PIB DO AGRONEGÓCIO DE SÃO PAULO



PIB DO AGRONEG?CIO DE S?O PAULORelatório Parcial – informa??es disponíveis até outubro/16Elabora??oCentro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP) Apoio Federa??o das Indústrias do Estado de S?o Paulo (FIESP)PIB DO AGRONEG?CIO DE S?O PAULOGDP AGRIBUSINEsS – S?O PAULO OUTLOOKO Relatório do PIB do Agronegócio de S?o Paulo é uma publica??o semestral resultante da parceria entre o Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (CEPEA), da Esalq/USP, e a Federa??o das Indústrias do Estado de S?o Paulo (FIESP).O cálculo do PIB do agronegócio é feito pela ótica do valor adicionado, a pre?os de mercado, computando-se os impostos indiretos líquidos de subsídios. A quantifica??o dessa medida reflete a evolu??o do setor em termos de renda real, a qual se destina à remunera??o dos fatores de produ??o: trabalho (salários e equivalentes), capital físico (juros e deprecia??o), terra (aluguel e juros) e lucros. Considera-se, portanto, no c?mputo do PIB do agronegócio, tanto o crescimento do volume produzido como dos pre?os, já descontada a infla??o. O agronegócio é entendido como a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produ??o agropecuária básica, ou primária, agroindústria (processamento) e servi?os – como na Figura que segue. A análise desse conjunto de segmentos é feita para o ramo agrícola (vegetal) e para o pecuário (animal). Ao serem somados, com as devidas pondera??es, obtém-se a análise do agronegócio.? importante destacar que este relatório considera os dados disponíveis – pre?os observados e estimativas anuais de produ??o – até o seu fechamento. Em edi??es futuras, ao serem agregadas informa??es mais atualizadas, pode, portanto, haver altera??o dos resultados de meses e também de anos passados. Recomenda-se, portanto, o uso do relatório mais atualizado.Os cálculos sobre a varia??o do volume partem das mais recentes proje??es de safra para o ano em curso. Essas quantidades s?o confrontadas com as proje??es de volume correspondentes do ano anterior. Equipe Responsável: Coordena??o Geral: Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros, Ph.D, Pesquisador Chefe/Coordenador Científico do Cepea-Esalq/USP;Pesquisadores do Cepea: Dra. Adriana Ferreira Silva, Dr. Arlei Luiz Fachinello, MSc. Nicole Rennó Castro e MSc. Leandro Gilio. sumário executivo:AGRONEG?CIO E CONJUNTURA ECON?MICA Depois de recuar 3,8% em 2015, o PIB total brasileiro manteve-se em retra??o também nos três primeiros trimestres de 2016, acumulando baixa de 4% nesse período (IBGE/Contas Nacionais Trimestrais). No estado de S?o Paulo, o cenário n?o foi diferente e, no acumulado dos três primeiros trimestres, em rela??o ao mesmo período do ano anterior, a economia recuou 4,5% (SEADE/Sistema Estadual de Análise de Dados). Outros indicadores refor?am o pessimismo do cenário deste ano. No Brasil, a forma??o bruta de capital fixo acumulou retra??o de 11,6% no acumulado dos 10 primeiros meses do ano (frente ao mesmo período do ano anterior), depois de cair 13,9% em 2015 (IBGE/Contas Nacionais Trimestrais); além disso, a taxa de desemprego nacional foi de 11,8% no terceiro trimestre de 2016 e, em S?o Paulo, de 12,8% (IBGE/Pnad Contínua Trimestral). Diante da continuidade da conjuntura macroecon?mica desfavorável, tem-se um reflexo negativo também sobre o agronegócio. Seja para o agregado nacional ou para o estado de S?o Paulo, redu??es no volume de produ??o tem marcado o setor. No caso do agronegócio brasileiro, retra??es de produ??o foram verificadas em todos os segmentos. Já no agronegócio paulista, o cenário é pouco menos desfavorável: ainda no que tange ao volume de produ??o, verificou-se expans?o no segmento primário, seja agrícola ou pecuário. Apesar do movimento geral de retra??o da produ??o, tendo em vista que o PIB do agronegócio, calculado pelo Cepea-Esalq/USP, acompanha a renda real do setor (s?o consideradas as varia??es reais de pre?o das diversas atividades componentes do agronegócio), observou-se um efeito positivo sobre o PIB da valoriza??o real de pre?os no período. Diante do contexto apresentado, o agronegócio paulista deve crescer 7,2% em 2016 (com base em informa??es disponíveis até outubro/16). De modo geral, assim como para o agregado nacional, no estado, destacou-se o desempenho do ramo agrícola, com alta de 8,1%. Para o ramo pecuário, a taxa é de 2,9% a.a. O agronegócio estadual foi ainda impulsionado pelo segmento primário, com eleva??o expressiva de 19%. A agroindústria também deve crescer (5,7%) e, acompanhando o desempenho dos segmentos a montante, também os servi?os (6,4%). Para o segmento de insumos verificou-se a taxa mais modesta, de +3,1%.No que respeito à gera??o de empregos, dados mais recentes referentes a 2015 indicam que o agronegócio paulista gerou perto de dois milh?es de postos de trabalho formal. Desse total, 17% corresponderam à atividade agropecuária (dentro da porteira), 34% à agroindústria e 45% aos agrosservi?os. O segmento de insumos absorveu pouco menos de 4%. Observando-se a série histórica de emprego no agronegócio estadual, iniciada em 2008, verifica-se tendência de redu??o da participa??o da agropecuária e da agroindústria no total de postos de trabalho (mais notadamente para a produ??o primária), frente à eleva??o dos empregos no segmento de agrosservi?os. Comparando-se 2008 e 2015, as participa??es da agropecuária e da agroindústria no total de empregos do agronegócio recuaram em 4,4 p.p. e 1,9 p.p., respectivamente. Para o segmento de insumos, a participa??o elevou-se em 0,4% e, para aos agrosservi?os, em 5,8 p.p. RESULTADO POR SEGMENTOSPara os insumos, o crescimento anual previsto de 3,1% é o mais modesto entre os segmentos do agronegócio paulista. Especificamente, para os insumos agrícolas, a menor produ??o prevista para o ano pressionou os resultados, já que o pre?o médio aumentou – levando à ligeira eleva??o, prevista em 0,2%. Para os insumos pecuários, o crescimento anual de 8,5% esteve atrelado a maiores pre?os e produ??o.Para máquinas e equipamentos agropecuários, que exerceram o principal impacto negativo no segmento, a baixa se deve principalmente ao recuo da produ??o, ainda que os pre?os reais também tenham caído. As instabilidades política e econ?mica, e seus reflexos sobre a confian?a dos produtores, continuaram sendo o fator principal a pressionar essa indústria.As indústrias de fertilizantes, defensivos e ra??es impulsionaram o PIB do segmento de insumos. Para fertilizantes, alta relevante nas vendas levou ao resultado observado. Em 2016, essa indústria comemorou recorde de vendas. Segundo agentes do mercado, a estabilidade da agricultura e a recupera??o do setor sucroenergético foram fatores importantes que influenciaram neste cenário.Para a indústria de ra??es, as maiores cota??es refletem as altas do milho e do farelo de soja. Referindo-se à produ??o total nacional, o Sindira??es aponta que a eleva??o foi impulsionada principalmente pelo maior consumo para suínos e aves.O segmento primário agrícola é destaque em crescimento em 2016. Vale mencionar, que o resultado reflete principalmente a forte eleva??o real dos pre?os, mas, também, o crescimento da produ??o. As principais influências positivas no PIB do segmento foram: banana, batata, café, cana, laranja, milho e soja, enquanto o tomate destacou-se como influência negativa.Para a batata, os pre?os alcan?aram recordes sucessivos ao longo do primeiro semestre do ano, fato relacionado às quebras de safra ocorridas em diversas regi?es brasileiras. Para o café, o forte incremento de produ??o alavancou o faturamento, resultado da bienalidade positiva em 2016 no estado, do clima satisfatório, da entrada de pés novos em produ??o e do preparo adequado das plantas nas lavouras paulistas (Conab, 2016).No caso da cana, a maior produ??o decorreu de aumentos de área e produtividade. Para a Conab, a expans?o de área é um indicativo de uma possível revers?o do quadro crítico das últimas safras, quando a atividade vinha enfrentando dificuldades expressivas. As boas condi??es climáticas e de umidade do solo teriam ainda colaborado para o aumento da produ??o. Ressalta-se ainda, que o excesso de chuva na safra passada prejudicou a colheita, impactando também em aumento da cana bisada a ser colhida na safra atual.Quanto à laranja, pre?os maiores impulsionaram o faturamento. A menor oferta nesta safra e a previs?o de baixos estoques de suco na indústria para o fim da temporada influenciaram a eleva??o. Tanto no segmento industrial como no mercado in natura, os pre?os foram recordes na citricultura paulista.Em rela??o ao milho, também os pre?os reais maiores levaram ao resultado. Essas altas nas cota??es internas do cereal, por sua vez, estiveram atreladas às expressivas exporta??es de milho em 2015, ao consequente reduzido estoque de passagem e à redu??o da primeira e da segunda safra de milho no País. No caso da soja, a maior produ??o foi o principal impulso ao faturamento, e o pre?o também subiu. Para a Conab, o produtor paulista investiu na cultura diante dos elevados pre?os praticados na safra anterior. Somem-se a isso, a desvaloriza??o do Real e o clima favorável durante o desenvolvimento das lavouras, que também influenciaram no cenário positivo para a cultura.No segmento primário da pecuária, que deve crescer 4,2% no ano, o resultado deriva de maiores pre?os e produ??o. Influenciaram positivamente os resultados para aves, suínos, leite e ovos. Apenas a bovinocultura de corte recuou.Na bovinocultura de corte, pre?os e produ??o em baixa levaram ao resultado. Para as cota??es, a baixa resultou, principalmente, de redu??es no segundo semestre, sendo que, entre janeiro e junho/16, o movimento geral foi de alta. Para o primeiro semestre, se verificou no mercado de boi gordo a baixa oferta de animais prontos para o abate, cenário que manteve firme o pre?o no mercado paulista.Para a avicultura de corte, a alta dos pre?os refletiu o controle da oferta nacional, por meio da redu??o do alojamento de animais. No caso da suinocultura, os pre?os recuaram no semestre, diante de um mercado interno nacional enfraquecido, que limitou o desempenho do setor. Quanto ao leite, devido a problemas climáticos e ao desestímulo à produ??o diante dos altos custos, verificou-se um enxugamento da oferta, no Brasil e no estado, e consequente eleva??o das cota??es.No caso dos ovos, pre?os e produ??o em alta levaram ao crescimento no faturamento. Para as cota??es, a alta decorreu dos repasses da eleva??o dos custos de produ??o ao comprador atacadista/varejista. Este, por sua vez, manteve o volume de compras mesmo em valores maiores, diante de uma demanda aquecida pelos produtos. Para a indústria agrícola, espera-se eleva??o de 6,3%. Na média, o resultado positivo atrela-se aos maiores pre?os reais, visto que a produ??o estadual recuou. Apresentaram alta de faturamento: café, óleos de soja, a?úcar e etanol; e acumularam baixas: sucos de laranja, moagem e fabrica??o de produtos amiláceos, fabrica??o de bebidas, indústrias têxtil e vestuarista, indústria de madeira e mobiliário (produtos de madeira e móveis de madeira) e fabrica??o de celulose e papel.A indústria a?ucareira apresentou a expans?o mais acentuada de faturamento entre as indústrias de base agrícola, impulsionada por incrementos na produ??o e eleva??o de pre?os. Segundo informa??es da equipe A?úcar/Cepea, a eleva??o dos pre?os internos está atrelada, especialmente, às altas no mercado internacional, que, por sua vez, vêm sendo influenciadas por estimativas indicando déficit global da commodity. Essa din?mica levou ao aumento dos embarques no correr de 2016, com usinas paulistas, inclusive, reduzindo a participa??o das vendas de a?úcar no mercado spot e priorizando as exporta??es.Para indústria do etanol, maiores pre?os levaram ao resultado positivo. A alta de pre?os concentrou-se no primeiro trimestre e no segundo semestre. Para a indústria de celulose, os pre?os recuaram ao longo do ano por conta da redu??o do valor internacional. Consideradas informa??es até outubro, a produ??o dessa indústria também recuou.A indústria têxtil-vestuarista seguiu a tendência já observada nos anos anteriores e recuou, devido à expressiva queda da produ??o. Agentes do setor apontam que a retra??o teve influência da crise econ?mica no País.A indústria da pecuária deve crescer 1,6% no ano, uma combina??o de ganho real de pre?os com redu??o da produ??o.Para os cal?ados de couro, os resultados foram pressionados por recuo de pre?os e produ??o. Para a Abical?ados, o início de 2016 seguiu a tendência do ano anterior, com diminui??o das vendas e empregos, por conta do fraco desempenho do mercado interno.Para o abate bovino, o cenário foi marcado por menores pre?os e produ??o. Para as cota??es, ainda que a média do período tenha sido inferior à média dos dez primeiros meses de 2015 em termos reais, n?o houve movimento de redu??o na parcial do ano. Inclusive, diante da menor oferta interna nacional, observou-se alta das cota??es em alguns meses do ano. No abate de suínos, a forte baixa dos pre?os esteve atrelada à ampla oferta e à demanda retraída no cenário nacional. No caso do abate de aves, observou-se maior produ??o e pre?os em alta. Seja para suínos ou aves, o aumento do abate no ano já era esperado, uma vez que o rebanho vem crescendo. Contudo, o forte aumento dos custos de produ??o, que surpreendeu produtores e agentes das agroindústrias, intensificou os abates.RESULTADO detalhado, PARCIAL DE 2016 (OUT/16*):Desempenho do Agronegócio, segundo ramos e segmentosConsideradas informa??es disponíveis até outubro, espera-se, para o PIB do agronegócio do estado de S?o Paulo, crescimento de 7,2% no ano (Figura 1). O aumento relacionou-se principalmente à alta do ramo agrícola, de 8,1%. Para o ramo pecuário também se espera crescimento, mas em menor intensidade, à taxa de 2,9%. Analisando-se os segmentos, verifica-se que o primário é destaque em crescimento, com alta de 19% e eleva??es tanto no ramo agrícola quanto no pecuário. Para os segmentos industrial e de servi?os, as eleva??es previstas para o ano s?o de 5,7% e 6,4%, respectivamente. O segmento de insumos mostra o resultado mais modesto, com alta de 3,1% – Ver Figura 1. Figura SEQ Figura \* ARABIC 1 – Taxas anuais de crescimento do PIB do agronegócio paulista e de seus segmentos (%), consideradas informa??es disponíveis até outubro/16.Fonte: Cepea/USP e FIESPAvaliando-se os resultados em termos de evolu??o de pre?os e produ??o, verifica-se que o movimento de alta do PIB, de modo geral, atrelou-se principalmente ao aumento real dos pre?os para os produtos do agronegócio do estado. Essa valoriza??o das cota??es é verificada também no PIB do agronegócio nacional. No entanto, especificamente em S?o Paulo, o crescimento do PIB no ano foi também refor?ado pela maior produ??o do segmento primário, principalmente da agricultura. Este cenário para os volumes é diferente do observado para o agronegócio nacional, para o qual predominou o movimento de retra??o, com baixas em todos os segmentos. Diante da din?mica apresentada, em valores reais de 2016, o PIB do agronegócio paulista no ano é estimado em R$ 276,7 bilh?es, quando consideradas informa??es disponíveis até outubro/16. Deste montante, 82% referem-se ao ramo agrícola, cujo PIB é estimado em R$ 227 bilh?es, e 18%, ao ramo pecuário, com R$ 49,7 bilh?es (Ver Figura 2).Figura 2 – Valores monetários (reais de 2016) do PIB do Agronegócio de SP, segundo seus ramos e segmentos, em 2015 e 2016* Fonte: Cepea/USP e FIESP*considerada a taxa de crescimento anual com base em informa??es disponíveis até outubro/16.segmento de insumosEm 2016, o segmento de insumos deve crescer 3,1%, taxa mais modesta entre os segmentos do agronegócio. Enquanto para o PIB dos insumos agrícolas o crescimento esperado é de 0,2%, para os insumos da pecuária a taxa é de 8,5%. No caso dos insumos agrícolas, na média das indústrias acompanhadas, a menor produ??o no ano pressionou o resultado, tendo em vista que os pre?os se mantiveram em patamares ligeiramente superiores aos de 2015, em termos reais. Já para os insumos da pecuária, também se considerando o resultado médio, o cenário foi marcado por maiores pre?os e produ??o. Entre as indústrias de insumos acompanhadas pelo Cepea para avalia??o do desempenho do PIB, apresentaram crescimento: combustíveis, fertilizantes, defensivos, alimentos para animais, sal mineral e medicamentos veterinários. Em contrapartida, houve forte recuo de faturamento para máquinas e equipamentos agrícolas. A Figura 3 mostra as taxas de varia??o anuais do faturamento destas atividades e a decomposi??o em varia??es de pre?o e produ??o.Figura 3 – Varia??o anual do faturamento, pre?os e volume das indústrias de insumos acompanhadas pelo Cepea (janeiro a outubro - 2016/2015).Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de Cepea, IEA, FGV, ANDA, SINDIVEG, IBGE, SINDAN e ANFAVEA)Mantendo a tendência observada desde 2014, a retra??o na indústria de máquinas e equipamentos agrícolas foi o principal fator negativo para o resultado do segmento de insumos para a agricultura paulista. Para esta indústria, por sua vez, a forte retra??o de 14,6% na produ??o do estado foi determinante para o resultado, e os pre?os reais também recuaram (7%), acentuando o cenário negativo. As instabilidades política e econ?mica, e seus reflexos sobre a confian?a de produtores, continuam sendo o fator principal a pressionar essa indústria. Vale mencionar, que o cenário baixista para indústria foi amenizado ao longo do segundo semestre, cenário atribuído à certa melhora na confian?a dos produtores. Ainda assim, a melhora observada n?o foi suficiente para reverter o resultado ruim dos primeiros meses do ano. No caso da indústria de defensivos, as maiores cota??es na parcial do ano (em rela??o ao mesmo período de 2015) levaram ao resultado observado, e a produ??o manteve-se quase estável, com varia??o positiva de ligeiro 0,2%. Para os fertilizantes, o resultado de eleva??o esperado reflete a relevante alta nas vendas, de 9,7%, diante de redu??o de 7,3% das cota??es, em termos reais. Especificamente para as cota??es, ao longo dos meses em 2016 (especificamente até agosto) a tendência geral foi de recuo. Segundo pesquisadores da equipe Custos/Cepea, de modo geral, a redu??o dos pre?os internacionais dos fertilizantes (devido à maior oferta) e a valoriza??o do Real pressionaram as cota??es em reais do produto no mercado interno. No que diz respeito à produ??o, segundo informa??es de agentes do setor (divulgadas pelo Canal Rural), em 2016, a indústria de nacional de fertilizantes se recuperou e comemorou recorde de vendas. Além da estabilidade da agricultura na parcial do ano, a recupera??o do setor sucroenergético foi fator de impulso às vendas de fertilizantes. Para a indústria de ra??es, os resultados foram positivos tanto para pre?os quanto produ??o. Para as cota??es, o aumento foi de 11,3% em termos reais, com eleva??es sucessivas ao longo de 2016. Este movimento, que reflete os maiores pre?os do milho e do farelo de soja, tem afetado sobremaneira a rentabilidade das atividades pecuárias, com impactos relevantes na produ??o leiteira, de suínos e aves. No caso da produ??o nacional de ra??es, segundo o Sindira??es, a eleva??o foi impulsionada principalmente pela maior demanda para suínos e aves.segmento primárioO segmento primário do agronegócio paulista é destaque em crescimento em 2016, impulsionado principalmente por forte eleva??o real de pre?os, mas também por expans?o de produ??o. O resultado é de alta para ambos os ramos, com aumento de 24% no agrícola e de 4,2% no pecuário. Na agricultura, com exce??o do arroz, da cebola e do tomate, todas as culturas acompanhadas no período (janeiro a outubro/16) apresentaram aumento de faturamento estimado, sendo elas: algod?o, amendoim, banana, batata, café, cana, feij?o, laranja, mandioca, milho, soja, trigo e uva. Considerando-se a média das culturas acompanhadas pelo Cepea para o acompanhamento do PIB estadual no período, o cenário foi marcado por eleva??o tanto em pre?os quanto em produ??o. No caso dos pre?os, a alta de 16,7% (na compara??o entre períodos) veio de forma a amenizar o efeito de quatro anos sucessivos de redu??es. Entre 2012 e 2015, as cota??es estaduais acumularam baixa real de cerca de 20%. No caso da produ??o, na média das culturas acompanhadas no estado, espera-se eleva??o de 6,55% em 2016. A Figura 4 mostra as varia??es de faturamento, pre?o e produ??o das atividades agrícolas acompanhadas pelo Cepea para a evolu??o do PIB do agronegócio paulista. Para pre?os, tem-se a varia??o observada na compara??o entre períodos; para produ??o, utilizam-se as mais recentes previs?es de safra.Figura 4 – Varia??o anual do faturamento, pre?o e volume das atividades agrícolas (janeiro a outubro - 2016/2015).Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de Cepea, Conab, IBGE, UNICA, IEA, CIFlorestas, UDOP)Considerando-se tanto a magnitude da varia??o, quanto o peso das atividades no PIB do segmento, verifica-se que, até o momento, o segmento primário agrícola tem sido influenciado positivamente principalmente pelas seguintes culturas: banana, batata, café, cana, laranja, milho e soja. No caso da batata, os pre?os 32,3% maiores (na compara??o entre jan-out de 2016 e de 2015) levaram ao resultado observado, diante de queda prevista de 2% na produ??o estadual. No caso dos pre?os, que já estavam em patamares elevados no primeiro semestre de 2015, atingiram recordes no primeiro semestre de 2016. Segundo pesquisadores da equipe Hortifruti/Cepea, a valoriza??o da batata naquele período atrelou-se às quebras de safra em diversas regi?es produtoras brasileiras. Vale mencionar, que a partir de julho verificou-se redu??o das cota??es (redu??o n?o suficiente para reverter a rela??o de alta na compara??o entre períodos). Para o café, o crescimento de 45,2% esperado para a produ??o paulista impulsionou o faturamento, sendo este, resultado de incrementos de área e produtividade frente à safra anterior. De acordo com a Conab (2016), este cenário está atrelado à bienalidade positiva da safra paulista no ano, ao clima que foi favorável durante o desenvolvimento da cultura, à entrada de pés novos em produ??o e ao adequado preparo das plantas nas lavouras do estado.Quanto à cana-de-a?úcar, produto com maior representatividade no valor de produ??o gerado pela agricultura paulista, as altas foram de 11,1% para pre?os e de 9% para o volume produzido. Para a produ??o, segundo a Conab (2016), o aumento esperado decorre da expans?o de área e de produtividade no estado. Ainda de acordo com a Companhia, o crescimento da área plantada é um indicativo de possível revers?o do quadro crítico das últimas safras, quando o setor vinha enfrentando dificuldades. Ademais, as boas condi??es climáticas e de umidade do solo corroboram para o aumento da produ??o, auxiliando no desenvolvimento atual da lavoura. Ressalta-se ainda, que o excesso de chuva na safra passada prejudicou a colheita, impactando também em aumento da cana bisada a ser colhida na safra atual.Para a laranja, apesar da queda estimada de 5,2% na produ??o, os pre?os, que est?o 43,6% superiores na parcial de 2016, impulsionaram o faturamento. As cota??es da laranja elevaram-se consistentemente ao longo do ano e, segundo pesquisadores da equipe Hortifruti/Cepea, os valores recebidos pelos produtores paulistas foram os maiores desde 1994. Tanto no segmento industrial como no mercado in natura, os pre?os foram recordes na citricultura paulista. Para a equipe, o aumento nos pre?os deve-se à menor oferta de laranja aliada à demanda aquecida, tendo em vista os estoques reduzidos de suco na indústria. Para o milho, o expressivo aumento das cota??es, de 47,9% em termos reais impulsionou o faturamento. Segundo pesquisadores da equipe Gr?os/Cepea, referindo-se ao cenário nacional, as exporta??es de milho em ritmo intenso em 2015, a consequente redu??o no estoque de passagem e as quedas na produ??o tanto da primeira quanto da segunda safra, elevaram as cota??es do cereal, principalmente no primeiro semestre deste ano. No caso da soja, o aumento de 20,2% na produ??o foi o principal impulso ao faturamento, derivado do crescimento em área (7,6%) e produtividade (11,6%). Para a Conab, o produtor paulista investiu na cultura diante dos elevados pre?os praticados na safra anterior. Some-se a isso, a desvaloriza??o do Real e o clima favorável durante o desenvolvimento das lavouras também influenciaram no cenário positivo para a o principal impacto negativo no segmento primário agrícola, destaca-se a queda no faturamento do tomate. Para este produto, expressivas redu??es de pre?o e produ??o (ambas em torno de 32%) marcaram o cenário dos primeiros 10 meses de 2016. Já no segmento primário da pecuária, influenciaram positivamente os resultados de aves, suínos, leite e ovos, e a bovinocultura de corte recuou. Assim como para o segmento primário agrícola, no caso da pecuária, o resultado positivo deriva de maiores pre?os e produ??o, para a média ponderada das atividades acompanhadas (altas de 3,31% e 0,72% para pre?os e produ??o, respectivamente). A Figura 5 mostra as varia??es de faturamento, pre?o e produ??o das atividades pecuárias primárias acompanhadas pelo Cepea para este cálculo da evolu??o do PIB.Figura 5 – Varia??o anual do faturamento, pre?o e volume das atividades pecuárias (janeiro a outubro - 2016/2015).Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de Cepea, IBGE, IEA, Instituto da Pesca de SP)No caso da bovinocultura de corte, a queda estimada do faturamento decorreu de pre?os e produ??o em baixa, na compara??o com o período de janeiro a outubro de 2015. Para as cota??es, a baixa real de 4,5% na compara??o entre períodos resultou, principalmente, de redu??es no segundo semestre, sendo que, entre janeiro e junho/16, o movimento geral foi de alta. Para o primeiro semestre do ano, segundo pesquisadores da equipe Boi/Cepea, se verificou no mercado de boi gordo a baixa oferta de animais prontos para o abate, cenário que manteve firme o pre?o no mercado paulista – em abril e em junho, inclusive, os valores estiveram em patamares recordes, em termos nominais. A competitividade da carne brasileira, favorecida pelo c?mbio desvalorizado, também refor?ou os embarques da carne e ajudou a enxugar a oferta doméstica. Já em agosto/16 ocorreu a queda mais expressiva de pre?os do boi gordo. Naquele mês, mesmo com a baixa oferta de animais, muitos frigoríficos ficaram fora do mercado, preenchendo escalas de abate com animais adquiridos anteriormente. Para a avicultura de corte, maiores pre?os e produ??o marcaram a atividade: taxas de 2,2% e 3,5%, respectivamente. Para as cota??es, segundo pesquisadores do Cepea, as eleva??es no ano refletiram o controle da oferta nacional, por meio da redu??o do alojamento de animais. A atividade suinícola foi pressionada pela redu??o de 10,1% nas cota??es, mas, a eleva??o de 13,6% na produ??o estadual levou à alta observada. Para as cota??es, segundo pesquisadores da equipe Suínos/Cepea, a baixa decorreu do mercado doméstico enfraquecido, que limitou o desempenho do setor. A equipe destaca ainda o significativo aumento de custos de produ??o, que também prejudicou sobremaneira a atividade suinícola. No caso do leite, observou-se recuo na produ??o do estado (1,5%) e alta expressiva nos pre?os (13,5%) no período. Para pesquisadores da equipe Leite/Cepea, a eleva??o das cota??es a nível nacional reflete uma mudan?a de cenário de 2015 para 2016. O ano passado foi marcado por fraca demanda, com a crise econ?mica impactando negativamente no poder de compra do consumidor, e por oferta estável, de modo que os pre?os se mantiveram em patamares muito baixos. Já em 2016, devido a problemas climáticos e ao desestímulo à produ??o diante dos altos custos, verificou-se um enxugamento da oferta nacional. Ent?o, altas sucessivas nas cota??es foram verificadas. A avicultura de postura foi destaque em crescimento nos primeiros dez meses de 2016, impulsionada por aumentos relevantes de produ??o (5,7%) e pre?o (17,7%). No caso das cota??es, segundo a equipe Ovos/Cepea, a valoriza??o no ano esteve atrelada ao forte aumento nos custos de produ??o animal. O avicultor de postura repassou as altas para o comprador atacadista/varejista que, por sua vez, manteve o volume de compras mesmo em valores maiores. Isso porque, com os patamares elevados das carnes (e uma parcela da popula??o substituindo a fonte de proteína pelo ovo), a demanda por ovos esteve aquecida. Nem mesmo o aumento da produ??o foi suficiente para pressionar os pre?os. segmento INDUSTRIALO segmento industrial do agronegócio paulista deve crescer 5,7% em 2016 (com base em informa??es disponíveis até outubro/16). A alta industrial é puxada principalmente pelo ramo agrícola, cujo PIB deve aumentar 6,3%. Para o ramo pecuário, o crescimento é mais modesto, de 1,6%. No balan?o das indústrias de base agrícola acompanhadas no estado de S?o Paulo, o resultado positivo atrelou-se aos maiores pre?os reais (+6,43%), visto que a produ??o recuou ligeiramente (-0,81%). Entre as indústrias acompanhadas pelo Cepea no período de janeiro a outubro de 2016, as que apresentaram alta de faturamento foram: café, óleos de soja, a?úcar e etanol. Em contrapartida, acumularam baixa neste período: sucos de laranja, fabrica??o de produtos amiláceos, fabrica??o de bebidas, indústrias têxtil e vestuarista, indústria de madeira e mobiliário (produtos de madeira e móveis de madeira) e fabrica??o de celulose e papel. A Figura 6 mostra as varia??es de faturamento, pre?o e produ??o das atividades do segmento industrial agrícola consideradas no acompanhamento do PIB neste período. Figura 6 – Varia??o anual do faturamento, pre?os e volume das atividades do segmento industrial agrícola (janeiro a outubro - 2016/2015).Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de Cepea, ABIC, Alice-web, IEA, IBGE, FGV, UNICA, Abiove, Abitrigo, ABICAB, Bracelpa).Entre as indústrias acompanhadas neste período, a a?ucareira apresentou a expans?o mais acentuada de faturamento, impulsionada por incrementos na produ??o (15,2%) e eleva??o de pre?os (27,5%). Segundo a Conab, a produ??o de a?úcar tem sido a maior responsável pela melhora de ?nimos na atividade canavieira. Isso porque os pre?os do produto têm mostrado forte recupera??o desde a safra anterior, favorecendo a margem de lucro das unidades de produ??o. Segundo informa??es da equipe A?úcar/Cepea, a eleva??o dos pre?os internos está atrelada, especialmente, às altas no mercado internacional, que, por sua vez, vêm sendo influenciadas por estimativas de déficit global da commodity. Neste sentido, a equipe aponta que o Brasil – maior produtor e exportador da commodity – registrou forte ritmo de embarques no correr de 2016, com usinas paulistas, inclusive, reduzindo a participa??o das vendas de a?úcar no mercado spot e priorizando as exporta??es.Para a indústria do etanol, a queda estimada de 8,2% na produ??o foi mais que compensada pelo aumento de 15,4% nos pre?os reais, que impulsionou o faturamento. As principais eleva??es de pre?os do combustível se deram no primeiro trimestre do ano, e também no segundo semestre. Em janeiro, segundo pesquisadores da equipe Etanol/Cepea, a redu??o da oferta (período de entressafra) e as chuvas na maior parte do mês explicaram as altas expressivas do biocombustível. Já a partir da última quinzena de mar?o, os pre?os reduziram substancialmente, sendo que, especificamente em abril, as cota??es dos etanóis foram pressionadas pelo início oficial da moagem da cana da safra 2016/17 no estado. Este movimento, por sua vez, refor?ou a vantagem do a?úcar sobre o biocombustível. No segundo semestre, de modo geral, a baixa oferta nacional sustentou os pre?os do etanol. No caso da indústria de celulose, menores pre?os (-9,1%) e produ??o (-2,5%) levaram ao resultado observado. De modo geral, os pre?os do produto recuaram consistentemente ao longo dos meses em 2016. Segundo pesquisadores da equipe Economia Florestal/Cepea, os pre?os em dólares da celulose no mercado de S?o Paulo recuaram ao longo do ano, refletindo em retra??o nas cota??es internas. Como destaques negativos na parcial de 2016 est?o as indústrias têxtil e vestuarista e também de móveis e produtos de madeira. No caso têxtil e vestuarista, o movimento de baixa segue a tendência observada nos últimos anos, com os resultados do setor sendo pressionados principalmente por redu??o na produ??o. Agentes do setor tem apontado que a retra??o no ano se vincula à crise econ?mica no País. Para amenizar, em certa medida, o cenário interno desfavorável, indústrias do setor têm apostado nas exporta??es e, também, na substitui??o de importados.Assim como na indústria agrícola, para a indústria de base pecuária, os resultados foram influenciados positivamente pelo ganho real de pre?os (3,97%) e negativamente pela redu??o da produ??o (2,37%), considerando-se a média ponderada das indústrias acompanhadas. Analisando-se de forma desagregada, o desempenho na parcial do ano foi positivo apenas para abate de suínos e de aves e para laticínios. Já para as atividades de curtimento de couro, produ??o de cal?ados de couro, abate de bovinos e pescado, o resultado acumulado no período foi de baixa. A Figura 7 mostra as varia??es anuais de faturamento, pre?o e produ??o das atividades do segmento industrial da pecuária acompanhadas pelo Cepea para o PIB do Agronegócio de SP.Figura 7 – Varia??o anual do faturamento, pre?os e volume das atividades do segmento industrial pecuário (janeiro a outubro - 2016/2015).Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de Cepea, FGV, IBGE, Sindifranca)No caso da produ??o de cal?ados de couro, os resultados parciais de 2016 foram pressionados por recuos de pre?o e produ??o. Esse contexto agravou o resultado já ruim de 2015, quando a produ??o de cal?ados decresceu mais de 10%. Para a Abical?ados, o início de 2016 seguiu a tendência do ano anterior, com redu??o em vendas e empregos, resultado do fraco desempenho do mercado interno, com queda na demanda e falta de confian?a do consumidor.Para o abate de bovinos, menores pre?os reais em rela??o ao mesmo período de 2015, e menor produ??o prevista para ano pressionaram o resultado. Para as cota??es, ainda que a média do período tenha sido inferior à média dos dez primeiros meses de 2015 em termos reais, n?o houve movimento de redu??o na parcial do ano. Segundo pesquisadores da equipe Boi/Cepea, em geral, as eleva??es de pre?os decorreram da oferta interna enxuta, com uma reduzida disponibilidade de animais para abate aliada à maior competitividade da carne brasileira diante do c?mbio elevado, o que proporcionou uma boa demanda de importadores. De modo geral, no mercado nacional, a crise econ?mica levou à redu??o do poder de compra do consumidor, o que se refletiu negativamente nos cortes mais caros, mas, positivamente, nos cortes mais baratos, como o dianteiro. No caso do abate de suínos, o crescimento previsto de 13,6% na produ??o impulsionou o faturamento, diante de redu??o real de 9,1% nos pre?os. Para as cota??es, o movimento de redu??o concentrou-se no primeiro quadrimestre do ano, e esteve relacionado à combina??o de ampla oferta e demanda retraída. Segundo pesquisadores da equipe Suínos/Cepea, nem mesmo o maior volume exportado no período foi suficiente para estancar as quedas no mercado nacional. Depois deste período, houve certa valoriza??o dos pre?os. No caso do abate de aves, maior produ??o e pre?os em alta levaram às expectativas positivas quanto ao faturamento. Para pre?os, a rela??o de alta deve-se principalmente ao baixo patamar observado no primeiro semestre de 2015, já que, ao longo de 2016, n?o houve tendência firme e relevante de valoriza??o. As eleva??es de pre?os mais expressivas se deram entre maio e agosto. Segundo pesquisadores da equipe Frango/Cepea, apenas em junho o mercado avícola conseguiu repassar os altos custos de produ??o ao animal vivo. Segundo pesquisadores das equipes de Frango/Cepea e Suínos/Cepea, no caso do abate, tanto para suínos quanto aves, as perspectivas para 2016 eram de crescimento, tendo em vista que o rebanho de suínos e o alojamento de pintinhos vinham aumentando. Um fator adicional, que atuou impulsionando a quantidade abatida no primeiro semestre, foi a forte alta nos pre?os do milho, que surpreendeu produtores e agentes das agroindústrias integradoras. Com o aumento dos custos de produ??o, houve intensifica??o dos abates. No caso dos suínos, muitos produtores reduziram plantel e no caso do frango, abateram o rebanho disponível. No caso dos derivados lácteos, a expans?o do faturamento decorre da expressiva eleva??o de 17,7% nos pre?os, visto que a produ??o recuou 1,5% no estado. No caso das cota??es, seguindo o movimento do pre?o do leite pago ao produtor, a eleva??o nos pre?os dos derivados relacionou-se à menor produ??o de matéria-prima. Finalmente, seguindo o desempenho observado nos demais segmentos, o de servi?os do agronegócio, que reflete o desempenho de todos os servi?os de comercializa??o e distribui??o dos produtos agropecuários e agroindustriais, deve crescer 6,4% em 2016. A eleva??o vincula-se principalmente aos servi?os relacionados ao ramo agrícola, para os quais a alta é de 7,6%. Para os servi?os do ramo pecuário, o crescimento é mais modesto, de 1,96%. empregos FORMAIS no agronegócio de s?o paulo em 2015: Esta se??o foi elaborada tendo-se como base dados da RAIS. A RAIS é um levantamento anual dos registros administrativos de todos os estabelecimentos que, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), abrange 97% do mercado de trabalho formal brasileiro. Dada a natureza dos dados, as atividades com altas taxas de informalidade, como agropecuária e constru??o civil, tendem a ter sua participa??o no emprego total subestimada. A Tabela 1 resume a gera??o de empregos formais pelo agronegócio de S?o Paulo em 2015, segundo a RAIS:Tabela 1 – Empregos formais no agronegócio paulista e em seus segmentos em 2015?Empregos formais% Agropecuária329.25016,77%Agroindústria674.46734,35%Insumos73.9093,76%Servi?os886.05445,12%Total Agronegócio1.963.679?Total do Estado13.697.471Participa??o (Agro/SP)14,34%?Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de dados da RAIS)A estimativa para o total de empregos formais do agronegócio paulista em 2015 foi de 1.963.679 (Tabela 1), representando 14,34% do mercado de trabalho formal do estado. Considerando-se a distribui??o dos empregos entre os segmentos do agronegócio, destacam-se os empregos na agroindústria e nos servi?os, que responderam por 34,35% e 45,12% dos empregos no setor, respectivamente. As Figuras 8 e 9 apresentam o emprego formal segundo a RAIS para a agroindústria de base agrícola e pecuária, respectivamente. A indústria de base agrícola gerou 552.668 postos de trabalho em 2015. No que diz respeito à distribui??o dos empregos entre as agroindústrias, destacam-se a?úcar e etanol (27%), massas, doces, biscoitos e especiarias (21%), celulose e papel (13%) e artigos de vestuário e acessórios (10%).Figura 8 – Empregos formais na agroindústria de base agrícola em S?o Paulo (2015)Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de dados da RAIS)Na indústria de base pecuária, foram gerados 121.799 empregos, sendo 51% em abate de animais e pescado, 29%, em artigos de couro e cal?ados e 20%, em laticínios. Figura 9 – Empregos formais na agroindústria de base pecuária em S?o Paulo (2015)Fonte: Cepea/USP e FIESP (elaborado a partir de dados da RAIS) ................
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