

estão disponíveis 50 séries, 10 animes, 10 desenhos, 15 seriados, oito documentários e três

tokusatsu (gênero que integra filmes ou séries de super-heróis produzidos no Japão).

Rafael conta que no Brasil não existem outros sites com essa proposta. "Existem alguns blogs,

sites que têm algum conteúdo, mas não uma página que reúna todas

essas informações da maneira como estamos fazendo, acessível a todos", explica. Agora, a

intenção é ainda mais ousada, Rafael e o amigo Gabriel Schuck, que mora no Rio Grande do Sul,

trabalham na programação de uma rede social, que pretendem lançar até o final do ano dentro do

site. "A intenção é unir os princípios do Facebook, do Orkut e do Youtube em um formato fácil

de usar pelos deficientes visuais", explica Rafael.

Ouvidos na rede:

Para quem enxerga é difícil imaginar como é possível que pessoas cegas naveguem na rede

internacional de computadores. Nesse caso, a tecnologia dá uma mãozinha. O casal, a exemplo

de outros deficientes visuais, utiliza um programa especial que faz a leitura da tela, o qual

permite que eles saibam o que estão fazendo por meio do áudio. É como se eles ouvissem a rede.

Nos seis meses em que está no ar, o site já contabiliza mais de 43 mil acessos. "Temos uma

média de 250 acessos por dia de segunda a sexta. Nos finais de semana chegamos a uma média de

acesso que varia de 350 a 400", conta Rafael. A divulgação é basicamente realizada por meio do

Twitter e de grupos de discussão formados na internet. Todos os sábados o site é atualizado e

as novidades são informadas aos contatos.

Interatividade:

No site também há ferramentas para que os internautas solicitem materiais. "Se a pessoa não

encontrou o áudio do filme que procurava, pode enviar um e-mail solicitando", explica Patrícia.

A iniciativa é tão diferenciada que já provocou a mobilização de pessoas de diferentes partes

do país. "Hoje temos um grupo de cerca de 15 colaboradores que enviam conteúdo periodicamente

para que seja postado no site", afirma.

Questionados sobre a possibilidade de tornar a página um negócio, ambos dizem que no momento

não há essa ambição. Para conseguir transformar o projeto em realidade, os únicos apoios

recebidos foram do proprietário do servidor e de uma rádio web. Fora isso, o resto se resume a

trabalho e dedicação.

Jornada dupla:

Trabalho e dedicação em doses generosas nesse momento, diga-se de passagem, já que a família

ganhou mais um integrante, o pequeno Hérick. Embora a avó esteja por perto, já que mora a

poucos metros, Patrícia cuida do bebê sozinha. "Eu dou banho, troco fralda... Como para toda

mãe, esse começo é um aprendizado", revela. Ela afirma que gostaria muito de poder ver o rosto

do filho, mas é fácil compreender que o que os olhos não podem mostrar aos dois, eles conseguem

perfeitamente perceber com os outros sentidos.

"Para nós é uma coisa natural, acho que esse é o bebê mais apalpado do mundo", brinca Rafael.

Com certeza a família vive experiências que ninguém que enxerga é capaz de experimentar. "A

gente acaba aguçando os outros sentidos, é difícil descrever como isso acontece, mas é assim",

diz Patrícia, que divide seu tempo entre trocas de fraldas, mamadas, serviços domésticos e

pesquisas para o site que ajuda a atualizar. "Tem o cantinho da mulher onde 'posto' artigos

destinados a esse público", conta.

O preconceito só se desfaz quando as pessoas que o sofrem se desafiam a mostrar que são muito

mais do que esse conceito preestabelecido.

Uma comunidade que abre os olhos:

Mais do que as conquistas pessoais, a história de vida de Patrícia e Rafael faz com que as

pessoas à sua volta abram os olhos para a capacidade dos deficientes físicos. No final do ano

passado, a reportagem do Diário entrevistou o casal pela primeira vez. Na época, a conversa

teve um tom de desabafo e de pedido para que a sociedade passasse a notá-los como pessoas

capazes. "Nós apenas queremos ter o direito de trabalhar e de mostrarmos nossas capacidades,

não queremos esmola"; disse a jovem na época.

Agora, cerca de nove meses depois, a família já vive uma realidade diferente. Rafael, que tem

magistério, curso profissionalizante em Montagem e Manutenção de Computadores e cursa Análise e

Desenvolvimento de Sistemas, foi aprovado em um concurso público e se tornou professor. Ele dá

aulas de informática, tanto para alunos que enxergam, como para alunos cegos, na Escola

Municipal Rocha Pombo. "No começo, as pessoas estranhavam um professor cego, mas agora já

percebem que é possível. É assim, quebrar esses tabus é um processo", diz Rafael, consciente de

que o preconceito só se desfaz quando as pessoas que o sofrem se desafiam a mostrar que são

muito mais do que esse conceito preestabelecido.

Fonte: DIÁRIO DO SUDOESTE

***

Jovens criam 'celular' que detecta obstáculos

Equipe de engenheiros criou aparelho para ajudar deficientes visuais. Para construir a

invenção, jovens de Manila gastaram cerca de US$ 142.

A equipe das engenheiras de computação Girly Perando e Janiena Roxanne Dirain apresentou um

protótipo de aparelho para cegos que detecta obstáculos em até 5 metros de distância. Para

construir a invenção, as jovens de Manila, nas Filipinas, gastaram US$ 142.

O dispositivo apresentado pelas engenheiras na Universidade Mapua, em Manila, também funciona

como celular com teclado em código braile para que os deficientes visuais possam receber e

responder mensagens de texto e fazer ligações.

Fonte: ...

***

Pesquisadores criam dispositivo que permite cegos congênitos transformarem som em visão

Uma equipe de desenvolvedores israelenses está desenvolvendo um dispositivo que permite pessoas

com deficiência visual transformarem som em visão. O projeto é parcialmente inspirado na

viseira utilizada pelo personagem Jordy LaForge, em Star Trek: The Next Generation.

O projeto está em desenvolvimento pela equipe liderada pelo Dr. Amir Amedi, da Universidade

Hebraica de Jerusalém. Para que o deficiente visual consiga enxergar pelo seu óculos, Amir usa

o conceito do som que invade o córtex visual do paciente. Tal conceito foi descoberto há 20

anos, pelo pesquisador holandês Peter Meijer, que criou um algoritmo para traduzir a posição e

a aparência de um objeto em diferentes sons. Meijer aplicou essa descoberta em um dispositivo

chamado Sensory Substitution Device.

Com apenas um breve treinamento, os usuários podem aprender a interpretar a “paisagem sonora”

de objetos, pessoas, e cenários. Na prática, o usuário poderá localizar com facilidade onde

cada coisa está, vendo o seu formato e posição, e até mesmo ler as palavras escritas em um

livro. O sistema funciona com pessoas que perderam a visão por causa de um acidente ou lesão, e

também com aqueles que possuem a cegueira de forma congênita.

O Dr. Amedi lembra que pesquisas anteriores ajudaram a indicar a utilização do som como a

melhor solução. A visão trabalha com duas vias paralelas: a primeira via é responsável pela

identificação do objeto, mostrando a sua cor e o seu formato.

A segunda via, por sua vez, indica a localização do objeto, coordenando os dados visuais com a

função motora da pessoa. Pesquisando os resultados do funcionamento do dispositivo do Dr.

Meijer, Dr. Amedi descobriu que as duas vias seguem funcionando, mesmo quando a pessoa não

possui a visão normal. A prova disso é que os deficientes visuais ativam essas características

do cérebro quando estão lendo um texto em Braile.

Com isso, o grupo de pesquisadores conseguiram desenvolver um sistema complementar que

estimulasse as funções visuais através do som captado pelas pessoas e objetos.

Fonte: ...

JOSÉ WALTER FIGUEREDO

#5. DE OLHO NA LEI

Colunista: MÁRCIO LACERDA (marcio.o.lacerda@)

A Aposentadoria Especial dos Servidores Públicos com Deficiência.

Recentemente, foi aprovada na Câmara dos Deputados matéria muito polêmica em relação aos servidores públicos. Trata-se da previdência complementar. Prevista na Constituição da República (artigo 40, § 14), conforme explica Maria Sylvia Zanella de Pietro (DE Pietro, Maria Sylvia Zanella; São Paulo; Ed. Atlas; 2011), “a ideia é a de que a previdência social responda dentro do limite estabelecido para a seguridade social em geral, ficando eventuais diferenças por conta da previdência complementar, também de caráter contributivo”.

A temática me fez recordar de instituto similar, de natureza previdenciária, isto é, a aposentadoria especial a que se refere o artigo 40, § 4º, inciso I, da Carta da República, destinada ao servidor público com deficiência.

Registre-se que o tema em questão foi reservado à lei complementar, ou seja, ato normativo (lei em sentido amplo) que requer quorum mais qualificado, maior (maioria absoluta) para ser aprovado.

Segue-se que o Senado Federal, no ano de 2005, deu início ao projeto de lei complementar que estabelece requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos portadores de deficiência.

De acordo com o artigo 1º do referido PLC, o instituto da aposentadoria especial contemplará os servidores públicos com deficiência investidos em cargos efetivos com lotação na administração direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. A norma, portanto, será aplicável em todos os entes da federação.

De notar-se que dessa redação já surge uma discussão interessante. É que o dispositivo alude a ocupante de cargo efetivo, que é, a rigor, o servidor investido em cargo através de concurso público. Os servidores estabilizados pelo artigo 19 dos atos das disposições constitucionais transitórias, isto é, aqueles que tinham cinco anos de exercício no serviço público até a data da promulgação da Constituição de 1988 são estáveis, mas não são efetivos. Assim, em princípio, não poderiam ser destinatários da aposentadoria especial.

Não obstante, ainda de conformidade com o artigo 1º do PLC, para fazer jus ao benefício o servidor com deficiência deverá preencher os seguintes requisitos:

1. tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público;

2. cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, após vinte e cinco anos de contribuição, independentemente de idade.

Observe-se que os requisitos devem ser preenchidos de modo concomitante.

O parágrafo único do artigo 1º do PLC, por sua vez, fixa o elemento subjetivo da norma, estabelecendo a definição de pessoa com deficiência, destinatária do instituto da aposentadoria especial.

Vejam, agora, a íntegra do Projeto de Lei Complementar do Senado Federal com a justificativa do seu autor, o Senador Paulo Paim.

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2005– Complementar

Estabelece requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores públicos portadores de deficiência.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º O servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios titular de cargo efetivo que seja portador de deficiência poderá se aposentar voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, após vinte e cinco anos de contribuição, independentemente de

idade.

Parágrafo único. Considera-se portador de deficiência, para fins desta Lei Complementar, a pessoa acometida por limitação físico motora, mental, visual, auditiva ou múltipla, que a torne hipossuficiente para a regular inserção social.

Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Esta proposição tem por objetivo regulamentar uma importante alteração introduzida na Constituição pela chamada “emenda paralela” da Reforma da Previdência, no regime próprio de previdência dos servidores públicos.

Trata-se da modificação do § 4º do art. 40 da Constituição, que permite a concessão de requisitos e critérios diferenciados para a aposentadoria de servidores públicos portadores de deficiência.

A matéria deve ser veiculada por lei complementar de âmbito nacional, o que afasta a restrição de iniciativa sobre a matéria, constante da alínea c do inciso II do § 1º do art. 61 da Constituição.

Efetivamente, caso se tratasse de lei a ser editada pelos diversos entes federativos, a lei complementar federal, ex vi do art. 61, § 1º, II, c, da Carta Magna, seria de iniciativa privativa do Senhor Presidente da República, uma vez que disporia sobre servidores públicos da União e Territórios.

No entanto, o constituinte teve o cuidado de determinar que a regulamentação fosse objeto de lei complementar. De acordo com o “Vocabulário Jurídico” de DE PLÁCIDO E SILVA, lei complementar é aquela que complementa o dispositivo constitucional.

CELSO RIBEIRO BASTOS, em seu “Lei complementar; teoria e comentário”, p. 52, explica que as matérias de leis complementares federais são definidas na Constituição da República enquanto as Constituições Estaduais se incumbem de definir as matérias próprias de leis complementares estaduais.

Neste sentido, uma análise sistemática da Carta de 1988 nos indica que, em todos os momentos em que o constituinte federal referiu-se, genericamente, a lei complementar, pretendeu ele, como não poderia deixar de ser, tratar das leis que complementavam a Constituição Federal.

Confiram-se os arts. 7º, I, 14, § 9º, 18, §§ 2º e 3º, 21, IV, 22, parágrafo único, 23, parágrafo único, 43, § 1º, 45, § 1º, 49, II, 59, parágrafo único, 79, parágrafo único, 84, XXII, 93, 121, 131, 134, parágrafo único, 142, § 1º, 146, 148, 153, VII, 154, I, 155, X, a e XII, 156, III, 161, 163, 165, § 9º, 166, § 6º, 169, 184, § 3º, e 192. Quando o constituinte federal tratou de leis complementares estaduais, ele foi expresso neste sentido, nos arts. 18, § 4º, 25, § 3º, e 128, §§ 4º e 5º.

Essa idéia fica, ainda, reforçada quando se imagina a absoluta inconveniência de uma norma que regulamente a matéria em tela não ser nacionalmente unificada, o que conduziria a sérias dificuldades em sua implantação e poderia levar a tratamento não isonômico, ferindo um dos princípios fundamentais do nosso Direito Constitucional.

2

Assim, o art. 40, § 4º, da Constituição da União exige lei complementar, editada pela União Federal, para a sua eficácia. A esta lei complementar não se aplica o disposto no art. 61, § 1º, II, c, por tratar-se de norma que regulamenta os regimes próprios de previdência de todos os servidores públicos e não apenas dos da União e dos Territórios,

o que permite a sua apresentação por parlamentar.

O presente projeto de lei tem por objetivo conceder direito à aposentadoria especial aos servidores portadores de deficiência, após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição.

Trata-se de concessão absolutamente justa, em vista das limitações desses trabalhadores. Sem sombra de dúvida, o servidor acometido de deficiência tem que despender muito maior esforço para o desempenho de uma atividade qualquer.

Todavia, frente a novas concepções quanto à manutenção da saúde física, como psíquica, aconselha-se uma postura ativa do portador de deficiência na família e na comunidade, em busca da integração ao meio social, sobretudo proporcionando-se condições especiais de acesso a uma atividade profissional.

Entretanto, como reconhece a Lei Maior, na sua nova redação, a situação de deficiência traz por decorrência um comprometimento mais acentuado das funções orgânicas, não sendo justo submeter o deficiente a período de trabalho idêntico ao dos demais servidores, que é de 35 anos.

Busca-se, aqui, então, assegurar ao servidor portador de deficiência tratamento isonômico com os demais funcionários, uma vez que se atende o princípio da igualdade não apenas quando se tratam os iguais igualmente quanto quando se tratam os desiguais desigualmente.

Do exposto, estamos certo que a presente proposição não contém qualquer vício de inconstitucionalidade formal e, mais importante, permite que se dê efetividade a alteração aprovada por esta Casa no regime próprio de previdência dos servidores públicos.

Sala das Sessões,

3

Senador PAULO PAIM

4

MÁRCIO LACERDA

#6. TRIBUNA EDUCACIONAL

Colunista: SALETE SEMITELA (saletesemitela@.br)

O abecê das lápides

Graças ao avô, a pequena Giovanna Cury aprendeu a ler e a escrever nos túmulos de um cemitério

(Vinícius Novaes)

Com apenas 2 anos, Giovanna Cury tinha o hábito de passar as tardes com o avô. Enquanto José Carlos Fernandes, zelador do cemitério Memorial da Paz, em Pindamonhangaba, interior de São Paulo, trabalhava duro, a menina brincava por entre as lápides. O cemitério era o quintal da casa da menina de cabelos loiros e olhos verdes. Depois de uns meses, quando as brincadeiras começaram a não ter a mesma graça, Giovanna começou a interessar-se pelas letrinhas de bronze,

grudadas nas plaquinhas, nos jazigos. Aqueles escritos, que guardam a lembrança de quem já morreu, tornaram-se, então, os primeiros cadernos de alfabetização da menina. Com os nomes dos túmulos ela manteve o primeiro contato com o idioma escrito, aos 2 anos e meio de idade. Um contato ainda rudimentar, é verdade - a formação de sentido mais complexa, a compreensão sintática de frases inteiras, viria mais tarde, evidentemente. Mas, naquela estação de 2003, de joelhos ao chão, com os dedinhos em cima de cada letra e o avô sempre ao lado, a menina

identificou a primeira palavra, que, até hoje, não sai da sua cabeça.

- A primeira palavra que li foi "Ana" - diz a menina, hoje com 7 anos, apontando para a lápide

que lhe serviu de cartilha. José Carlos Fernandes, de gestos tímidos, olhar sereno, parou de

estudar aos 11 anos. Hoje, aos 57 anos, diz ficar emocionado quando lembra a primeira vez em que a neta leu.

- Quando percebi que ela tinha essa curiosidade, comecei a ler para ela os nomes das pessoas que estão escritos nas lápides - lembra. O método usado pelo zelador

foi simples. E aparentemente funcional. Lia as letras e revelava o som que o casamento delas significava.

- Eu falava para ela que a letra a com a letra n e com a letra a dava "Ana". Então, eu pedia a ela que saísse pelo cemitério atrás de outro nome igual àquele. Ficava emocionado quando ela me chamava para ver outro nome igual ao que eu tinha ensinado para ela - explica o avô. Giovanna voltou a correr por entre as lápides, agora com os olhos voltados para o chão.

- Comecei a procurar outras "Anas" para mostrar ao vovô - diz.

Esse processo de alfabetização, despretensioso, quase uma brincadeira, virou um hábito na vida de ambos. O aprendizado durou cerca de dez meses, calcula José Carlos.

chapeuzinho

Quando Giovanna nasceu, o avô já era zelador do cemitério. Ela cresceu numa casinha simples, a metros da imensidão de lápides. Hoje, mora com a mãe, o irmão e os avós.

- Todos os meus filhos e netos foram criados aqui no cemitério - diz José Carlos Fernandes. Os desafios de linguagem surgiam para Giovanna Cury à medida que a menina perambulava entre uma lápide e outra. Desafios como o acento circunflexo, o chapeuzinho, como a menina costuma dizer.

- Meu avô me explicava o som que o chapeuzinho tinha na palavra. Aí, ficava mais fácil - afirma.

Quando, nas lápides, ela encontrou nomes com w e x, empacou. - Meu avô me explicou o som que a letra x tem. E, quando a palavra era grande, ele falava para eu separar as sílabas - diz a menina.O avô completa.

- Depois de um tempo, eu saía com ela pelo cemitério e ela ia lendo tudo e me chamando para escutar - diz José Carlos.

A pedagoga Melina Beatriz Carneiro Alves Rocha, então professora da Escola Municipal Padre Vita, em Pindamonhangaba, soube que sua avó e companheira de quarto morrera em 11 de outubro de 2002.

Foi numa das visitas ao cemitério local que Melina conheceu Giovanna. - Como era muito ligada a minha avó, eu ia sempre ao cemitério para visitar o túmulo dela. A Giovanna foi um presente na minha vida - recorda a professora. A menina começou a frequentar a casa de Melina. Costumava passar os fins de semana por lá. Sempre estimulada por leituras e jogos, Giovanna surpreendeu Melina. Em março de 2007, a professora conseguiu uma vaga na pré-escola para a menina.

Giovanna era a mais nova aluna de Melina. Para ela, que hoje trabalha como assessora lúdico-pedagógica na Prefeitura de Pindamonhangaba, o gesto do avô de Giovanna foi "quase único". - Ele foi um educador, quase sem querer. Ela começou a falar praticamente por meio da leitura escrita - diz a especialista em gestão escolar e pós-graduanda em educação.

O desempenho de Giovanna em aula chegou a outro professor, Severino Antônio Moreira Barbosa, que conseguiu bolsa de estudos para a menina na Escola Emílio Ribas, da Rede Anglo de Ensino. - Conhecer Giovanna e sua história foi uma experiência poética - diz o autor de "A Menina que Aprendeu a Ler nas Lápides", lançado pela Biscalchin Editor.

As professoras Almelice Aparecida Carneiro Alves, de português, e Kátia Tavares da Silva, que deu aulas de filosofia a Giovanna em 2008, consideram a menina uma aluna que aprende rápido e ajuda os colegas de sala. Ela concluiu o 1º ano do ensino fundamental no ano passado e sonha ser professora. - Adoro crianças e ensinar.

A leitura virou um passatempo. - Adoro e ninguém me manda fazer isso. Faço porque gosto - diz.

Na estante, contos de fada e histórias em quadrinhos.

- Leio jornal às vezes, mas acho muito complicado. Gosto de ler o horóscopo todo dia - diz a

menina.

Giovanna, a propósito, é do signo de peixes.

* Estímulo supera método antigo

Para especialista, contato humanizador fez a diferença no caso Giovanna

Mestre e doutor em Educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Severino Antônio classificou a experiência de Giovanna Cury como "alquímica". Segundo o escritor, ela "transformou escritos de lápides em novos nascimentos, em passagens para o mundo da leitura, da escrita e da interpretação expressiva e criadora".

Com isso, a menina realizou a transmutação "da morte em vida".

Severino destaca o método humano de alfabetização entre avô e neta.

- Embora tenha sido um processo tradicional, de decomposição silábica, como em antigas cartilhas, muito mais significativo do que o método foi o encontro humano entre a menina e o avô. Ele acolhia com entusiasmo o desejo que Giovanna tinha de aprender, e a ensinava com paciência e esperança - afirmou o especialista.

Além disso, enumera o professor, havia a brincadeira, o jogo, a descoberta das palavras e das coisas. - A empatia, a relação com a vida real e o lúdico são três dimensões necessárias a uma alfabetização significativa, não mecânica, mas sensível e criadora - completa Severino Antônio.

O resultado dessa experiência está no livro A Menina que Aprendeu a Ler nas Lápides - e Outros Diálogos, lançado em outubro. - É preciso reconhecer a necessidade de educar a inteligência e educar os sentidos, para o processo de humanização do homem. Estas ideias estão encarnadas na história de Giovanna - frisa Antônio.

(Revista "Língua Portuguesa" - março - 2009)

SALETE SEMITELA

#7. ANTENA POLÍTICA

Colunista: HERCEN HILDEBRANDT (hercen@.br)

Uma mera questão de semântica

"A família, as igrejas e a escolas são agentes de controle social", disse-me, em conversa fora de classe, um professor de economia, em curso que freqüentava, na UFRJ, nos tempos da ditadura militar.

Eu passava por um corredor, reconheci-lhe a voz, chamei-o pelo nome e lancei-lhe uma pergunta aos ouvidos:

"Como seria possível calcular a relação custo-benefício da educação"?

Em aula, ele afirmara que tal relação era sempre levada em conta quando o governo formulava suas políticas. Minha pergunta continha um pouco de brincadeira, embora eu reconhecesse a seriedade da questão. E foi por esse lado que ele a tomou.

Convidou-me para um cafezinho e passou a falar-me das dificuldades de ordem técnica e política do Estado para ajustar a educação aos interesses dos diversos agentes econômicos. Ele falava e eu o interrompia com rápidas observações e novas perguntas. A conversa deve ter durado uns dez minutos e concluiu-se com a frase citada acima. Tínhamos de retornar às atividades do curso.

Agradeci-lhe a gentileza do café e da "aula particular" e despedimo-nos.

O assunto tornou-se tema de minhas reflexões políticas um tanto compulsivas.

Que papel eu representava, como professor, junto a meus alunos? Era pago para impingir-lhes uma ideologia que, há bom tempo, já começara a esforçar-me para banir de minha própria consciência? Seria possível trabalhar em outro sentido? Já compreendera a manipulação que sofria desde a infância e precisava libertar-me dela tanto quanto fosse capaz.

Alguns anos mais tarde, em encontro estadual de "pessoas deficientes", foi apresentada ao plenário, por um companheiro "cadeirante" de indiscutível valor intelectual, a proposta da criação de um conselho paritário, formado por representantes do movimento e das diversas

Secretarias de Estado - ou Ministérios, no âmbito nacional - responsáveis pela solução de nossos problemas. A fórmula não me era desconhecida. Fora adotada pelo Conselho Estadual para o Bem-Estar dos Cegos, órgão inócuo do antigo Estado da Guanabara.

Estrategicamente, a idéia foi lançada no encerramento dos debates, quando já não poderia ser posta em discussão, para despertar a curiosidade e o interesse dos participantes.

Interrompi a leitura com protestos veementes. Debochei da composição do conselho, tumultuei o encerramento do encontro.

Mas minha reação de nada adiantou. Hoje, a fórmula, creio que importada dos países "desenvolvidos", é adotada, desde o Governo Federal aos municipais. E, pelo que me parece, nossos "representantes" nos conselhos, via de regra indicados por entidades de legitimidade

duvidosa, consideram-se "agentes do controle social" e aprovam incondicionalmente todas as políticas implementadas pelos governos para a solução de nossos problemas.

Conforme a empregarmos, a mesma expressão pode ter sentidos totalmente opostos. No discurso "politicamente correto" dos governantes de hoje e de nossas "lideranças", "controle social" significa o controle do Estado pela sociedade. Mas, para meu professor de economia, é o controle da sociedade pelo Estado, controlado pelas classes dominantes.

Em diversos encontros de que participei, em minha militância política, ouvi de companheiros a frase: "isto é uma mera questão de semântica".

Mas a semântica é um poderoso instrumento de manipulação que não devemos subestimar.

hercen@.br

HERCEN HILDEBRANDT

#8. PAINEL ACESSIBILIDADE

Colunista DEBORAH PRATES (deborahprates@.brdeborahprates@.br )

“VOTO DE SAIAS"

XÔ ESCOLIOSE!

[pic]

Descrição da imagem: Num centro de um fundo cor gelo, está um corpo de mulher branco e magro visto da cintura para baixo. Aparece um final de blusa branca de seda, seguindo uma saia justa preta acima dos joelhos. Nos pés sapatos de salto alto preto. A mão esquerda marca a cintura, com algumas pulseiras grossas, tendo a direita solta sobre a saia.

Hum! Boca amarga por conta dos remédios contra dor, somados aos anti-inflamatórios para o alívio de nova crise na coluna. Escoliose, NÃO me vencerá! Triste por não ter podido comparecer a uma reunião com o tema MULHERES NO PODER, decidi levantar e peitar a dor do corpo. Escrever é, sem dúvida, um exercício diário, pelo que afagará meu coração.

Estava a pensar na mulher CELINA GUIMARÃES. Fiquei a imaginar o quão duro fora enfrentar a Corte brasileira em Moçoró/RN (1927), quando exigiu o seu direito de votar nas eleições de abril/28.

Lendo os escritos de João Batista Cascudo Rodrigues, encontrei nota sobre o despacho ao pleito de Celina Guimarães, que, por seu valor histórico, transcrevo: "verbis"

"Tendo a requerente satisfeito as exigências da lei para ser eleitora, mando que inclua-se nas listas de eleitores. Mossoró, 25 de novembro de 1927."

O Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado a regular o "VOTO DE SAIAS", com a Lei nº 660, de 25 de outubro de 1927. Muitas mulheres foram as urnas em 5/abril/28, contudo seus votos foram anulados pela Comissão de Poderes do Senado.

Somente com o Código Eleitoral de 1932, é que "o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo..." poderia votar.

Ainda assim, relativamente a mulher, somente a casada e com a autorização de seu marido, bem como a solteira e viúva COM renda própria é que teriam esse direito.

Com o Código Eleitoral de 1934, os absurdos requisitos foram derrubados. Mesmo com a evolução o "VOTO DE SAIAS" não era obrigatório para as mulheres. A igualdade nas urnas veio somente em 1946.

Movimentos femininos foram pulverizados por todo Brasil, objetivando a melhor qualidade de vida para todos. Os anos "70" foram fundamentais. Em 1975, o Planeta ganhou com a realização da I Conferência Mundial da Mulher, promovida pela Organização das Nações Unidas. A partir do evento passou-se a comemorar o Dia Internacional da Mulher pelo globo terrestre.

A luta da mulher ganhou força a partir da Constituição da República/88, quando ficaram elencados os seus direitos. Políticas públicas voltadas para o enfrentamento e superação das privações, discriminações e opressões vivenciadas pelas mulheres, com a real implementação dos Conselhos dos Direitos da Mulher, das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, de programas específicos de Saúde integral e de prevenção, bem como atendimento às vítimas de Violência Sexual e Doméstica, etc, solidificaram o avanço cultural.

Grande vitória com as Leis 9.100/95 e 9.504/97, que estabeleceram quotas mínimas e máximas por sexo para candidaturas nas eleições proporcionais para Vereadores e Deputados Estaduais/Federais, além de outras providências.

A Lei "Maria da Penha" (2006) estabeleceu um grande divisor, relativamente ao bem-estar físico e moral da mulher no ambiente familiar. Bastam de maus tratos! Claro que, por questão cultural, muito resta por fazer. Mudanças de hábitos são lentas e demandam determinação/ tenacidade. Seguimos triunfantes!

Evidenciadas inúmeras AÇÕES POSITIVAS a favor do sexo feminino, objetivando a IGUALDADE de direitos/oportunidades entre homens e mulheres. Seria lindo se, em meus pensamentos, eu não tivesse trombado com a legislação da Pessoa COM Deficiência. Então lembrei que, além de ser mulher, sou DEFICIENTE! E tome de mais ações afirmativas!

Novo rosário a rezar! Agora destaco a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovado pela ONU em 2006, incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro em 2008 como o único documento internacional com força de norma constitucional, veio garantir melhor qualidade de vida a essa parcela humana no Planeta.

Mais um montão de diplomas legais complementam as prerrogativas. A pendenga a ser enfrentada é, justamente, a FALTA do cumprimento de todo arcabouço legal! Pessoas com deficiência têm farta e boa legislação que, se obedecidas, teriam agasalhados direitos básicos. Eis a questão!

Certo é que a coletividade ainda não está preparada para recepcionar as Pessoas com Deficiência. Pior fica quando a Família não aceita e passa a esconder o seu deficiente. E o que dizer, de outra face, quando o próprio deficiente não se aceita? Muito a desenvolver e a caminhar!

Noutro dia, vendo um canal de compras que já assistia antes da perda do sentido da visão, tive olhos para ver que NÃO existia nenhum apresentador deficiente. Fiz um contato por e-mail indagando sobre essa ausência. Em resposta me fora perguntado por que eu não apresentava meu currículo. Não tive dúvidas! A Internet é mágica e, num flash, seguiam meus dados. Espero pela resposta faz mais de 3 anos!

Cristalino que pessoas com deficiência carecem de OPORTUNIDADE sob todos os aspectos. A sociedade não crê no deficiente. Isso porque PREjulga e, fatalmente, DISCRIMINA!

Você pode perguntar. Mas existe a Lei de Cotas? Sim. Existir é muito diferente de cumprir. Uma péssima característica do brasileiro é a de não obedecer aos comandos legais. Afirmo que é mesmo falta de educação. Não sabemos o que quer dizer Estado Democrático de Direito!

Deparamo-nos com ações afirmativas focando mais oportunidades para a mulher e, também, para as pessoas com deficiência. E quando somos mulheres e deficientes ao mesmo tempo? É propagado que a mulher já tem dupla jornada comumente. Então acumular características de mulher mais deficiente é o mesmo que quadruplicar jornadas. Sem dizer da dupla discriminação! Ninguém nega as estatísticas que mostram que, por ilustração, salários para os mesmos cargos, são maiores para os homens. Empresários preferem selecionar homens até pelo fato natural da mulher menstruar mensalmente!

Dentre as deficiências os empresários entendem como mais severas as apresentadas em cadeira de rodas e a cegueira em ambos os olhos. Óbvio pelos custos necessários para a adaptação do meio ambiente no trabalho. Lamentável que candidatos que se apresentem com tais atributos sejam rotulados como INCAPACITADOS para os cargos. Quais cargos? Ora, quaisquer um!

Dá para contar nos dedos as mulheres que ocupam cargos tidos como de alto escalão nas grandes empresas. Tendo deficiência, nem se fale! Essas divas representam a exceção que, por seu turno, vem confirmar a regra geral da exclusão da mulher com deficiência do mercado de trabalho. O trabalho dignifica o homem! Sem trabalho perdemos até a dignidade.

Agora, outro exercício mental. Quantas mulheres CEGAS você já constatou ocupando cargos no topo da pirâmide empresarial? Muito provavelmente nenhuma, né? Senti na pele que a perda do sentido da visão, por exemplo, para a sociedade é sinônimo de perda da capacidade intelectual. Crudelíssimo? Pois é, mas comum nos últimos tempos. Poucas mulheres cadeirantes são vistas ocupando cadeiras no legislativo. No entretanto, no RJ, não sei de nenhuma na vereança. Conhece alguma?

Seguramente afirmo que a sociedade NÃO CRÊ NA MULHER DEFICIENTE E, MENOS AINDA, NA CEGA! O mundo é preponderantemente visual não resta a menor dúvida. Todavia, o pior cego é o que não quer ver". Já parou para refletir sobre tal slogan?

Precisamos elevar o nosso cociente espiritual que está baixíssimo! Mister se faz encontrarmos o nosso "ponto de Deus no cérebro"! Como investir em campanhas para a preservação do Planeta se não enxergamos que somos os principais PREDADORES de nós mesmos? Vivemos num vale de ossos ressequidos porque nos deixamos engessar/enlatar pela forma da indústria da moda. Estamos tão CEGOS que necessitamos materializar o ESPÍRITO para que, vendo, tenhamos a certeza de sua existência.

Nesse vale de ossos, em que fora transformado o Planeta, você seria capaz de encontrar os seus para receber - novamente - o sopro da vida? Creio que todos mereçamos nova OPORTUNIDADE!

Aliás, OPORTUNIDADE é a palavrinha mágica da hora! A oportunidade para a mulher deficiente é o tronco, tendo do lado esquerdo a mão da ACESSIBILIDADE e, do lado direito, a mão da IGUALDADE. Esta é uma conquista. Contudo, só poderemos chegar nela se tivermos ACESSIBILIDADE mais OPORTUNIDADE!

Leitor amigo, você precisa de óculos para rever seus conceitos e preconceitos?

Carinhosamente.

Deborah Prates

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DEBORAH PRATES

# 9. DV-INFO

Colunista: CLEVERSON CASARIN ULIANA (clcaul@)

Windows 8 Consumer Preview: Saiba tudo sobre a nova versão

Por: Cleverson Casarin Uliana

Prezados,

Nos últimos dias de fevereiro passado a Microsoft lançou uma versão de testes do sistema Windows 8 para consumidores, que substituirá o Windows 7. Abaixo vocês podem ler uma resenha feita por ocasião do lançamento pelo colunista Caio Carvalho, do sítio Olhar Digital, onde ele apresenta algumas novidades do sistema, que deve ser oficialmente lançado no fim do ano.

Além do que é dito no artigo, já se pode adiantar que haverá melhorias na acessibilidade em particular para pessoas cegas, especialmente na hora de instalar ou fazer reparos no sistema por meio do CD ou da pen de instalação. Isso porque o Narrator, que é o leitor de telas básico que vem com o Windows desde a versão 2000, poderá ser ativado logo na primeira tela após o sistema carregar a partir do CD ou pen, por meio de uma combinação de teclas que não sabemos ainda qual será na versão em Português do sistema.

Cumprimentos e espero que apreciem.

***

Testamos o Windows 8 Consumer Preview. Saiba tudo sobre a nova versão.

Destrinchamos cada detalhe da versão Preview do Windows 8. Descubra as novas ferramentas e se surpreenda também!

Há algumas horas, em Barcelona (Espanha), a Microsoft demonstrou a nova versão de seu sistema operacional, o Windows 8. O download gratuito da versão de testes do software também foi liberado durante o evento. Essa versão é chamada de Consumer Preview. Com ela, qualquer pessoa poderá experimentar as novas ferramentas gratuitamente, em qualquer PC ou tablet.

O Windows 8 foi projetado para atuar em uma ampla gama de dispositivos e terá duas versões principais: uma que funciona com os chips tradicionais da linha x86 (fabricados pela Intel) para computadores pessoais e laptops, e uma nova versão para tablets, smartphones e outros aparelhos portáteis (com microprocessadores ARM). A Microsoft afirmou que planeja levar ao mercado, ao mesmo tempo, máquinas acionadas pelas versões ARM e Intel, mas ainda não determinou uma data.

Agora você vai conhecer um pouco mais sobre o Consumer Preview que, mesmo sendo uma versão beta, promete revolucionar o conceito de sistema operacional que eu, você e todos nós já vimos durante os últimos anos de existência do Windows.

Se você ainda não fez o download, basta acessar a página da Microsoft clicando aqui (atenção, página em Inglês):



Leia antes de iniciar a instalação:

Em primeiro lugar, vale lembrar que o Windows 8 Consumer Preview não é a versão final do sistema operacional, mas sim um modelo de testes para que você se habitue ao software. Como a própria equipe da Microsoft disse em seu blog oficial, o trabalho ainda está em andamento e algumas coisas podem (e com certeza vão) mudar antes do lançamento oficial. Além disso, a empresa quer que os consumidores comentem sobre o que acharam do preview, já que não seria nada estranho encontrar alguma falha ou bug durante a navegação.

Em segundo lugar, sua máquina precisa ter algumas especificações de hardware para operar o Windows 8. São eles:

.Processador de 1 GHz ou mais rápido;

.Memória RAM de 1GB para a versão de 32 bits ou 2 GB para a versão de 64 bits;

.Espaço em disco rígido de 16 GB para a versão de 32 bits ou 20 GB para a versão de 64 bits;

.Placa de vídeo compatível com Microsoft DirectX 9 ou superior;

.Resolução de tela de pelo menos 1024 x 768;

.Adicional: para usar o sistema de tela tátil, você precisará de um tablet ou monitor com suporte multitouch;

.Adicional: para usar o recurso Snap (redimensionar as janelas abertas, arrastando-as para as bordas da tela), você precisará de uma tela com resolução mínima de 1366 x 768.

Um Windows repaginado:

A característica mais marcante do Consumer Preview é evitar gastar seu tempo. Praticamente todos os comandos que fizemos, seja para acessar a internet ou abrir aplicações, foi feita diretamente no próprio Windows 8, sem a necessidade de acessar novas janelas. Repito: quase tudo o que antes você fazia na internet, agora vai fazer direto do sistema operacional.

O leiaute é outro ponto forte, e apresenta uma interface completamente nova, com base no Metro, o mesmo usado no software do Windows Phone. O design redesenhado vai permitir acesso instantâneo aos seus aplicativos, configurações, arquivos e informações que mais lhe interessam, para que você possa gastar menos tempo procurando itens e fazer o que realmente precisa fazer. Isso tudo será feito por meio de blocos ou "pastilhas" que podem ser movimentadas na tela ou pressionadas para acionar serviços diretamente.

As pastilhas se atualizam em tempo real. Dessa forma, você poderá verificar de imediato seus e-mails, mensagens de voz e notificações do Facebook. Se os usuários de PCs e laptops não apreciarem o novo formato das janelas, podem voltar ao estilo antigo com um simples comando de teclado ou mouse.

Os primeiros passos no Windows 8:

A partir da tela inicial, você pode carregar aplicativos, alternar tarefas, compartilhar conteúdo e verificar notificações. A diferença mais notável, e que com certeza vai deixar muita gente desacostumada, é a ausência do menu Iniciar, que esteve presente em todas as fases anteriores do Windows. Mas, de certa forma, ele não desapareceu, já que a pressionar a tecla "windows" ou passar o mouse pelo lado esquerdo da tela, você visualiza uma janela "Iniciar" com todos os programas abertos. Já na lateral direita estão as opções principais do sistema operacional, como "Compartilhar", "Pesquisar", "Dispositivos" e "Configurações".

Há quem não se acostume a esse novo leiaute de janelas e pastilhas do Windows 8. Para os menos familiarizados, a Microsoft embutiu a versão clássica do sistema operacional com as características básicas do software baseado no Windows 7. A empresa ainda facilitou o acesso a recursos de rede, gestão de arquivos, pesquisa, gestor de tarefas e painel de controle. Para voltar ao modelo tradicional, basta passar o mouse pelo canto inferior esquerdo da tela ou pressionar a tecla Windows no teclado.

Vale lembrar, no entanto, que qualquer dado agora ficará visível por meio das pastilhas, que mostram em tempo real as atualizações de notícias, esportes, finanças, calendário e tudo o que seus amigos estão fazendo, como também checar sua agenda, obter as últimas previsões do tempo e verificar os seus e-mails - tudo sem a necessidade de abrir um novo programa ou serviço, pois todas as informações ficam divididas nas pastilhas. As janelas, inclusive, podem ser personalizadas de acordo com suas preferências pessoais, ou seja, você pode apagar, organizar ou agrupar itens na tela inicial e visualizar e interagir com o conteúdo.

Uma nova forma de conectar-se às redes sociais:

O recurso mais interativo entre os disponíveis no Consumer Preview é o "Pessoas", que reúne todas as suas contas em sites e redes sociais de uma forma interativa. A seção é dividida em três partes: a primeira abriga todos os cadastros em páginas como Facebook, Twitter, LinkedIn, Hotmail e Google, além de uma lista com todos os contatos dos sites que você integrou ao Windows 8; já a segunda, o "Novidades", apresenta as novidades mais recentes dos seus amigos; por fim, uma aba é reservada para um perfil pessoal onde você pode acrescentar mais informações sobre si mesmo e dar uma olhada em suas atividades virtuais.

Ao entrar no perfil de algum colega, por exemplo, é possível enviar um e-mail ou mensagem instantânea pelo MSN Messenger - que agora vai se chamar apenas Messaging -, ver um mapa do local onde a pessoa mora e outros dados relacionados ao contato, como também as atualizações nas redes sociais.

Outras Ferramentas:

Pesquisar: assim como no Windows 7, no Win 8 você pode fazer buscas por aplicativos, configurações ou arquivos no computador. A diferença é que esse recurso está muito mais completo e agora você também pode efetuar pesquisas personalizadas na internet por meio do Bing ou pelo computador na seção "Applicativos", em locais como arquivos (pastas), Música, Pessoas, Correio, fotos, Finanças, etc.

Compartilhar: um botão interessante no Windows 8 é o Compartilhar. Ao ver uma notícia, uma foto ou qualquer outro arquivo na internet ou no PC, basta que você acesse pelo menu lateral direito a opção para compartilhar aquela informação com outras pessoas por e-mail, usando de sua conta na Microsoft.

Conectividade: outros dispositivos poderão interligar-se ao Windows 8. Ao associar sua conta na Microsoft com o Messenger, por exemplo, você poderá ver as atualizações recentes de seus contatos a partir de outro periférico conectado, ao mesmo tempo, seja por um computador, smartphone ou tablet. Uma vez ligado ao Windows 8, os demais aparelhos vão adquirir certas funções do novo software operacional - no caso do Messenger, se um de seus amigos acessar o Facebook, você pode conversar com ele do seu computador (sem o Win 8) pelo próprio MSN.

Windows Defender: o Windows Defender do Windows 8 fornece proteção anti-malware para monitorar e ajudar a proteger o computador contra vírus e outros malwares em tempo real. Se o PC for infectado, o Defender vai detectar a ameaça automaticamente e tentar removê-la para que o PC não enfrente problemas futuros. Caso você use outro programa para proteger a máquina, o Defender vai agir de maneira mais silenciosa, de modo que você possa usar a opção que mais lhe agrada.

Integração com a Xbox Live: agora você poderá acessar sua conta da Xbox Live Arcade pelo Windows 8, ver as prévias de jogos e, se quiser, comprá-los direto do computador. Até seu avatar animado do serviço é mostrado!

Configurações: sem muito segredo, as configurações do sistema operacional vão possibilitar ajustar níveis de volume, desligar ou ligar o PC, organizar contas de e-mail, selecionar opções de som e vídeo, escolher uma configuração para controle de jogos, alterar temas, administrar contas de usuário, entre outras funções.

Internet Explorer 10:

O Win 8 Preview mostra um pouco mais do novo Internet Explorer. O navegador, que agora usa um mecanismo de aceleração de hardware, padrões como o HTML 5 e um núcleo mais rápido do Windows para agilizar a navegação, está visualmente mais bonito e à altura para competir com Chrome e Firefox.

A barra de endereços, antes localizada no topo da página, agora fica no lado inferior da tela, e desaparece quando não é usada. Logo ao iniciar o navegador, é exibido um histórico com miniaturas dos últimos sites acessados e adicionados aos favoritos. Realmente, a Microsoft acertou em cheio num design mais limpo.

A empresa, aliás, garante que a nova versão do IE é líder em proteção contra malwares e phishing, e dará ao usuário uma experiência mais segura ao navegar na web. O filtro SmartScreen identifica scams e sites com temática suspeita e avisa quando sua segurança está ameaçada. Os controles de privacidade na opção Tracking (Rastreamento) vão possibilitar um melhor controle sobre suas informações pessoais.

Windows Store:

A Windows Store (loja do Windows), que já estava disponível a donos do Windows Phone, oferece aos usuários uma maneira mais fácil de descobrir aplicativos, divididos em categorias que vão desde apps mais baixados e populares entre os usuários, como também os mais recomendados pela própria loja da Microsoft. Além disso, o indivíduo poderá encontrar aplicativos desenvolvidos pela empresa e aplicativos de terceiros e/ou de desenvolvedores independentes, muitos deles já ajustados para a interface Metro. Entre os mais conhecidos já estão disponíveis o Cult The Rope e a versão digital do jornal USA Today.

Conteúdos de parceiros consagrados, como o Kindle (da Amazon), o WordPress e o iCookbook também estão disponíveis nesta versão inicial da Windows Store. A boa notícia para usuários e desenvolvedores é que a loja vai oferecer versões de aplicativos tanto para processadores no padrão ARM quanto no padrão x86 e a loja vai identificar automaticamente qual é sua versão para baixar o modelo correto do aplicativo.

Todos os downloads, no Consumer Preview, estão gratuitos, mas os executivos da Microsoft já informaram que haverá uma seção para aplicativos pagos e mais completos, com a possibilidade de experimentá-los antes de efetuar uma compra. Os apps que os usuários já tiverem baixado poderão ser atualizados de graça através do Windows 8.

A loja também conta com um elemento relacionado à nuvem, de sorte que os usuários poderão fazer login em qualquer computador com Windows 8 para acessar todos os seus aplicativos e configurações. Com isso, o usuário pode acessar o seu PC de qualquer lugar do planeta.

CLEVERSON CASARIN ULIANA

#10. O DV E A MÍDIA

Colunista: VALDENITO DE SOUZA (vpsouza@.br)

*Google, o espião

Muita gente ainda não entrou na era Internet, mas a Internet já entrou na era da gente. A tecnologia muda até mesmo o mundo das pessoas que não a utilizam.

Uma tecnologia pode, por exemplo, eliminar certas profissões. Surgem outras. O professor de Datilografia está no museu com suas máquinas flamantes. Quem está na Internet usa o Google. É inevitável. Já existe até o verbo "googlear". Esse negócio de verbos é engraçado. Paulista tem uma maneira muito particular de conjugar. Não diz "cornetear", mas "cornetar". Fala "Fulano corneta Beltrano". Bizarro. Carioca não sabe o que é "chinelagem". Paulistas e cariocas praticam o bairrismo cosmopolita. Só as suas expressões são nacionais. O assunto é outro: Google é um espião. Rastreia tudinho.

Coleta os dados de cada usuário, do tipo de computador usado aos assuntos pesquisados, dos números de telefone contatados ao idioma, dos erros acontecidos com o computador ao lugar onde a pessoa se encontrava. Tudo. Rastreia, armazena e utiliza. Nem precisa de autorização judicial. O olho espião do Google aumentou com a criação da "identificação única do usuário", uma espécie de cadastro unificado reunindo todos os dados de uma pessoa, mesmo que ela entre na Internet com nomes diferentes. Para não ser rastreado, o usuário precisa saber desabilitar um negócio chamado "cookies". Para isso, bem entendido, necessita saber o que são cookies. A prática é de atirar primeiro e perguntar depois se está tudo bem. Como a maioria não sabe da existência de olhinhos espiões chamados cookies, o rastreamento é inevitável. Qual o problema? Os dados de cada um deixam de ser privados.

É certo que esse é o sonho de muitos. Perder a privacidade. Cair no domínio público. O Google espião não torna ninguém famoso. Apenas facilita coisas como o bombardeio de publicidade personalizada. A pessoa começa a pesquisar na Internet sobre mudança de sexo para um trabalho erudito e, de repente, surgem do nada links sobre boates para encontros sem preconceitos em Dubai. O Google é o "Big Brother". Sem prêmio de 1 milhão. Há quem nada tenha a esconder ou nada a mostrar, o que pode ser desesperador. Um articulista disse ontem que a Internet está parecida com o Velho Oeste, um território sem lei. Acho que está mais para um imenso Paraguai. Eric Schmidt, presidente do Google, disse que "quem tentar restringir a Internet vai falhar". Restringir, no jargão

adolescente dos deslumbrados ou dos beneficiados, significa regulamentar. A Internet é um gigantesco campus da USP. Quem fala em regulamentação é rotulado de reacionário, atrasado, velho, não entendeu a Internet, esse papo furado de quem só quer levar vantagem em tudo

e confunde juventude com inteligência. O argumento mais usado é de que regulamentar serve aos interesses de terríveis corporações capitalistas. Ainda bem que o Google é uma microempresa socialista autogerida por seus funcionários e sem fins lucrativos. Existe apenas, da mesma maneira que Megaupload, para realizar um ideal de fraternidade: o compartilhamento do conhecimento livre.

Fonte:Juremir Machado da Silva | juremir@.br

(Correio do Povo) - PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2012

*Banda de deficientes conquista Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011.

A Banda Forró Bão Dimais, é o único grupo musical formado só por cegos de Belo Horizonte/MG, foi contemplada com o prêmio ARTE E CULTURA INCLUSIVA 2011, edição Albertina Brasil, com o tema "NADA SOBRE NÓS SEM NÓS".

A iniciativa, Forró Bão Dimais, vem sendo desenvolvida a 10 anos, e foi uma das 20 selecionadas na categoria Expressão Artística, e com isso a banda receberá um prêmio de R$12,5 mil.

O objetivo do prêmio é reconhecer a participação de artistas com deficiência na produção, na difusão artística e cultural brasileira, assim como ações, projetos e produtos culturais, que possibilitaram acesso e acessibilidade a pessoas com deficiência.

Em Minas Gerais, no Brasil e no exterior, o Grupo Forró Bão Dimais, vem desenvolvendo um trabalho de divulgação da música nordestina, onde teve seu reconhecimento através desse prêmio.

O grupo Forró Bão Dimais, vem se apresentando a dez anos em eventos como Mostra Albertina Brasil de Arte sem Barreira, em Aracajú/Sergipe/João Pessoa/Paraíba; Muda Brasil - Zurique/Suíça; Semana da Acessibilidade em Belo Horizonte/Minas Gerais, 37º Festival de Inverno de Itabira-MG e outros. Por causa de toda essa bagagem, Jerônimo Rocha, músico e coordenador e Nazaré Gonçalves, produtora de projetos, fizeram um dos maiores projetos culturais já idealizados por um grupo de deficientes informais. O EXPRESSO BÃO DIMAIS, apresentado na Lei Rouanet, onde teve sua aprovação em dezembro de 2010. Trata-se de 10 Feiras de amostras culturais, onde teremos apresentações musicais, exposições de arte, oficinas, palestras, teatro e outros. Estamos em busca de empresas que queiram fazer parceria conosco, derrubando as barreiras do preconceito e por em prática nossa capacidade.

A Banda Forró Bão Dimais, concorreu com outros 213 projetos de todo o Brasil, e foi classificada no item Expressão Artística com essa premiação, poderemos dar continuidade aos nossos trabalhos de inclusão da pessoa com deficiência através da arte e interação com a comunidade. Podemos dizer que com nosso trabalho, estamos fazendo uma inclusão de fora para dentro.

Prêmio Arte e Cultura Inclusiva 2011 Edição Albertina Brasil é promovido pelo Ministério da Cultura (Minc), por meio da Secretaria de Cidadania Cultural, e tem patrocínio a Petrobrás através da Lei Rouanet. Em sua primeira edição, a personalidade homenageada foi a Albertina Brasil Santos, ativista com deficiência visual e pioneira na Administração Pública Federal, quando servidora da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), ao sensibilizar diferentes esferas de governo, assim como comunidades culturais, para a promoção do talento das distintas expressões de artistas com deficiência.

Jerônimo Rocha - 31 - 87270781

Coordenador/ Músico

Nazaré Gonçalves - 35- 9216 9202

Produtora

//Fonte: Zero Hora

*Coluna Filatélica: Correios registram em bloco de selos a Fundação Dorina Nowill para Cegos

Os Correios lançam no dia 11 de março, nas cidades de São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG), um bloco postal com dois selos (de emissão especial) em homenagem à Fundação Dorina Nowill para Cegos, exemplo de dedicação, conquista e perseverança no empreendimento de sua missão.

De autoria da artista Cecília Langer, o bloco compreende, na parte superior, dois selos. O primeiro apresenta a imagem de uma criança deficiente visual e a logomarca da Fundação Dorina Nowill para Cegos. O segundo selo tem estampado o rosto de Dorina, em off-set, cujos traços possuem a técnica de relevo, para possibilitar a identificação do semblante de Dorina, pelo contato táctil, e permitir ser conhecida além de sua voz e de seu trabalho. Como imagem de fundo, em tons de sépia, a reprodução de uma foto de Dorina Nowill, digitalmente trabalhada, lendo um livro em braille. Abaixo, a frase de sua autoria, também escrita em braille, resume, de forma concreta, que seu trabalho de apoio ao deficiente visual se eterniza por meio da Fundação que criou :

"Todas as histórias têm um fim, mas a minha continua...".

Serão impressos 100 mil blocos, com valor facial de R$ 2,80 cada selo (R$5,40 o bloco). A peça filatélica poderá ser adquirida nas agências e na loja virtual dos Correios

( .br/correiosonline

).

HISTÓRICO

Há mais de seis décadas a Fundação Dorina Nowill para Cegos tem se dedicado à inclusão das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à educação e à cultura.

Fundada em 11 de março de 1946, a Fundação Dorina Nowill para Cegos é hoje uma instituição reconhecida internacionalmente pela qualidade de seus livros em braille, falados e digitais acessíveis a pessoas com deficiência visual, que são fornecidos para mais de 5.000 escolas,

bibliotecas e organizações de todo o Brasil, bem como pelos serviços de reabilitação para pessoas cegas e com baixa visão. Oferece, também, programas de clínica de visão subnormal, educação especial e empregabilidade.

A história da Fundação Dorina começou a se delinear quando Dorina de Gouvêa Nowill, cega aos 17 anos, sentiu a enorme carência de obras em braille no Brasil.

Hoje, 65 anos depois do início de suas atividades, a instituição possui uma das maiores imprensas braille do mundo, em capacidade produtiva.

Há quem diga que nos últimos 60 anos "não há no Brasil uma só pessoa cega alfabetizada que não tenha tido em suas mãos pelo menos um livro em braille, produzido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos".

Organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, ao longo dos anos a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu mais de 6.000 títulos e 2 milhões de volumes impressos em braille. A instituição produziu, ainda, mais de1.800 obras em áudio e cerca de outros 1.000 títulos

digitais acessíveis. Além disto, mais de 17.000 pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial.

São mais de seis décadas de dedicação e de muitas realizações. Tudo isso graças a doadores, voluntários, amigos e patrocinadores que acreditam na missão da Fundação Dorina Nowill para Cegos, e fazem da instituição uma referência no trabalho de inclusão social das pessoas cegas e com baixa visão.

Por meio da Filatelia, os Correios assinalam e divulgam nesta emissão postal a importância dos trabalhos desenvolvidos, visando a inclusão e a acessibilidade das pessoas cegas ou com pouca visão, bem como homenageiam a Fundação Dorina Nowill para Cegos.

A ECT registra, também, os cinco anos da implantação do Serviço Postal Braille, iniciativa pioneira entre as administrações postais, que realiza a transcrição de correspondências, inclusive comerciais e de órgãos públicos, da escrita comum para o braille e vice-versa. A implantação da Central Braille dos Correios, sediada em Belo Horizonte/MG, responsável pela execução desse serviço, que amplia o acesso dos cegos aos produtos de conveniência postal, contou com o apoio técnico de importantes instituições, inclusive da homenageada Fundação Dorina Nowill.

Os Correios e a Fundação Dorina Nowill para Cegos têm em comum o compromisso com a inclusão social e a valorização das pessoas com deficiência visual.

//Fonte:Folha SP

VALDENITO DE SOUZA

# 11.PERSONA

Colunista: IVONETE SANTOS (ivonete@.br)

Entrevista com Simone Belo (Técnica em proteção e defesa do consumidor)

1. Sabemos que você reside em são paulo, gostaríamos de saber onde nasceu?

Simone: Santo André - São Paulo

2. Qual a causa da sua deficiência visual?

Simone: Descolamento de retinas em virtude de Glaucoma

3. Onde estudou e qual sua formação?

Simone: Universidade de Mogi das Cruzes - Direito.

Pós graduando - incompleto.

4. Atualmente onde trabalha e, se possível, nos fale um pouco sobre a função que desempenha e o relacionamento com os colegas de trabalho.

Simone: Sou funcionária pública do governo do estado de São Paulo, técnica em proteção e defesa do consumidor, integro o grupo técnico de acessibilidade, e desenvolvo atividades de educação para consumo, através de pesquisas, Teatro de fantoches, e rodas de conversa debatendo temas a respeito da relação de consumo e a pessoa com deficiência visual.

Toda relação profissional têm suas diferenças, riscos, e oportunidades, definindo-se a partir das trocas de experiências que professamos com nosso próximo.

Minha relação com os demais profissionais é super amistosa, inclusive quanto a questão da deficiência visual; resultado do máximo de informações que propago, implementando atitudes inclusivas, chegando a influenciar em valores pessoais.

Paralelo a vida profissional, executo atividades que me dão ainda mais vivacidade, organizando e divulgando eventos que assegure a participação de

pessoas com deficiência visual por meio do grupo "vai ser lindo".

5. Sei que você tem organizado um almoço anual, onde reúne amigos de vários estados, Gostaria que nos contasse como surgiu essa idéia e se já organizou outros eventos.

Simone: Eu e meu parceiro Audier Gomes, fomos convidados a planejar uma festa

junina para uma instituição; porém, por problemas administrativos, não foi possível a realização.

Para que não houvesse frustração, em agosto, organizamos um evento nos moldes de uma festa junina para sessenta pessoas. Para nossa surpresa, compareceram 119, a maioria usando trajes típicos (caipira).

O diferencial desta festa foi um teatro improvisado, com um “casamento nordestino, celebrado por um padre repentista. Com o sucesso desta atração, o reencontro de vários amigos, a qualidade do evento, sentimo-nos motivados a elaborar anualmente, no último sábado do mês de agosto, nossa tradicional “festa agostina”, Sempre com novidade e um tema diferente. Mas, não são só estes fatores que influenciam neste evento; há uma forma criteriosa na escolha do local, qualidade no atendimento, e uma cozinha com diversas e apetitosas opções de refeição.

Já efetuei festas de reveillon, passeios em chácaras, gincanas, acampamentos, cidades turísticas, praias, seminários, excursões com atividades passivas e radicais, Estirão para o fórum social mundial, encontros musicais, almoços de confraternização, oficinas, e festas temáticas. Em todos, houveram apresentações artísticas, sob a brilhante e talentosa coordenação de Audier.

Atualmente estou empenhada em nosso primeiro transatlântico.

6. Em relação ao projeto do cruzeiro acessível, a empresa já fazia esse

atendimento especial, ou você conseguiu uma parceria onde eles irão

oferecer pela primeira vez um atendimento voltado para os deficientes

visuais?

Simone: Este é o primeiro trabalho, fruto de uma parceria que fizemos após a

participação da agência numa festa agostina.

O contato com o grupo foi fundamental, permitindo que a empresária reconhecesse que falta treinamento para um atendimento adequado, e que somos um público potencial às empresas de lazer turístico.

7. como as pessoas interessadas em participar do cruzeiro deverão fazer para efetuar a reserva, existe limite de passageiros ou um prazo para isso.

Simone: Como todo navio, a Capacidade para passageiros é limitada. As acomodações são divididas em cabines (duplas, triplas, quádruplas), algumas possuem varanda privativa.

Devido a venda do pacote nas diversas agências de viagens (nacionais e

internacionais), participando pessoas de todo o mundo, é prudente comprá-lo o "quanto antes", garantindo além da viagem, o tipo de cabine, valor, e forma de

pagamento desejada.

Para reserva, os interessados deverão solicitar informações através do e-mail

eventos@.br.

8. Quais seus projetos para o futuro?

Simone: Quanto ao grupo "Vai ser lindo", disseminar o lazer, turismo, e entretenimento acessível em todo o país.

Diferente dos primeiros objetivos que só depende de meus esforços, para que isto aconteça, conto com a colaboração, apoio e incentivo ao fortalecimento do grupo, através da participação, divulgação, e opinião de todos; precisamos nos tornar conhecidos, não somente por quem desenvolve políticas públicas, mas também por empresários ligados a estes segmentos.

9. Como é a cidade onde você mora para os deficientes visuais em relação ao campo de trabalho e a locomoção?

Simone: Nas duas questões houveram avanços, porém, ainda estamos longe do objetivo.

Infelizmente, para cumprirem a lei 8213/91, algumas empresas avaliam o grau da deficiência, e não a capacidade profissional. Quando contratam, não utilizam o potencial de crescimento.

Quanto a locomoção, existem algumas iniciativas criadas dentro da Secretaria da Inclusão, mas não há projetos específicos de acessibilidade.

Calçadas irregulares, ineficiência nos transportes, orelhões, lixeiras, falta de sinalização sonora e tátil, são alguns dos problemas.

10. Fique livre para deixar uma mensagem para os leitores do contraponto ou para acrescentar alguma informação que deseje.

Simone: Aos leitores,

“devemos ocupar os espaços que nos pertencem, a fim de vencermos barreiras e transpormos as necessárias posições sociais”.

Simone: A equipe do jornal contraponto,

meu agradecimento pela oportunidade de participação, e o reconhecimento de excelência nesta via de inclusão.

Simone: Aproveitando o momento, Em nome da equipe “Vai ser lindo”, venho convidá-los a participar de nosso primeiro cruzeiro acessível, a ser realizado em dezembro de 2012.

Pensando no conforto e comodidade de todos, foi escolhido um navio que oferece vários serviços, muito lazer e entretenimento;

Serão 24 horas de atividades em alto mar, entre espetáculos realizados nos elegantes salões, teatros, shows musicais, o clássico coquetel do Comandante, Piano bar, exercícios ao ar livre, atrações de animação, bailes, jogos de sociedade, concursos e aulas de dança, piscina com hidromassagem, cassino com roleta, black jack, pôquer, e slot machin.

Como em todos eventos, além de muito entretenimento e gente bonita, destacamos a cozinha com diversas opções.

Teremos ainda, 4 restaurantes, 11 bares, 6 jacuzzis, 4 piscinas, Tobogan.

Club exterior, Salão de beleza, Biblioteca, Discoteca, Mundo Virtual, Squok Club e Experiência PlayStation.

Os pais poderão desfrutar a viagem tranquilamente, pois há atividades para crianças com uma equipe infantil.

Para os adolescentes, festas, games, discotecas, com monitores.

Aos que desejarem descansar, relax e regeneração no dia a-dia, podendo cuidar e dar atenção ao corpo em um extraordinário centro de bem-estar, equipado para todos os tipos de atividades, tratamentos, sauna, sala de vapor, Pista polidesportiva, e Circuito de jogging.

Há duas opções de Porto para entrada e saída(Santos e Rio de Janeiro).

Informações através do e mail eventos@.br

Eu e minha equipe, aguardamos todos a bordo, para um momento festivo e inesquecível.

Vai ser lindo!

--

eterno é tudo que dura uma fração de segundo, mas, com tamanha intensidade que

se petrifica e nenhuma força jamais o resgata.#

IVONETE SANTOS

# 12.SAÚDE OCULAR

Esta coluna é assinada pelo HOB - Hospital Oftalmológico de Brasília

atfdf@.br

O jornal Contraponto mantém um convênio informal com aquela renomada instituição.

Caso deseje, o leitor pode sugerir o tema para uma próxima pauta.

*Na volta ao trabalho, evite a Síndrome do Computador

Para muitos a semana que inicia significa fim de férias. Na hora de retomar a rotina, trabalhadores e estudantes precisam ficar atentos e conservar hábitos saudáveis para evitar a Síndrome do Computador.

Brasília, 24/2/12 - O hábito de passar horas frente ao computador leva as pessoas a piscar menos do que o ideal, o que acarreta falta de lubrificação dos olhos e, consequentemente, queixas de desconforto ocular como cansaço visual, olho seco e visão turva. Dentro do conjunto de reclamações que chegam diariamente aos consultórios oftalmológicos quase 70% equivalem a essa relação de sensações que compõem a chamada Síndrome do Computador.

Há menos de 20 anos, não tínhamos esse diagnóstico, diz o oftalmologista Canrobert Oliveira (CRM 2327), do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB). "Alguns problemas se originaram no comportamento atual das pessoas", contextualiza.

A solução é promover uma mudança de hábitos, tomar precauções em tempo, ou, "no ápice do esgotamento, a única saída será parar tudo por completo, o que nem sempre é conveniente quando se impõe na vida", observa o médico.

Evidências - A Síndrome do Computador leva seu portador queixar-se de cansaço visual, olho seco, visão turva e astenopia (dor e irritação). No consultório, alerta Canrobert, não raro, é confundido e diagnosticado como presbiopia, erro refrativo ou hipermetropia latente, que apesar da semelhança dos relatos, devem ser descartados.

O médico, diante desse quadro, deve buscar os sintomas de olho seco especialmente, pois é mais aproximado, uma vez que estudos têm mostrado que, em frente ao computador, o número de piscadas das pessoas reduz em até 60% em relação a quando não estão fixadas na tela.

O não piscar leva a não lubrificação, "pois os músculos que a provocam não são ativados", explica. A estimativa é de que na população em geral, incluindo os que não procuram oftalmologistas, a Síndrome do Computador esteja presente em 40% das pessoas.

Quando essa disfunção é detectada, Canrobert destaca que há diferentes tratamentos para aliviar o paciente dependendo da gravidade, vão de compressas mornas, colírios até os antibióticos com corticoides que devem ser prescritos por médicos oftalmologistas.

Já a fadiga ocular leva o paciente a queixar-se de náuseas, cefaleia, enjôo, e redução da competência para a leitura. Seu aparecimento pode ser favorecido por alguns fatores como olhos com graus mal corrigidos, óculos vencidos, má iluminação no ambiente de trabalho ou excesso de iluminação e excesso de carga de trabalho para perto como ler e escrever.

O resultado do tratamento vai depender da nova disciplina que o paciente vai adotar diante da sua rotina.

Dica - Canrobert Oliveira aconselha seguir a risca uma receita simples e eficiente para evitar a Síndrome do Computador: para cada 50 minutos de atividade em frente ao computador, pare por três minutos, aproxime-se de uma janela e olhe para longe. Assim, a musculatura intrínseca do olho (ciliar) descansa e exerce sua função fisiológica adequadamente.

*Daltônicos não confundem só o verde e o vermelho

Daltonismo está ligado à onda de cores e não se restringe ao verde e ao vermelho.

Atinge mais homens do que mulheres e a maior parte dos portadores vive sem restrições.

Cerca de 4% da população é portador de daltonismo.

Brasília, 9/2/2011- O daltonismo não é a confusão entre as cores verde e vermelho. Trata-se de uma alteração dos cones, células presentes na retina (fundo do olho) responsáveis pela distinção das ondas de cores. "O daltônico não vai enxergar verde onde há vermelho ou vice-versa, mas verá outros tons de cores similares. Na prática, podem levar vida normal, exercendo atividades cotidianas e até mesmo dirigindo automóveis em grandes cidades, a depender do grau de daltonismo do portador", defende a oftalmologista do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), Dorotéia Matsuura.

O daltonismo é uma condição hereditária, presente em cerca de 4% da população mundial e atinge 20 vezes mais os homens do que as mulheres. Na maior parte das vezes, as pessoas com daltonismo podem ver vermelho e verde como tons de amarelo, laranja e bege. As cores azuis também são percebidas de forma diferente.

Tipos - Cada cor é percebida como uma onda pelos cones e cada insensibilidade de cor tem uma classificação diferente. Assim, o daltonismo dos pacientes que não são sensíveis a comprimentos de ondas longas, onde enquadra-se o vermelho, por exemplo, é chamado de protanopia ou protanomalia. "Essa condição faz com que a cor seja percebida com tons de bege e aparente ser algo mais escuro do que realmente é", explica a médica.

Já os daltônicos com deuteranopia ou deuteranomalia são as formas mais comuns de insensibilidade das cores. "Pessoas com essas condições têm cones que são insensíveis às ondas médias, como o verde, mas o resultado final é semelhante ao da protanopia, com a visualização de tons de marrom e bege", esclarece.

Existem variações mais raras de daltonismo como a tritanopia, que torna o olho insensível a ondas curtas, como os tons de azul. Dorotéia esclarece que "em geral, as graduações de azul e verde podem ser confundidas, mas as cores amarelas também são afetadas na medida em que são enxergadas como leves tons de vermelho".

Acromia - Além da insensibilidade para o vermelho, o verde e o azul, há portadores de daltonismo que não enxergam cor alguma, e veem tudo em preto, branco e cinza. "Nesses casos, os cones dos olhos não são funcionais, de modo que os bastões, os receptores que só podem diferenciar entre luz e escuridão, são a única fonte disponível de informação visual. A vida apresenta-se em preto, branco e tons de cinza aos portadores de daltonismo acrômico. Muitas vezes eles têm baixa acuidade visual e aversão à luz brilhante", descreve a especialista.

Infância - Nos primeiros anos de vida, é quase impossível identificar o daltonismo já que as crianças de até quatro anos de idade costumam confundir as cores. "Só a partir da idade escolar é que pais e professores podem perceber indícios de daltonismo por meio de dificuldades na execução de atividades com cores. Mesmo assim, as dificuldades que as crianças enfrentam com essa insensibilidade de cores são mínimas e não alteram o dia-a-dia", diz a oftalmologista do HOB.

Na adolescência, segundo Dorotéia, a maior dificuldade dos daltônicos acontece na combinação de cores das roupas.

Riscos - A oftalmologista do HOB avalia que "apesar da impossibilidade de enxergar as cores, o motorista daltônico conhece a ordem das cores no semáforo e visualiza bem as informações das placas de trânsito, já que os tons de bege e marrom permitem a leitura normal das informações e as variadas formas geométricas das placas também ajudam na identificação", afirma. Ela esclarece que a mesma condição não se aplica aos daltônicos acrômicos, já que a visão restrita a preto, branco e tons de cinza apresenta sérios riscos ao trânsito.

Diagnóstico - Existem dois métodos para identificar o daltonismo, sendo um aplicado para o defeito congênito e o outro para o adquirido. "Para diagnosticar o quadro de daltonismo congênito, a técnica japonesa chamada de Método de Ishihara (lê-se ichirrara) é a mais utilizada. Este procedimento consiste na exibição de uma série de 32 cartões coloridos, cada um contendo vários círculos de cores ligeiramente diferentes das situadas nas proximidades. Alguns círculos são agrupados no meio do cartão, exibindo um número que somente será visível para pessoas de visão normal. O número de acertos pode variar conforme o grau e o tipo de daltonismo", explica a oftalmologista.

Já para diagnosticar o daltonismo adquirido, a técnica mais utilizada é o Farnsworth. "Esse teste é composto de quatro bandejas plásticas contendo cem cápsulas em tons diferentes. O observador tem 15 minutos para posicionar as cores em ordem lógica, levando em consideração as cápsulas fixas nas extremidades da bandeja. A escolha inicial deverá ser a cor mais próxima da cápsula principal, e em seguida a cor mais próxima da recém escolhida e assim sucessivamente até completar a ordenação de todas as cápsulas. Se o paciente confundir a ordem ou a posição das cores, o daltonismo é diagnosticado", explica a especialista do HOB.

Tratamento - O daltonismo não tem cura ou tratamento. "O daltonismo adquirido é o único que apresenta evolução no quadro e normalmente só estabiliza quando a causa do defeito visual é sanada, ou seja, quando a lesão no nervo ótico, retina ou no córtex cerebral é tratada. Portanto, pessoas que sofrem de glaucoma, que já foram vítimas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou que passaram por algum tipo de trauma nessas regiões, devem realizar consultas periódicas ao oftalmologista, a fim de diagnosticar qualquer defeito em sua visão", orienta Dorotéia Matsuura.

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ATF Comunicação Empresarial

*Óculos 3D sem higienização são risco de disseminação de vírus e bactérias

Brasília, 15/12/11 - A proliferação de filmes produzidos em três dimensões para a telona exige atenção com a higienização dos óculos, sobretudo do usuário, para que a diversão não vire um transtorno e o espectador fique mais envolvido com problemas nos olhos do que pelos efeitos tridimensionais do filme, alerta o oftalmologista Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Em São Paulo, nesta quinta-feira (15), a Fundação Procon considerou descumprida a Lei Estadual nº. 14.472/2011 e autuou seis cinemas de shoppings da Grande São Paulo. Esta Lei trata da obrigatoriedade de higienização dos óculos utilizados na exibição de filmes em terceira dimensão (3D) e determina que os óculos devem ser embalados individualmente em plástico estéril com fechamento à vácuo. Além disso, nos locais onde os óculos forem distribuídos deverá ser afixado cartaz com o seguinte informe: "Óculos higienizados nos termos da Lei Estadual nº. 14.472/2011".

Canrobert entende que a higienização correta feita pelas empresas que recebem pessoas para assistirem aos filmes em suas salas é fundamental, mas aconselha pais e crianças a também limparem com álcool em gel os óculos que recebem na porta do cinema para ver em três dimensões. É preciso tomar precauções , frisa.

Conjuntivite - O uso dos óculos são fundamentais para que se obtenha a sensação de tridimensionalidade proposta pela produção cinematográfica, mas ao passar de rosto em rosto e de mão em mão a cada sessão, podem estar disseminando agentes viróticos e bacterianos. Há pessoas com cílios tão grandes, os quais podem estar contaminados, e ao rasparem nas lentes transmitem problemas para o próximo usuário. "Todos sabemos que uma pessoa ao falar, tossir ou espirrar expele gotículas de secreção que respingam nos óculos, sem falar nas mãos contaminadas que os pegam, pois nem todos incorporaram os cuidados recomendados, por meio da imprensa e dos órgãos de vigilância sanitária", comenta. Outros, ainda, mesmo atendendo as orientações de cuidados após tocarem em botões de elevador, dinheiro, maçanetas de carros e portas, podem, desatentos, coçar os olhos com as mãos contaminadas, alerta ao frisar que "óculos não são artigos para passar de mão em mão, de rosto em rosto".

Canrobert chama a atenção ainda para aqueles espectadores que acostumados a morder a haste dos óculos fazem o mesmo com o equipamento entregue no cinema, "outra forma de contaminação".

Uma forma de amenizar os riscos é carregar um lenço e um recipiente com álcool em gel para higienizar os óculos antes de usá-los, mas mesmo assim, não é a prática que queremos, adverte Canrobert.

Pessoas que usam óculos de correção refrativa e colocam os destinados para assistir os filmes em 3D por cima, podem estar parcialmente mais protegidas, mas também, não há garantia e nem é a condição de todos os espectadores. "Eu não gostaria de usar

óculos de uso comum para me divertir no cinema", posiciona-se o médico do HOB.

Inflamação - A conjuntivite virótica é agressiva e por vezes deixa sequelas irreversíveis. Trata-se de uma inflamação da conjuntiva (fina membrana de tecido epitelial que recobre a córnea e a esclera - parte branca do olho).

A conjuntivite é suspeita quando sintomas como sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão, fotofobia, lacrimejamento e inchaço das pálpebras ocorrem. A primeira providência do médico é afastar o paciente das funções diárias. O tempo para a cura da inflamação pode durar semanas.

Mais informações

Contato: Teresa Cristina Machado

tel.: 55(61) 3225 1452/9983 9395#

HOB (Hospital Oftalmológico de Brasília)

#13. REENCONTRO

COLUNA LIVRE:

Nome: Audier Silva Gomes

Formação: Terceiro grau incompleto.

Estado civil: divorciado

Profissão: Servidor público do estado de Goiás.

Período em que esteve no I B C.:De 1985 a 1988 sendo aluno, e de 1989 a 1990 sendo bolsista.

Breve comentário sobre este período:

Foi dos melhores que já vivi. Digo até hoje que em colégio interno o cego realmente aprende a viver. Ele tem de se defender, adquire a verdadeira noção de grupo e dessa forma a sua independência na vida. Na minha opinião, todos deveriam passar por um colégio interno.

Residência Atual:

Rua 13, quadra 14 ,lote 41, unidade 201

parque Ateneu – Goiânia - Goiás

Cep: 74890-275

Contatos:

Email: audier_listas@.br

Celular: 0xx62-8409-2023

#14. TIRANDO DE LETRA

COLUNA LIVRE:

*Um Exemplo de Vida

Eu quisera ser um grande escritor para com palavras bonitas e frases rebuscadasc falar de uma pessoa tão especial. Eu quisera ainda ser um poeta para me expressar em versos a respeito de alguém que representa tanto para a família inteira. Mas eu não sou nada disso, então, usarei dos recursos de que disponho.

Falemos um pouco do passado, para valorizar o presente.

Há oito décadas passadas, mais precisamente no dia oito de fevereiro de 1932, nascia Maria Abadia Garcia; primeira filha do casal Sr. Benevides Brasileiro de Alvarenga e D. Elvira Garcia. Depois ainda viriam mais três filhos: Luzia, José e Iraci. Quando os meninos eram ainda muito pequenos, ficaram órfãos de mãe: D. Elvira veio a falecer, deixando um enorme vazio no coração de todos... Foi uma falta irreparável. Deste momento em diante, todos se depararam com muitas dificuldades: o pai, precisando trabalhar, deixava as crianças com outras pessoas; mas, por mais que essas pessoas fossem dedicadas, uma mãe, nessa fase da vida, fazia uma falta imensa.

A "Badia", era assim que todos a chamavam e chamam ainda hoje, só tinha nove anos de idade e já se sentia com a responsabilidade de ajudar a olhar seus irmãos menores. Apesar de pequena, tinha na consciência o espírito de colaboração.

Então, assim a vida seguiu e o tempo foi passando; quando, aos dezoito anos, moça feita e bonita despertou os olhares do primo Guilherme, quatro anos mais que ela. Pronto!... Ela não foi indiferente, e os dois jovens se gostaram.

Depois de um breve namoro, veio o noivado e logo após, aconteceu o casamento. Este se deu no dia 07 de maio de 1950, sem muita festa, mas com

grande alegria das famílias envolvidas. Foi aí que teve início o papel de esposa, de dona de casa e de mãe da dona Badia. Para ela, foi muito fácil, pois tais características faziam parte da sua maneira de ser.

Os filhos começaram a chegar: veio o primeiro, o segundo, o terceiro, até o décimo-primeiro, onze!... Era muita gente... mas cada um foi cuidado com o mesmo carinho, mesmo desvelo, mesma dedicação.

O Sr. Guilherme, embora homem pobre mas trabalhador e honrado, nunca deixou nada faltar; o básico tinha sempre. Ele também amava os filhos e lutou muito ao lado da dona Badia; aliás, como nas famílias mais antigas, era o homem que decidia tudo.

Dentre tantos episódios que povoam a minha memória, vou contar um, só para ilustrar e mostrar como as coisas se passavam.

Era hábito eu acordar de manhãzinha e não levantar logo; ficava mais alguns instantes na cama. Várias vezes, aconteceu a mesma cena: Lá fora, uma chuva grossa batendo no telhado e vozes, vindas da cozinha, me chegavam aos ouvidos. Eram os dois, pelejando com o fogão de lenha. Um dizia:

- Atiça o fogo!

Ao que o outro retrucava:

- Sopra!!...

- Não adianta, a lenha está molhada.

- Traz o querosene.

Era uma luta ferrenha para acender o fogo, a fim de preparar o café e cozinhar o feijão para o almoço.

Nos muitos lugares em que moramos, não havia água encanada, não havia luz nem gás; as dificuldades eram muitas, realmente. Somente quando os primeiros filhos se tornaram adultos, é que as coisas começaram a melhorar.

Dona Badia, a senhora tem uma família grande e bonita; grande, não só no número de pessoas que a compõe, mas nos seus valores morais e espirituais. Bonita, porque, cada um de seus membros gosta um do outro, se preocupam uns com os outros. Isso tudo, porque a senhora soube passar esses valores para os seus filhos. Soube dar-lhes uma educação de qualidade - o bem maior que os pais podem legar aos filhos.

Portanto, eu afirmo, com convicção: A senhora é uma vencedora, transpôs todas as adversidades, resolveu todos os problemas por maiores que estes se apresentassem. Por mais difícil que fosse a situação, a senhora tinha sempre uma solução. Por isso e muito mais, eu digo sem medo de errar, que eu e todos os meus irmãos somos filhos de alguém que é verdadeiramente um exemplo de vida.

Agradeço imensamente a Deus, todos os dias, por ter uma mãe maravilhosa como a senhora! Então, Dona Badia, parabéns pelo exemplo que a senhora nos dá; parabéns por tudo que a senhora é, parabéns pelo seu aniversário.

Iturama, 19 de fevereiro de 2012

Sebastião Alvarenga

*O que é FÉ?!

Às vezes sou surpreendido perguntando-me, o que é fé? Será a crença da forma popularmente apresentada pelas doutrinas religiosas? Será a da forma apresentada pelas igrejas mais "modernas"? Ou será um sentimento muito maior que tudo isto? Ou será um sentimento que não está restrito ao ser humano, mas que pode ser encontrado em qualquer ser vivente? Para muitos a fé é o único meio de salvação da alma. Para outros muitos a fé é apenas uma manifestação da pequena capacidade de entendimento de quantos a possuem. Para outros ainda, não passa de mero resultado de um medo inexplicável, de um egoísmo exacerbado, ou da soma de ambos.

Particularmente não entendo a fé como crer que, mas como saber que. Num exemplo bastante rude, eu diria que fé é saber que, quando pomos a mão na água a mão ficará molhada. Se o segundo fato não suceder ao primeiro naturalmente, estaremos diante de algo tão surpreendente quanto inexplicável. Mas é porque vejo a fé como saber que, que dou uma real importância ao que encontrei aqui em Campanha, fato que me leva a crer que a fé não é apenas humana.

A Católica, cachorrinha que recebeu este nome em conseqüência de um procedimento fiel, não perde uma missa, não deixa de acompanhar um enterro que saia do velório anexo à igreja matriz da cidade, não deixa de acompanhar uma procissão, etc, numa fidelidade que muitos e muitos que não são senão católicos por tradição, não têem. Querida por todos, e até mimada por muitos, está definitivamente ligada à história de uma época da cidade que, sem dúvida, a estima. Das muitas histórias contadas desta cachorrinha, destaquei a seguinte:

Certa vez a Católica acompanhou uma romaria de pessoas que, como era comum então, iam a pé até Aparecida do Norte. Não se sabe exatamente como, mas o fato é que o animalzinho se perdeu numa região paulista e não conseguia encontrar o caminho de volta. A população campanhense não descansou enquanto não conseguiu resgatar a amiguinha, resgate que foi comemorado com incontida euforia pela cidade. Certamente, alguém estará se perguntando: Mas que tem isto a ver com fé? Como eu disse, segundo entendo fé não é crer mas saber que; assim sendo, certamente a Católica procede como procede porque sabe, a despeito da sua irracionalidade, que assim se sente feliz. Mas os movimentos da cachorrinha não se limitam aos procedimentos religiosos; Quando fiz o lançamento do meu livro No

Mundo das Rimas aqui em Campanha, a Católica se fez presente à biblioteca municipal e, deitadinha em seu cantinho, assistiu todo o evento. Verdade é que estes hábitos da cachorrinha fazem-na extremamente simpática aos olhos do povo local e não falta quem lhe providencie alimento, agasalho e até veterinário, sempre que preciso, até porque ela não tem um dono específico mas, pertence a toda cidade. A Católica pode ser citada como um exemplo de fé? Cada um busque sua resposta baseando-se, naturalmente, na sua crença e no seu ponto de vista; uma coisa me parece todavia incontestável: Esta cachorrinha confirma a

fidelidade animal atribuída, principalmente, a cães e cavalos.

//Autor: Ary Rodrigues da Silva,

Poeta.

OBS.: Nesta coluna, editamos "escritos"(prosa/verso) de companheiros cegos

(ex- alunos/alunos ou não) do I B C.

Para participar: mande o "escrito" de sua lavra para a redação

(contraponto@.br).

#15. ETIQUETA

Colunista: RITA OLIVEIRA (rita.oliveira@br.)

Jovens em Restaurantes

Você é jovem, e é natural que esteja muito mais acostumado as pistas de dança e as ondas do mar do que ao ambiente fechado de um restaurante requintado. Mas, com essa mulher você bem que gostaria de conversar com mais calma. E oferecer - porque não? - um banquete com tudo o que ela tem direito. Enquanto isso poderá olhar, sentir, olhar novamente, ouvir, olhar, seduzir... E, o que é melhor: com toda a ginga e charme de um homem "Made in Brasil".

Embora seja mais simpático e elegante perguntar se há um restaurante que ela gostaria de ir, saiba que não há mulher que não goste de ser ligeiramente conduzida pelo homem, pelo menos neste quesito, de prazeres gastronômicos.

O que você quer comer? Esta é uma pergunta a ser feita antes da escolha do local. É bom certificar-se o que do cardápio oferecido pelo restaurante, para não ir esperando uma massa onde o forte são os frutos do mar ou ela ir esperando uma super salada fresquinha onde só servem carnes e tutus.

O restaurante é o único lugar onde o homem entra na frente da mulher para já conversar com o maître e preservá-la dos olhares de todos que já estão sentados enquanto eles se encaminham a mesa. Na saída, ele vai atrás, se adiantando apenas se tiver que abrir a porta do restaurante.

Ao fazer o pedido não alugue demais o maître ou garçom. Chamem-no apenas quando tiverem resolvido o que querem e interrompam a conversa, se for o caso. Se houver dúvidas, pergunte, claro, mas não faça perguntas descabidas como: "o peixe está bom hoje?"

Nada de chamar o garçom de chefe, amigo, assobios ou estalar os dedos. Um gesto discreto com as mãos deveria bastar. Senão quando ele passar perto, o máximo que dá para se dizer ao chamá-lo é um "por favor" sem espalhafato.

Pode-se levantar para cumprimentar amigos ou conhecidos? Não. Também é único caso onde não é preciso levantar para cumprimentar. Basta um aceno de cabeça. Se alguém parar na sua mesa para conversar, tente cortar logo: diga que assim que terminar passa na mesa dele para tomar um café.

Desligue o celular ou coloque no "vibracall". Não há nada mais deselegante do que uma pessoa - homem ou mulher - à mesa falando ao celular enquanto o outro, com cara de tonto, fingindo que não está ouvindo.

Pedir vinho em taça já não é pão durismo. É um sinal de bom senso. É melhor pedir uma taça de um vinho melhor do que uma garrafa de vinho de má qualidade. Quando você sabe que não vai beber mais que uma ou duas taças, não faz sentido pedir uma garrafa.

A mulher pode dividir a conta, sim. Embora na primeira vez, quem convidou deve tomar a iniciativa e o outro se oferecer para rachar. Depois, cada casal tem uma forma de agir, mas o certo, se os dois trabalham, seria dividir. Entre amigos a regra é dividir, mas se ele insistir, ela deve ficar na dela e deixá-lo pagar sem muita onda.

RITA OLIVEIRA

#16. BENGALA DE FOGO

O Cego versus o Imaginário Popular(coluna livre)

* Coisas da vida

Oi meu povo. Cá estou de novo pra relatar mais uma das minhas passagens pela vida. ou pelos micos? sei lá. alguns da lista sabem que o Izailton (meu irmão adotivo) tem uma irmã muda e surda que também foi criada pela minha mãe. Pois muito bem, eu moro em Belford Roxo como todos sabem e minha mãe em Bonsucesso, bairro que considero o mais quente do mundo. Que lugar ruim! no calor a gente quase morre! Eu faço o possível para não ter que ir naquelas bandas mas, chega um momento que não dá para evitar. Um dia este momento chegou, tive que ir lá e fui com uma raiva que nem sei. Estava um calor de matar e eu fui xingando toda geração. Fui fumando marimbondo e quando cheguei, chamei, chamei, chamei e ninguém me respondeu. Meti a mão na porta, abri, tornei a chamar e nada de resposta. Não pensei duas vezes, entrei coloquei minha bolsa no sofá e como estava sozinha, tirei a roupa a fim de tomar um bom banho. Sabe quando você chega numa casa num calor louco e a única solução é tirar a roupa e se meter debaixo de uma água geladinha? pensei vou esperar minha mãe aqui depois de um bom banho. Quando achei que estava abafando, e me encaminhava para o banheiro enrolada numa toalha mais mau enrolada, qual não foi minha surpresa quando ouvi umas vozes estranhas que falavam e eu não entendia nada, e as vozes foram saindo pra varanda e aí com muito custo eu entendi o que havia acontecido. Simplesmente a tal irmã do Izailton, estava em casa cheia de colegas homens fazendo trabalho de escola. estavam num outro cômodo da casa e, é claro, não me ouviram nem eu os vi e a bagunça se formou. Os mudos se assustaram quando me viram, como direi pra não ficar incompatível com a lista, a vontade serve? pelada mesmo e pronto. Eles correram pra varanda falando coisas incompreensíveis. Mudo com cego meus senhores, não dá certo de jeito nenhum. Até haviam umas meninas junto mais a maioria era homem. O mico já estava pago mesmo, fui para o banheiro como nada tivesse acontecido tomei meu banho e esperei minha mãe tranquila, aliás, meio envergonhada mas fazer o que! não dava pra concertar não é!?

Isto foi motivo de risos e incarnação da minha família comigo anos e anos. Coisas da vida!

OBS.: Os fatos, por uma questão, meramente didática/pedagógico/cultural, foram

tornados públicos... (Colunista titular: Duda Chapeleta)

PS.: se você tem histórias, causos, experiências próprias, do gênero, mande para nossa

redação, sua privacidade será rigorosamente preservada.

#17. GALERIA CONTRAPONTO

COLUNA LIVRE

* José Álvares de Azevedo

Maria Rebouças -- (professora cega do IBC)

Iniciaremos esta Galeria transcrevendo a letra do Hino à Memória de Álvares de Azevedo, de Augusto José Ribeiro, ex-professor também cego do IBC.

Quando grata teus feitos recorda

Turba outrora humilhada, infeliz,

Puro e ardente dos lábios transborda

O louvor que teu nome bendiz!

Não é mais o sombrio conjunto

De gemidos e prantos de dor;

É o poema, a sublime transunto

De alegrias, de bênçãos e amor!

Sim; mereces, glorioso Azevedo,

Este preito dos órfãos da luz,

Pois de Haüy divulgaste o segredo,

Que outro sol para os cegos produz!

Em tua alma febril sonhadora

Afagando o ideal da instrução,

P'ra os irmãos foste o raio da aurora,

Foi a escola o diurno clarão!

Apressado partiste do mundo,

Flor que ainda orvalhada pendeu;

Mas plantaras o gérmen fecundo,

E o Instituto dos Cegos se ergueu!

Vasto e belo surgindo o edifício,

Teu esforço foi pedra angular!

Teu exemplo ainda hoje propício,

Azevedo nos vem confortar.

(Estribilho)

Guardamos sua memória

Sobre o altar do coração,

Aureolada de glória,

Aos hinos de gratidão!

Com este hino poderíamos dar por encerrado o artigo "Galeria de Cegos Ilustres", deste número; no entanto, pedimos licença ao ilustre poeta para dizermos algo mais: o personagem que surge neste número, na Galeria, deveria ter sido o primeiro a ser apresentado aos leitores. Ele não foi um poeta, um grande escritor, um político, não! Foi mais que isto: foi um revolucionário em plena paz, um ousado e realista cujo sonho se concretizou, quando a morte já o havia ceifado. Falamos de José

Álvares de Azevedo, flor que feneceu antes de expandir seu perfume benéfico. Com ele o Brasil perdeu uma das maiores inteligências. Eis o que dele fala Aires da Mata Machado: "Azevedo foi um moço excepcional que, embora pouco se demorasse na Terra, deixou de sua passagem um sulco luminoso, cujo brilho eterno é o fanal que nos guia a todos."

Natural do Rio de Janeiro, era filho de Manuel Álvares de Azevedo e nasceu a 8 de abril de 1834. Veio ao mundo sem a luz dos olhos, mas se lhe estampava no rosto a ânsia das realizações, a sede do saber, enfim, uma inteligência precoce.

Cego, ver-se-ia forçado a carregar a cruz do analfabetismo, pois o Brasil ainda ignorava a possibilidade da leitura através do tato. Todavia, o Criador que o agraciara com a grande missão de benfeitor do cego brasileiro, não desampararia o seu jovenzinho. Conduziu-lhe os passos do berço ao túmulo, conforme veremos no decorrer da sua curta história.

Vendo aquela criança irrequieta, curiosa, revelando o jovem sábio que seria, o doutor Lemos, amigo da família, resolve não descansar enquanto não lhe proporcionasse um meio de fertilizar mais e mais aquela sã inteligência. Esforços baldados: os pais do menino não podiam conceber a

idéia de ver partir seu filhinho, pequenino e cego, para tão longe...

Não! Diziam eles: que pensarão de nós? Abandonaram o ceguinho, coitado!

Oh! não! Amamo-lo tanto!... Seria infâmia! Em Paris, o dr. Lemos, tendo disposto tudo para a internação do menino no "Instituto dos Meninos Cegos de Paris", escreve a Vaz Vieira suplicando-lhe que insista com o sr. Manuel, de quem era cunhado. Porém, a resposta é ainda uma severa

negativa. Afinal, 5 anos mais tarde, a 1 de agosto de 1844, parte Azevedo para a França, não obstante as lágrimas de saudade da família.

Concluiu o curso em 6 anos. "Azevedo deixou no Instituto de França, a melhor das famas". Quem assim afirmava era o ex-professor do IBC João Pinheiro de Carvalho, também educado no mesmo colégio que Azevedo, de onde saíra em 1858. Álvares de Azevedo regressou à pátria a 14 de

dezembro de 1850 e, com indizível ardor, expôs nos jornais da época tudo o que vira e aprendera no Velho Mundo, encorajando assim, seus patrícios e companheiros de infortúnio, que poderiam esperar um futuro melhor em que brilharia, no Brasil como nos outros países a luz que permitiria ao

cego a ampla visão, uma escola! O barão do Rio Bonito apresentou-o ao magnânimo Imperador D. Pedro II que, ao vê-lo lendo e escrevendo com tamanho desembaraço, exclamou: "A cegueira é triste, mas já quase não é uma desgraça!" Esta célebre frase usou-a Azevedo para epígrafe do livro

por ele traduzido em 1851, "O Instituto dos Meninos Cegos de Paris, sua História e seu Método de Ensino", de J. Guadet. No prólogo, nosso jovem expõe o quanto necessita o Brasil de fundar uma escola para cegos.

Diz também ser mais acessível aos cegos, a Matemática e os trabalhos manuais, do que mesmo as línguas, dada a dificuldade de serem impressos livros de literatura para os privados da visão, que nem sempre encontrariam quem lhos lesse.

Após um rápido quadro demonstrando o quanto podem fazer os que não vêem, além de um grande número de cegos que se distinguiram em vários ramos científicos e profissionais, lança ele um apelo ao Imperador, nestes termos:

"Depois deste quadro, aliás toscamente desenhado, que governo não invejaria a glória de fundar semelhante estabelecimento? Quanto a nós, devemos esperar tudo do grande Imperador que felizmente nos rege, e dos ilustrados conselheiros da sua coroa; nós conhecemos bem de perto sua

bondade para duvidar um só instante de que ele deixe de acolher com entusiasmo e de dar sua alta e munificente proteção a um projeto que a nada menos tende, do que a restituir por assim dizer, à existência a uma grande porção de seus súditos."

Antes do regresso de Azevedo, D. Maria Luíza Adélia Sigaud, filha do médico da Câmara Imperial, Dr. José Francisco Xavier Sigaud, ficara cega em plena mocidade. Este acontecimento fez, portanto, do Dr. Sigaud, amigo espontâneo dos cegos. Azevedo ofereceu-se para professor da moça. D. Adélia foi a primeira aluna cega do jovem e, posteriormente, professora de primeiras letras do Educandário fundado graças às instâncias do incansável Azevedo.

Seu novo amigo, Dr. Sigaud, aproximou-o mais de S. M. o Imperador, o qual os autorizou a requerer ao Ministro do Império a fundação de uma escola para cegos nesta Capital, em janeiro de 1853. Apesar de ambos muito se esforçarem junto ao Legislativo, não fora votada no período

iniciado em maio do mesmo ano a medida tão almejada. Todavia, ficara desde logo determinada a aquisição em Paris, de todo material para a pronta instalação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Benjamin Constant, que teve sua primeira sede na Gamboa, rua do Lazareto, n. 3,

num prédio alugado.

O ano de 1854 surgiu pleno de alegrias e esperanças para os privados da luz -- inaugurar-se-ia, a 17 de setembro, o tão ansiado educandário. A morte, no entanto, empanou o brilho de tanto contentamento, arrastando ao túmulo o grande sonhador, que não tivera a ventura de ver

concretizado o seu tão lindo sonho. Acabava ele de ser nomeado para professor primário da escola -- fruto de seu dinamismo: Azrael o arrebatara em suas negras asas a 17 de março, 6 meses antes da

inauguração do referido educandário.

Augusto José Ribeiro, poeta cego e ex-professor do Instituto cantou a memória de Azevedo nos versos que transcreveremos: (Escritos para serem lidos pela menina Aurora Fagundes da Silva, por ocasião de inaurar-se em 1898 o retrato de José Álvares de Azevedo).

A Azevedo

Ainda sou criança, e contudo assevero

Que conheço Azevedo há muito tempo já!

Em prova do que afirmo, em altas vozes quero

Dizer porque o seu retrato ali está!

Senhores, escutai! meu pai nasceu sem vista,

Mas, apesar de cego, a escola freqüentou:

É um homem de saber, é também um artista

E dá lições a quem dá luz sempre gozou!

Sim; no Brasil, existe uma excelente escola

Onde o menino cego os seus estudos faz;

Ali dentro a criança infeliz se consola

Ali se aprende a ver belezas ideais!...

E sabeis vós quem foi entre nós o primeiro

Que fez brotar assim a luz na escuridão?

Sabeis quem revelou ao cego brasileiro

Os meios de alcançar nas trevas a instrução?

Foi Azevedo, o moço ali representado;

O pensamento é seu, seu o esforço também!

Cego se expatriou; gênio predestinado,

Como apóstolo de Haüy, de novo à pátria vem!

Quando voltou, que festa!... Imagino a alegria!...

É bem feliz quem pode a seus pais dar prazer!

Os cegos como ele, ele não esquecia:

Queria repartir com eles seu saber!

Lidou!... de realizar seu sonho estava perto;

Quando, fatalidade! Expira neste afã!

A sorte é sempre assim: atravessa o deserto

Moisés, e não pode entrar em Canaã!...

A semente caíra em terra abençoada;

Depressa germinou e o Instituto surgiu!

Dizem que, quando abriu-se a escola projetada,

Do recém-morto a sombra às festas assistiu.

Pequenina, aprendi o teu nome, Azevedo!

Em tua biografia eu a ler aprendi;

Meu pai que te venera, ensinou-me bem cedo,

Hinos de gratidão dedicados a ti!...

Não são os cegos só que hão de te dar seu culto:

Os videntes também um culto hão de te dar!...

Como em França o de Braille, Azevedo o teu vulto,

Um dia há-de se erguer da pátria sobre o altar!...

"Guardamos tua memória

sobre o altar do coração,

Aureolada de glória

Aos hinos de gratidão."

*****

//Fonte: REVISTA BRASILEIRA PARA CEGOS

Setembro de 1956

#18. PANORAMA PARAOLÍMPICO

Colunista: DIEGO CORREA ( diego8759@.br)

1- Seleção Brasileira teve sua terceira convocação para treinamentos a ser realizados em Abril

Abaixo, trago uma importante notícia sobre a terceira convocação dos selecionados para a Seleção Brasileira de Futebol de 5. Confiram a matéria!

Sem novidades, o técnico Ramon Pereira convocou a Seleção Brasileira de Futebol de 5 para a III Fase de Treinamento, que tem como objetivo preparar os atletas para os Jogos Paralímpicos de Londres deste ano. O selecionado brasileiro ficará concentrado para este período de treinos entre os dias 8 e 14 de abril, na Andef, em Niterói, no Rio de Janeiro.

Confira a lista dos convocados.

Antônio Taffarel de Carvalho - APADV (SP)

Cássio Lopes dos Reis - ICB (BA)

Damião Robson de Souza Ramos - APACE (PB)

Daniel Dantas da Silva - APACE (PB)

Eduardo Junior de Oliveira - CEIBC (RJ)

Emerson de Carvalho - APADV (SP)

Fábio Luis Ribeiro de Vasconcelos - APACE (PB)

Gledson da Paixão Barros - ICB (BA)

Jeferson da Conceição Gonçalves - ICB (BA)

Juliano Lopes da Costa - ADEVIBEL (MG)

Marcos José Alves Felipe - APADEVI (PB)

Marcos Rogério Pinheiro Barros - CEDEMAC (MA)

Raimundo Nonato Alves Mendes - ADVP (PE)

Ricardo Steinmetz Alves - AGAFUC (RS)

Scharles Dean dos Santos - ICB (BA)

Severino Gabriel da Silva - APACE (PB)

Comissão técnica

Ramon Pereira de Souza – Técnico

Ricardo Robertes – Auxiliar técnico

Gustavo Castro – Fisioterapeuta

José Antônio Ferreira Freire – Coordenador da modalidade

Lucas Leite Ribeiro – Médico

Raul Augusto Araújo – Psicólogo

Sandro Rodrigues dos Santos – Preparador físico

Comentários

# É importante notar a preocupação da CBDV em convocar a Seleção Brasileira de Futebol de 5 para treinamentos, pois é assim que conseguiremos grandes resultados em Londres. Estamos no caminho certo!

***

2- Atletas do judô Brasileiro são convocados pela terceira vez para treinamentos

Dando continuidade na preparação para os Jogos Paralímpicos de Londres, que começará no final do mês de agosto, a comissão técnica do Judô brasileiro convocou os atletas para a III Fase de Treinamento da Seleção, que será realizado entre os dias 10 e 20 de abril, na cidade de São Paulo.

Foram convocadas também para essa etapa três judocas da modalidade feminina.

Confira a lista dos convocados.

Masculino

Arthur Cavalcante da Silva - ADEVIRN (RN)

Harlley Damião Pereira de Arruda - CESEC (SP)

Mayco de Souza Rodrigues - ADVEG (GO)

Rafael Santana Borges - J C LARA (RJ)

Rayfran Mesquita Pontes - ADVP (PA)

Roberto Julian Santos da Silva - J C LARA (RJ)

Rogério Campos dos Santos - CIPD (SP)

Wilians Silva de Araújo - CEIBC (RJ)

Feminino

Karla Ferreira Cardoso - CEIBC (RJ)

Michelle Aparecida Ferreira - ISMAC (MS)

Victória Santos de Almeida e Silva - CAIRA (MS)

Comissão técnica

Jaime Roberto Bragança – Coordenador da modalidade

Alexandre de Almeida Garcia – Técnico

Caio Ricardo Lopes Paolillo – Preparador físico

Luiz Edmundo da Costa – Fisioterapeuta

Giovanna Ignácio Subirá Medina - Médica

Comentários

# Mais uma vez, é demonstrado a eficiência no treinamento dos atletas que vão nos representar nas paraolimpíadas de Londres.

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3- Dois torneios regionais de Futebol de 5 e um de Judô estão confirmados para Maio

Confirmados para o mês de maio, mais três eventos organizados pela CBDV estão com o período de inscrições das entidades abertos. Dois regionais de Futebol de 5 que acontecerão em Minas Gerais e Pernambuco, e um de Judô que será realizado em São Paulo.

Pelo Regional Sudeste de Futebol de 5 as bolas com guizo vão rolar entre os dias 16 e 20 de maio, na cidade de Belo Horizonte (MG), com o período de inscrição das entidades até o dia 4 de abril.

Para esse eventos poderão participar as equipes dos seguintes Estados: Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A cidade de Petrolina (PE) sediará o Regional Nordeste de Futebol de 5, o torneio será realizado de 22 à 27 de maio, e as inscrições vão até o dia 6 de abril.

Poderão participar deste torneio os seguintes Estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.

O evento deste ano conta com uma alteração referente ao do ano passado. As entidades do Estado do Pará farão parte do Regional Centro-Norte da modalidade, e não do Nordeste como em 2011.

O Regional Centro-Norte está marcado para 31 de maio a 3 de junho, na cidade de Bela Vista (GO), mas ainda não teve o período de inscrição das entidades aberto.

Uma das modalidades que mais garantem medalhas para o Brasil em competições internacionais, o Judô terá o primeiro evento nacional do ano, o Grand Prix Infraero de Judô para Cegos e Deficientes Visuais – 1ª etapa, para as categorias: adulto e iniciante. O torneio será realizado de 11 a 13 de maio, na cidade de São Paulo. O período de inscrições das entidades estará aberto até o dia 30 de março.

Uma novidade para este ano é a possibilidade de participação de atletas de outros países no evento.

Vale lembrar que para participar do calendário de eventos todos os atletas deverão estar cadastrados no banco de dados da CBDV.

Comentários

# Como é interessante notar os eventos esportivos para deficientes visuais que ocorrem no Brasil. Trata-se de eventos de grande importância, mas que a grande mídia não cobre como deveria.

Acredito que os grandes veículos de informação deveriam dar mais publicidade a estes eventos, para que os brasileiros soubessem do que nós, os deficientes visuais somos capazes, passando assim a acreditar mais nas nossas possibilidades, seja na vida esportiva, seja no mercado de trabalho, na escola e em fim, na sociedade em geral, ou seja, facilitando a verdadeira inclusão.

Para quaisquer dúvidas, sugestões, críticas ou elogios, favor entrar em contato comigo por meio do e-mail: diego8759@.br.

Que Deus abençoe todos os meus leitores e nos encontramos em Abril! Até lá!

DIEGO CORREA

#19. CLASSIFICADOS CONTRAPONTO

COLUNA LIVRE:

1. MATERIAL ESPECIALIZADOS

Amigos,

Disponho de material especializado para deficientes visuais e desejo divulgar a lista do mesmo para os interessados.

1 -- Agulha de fundo falso para costura, pacote com 12 agulhas: R$10,00

2 -- Baralho adaptado, 2 jogos: R$12,00

3 -- Bengala dobrável em alumínio, com 5 gomos (diferentes tamanhos): R$35,00

4 -- Bengala dobrável em alumínio, com 7 gomos (diferentes tamanhos): R$40,00

5 -- Bolsa com 4 divisórias para separar cédulas, unisex, na cor preta: R$5,00

6 -- Calculadora de bolso, com tampa, voz, (em espanhol): R$60,00

7 -- Elástico roliço, no. 5 para bengala (2 m): R$ 2,00

8 -- Estojo com bloco em espiral, para reglete de bolso: R$8,00

9 -- Etiqueta adesiva, para escrita braille, pacote com 10 unidades: R$1,00

10 -- Fita métrica adaptada: R$6,00

11 -- Guia para assinatura em alumínio: R$3,00

12 -- Papel para escrita braille, gramatura 150, pacote com 100 folhas: R$8,00

13 -- Ponteira completa para bengala (ponteira e protetor): R$3,00

14 -- Protetor para ponteira de bengala em borracha, pacote com 10 unidades: R$5,00

15 -- Protetor para ponteira de bengala em plástico, pacote com 10 unidades: R$5,00

16 -- Punção em madeira: R$5,00

17 -- Punção em plástico, modelo anatômico: R$5,00

18 -- Punção em plástico, modelo sextavado: R$5,00

19 -- Reglete com base em madeira e régua em alumínio, com 4 linhas e 27 celas: R$45,00

20 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 15 celas: R$30,00

21 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 20 celas: R$35,00

22 -- Reglete de mesa em plástico, com 29 linhas e 33 celas: R$25,00

23 -- Régua plana para leitura (visão reduzida): R$25,00

24 -- Relógio de pulso com fala em português: R$35,00

25 -- Relógio despertador de mesa com fala em português: R$50,00

As encomendas deverão ser feitas para:

Carmen Coube

Rua das Laranjeiras, 136, apto. 1306

bairro Laranjeiras, Rio de Janeiro RJ

CEP: 22240-000

pelo e-mail: carmencoube@.br

ou ainda pelos telefones:(0xx 21) 2265-4857 e(0xx 21) 9872-3674

2. LOCALIZAÇÃO DE REMÉDIOS

Utilidade pública.

Uma jóia que repasso aos amigos

Basta digitar o nome do remédio desejado no site abaixo, e você terá também os genéricos e os similares de todas as marcas com os respectivos preços em todo o Território Nacional. Como tudo que é bom não é divulgado, peço-lhes que divulguem aos seus.



3. BANCO DE REMÉDIOS

Utilidade pública.

Sobras de Remédios

Às vezes sobram aqueles medicamentos dentro da validade, que alguém pode aproveitar e a gente não sabe o que fazer com eles. A ASAPREV-RJ, criou o Banco de Remédios para atendimento gratuito aos aposentados de baixa renda, que não tem a mínima condição de adquirir medicamentos. O Banco sobrevive com a doação de medicamentos de pessoas cujo tratamento foi interrompido. Caso você possua um medicamento que não precisa mais ou não faça mais uso, não deixe em uma gaveta para depois jogar fora quando vencer o prazo de validade, FAÇA A DOAÇÃO.

O endereço de coleta é Av. Rio Branco 156 - 20 andar sala 2021 à 2024

(Edifício Av. Central ) Obs. PODE DEIXAR NA PORTARIA DO PRÉDIO.

Você pode fazer a doação também no Shoping Tijuca no SAC - SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE - 3° PISO.

site:

e-mail: asaprev-rj@.br

Tels: 2544-3396 / 2524-0407

4. LABS PARA TODOS

HEMOGRAMA = R$ 2,50

Pensando nas pessoas que não possuem plano de saúde ou são aposentadas, a Rede D'Or criou o programa LABS PARA TODOS.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

Pedido do Médico.

Carteira de Identidade

CPF

Com o programa é possível realizar exames nas unidades Labs D'Or por um preço diferenciado e ainda ter a facilidade de efetuar o pagamento com cartão de crédito.

Ao realizar o primeiro exame, você recebe um cartão de identificação e automaticamente torna-se cadastrado no programa.

Os exames laboratoriais podem ser realizados em qualquer unidade Labs D'Or que possua posto de coleta, sem a necessidade de marcação prévia.

Para mais informações, ligue para (21) 2538-3604.

Para realização de exames de imagem, é necessário fazer o agendamento através de nossa Central de Atendimento – (21)3460-3600.

O Programa Labs Para Todos estende-se também às empresas que queiram oferecer esta facilidade a seus funcionários.

As empresas interessadas devem entrar em contato com nosso setor comercial e solicitar o cadastramento dos funcionários, através do telefone (21)2539-0062 (ramal 2243) ou do e-mail:supervisaocomercial@.br

Com o programa Labs Para Todos, todos podem ter acesso a mais alta tecnologia em medicina diagnóstica.

PS. Anuncie aqui: materiais, equipamentos, prestação de serviços...

Para isto, contacte a redação...

#20. FALE COM O CONTRAPONTO

CARTAS DOS LEITORES:

*From: "Gifran"

gostaria de receber a revista, pois tive a oportunidade de ler uma de

suas edições e gostei muito. meu e-mail, é o seguinte:

gifran10@. desde já, agradeço. gilka franzmann.

***

Salve Gilka,

Doravante farás parte do nosso cadastro.

Obrigado

Valdenito de Souza - redator

* From: lu_helena

Como esTão os amigos?

Gostaria de saber porque parei de receber o jornal.

Quero crer que pela minha pouca experiência na Navegação pela internet,provalvelmente cliquei em alguma coiza que nãao devia.

Desde ja peço desculpas e a compreensão dos amigos. Por favor voltem a me mandar o jornal, amo recebe-lo.

Desde ja agradeço.

Abraços #

***Salve Helena,

Vc continua no cadastro.

O jornal esteve de férias em janeiro, está voltando em fevereiro.

Valdenito de Souza - redator

---

* Cadastro de Leitores: Se você deseja ser um leitor assíduo de nosso jornal, envie uma mensagem (solicitando inscrição no cadastro de leitores), para: contraponto@.br

* Todas as edições do Contraponto estão disponibilizadas no site da Associação dos Ex-alunos do IBC (.br), entre no link " contraponto"

* Participe (com criticas e sugestões), ajudem-nos aprimorá-lo, para que, se transforme realmente num canal consistente do nosso segmento.

* Venha fazer parte da nossa entidade:

Associação dos Ex-Alunos do Instituto Benjamin Constant (existem vários desafios

esperando por todos nós).

Lutamos pela difusão e socialização ampliada de atividades, eventos e ações voltadas para Defesa dos Direitos dos Deficientes Visuais.

* Acompanhe a Associação dos Ex-alunos do I B C no Twitter: @exaluibc

* Faça parte da lista de discussão dos Ex-alunos do I B C, um espaço onde o foco é nos deficientes visuais e seu universo.

(Você pode se inscrever via site da associação: .br)

* Solicitamos a difusão deste material na Internet: pode vir a ser útil para pessoas que você sequer conhece.

*Redator Chefe:

Valdenito de Souza, o nacionalista místico

Rio de Janeiro/RJ

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