2.1 - Identificação - Repositório Aberto da ...



-1470660-1489710-680085-156210-1264096348659RELAT?RIO DE EST?GIO PROFISSIONAL160591538735Relatório de Estágio Profissional, apresentado com vista à obten??o do 2? Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário (Decreto-lei n? 74/2006 de 24 de Mar?o e o Decreto-lei n? 43/2007 de 22 de Fevereiro)00Relatório de Estágio Profissional, apresentado com vista à obten??o do 2? Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário (Decreto-lei n? 74/2006 de 24 de Mar?o e o Decreto-lei n? 43/2007 de 22 de Fevereiro)1034950180875-1470660182880-946785422275Ricardo Pintosetembro, 201100Ricardo Pintosetembro, 20111101090-3810Relatório de Estágio ProfissionalRelatório de Estágio apresentado com vista à obten??o do 2? ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário (Decreto-lei n? 74/2006 de 24 de mar?o e o Decreto-lei n? 43/2007 de fevereiro).Orientadora: Doutora Paula Maria Leite QueirósRicardo de Castro Ribeiro Pintosetembro 2011Ficha de cataloga??oPinto, R. (2011). Relatório de Estágio Profissional. Porto: R. Pinto. Relatóriode Estágio Profissional para a obten??o do grau de Mestre em Ensino deEduca??o Física nos Ensinos Básico e Secundário, apresentando á Faculdadede Desporto da Universidade do Porto.Palavras-chave: EST?GIO PROFISSIONAL, EDUCA??O F?SICA, DISCIPLINA, FORMA??O CONT?NUA.AgradecimentosO meu primeiro agradecimento vai para os meus pais, por me terem proporcionado todas as condi??es necessárias para poder realizar a minha forma??o académica. Agrade?o também aos meus familiares porque sempre quiseram o meu melhor e sempre me tentaram ajudar dentro do que lhes era possível.Ao professor cooperante Mestre Rui Pacheco, pois foi uma grande ajuda durante todo o estágio pedagógico, foi uma pessoa com quem pude aprender muito nas discuss?es que tínhamos regularmente.? minha Orientadora de estágio que também contribuiu para a minha evolu??o durante o meu estágio e pela paciência que teve comigo durante a elabora??o do relatório de estágio.A todos os meus amigos que sempre me apoiaram e me incentivaram para acabar este mestrado e que tiveram sempre comigo nos bons e maus momentos.? AALP que foi uma pessoa muito importante e que me acompanhou ao longo deste dois anos, tendo-me ajudado muito ao longo do meu percurso.Aos meus colegas estagiários, pelo trabalho e coopera??o que mantivemos durante todo o estágio.?ndice Geral TOC \o "1-3" \h \z \u 1.Introdu??o PAGEREF _Toc304380908 \h 12.Enquadramento Biográfico PAGEREF _Toc304380909 \h 52.1 - Identifica??o PAGEREF _Toc304380910 \h 72.2 - Faculdade de Desporto PAGEREF _Toc304380911 \h 92.3 - Expetativas iniciais do Estágio Pedagógico PAGEREF _Toc304380912 \h 103.Enquadramento da Prática Profissional PAGEREF _Toc304380913 \h 133.1- Caracteriza??o da Escola PAGEREF _Toc304380914 \h 153.2 - Caracteriza??o da Turma PAGEREF _Toc304380915 \h 173.3 - A Educa??o Física e o desporto na educa??o PAGEREF _Toc304380916 \h 183.4 - Indisciplina na aula de Educa??o Física PAGEREF _Toc304380917 \h 213.5 - Modelo de Educa??o Desportiva PAGEREF _Toc304380918 \h 263.6 - Conhecimento Pedagógico do Conteúdo PAGEREF _Toc304380919 \h 293.7 - Forma??o Inicial e necessidade de forma??o contínua dos professores de Educa??o Física PAGEREF _Toc304380920 \h 313.8 - Estratégias de comunica??o e instru??o com vista a melhorar a qualidade do ensino PAGEREF _Toc304380921 \h 344.Realiza??o da prática profissional PAGEREF _Toc304380922 \h 414.1- Organiza??o e gest?o do ensino e da aprendizagem PAGEREF _Toc304380923 \h 434.1.1 - A aplica??o do MED PAGEREF _Toc304380924 \h 434.1.2 - A abordagem à patinagem PAGEREF _Toc304380925 \h 484.1.3 - Dificuldades e solu??es encontradas no controlo da disciplina na turma PAGEREF _Toc304380926 \h 504.1.4 - Import?ncia da comunica??o durante as aulas e dificuldades encontradas PAGEREF _Toc304380927 \h 534.2 - Participa??o na Escola PAGEREF _Toc304380928 \h 554.3 - Rela??es com a comunidade PAGEREF _Toc304380929 \h 604.3.1 - Atividades na escola com vista a promo??o da atividade física PAGEREF _Toc304380930 \h 604.3.2 - Promo??o da prática desportiva dos alunos nos clubes locais PAGEREF _Toc304380931 \h 614.4 - Desenvolvimento Profissional PAGEREF _Toc304380932 \h 644.4.1 - Forma??o continua PAGEREF _Toc304380933 \h 644.4.2 - Import?ncia das reflex?es sobre a aula PAGEREF _Toc304380934 \h 654.4.3 - A forma??o com o professor cooperante PAGEREF _Toc304380935 \h 665. Conclus?o PAGEREF _Toc304380936 \h 696.Referências Bibliográficas PAGEREF _Toc304380937 \h 73Anexos PAGEREF _Toc304380938 \h XV?ndice de QuadrosQuadro 1 – Recursos Humanos da Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio…………16?ndice de AnexosAnexo 1 Ficha de Caracteriza??o individual do aluno…….....................………97Anexo 2 Plano de Aula 49………………………………………………………....101ResumoNeste documento pretendo transmitir e fazer uma reflex?o sobre a minha presta??o enquanto professor estagiário na escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio, durante o ano letivo de 2010/2011. Este ano de estágio foi orientado pela professora Doutora Paula Queirós e coordenado pelo professor Mestre Rui Pacheco. Nele vêm expressas aquelas que foram as minhas maiores dificuldades, as minhas experiências e decis?es tomadas com vista a melhorar a minha presta??o enquanto professor. Com o objetivo de tornar o documento de fácil leitura e compreens?o dividio em cinco pontos. No primeiro ponto fa?o uma breve introdu??o. No segundo ponto, procuro descrever um pouco do que foi a minha vida até hoje e o que me levou a tomar a op??o por este curso e por esta Faculdade. O terceiro ponto procuro enquadrar o meu estágio pedagógico dando a conhecer o local onde estagiei, as condi??es que dispunha e a turma que tinha a meu cargo. Ainda neste ponto procurei desenvolver algumas temáticas que considerei importantes para me ajudar a evoluir enquanto professor de Educa??o Física. O quarto ponto é dedicado à minha descri??o e reflex?o do meu desempenho enquanto professor. Procuro descrever as decis?es tomadas e explicar o porque dessas decis?es. Ainda neste ponto procurei descrever a minha participa??o na escola e as rela??es que desenvolvi e que pretendia desenvolver com a comunidade. No quinto e último ponto procurei fazer uma reflex?o geral de tudo aquilo que foi o meu estágio, a minha evolu??o enquanto professor, em que é que esta experiência foi benéfica para mim e alguns aspetos que posso vir a melhorar. AbstractIn this paper I intend to transmit and to reflect on my performance as a trainee teacher at the school EB 2 / 3 of Le?a Balio, during the school year 2010/2011. This year's stage was guided by Professor Dr. Paula Queiroz and coordinated by Professor Mestre Rui Pacheco. It expresses those that were my difficulties, my experiences and decisions to improve my performance as a teacher.In order to make the document easy to read and understand it is divided in five points. On the first point I make a brief introduction. On the second point, I try to describe what was my life until now and what led me to take the option for this course and this Faculty. The third point I try to fit my teaching practice and to let you know about the local where I have done my stage, the conditions that had and the class that I had in my charge. Also at this point I tried to develop some themes that I considered important to help me evolve as a Physical Education teacher. The fourth section is devoted to my description and reflection of my performance as a teacher. I try to describe and explain the decisions that I have taken and Why did I took those decisions. Even at this point I tried to describe my participation in school and the relationships I developed and planned to develop with the community. In the fifth and last point I tried to make a general reflection of all that was my stage, my evolution as a teacher, why this experience was beneficial for me and some aspects that I may improve. AbreviaturasCEF - Curso de Educa??o e Forma??oMEC – Modelo de Estrutura de ConhecimentoMED – Modelo de Educa??o DesportivaTPA – Tempo Potencial de AprendizagemUD – Unidade DidáticaIntrodu??oIntrodu??oEste documento foi realizado no ?mbito do 2? Ciclo - Ensino da Educa??o Física nos Ensinos Básicos e Secundários da FADEUP – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. O documento procura refletir a minha experiência e evolu??o enquanto professor de Educa??o Física ao longo do meu Estágio Pedagógico realizado na Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio durante o ano letivo de 2010/2011. Nele est?o contidas as minhas expetativas iniciais, todo o trabalho que realizei ao longo do ano, as minhas perspetiva sobre o papel da Educa??o Física na escola e a import?ncia que tem na educa??o dos alunos, as dificuldades encontradas ao nível da disciplina, da motiva??o dos alunos e o que considero estar errado no currículo de Educa??o Física para o 8? ano. Este documento reflecte a minha perce??o acerca de como decorreu o meu Estágio Pedagógico, no que evoluí enquanto professor de Educa??o Física. Este ano de estágio revelou-se muito exigente para mim devido a todo o trabalho que era necessário realizar, acumulado com outros trabalhos e fun??es que desempenho em outras estruturas. A minha prioridade sempre foi realizar um bom Estágio Pedagógico, que fosse proveitoso para mim, para os alunos que tinha a meu cargo e para a escola. Este ano de Estágio Pedagógico veio p?r à prova todos os conhecimentos que adquiri durante a minha forma??o na Licenciatura em Ciências do Desporto e no primeiro ano do 2? Ciclo em Ensino da Educa??o Física nos Ensinos Básicos e Secundários. Seguramente todos os conhecimentos adquiridos foram muitos úteis e de fato na teoria tudo parece muito fácil, no entanto, no momento em que nos confrontamos com os alunos, para tentar lecionar as diferentes modalidades, torna-se tudo mais difícil, com a ansiedade de controlar tudo o que nos rodeia, de que tudo decorra conforme planeamos, os problemas de disciplina que v?o surgindo durante a aula, é muito complicado gerirmos a aula e conseguirmos por em prática todos os conhecimentos que adquirimos sem nos esquecermos de pormenores que s?o muito importantes. A experiência adquirida nas didácticas práticas é completamente diferente da realidade que nos espera na escola, o desafio na escola foi e é seguramente muito maior.O ano de estágio é ent?o essencial para experienciar todos os nossos conhecimentos, aliá-los às personalidades com quem trabalhamos (alunos e professores) e moldar a nossa forma de trabalhar de modo a iniciar um trabalho de uma vida.Neste relatório come?o por fazer um breve resumo daquilo que foi a minha vida até este momento, procurando explicar o que me levou a tomar a decis?o de ingressar na Faculdade de Desporto e de ter optado pelo 2? Ciclo em Ensino da Educa??o Física nos Ensinos Básicos e Secundários. De seguida, procurei fazer uma revis?o bibliográfica de alguns temas sobre os quais encontrei dificuldades e necessidade de os explorar, dificuldades essas que encontrei durante o meu Estágio Pedagógico. No ponto seguinte procurei descrever e fazer uma reflex?o sobre a minha realiza??o prática. Por fim termino o documento com uma conclus?o sobre o que foi este ano de Estágio Pedagógico.Enquadramento Biográfico2.1 - Identifica??oO meu gosto pelo desporto nasceu muito cedo. Quando era pequeno jogava futebol na minha rua com os meus vizinhos, treinava hóquei (durante 6 anos, modalidade que gostava muito mas que tive de abandonar por n?o haver mais atletas da minha idade no clube) ao fim de semana e tinha aulas de nata??o. Mais tarde joguei futebol durante um ano e entre o décimo e o décimo segundo ano joguei voleibol no desporto escolar. Quando entrei para a Faculdade continuei a jogar voleibol pela equipa da Associa??o de Estudantes da Faculdade que participava nos Campeonatos Académicos do Porto e no Campeonato Nacional Universitário. Tive a oportunidade de participar em três Campeonatos Europeus Universitários de Voleibol que foram experiências muito boas dado que tive a possibilidade de conhecer estudantes universitários de vários países da Europa e diferentes culturas europeias. Nos últimos três anos joguei voleibol nos campeonatos do Inatel. O meu percurso desportivo foi muito variado, sem nunca me ter mantido durante muito tempo no mesmo desporto até come?ar a jogar voleibol. O meu percurso escolar até chegar ao ensino superior foi positivo uma vez que nunca reprovei de ano. Quando na candidatura para o décimo ano chegou a altura de tomar a primeira decis?o sobre o meu futuro escolhi ingressar num curso tecnológico de desporto no Colégio de Gaia. Desde muito cedo, entre o quinto e o sexto ano, que decidi querer ser professor de Educa??o Física. A Educa??o Física sempre foi a minha disciplina preferida durante o meu percurso escolar. Assim sendo, tomei a op??o pelo curso de Desporto, tanto quando tive de escolher um curso no décimo ano e mais tarde quando tive de escolher um curso para ingressar no ensino superior. Até hoje n?o me arrependo das minhas escolhas uma vez que continuo a gostar muito de desporto, dos valores do mundo do desporto e porque acredito na educa??o através do desporto.Hoje sou treinador de voleibol nos escal?es de Minis A e de seniores masculinos na Associa??o Académica de S. Mamede. A minha primeira experiência como treinador foi no décimo segundo ano quando tive de escolher uma equipa desportiva do Colégio de Gaia para estagiar. Na altura a equipa escolhida foram os iniciados masculinos do Colégio de Gaia. Esta primeira experiência foi muito positiva, gostei de lidar com atletas e os resultados atingidos foram muito bons (3? lugar no Campeonato Nacional).Após dois anos sem treinar nenhuma equipa, no ano de 2006 comecei a colaborar com a Associa??o Académica de S. Mamede no escal?o de minis A. No ano seguinte para além de continuar a treinar os minis A trabalhei como treinador adjunto das juvenis femininas. Na época de 2007/08 trabalhei no mesmo clube como treinador adjunto da equipa de infantis Feminino e mantive-me como treinador dos minis A. Na época de 2008/09 e 2009/10 para além de continuar como treinador do escal?o de minis A trabalhei como treinador adjunto com uma equipa de iniciados masculinos e juvenis masculinos respectivamente. Após dois anos de trabalho com praticamente o mesmo grupo de trabalho atingimos o 4? lugar no campeonato nacional de juvenis masculinos. Depois ter tido experiências como treinador em equipas femininas e masculinas senti que gostava mais, era mais motivador para mim trabalhar com equipas masculinas.Durante o meu percurso académico tive a oportunidade de fazer parte da Associa??o de Estudantes da Faculdade de Ciências do Desporto e Educa??o Física (doravante AEFCDEF), onde estive durante quatro anos. Durante dois anos fui Vogal da Direc??o, estive um ano com a fun??o de Vice-Presidente da Direc??o e no meu último ano fui Presidente da AEFCDEF. Na minha passagem pela AEFECDEF sempre acompanhei de perto e dei muita import?ncia ao Desporto Universitário. Durante um ano fui o responsável pelas equipas de Desporto Universitário da AEFCDEF, durante dois anos fui Coordenador do Desporto Universitário da Sec??o Autónoma das Associa??es de Estudante da Universidade do Porto. Na minha passagem pela AEFCDEF também organizei diversas atividades desportivas para os alunos da Faculdade entre as quais o 24 Horas de Desporto e Saúde no ano de 2008. Foi através destas experiências na AEFCDEF que desenvolvi o meu gosto e a minha capacidade para a organiza??o de atividades desportivas. Em Mar?o do ano de 2010 surgiu uma oportunidade de estar ligado de uma forma diferente e ainda mais activa e decisiva ao Desporto Universitário. Fui convidado a integrar a direc??o da Federa??o Académica do Desporto Universitário até ao final do mandato de 2009/2010. Uma vez que acredito no valor e na potencialidade do desporto Universitário aceitei integrar a direc??o e completar o mandato de 2009/2010. Para além de ter responsabilidades na política do Desporto Universitário em Portugal, tive a oportunidade de participar como chefe adjunto da delega??o portuguesa presente no 4? Mundial Universitário de Rugby Sevens, onde estava responsável pela delega??o da equipa feminina portuguesa, que atingiu um magnifico terceiro lugar na prova. Esta experiência foi muito gratificante para mim. No final do mandato de 2009/10 surgiu um convite para integrar a direc??o para o mandato do biénio 2010/12 no cargo de Vice-Presidente. Mais uma vez e pelas mesmas raz?es que aceitei o primeiro convite, aceitei este novo desafio. Neste momento sou responsável pelas rela??es políticas internacionais e pelo projecto Universíadas Shenzen 2011. As Universíadas ser?o um desafio muito aliciante, de grande responsabilidade e seguramente ser?o uma experiência única e muito gratificante para mim. Logicamente, pelas op??es que tomei na minha vida e por tudo o que descrevi acima, que no meu futuro pretendo continuar a trabalhar em áreas ligadas ao desporto pois como já referi, acredito no desporto pelos valores que est?o inerentes ao mundo do desporto e pelos benefícios que este traz ao nível da saúde para quem mantém um estilo de vida ativo e saudável. 2.2 - Faculdade de DesportoTal como pudemos constatar acima, o meu gosto pelo desporto vem desde cedo. Uma vez que me identifico com o desporto ponderei que, para o meu futuro e para o meu desenvolvimento pessoal, seria fundamental frequentar o ensino superior, de forma a poder trabalhar numa área com a qual me reconhe?o e sinto bem. Desde que entrei para o ensino secundário e optei por um curso tecnológico de desporto, o meu objectivo era entrar na Faculdade de Ciências do Desporto e Educa??o Física da Universidade do Porto, atualmente com o nome de Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. A minha op??o por entrar nesta Faculdade deve-se ao fato de ela sempre me ter sido referenciada como a melhor do país e, para além disso, ser a Faculdade pública com curso de desporto mais perto do meu local de residência. Felizmente consegui atingir o meu objectivo de frequentar esta mesma Faculdade no ano de 2004. Entrei na Faculdade na antiga Licenciatura de cinco anos e terminei com a Licenciatura de Bolonha. Uma vez que com o grau de licenciado em Ciências do Desporto n?o me era permitido lecionar a disciplina de Educa??o Física aos ensinos básico e secundário e que este era um dos meus objetivos quando ingressei no ensino superior, decidi candidatar-me ao 2? Ciclo em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. No primeiro ano deste curso tive a oportunidade de aprofundar os meus conhecimentos sobre o ensino de Educa??o Física na escola. Este ano enquanto estagiário na Escola E.B. 2/3 Le?a do Balio procurei por em prática todos os conhecimentos adquiridos e ganhar experiência no meu desempenho enquanto professor de Educa??o Física.2.3 - Expetativas iniciais do Estágio Pedagógico Para um estudante que frequenta o 2? Ciclo em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, o ano mais aguardado é o ano de Estágio Pedagógico. O ano de estágio é o primeiro grande teste aos nossos conhecimentos e competências adquiridas ao longo do nosso percurso académico. ? também o nosso primeiro contacto com a realidade escolar e a nossa primeira experiência enquanto professor responsáveis por uma turma. Já tivemos experiências anteriores na escola, na Unidade Curricular de Didáctica Específica de Desporto, mas esta experiência era um pouco irreal e facilitadora uma vez que tínhamos sempre pelo menos um colega a lecionar connosco. Este estágio também representa o meu primeiro passo num longo percurso enquanto professor de Educa??o Física. Apesar de já ter alguma experiência enquanto treinador de jovens a realidade na escola é completamente diferente. A minha capacidade de lideran?a foi testada uma vez que tinha 25 alunos à minha responsabilidade e que muitos deles n?o estavam motivados para a atividade física, ao contrário do que acontece no treino. Para além disso houve muita indisciplina, desrespeito pelo professor e pelos alunos entre si. Esperava contar com o apoio do Professor Cooperante e da Orientadora de estágio para me ajudarem a evoluir enquanto professor e esse apoio nunca me faltou.A Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio tinha boas condi??es materiais para o ensino da Educa??o Física o que facilitou o meu trabalho. Os meus colegas estagiários foram duas pessoas muito acessíveis sempre disponíveis para colaborar comigo e acho que conseguimos fazer muita coisa de positivo neste estágio. Por todos estes motivos penso que a experiência de estágio, para além do culminar da minha forma??o académica, foi um ano de prática onde consegui adquirir experiência que foi muito importante para a minha evolu??o enquanto professor e tive uma melhor consciência acerca dos desafios que me esperam no futuro. Enquadramento da Prática Profissional3.1- Caracteriza??o da EscolaPara nos podermos enquadrar melhor no nosso novo local de trabalho importa conhece-lo, estando informados dos meios que temos ao nosso dispor para podermos realizar o nosso trabalho. Nesse sentido procurei recolher toda a informa??o que considero necessária para a minha adapta??o ao novo local de trabalho e para o desenvolvimento da minha atividade enquanto professor de Educa??o Física. A Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio está localizada em Le?a do Balio, concelho de Matosinhos, distrito do Porto.Relativamente ao tipo de constru??o, a Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio é uma constru??o típica de uma escola e relativamente recente. ? composta por um edifício único, com 2 pisos e 4 blocos independentes. A escola possuía salas de aula, uma biblioteca, uma cantina, um bar para os alunos, uma secretaria, servi?os de ac??o social escolar, uma reprografia, sala dos professores com bar, sala de directores de turma, um polidesportivo exterior, uma sala para a Associa??o de Pais, uma sala para a psicóloga, uma área destinada à direc??o da escola. Junto à escola encontra-se o pavilh?o municipal de Le?a do Balio que é cedido durante o período letivo à escola para que os alunos possam realizar nesse espa?o as aulas de Educa??o Física. No início deste ano letivo ficaram disponíveis os novos balneários que foram construídos por baixo da nova escola primária. ? uma escola oficial, depende administrativa, financeira e hierarquicamente do Ministério da Educa??o e iniciou a sua atividade no ano letivo de 1994/1995.Recursos HumanosPara poder servir uma popula??o escolar total de 508 alunos, repartidos por cinco anos de escolaridade, esta escola conta com 81 docentes (35 do 2? ciclo e 46 do 3? ciclo), 3 profissionais de apoio socioeducativo, 2 profissionais de educa??o especial, 16 auxiliares de ac??o educativa, 11 elementos do pessoal administrativo e uma psicóloga.No quadro abaixo vêm expressos os recursos humanos da Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio.Recursos HumanosTotalAlunos508Docentes2? Ciclo353? Ciclo46Apoio Socioeducativo3Educa??o Especial2Auxiliares de Ac??o Educativa16Pessoal Administrativo11Psicóloga1Quadro 1 – Recursos Humanos da Escola E.B. 2/3 de Le?a do BalioEspa?os e condi??es materiais para lecionar a disciplina de Educa??o FísicaTal como foi referido, a escola disp?e de dois espa?os destinados às aulas de Educa??o Física que s?o o polidesportivo exterior, que contém uma campo de andebol com as medidas regulamentares, um campo de futsal abaixo das medidas regulamentares, 6 tabelas de basquetebol e os respectivos campos. O pavilh?o polidesportivo cedido pela c?mara municipal de Matosinhos é um pavilh?o que se encontra em bom estado, tem quatro balneários (dois para cada sexo), uma sala partilhada entre os professores e o auxiliar de educa??o responsável pelo pavilh?o, uma sala de material. A escola disp?e de material desportivo para que os professores possam abordar quase todas as modalidades que vêm no programa curricular de Educa??o Física, estando este material em bom estado de utiliza??o.3.2 - Caracteriza??o da TurmaDepois de me enquadrar com a realidade da escola onde vou estagiar, foi importante conhecer a turma e as características dos alunos que a comp?e uma vez que o ensino foi direcionado para estes. Para poder conhecer melhor os alunos da turma foi-lhes entregue um questionário (anexo 1) que foi elaborado pelos alunos do núcleo de estágio, com quest?es relativas aos dados pessoais dos alunos, aos seus gostos e costumes, ao seu relacionamento com o encarregado de educa??o e familiares. Após a análise das repostas dadas pelos alunos pude retirar algumas conclus?es que vêm descritas abaixo.A turma é uma turma de oitavo ano e é constituída por 25 alunos dos quais 13 (52%) s?o do sexo feminino e 12 (48%) do sexo masculino. A turma tem 19 (76%) alunos com 13 anos de idade, 4 (16%) alunos com 14 anos de idade e 2 alunos (8%) com 15 anos. Este dados indicam-nos que o número de alunos repetentes nesta turma é reduzido tendo em conta o número total de alunos. Uma grande percentagem (76%) dos alunos tem a m?e como encarregada de educa??o e apenas 20% dos alunos tem o pai como encarregado de educa??o, apenas um aluno tem a avó como encarregada de educa??o. Os pais e encarregados de educa??o tem por hábito acompanhar de perto os estudos dos alunos (88%) e comparecer às reuni?es escolares (92%).Relativamente à situa??o matrimonial dos pais 81% dos pais dos alunos encontram-se casados, o que dá a ideia de que há estabilidade no ambiente familiar.No que diz respeito à saúde apenas 32% dos alunos afirmam já terem sido afectados por alguma doen?a. Há uma aluna que tem asma e que terá de ser acompanhada de perto nas aulas de Educa??o Física. O meio de transporte mais utilizado para fazer o percurso casa escola é o automóvel que é utilizado por 50% dos alunos, 43% dos alunos desloca-se para a escola a pé e 7% dos alunos desloca-se de autocarro. O tempo dispendido pelos alunos para realizar o percurso casa escola varia entre os 5 e os 10 minutos no máximo. Este dado permite-nos concluir que os alunos têm o seu local de residência relativamente perto da escola.A disciplina preferida dos alunos (31%) é a disciplina de Educa??o Física seguida da disciplina de Português com 18% dos alunos a referirem-na como uma das disciplinas preferidas. A disciplina que os alunos menos gostam (27%) é a matemática seguida de História e Inglês com 12% dos alunos a referirem-nas como disciplinas que menos gostam.A totalidade dos alunos tem acesso à internet em casa. Isto é muito bom pois os alunos podem facilmente realizar trabalhos de pesquisa e estudar em casa.Relativamente à disciplina de Educa??o Física os alunos já tiveram contacto com as modalidades que vamos abordar. Os alunos deixaram também algumas sugest?es sobre outras modalidades a abordar e algumas delas s?o modalidades que a escola tem condi??es para a prática das mesmas.No que diz respeito à ocupa??o de tempos livres as atividades preferidas dos alunos s?o ouvir música, ver televis?o, navegar na internet, jogar computador e conviver com os amigos. Há um número relativamente baixo de alunos a praticar atividade física nos tempos livres. Eu enquanto professor de Educa??o Física tentei procurar mudar esta situa??o.Após a análise dos dados recolhidos fiquei com um melhor conhecimento dos alunos que constituem a turma, dos seus hábitos e do valor que estes e os seus encarregados de educa??o d?o à escola e ao ensino. 3.3 - A Educa??o Física e o desporto na educa??oDe forma a poder balizar melhor os objetivos da minha atividade enquanto professor de Educa??o Física importa perceber e refletir sobre a import?ncia e os objetivos da Educa??o Física e do desporto na educa??o dos mais jovens, uma vez que vai ser esta a popula??o alvo da minha interven??o.A Educa??o Física e o Desporto, segundo Rosado (2009), podem desempenhar um papel importante na educa??o de um jovem, que vai para além da aquisi??o de conhecimentos técnicos e tácticos das diferentes modalidades e do desenvolvimento físico do aluno. A Educa??o Física e o Desporto pretendem contribuir para o desenvolvimento físico, pessoal, social e moral dos alunos. Alguns dos valores que se pretende desenvolver no meio desportivo enquanto uma experiência moral segundo (Rosado 2009 p. 18) s?o , a “coopera??o, amizade, generosidade, magnanimidade, compaix?o, sentido de justi?a, autenticidade, transcendência, humanidade…”.Fallé (1998) cita Sanmartín(1995) que refere que na atividade física e no desporto est?o presentes “Valores Sociais – participa??o de todos, respeito pelos demais, coopera??o, rela??o social, amizade, pertencer a um grupo, competitividade, trabalho em equipa, express?o de sentimentos, responsabilidade social, convivência, luta por igualdade, companheirismo, justi?a, preocupa??o com os outros e coes?o de grupo. Valores pessoais – Habilidade (forma física e mental), criatividade, divers?o, autodisciplina, autoconhecimento, manter ou melhorar a saúde, vitória (êxito, triunfo), recompensas, aventura e risco, desportivismo e jogo limpo (honestidade), espírito de sacrifício, perseveran?a, autodomínio, reconhecimento e respeito (imagem social), participa??o lúdica, humildade, obediência, imparcialidade, autocorrec??o e autoexpress?o”(Fallé, 1998, p.86 - 87).A aula de Educa??o Física, para muitos alunos, é o único momento onde têm oportunidade de praticar exercício físico. Tendo em conta o atual modo de vida da popula??o e alguns dados da organiza??o Mundial de Saúde que indicam uma elevada taxa de obesidade nos jovens portugueses, a Educa??o Física pode ter um papel importante a desempenhar no combate à obesidade infantil e na ado??o de estilos de vida ativos. “De acordo com a Organiza??o Mundial de Saúde (WHO, 2000b), a promo??o da actividade física na escola é um objectivo realístico e pode ser conseguido com o contributo fundamental da disciplina de Educa??o Física.” (Marques 2010 p. 89-90). A Educa??o Física pode ter um papel muito importante na educa??o para a saúde dos jovens portugueses. Ela deve proporcionar aos alunos experiências desportivas e de atividade física positivas, bem como destacar a import?ncia, para o futuro dos alunos, da ado??o de estilos de vida ativos na promo??o e manuten??o de saúde, de modo a que estes valorizem a import?ncia da atividade física e desenvolvam o gosto pela sua prática vendo-a como algo positivo, benéfico e que os alunos n?o a vejam como uma obriga??o, mas que represente um prazer (Farinatti & Ferreira 2006; Armstrong 1990). A Educa??o Física ao proporcionar experiências positivas aos alunos na abordagem de uma modalidade, também, poderá contribuir para que o aluno, se entusiasme pela modalidade e procure praticá-la com regularidade num clube desportivo. Neste sentido a Educa??o Física, para além de estimular a prática desportiva regular, também poderá dar um bom contributo ao desporto federado português contribuindo para o aumento da procura da prática de desporto federado. Os professores de Educa??o Física devem seguir como orienta??o para a prática o Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico (2001), definido pelo Ministério da Educa??o. Neste programa vêm veiculados as finalidades da Educa??o Física Escolar que s?o:Melhorar a aptid?o física, elevando as capacidades físicas de modo harmonioso e adequado às necessidades de desenvolvimento do aluno.Promover a aprendizagem de conhecimentos relativos aos processos de eleva??o e manuten??o das capacidades físicas. Assegurar a aprendizagem de um conjunto de matérias representativas das diferentes actividades físicas, promovendo o desenvolvimento multilateral e harmonioso do aluno, através da prática de:actividades físicas desportivas nas suas dimens?es técnica, táctica, regulamentar e organizativa;actividades físicas expressivas (dan?as), nas suas dimens?es técnica, de composi??o e interpreta??o;actividades físicas de explora??o da Natureza, nas suas dimens?es técnica, organizativa e ecológica;jogos tradicionais e populares.? Promover o gosto pela prática regular das actividades físicas e assegurar a compreens?o da sua import?ncia como factor de saúde e componente da cultura, na dimens?o individual e social.Promover a forma??o de hábitos, atitudes e conhecimentos relativos à interpreta??o e participa??o nas estruturas sociais, no seio dos quais se desenvolvem as actividades físicas, valorizando:a iniciativa e a responsabilidade pessoal, a coopera??o e a solidariedade;a ética desportiva;a higiene e a seguran?a pessoal e colectiva;a consciência cívica na preserva??o de condi??es de realiza??o das actividades físicas, em especial da qualidade do o podemos verificar alguns dos valores da Educa??o Física escolar e do Desporto vem veiculados no Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico. Seguramente seria discutível se deveriam constar mais valores no Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico do que aqueles que ele contém, no entanto, no ensino português estes devem ser aqueles que devem ser transmitidos pelos professores. 3.4 - Indisciplina na aula de Educa??o FísicaOs problemas de indisciplina s?o recorrentes na sala de aula nos dias de hoje. Este problema afecta o ambiente na sala de aula, consequentemente o processo ensino aprendizagem, sendo os alunos os principais prejudicados. Oliveira (2002) com base em Patton(1981), Wilson (1981), Gotzens (1986) e Henkel (1991) refere que a disciplina na sala de aula é importante para que o processo ensino/aprendizagem se realize, seja o melhor e mais eficaz possível e para o bom funcionamento da aula. Um bom sistema de tarefas de gest?o e as boas estratégias de disciplina criam um bom ambiente e condi??es necessárias para que ocorra aprendizagem (Siedentop, 1991). Considerando de vital import?ncia que haja um bom controlo ao nível disciplinar da turma, para que o processo ensino/aprendizagem ocorra da melhor forma, é importante percebermos realmente o que é o conceito de disciplina, ajudando assim a definir o que é a indisciplina, ou seja, o que n?o é desejável que aconte?a na sala de aula e que será prejudicial ao desenrolar das mesmas. A disciplina na escola também é importante porque s encarregados de educa??o esperam que os professores sejam capazes de lidar e resolver os problemas de indisciplina dos seus educandos. (Siedentop, 1991). Os problemas constantes de indisciplina, na sala de aula, provocam cansa?o e tens?o ao professor (Siedentop, 1991). “Os professores pouco experientes enfrentam o grande problema da cria??o de um clima favorável à aprendizagem na sala de aula, que resulta da sua escassez de recursos para lidar com situa??es indesejáveis.” (Veenman, 1984; Fernadez Balboa, 1990, cit. por Oliveira, 2002, p. 111). Para que o professor n?o tenha problemas deste género é importante que ele, tenha ou adquira conhecimentos sobre estratégias de gest?o preventiva e estratégias sobre a disciplina (Siedentop, 1991) ? difícil encontrar uma defini??o clara do que é a disciplina, uma vez que um aluno que é considerado disciplinado num determinado local, pode ser considerado como indisciplinado num outro, de acordo com os valores em vigor em cada um destes locais, as cren?as do professor dos departamentos e da escola e da interpreta??o por parte destes sobre as preocupa??es dos encarregados de educa??o, e com base nos objetivos educativos. (Brito, 1986, cit. por Pimentel, 1998; Siedentop, 1991). Siedentop (1991) considera que a defini??o mais importante de disciplina é o de desenvolver e manter um comportamento adequado. O comportamento do aluno é considerado adequado quando este é compatível com os objetivos de uma configura??o específica de educa??o. Amos e Orem (1968) (cit. por Oliveira, 2002, p. 98) , definem disciplina escolar como um “processo que conduz ao domínio próprio e ao do meio ambiente, no autodomínio (facilita um respeito mútuo) e a compreens?o recíproca (gera um clima de simpatia).” Segundo a mesma autora, Curvin & Mendler (1987) “entendem-na como um conflito entre as necessidades do individuo (aluno) e as do grupo (turma) ou da autoridade que o professor representa.” Alonso (1988) (cit. por Oliveira, 2002, p. 98) “afirma que a disciplina escolar é o conjunto de medidas que a escola utiliza para conseguir a conduta ordenada dos alunos no trabalho e actividades escolares e o ajudam a desenvolver a responsabilidade, o autodomínio e autocontrolo pessoal, assim como os hábitos de participa??o, coopera??o, convivência e solidariedade. Qualquer concep??o de disciplina assenta, de forma explícita ou implícita, numa determinada concep??o de crian?a, de rela??o aluno-professor, de distribui??o de poder na classe, numa concep??o das finalidades da Escola e do Sistema Educativo.”Siedentop (cit. por Oliveira, 2002, p. 99) refere que a disciplina pode ser abordada de uma forma positiva que “assenta no treino dos comportamentos que v?o de encontro aos fins educativos, aproximando o comportamento disciplinado ao que se considera um comportamento apropriado.”. A disciplina também pode ser abordada de uma forma negativa “que se confina ao tratamento dos comportamentos inapropriados, os quais se dividem em comportamentos desviantes (comportamentos de maior gravidade) e comportamentos fora da tarefa.”Os alunos desenvolvem a sua disciplina e moral consoante a atua??o do professor perante os comportamentos apropriados e inapropriados. Para além das diferentes abordagens que se pode fazer à disciplina segundo Oliveira (2002) com base em Siedentop(1983), a forma como o professor atua perante um comportamento considerado de inapropriado, pode ajudar o aluno a retificar o seu comportamento, entendendo o porquê do seu erro e passar agir de acordo com a sua obriga??o moral, ou agir simplesmente para n?o ser punido, sem desenvolver a sua moral e a perce??o do porquê daquele comportamento ser inapropriado. A mesma autora com base em Marshall (1984) e em Henkel (1991) refere que o fato de punir um aluno pelo comportamento inapropriado, vai fazer com que este n?o o repita e atue apenas por mera obediência, permitindo simplesmente ao professor resolver os problemas no imediato e n?o a longo prazo.Segundo Oliveira (2002, p. 123) “A disciplina na aula n?o significa necessariamente passividade, silêncio absoluto, formas ou regras rígidas, apesar destas serem necessárias, em algumas ocasi?es, para que se obtenham objectivos específicos. A ordem na sala de aula significa apenas que, dentro de certos limites, os alunos seguem programas de ac??o necessários para que a actividade de aprendizagem seja realizada em boas condi??es. Esta ordem é, portanto, conseguida e definida segundo contextos, de tal forma que cada contexto define o tipo de interac??o que deve ser solicitada aos membros da classe.”Oliveira (2002, p. 101) refere ainda que “pode considerar-se que a disciplina n?o deve ser, contrariamente à opini?o de muitos professores, um conjunto de regras, proibi??es ou puni??es. ? antes o resultado de uma rela??o de respeito mútuo entre os alunos, e ainda entre os alunos e os professores, aparecendo envolvido num ambiente de harmonia, compreens?o e sentido de responsabilidade de cada um. Importa que o professor seja capaz de adaptar os problemas disciplinares a todo o contexto educacional e saber lidar com a personalidade e o caráter do aluno, pois, como referem Hoffman, Young & Klesius (cit. por Oliveira, 2002, p. 101) “ to the teacher, discipline should mean to train or develop moral character, not just to warn and punish students who exhibit inappropiate behavior. The development of responsible behavior occurs through a process involving disciplinary encounters and modeling”.Siedentop (1991) também refere que o comportamento apropriado n?o significa a ausência de comportamentos inapropriados. Ainda segundo este autor o professor deve atuar rápida e eficazmente sobre os comportamentos inapropriados, o sucesso na altera??o destes comportamentos aumenta se com a corre??o de um comportamento inapropriado se estimular-mos o desenvolvimento de um comportamento apropriado. O conceito de indisciplina está, logicamente, associado ao conceito de disciplina. Oliveira (2002, p. 102) com base em Brito (1986) refere que “a indisciplina reporta exclusivamente à inobserv?ncia ou nega??o de regras de conduta previamente estabelecidas, genericamente relacionadas com a actividade consciente do indivíduo, logo com o ?mbito educativo. Deste modo quando nos referimos ao conceito disciplina-indisciplina, estamos n?o só a falar das regras e do seu cumprimento, mas também da viola??es (comportamentos desviantes) e das san??es que lhe s?o inerentes.” Tal como o conceito de disciplina, o conceito de indisciplina também pode variar consoante os valores em vigor em diferentes sociedades, as cren?as dos professores em rela??o ao que é a disciplina entre outros fatores já mencionados anteriormente.Siedentop (1991) entende que os comportamentos que n?o favorecem o alcan?ar dos objetivos da aula s?o comportamentos inapropriados. Estrela (cit. por Oliveira, 2002, p. 110) “diz-nos que a indisciplina é fundamentalmente consequência da falta de adapta??o escolar dos seus alunos, que est?o por fora de uma cultura, dos códigos, rituais, normas e práticas. Mas esta falta de adequa??o dos alunos é simultaneamente a falta de adapta??o da escola à cultura, aos códigos, aos rituais e às práticas, diferentes das oficialmente estabelecidas.”A indisciplina na aula pode dever-se à associa??o, ou n?o, de um conjunto de fatores inerentes aos alunos, ao professor, à escola e à sociedade. As principais causas da indisciplina s?o centradas na sociedade, na institui??o, no professor e no aluno. As causas centradas na sociedade devem-se à desresponsabiliza??o da família na educa??o, aos maus exemplo e a violência observados pelos mais jovens no dia a dia. Carita e Fernandes (1997 cit. por Oliveira, 2002, p. 111) referem que “o professor tem a obriga??o de compreender que a exposi??o continuada à violência que a nossa sociedade promove e a existência de condi??es de vida particularmente degradantes constituem um verdadeiro manual de aprendizagem de comportamento violento, na medida em que conduzem à dessensibiliza??o emocional e/ou à habitua??o ás emo??es associadas a esse tipo de situa??es”. Os espa?os e material desadequado que possa existir na escola também podem ser causas desencadeadoras de comportamentos indisciplina (causas centradas na institui??o). As causas centradas no professor devem-se à forma de atua??o deste, à desigualdade de tratamento dos alunos, ao demonstrar fraco conhecimento da matéria e à monotonia das formas de trabalho s?o alguns aspetos que o professor deve ter em conta na sua atua??o. Ao lidar com os problemas disciplinares o professor deve ter em conta a idade e o nível de matura??o deste, a falta de interesse pelas matérias, a instabilidade de humor, a auto-afirma??o entre outros (causas centradas no aluno) (Oliveira, 2002; Pimentel, 1998). Uma das principais maneiras que alguns autores apontam para o controlo da disciplina na turma é precisamente a capacidade de pensar e prever comportamentos inapropriados por parte dos alunos. Sampaio (1996 cit. por Oliveira, 2002, p. 108) refere que “a indisciplina deverá sempre fazer parte de uma preocupa??o preventiva e n?o colocar-se como uma situa??o que se banaliza e que se vai tentado resolver temporariamente…”. No planeamento da aula, o professor deve procurar exercícios que mantenha os alunos motivados e empenhados na tarefa, reduzindo ao máximo tempos de espera e de gest?o, para que desta forma evite que os alunos se aborre?am e tenham comportamentos inapropriados. Oliveira com base em Kounin (1970) refere que o fato de um professor n?o valorizar um comportamento inapropriado, pode levar a que outros alunos se sintam no direito de também ter comportamentos inapropriados.3.5 - Modelo de Educa??o DesportivaNo ano letivo de 2010/2011 foi proposto aos alunos estagiários da Escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio que abordassem uma modalidade colectiva seguindo o Modelo de Educa??o Desportiva (MED). Para poder aplicar este modelo corretamente e para poder avaliar a se a sua aplica??o foi positiva, ou n?o, importa conhece-lo a fundo. O Modelo de Educa??o Desportiva (MED) desenvolvido por Siedentop é um modelo que procura mudar completamente o paradigma do ensino da Educa??o Física. Este modelo tem como objetivos proporcionar aos alunos uma verdadeira experiência desportiva, proporcionado vivências semelhantes àquilo que é uma época desportiva de um clube federado (Siedentop, 2002). O modelo “comporta a inclus?o de 3 eixos fundamentais que se revêem nos objectivos da reforma educativa da Educa??o Física actual: o da competência desportiva, o da literacia desportiva e o do entusiasmo pelo desporto, sendo o seu propósito formar a pessoa desportivamente competente, desportivamente culta e desportivamente entusiasta.” (Gra?a & Mesquita, 2007, p. 410). Os objetivos a longo prazo s?o alcan?ados ao procurar que os alunos atinjam objetivos a curto prazo, que, segundo Siedentop et al., 2004 s?o: desenvolver as capacidades técnicas e físicas especificas do desporto a abordar, conhecer e ser capaz de executar tácticas específicas do desporto a abordar, participar em situa??es de jogo adequadas nível técnico e táctico dos alunos, partilhar as tarefas de gest?o da competi??o desportiva, desenvolver as capacidades de lideran?a dos alunos, trabalhar em equipa de forma a atingir objetivos comuns, conhecer os significados dos rituais desportivos, desenvolver a capacidade para tomar decis?es sensatas em situa??es de conflito no desporto, desenvolver e aplicar os conhecimentos sobre o treino e arbitragem e envolverem-se no desporto fora da escola. De forma a que os alunos desenvolvam o gosto pela prática desportiva, o MED procura valorizar o desempenho do aluno, as rela??es de coopera??o e entreajuda, promover a inclus?o e que todos se sintam úteis à equipa. Para atingir estes objetivos e o de proporcionar uma verdadeira experiência desportiva, no MED a tradicional unidade didática é substituída por uma unidade mais longa, onde os alunos se organizam em equipas e competem entre eles como se fosse uma época desportiva. O fato de as unidades didáticas serem constituídas por um maior número de aulas representa uma vantagem, uma vez que os alunos tem mais tempo para aprender as habilidades técnicas e as tácticas da modalidade e para conhecer mais a fundo as diferentes modalidades abordadas (Gra?a & Mesquita, 2007) As equipas devem ser equilibradas, dentro de cada equipa existem diferentes papéis, a serem desempenhados pelos alunos, como por exemplo o de treinador, capit?o, árbitro, marcador, cronometristas e estatístico. Os alunos aprendem a desempenhar estas fun??es e a valorizá-las, estando cientes da sua import?ncia para o “mundo do desporto”. (Siedentop, 2002) Neste modelo é dada mais autonomia aos alunos para decidirem sobre como devem organizar a sua equipa, realizarem a sua própria mobiliza??o articular, decidirem quem realiza as diferentes tarefas, quem joga, quando fazer substitui??es entre outras tarefas. O jogo formal é substituído por formas de jogo reduzidas que s?o mais adequadas ao nível táctico e técnico dos alunos e originam uma maior aprendizagem do aluno uma vez que este será solicitado mais vezes e terá uma maior necessidade de procurar respostas adequadas às diferentes situa??es. Durante o jogo formal, os alunos que n?o est?o a competir tem de desempenhar as tarefas de árbitro, marcador, estatístico entre outras. A competi??o entre as equipas é vista como uma forma de motivar os alunos a empenharem-se nas tarefas motoras, de forma a evoluírem e atingirem os objetivos da unidade didática e também uma forma de os alunos se auto avaliarem, refletindo sobre o seu empenho na prepara??o para os jogos. O desempenho de todos os alunos, mesmo daqueles com menos aptid?o, é decisivo para o sucesso da equipa. A colabora??o na aprendizagem, a equidade e o fair-play devem ser premiados podendo ter impacto na classifica??o geral da equipa (Siedentop, 2002). Deste modo é promovida a inclus?o, a entreajuda e coopera??o no seio da equipa, bem como a no??o daquilo que s?o as boas e as más condutas desportivas. No final da época desportiva é realizado um evento culminante que deve ser um momento festivo de final de época. A afilia??o numa equipa permite aos alunos desenvolver a sua capacidade de trabalhar em conjunto de forma a atingir um objectivo comum, por outro lado também pode ajudar a criar problemas entre membros da equipa. A resolu??o destes problemas e as responsabilidades que s?o atribuídas aos alunos, s?o vistos como uma oportunidade para os ajudar a tornarem-se mais maduros e responsáveis (Siedentop et al., 2004). Poder?o surgir novas ideias a introduzir e a desenvolver neste modelo, algumas poder?o ser positivas outras poder?o ser negativas e prejudicais aos desenrolar das aulas. No entanto devemos procurar explica??es que nos permitam perceber porque correu mal a aplica??o do modelo e das variáveis introduzidas. Este modelo pode ser adaptado consoante as condi??es, quer ao nível de material quer ao número de horas por aula e por período que o professor disp?e, consoante os objetivos definidos para a turma, e podendo até envolver outras disciplinas. (Siedentop, 2002).3.6 - Conhecimento Pedagógico do Conteúdo Na sua forma??o inicial o futuro professor de Educa??o Física deve adquirir uma base de conhecimentos. Shulman, Tardif e Raymond (cit. por Marcon, 2011, p. 76) “A base de conhecimentos se refere, pois, a um corpo de conhecimentos, concep??es e disposi??es construídas em diferentes momentos, em distintos contextos e por meio de diversas vivências do estudante-professor, ao longo das trajetórias pessoal, escolar, académica e profissional.” Marcon et al., 2010 (cit. por Marcon, 2011) refere que estes conhecimentos s?o requeridos para o ensino e tem influência na forma como o professor conduz o processo de ensino e aprendizagem. Grossman 1990 (cit. por Marcon, 2011) refere que a base de conhecimentos do professor deve integrar os conhecimentos do conteúdo, pedagógico geral, do contexto e pedagógico do conteúdo.Grossman 1990 (cit. por Martins, 2008) refere que o conhecimento do conteúdo (matéria), integra o saber acerca das estruturas sem?nticas e sintácticas dos conteúdos de ensino e aprendizagem, o conhecimento pedagógico geral, consiste no conhecimento e nas cren?as dosprofessores relativo às aprendizagens, aos alunos, os procedimentos de gest?o da aula e os conhecimentos relativos aos propósitos da educa??o, o conhecimento do contexto envolve o conhecimento sobre os alunos, a organiza??o e cultura da escola e o envolvimento comunitário. Por considerar o conhecimento pedagógico como fundamental para o ensino vou de seguida explorar esta dimens?o integrante da base de conhecimento do professor com mais profundidade do que as anteriores. Um exemplo para a import?ncia do conhecimento pedagógico do conteúdo, é o MED que representa um desafio maior para o professor uma vez que ele tem de conhecer mais a fundo a modalidade para poder abordá-la. Para que os alunos consigam atingir um bom nível táctico na situa??o de jogo que o MED implica, n?o basta os professores terem conhecimento sobre como ensinar as habilidades técnicas. Nesse sentido e para que as aulas sejam produtivas é fundamental que o professor possua um bom conhecimento pedagógico do conteúdo, para poder proporcionar uma prática que produza resultados, que proporcione boas experiências e uma evolu??o contínua do aluno, estabelecendo progress?es pedagógicas adequadas ao nível destes.O professor de Educa??o Física no exercício das suas fun??es tem que tomar decis?es sobre os conteúdos a lecionar. As decis?es a tomar devem ser refletidas, planeadas e justificadas com base no conhecimento declarativo (do conteúdo), pedagógico e do contexto (Ramos et al. 2008). Com o cruzamento destes tipos de conhecimento nasce o conhecimento pedagógico do conteúdo. Ramos et al. (2008, p. 165) com base em Ennis, 1994; Grossman, 1990; Shulman, 1987 refere que "O conhecimento pedagógico do conteúdo, por outro lado, é um tipo de conhecimento processual que permite ao professor fazer a adapta??o do conhecimento declarativo ao nível de compreens?o e desenvolvimento dos alunos. Ele é a combina??o do conhecimento declarativo com o entendimento pedagógico que o professor possui dos alunos dentro de um contexto específico e real de aula.” Marcon (2011, p. 94) refere que o conhecimento pedagógico do conteúdo segundo Grossman (1990) subdivide-se em quatro categorias que s?o o “conhecimentos dos propósitos para o ensino do conteúdo; curricular do conteúdo; das estratégias de ensino; e sobre a compreens?o dos alunos.”. Para um processo de ensino aprendizagem eficaz, o professor de Educa??o Física, deve ser capaz de perceber qual a necessidade e o fundamento de ensinar determinados conteúdos, ter conhecimentos teóricos sobre como ensinar esses conteúdos, organizar as progress?es de ensino vertical e horizontalmente, qual a melhor forma de ensinar e quais as estratégias mais adequadas para adotar mediante o contexto em que se insere ou seja mediante os alunos e as condi??es que tem para lecionar. A capacidade que o professor tem de gerir, transformar a matéria de ensino em algo que seja compreendido e adequado aos alunos que tem chama-se conhecimento pedagógico do conteúdo. (Marcon 2011). Ramos et al. (2008, p. 163) com base em Metzler (2000) refere que “o conhecimento pedagógico do conteúdo é o conhecimento sobre como ensinar um conteúdo ou tópico a um grupo específico de estudantes em um específico contexto.” O conhecimento pedagógico do conteúdo, apenas, é colocado em prática quando o professor se depara com uma situa??o real de ensino em que é obrigado a refletir, conjugando os quatro fatores acima referidos, transformando o conhecimento declarativo e pedagógico que adquiriu ao longo da sua forma??o académica e relacionando esse conhecimento com os objetivos do ensino veiculados nos programas de Educa??o Física, com o nível dos alunos que tem e com as condi??es de ensino, procurando transformar a matéria de ensino em algo perceptível pelos alunos proporcionando desta forma a que ocorra um processo de ensino aprendizagem eficaz e adequado ao contexto específico em que o professor encontra. Este tipo de conhecimento distingue um professor de um expert numa determinada área, uma vez que, o professor deve ser capaz de passar a informa??o de forma clara e adequada aos alunos. O conhecimento pedagógico do conteúdo vai-se desenvolvendo ao longo dos anos com a experiência que o professor vai adquirindo mediante a confronta??o com novas realidades.3.7 - Forma??o Inicial e necessidade de forma??o contínua dos professores de Educa??o FísicaA forma??o inicial que nos é proporcionada na Faculdade procura dotar-nos de um conjunto de conhecimentos teóricos e proporcionar-nos algumas experiências práticas que s?o consideradas fundamentais para o desempenho das nossas fun??es enquanto professores de Educa??o Física. Apesar da forma??o que nos é proporcionada procurar ser o mais abrangente possível, devido ao grande número de modalidades que existem no mundo do desporto, às condi??es que seriam necessárias para abordar todas as modalidades, ao tempo de forma??o que temos, ao conjunto de conhecimentos que é necessário para o domínio de uma determinada modalidade e às constantes altera??es do Programa Curricular de Educa??o Física, n?o é possível abordar todas as modalidades e jogos desportivos que est?o presentes no Programa Curriculares de Educa??o Física. Uma vez n?o tendo recebido forma??o sobre todas as modalidades que vem no Programa Curricular de Educa??o Física, para poder abordar essas modalidades de forma correta e de forma a poder proporcionar um ensino eficaz, torna-se necessário procurar forma??o sobre essas modalidades. A forma??o contínua também é importante no sentido de acompanhar a sociedade atual que está em constante mudan?a e nesse sentido os professores devem procurar formas inovadoras e diversificadas de ensino, novos modelos de aprendizagem que estejam de acordo com novos contextos pedagógicos (Cunha 2007).Loro et al., (2008, p. 282) refor?ando esta ideia referem que “No contexto educacional atual, inúmeras mudan?as vêm ocorrendo: científicas, tecnológicas e até mesmo paradigmáticas. Hoje, o professor, mais do que nunca, necessita atualizar-se constantemente para atender às necessidades educacionais escolares. Independente da área do conhecimento, os profissionais necessitam ser multifuncionais, competentes e estudiosos.”. “? imprescindível que o professor se mantenha atualizado e que continue investindo permanentemente na sua forma??o. Terá, ent?o, que inovar, diversificar e rever conceitos na tentativa de atender às necessidades educacionais escolares, inclusive, diante da globaliza??o, em que o acesso às informa??es é muito rápido. Assim, o professor necessita qualificar-se constantemente para tentar acompanhar essas transforma??es.” (Loro e tal., 2008, p. 283). Carrascosa (cit. por Loro et al. 2008 p. 282) relata que: “A forma??o de um professor é um processo a longo prazo, que n?o se finaliza com a obten??o do título de licenciado (nem mesmo quando a forma??o inicial tiver sido de melhor qualidade). Isso porque, entre outras raz?es, a forma??o docente é um processo complexo para o qual s?o necessários muitos conhecimentos e habilidades, impossíveis de serem todos adquiridos num curto espa?o de tempo que dura a Forma??o Inicial.”Silva (2000) com base em Formosinho refere que a forma??o contínua é algo que é sequencial, que é destinada a sujeitos já possuidores de forma??o inicial. Hargreaves 2002, (cit. por Loro et al., 2008 p. 282) referem que a “forma??o inicial é apenas o primeiro passo para a forma??o docente contínua.”. Para refor?ar a import?ncia da forma??o contínua dos professores, Silva (2000, p. 97) cita Formosinho quando este refere que “o aperfei?oamento dos professores tem finalidades individuais óbvias, mas também tem utilidade social. A forma??o contínua tem como finalidade última o aperfei?oamento pessoal e social de cada professor, numa perspectiva de educa??o permanente. Mas tal aperfei?oamento tem um efeito positivo no sistema escolar se se traduzir na melhoria da qualidade da educa??o oferecida às crian?as. ? este efeito positivo que explica as preocupa??es recentes do mundo ocidental com a forma??o contínua de professores.” Relativamente aos locais onde deve ser proporcionada, a forma??o contínua pode ser centrada na escola e nos locais de envolvimento ou nas institui??es de ensino superior. Ambas têm as suas vantagens e desvantagens apontadas por diferentes autores. “A forma??o contínua na lógica do diálogo entre institui??es de forma??o e a escola parece ser o desejado. Tal fato corresponderá a uma maior aproxima??o entre a teoria – centrada nas institui??es formadoras – e a prática – centradas nas escolas -, potenciando a investiga??o ligada às teorias e às práticas educativas – prática fundamentada e alimentada pela teoria e, por seu lado, a teoria enriquecida pela prática.” (Cunha, 2007, p. 99)A forma??o contínua também pode ser encarada numa perspetiva de grupo (co-forma??o) que tem por base a troca de ideias e experiências entre o professores de uma ou várias escolas e que pode ser muito produtiva e enriquecedora (Cunha 2007). A forma??o contínua vem consagrada na lei de bases do sistema educativo português, como um direito e um dever dos professores e que constitui uma condi??o de progress?o de carreira, Decreto-Lei n? 344/89 de 11 de Outubro (artigo 26?, n?4) e segundo esta, os seus objectivos fundamentais (artigo 26?, n? 1) s?o:a) melhorar a competência profissional dos docentes nos váriosdomínios da sua actividade;b) incentivar os docentes a participar activamente na inova??o educacional e na melhoria da qualidade da educa??o e do ensino;c) adquirir novas competências relativas à especializa??o exigidapela diferencia??o e moderniza??o do sistema o podemos observar, a lei portuguesa, vai ao encontro do que defendem os autores atrás mencionados entre outros, considerando a forma??o contínua, como fundamental para a melhoria da qualidade de ensino, que todos os professores devem procurar novas formas de ensinar e adquirir novas competências para além daquelas que foram adquiridas na sua forma??o inicial.3.8 - Estratégias de comunica??o e instru??o com vista a melhorar a qualidade do ensino Como poderemos ver neste ponto a comunica??o é um fator importante para o processo ensino aprendizagem, no sentido em que através da comunica??o poderemos influenciar positiva ou negativamente a prática criando uma bom clima nas aulas, um bom relacionamento com os alunos e motiva-los para a realiza??o das tarefas e das aulas. Para nos podermos fazer entender melhor, para além de utilizarmos várias estratégias estudadas e defendidas por diferentes autores, precisamos de perceber os nossos alunos e a forma como eles captam melhor a mensagem a transmitir. ? fundamental que sejamos capazes de adaptar a mensagem que queremos transmitir ao nível de compreens?o dos alunos, bem como de persuadir o aluno de forma a que este aceite e se envolva nas atividades propostas pelo professor. (Rosado & Mesquita 2009). Sarmento et al., 1998 (cit. por Oliveira, 2006) refere que toda a comunica??o n?o deve ser deixada ao acaso, deve sim, ser planeada previamente, mesmo tendo em conta que muitas situa??es de transmiss?o de informa??o s?o de difícil previs?o e planeamento, uma vez que durante a aula surgem inúmeros comportamentos e situa??es imprevistas e que levam o professor a ter de adaptar o que tinha previsto. Segundo Rosado e Mesquita (2009) a comunica??o surge com diferentes objetivos, o objectivo de informar os alunos, de controlo sobre os alunos seja ele ao nível de comportamento ou de envolvimento e compreens?o da(s) tarefa(s), de motivar os alunos para a realiza??o da(s) tarefa(s) e de expressar o que sentimos em rela??o ao desempenho do(s) aluno(s). Existem quatro momentos instrucionais típicos que contemplam objetivos diferentes. Esses quatro momentos s?o transmiss?o de informa??o no inicio da sess?o, a apresenta??o das tarefas motoras, o feedback pedagógico e o encerramento da sess?o. O início da sess?o “implica, genericamente, a concretiza??o de uma fun??o instrucional, motivacional, e organizacional” (Rosado & Mesquita 2009, p. 77), ainda segundo os mesmos autores com base em Siedentop (1991) as fun??es atrás mencionadas devem envolver as seguintes fases:Apresenta??o do objectivo da sess?o: tem como objectivo transmitir e clarificar os objetivos gerais da sess?o procurando motivar os alunos para a mesma. Relacionar a sess?o com as sess?es anteriores ou seguintes: deve-se procurar explicar as progress?es que existem entre as sess?es, para que os alunos sejam capazes de compreender “lógica global da forma??o e os objectivos mais gerais que persegue a sua actividade. Esta é uma forma de os manter interessados, de os tornar mais participativos, criando, indirectamente, condi??es de maior envolvimento nas actividades da sess?o.” (Rosado & Mesquita, 2009, p. 77)Apresentar os conteúdos propriamente ditos: serve para fazer uma síntese da matéria a ser abordada, introduzir matéria nova ou rever conteúdos já lecionados anteriormente.Apresentar as condi??es de realiza??o e as normas organizativas: é importante que os alunos percebam como vai ser organizada a aula para um bom desenrolar dos trabalhos.Controlar a compreens?o da informa??o: para ter a certeza que os alunos entenderam devidamente toda a informa??o transmitida pelo professor, devemos questiona-los com quest?es concretas sobre a informa??o transmitida.Rosado e Mesquita (2009, p. 79) com base em Rink (1994) referem que “entende-se por apresenta??o de tarefas motoras a informa??o transmitida pelo professor ou treinador aos alunos ou atletas durante a prática motora acerca do que fazer e como fazer.”.Siedentop (1991) refere que uma boa apresenta??o da tarefa surge quando os alunos compreenderam a informa??o transmitida e essa informa??o é suficiente para que estes possam realizar a tarefa tal como ela foi descrita. O mesmo autor refere também que uma apresenta??o eficiente da tarefa, significa que foi apenas utilizado, na sua apresenta??o, o tempo necessário para assegurar a melhor transmiss?o possível e compreensível aos alunos. A informa??o a transmitir deve conter os objetivos a alcan?ar, as tarefas a realizar para os atingir, critérios de êxito e de avalia??o, eventuais variantes ou adapta??es que possam existir, a import?ncia da tarefa a realizar, a organiza??o da tarefa no que diz respeito ao espa?o onde se vai desenrolar a tarefa, à forma??o de grupos (caso seja necessário), equipamentos necessários, tempo disponível para a realiza??o da tarefa e procedimentos de seguran?a. Para uma boa compreens?o por parte dos alunos e para o bom desenrolar da tarefa pedida, a informa??o transmitida pelo professor deve ser clara, o professor deve-se assegurar que os alunos compreenderam corretamente a informa??o transmitida, umas das estratégias para se assegurar de que a informa??o transmitida foi compreendida pode ser a coloca??o de quest?es aos alunos. A utiliza??o de palavras chave (devem ser adequadas quanto ao número, à qualidade e à validade em fun??o do conteúdo apresentado), a demonstra??o no local onde se vai realizar a tarefa, a utiliza??o de imagens ou de meios áudio visuais pode contribuir, de forma decisiva, para a melhor compreens?o da tarefa por parte dos alunos (Rosado & Mesquita 2009; Siedentop 1991).O feedback pedagógico “é definido como um comportamento do professor de reac??o à resposta motora de um aluno ou atleta, tendo por objectivo modificar essa resposta, no sentido da aquisi??o ou realiza??o de uma habilidade.” (Rosado & Mesquita 2009, p. 82). Soares (2008, p. 13) com base em Williams & Hodges (2005) refor?a a import?ncia do feedback pedagógico ao referir que “A sua emiss?o promove uma aprendizagem eficiente, assegura o correcto desenvolvimento da habilidade e influencia a motiva??o e persistência do praticante.” Esta ideia também é partilhada por Rink (1993). A qualidade do feedback depende em grande medida da capacidade de diagnóstico, da ac??o desenvolvida pelo aluno, por parte do professor e do conhecimento pedagógico do conteúdo que o professor possuí. O conhecimento pedagógico do conteúdo é fundamental para que possamos emitir feedbacks de forma clara, apropriados ao nível linguístico e de desenvolvimento dos alunos, de forma a que estes possam compreender o movimento que se pretende que eles atinjam. A utiliza??o da demonstra??o, do recurso a meios audiovisuais, ou, de outras formas de comunica??o, que n?o a comunica??o verbal por parte do professor, podem ser úteis e ajudar o aluno a uma melhor compreens?o da informa??o transmitida sobre o que é pretendido. Para se poder emitir feedbacks adequados, de qualidade, é necessário saber diagnosticar os erros do executante, perceber qual o principal erro que este cometeu na sua execu??o e que é o maior entrave à melhoria da sua performance. “O diagnóstico consiste na identifica??o do erro, na reflex?o sobre a sua natureza e import?ncia e na identifica??o das suas causas.” (Rosado & Mesquita 2009, p. 84). “? a qualidade deste processo de diagnóstico que vai determinar, em grande medida, a qualidade da interven??o e prescri??o que se lhe segue. A fase de prescri??o envolve a organiza??o de um feedback ou a indica??o de uma atividade motora que permita resolver essa insuficiência.” (Rosado & Mesquita 2009, p. 85). “De acordo com Rosado (1995), a organiza??o do feedback deve resultar de uma correcta gest?o de algumas variáveis, como sejam a quantidade de interven??es, o grau de especificidade dessas interven??es, o objectivo da interven??o, a forma, o momento, a direc??o e a rela??o deste com a informa??o anterior, e o modo de distribui??o, para citar algumas das variáveis mais importantes que têm vindo a ser estudadas.” (Rosado & Mesquita 2009, p. 88).Como referem Black & Weiss, 1992; Lacy & Darst, 1985 (cit. por Rosado & Mesquita, 2009, p. 89) O feedback deve ser emitido de forma positiva, “sendo uma estratégia importante no incremento de ambientes de aprendizagem favoráveis”. Rink (1993) considera que o feedback deve ser dado de uma forma positiva e que este n?o deve ser dirigido ao aluno pessoalmente mas sim à sua execu??o. Mesmo sendo considerado como benéfico emitir feedbacks de forma positiva é preciso ter cuidado para este n?o perder o seu efeito motivador, para tal, devemos variar a forma como o feedback é transmitido, de modo a que este continue a possuir um efeito motivador para o aluno. Para que o feedback produza efeitos positivos na aprendizagem ele deve possuir três características: ser específico, dar conhecimento ao aluno da sua performance ou resultado obtido com a realiza??o da tarefa e congruente. O feedback pode ser um feedback de conhecimento da performance (fornece informa??o centrada na execu??o dos movimentos) ou de conhecimento do resultado (fornece informa??o relativa ao resultado pretendido através da execu??o da habilidade). Quanto ao momento em que este é emitido, o feedback, pode ser concorrente (durante a realiza??o do movimento), terminal (após a realiza??o do movimento) ou retardado (surge com uma nova tarefa que visa melhorar o desempenho) (Rosado & Mesquita, 2009; Pieron, 1992). A emiss?o do feedback a seguir à execu??o do aluno é considerada mais vantajosa, uma vez que este poderá confrontar a informa??o recebida por parte do professor, com a perce??o que teve da sua própria execu??o estando ela, nesse momento, ainda muito presente na sua memória. Mesmo considerando importante transmitir o feedback logo a seguir à execu??o do movimento por parte do aluno, também é importante deixar o aluno executar o movimento algumas vezes após ter recebido o feedback de forma a dar espa?o ao aluno para “a realiza??o de auto-críticas em rela??o à própria performance.” (Rosado & Mesquita, 2009, p. 89). A informa??o contida no feedback, tem por objectivo, para além de informar se a execu??o do movimento foi correta ou incorreta (feedback avaliativo), pode transmitir o que fazer para o aluno melhorar o seu desempenho (feedback prescritivo) ou descrever, de forma positiva ou negativa, os detalhes do movimento do aluno para este perceber melhor o que o fez e o que pode melhorar (feedback descritivo) (Pieron, 1992). ? importante que o feedback emitido esteja ligado com situa??es de aprendizagem anteriores e com a informa??o transmitida na apresenta??o da tarefa, de forma a que o feedback possa também ser um refor?o da informa??o importante que foi transmitida inicialmente (congruência) (Rink, 1993). O efeito do feedback pode ficar comprometido se as tarefas propostas n?o forem adequadas ao nível de desenvolvimento que o aluno apresenta, ou seja, se as tarefas n?o forem potenciadoras de sucesso. O professor deve ser capaz de avaliar se o feedback emitido teve o efeito desejado com vista a melhoria da execu??o por parte do aluno. Caso o feedback n?o tenha surtido o efeito desejado, será importante tentar perceber o porquê, para poder emitir um novo feedback mais adequado e perceptível por parte do aluno. Por vezes a altera??o de uma tarefa para uma tarefa mais simplificada (caso seja possível e existam tarefas mais simples do que a que foi escolhida) tem melhor resultado do que a utiliza??o de feedbacks. O excesso de emiss?o de feedbacks pode criar dependência desviando o aluno da sua própria análise e consciencializa??o do movimento.Quanto à sua dire??o o feedback pode dirigido individualmente, a um grupo ou à turma conforme se o erro é individual ou comum a vários alunos. A emiss?o de feedbacks coletivos, também, pode ser utilizada para modelar comportamentos, utilizando para isso, o comportamento de um indivíduo que seja exemplar (Rink, 1993). Os feedbacks podem ser transmitidos pelo professor ou pelos colegas de turma/equipa. Com alunos jovens é aconselhado que o feedback seja emitido pelo professor, uma vez que, devido ao baixo domínio do conteúdo, os colegas n?o seriam capazes de emitir os feedbacks mais apropriados, ou seja os feedbacks emitidos poderiam n?o ser produtivos (Rosado & Mesquita, 2009). O “encerramento da sess?o deve ser organizado em torno de duas fun??es: uma fun??o de revis?o/consolida??o dos conteúdos leccionados, num alinhamento estreito com os objectivos e conteúdos de aprendizagem, e uma fun??o de motiva??o prospectiva.” (Rosado & Mesquita 2009 p. 92). A revis?o/consolida??o dos conteúdos pode ser efectuada através de instru??o directa ou questionamento aos alunos, com o objectivo de verificar se os aspectos fundamentais da sess?o foram retidos e compreendidos pelos alunos. ? também um momento para reformular aspectos essenciais e para fornecer um feedback individual e coletivo sobre o trabalho dos alunos durante a sess?o. De forma a motivar os alunos para as próximas sess?es devemos enquadrar a sess?o que terminou no conjunto das sess?es, lan?ar novos desafios, destacar situa??es das que ir?o aparecer nas sess?es seguintes e que possam ser do agrado dos alunos. O encerramento da sess?o pode ainda servir para tentar modificar comportamentos sociais, através da realiza??o de uma reflex?o conjunta ou individual, sobre o comportamento da turma, consoante os objetivos que pretendemos atingir. Os balan?os realizados no encerramento da sess?o devem ser “dominantemente positivos, refor?ando os comportamentos positivos verificados e o sentido de coes?o do grupo.” (Rosado & Mesquita 2009, p. 92). Realiza??o da prática profissional- Organiza??o e gest?o do ensino e da aprendizagem4.1.1 - A aplica??o do MEDNo decorrer do ano letivo, foi solicitado por parte do professor cooperante mestre Rui Pacheco, que os alunos estagiários abordassem uma unidade didática de uma modalidade colectiva seguindo os princípios do MED. Esta mudan?a de planos, na forma de abordar a modalidade colectiva que estava prevista para o segundo período, obrigou também a uma reformula??o do planeamento anual, uma vez que, para abordar a modalidade segundo o MED, era necessário disponibilizar um maior número de aulas, conforme sugere a bibliografia consultada. “As épocas desportivas substituem as unidades didácticas de curta dura??o porquanto o autor argumenta a insuficiência temporal destas para a consolida??o das aprendizagens, sendo a época desportiva estendida, pelo menos, por 20 aulas.”(Gra?a & Mesquita, 2007, p. 410). Esta n?o seria propriamente a primeira experiência que iria ter em abordar a modalidade de andebol segundo o MED, uma vez que na unidade curricular de ensino da Educa??o Física - didática de andebol, já tinha vivenciado esta experiência. Para poder preparar, de forma adequada, esta UD, consultei alguma bibliografia sobre o MED, para poder perceber melhor em que consistia este modelo de ensino, quais as suas vantagens e pontos a explorar. A participa??o no seminário realizado sobre o MED também foi importante, embora, este tenha aparecido num momento em que já estava a aplicar a UD. O professor cooperante também, contribuiu, fornecendo documentos para me ajudar a preparar a UD, bem como por diversas vezes nas reuni?es do núcleo de estágio deu sugest?es e promoveu a discuss?o para que os estagiários pudessem melhorar a sua presta??o no processo ensino aprendizagem segundo o MED. “No ponto número três foram debatidas e reflectidas as aulas leccionadas esta semana através do Modelo de Educa??o Desportiva pelos diferentes professores. Foram focados aspectos como a página do facebook, a import?ncia da sauda??o, a activa??o geral liderada pelos capit?es de equipa, o empenho e coopera??o intra-equipa, a realiza??o de um logótipo por equipa, a import?ncia dos papéis de n?o jogador, como o papel de árbitro e o desempenho real dessa fun??o.” (ata da reuni?o de núcleo de estágio do dia 26 de Janeiro de 2011). A minha prepara??o para este desafio, também passou pela pesquisa de bibliografia sobre o ensino do andebol, onde procurei relembrar e aprofundar os meus conhecimentos sobre a modalidade, de forma a estabelecer progress?es pedagógicas adequadas, ou seja, que permitissem o desenvolvimento a nível técnico e táctico dos alunos. Depois de conhecer melhor os princípios do MED e de relembrar e aprofundar os meus conhecimentos sobre a modalidade de andebol, desenhei a UD com 20 aulas. Uma das características do MED é que a última aula seja um evento culminante, um momento festivo, esta situa??o ficou prevista na planifica??o da UD. “Cada época tem um evento culminante e procura-se que seja revestido por um carácter festivo.” (Gra?a & Mesquita, 2007, p. 411) Este modelo de ensino também prevê a existência de um calendário competitivo de jogo, que devido ao nível tático e técnicno do alunos pode ser jogo reduzido. Este momentos foram previstos na UD. Para que os alunos pudessem compreender melhor o MED, uma vez que, este seria o primeiro contacto deste grupo de alunos com o modelo, para que fosse possível explicar e definir as tarefas a desempenhar pelos alunos, bem como formar as equipas, a primeira aula foi teórica. Para que fosse mais fácil a minha transmiss?o, explica??o e a compreens?o por parte dos alunos preparei uma apresenta??o, onde estavam sintetizadas as principais características do modelo, os papéis que os alunos teriam de desempenhar e em que consistiam esses papéis. Com esta forma de transmiss?o tentei persuadir (segundo Rosado e Mesquita, 2009, é uma quest?o fundamental para que os alunos se envolvam melhor nas tarefas) e motivar os alunos para a prática, objetivo que penso ter sido atingido, uma vez que, durante a apresenta??o desta nova forma de abordar uma modalidade, os alunos mostraram-se entusiasmados e interessados com a ideia. “Durante a aula teórica foi explicado aos alunos como funcionava o modelo de educa??o desportiva, foram distribuídas algumas tarefas e definidas as equipas e os capit?es de equipa. Foram ainda transmitidas algumas regras de andebol. Durante a apresenta??o os alunos mostraram-se entusiasmados e motivados para esta nova forma de abordar uma modalidade.” (reflex?o da aula número 41 e 42). Aproveitei também essa aula teórica para transmitir aos alunos algumas informa??es sobre a modalidade de andebol, tais como, as regras básicas da modalidade, os sinais de arbitragem e a forma como se iria desenrolar a competi??o dentro da turma. Apesar de ter consciência de que os alunos iriam receber muita informa??o de uma só vez e que isto poderia causar dificuldades aos alunos, no que diz respeito à reten??o destas infirma??es, achei que seria mesmo necessário transmiti-las naquele momento para que os alunos pudessem come?ar logo nas primeiras aulas a desempenhar o papel de árbitro e a terem cuidado com o cumprimento das regras de jogo. Estes conteúdos transmitidos, foram posteriormente refor?ados no decorrer das aulas. Para que os alunos pudessem estar mais esclarecidos sobre a modalidade, as suas regras básicas e sinais de arbitragem, foram disponibilizadas na reprografia as informa??es transmitidas na aula de apresenta??o. As equipas foram definidas com base no nível de disponibilidade motora demonstrada pelos alunos durante o primeiro período. Os capit?es de equipa foram escolhidos com base nos alunos que foram identificados como os líderes da turma e que tinham demonstrado maior disponibilidade motora. A primeira grande dificuldade nas aulas foi conseguir que os alunos do sexo masculino cooperassem com os alunos do sexo feminino e aceitassem as dificuldades destas. Os alunos n?o estavam habituados a realizar a prática e a ter de cooperar com elementos do sexo feminino. Para contrariar isto, no decorrer das aulas fui tentando transmitir aos alunos a import?ncia de estes cooperarem entre si em prol do sucesso da equipa, tentando mostrar que todos tinham o direito de participar, de aprender, iriam ser úteis nas situa??es de competi??o, uma vez que, a equipa precisaria que todos os alunos evoluíssem e atingissem um bom nível, para poderem ganhar os jogos que viriam a realizar. “No final da aula houve uma pequena reuni?o com os capit?es de equipa e jornalistas. Foi transmitido aos capit?es de equipa que deveriam ajudar os alunos do sexo feminino e motiva-los, para que na altura da competi??o pudessem ser úteis à equipa.” (reflex?o das aulas número 47 e 48). Esta rela??o foi melhorando com o decorrer das aulas. Outra dificuldade encontrada foi conseguir com que os alunos respeitassem as decis?es dos colegas que estavam a fazer a fun??o de árbitro. Para evitar conflitos, procurava estar sempre atento aos jogos que estavam a decorrer, estando perto dos alunos que estavam a arbitrar procurando auxiliá-los nesta tarefa. Mesmo quando eu apoiava a decis?o do aluno que estava a arbitrar e explicava ao aluno infractor a infra??o cometida, havia contesta??o por parte dos alunos. Penso que este fato se deve ao que os alunos assistem nos espetáculos desportivos em Portugal, independentemente da modalidade, bem como às notícias que saem nos jornais desportivos ou os comentários nos programas desportivos transmitidos na televis?o. Ao longo das aulas, com o aumento do conhecimento dos alunos sobre as regras da modalidade e com as minhas constantes interven??es, a frequência destes comportamentos foi reduzindo mas nunca desapareceu. “Depois de um comportamento positivo na última aula e de ter conversado com os alunos no inicio da aula, os alunos voltaram a reagir mal à derrota e a situa??es de adversidade da equipa. No final das situa??es de jogo, tive uma conversa com os alunos referindo que o comportamento deles teria de mudar, correndo o risco de suspender ou terminar de vez com este tipo de aulas. Os alunos disseram que iam mudar o seu comportamento.” (reflex?o das aulas 59 e 60). Existiram duas aulas em que os alunos chegaram a confrontar-se verbal e fisicamente, tendo sido necessário intervir de forma a acalmar os alunos intervenientes. “Esta situa??o levou a que ocorresse uma situa??o de confronto verbal e físico entre as alunas Ana Silva e Joana Oliveira. O professor foi separar as alunas, a aluna Paula foi expulsa da aula e a aluna Daniela Oliveira ficou sentada junto do professor estagiário Ricardo Araújo e do Professor Cooperante Mestre Rui Pacheco.” (reflex?o das aulas número 65 e 66). Tendo em conta a bibliografia consultada para evitar a ocorrência deste tipo de problemas procurei usar estratégias preventivas. No início das aulas, procurava consciencializar os alunos de forma a evitar a ocorrência deste tipo de problemas, procurando fazer ver aos alunos que eles n?o eram aceitáveis, uma vez que os alunos precisam de se respeitar mutuamente, nem benéficos para o clima da aula e para a aprendizagem. “O professor transmite alguns conteúdos da matéria a abordar na aula. O professor tem uma conversa com os alunos sobre o respeito pelos colegas e pelas regras.” (plano de aula 69 e 70). Segundo Siedentop et al. (2004) um dos objetivos do MED é desenvolver a capacidade para tomar decis?es sensatas em situa??es de conflito no desporto. O mesmo autor considera que a resolu??o destes problemas é vista como uma oportunidade para os alunos e tornarem mais maduros.Para tornar esta experiência o mais aproximada possível de tudo o que envolve a filia??o e participa??o numa equipa e em competi??es desportivas, foram criadas tabelas classificativas que eram atualizadas após cada aula, fichas de jogo, calendário competitivo, foram assinados contratos com os capit?es de equipa de modo a que estes assumissem e estivessem conscientes das suas responsabilidades, cada equipa definiu o seu nome, criou o seu logótipo e o sua sauda??o, foi criada uma página no facebook, onde foram colocados os resultados dos jogos e as entrevistas realizadas pelos jornalistas aos jogadores. De forma a poder envolver outras disciplinas, combinei com o professor de educa??o tecnológica que os alunos, dentro da medida do possível, elaborassem os troféus a atribuir, no final da época, nas suas aulas. O professor gostou da ideia e mostrou-se disponível para colaborar. Este troféus foram entregues no evento culminante. Apesar de terem ocorridos alguns problemas durante as aulas, penso que a experiência foi positiva. Os alunos iam para as aulas motivados, empenhavam-se na realiza??o dos exercícios de treino, adquiriram e aprenderam a valorizar a import?ncia de preparar o organismo para a prática e da exercita??o em situa??es de jogo simplificadas, melhoraram as rela??es de coopera??o entre eles, aprenderam a respeitar as dificuldades dos colegas. Estas evolu??es constatadas, penso que também se devem ao efeito de várias conversas que tive no momento de encerramento da sess?o com todos os alunos e com os capit?es de equipa. O fato de a modalidade escolhida para o primeiro contato dos alunos com MED, ter sido uma modalidade coletiva invasiva, n?o facilitou a coopera??o e a participa??o de elementos do sexo feminino, mas com o decorrer das aulas esta situa??o foi melhorando. Outra prova de que os alunos gostaram deste modelo de ensino, foi o fato de estes terem pedido para que o modelo fosse aplicado novamente no terceiro período, na abordagem à modalidade de futebol. A principal desvantagem da aplica??o do MED na minha turma foram mesmo as rea??es dos alunos perante momentos de adversidade, ideia esta também compartilhada pelo professor cooperante. “Respectivamente ao ponto número três, o professor cooperante come?ou por dar a sua opini?o relativamente ao Modelo de Educa??o Desportiva referindo que este tem muitas vantagens, mas que também as suas desvantagens, como por exemplo a forma violenta que os alunos reagem quando s?o colocados numa situa??o de stress.” (acta de reuni?o de núcleo de estágio número 24). No final da UD, no momento da avalia??o pude comprovar o que já me vinha apercebendo, que foi que o nível da organiza??o e compreens?o do jogo por parte dos alunos aumentou, bem como o domínio das habilidades técnicas. Isto revela que o processo foi positivo e benéfico para os alunos neste sentido.4.1.2 - A abordagem à patinagemCarrascosa (cit. por Loro et al. 2008 p. 3) relata que: “ (…) a forma??o de um professor é um processo a longo prazo, que n?o se finaliza com a obten??o do título de licenciado (nem mesmo quando a forma??o inicial tiver sido de melhor qualidade). Isso porque, entre outras raz?es, a forma??o docente é um processo complexo para o qual s?o necessários muitos conhecimentos e habilidades, impossíveis de serem todos adquiridos num curto espa?o de tempo que dura a Forma??o Inicial.”Tal como referi anteriormente a forma??o na institui??o de ensino que frequento procura ser o mais abrangente possível, no entanto, esta n?o me proporcionou forma??o sobre a modalidade de patinagem. Esta modalidade, está presente no programa curricular de Educa??o Física e pelo que foi transmitido no início do ano letivo pelo professor cooperante, no momento da elabora??o do plano anual da disciplina, teríamos de a abordar, sendo que esta modalidade já tinha alguma tradi??o na escola e tem tido grande aceita??o por parte dos alunos em anos anteriores.O fato de ter praticado hóquei facilitou-me um pouco a tarefa, porque sabia patinar, tinha facilidade em exemplificar os movimentos que pretendia que os alunos executassem, bem como já tinha passado por uma progress?o pedagógica para aprender a patinar e da qual ainda me lembrava. Mesmo já tendo uma experiência anterior, procurei recolher sugest?es para abordar a modalidade junto do professor cooperante, uma vez que ela já tinha experiência no ensino da modalidade, e recorri também à consulta de alguma bibliografia que me elucidasse sobre as progress?es de ensino adequadas para o desenvolvimento dos meus alunos. A tarefa foi um pouco dificultada porque os alunos apresentavam níveis iniciais muito diferenciados. Esta situa??o obrigou-me a prever exercícios, ou adapta??es aos exercícios inicialmente previstos, para que fossem motivadores para os alunos mais evoluídos.Durante as aulas, para aumentar o empenhamento motor dos alunos, para poder proporcionar o maior número tempo de prática possível e para motivar os alunos na realiza??o dos exercícios, utilizei diferentes formas de organiza??o dos exercícios. Utilizei uma estratégia em que os alunos realizavam um circuito em volta do pavilh?o e em determinadas áreas que estavam delimitadas tinham de executar as habilidades pretendidas. “Os alunos realizam um circuito onde tem de realizar avi?o, quatro e carrinho a dois pés nos pontos delimitados pelos sinalizadores.” (Plano de aula número 92). “A estratégia passou por realizar um circuito em que os alunos tinha de realizar as habilidades nos locais delimitados. Os alunos gostaram desta estratégia, estavam mais motivados para a prática e tiveram um bom tempo de empenhamento motor.” (reflex?o da aula número 92). Esta primeira estratégia trazia vantagens, uma vez que, os alunos estavam constantemente a exercitar o patinar em frente e em determinados locais, exercitavam as habilidades pretendidas, ou seja, havia um maior tempo de empenhamento motor na aula. No entanto, com o passar das aulas, fui-me apercebendo que os alunos já n?o executavam com tanta frequência, quanto era desejado e estava planeado, as habilidades solicitadas pelo professor. “Como na aula anterior a estratégia de montar um circuito tinha motivado os alunos para a prática, voltei a prever novamente para esta aula a realiza??o de um circuito. No entanto os na aula de hoje o empenho e motiva??o dos alunos já n?o foi t?o grande, tendo sido notória a diminui??o do número de repeti??es por alguns alunos. Esta situa??o terá de ser repensada de forma a que estes possam executar o maior número de repeti??es possíveis para que haja evolu??o na execu??o.” (reflex?o da aula número 93 e 94). Assim sendo, passei para outra estratégia, em que a exercita??o das habilidades e o momento de execu??o das mesmas era dirigido por mim. “Os alunos colocam-se na linha lateral de andebol e partem ao sinal do apito do professor, quando o professor apitar pela segunda vez os alunos realizam meia-volta e de seguida o professor apita novamente e os alunos voltam a realizar meia-volta. Repetem o exercício 5x.” (Plano de aula número 96 e 97). Esta estratégia, n?o proporcionava um tempo de empenhamento motor t?o grande como a primeira estratégia, mas, a qualidade das execu??es melhorou e para alguns alunos aumentou o número de execu??es. A experiência para mim foi positiva, por me ter posto à prova as minhas capacidades, me ter obrigado a procurar novos conhecimentos e por ter experienciado a lecciona??o de uma nova modalidade que nunca tive a oportunidade de abordar anteriormente e assim sendo saí desta experiência melhor preparado para o meu futuro enquanto professor de Educa??o Física. 4.1.3 - Dificuldades e solu??es encontradas no controlo da disciplina na turmaOliveira (2002) com base em Patton(1981), Wilson (1981), Gotzens (1986) e Henkel (1991) refere que a disciplina na sala de aula é importante para que o processo ensino/aprendizagem se realize, seja o melhor e mais eficaz possível e para o bom funcionamento da aula. Tendo em conta esta teoria e uma vez que pretendo que a qualidade e as condi??es de ensino que desejo proporcionar aos meus alunos seja a melhor possível, era fundamental controlar a disciplina na sala de aula.Após um primeiro contacto com a turma pude constatar que a turma, para além de ser grande, tem alunos muito perturbadores e que est?o pouco habituados ao cumprimento de regras. Assim sendo a minha primeira grande preocupa??o e dificuldade que esperava encontrar na realiza??o da prática, era conseguir controlar a turma, fazer com que eles me ouvissem e respeitassem as regras por mim impostas. Esta foi a minha primeira experiência enquanto único professor a lecionar Educa??o Física na escola. Apesar de ter tido outras oportunidades de lecionar esta disciplina durante a minha forma??o, nomeadamente no segundo semestre do primeiro ano do 2? Ciclo em Ensino de Educa??o Física nos Ensinos Básico e Secundário, na disciplina de didática específica do desporto, estas situa??es, foram sempre situa??es facilitadoras e na minha opini?o um pouco irreais, uma vez que estava mais que um professor a lecionar a disciplina ao mesmo tempo, ou ent?o, esta era lecionada aos nossos colegas de turma, o que facilitava sempre o controlo da disciplina na turma. Na minha experiência anterior enquanto treinador de voleibol, o controlo da disciplina também era mais facilitado, porque os alunos estavam motivados para treinar, ao contrário do que por vezes acontece na aula de Educa??o Física. Tal como sugere a bibliografia consultada, procurei estabelecer logo na primeira aula algumas rotinas de funcionamento da aula e regras de comportamento que seriam aceites, para que houvesse um bom clima e funcionamento das aulas, tentando reduzir o tempos de gest?o, possibilitando deste forma mais tempo para tarefas de empenhamento motor que possibilitassem a ocorrência de aprendizagem. “3. Defini??o de algumas regras e normas de comportamento dentro e fora das aulas, e na rela??o com o professor e colegas; 4. Distribui??o do regulamento da disciplina;” (Plano de aula 1 e 2) Um bom sistema de tarefas de gest?o e as boas estratégias de disciplina, criam um bom ambiente e condi??es necessárias para que ocorra aprendizagem (Siedentop, 1991). Num primeiro momento e com o objetivo de corrigir os comportamentos inapropriados a longo prazo, tentei corrigir os comportamentos que considerava como inapropriados, através da consciencializa??o dos alunos para o fato de o comportamento deles n?o ser adequado a uma sala de aula, explicando o porque desse comportamento n?o ser adequado. Com isto procurava que os alunos corrigissem o seu comportamento, n?o por mera obediência mas por entenderem que de fato aquele comportamento n?o é adequado, desenvolvendo desta forma a sua moral e tentando com que eles passem a agir de acordo com esta, tal como sugere a bibliografia consultada.Para Oliveira (2002) com base em Siedentop(1983), a forma como o professor atua perante um comportamento considerado de inapropriado, pode ajudar o aluno a retificar o seu comportamento, entendendo o porquê do seu erro e passar agir de acordo com a sua obriga??o moral, ou agir simplesmente para n?o ser punido, sem desenvolver a sua moral e a perce??o do porquê daquele comportamento ser inapropriado. A mesma autora com base em Marshall (1984) e em Henkel (1991) refere que o fato de punir um aluno pelo comportamento inapropriado, vai fazer com que este n?o o repita e atue apenas por mera obediência, permitindo simplesmente ao professor resolver os problemas no imediato e n?o a longo prazo. Estas corre??es de comportamento eram realizadas no momento em que o aluno se comportava de forma inapropriada. A corre??o era muitas vezes refor?ada no encerramento da sess?o, em que ficava a conversar com os alunos, refor?ando o que lhes tinha transmitido no momento em que se comportaram inadequadamente. “No final da aula tive uma pequena conversa com o aluno Jo?o Silva explicando-lhe que teria de melhorar o seu comportamento, a respeitar os colegas e as regras da aula de forma a poder aproveitar melhor as aulas de Educa??o Física. O aluno reconheceu que o seu comportamento n?o era o melhor e que iria tentar muda-lo.” (reflex?o das aulas número 7 e 8). Contudo esta solu??o n?o me possibilitava resolver os problemas no imediato. Os alunos reconheciam o erro cometido, mas pouco tempo depois ou nas aulas seguintes voltavam a cometer o mesmo erro. Ent?o procurei adotar uma nova estratégia, que consistia em punir o aluno quando este tinha comportamentos inadequados. Esta estratégia ao princípio trouxe alguns resultados, mas mesmo assim n?o estava convencido que seria a estratégia mais eficaz. Assim sendo comecei a utilizar as duas estratégias em conjunto tentando explorar as vantagens de cada uma. Esta solu??o encontrada foi aquela que me deu melhores resultados, foi a que melhor se adequou aos alunos da minha turma. Demorei algum tempo até chegar esta solu??o, o que me provocou algumas dificuldades no controlo da disciplina da turma durante do ano. No entanto, a partir do momento em que comecei a adotar esta estratégia, a disciplina na turma come?ou a melhorar e as aulas come?aram a ter um melhor ambiente, tendo havido uma redu??o drástica nos comportamentos inadequados por parte dos alunos mais perturbadores.4.1.4 - Import?ncia da comunica??o durante as aulas e dificuldades encontradas O professor tem necessidade constante de comunicar com os alunos no decorrer da aula. Segundo Rosado e Mesquita (2009) a comunica??o surge com diferentes objetivos, o objectivo de informar os alunos, de controlo sobre os alunos seja ele ao nível de comportamento ou de envolvimento e compreens?o da(s) tarefa(s), de motivar os alunos para a realiza??o da(s) tarefa(s) e de expressar o que sentimos em rela??o ao desempenho do(s) aluno(s). Sarmento et al., 1998 (cit. por Oliveira, 2006) refere que toda a comunica??o n?o deve ser deixada ao acaso, deve sim, ser planeada previamente, mesmo tendo em conta que muitas situa??es de transmiss?o de informa??o s?o de difícil previs?o e planeamento, uma vez que durante a aula surgem inúmeros comportamentos e situa??es imprevistas e que levam o professor a ter de adaptar o que tinha previsto. Durante a prepara??o das aulas que lecionei tive sempre o cuidado de preparar cuidadosamente os momentos em que tinha de comunicar com os alunos. Estavam sempre previstos no plano de aula todos os momentos instrucionais típicos, em que é necessário comunicar com os alunos. Essa previs?o, ia, desde a informa??o a transmitir aos alunos no início das sess?es, à apresenta??o das tarefas motoras, aos feedbacks e às informa??es a transmitir no encerramento das sess?es (anexo 2). Logicamente que em muitas ocasi?es tive de adaptar as informa??es que tinha previsto. O início da sess?o, tal como sugere a bibliografia consultada, procura dar a conhecer aos alunos no que ia consistir a sess?o, em relaciona-la com as sess?es anteriores e em motivar os alunos para a sess?o. No momento da apresenta??o das tarefas de motoras, procurava transmiti-las de forma clara e no menor tempo possível, para que isso se tornasse mais fácil, estas situa??es estavam devidamente descritas no plano de aula. Durante a apresenta??o das tarefas motoras, para além de transmitir os objetivos e a organiza??o da tarefa, procurava exemplificar a tarefas no local e nas condi??es em que os alunos a iam realizar e fornecia sempre palavras chave para refor?ar os aspetos críticos da tarefa. As palavras chave previstas no plano de aula, serviam de referência para a emiss?o dos feedbacks pedagógicos. Logicamente que estas só seriam usadas, ou n?o, mediante a observa??o do desempenho do aluno por parte do professor. Nos momentos de encerramento da sess?o, procurei sempre dar um feedbacks coletivo e por vezes individual aos alunos sobre o seu desempenho durante a sess?o, tentando motiva-los para as sess?es seguintes e corrigir aspetos menos positivos ocorridos durante a sess?o. Nestes momentos, também, procurei transmitir informa??es importantes para a(s) sess?o(?es) seguinte(s).Com o decorrer do estágio, percebi a import?ncia de ser capaz de me exprimir de forma clara, com linguagem adequada aos alunos, para que estes me compreendessem. Percebi, também, que a capacidade de persuas?o por parte do professor, é importante para motivar os alunos para a realiza??o das tarefas. A minha maior dificuldade na comunica??o com os alunos, residiu precisamente na minha capacidade de persuas?o e foi um dos aspetos que procurei melhorar ao longo do ano letivo. Apesar de sentir que melhorei um pouco neste aspeto, sinto que ainda preciso de adquirir mais experiência. 4.2 - Participa??o na EscolaA minha participa??o na escola, enquanto estagiário, n?o se restringiu apenas a lecionar aulas à turma que tinha à minha responsabilidade. Considerando que hoje em dia o professor, para além de lecionar, tem um vasto conjunto de tarefas a desempenhar na escola, para que a minha experiência fosse mais abrangente e enriquecedora, enquanto professor, eu também estive envolvido noutras tarefas que marcaram o ano letivo na escola.Assim sendo, organizei ou cooperei com a organiza??o das seguintes atividades:Organiza??o de uma competi??o de jogos aniza??o do Corta Mato escolar.Acompanhamento dos atletas apurados à participa??o no Mega SprinterOrganiza??o dos torneios inter-turmas do segundo períaniza??o do torneio inter-turmas de futebol no terceiro períodoPara que seja perceptível o trabalho que desenvolvi nestas atividades, passo de seguida a fazer um pequeno resumo sobre o meu empenho e colabora??o nestas atividades.Na escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio, pelo que nos foi transmitido no momento da planifica??o anual e das atividades a desenvolver na escola, os jogos tradicionais, eram uma atividade já com alguma implementa??o e tradi??o na escola. Esta atividade, assumia a import?ncia de mostrar aos mais jovens um pouco da cultura portuguesa, das atividades que a popula??o realizava nos tempos livres. Estes jogos, costumavam ser incluídos nos festejos do dia de S. Martinho. Nesse dia, da parte da manh?, os alunos estavam dispensados das aulas, costumavam juntar-se no pavilh?o polidesportivo ou no espa?o exterior (conforme as condi??es climatéricas) e realizavam-se as competi??es de jogos tradicionais entre as turmas. Este ano letivo, tal n?o foi possível, uma vez que, no dia de S. Martinho n?o houve interrup??o das aulas. Como forma de contornar o fato de as aulas n?o terem sido interrompidas e de poder proporcionar na mesma uma competi??o interturmas, havia a possibilidade de os alunos competirem com os alunos das outras turmas que tinham Educa??o Física ao mesmo tempo. No entanto, no caso da minha turma, tal n?o faria muito sentido, porque a turma que teve a aula ao mesmo tempo que a minha era uma turma de 5? ano, o desnível entre as equipas iria ser significativo, tornando a competi??o desinteressante. Assim sendo, organizei a competi??o dentro da própria turma, dividindo os alunos em quatro equipas mistas. Para tornar a prova mais motivante, criei fichas de registo dos resultados obtidos e formas de pontua??o para as provas, para ser possível definir a classifica??o final das equipas organizadas. Os jogos tradicionais escolhidos foram, o jogo de saltar à corda, corrida de sacos, corrida de pés atados e jogo da cadeirinha. De referir que para os alunos se poderem preparar para os jogos , foram previstas no plano periódico, aulas destinadas à introdu??o e exercita??o dos jogos tradicionais. Nestas aulas, para além dos jogos selecionados para o dia da competi??o, os alunos também puderam tomar contacto com outros jogos.No final da atividade penso que os alunos gostaram de participar, esta proporcionou uma aula diferente com mais momentos lúdicos, de coopera??o e espírito de grupo. No que diz respeito à organiza??o do corta-mato escolar, em reuni?o do núcleo de estágio, ficou definido que o principal organizador desta atividade seria o estagiário Ricardo Araújo. Apesar de a principal responsabilidade pela organiza??o desta atividade n?o ser minha, estive sempre ativo e presente na organiza??o, lan?ando e discutindo ideias com os colegas e o professor cooperante, Mestre Rui Pacheco, partilhando experiências anteriores em organiza??es de atividades semelhantes, promovi a participa??o na prova junto dos alunos, ajudei na delimita??o do percurso da prova, na elabora??o das tabelas de classifica??o, na organiza??o listas de participantes, no pedido de apoios para a realiza??o da prova e na organiza??o do decorrer da prova. De forma a preparar os meus alunos para esta atividade e a que eles tomassem conhecimento do percurso a realizar, na última aula antes da atividade, realizamos uma corrida de resistência percorrendo o percurso do corta-mato. Penso que a organiza??o da prova foi boa, tivemos um bom número de participantes, conseguimos alguns dos apoios que eram considerados pela organiza??o como importantes para o desenrolar da mesma e n?o ocorreram problemas graves no decorrer da prova, tendo mesmo recebido feedbacks positivos por parte de alguns alunos.A minha primeira atividade, extra aulas, no segundo período foi cooperar no acompanhamento dos alunos ao Mega Sprinter. O principal responsável por esta atividade era o professor Feliciano e o meu papel era ajudá-lo na organiza??o e controlo dos alunos no dia da prova. Esta atividade imputava uma grande responsabilidade, uma vez que, nós éramos responsáveis pelos alunos num espa?o fora da escola. Como tinha alunos que se apuraram para esta atividade, procurei incentiva-los a participar e tive sucesso nessa tarefa, uma vez que os mesmos compareceram no dia da atividade. Durante a prova, o convívio entre os alunos foi muito positivo e todos afirmaram terem gostado de participar na mesma. Os resultados obtidos foram positivos, tendo em conta as expetativas iniciais dos professores. Assim sendo, penso que mais uma vez o balan?o da atividade é positivo. A mim pessoalmente, permitiu-me tomar contacto com esta atividade pela primeira vez, experiência que gostei bastante. Ainda no segundo período, conforme ficou definido em reuni?o do núcleo de estágio, eu fiquei como o principal responsável de organizar os torneios interturmas de basquetebol, andebol e voleibol, para os alunos do 7?, 8? e 9? ano respectivamente. Os alunos dos CEF participaram no torneio de voleibol. Mais uma vez, as minhas experiências anteriores em organiza??o de torneios foram uma mais valia para me facilitar a organiza??o destes torneios. Primeiro procurei saber das condi??es que dispunha, ao nível de espa?o de horários para organizar os torneios de forma a poder programar devidamente as atividades. Uma das particularidades dos torneios interturmas deste ano era que o torneio deveria ser misto. Esta decis?o, foi influenciada pelo fato de os alunos estagiários estarem a abordar as modalidades do torneio nas suas turmas seguindo o MED, bem como, para facilitar e promover a participa??o feminina neste torneios, que por norma era reduzida. Para divulgar a prova foram produzidos cartazes, que foram colocados em vários pontos da escola, que foram considerados estratégicos (pontos por onde os alunos passam regularmente) pelo núcleo de estágio. No pavilh?o polidesportivo, foram colocados em anexo aos cartazes de promo??o dos torneios, os regulamentos das diferentes competi??es, para que os alunos pudessem tomar conhecimento. Os professores das diferentes turmas, também, ficaram responsáveis de promover o torneio, organizar e inscrever equipas das respetivas turmas. Para facilitar o processo de inscri??o, foram elaboradas fichas de inscri??o, que foram colocadas numa capa em conjunto com os regulamentos, na sala do pavilh?o destinado aos professores e ao auxiliar de educa??o responsável pelo pavilh?o. Depois de ter recebido todas as inscri??es, foi elaborado um calendário de provas, para que os alunos soubessem quando iriam competir. O dia do torneio foi o último dia de aulas do segundo período. Nesse dia, os alunos estavam dispensados das aulas, para poderem participar nos torneios interturmas, na feira e exposi??o que estavam a ser desenvolvidas ao mesmo tempo. Dado o fato de estar a decorrer a feira e exposi??o ao mesmo tempo, foi necessário fazer alguns ajustes nas equipas, o que n?o impediu a realiza??o do torneio dentro dos horários previstos e sem incidentes dignos de registo. Os alunos participaram com um espírito de fairplay e estiveram empenhados em dar o seu melhor para poder ajudar a sua equipa a vencer. Os objetivos de promo??o da atividade física, de convívio, de espírito de fairplay foram atingidos. A maior participa??o no torneio, n?o foi possível, uma vez que, alguns alunos estavam requisitados para assegurar o funcionamento da feira que estava a decorrer. O fato das equipas serem mistas, teve efeitos positivos na participa??o de alunos do sexo feminino, no entanto, foi uma condicionante para a forma??o de mais algumas equipas, por falta de elementos do sexo feminino. Penso que se as outras turmas, que n?o as dos professores estagiários e cooperante, também tivessem abordado as modalidades seguindo o MED, a participa??o feminina e a aceita??o desta participa??o e coopera??o com elas, por parte dos alunos do sexo masculino, teria sido maior.No terceiro período, coube a responsabilidade de organizar o torneio interturmas de futebol ao estagiário Paulo Tiago Monteiro. Para além de ter estado presente no dia do torneio, para ajudar ao desenrolar do mesmo, a minha coopera??o na prepara??o do mesmo, foi de dar sugest?es para a organiza??o, fornecer fichas utilizadas nos torneios do segundo período, de forma a que estas fossem adaptadas para o torneio de futebol, promover e incentivar à participa??o no torneio juntos dos meus alunos, bem como inscrever a equipa para participar. Para este torneio, decidiu-se que as equipas n?o seriam mistas, tendo havido um torneio masculino e outro feminino. Os alunos participaram de forma entusiasta, prova disso, é que mesmo depois de ter terminado o torneio das turmas de sétimo e oitavo ano, estes quiseram continuar a jogar futebol nos espa?os vazios.Estas atividades práticas foram importantes numa perspetiva de desenvolver o prazer, o gosto pela atividade física (fora das aulas de Educa??o Física), a participa??o em torneios amigáveis, de promover, entre outros aspectos, o espírito de grupo dentro das diferentes turmas, o fair-play e a competitividade. Estas experiências, também, foram positivas para mim, na medida em que fique a perceber como funcionavam algumas atividades nas quais nunca tinha participado e acrescentou experiência à minha capacidade de organizar e cooperar na organiza??o de atividades desportivas no ?mbito escolar.Para além das atividades desportivas, também, participei noutras tarefas que fazem parte das responsabilidades dos professores, que foram as seguintes: Participa??o nas reuni?es de conselho de turma.Participa??o nas reuni?es do departamento de Educa??o Física.Participa??o nas reuni?es do núcleo de estágio.A participa??o nestas reuni?es foi importante para poder perceber melhor como funciona a escola, a avalia??o dos alunos, o papel do director de turma, as burocracias e leis das quais temos de tomar conhecimento para a realiza??o do papel do diretor de turma, as rela??es de coopera??o que é preciso estabelecer com outros professores de forma a atingir os objetivos educacionais da escola, aprender e ouvir conselhos dos professores mais experientes e discutir sobre problemas da educa??o e da Educa??o Física e sobre a organiza??o de atividades.4.3 - Rela??es com a comunidade4.3.1 - Atividades na escola com vista a promo??o da atividade física“A educa??o opera-se na família, na escola e na comunidade” (Cunha, 1997, p. 152).Com base nesta ideia de Cunha (1997) idealizei uma atividade que envolvesse a família, a escola e a comunidade, atividade essa, que tem em vista a promo??o de um estilo de vida ativo.Os professores de Educa??o Física, segundo os objetivos tra?ados no Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico, têm o dever de promover o gosto pela atividade física e a ado??o de um estilo de vida ativo. Os professores de Educa??o Física e a escola, na procura de se envolverem com a comunidade envolvente, podem desenvolver projetos que visem promover a atividade física. Esta promo??o de um estilo de vida ativo, para além de ter como o alvo os alunos da escola, também pode ter como alvo os pais ou encarregados de educa??o por exemplo. As escolas em Portugal disp?e de espa?os desportivos com qualidade suficiente para desenvolver atividades que envolvam os alunos da escola e a comunidade envolvente. Numa perspetiva de contribuir para a sensibiliza??o de alunos e familiares para as vantagens de adotar um estilo de vida ativo, os professores de Educa??o Física poderiam desenvolver atividades desportivas que envolvessem a participa??o conjunta de alunos e familiares. Estas atividades, para além de ajudarem a atingir os objetivos atrás mencionados, também seriam benéficas para a rela??o pais, encarregados de educa??o e filho, educandos, pois, estes estariam a realizar atividades lúdicas que envolvem coopera??o entre pais, encarregados de educa??o e filhos, educandos e momentos de divers?o em conjunto. Estas atividades, poderiam passar por simples torneios de jogos desportivos coletivos, jogos tradicionais, ou atividades na natureza como por exemplo corridas de orienta??o. Tendo em conta a realidade da escola onde realizei o Estágio Pedagógico, tinha idealizado uma atividade que envolvesse jogos tradicionais, introduzidos no percurso de uma corrida de orienta??o. A op??o sobre estas duas atividades, deve-se ao fato de aquando estas duas modalidades foram abordadas nas aulas de Educa??o Física, foram muito bem aceites e houve empenho por parte dos alunos nestas aulas. Outra vantagem deste tipo de atividade, seria a facilidade de envolver as restantes disciplinas curriculares do 8? ano, colocando quest?es relacionadas com diferentes disciplinas ao longo dos postos de controlo. Também seriam colocadas quest?es que sensibilizassem os encarregados de educa??o e os alunos para a ado??o de estilos de vida saudáveis. Para além dos fatores referidos, seria uma atividade relativamente fácil de organizar, pois, a escola disp?e de todos os materiais necessários para realizar a atividade. Para que fosse possível a participa??o de todos nesta atividade, ela teria de ser realizada ao fim de semana, fora daquele que teoricamente seria o horário de trabalho da maioria dos encarregados de educa??o. No entanto, isso teria o inconveniente de ser necessária a presen?a dos professores de Educa??o Física e de auxiliares de educa??o na escola durante o fim de semana. 4.3.2 - Promo??o da prática desportiva dos alunos nos clubes locaisApós a análise dos questionários que entreguei aos alunos no início do ano letivo reparei que a maioria dos alunos n?o praticava nenhuma modalidade desportiva de forma regular.Tal como já deixei expresso neste documento, como acredito que a prática desportiva confere inúmeros benefícios aos jovens e como o incentivo a prática desportiva regular é uma miss?o do professor de Educa??o Física, tentei mudar um pouco esta realidade. Para tal, fiz uma pesquisa para tomar conhecimento da oferta desportiva em Le?a do Balio e em freguesias vizinhas, uma vez que, na análise dos questionários, pude verificar que a maioria dos alunos residia na área envolvente à escola e assim sendo, seria mais fácil eles poderem deslocar-se para os clubes da área envolvente à escola. Outra solu??o encontrada para que os alunos pudessem praticar desporto regularmente foi motivá-los a participar na equipa de desporto escolar existente na escola, na modalidade de futsal. Na pesquisa que realizei encontrei os seguintes clubes: Padroense Futebol Clube (futebol e andebol)Grupo desportivo de Le?a do Balio (Futebol)ADRA – Associa??o Desportiva Recreativa do Araújo (futsal)Uni?o Desportiva Cruzeiro de Santana (futsal)O Grupo Desportivo S?o Sebasti?o (futsal e snooker)Associa??o Académica de S. Mamede (voleibol m/f, andebol, triatlo, aulas de nata??o e ténis)F.C. Infesta (Futebol e Andebol)Depois de conhecer os clubes existentes na área envolvente à escola e a oferta de modalidades nesses clubes, procurei incentivar os alunos a experimentarem praticar alguma modalidade que fosse do seu agrado e para as quais estes tivessem demonstrado aptid?o durante as aulas de Educa??o Física. Para os incentivar, procurei transmitir-lhes algumas das vantagens que a prática regular de um desporto e de atividade física poderia trazer para eles. Logo no primeiro período, enquanto estávamos a abordar a modalidade de voleibol, conversei com duas alunas, que com decorrer das aulas come?aram a gostar de praticar a modalidade e manifestaram esse mesmo gosto. Tendo em conta que eram duas alunas que n?o praticavam nenhuma modalidade, procurei incentiva-las a experimentar alguns treinos na Associa??o Académica de S. Mamede. “No final da aula falei com algumas alunas que demonstraram mais interesse na modalidade para ver se estavam interessadas em experimentar treinar voleibol num clube federado. As alunas mostraram-se receptivas à ideia” (reflex?o da aula número 16). Forneci-lhes algumas informa??es sobre os horários e local de treino e elas come?aram a ir treinar regularmente a esse clube. Poucas aulas depois, consegui motivar uma outra aluna e mais duas alunas de outra turma a experimentar os mesmos treinos. No segundo período penso que devido ao fato de termos abordado a modalidade de andebol segundo o MED, alguns alunos come?aram a aperceber-se do que era estar numa equipa, do que era fazer parte de um grupo, o que acabou por me facilitar a tarefa de motivar os jovens a experimentarem filiar-se e praticar essa modalidade ou outra de seu agrado num clube. Tal como referem Siedentop et al. (2004), um dos objetivos do MED é que os alunos se envolvam no desporto fora da escola. Assim sendo, consegui que dois alunos come?assem a praticar andebol, também, na Associa??o Académica de S. Mamede. Um outro grupo de três alunos, inscreveu-se na equipa de futsal da escola, para participar no campeonato de desporto escolar.Posto isto, penso que tive sucesso na minha ac??o de incentivar os jovens a praticar desporto com regularidade, a compreenderem os benefícios a nível pessoal, social e de saúde, que isso lhes poderia trazer, cumprindo assim, um dos objetivos da disciplina de Educa??o Física na escola. Armstrong (1990) faz referência a um modelo integrativo entre educa??o física e desporto. O autor defende que através da coopera??o entre professores de Educa??o Física e os clubes locais, é possível ajudar os alunos a procurar uma prática desportiva fora da escola de acordo com as suas capacidades e gostos.4.4 - Desenvolvimento Profissional4.4.1 - Forma??o continua Carrascosa (cit. por Loro et al. 2008 p. 282) relata que: “A forma??o de um professor é um processo a longo prazo, que n?o se finaliza com a obten??o do título de licenciado (nem mesmo quando a forma??o inicial tiver sido de melhor qualidade). Isso porque, entre outras raz?es, a forma??o docente é um processo complexo para o qual s?o necessários muitos conhecimentos e habilidades, impossíveis de serem todos adquiridos num curto espa?o de tempo que dura a Forma??o Inicial.”Silva (2000, p. 97) cita Formosinho quando este refere que “o aperfei?oamento dos professores tem finalidades individuais óbvias, mas também tem utilidade social. A forma??o contínua tem como finalidade última o aperfei?oamento pessoal e social de cada professor, numa perspectiva de educa??o permanente. Mas tal aperfei?oamento tem um efeito positivo no sistema escolar se se traduzir na melhoria da qualidade da educa??o oferecida às crian?as. ? este efeito positivo que explica as preocupa??es recentes do mundo ocidental com a forma??o contínua de professores.”Como se pode observar ao longo do documento, a procura de novos conhecimentos, foi uma constante durante todo o meu estágio pedagógico. Essa necessidade, adveio do esquecimento de algumas matérias aprendidas durante a minha forma??o inicial, da falta de forma??o em algumas modalidades que tive de lecionar, da necessidade de procurar conhecimentos mais aprofundados do que aqueles que adquiri. Esta procura de novos conhecimentos foi realizada através de pesquisas na biblioteca e na internet. A forma??o contínua, também, pode ser encarada numa perspetiva de grupo (co-forma??o), que tem por base a troca de ideias e experiências entre o professores de uma ou várias escolas e que pode ser muito produtiva e enriquecedora (Cunha 2007). A troca de opini?es com a professora orientadora de estágio, com o professor cooperante, com os colegas de estágio e com outros profissionais de educa??o física, também foi importante e permitiu-me aprofundar os meus conhecimentos (co-forma??o). O meu objetivo e obriga??o, enquanto professor de Educa??o Física, era proporcionar aos meus alunos uma forma??o com qualidade. Uma vez que n?o possuía conhecimentos sobre todas as matérias de ensino, devido às dificuldades encontradas e à capacidade de reconhecer os meus pontos fracos enquanto professor no decorrer da prática, senti necessidade de aprofundar conhecimentos nas áreas que vêm abordadas no ponto número três e sobre como lecionar patinagem entre outras. O principal momento de busca de novos conhecimentos e de revis?o dos conhecimentos adquiridos foi, no momento de elabora??o do MEC. Devido a este documento, ser o documento onde tenho de colocar todo o meu conhecimento declarativo e processual, para planear adequadamente a minha prática, era necessário, estar bem preparado e informado sobre as modalidades a abordar. Caso contrário, poderia cometer erros que seriam prejudiciais ao desenvolvimento, a todos os níveis, dos alunos. Esta busca por novos conhecimentos permitiu-me melhorar o desempenho das minhas fun??es e ajudou-me a resolver os problemas encontrados no decorrer da minha prática. Sempre estive consciente da import?ncia desta busca contínua por conhecimento e com o desenrolar do estágio , aprendi a dar ainda mais valor a esta quest?o.4.4.2 - Import?ncia das reflex?es sobre a aulaA capacidade de auto-crítica, de pensar nos aspetos positivos e negativos da prática, é uma forma de o professor evoluir na sua realiza??o prática. Ao refletir sobre a sua presta??o, ao ter necessidade de encontrar justifica??o, para as decis?es tomadas, o professor vai rever os conhecimentos teóricos que possui e procurar novos conhecimentos, de forma a, reformular a sua prática ajustando-a à realidade específica em que leciona. Este processo vai permitir ao professor melhorar o seu desempenho, ou seja, vai permitir que ele se adapte à realidade em que está inserido e evolua enquanto professor. A realiza??o das reflex?es da aula eram uma das minhas obriga??es enquanto professor estagiário. Para além de uma obriga??o a elabora??o destas reflex?es era fundamental, uma vez que era mais um momento de reflex?o sobre a minha a??o enquanto professor. Estas reflex?es permitiam-me tirar conclus?es sobre se os conteúdos determinados para aquela aula foram adequados, se os exercícios escolhidos permitiram aos alunos um elevado TPA, se o meu desempenho enquanto professor foi bom. As reflex?es serviam também para preparar as próximas aulas, no sentido de que se os objetivos das aulas anteriores n?o tivessem sido cumpridos, iria ter de reformular o meu planeamento. “No exercício de 2x2+apoio+gr os alunos ainda revelaram algumas dificuldades em conseguir criar uma situa??o de superioridade numérica. Este terá de ser uma aspecto a corrigir nas próximas aulas.” (reflex?o das aulas 56 e 57). Este excerto do relatório das aulas 56 e 57, expressa esta preocupa??o em analisar o desempenho dos alunos, tentado perceber o que n?o correu como o previsto de forma a retificar nas aulas seguintes. 4.4.3 - A forma??o com o professor cooperanteA co-forma??o foi um aspeto importante para o meu desenvolvimento enquanto profissional de educa??o física. Uma das pessoas que mais contribuiu para a minha co-forma??o foi o professor cooperante Mestre Rui Pacheco. Ele já possuía alguns anos de experiência enquanto professor, já era professor há alguns anos na escola E.B. 2/3 de Le?a do Balio, já conhecia os alunos da turma que eu ia lecionar, por isso foi um grande apoio para mim durante toda a minha caminhada.O professor, tal como era seu dever, observou todas as aulas por mim lecionadas, ou seja, conhecia todas as minhas dificuldades, os erros por mim cometidos durante a minha prática, bem como, as minhas virtudes. As reflex?es sobre a minha presta??o, enquanto professor, ocorriam sempre no final das aulas (fazia sempre uma síntese do aspetos mais importantes da aula) e nas reuni?es semanais do núcleo de estágio, que decorriam à quarta feira. As reuni?es de núcleo de estágio eram o principal local onde o professor cooperante procurava dar mais conselhos, corrigir os nossos erros e elogiar, refor?ar as nossas virtudes ou melhorias de desempenho. Quando tive de lecionar patinagem, o professor cooperante, deu uma grande ajuda, através da transmiss?o de experiências anteriores, uma vez que ele já tinha lecionado por várias vezes esta modalidade e indicando-me onde poderia encontrar informa??es relevantes, que me ajudariam a estruturar a prática.Durante todo o ano ele esteve sempre disponível para me apoiar, para corrigir e me ajudar a construir a prática, os meus desempenhos e as maiores dificuldades. A nossa rela??o, durante todo o ano, foi sempre uma rela??o franca e de respeito, o que permitiu que houvesse um bom clima durante a realiza??o do estágio, que foi fundamental para o meu desenvolvimento, para me manter motivado e empenhado e que ajudou ao meu desenvolvimento enquanto professor. 5. Conclus?o5 - Conclus?oA realiza??o deste estágio pedagógico para além do culminar da minha forma??o, foi o momento mais alto desta e o meu primeiro passo rumo ao meu futuro enquanto professor. Este último ano da minha forma??o, teve especial import?ncia, um vez que, me permitiu por em prática todos os conhecimentos adquiridos. Mais do que permitir por em prática os conhecimentos adquiridos, pude associar as quest?es teóricas à prática. Ao confrontar-me com a realidade e com o problemas de ensino, acabei por valorizar mais todos os aspetos teóricos da minha forma??o académica, mesmo aqueles que n?o considerava serem muito importantes. Este ano de estágio, também, veio a por a “nu” algumas das minhas dificuldades, na realiza??o do processo ensino aprendizagem. Para tentar vencer estas dificuldades, procurei obter mais conhecimentos sobre estas quest?es. Para isso socorri-me de bibliografia que se reporta-se aos problemas que eu senti. Para além da bibliografia, procurei discutir os problemas com o professor cooperante, professor orientador, com outros profissionais da área e com os meus colegas estagiários. Penso que no final consegui melhorar a minha presta??o enquanto professor e que este, também, era um dos objetivos do estágio pedagógico. Apesar de ter melhorado em alguns aspetos e de ter adquirido experiência neste estágio, penso que ainda tenho um longo caminho a percorrer e aspetos a melhorar no futuro. Este estágio veio refor?ar a necessidade, que já sentia, de procurar forma??o contínua. A procura de forma??o contínua será uma grande mais valia para no futuro poder vir a desempenhar as fun??es de professor o melhor possível, forncendo uma forma??o de qualidade aos meus futuros alunos.Durante o ano letivo em que decorreu o estágio pedagógico, tive uma turma à minha responsabilidade, embora sempre com a supervis?o do professor cooperante, o que até ent?o nunca tinha acontecido. Esta experiência, permitiu-me verificar a import?ncia que um professor pode ter na forma??o dos alunos. A qualidade da forma??o proporcionada aos alunos, os valores que o professor consegue transmitir e a forma como consciencializa os alunos para adotarem esses valores para a vida, vai ter impacto futuro na sociedade. “A educa??o dirige-se à forma??o integral da pessoa e, consequentemente, ao bem da sociedade de que o homem faz parte” (Cunha, 1997, p. 150). No entanto, esta responsabilidade n?o cabe única e exclusivamente aos professores e à escola, uma vez que, a família também tem um papel importante na educa??o. “Na reside um papel educativo essencial: dela depende a defini??o do quadro de referência primário para a prática educativa. A estrutura nuclear da personalidade dos filhos contrói-se no seio da família.” (Cunha, 1997, p. 148). Este ano de estágio permitiu-me ter a consciência de que o Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico, é desajustado à realidade que encontramos. O fato de abordar muitas modalidades por ano letivo, pode ser benéfico para os alunos, uma vez que ficam a conhecer várias modalidades, podendo desenvolver gosto por estas. No entanto, o tempo disponível para abordar cada modalidade, é curto para que os alunos possam atingir o nível que é pretendido que atinjam, no Programa Curricular de Educa??o Física (reajustamento) do 3? Ciclo do Ensino Básico. Penso que, para o bem da Educa??o Física em Portugal, este problema deve ser discutido e o programa deveria ser reformulado.Esta experiência, permitiu-me perceber os desafios que me esperam no futuro, quando conseguir coloca??o num estabelecimento de ensino para lecionar Educa??o Física. Neste momento, tendo em conta o atual estado de sobrelota??o do mercado de trabalho nesta área, penso que ainda vai demorar algum tempo para que isso aconte?a. No entanto vou procurar manter-me motivado para que no futuro possa vir a desempenhar esta profiss?o, uma vez que, apesar das dificuldades encontradas, gostei muito desta experiência e continuo a gostar de transmitir conhecimento aos mais novos. Referências Bibliográficas6 - Referências BibliográficasArmstrong, N. (1990). New directions in physical education Volume 1. Champaign: Human Kinetics.Cunha, A. (2007). A Educa??o Física em Portugal. Os desafios na forma??o de professores. Porto: Editora Estratégias Criativas.Cunha, P. (Coord.). (1997). Educa??o em debate. Lisboa: Universidade Católica Editora.Farinatti, P., & Ferreira, M. (2006). Saúde, promo??o da saúde e educa??o física: conceitos, princípios e aplica??es. Rio de Janeiro: Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.Fallé, T. M. S. (1998). Sociedade, valores e educa??o física estudo de um caso: O concelho de Santa Maria da Feira. Porto: T. Fallé. 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