Existem atualmente 3 padrões de transmissão digital no mundo



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Uma Introdução à TV Digital

Petrônio Moura Sabino

Recife, Fevereiro de 2007

Resumo

Esta monografia é o resultado de um breve estudo sobre TV digital. Veremos uma descrição junto com as características desse sistema e os padrões existentes no mundo. Serão apresentados o padrão escolhido pelo Brasil e as implicações com esta escolha. Por fim, serão descritos o impacto do sistema na sociedade e as perspectivas futuras dessa tecnologia.

Sumário

Capítulo 1 – Introdução...............................................................................................1

Capítulo 2 – Entendendo TV Digital...........................................................................2

2.1 O que é TV Digital?..............................................................................................2

2.2 Características e padrões.......................................................................................2

2.3 Padrão adotado no Brasil......................................................................................3

2.4 Considerações Finais............................................................................................4

Capítulo 3 – Conclusão................................................................................................4

Referências Bibliográficas.........................................................................................5

Capítulo 1 – Introdução

A maior vantagem do sistema de TV digital é o avanço na qualidade da imagem. Ao contrário da TV analógica, onde a qualidade depende da força do sinal, mesmo as televisões digitais de sinal relativamente fraco terão uma imagem de alta qualidade. Em muitos casos a imagem será tão boa como se tivessem acabado de sair do estúdio.

Isso significa que você não lidará com cores diferentes, chiados e fantasmas na sua tela. Com a TV Digital, a imagem é a melhor que pode ser ou não aparece nada de fato.

Possuir uma TV digital significa aproveitar ao máximo os detalhes de uma cena. Nosso atual sistema analógico de tv é limitado à cerca de 480 linhas de visibilidade da imagem de baixo pra cima. Ao contrário, televisões de alta definição vão de 720 a 1080 linhas de formação da imagem. TVs Digitais são maiores e mostram mais informações.

Capítulo 2 -Entendendo TV Digital

Neste capítulo iremos mostrar um pouco do que é a TV Digital, seus padrões, características e o padrão adotado pelo Brasil.

2.1 – O que é TV Digital?

A TV Digital é um sistema de transmissão em bits, ou seja, diferente da TV analógica onde o som e a imagem são transmitidos por ondas eletromagnéticas, a transferência é digitalizada, da mesma forma que um computador [2]. Isso garante uma melhor qualidade na reprodução de vídeos e sons. Não tem meio termo na definição da imagem, ou ela chega perfeita ou não chega.

Outro ponto positivo é a quantidade de canais que podem ser vistos na TV aberta: cerca de 150. Além disso, a TV pode ser utilizada para acessar a internet, já que dados podem trafegar pelo mesmo sistema. A interatividade também faz parte disso. O telespectador poderá interagir com o que estiver assistindo, seja selecionando um angulo de vista diferente ou assistindo capítulos anteriores da novela. Os dados são transmitidos para o receptor de uma só vez. Então o usuário pode interagir com os dados que estão armazenados no seu receptor. Novos dados só são recebidos se um novo pedido de atualização for executado [2].

A transição da TV Analógica para a Digital será aos poucos. Elas conviverão juntas até que a população mude totalmente de sistema. Por lei, as emissoras serão obrigadas a fornecer o serviço nos dois meios durante essa fase. Quem não possuir uma TV compatível e não quiser ainda trocar por uma digital poderá comprar um decodificar que transforme o sinal digital-analógico, com perda da qualidade.

2.2 - Características e padrões

Existem atualmente três padrões de transmissão digital no mundo [2]: O ATSC (Advanced Television Systems Committee), o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial) e o DVB-T (Digital Video Broadcast Terrestrial). Testes realizados com os três sistemas informaram que o melhor padrão é o ISDB-T, seguido pelo DVB-T e por último o ATSC. Esta última colocação se deve ao fato deste sistema ser mais sensível a interferências. Países como os EUA, Canadá, México e Coréia do Sul adotaram este padrão. O primeiro lugar foi adotado pelo Japão e o segundo, pelos demais paises que já possuem o sistema digital de TV.

Estes padrões se diferenciam pela forma das imagens serem codificadas, ou seja, com a qualidade da imagem antes e depois da codificação. O padrão americano pretende substituir o atual NTSC para TV aberta. O padrão DVB-T, adotado largamente na Europa, transmite imagens e sons digitais usando codificação MPEG-2 de acordo com a figura 2.1.

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Figura 2.1 - Wikipedia

No padrão japonês, que também utiliza codificação MPEG-2, além de transmissão de áudio e vídeo, também é possível conexões com a internet, seja por uma LAN, linha telefônica, celular ou rede-sem-fio.

2.3 - Padrão adotado no Brasil

O Brasil optou pelo padrão japonês de TV Digital (ISDB-T), depois de analisar os outros dois sistemas, por achar que este trará mais vantagens para as redes de comunicação brasileiras e por também permitir maior tempo de adaptação digitalizada [3]. Este tempo maior de duração favorece o consumidor, que não precisará efetuar troca de aparelhos nas pressas ou compra de decodificadores.

Boa parte dessa escolha se deve também à pressão feita pelas redes de TV nacionais que viam uma oportunidade de crescimento com o ISDB-T. Em contrapartida, as operadoras de telefonia preferiam o padrão europeu, por permitir sua participação na área de conteúdo, mas os europeus não ofereciam as mesmas iniciativas que o Japão.

Em último lugar na escolha, o padrão americano apresenta maior índice de interferências e o governo dos EUA não se dispuseram a instalar fábricas no Brasil, que hoje são praticamente montadoras, importando as peças necessárias à montagem das TVs.

O outro lado dessa escolha é um gasto maior por parte da população na transição. Por ser um sistema de melhor qualidade e ser usado apenas no Japão, os conversores custam mais caros do que seriam se a escolha fosse o padrão europeu, que está em uso em mais de 50 países, gerando uma larga escala de fabricação das peças.

A interatividade vai longe com este padrão. Ele pode ser acessado por dispositivos móveis como celulares e PDAs. A TV Digital poderá ser vista até em veículos em movimento [3].

2.4 – Considerações Finais

A TV será um novo marco como foi a TV há meio século atrás. Todos os setores sofrerão mudanças e melhorias com esse novo sistema. O modelo de transição brasileiro exige que as emissoras usem um segundo canal para transmitir digitalmente, mantendo o modelo tradicional até que a grande maioria da população tenha aderido, logo, ninguém pense que a transmissão analógica será esquecida em um prazo tão pequeno. Calcula-se que 10 anos sejam necessários. Nos EUA apenas 12% da população já se adaptou à TV digital e lá o processo foi iniciado em meados de 97. O prazo final americano para total alteração do sistema é abril de 2009.

Capítulo 3 – Conclusão

A TV digital veio para ser mais um ponto forte na história do entretenimento e inclusão social. A transição será longa e terá várias implicações no mercado, desde compra e venda de aparelhos até grandes empresas brigando pela disputa de quem terá o melhor conteúdo para o telespectador.

Os estudos para a implementação do modelo digital no Brasil começaram em 1998, ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso como presidente. Com Luís Inácio Lula da Silva na presidência da República, ficou decidido que o País desenvolveria a sua própria tecnologia de transmissão e recepção, mas depois foi acertada a escolha pelo padrão Japonês, logo, já temos um bom caminho andado para que a transição ocorra sem mais demoras.

As TVs por assinatura já se preparam para concorrer com as emissoras abertas depois que começarem a transmitir com sinal digital. A estratégia é investir em interatividade com os telespectadores e acelerar a oferta de imagens de alta definição.

Referencias Bibliográficas

|[1] |EVANS, Brian. Understanding digital TV the route to HDTV . New York: IEEE Press, c1995.. 242 p. |

|[2] |Torres, G. TV Digital. Disponível em . Acesso em 28 nov. 2006. |

|[3] |Folha OnLine. Especial TV Digital. Disponível em . Acesso em: |

| |28 nov. 2006. |

|[4] |INTERVOZES – Coletivo Brasil de Comunicação Social. TV Digital: princípios e propostas para uma transição baseada no |

| |interesse público. Disponível em . Acesso em 28 nov. 2006 |

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