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COLÉGIO ESTADUAL “JOÃO XXIII”

ALUNO (a):__________________________________________________, Nº ________

Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

site:

e-mail: givaldogeohistoria@

“A História é o estudo orientado cientificamente que analisa o passado e suas relações com o tempo presente, buscando linhas de ação (transformação) para o futuro”. Lucien Febvre

Ribeirópolis –SE

2011

2º ANO

SUMÁRIO

1 – Esquema dos conteúdos do primeiro bimestre ............................................................................... 03

2 – Esquema dos conteúdos do segundo bimestre ...............................................................................08

3 – Esquema dos conteúdos do terceiro bimestre ................................................................................ 11

4 – Esquema dos conteúdos do quarto bimestre .................................................................................. 13

5 – Questões referentes ao primeiro bimestre ...................................................................................... 17

6 – Questões referentes ao segundo bimestre ..................................................................................... 21

7 – Questões referentes ao terceiro bimestre ....................................................................................... 25

8 – Questões referentes ao quarto bimestre ......................................................................................... 28

9 – Questões de História de Sergipe .................................................................................................... .33

10 – Questões do ENEM ....................................................................................................................... 35

9 – Anexos (mapas) .............................................................................................................................. 41

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

* PRIMEIRO BIMESTRE:

- Revolução inglesa do século XVII;

- O Movimento iluminista europeu;

- Movimentos Nativistas e Pró-Independência do Brasil;

- A Revolução Industrial;

- O Pensamento Liberal;

* SEGUNDO BIMESTRE:

- A Revolução Francesa;

- A Era Napoleônica;

- Insurreição pernambucana;

- Os Estados Unidos no século XIX;

- A Unificação Italiana e Alemã;

* TERCEIRO BIMESTRE:

- A Crise do Sistema Colonial e a Independência Política do Brasil e 1º império;

- A Emancipação Política de Sergipe;

- Regências: reformas e revoltas;

- 1848: Revoluções na Europa e a Praieira no Brasil;

* QUARTO BIMESTRE:

- Segundo Império: economia, política e sociedade;

- Cultura e sociedade em Sergipe no século XIX. A mudança da capital de Sergipe 1855;

- O Imperialismo e o Neocolonialismo;

- A Crise do Escravismo, o Movimento Abolicionista e a Transição para o Trabalho Livre no Brasil;

- A Crise do Império e a Implantação da República: Brasil e Sergipe.

“O principal objetivo da educação é ensinar as pessoas a pensar com autonomia”.

Kant

Bom estudo!!

HISTÓRIA

SEGUNDA SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

Profº Msc. Givaldo Santos de Jesus

site:

e-mail: givaldogeohistoria@

ESQUEMA DOS CONTEÚDOS

PRIMEIRO BIMESTRE

I - REVOLUÇÕES INGLESAS DO SÉCULO XVII

1 - A Inglaterra no Início do Século XVII

- A Dinastia Tudor.

* A Inglaterra desfrutava uma situação de grande prosperidade, graças à política mercantilista (comércio de lã e manufaturas somadas à pirataria).

- A alta burguesia:

* Acesso à corte;

* Recebiam concessões mercantis da coroa para formar monopólios e em troca apoiavam a monarquia.

- A nobreza da terra:

* Apoio à monarquia absolutista;

* Os cercamentos.

- O auge do absolutismo inglês: governos de Henrique VII, Henrique VIII e Elizabeth I).

2 – Contradições do Absolutismo Inglês

- O crescimento numérico da burguesia:

* A monarquia não conseguia mais assegurar o acesso de toda a classe às companhias monopolistas que realizavam o comércio externo;

* Ingresso da nova burguesia no setor manufatureiro no campo (indústria doméstica).

- A Dinastia dos Stuarts:

* A luta da nova burguesia pela eliminação do absolutismo e a substituição do mercantilismo pelo liberalismo econômico.

- A situação dos camponeses:

* As altas de preços e os cercamentos;

* A miséria e a migração do campo para as cidades;

* As leis contra a vagabundagem e mendicância criadas pela coroa;

* As rebeliões camponesas.

3 – Religiões e Classes Sociais na Inglaterra do Século XVII

- As religiões como veículo de expressão de interesses políticos das classes sociais:

* Católicos e anglicanos – favoráveis à monarquia absolutista;

* Presbiterianos e puritanos (Calvinistas) – favoráveis à Monarquia Parlamentar.

4 – A Dinastia Stuart e a Crise do Absolutismo

- A morte de Elisabeth I, 1603:

* Jaime I da Escócia assume o trono;

* A formação do Reino Unido da Grã-Bretanha (Inglaterra, Irlanda e Escócia).

- Jaime I:

* Ausência de habilidade política;

* Teimosia inarredável e grande erudição.

- Obs.: Esses atributos acima lhe valeram a seguinte avaliação por parte de Henrique IV, rei da França – “ Jaime I é o imbecil mais sábio de toda a cristandade”.

* Jaime I desencadeou violenta perseguição aos católicos e calvinistas visando fortalecer o absolutismo pela consolidação da religião anglicana;

* imposição de uma péssima política fiscal e tributária criando novos impostos e aumentando os já existentes.

- A Magna Carta e o Parlamento (dissolução do parlamento em 1614).

- A crise do Absolutismo, morte de Jaime I e a sucessão de seu filho Carlos I.

- O governo de Carlos I:

* Jovem e hábil;

* O juramento da Petição de Direitos;

* A tentativa de anglicanizar a igreja Presbiteriana Escocesa.

- A Guerra Civil:

* O exército dos cavaleiros;

* Os cabeças redondas;

*vitória dos cabeças redondas e a execução de Carlos I

* A Proclamação da República.

5 – A República Puritana

- República burguesa liderada por Oliver Cromwell.

- Atos de navegação: hegemonia marítima inglesa.

- Dissolução do Parlamento.

- A ditadura de Cromwell.

- Restauração monárquica.

6 – A Restauração Stuart

- Governos de Carlos II e Jaime II.

- Impasse entre parlamento (protestante) e monarquia (católica).

7 – A Revolução Gloriosa

- Guilherme de Orange e a Revolução Gloriosa.

- Dinastia dos Hannover: Moderno parlamentarismo.

8 – Conseqüências:

* Participação da burguesia nas decisões políticas;

* Substituição do mercantilismo pelo liberalismo econômico.

II – O MOVIMENTO ILUMINISTA EUROPEU

- Introdução: Chamamos de iluminismo o movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII. Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a idéias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas idéias julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas.

- Características Principais:

O iluminismo é deísta, isto é, acredita na presença de Deus na natureza e no homem e no seu entendimento através da razão. É anticlerical, pois nega a necessidade de intermediação da Igreja entre o homem e Deus e prega a separação entre Igreja e Estado. Afirma que as relações sociais, como os fenômenos da natureza, são reguladas por leis naturais. A credita que o Homem é naturalmente bom e nascem todos livres e iguais e o objetivo central dos governantes era garantir os direitos naturais dos homens, ou seja, a liberdade, a igualdade e a propriedade privada.

- O Iluminismo combatia:

* O absolutismo monárquico;

* O mercantilismo;

* O poder da igreja.

- O Iluminismo defendia:

* Igualdade;

* Tolerância religiosa e filosófica;

* Liberdade pessoal e social;

* Propriedade privada.

- A nova mentalidade burguesa (o Iluminismo)

- A emergência do Iluminismo:

* O auge do absolutismo no século XVIII e suas contradições;

* Tensões envolvendo monarcas, nobres e a burguesia.

- Precursores do Iluminismo:

* René Descartes (1596-1650) – Lançou as bases do racionalismo como única fonte de conhecimento, e considerado o “Pai da Filosofia Moderna”. Obra: Discurso sobre o Método (1637). Frase: “Penso, logo existo”.

* Isaac Newton (1642-1727) – cientista inglês, descobridor de várias leis da física, entre elas a lei da gravidade. Para Newton, a função da ciência é descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional. Interpretou as leis da natureza e as expressava de forma Matemática sugerindo a possibilidade de que houvesse também leis que governassem a sociedade.

* John Locke (1632-1704) – Lançou as bases da investigação das leis da sociedade. É considerado o responsável pelos princípios da filosofia política iluminista (rejeição ao absolutismo). Para Locke, o homem, ao nascer, não possui qualquer idéia e sua mente é como uma tábula rasa. O conhecimento, em decorrência, é adquirido por meio dos sentidos, base do empirismo, e processado pela razão.

1 – “O Século das Luzes (XVIII)”

- Principais filósofos iluministas:

* Voltaire (1694-1778) - criticava violentamente a Igreja e a intolerância religiosa e é o símbolo da liberdade de pensamento. Defende uma monarquia que garanta as liberdades individuais, sob o comando de um soberano esclarecido.

. Frase: “Posso não concordar com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”.

* Montesquieu (1689 – 1755) – Autor de “O Espírito das Leis”, obra na qual propunha a divisão dos poderes em três instâncias: Executivo, Legislativo e Judiciário, como forma de proteger as garantias individuais.

* Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) - Em sua obra mais conhecida, O contrato social, defende um Estado voltado para o bem comum e a vontade geral, estabelecido em bases democráticas. No Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens (1755), outra de suas obras, realça os valores da vida natural e critica o mundo civilizado. Para Rousseau o homem nasce bom e sem vícios - o bom selvagem - mas depois é pervertido pela sociedade civilizada. Afirma que a origem das desigualdades social estava na propriedade privada.

2- A Compilação da Enciclopédia

- Filósofos: Diderot e D’Alembert;

- Obra monumental dividida em 35 volumes sob o título Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios. Sua publicação sofre violenta perseguição por parte da igreja católica e da monarquia absolutista.

3 – Teorias Econômicas:

a) Os Fisiocratas - São contrários à intervenção do Estado na vida econômica. O mais importante representante da escola fisiocrata é François Quesnay (1694-1774), defendia a existência de um poder natural em ação nas sociedades, que não deve ser contrariado por leis e regulamentos. É partidário de um capitalismo agrário, com o aumento da produção agrícola, única solução para gerar riquezas para uma nação.

b) O Liberalismo Econômico - Seu principal inspirador é o economista escocês Adam Smith, considerado o pai da economia política, autor de O ensaio sobre a riqueza das nações, obra fundamental da literatura econômica. Ataca a política mercantilista por ser baseada na intervenção estatal e sustenta a necessidade de uma economia dirigida pelo jogo livre da oferta e da procura de mercado, o laissez-faire. Para Adam Smith, a verdadeira riqueza das nações está no trabalho, que deve ser dirigido pela livre iniciativa dos empreendedores Principais expoentes: Thomas Robert Malthus, defendia que a produção de alimentos cresce em progressão aritmética e a população em progressão geométrica, gerando fome e miséria das grandes massas. David Ricardo, defende a lei férrea dos salários, segundo a qual o preço da força de trabalho seria sempre equivalente ao mínimo necessário para a subsistência do trabalhador.

4 – O Despotismo Esclarecido

- Reformas de cunho iluminista.

- Contradição Fundamental: se por um lado, alguns reis estavam dispostos a realizar reformas, por outro, jamais iriam tolerar limitações ou perdas de poderes.

- Principais déspotas: José II (Áustria); Catarina II ( Rússia); Frederico II (Prússia); D. José II, com seu ministro marquês de Pombal (Portugal); Carlos III, com seu ministro, o Conde de Aranda (Espanha).

III – MOVIMENTOS NATIVISTAS E PRÓ-INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

- Introdução: “A crise do capitalismo comercial e as contradições no interior da colônia geraram a crise do colonialismo a partir da segunda metade do século XVIII. A Revolução Industrial tornou ultrapassado o mercantilismo. Portugal, não se adequando aos novos tempos, procurou superar a crise ampliando a exploração ao Brasil. Tal atitude estimularia as rebeliões nativistas e as rebeliões de libertação nacional”. (MELLO E COSTA. 1999: 111)

1 – Movimentos Nativistas

- Conceito: Foram revoltas que tinham como objetivo resolver apenas problemas locais. Não tencionavam libertar o Brasil de Portugal.

- Características:

* Não contestavam o pacto colonial na sua totalidade;

* Regionalismo.

- Principais movimentos:

A– Revolta de Beckman, (1684)

- Local: Maranhão;

- Causa: Abuso do monopólio pela Companhia de Comércio do Maranhão e o não fornecimento de escravos aos colonos.

Final: Reação do governo Português, líderes presos e enforcados.

B – Guerra dos Emboabas (1708 – 1709)

- Local: Minas Gerais;

- Causa: Boatos sobre o massacre de forasteiros pelos paulistas.

- Final: Os paulistas foram procurar ouro em outras regiões.

C – Guerra dos Mascates, (1710)

- Local: Pernambuco;

- Causa: Os senhores de engenho perderam o poder econômico em Pernambuco;

- Final: Recife foi considerada vila independente e tornou-se o centro administrativo da capitania.

D – Revolta de Filipe dos Santos, (1720)

- Local: Vila Rica;

- Causa: Mineradores exigiam a não instalação das casas de fundição.

- Final: Os líderes foram presos, suas casas queimadas e Filipe dos Santos enforcado e esquartejado.

2 – Movimentos de Libertação Nacional

- Conceito: Foram movimentos que tinham como objetivo libertar o Brasil de Portugal.

- Fatores Gerais:

* Queda da mineração;

* Crescimento da produção agrícola;

* A metrópole amplia suas exigências em relação à colônia.

- Principais movimentos de emancipação política:

A – A Inconfidência Mineira, (1789)

- Local: Vila Rica;

-Fatores:

* arrocho das restrições metropolitanas;

* estabelecimento da derrama;

* proibição de manufaturas na colônia.

* Ideais liberais e iluministas;

- Líderes: Elite do sistema de produção, exceto Tiradentes;

- Convergências de objetivos econômicos.

- Divergências quanto aos objetivos políticos: Monarquia x República e existência ou não da escravidão.

- Final: Traição de Joaquim Silvério dos Reis; onze acusados à morte e apenas Tiradentes foi enforcado e esquartejado.

B – A Conjuração Baiana, (1798)

- Local: Salvador;

- Fatores: propriedades beneficiavam apenas comerciantes e senhores de engenho; Escassez de alimentos; Influências da independência do Haiti.

- Objetivos: Plano de acabar com o domínio português no Brasil, proclamar a República e estabelecer a igualdade entre as raças;

- Final: Líderes presos, enforcados e esquartejados ou expulsos do Brasil.

C - A Insurreição Pernambucana, (1817)

- Local: Pernambuco;

-Causas: Monopólio comercial e aumento dos impostos.

- Os rebeldes dominam Recife e constituem um governo revolucionário com representantes de várias classes.

- A frustração da expansão do movimento pelo Nordeste.

- Final: Os que não morreram em combate foram presos, ocorrendo execuções sumárias na maioria dos casos.

- Obs.: A Insurreição Pernambucana, apesar de não ter sido bem-sucedida, deixou implantadas as idéias que anos depois alterariam mais uma vez o cenário pernambucano, durante a revolta de 1824.

IV – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

-Conceito: Entende-se por Revolução Industrial um conjunto de transformações técnicas e econômicas que caracterizaram a substituição da energia física pela energia mecânica, da ferramenta pela máquina e da manufatura pela fábrica no processo de produção capitalista, ocorridas na Inglaterra no século XVIII e que no século XIX se expandiu para outros países da Europa, Estados Unidos, e Japão.

- Formas de Produção: artesanal, manufatura e maquinofatura.

-Fases evolutivas:

* Primeira Revolução Industrial (1760-1860) – Conhecida também como “era do carvão e do ferro”.

* Segunda Revolução Industrial (1860-1914) – Conhecida como “era do aço e da eletricidade”.

* Terceira Revolução Industrial – Ganhou impulso na segunda metade do século XX, considerada a revolução dos dias atuais.

- Causas Gerais da Revolução Industrial:

* Revolução comercial;

* Acumulação primitiva de capital;

* Aparecimento das máquinas.

1 – O PIONEIRISMO INGLÊS

- Fatores:

* Acúmulo de capitais na Revolução Comercial;

* Supremacia naval inglesa;

* Disponibilidade de mão-de-obra;

* Instauração da Monarquia Parlamentar;

* Triunfo da ideologia liberal;

* Inovações técnicas;

* Posição geográfica insular;

* Existência de grandes jazidas de ferro e de carvão.

2 – A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Foi realizada principalmente por Inglaterra, França e Bélgica. Caracterizou-se pelo desenvolvimento do capitalismo liberal e pelo sistema de livre concorrência, baseada na liberdade de comércio e de produção.

- Principais inovações:

* A máquina de fiar (inventada em 1767 por James Hargreaves, batizada com o nome de Spinning Jenny);

* O bastidor hidráulico (construído em 1769 por Richard Arkwright, conhecido como Water Machine);

* A máquina de fiar híbrida ( 1779, Samuel Crompton);

* O tear mecânico (1785, reverendo Edmund Cartawright);

* A máquina a vapor (1769, James Watt);

No setor de transporte e comunicação: o barco a vapor (1807, pelo Norte-Americano Robert Fulton); a locomotiva (1825, George Stephenson); o telégrafo (Samuel Morse).

3 – A VIDA DO OPERARIADO

- Os cercamentos e o processo de expropriação e migração do campo para a cidade:

* Crescimento da população urbana;

* Formação da classe operária.

- Condições de vida e de trabalho:

* Jornada de trabalho – 14 a 16 horas diárias;

* Baixos salários, fome e miséria;

* Desemprego (formação do “exército industrial de reserva”).

* Utilização de mulheres e crianças na produção industrial.

- O Movimento Ludista – Foi uma reação dos trabalhadores ingleses às mazelas produzidas pelo processo de industrialização.

4 – A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

- Corresponde ao processo de expansão da industrialização para Alemanha, Itália, Rússia, Estados Unidos e Japão. Caracterizou-se pelo capitalismo monopolista, centrado no controle do mercado pelos holdings, trustes e cartéis, que desencadeou a expansão colonialista afro-asiática no século XIX.

- Concentração do capital industrial:

* Holdings – Correspondem a grandes empresas financeiras que controlam vastos complexos industriais a partir da posse da maior parte de suas ações.

* Trustes – São grandes companhias que absorvem seus concorrentes ou estabelecem acordos entre si, monopolizando a produção de certas mercadorias, determinando seus preços e dominando o mercado. Podem ser horizontais (com empresas do mesmo ramo) ou verticais (empresas de ramos diferentes).

* Cartéis – São grandes empresas independentes produtoras de mercadorias de um mesmo ramo que se associam para evitar a concorrência, estabelecendo divisão de mercados e definindo preços.

- Principais inovações:

* O processo Bessemer – Transformação do ferro em aço ( Henry Bessemer);

* O Dínamo – Possibilitou a substituição do vapor pela eletricidade como força motriz;

* O Motor de Combustão Interna – Introduziu o uso do petróleo (inventado por Nikolaus Otto e aperfeiçoado por Rudolf Diesel).

- A especialização do trabalho e as linhas de montagem.

- O Fordismo – Estava ligado ao princípio de que a empresa deveria dedicar-se apenas a um produto, além de dominar as fontes de matérias-primas.

- O Taylorismo – Visava o aumento da produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no processo de produção.

5 – A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

- Ganhou impulso na segunda metade do século XX. Nessa fase a exigência de imensos investimentos e pesquisas está associada à eficiência e produtividade maiores, lideradas pelos grandes conglomerados econômicos multinacionais.

- Características – Estão associadas aos avanços ultra-rápidos, especialmente na:

* Microeletrônica;

* Robótica industrial;

* Computação dos serviços;

* Química fina;

* Biotecnologia.

6 – CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

- A passagem da primeira para a segunda Revolução Industrial produziu uma série de conseqüências, como:

* O surgimento do capitalismo financeiro;

* A formação de grandes conglomerados econômicos;

* O processo de produção em série;

* A expansão do imperialismo.

V – O PENSAMENTO LIBERAL E O SOCIALISMO

- Introdução: Na passagem do século XVIII para o XIX, com a Revolução Industrial, formaram-se na Europa as duas classes fundamentais da sociedade capitalista moderna: burguesia e proletariado industrial. Vinculados aos interesses dessas duas classes, desenvolveram-se novos pensamentos econômicos e sociais cujas principais vertentes foram o Liberalismo e o Socialismo. O primeiro vinculava-se à ascendente burguesia e o segundo ligava-se à nascente classe operária.

1 – O LIBERALISMO

- Conceito: Surgiu na Grã-Bretanha com a escola clássica de economia, cujo fundador foi Adam Smith.

- Bases do Liberalismo (surgiu com o Iluminismo e foi lançada pelos fisiocratas franceses):

* Propriedade privada;

* Individualismo econômico;

*O Laissez-faire ou liberdade de comércio e de produção;

* Obediência às leis naturais da economia;

* Livre concorrência e o livre câmbio;

*Liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada) sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos.

- Principais Economistas Clássicos:

* Adam Smith (1723 – 1790) – Em sua obra “A Riqueza das Nações”, mostra a divisão do trabalho como elemento essencial para o crescimento da produção e do mercado, e cuja aplicação eficaz dependia da livre concorrência, que forçaria o empresário a ampliar a produção buscando novas técnicas, aumentando a qualidade do produto e baixando ao máximo os custos de produção. O conseqüente decréscimo do preço final favoreceria a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o sucesso econômico geral.

* Thomas Malthus (1776 – 1834) – Publicou em 1798 sua obra Ensaio sobre o Princípio da População, na qual afirmou serem a fome e a miséria uma decorrência natural do fato de que, enquanto a população aumentava em progressão geométrica, o crescimento da produção dos meios de subsistência se dava em progressão aritmética. Para Malthus, as guerras, as doenças e as epidemias funcionavam como paliativos que diminuíam temporariamente o crescente desequilíbrio entre as necessidades progressivas de consumo e o aumento relativo da produção.

* David Ricardo – Cujo livro Princípios de Economia Política e Taxação foi publicado em 1817, é considerado o principal discípulo de Adam Smith. As duas contribuições mais importantes de Ricardo são a “Lei Férrea dos Salários” e a “Lei da Renda Diferencial da Terra”. Na primeira, afirmava que o nível dos salários dos trabalhadores correspondia sempre ao mínimo imprescindível para mantê-los vivos e a suas famílias, permitindo-lhes perpetuar a espécie, sem aumentá-la ou diminuí-la. Na segunda, afirmava que o preço dos alimentos era determinado pelo volume da produção das terras mais pobres cultivadas no país.

* Nassau Sênior – Professor de economia política da Universidade de Oxford, desenvolveu uma doutrina em que se opunha à redução da duração da jornada de trabalho, alegando que o lucro obtido pelos industriais vinha exatamente da última hora da jornada. Segundo ele, a redução das horas trabalhadas eliminaria o lucro líquido dos empresários, trazendo em conseqüência o fechamento das fábricas e a ruína econômica do país. Naquela época trabalhava-se doze horas diárias.

2 - SOCIALISMO UTÓPICO

- Principais representantes:

* Saint-Simon, autor dos Discursos literários, filosóficos e industriais, projetou as bases de uma nova sociedade, fundada na associação dos produtores e na soberania do trabalho.

* Fourier, autor de O novo mundo industrial, idealizou a criação de uma nova ordem social baseada na organização de falanstérios, comunidades socialistas onde seria abolida a divisão do trabalho e cada homem desenvolveria ao máximo seu talento e suas aptidões.

* Robert Owen, socialista gaulês, procurou colocar suas idéias em prática em sua fábrica na Escócia e na comunidade de Nova Harmonia, sediada nos Estados Unidos. Owen tentou reduzir a jornada de trabalho, aumentar os salários e melhorar as condições de vida dos trabalhadores, experiências que malograram diante dos obstáculos próprios de sua época.

3 - SOCIALISMO CIENTÍFICO

- Principais representantes:

* Karl Marx e Friedrich Engels – Autores de o Manifesto Comunista, obra que assinalou o surgimento do socialismo científico. Marx, praticamente nada escreveu sobre o futuro.Estava tremendamente interessado, em como evoluiu, desenvolveu-se e decaiu a sociedade presente (de sua época). Desejava saber o que movimentava as rodas da sociedade capitalista onde vivia e descobrir as forças que nela provocariam a modificação para a sociedade futura. O seu maior trabalho foi O capital (análise crítica da produção capitalista).

- Princípios fundamentais:

* As transformações da sociedade como resultado das forças econômicas;

* A luta de classes como força motriz imediata da História;

* A exploração da mais-valia como essência do capitalismo moderno;

* O proletariado como agente de transformação da sociedade;

* O advento do socialismo como fase de transição para o comunismo.

SEGUNDO BIMESTRE

VI– A REVOLUÇÃO FRANCESA

-Introdução: “A Revolução Francesa de 1789 foi o modelo clássico de revolução burguesa. Pôs fim ao absolutismo, mas manteve as transformações implantadas dentro dos limites burgueses. Inicialmente juntou a quase unanimidade da nação contra o Antigo Regime; posteriormente, no entanto, os vários projetos de nova sociedade, expressando interesses de classes e camadas diversas, levaram a uma luta interna entre os próprios revolucionários. Por fim, a alta burguesia deteve o controle do movimento, imprimindo à nova sociedade criada as instituições que lhe convinham”.

( MELLO e COSTA. 1999: 140)

1 – A FRANÇA ÀS VÉSPERAS DA REVOLUÇÃO:

- Estrutura social da França: aristocrática, cujo meio de vida parasitária tornava-se cada vez mais nítido.

- Crescimento da burguesia: controlava as finanças, o comércio e a indústria (consciência de classe e difusão das teorias iluministas).

- Obstáculos ao desenvolvimento do capitalismo:

* Laços de servidão;

* Alfândegas internas e os pedágios cobrados nos feudos;

* As corporações de ofício;

* Monarquia absolutista.

2 – ESTRUTURA SOCIAL DO ANTIGO REGIME

- Em termos de hierarquia social, a França estruturava-se em três estamentos:

* 1º Estado: clero (alto e baixo clero).

* 2ºEstado: nobreza (palaciana, provincial e de toga).

* 3º Estado: burguesia (grande, média, pequena), camponeses e as camadas populares das cidades.

- Forma de governo - Monarquia Absolutista baseada no direito divino dos reis:

* Generalização dos descontentamentos;

* Marginalização do Terceiro Estado nas decisões políticas, sociais e econômicas.

3 – CRISE ECONÔMICA

- O Governo de Luís XIV – o Rei Sol (1643 – 1715)

- Guerras desastrosas para a França:

* Guerra de Sucessão Austríaca (1740 – 1763);

* Guerra dos sete Anos (1756 – 1763);

* Guerra de Independência dos Estados Unidos (1776 – 1783).

- Obs.: Essas três guerras foram desastrosas para a França, e acabaram colaborando para a emergência da hegemonia britânica.

- Luís XVI assume o trono francês (1774).

- Tentativa de mudança na política econômica, com o objetivo de modernizar o Estado francês e solucionar o déficit crônico das finanças.

- O cargo de controlador-geral das finanças (ministro):

*Turgot (fisiocrata) – Objetivava eliminar o défict financeiro através da tributação de impostos sobre o clero e a nobreza, até então, isentos da tributação; e diminuição das despesas da corte. (Rejeição do 1º e 2º Estado).

* Necker (banqueiro) – Inicialmente, tratou com cautela e habilidade os privilégios, não propondo reformas profundas. Porém, em 1781 quando o déficit atingiu níveis insuportáveis, provocou um escândalo tornando público o cálculo do tesouro do governo e foi demitido.

* Calonne (1783) – retomou o programa de reformas de Turgot e Necker (fim idêntico ao de seus antecessores).

- O tratado entre França e Inglaterra: Methuen francês;

- Grave crise agrícola;

4 - CONVOCAÇÃO DOS ESTADOS GERAIS

- Inflamam-se os debates e as reivindicações da burguesia;

- O partido patriota;

- Reivindicações divulgadas nos cadernos de lamentações:

* número de representantes do Terceiro Estado igual ao dos dois outros somados e votação nos Estados Gerais por cabeça e não por Estado.

- Obs.: Luís XVI aceitou dobrar o número de membros representantes do Terceiro Estado, mas não aprovou o voto por cabeça, o que não mudava em nada a situação, servindo apenas para enfurecer a burguesia.

5 – ASSEMBLÉIA NACIONAL E JORNADAS REVOLUCIONÁRIAS

- Primeira e Segunda Jornada Revolucionária: Juramento da Sala do Jogo da Péla;

- Tomada da Bastilha.

- Terceira e Quarta Jornada Revolucionária: no interior, o Grande Medo;

- Retirada do rei de Versalhes.

6 - MONARQUIA CONSTITUCIONAL

- Pressões sobre a igreja e o clero;

- Tentativa de fuga do rei;

- Primeira Constituição: favorecia somente a burguesia.

- A Assembléia Legislativa;

- Ataque absolutista à França.

- A Comuna de Paris;

A vitória do exército revolucionário.

7- CONVENÇÃO

- Proclamação da República;

- Julgamento e execução de Luís XVI;

- Formação da Primeira Coligação;

- Ataques internos e externos;

- Revolta da Vandéia;

- Liderança jacobina;

- Constituição de 1793;

- Fase do terror.

8– DIRETÓRIO

- Queda dos jacobinos e ascensão da burguesia financeira;

- Segunda Coligação antifrancesa.

- Napoleão Bonaparte e o golpe de 18 Brumário:

* Expansão da revolução burguesa;

* Início da Idade Contemporânea.

VII – A ERA NAPOLEÔNICA

-Napoleão: consolida a Revolução Francesa.

1 – O CONSULADO

- Nova Constituição: Napoleão, primeiro Cônsul;

-Neutralização da Segunda Coligação Antifrancesa;

- Superação da crise financeira;

- O Código Civil Napoleônico;

- Constituição do ano XII;

- Napoleão é coroado imperador;

- Fortalecimento da burguesia.

2 – O IMPÉRIO

- Rivalidade franco-britânica: necessidade de expansão de mercados.

- Paz na França: Terceira Coligação;

- Queda do Sacro Império e da Quarta Coligação;

- Napoleão impõe o Bloqueio Continental (proibição aos países europeus de adquirirem produtos britânicos):

* A invasão napoleônica em Portugal (vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil).

* A invasão napoleônica na Rússia (Tática da terra arrasada e a vitória russa).

- A queda do Império Napoleônico – Se dá gradualmente de 1808 a 1815 e é explicado por vários fatores conjuntos:

* Nacionalismo dos territórios conquistados;

* Fracasso do Bloqueio Continental;

* O fracasso militar na Rússia.

3 – GOVERNO DOS CEM DIAS

- A derrota de Napoleão na batalha de Leipzig;

- Napoleão foi desterrado para a ilha de Elba com mil soldados;

- Restauração monárquica (Luis XVIII): o Terror Branco;

- Napoleão foge da ilha de Elba, retoma o comando do exército e avança sobre Paris;

- A Batalha de Waterloo: Napoleão derrotado e exilado na ilha de Santa Helena (Costa da África), ali veio a falecer em 1821.

- Obs.: Apesar da aparente derrota, o papel de Napoleão havia sido cumprido. Por toda a Europa, as instituições burguesas haviam-se difundido e se solidificado; a restauração que se seguiu foi momentânea, nunca chegando a se reorganizar nos moldes da época de Luís XVI.

4 – CONGRESSO DE VIENA E SANTA ALIANÇA

4.1 – CONGRESSO DE VIENA

- As ideologias do início do século XIX: * Liberalismo, Democratismo, Socialismo, Conservadorismo;

* A restauração, a legitimidade e o equilíbrio europeu;

- Decisões do Congresso de Viena: política de concessões, compensações territoriais e restauração.

4.2 - A SANTA ALIANÇA

- Conceito: a Santa Aliança foi um pacto militar firmado entre as grandes potências européias no Congresso de Viena, cujo objetivo era a repressão aos movimentos liberais que colocassem em risco a política de restauração, o princípio de legitimidade e o equilíbrio europeu.

- A Santa Aliança foi formada inicialmente por: Áustria, Prússia, Rússia e Grã-Bretanha.

- Restauração monárquica e Revolução na França:

* Luis XVIII e Carlos X;

* Revolução Liberal de 1830: ascensão de Luís Filipe, o “rei burguês”.

VIII – FORMAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS

I – A Colonização

• Colônias do Norte – agricultura de subsistência, com base na pequena propriedade familiar, indústria, comércio e realização de um contrabando com as Antilhas.

• Colônias do Sul – colonização de exploração baseada no latifúndio, monocultura, trabalho escravo e voltada para a exportação, plantation.

• As colônias eram governadas por representantes ingleses que eram assessorados por uma assembléia eleita pelos colonos que se encarregavam de votar leis e impostos. As colônias gozavam de autonomia político-administrativa.

II – Causas

• Guerra dos Sete Anos motivada pela disputa de regiões na América entre França e Inglaterra. Apesar da Inglaterra ter saído vitoriosa teve seu tesouro esgotado pelos gastos militares e para se reequilibrar lançou pesados impostos sobre suas colônias e uma série de medidas repressivas.

• A Nova Política Colonial Inglesa – A Inglaterra decreta as leis de Navegação com o objetivo de acabar com a relativa autonomia administrativa das colônias. A partir daí, a função das colônias passou a ser de produzir para a metrópole e trazer riquezas para a burguesia inglesa.

• As Leis Coercitivas

– Lei do açúcar: taxava sobre a importação que não viesse das Antilhas Britânicas.

- Lei do Selo: obrigatoriedade do uso do selo em documentos, jornais, contratos ou comprovantes de transação comercial.

- Lei do Chá: obrigatoriedade de envio de chá oriental a América.

- Atos de Townshend: conjunto de leis que taxam artigos de consumo

• As leis intoleráveis – tinham por objetivo salvar a Cia das Índias da má situação financeira e concedeu o monopólio, provocando a reação dos colonos em boicotes sistemáticos aos produtos ingleses e nas 1as tentativas de organização dos colonos para romper os laços com a metrópole.

III - A Luta pela Independência

- 1o Congresso Continental da Filadélfia – onde foi redigida a Declaração de Direito para restabelecer a liberdade das colônias, sob pena de rompimento definitivo com a Metrópole.

- 2o Congresso Continental da Filadélfia – Thomas Jefferson redige a Declaração de Independência (04 4-7-1776). A Inglaterra não aceita e os norte-americanos vencem os ingleses na Batalha de Saratoga em 1777. A partir daí passa a receber ajuda da França e da Espanha. A guerra chega ao fim com a Batalha de Yorktown com a vitória dos colonos em 1783 a Inglaterra reconhece a Independência através do Tratado de Versalhes.

A revolução representou a concretização dos ideais iluministas, o exemplo para a independência da América Ibérica.

8.1 - OS ESTADOS UNIDOS NO SÉCULO XIX

- Introdução: A conquista do Oeste, realizada pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrário-escravocrata, desencadeando a guerra de Secessão. Após a guerra civil, seguiu-se a fase de reconstrução do país, em que os Estados Unidos se transformaram na primeira potência mundial, cuja política exterior se baseava no isolacionismo em relação à Europa e no intervencionismo na América Latina.

1 – A Conquista do Oeste

- Expansão para o Oeste:

* “Destino Manifesto”;

* Territórios adquiridos por compra, diplomacia ou guerra.

- Conseqüências da marcha para o Oeste:

* Crescimento demográfico;

* Desenvolvimento econômico;

* Transformações sociais.

2 – Guerra de Secessão

- Causas:

* Diferenças entre o Norte (colônia de povoamento - industrial) e o Sul (colônia de exploração - agrícola), agravadas após a conquista do Oeste;

* Rivalidade política e econômica.

- Causa imediata: vitória de Abraham Lincoln (nortista), nas eleições de 1960;

* Abolição da escravatura;

*Hegemonia nortista e grande crescimento econômico no pós-guerra.

3 – Política Externa

- Doutrina Monroe e Carolário Roosevelt:

* Intervenção militar na América Latina;

* Política do Big Stick.

IX – A UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA E DA ALEMANHA

-Introdução: “A unificação política realizada tardiamente pela Itália e pela Alemanha retardou a Revolução Industrial nesses países, que, chegando atrasados à corrida colonial Contemporânea, ficaram marginalizados na divisão do mundo em áreas de influência. A ruptura do equilíbrio europeu com a unificação italiana e alemã e as lutas pela redivisão do mercado mundial iria desembocar em 1914 na Primeira Guerra Mundial”.

(MELLO e COSTA. 1999: 238)

1 – UNIFICAÇÃO DA ITÁLIA

– Reino do Piemonte

- Industrialização e fortalecimento da burguesia;

- Ascensão de Cavour (primeiro ministro);

- Aliança com a França;

- Início da luta pela unificação.

- Formação do Reino da Itália (1859-1861): Piemonte, Toscana, Parma, Módena, Nápoles e parte dos Estados Pontifícios.

- Conclusão e Conseqüências da Unificação Italiana (1866-1870):

* Anexação de Veneza e de Roma;

* O Tratado de Latrão – Surgimento do atual Estado do Vaticano.

2– UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA

- Fragmentação política.

- Retardamento do processo econômico capitalista.

- Criação do Zollverein (União Aduaneira dos Estados Alemães).

– Reino da Prússia

- Fortalecimento da Prússia: aliança entre alta burguesia e junkers (aristocracia prussiana);

- Militarismo: ascensão de Bismarck.

- Guerra dos Ducados (1864)

- Anexação dos Ducados;

- Aliança com a França e a Itália;

- A Alemanha está pronta para a guerra.

11.2.3 – Guerra Austro-Prussiana (1866)

- Guerra das Sete Semanas – Batalha de Sadowa.

- Estados do Norte unidos sob hegemonia da Prússia.

- França domina os Estados do Sul.

- Rivalidade Franco-Prussiana.

– Guerra Franco-Prussiana (1870)

- A Prússia vence a guerra.

- Guilherme I, rei da Prússia, coroado imperador.

- Fundação do II Reich.

- Conseqüências da Unificação Alemã:

* A ruptura do equilíbrio europeu;

* A Revolução Industrial alemã;

- A política de alianças.

TERCEIRO BIMESTRE

X – A CRISE DO SISTEMA COLONIAL

- Introdução: O fim do Antigo Regime, nas últimas décadas do século XVIII, foi conseqüência das transformações ideológicas, econômicas e políticas geradas pelo Iluminismo, Revolução Industrial, Independência dos Estados Unidos e Revolução Francesa. Esses acontecimentos, que se condicionaram e se influenciaram reciprocamente, desempenharam um papel decisivo no processo de Independência da América Latina.

1 – INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA

– Conjuntura Hispano-Americana

- Administração colonial:

* Vice-reinados e capitanias gerais;

* Entraves do monopólio colonial.

- Sociedade colonial: brancos, mestiços, índios e negros.

- Conflitos entre aristocracia criolla e os chapetones.

- Movimentos precursores da guerra de independência:

* Revolta de Túpac Amaru e de Francisco de Miranda.

- Vitória do movimento de Independência: apoio da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos (Doutrina Monroe);

- Simon Bolíva: Venezuela, Colômbia, Equador.

- San Martín: Argentina, Chile, Peru.

- Consequências da Independência:

* Conquista da Independência política e persistência da dependência econômica dos novos países;

* Divisão política Latino-americana.

- Crise do Sistema Colonial no Brasil

- A situação lusa e o arrocho metropolitano.

- O “exclusivismo colonial” e as Companhias de Comércio.

- O Estado patrimonialista.

- O declínio da mineração e o renascimento agrícola.

- As guerras napoleônicas e a vinda da família real portuguesa para o Brasil.

- Portugal e a não adequação às idéias liberais (Liberalismo Econômico).

XI - A INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DO BRASIL

- A Era das Revoluções

- No final do século XVIII, ocorreram na Europa grandes transformações econômicas, políticas e sociais, como:

* Revolução Industrial – Mecanização e divisão do trabalho;

* Revolução Francesa – Vitória Liberal.

– Interesses Ingleses e Coloniais

- Inglaterra (Revolução Industrial):

* Crescimento da produção e do comércio;

* Necessidade de matérias-primas.

- No Brasil:

* Monopólio e restrições comerciais;

* Ambiente colonial hostil à metrópole.

-Portugal entre Pressões da França e da Inglaterra

- O Bloqueio Continental (França) – Proibição dos países europeus de comerciarem com a Inglaterra.

- Portugal assina uma Convenção Secreta com os ingleses.

- França e Espanha assinam o Tratado de Fontainebleau – O objetivo era invadir Portugal e dividir entre si suas colônias.

- A fuga da Família Real Portuguesa para o Brasil.

– O Governo Português no Brasil

- Primeira providência: a abertura dos portos brasileiros às nações amigas (Inglaterra) – Fim do Pacto Colonial.

- Tratado de Aliança e Amizade, (1810);

- Tratado de Comércio e Navegação ( 1810).

- O Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves – 1815.

- Chegada da Missão Artística Francesa, (1816).

- Anexação da Província Cisplatina (1816 – 1825)

- A Revolução Liberal do Porto – 1820:

* Retorno de D. João VI para Portugal;

* Pressão para recolonizar o Brasil;

* D. Pedro governa o Brasil na condição de príncipe regente.

* Formação da Dívida Externa Brasileira.

– A Regência de D. Pedro

- As cortes portuguesas:

* Tentativas de recolonização;

* Limitação dos poderes do regente;

- Grupos radicais e conservadores lutam pela independência.

- A atuação da Maçonaria e as idéias liberais.

- Independência Política do Brasil

- As cortes exigem o retorno de D. Pedro a Portugal.

- O Dia do Fico – Primeira adesão pública de D. Pedro a causa brasileira.

-Decreto do Cumpra-se - Maio de 1822.

- A Maçonaria oferece a D. Pedro o título de Defensor Perpétuo do Brasil.

- A atuação de D. Leopoldina e de José Bonifácio.

- O 7 de Setembro de 1822: Independência política sem independência econômica.

* Inexistência de significativas mudanças sociais, permanecendo o latifúndio e a escravidão.

XII – O PRIMEIRO REINADO (1822 – 1831)

- Internamente o Brasil continuou com a mesma estrutura do período colonial (latifúndio, monocultura e trabalho escravo).

– Resistência à Independência do Brasil de algumas províncias, como Bahia, Maranhão, Grão Pará, Piauí e Amazonas.

- Divergências no Partido Brasileiro: facção liberal e facção conservadora.

- Partido Português: articulação do retorno ao colonialismo.

- Reconhecimento Externo da Independência:

* Estados Unidos (1824) – Doutrina Monroe;

* A Santa Aliança defende o Colonialismo;

* Inglaterra (1825) – Mediadora das negociações de reconhecimento da Independência, e só reconheceu quando obteve vantagens econômicas.

* Portugal (1825) – Reconheceu nossa independência mediante o pagamento de 2 milhões de Libras Esterlinas e o título Honorário de Imperador do Brasil para D. João VI.

-Organização do Estado brasileiro:

-A Constituição da Mandioca (1823):

*reação de D. Pedro I à limitação de seus poderes;

* O rompimento com os Andradas e o voto censitário.

- A Constituição de 1824:

* Características: Outorgada; Estabelecia quatro poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador); Criava o Conselho de Estado; Eleições indiretas e dois graus (eleitor de paróquia e de província); Mandato de 4 anos para os deputados; Senadores escolhidos através de uma lista tríplice para um mandato vitalício; Monarquia hereditária, constitucional e representativa; o catolicismo tornou-se a religião oficial.

– A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824):

* Reação contrária à dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e a imposição da Constituição de 1824;

* Crise econômica;

* Substituição do governador de Pernambuco: reação popular e rompimento com o poder central.

* A participação de Frei Caneca;

* Adesão das províncias nordestinas (Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará);

* Adoção de uma República Federalista – Constituição Colombiana.

* Divisões internas e violenta repressão.

– Final: Fuzilamento dos líderes e inclusive de Frei Caneca.

- Declínio do Primeiro Reinado

- Causas da impopularidade de D.Pedro I:

* Governo conservador e autoritário;

* Crise política e econômica;

* Questão Platina;

* D. Pedro envia recursos a Portugal para luta sucessória do trono;

* Assassinato do Jornalista Líbero Badaró;

* Noite das Garrafadas – 13 de março de 1831;

* Demissão do ministério dos brasileiros, em 5 de abril de 1831.

- Abdicação de D. Pedro I - 07 de abril de 1831.

XIII – O PERÍODO REGENCIAL (1831 – 1840)

- Considerações Gerais:

* Consolidação da independência política do Brasil;

* Foi o período mais conturbado de toda a História do Brasil;

* Lutas entre restauradores, moderados e exaltados;

* Rebeliões Regenciais;

– Regência Trina Provisória (Abril a Julho de 1831)

- Recesso parlamentar;

- Senadores: Nicolau de Campos Vergueiro, José Joaquim de Campos e o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

– Regência Trina Permanente (1831 – 1835)

- Composição: José da Costa Carvalho, Bráulio Muniz e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

- Criação da Guarda Nacional pelo ministro da justiça padre Feijó.

- Desavenças entre moderados e exaltados – Fortalecimento dos Restauradores.

- Pressão política e renúncia do padre Feijó;

-Reação dos moderados – Destituição de José Bonifácio da tutoria do príncipe herdeiro.

- 1834 – morte de D. Pedro I e desarticulação dos Restauradores.

- Ato Adicional de 1834 à Constituição de 1824:

* Criação das Assembléias Legislativas provinciais;

* Extinção do Conselho de Estado;

* Concessão de autonomia às províncias;

* Substituição da Regência Trina pela Regência Una.

– Regência Una de Feijó (1835 – 1837)

- Eleições com caráter de experiência republicana.

- As contradições do Ato Adicional de 1834: Poder centralizado x Autonomia para as províncias.

- A renúncia do padre Feijó em 1837.

– A Regência de Araújo Lima (1837 – 1840)

- Político ultra conservador.

- Anulação das medidas descentralizadoras e restabelecimento da Constituição de 1824.

- Liberais x Conservadores e o Golpe da Maioridade (Antecipação da maioridade do Imperador de 14 anos de idade).

XIV – AS REBELIÕES REGENCIAIS

1 – A Cabanagem

- Local: Pará (1835 – 1840)

- Causas:

* Independência do Brasil sem mudanças sociais;

* Recrutamento militar forçado.

- Principais Líderes: Eduardo Angelin, Clemente Malcher, Vicente Ferreira Lavor, Francisco e Antônio Vinagre.

- Ação: os cabanos revoltaram-se, dominaram a cidade de Belém e executaram o presidente da província.

- Final: forte repressão aos cabanos com milhares de mortes.

2 – A Revolta dos Malês (1835)

- Local: Bahia.

- Causa: Insatisfação dos escravos com a desigualdade étnico-racial e social, e profunda crise econômica e política.

- Malês (africanos muçulmanos).

- Final: os conspiradores foram punidos através de penas de morte, prisão, açoites e deportação.

3 – Guerra dos Farrapos

Local: Rio Grande do Sul (1835 – 1845)

- Rebelião comandada pela classe dominante (estancieiros) e de caráter separatista.

- Causa: altas taxas para o charque gaúcho, e baixa para o charque platino.

- Proclamação da República de Piratini (Porto Alegre).

* Bento Gonçalves tornou-se o primeiro presidente.

- A República Juliana – Santa Catarina (Guiseppe Garibaldi e Davi Canabarro).

- Em 1840 D. Pedro II oferece anistia aos revoltosos.

- Final: em 1845 Davi Canabarro e Caxias entram em acordo.

4 – A Sabinada

- Local: Bahia (1837 – 1838);

- Movimento restrito à camada média urbana de Salvador.

- Líder: o médico Francisco Sabino Álvares da Rocha Vieira.

- Causa: insatisfação pelas autoridades nomeadas pelo governo regencial.

- Em 1837, foi proclamada a República Bahiense.

- Final: forte repressão e reintegração da província.

5 – A Balaiada

- Local: Maranhão (1838 – 1841)

- Movimento de caráter popular.

- Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro); Manoel Francisco dos Anjos (balaio) e Cosme (líder negro de escravos foragidos).

- Idéias liberais impulsionaram as camadas populares.

- Revolta contra a aristocracia local.

- Falta de unidade no movimento.

- Forte repressão comandada por Luís Alves e Silva.

XV – AS REVOLUÇÕES DE 1848 NA EUROPA

- Introdução: “O ano de 1848 é marcado pelo avanço das idéias liberais e nacionalistas, pela consolidação da burguesia no poder e pela entrada no cenário político do proletariado industrial, particularmente na França. Nesse ano irromperam levantes por toda a Europa. Na França, com a participação do proletariado urbano, o movimento adquiriu características mais sociais, enquanto na Itália e na Europa central as manifestações visavam à unificação e ao estabelecimento de governos constitucionais”. (MELLO e COSTA. 1999: 226)

- Fatores:

* Crise econômica (agrícola e industrial) e política;

* As reivindicações do proletariado urbano europeu.

1 – Revolução de 1848 na França

- Partidos políticos contra o “rei burguês” Luís Filipe.

- Descontentamento após a nomeação de Guizot.

- Abdicação de Luís Filipe.

- Segunda República.

- Criação das oficinas nacionais.

- República Social.

- Representantes da burguesia dominam a Assembléia Constituinte.

- O 18 Brumário de Luís Napoleão.

- Segundo Império.

2 – Revolução de 1848 na Itália

- Movimentos de unificação.

- Rebeliões populares e Proclamação da República em Veneza e em Roma.

-Retrocesso na concretização dos ideais nacionalista no Piemonte, em Veneza e em Roma: a antiga ordem é restaurada.

3– Revolução de 1848 na Confederação Germânica

- Alemanha: anseios liberais e nacionalistas.

- Queda de Metternich.

- Entrega do trono a Frederico Guilherme IV.

QUARTO BIMESTRE

XVI – O SEGUNDO REINADO (1840 – 1889)

- Introdução: “Os anos iniciais do governo de D. Pedro II seriam marcados pela repressão às ultimas rebeliões provinciais e pela alternância dos partidos Liberal e Conservador no poder. A revolução Praieira seria a última reação à

consolidação da monarquia controlada pela aristocracia rural. A economia do período passaria a ter o café como produto fundamental e seriam ampliadas as pressões inglesas para a extinção do tráfico negreiro”. (MELLO e COSTA. 1999: 183)

- O sentido do Golpe da Maioridade.

* Liberais e Conservadores se unem para refrear a participação popular.

* O Estado reorganiza-se em função dos interesses da aristocracia rural.

- Panorama Político dos primeiros anos:

* O “Ministério dos Irmãos”: pacificação das últimas rebeliões;

* Fraudes eleitorais, derrubadas e desavenças internas.

- As Leis Reacionárias:

* Ministério Conservador: restauração do Conselho de Estado, novas derrubadas;

* Reforma do Código de Processo Penal, arbitrariedades.

- O Retorno dos Liberais:

* As revoltas liberais de 1842: dissolução do gabinete conservador; manutenção da escravidão; ausência de participação popular no poder.

- Alternância dos partidos Liberal e Conservador no poder.

- O “Parlamentarismo às avessas”.

- O Ministério da Conciliação.

1 – A Revolução Praieira (1848 – 1849)

- Local: Pernambuco.

- Causas:

* Alta concentração do poder nas mãos de uma reduzida oligarquia latifundiária;

* Soberania econômica e política da família Cavalcante;

* Fome generalizada das populações carentes de Pernambuco;

* Monopólio do comércio varejista Pernambucano pelos portugueses.

- Fundação do Partido da Praia ligado ao jornal Diário Novo.

- Principais líderes: Borges da Fonseca e Pedro Ivo.

- Discordâncias quanto à abolição da escravidão.

- Final: radicalização do movimento e repressão.

2 – As Transformações Provocadas pelo Café

- A instalação da produção cafeeira no Vale do Paraíba e em Minas Gerais;

- Em 1850, Oeste Paulista foi ocupado pelo café, graças à terra roxa, ideal para o seu cultivo;

- Estabilização da balança comercial e reforço à economia.

- Economia cafeeira: latifúndio, monocultura, trabalho escravo, e necessidade de pouco investimento em ferramentas;

– Crescimento do mercado consumidor na Europa e nos Estados Unidos.

- Domínio da aristocracia cafeeira.

- Extinção do tráfico de escravos (Lei Eusébio de Queirós – 1850).

- Incentivo à imigração – Senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro (endividamento dos imigrantes).

3 – O Surto Industrial

- Fatores:

* Recursos oriundos do fim do tráfico negreiro;

* Aumento das taxas alfandegárias sobre os artigos importados – Tarifa Alves Branco (1844);

- Os empreendimentos de Mauá (Irineu Evangelista de Sousa):

* Investimentos em transportes, comunicações, fábricas e nos setores financeiro e público;

- 1860 – pressões inglesas e a substituição da Tarifa Alves Branco pela Tarifa Silva Ferraz (redução das taxas de importação para máquinas, etc.).

- Fim da Era Mauá: falta de apoio do governo; empresas apropriadas pelos ingleses e norte-americanos.

4 – Política Externa do Segundo Reinado

A Questão Christie

- O afundamento do navio inglês Príncipe de Gales e a pilhagem de sua carga no Rio Grande do Sul.

- Prisão de três oficiais ingleses bêbados no Rio de Janeiro por policiais brasileiros.

- Intervenção do Embaixador britânico William Douglas Christie.

- Árbitro da questão: rei Leopoldo I da Bélgica – Favorável ao Brasil.

– Rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra em 1863, reatada dois anos depois devido aos interesses platinos.

As Campanhas Platinas

- Uruguai oscila entre Brasil e Argentina;

- Aliança com o argentino Rosas: campanhas contra Oribe (1851).

- Campanhas contra Rosas (1851);

- O interesse inglês na questão platina;

- Campanha contra Aguirre.

A Guerra do Paraguai (1864 – 1870)

- Nacionalismo paraguaio e desenvolvimento econômico auto-suficiente desagrada a Inglaterra.

- Ofensivas de Solano Lopez.

- O aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda (1864).

- Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai).

- Batalha do Riachuelo – vitória brasileira.

- Batalha do Tuiuti – as tropas paraguaias sofrem pesadas derrotas.

- Batalha de Curupait – vitória paraguaia.

- Em 1897, Uruguai e Argentina retiram-se da guerra.

- Caxias cedeu o comando das forças brasileiras ao Conde D’eu.

- Vitória brasileira em 1870/ Batalha de Cerro Corá.

- Conseqüências da guerra.

XVII – IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX

– Introdução: “A partir da segunda metade do século XIX, os países europeus voltaram a recorrer ao imperialismo colonial, visando principalmente à Ásia e a África. Em 1905, 90,4% do território africano e 56,6% do asiático encontravam-se sob domínio estrangeiro. A dominação não se faria, entretanto, sem reação dos povos colonizados. Várias revoltas marcaram o processo de expansão colonialista, fazendo prever que a dominação não conseguiria se perpetuar. A principal conseqüência do expansionismo imperialista seria a Primeira Guerra Mundial”. (MELLO e COSTA. 1999:266)

- Causas do imperialismo: buscas de mercados, matérias-primas e de terras para escoar mão-de-obra.

- Imperialismo do século XIX: Ásia e África, benefícios para a alta burguesia; capitalismo financeiro.

1 – Imperialismo na Ásia

- Dominação britânica sobre a Índia.

- Revolta nacionalista dos Cipaios.

- Rainha Vitória, imperatriz dos indianos.

- Guerra do Ópio;

- Tratado de Nanquirim: abertura dos portos chineses e entrega de Hong Kong à Grã-Bretanha.

- A abertura dos portos japoneses aos Estados Unidos (1853).

- O Japão na Era Meiji.

2 – Partilha da África

- Dominação da África pelas potências européias.

- Conferência de Berlim: além da Europa, Estados Unidos e Rússia.

- Conseqüências do Imperialismo e do Neocolonialismo:

* O mundo inteiramente dividido entre as grandes potências;

* Choque de imperialismos leva à Primeira Guerra Mundial.

XVIII – DECLINIO DO SEGUNDO REINADO

– Introdução: Após uma fase de apogeu, iniciada em meados do século, o fim da guerra do Paraguai (1870) assinala o começo da decadência do Segundo Reinado. As Campanhas Abolicionistas e Republicanas, bem como as questões Religiosas e Militares, são fatores decisivos que viriam a culminar na queda da monarquia, em 1889 (COSTA E MELLO. 1999:216).

- As origens do abolicionismo:

* A Revolução Industrial gera pressões para o fim da escravidão;

- A vida do escravo na África e a questão da escravidão e do tráfico.

- A vida do escravo e a luta pela libertação: o Quilombo de Jabaquara e o Quilombo dos Palmares.

- As campanhas abolicionistas.

- Leis abolicionistas brasileiras:

* Lei Eusébio de Queirós (1850) – fim do tráfico de escravos da África para o Brasil;

* Lei do Ventre Livre (1871)

* Lei dos Sexagenários (1885);

* A assinatura da Lei Áurea – 13 de maio de 1888.

- A vida do escravo após o fim da escravidão negra no Brasil.

- A preferência pelos imigrantes como mão-de-obra.

- O surgimento do Partido Republicano (divisão do Partido Liberal).

- As Campanhas Abolicionistas e Republicanas.

1 – A Questão Religiosa

- Clero regido pelo padroado.

- Punição dos bispos de Olinda e do Pará.

- O Beneplácito.

2 – A Questão Militar

- Positivismo – Benjamin Constant.

- Difusão das idéias republicanas entre os militares.

- Prisões e punições de lideres militares.

3 - A Queda do Império e a Proclamação da República

- O engajamento dos militares no movimento republicano.

- O imperador perde o apoio dos três setores mais poderosos do Império: proprietários de terras, militares e a igreja.

- Deodoro da Fonseca assume o comando do golpe.

- Ausência popular. (A população assiste o golpe bestializada).

- A deposição da Monarquia e a Proclamação da República no dia 15 de novembro de 1889.

XIX – HISTÓRIA DE SERGIPE

Sergipe no Período Imperial

Nas primeiras décadas do século XIX, Sergipe ainda se encontrava sob o domínio político da Bahia, o que tornava constante os conflitos entre sergipanos e baianos.

Em 08 de julho de 1820 através de Carta Régia de D. João VI foi decretada a autonomia política de Sergipe em relação à Bahia. As autoridades baianas reagiram contra a emancipação. Em 1821 São Cristóvão foi invadida e o primeiro presidente da Província, Carlos Bulamarqui, preso e conduzido a Salvador.

A Bahia foi também contrária à Independência do Brasil, o que resultou na invasão de seu território por tropas comandadas por mercenários a mando do Imperador Pedro I. Somente após essa intervenção é que Sergipe tornou-se Província do Império.

A Política em Sergipe do XIX

Em se tornando província foram instalados o governo e os partidos políticos então designados de Liberal e Corcunda. O Partido Corcunda era composto por senhores de engenho e portugueses a eles ligados e residentes em Sergipe.

O Partido Liberal era formado por senhores do gado, embora fosse o predileto dos habitantes urbanos que alimentavam grande sentimento anti-lusitano. As eleições eram marcadas pela violência e pela fraude : “Perseguições, assassinatos, raptos, uso de força policial, falsificação de documentos e outros crimes que ficaram impunes, valia tudo para ganhar a eleição” [1]. Essa truculência estendia-se aos homens livres pobres, escravos, dentre outros.

Revolta de Santo Amaro(1835 a 1837)

Em 1836 um fato marcou a história política local. O Partido Corcunda visando não se lograr perdedor das eleições da época, promoveu uma adulteração em documentos e invadiu a Vila de Santo Amaro reduto dos Liberais. Tal fato resultou em assassinatos, roubos e perseguições aos habitantes locais. A partir disso, os partidos em Sergipe tiveram seus nomes modificados para Rapina (Corcunda) e Camundongo ( Liberal).

Em 1850, acompanhando o movimento nacional mais uma vez alteraram-se seus nomes para Conservador e Liberal.

Em 1870 as idéias republicanas chegaram a Sergipe, onde Estância recebeu o Clube Republicano. Após a abolição o Partido Republicano foi organizado em laranjeiras ( 1888). Era formado por profissionais liberais ( Republicanos Históricos).

Povoações em Sergipe:

O vale da Cotinguiba configurou-se como a região economicamente mais importante da Província: Divina Pastora, Laranjeiras, Maruim, Rosário do Catete, Santo Amaro, Nossa Senhora do Socorro, Capela, Japaratuba, Siriri foram evidência devido a grande produção de cana-de-açúcar para exportação.

Sociedade e Cultura

Nas décadas iniciais do Império a sociedade sergipana era formada por uma camada de proprietários de terras e açucarocratas, a maioria da população era mestiça, isso sem contar os escravos, índios e portugueses. Como características principais dessa sociedade podemos apontar o patriarcalismo, o isolamento e o cristianismo. Costumes severos e simplicidade marcavam seu povo. O luxo era algo reservado apenas às grandes famílias proprietárias.

As estradas eram ruins, o que dificultava o acesso e a chegada de informações. A navegação era difícil. Pouca gente viajava.

A educação do sergipano também era difícil. Pequena parcela da população chegava aos bancos escolares. Somente os abastados podiam estudar, em sua maioria homens. Poucas mulheres sabiam ler e escrever.

Contudo, em 1832 Sergipe ganhou seu primeiro jornal (periódico), denominado “Recompilador Sergipano”, criado em Estância pelo Monsenhor Silveira.

Porém, a partir de 1850 com a proibição do tráfico, e as transformações por que passava o Capitalismo, iniciou-se embora lentamente a se implantar o transporte ferroviário, criavam-se instituições financeiras. O crescimento da produção de açúcar trouxe o desenvolvimento da Zona da Cotinguiba, trazendo o urbanismo e consequentemente uma sociedade e cidades mais ricas, as quais incorporaram novidades e artigos de luxo.

Uma outra necessidade que se fazia sentir nesse momento era a construção de um porto para desafogar a produção açucareira da Cotinguiba. Atendendo a essa necessidade deu-se a mudança da capital de São Cristóvão para o povoado Santo Antônio do Aracaju.

Mudança da Capital

São Cristóvão durante 266 anos (1590 – 1855) ostentou a posição de Capital da Província. A mudança da capital também fez parte de uma política geográfica que foi dominante no século XIX em que as capitais brasileiras deveriam ficar próximas ao oceano, passando de cidades-fortalezas para cidades-portos.

O Ato Imperial de 07 de novembro de 1853 nomeou para administrar a Província, o Dr. Inácio Joaquim Barbosa. Em 1855 o Sr. Inácio Barbosa enumerou uma pauta de motivos que induziam a idéia de mudança da Capital: a inoperância da Capital da Província, falta de porto na cidade para escoar o açúcar produzido na Província, não havia mais perspectivas de crescimento etc.

Assim a escolha de Aracaju para sede da capital representou a vitória dos produtores de açúcar da zona da Cotinguiba, região economicamente mais importante da Província. A transferência da capital não foi decisão repentina e improvisada, mas sim, bem estudada tanto geograficamente como politicamente, onde Inácio Barbosa contou com o apoio irrestrito do Barão de Maruim (João Gomes de Melo). Em 1855 Dr. Inácio Barbosa sancionou a Resolução nº 413 pela qual ficava elevada a categoria de cidade o povoado Santo Antônio do Aracaju, com a denominação de cidade do Aracaju. Uma cidade planejada, que demonstrava a necessidade de se comunicar com outras regiões. Realizada a mudança houve algumas manifestações por parte da população no intuito de impedir a saída das repartições públicas. Em 06 de outubro de 1855, morreu Inácio Barbosa aos 34 anos vítima do Cólera-morbus.

A Visita do Imperador

Em 1860 o Imperador D. Pedro II e sua esposa a Imperatriz Teresa Cristina estiveram em Sergipe e visitaram além de Aracaju, Laranjeiras, São Cristóvão, Estância, Maruim, Propriá, Vila Nova (Neópolis), Porto da Folha, Itaporanga e o povoado de Barra dos Coqueiros. Para recebê-los, várias obras foram executadas: Imperial Instituto Sergipano de Agricultura, a Ponte do Imperador, entre outras melhorias.

Nessa época aumentava o número de sergipanos nos cursos superiores. Esses jovens realizavam seus estudos na Bahia, Recife, Rio de Janeiro ou mesmo no exterior. Dentre eles podemos citar Tobias Barreto, ilustre jurista consagrado a nível nacional, Mestre sergipano da faculdade de Direito do Recife, onde lecionou. Sílvio Romero ( primeiro folclorista sergipano), Fausto Cardoso, Felisbelo Freire, Manoel Bomfim, João Ribeiro. Esses homens escreveram obras sobre Direito, Literatura, História, Folclore, Política etc. destacou-se nesse período o pintor Horácio Hora (laranjeirense) que estudou em Paris.

Nos últimos anos do século XIX surgem novos jornais, teatros, e escolas femininas. São criados o Atheneu Sergipense (1870) e a Escola Normal (1874).

“Ser livre é antes de tudo, escapar da escravidão que a ignorância impõe”.

Manoel Bomfim

LISTA DE SIGLAS

UFS-SE – Universidade Federal de Sergipe

UFPE – Universidade Federal de Pernambuco

UFA – Universidade Federal de Alagoas

CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)

UFC-CE – Universidade Federal do Ceará

UFPR – Universidade Federal do Paraná

UCB-DF – Universidade Católica de Brasília

PUC-SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

UFJF – MG – Universidade Federal de Juiz de Fora

FATEC – SP - Faculdade de Tecnologia de São Paulo

FGV – Fundação Getúlio Vargas

UNIRIO – Fundação Universidade do Rio de Janeiro

UFF-RJ – Universidade Federal Fluminense

ESPM-SP – Escola Superior de Propaganda e Marketing

UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais

UFSM –RS – Universidade Federal de Santa Maria

UEL-PR – Universidade Estadual de Londrina

FUVEST – Fundação Universitária para o Vestibular

CSA – Clayton de Sousa Avelar (2001)

GC – Gilberto Cotrim (1999)

AWMC e MVMA – Antônio Wanderley de Melo Corrêa e Marcos Vinícius Melo dos Anjos (2003)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson. Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed. São Paulo: Ática. 1999.

CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS, Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.

CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo, ANJOS, Marcos Vinícius dos e CORRÊA, Luiz Fernando de Melo. Sergipe nossa história. Aracaju: Infographic’s, 2005.

COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.

GLÊYSE E GENIVALDO. Apostila de História para o Primeiro ano. Aracaju: Pré-Uni, 2008.

MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís César Amad. História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Scipione, 1999.

_______________________História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999.

SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju: Opção Gráfica, 1998.

SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume único.1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.

SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna, 1992.

VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. São Paulo: Scipione, 2001. (Série Parâmetros).

CADERNO DE ATIVIDADES

PRIMEIRO BIMESTRE

01. (UFS – 2002) As Revoluções Inglesas do século XVII representaram um marco na vida européia. Analise as proposições abaixo.

0 0 – Pela primeira vez a burguesia ascendeu ao poder e lançou as bases para a consolidação de sua própria ordem, responsável pela hegemonia do Parlamento que permanece até hoje.

1 1 - Desde sua origem a burguesia centrava seus interesses nas atividades comerciais.

2 2 – O estímulo ao comércio e à indústria no governo de Carlos II reduziu os atritos entre o rei e o Parlamento, o que favoreceu a ascensão da pequena burguesia ao poder.

3 3 – Expressou em todos os seus momentos (Revolução Puritana, Revolução Gloriosa) a disputa pelo poder entre os reis Stuarts e o Parlamento.

4 4 – A presença de uma mentalidade nas classes média e urbana, visando a manutenção das estruturas comunais, acelerou o processo revolucionário que culminou em 1689.

02. (UFS – 2005) As revoluções inglesas do século XVII representaram um marco na vida européia. Pela primeira vez na história do continente, a burguesia assumiu o poder e lançou as bases para a consolidação da sua própria ordem, responsável pela hegemonia do Parlamento, que permanece até hoje. Analise as afirmações sobre esse contexto histórico.

0 0 - Em 1628, o Parlamento inglês sujeitou o rei ao juramento da “Petição dos Direitos”, que protegia a população de tributos e detenções ilegais.

1 1 - A origem do Parlamento inglês pode ser buscada no contexto da Revolução Puritana, que implantou reformas e correção de injustiças sociais, e impôs aos Stuart a assinatura da Carta Magna.

2 2 - A sociedade, representada pelo Parlamento, ao tomar a decisão de executar Carlos I, sepultava um princípio político central do Estado Moderno: a idéia da origem divina do rei e de sua incontestável autoridade.

3 3 - O fim do absolutismo ocorre com a revolução comandada por Oliver Cromwell, momento em que o Parlamento inglês, sob a sua chefia, depõe Carlos I e encerra o ciclo dos governos autoritários dos Tudor.

4 4 - A Revolução de 1689 teve, para a Inglaterra, o mesmo papel que, para a França, teve a Revolução Francesa de 1789, no que se refere à derrubada do Estado absoluto e ao surgimento das condições políticas essenciais à burguesia, como a edificação de um Estado burguês.

03. (UFS – 2007) Devido à crise que ocorria na Europa no século XVII e em razão do avanço das forças capitalistas, a Inglaterra pôde conhecer uma Revolução, que boa parte dos historiadores considera burguesa, pelos efeitos sobre a estrutura econômica inglesa. Analise as afirmações sobre os efeitos dessa Revolução.

0 0 - A burguesia consolida-se definitivamente no poder, afastando por completo a nobreza do cenário político e a participação do proletário urbano nas decisões políticas inglesas.

1 1 - A Revolução consagrou o princípio do poder monárquico controlado pelo Parlamento, em oposição aos excessos absolutistas das dinastias na Inglaterra.

2 2 - O Bill of Rights (Declaração de Direitos) estabeleceu as bases da monarquia parlamentar ao firmar a limitação dos poderes do rei pelo Parlamento, isto é, a superioridade da lei sobre a vontade do rei, pondo fim ao absolutismo.

3 3 - A exclusão da nobreza do Parlamento garantiu à burguesia maioria para as decisões políticas relacionadas à abolição das sociedades por ações na organização das empresas industriais e do Ato de Navegação, que protegiam determinados grupos mercantis.

4 4 - A Revolução teve um papel importante para o surgimento das condições políticas essenciais à burguesia, como a edificação de um Estado burguês, favorável à posterior eclosão da Revolução Industrial.

04. (UFS – 2001) Analise as proposições sobre o Iluminismo.

0 0 – Uma das idéias básicas que norteava as formulações iluministas era a da liberdade como característica essencial e natural do homem, em função da qual a sociedade deveria organizar-se.

1 1 – Os autores mais célebres, sobretudo pela influência que seus trabalhos exerceram sobre a política das principais nações européias, foram os franceses. Dentre eles: Montesquieu, Voltaire e Jean Jacques Rousseau.

2 2 – O despotismo esclarecido foi a principal decorrência política da filosofia iluminista, que, é preciso frisar, não contestava o Estado nem o regime monárquico enquanto tal.

3 3 – As bases para uma nova organização política que, de modo geral, assentava-se em idéias marcadamente individualistas, centravam no homem os princípios fundamentais da organização social.

4 4 – Os princípios fundamentais do iluminismo foram os determinados pelo humanismo cristão, e tinha como base uma profunda valorização do homem que se contrapunha aos valores religiosos da época.

05. (UFS – 2003) O movimento que formulou as idéias que derrubaram o Antigo Regime é denominado Iluminismo. Analise as proposições sobre esse movimento.

0 0 – O culto da razão e a crença nas leis naturais, idéias defendidas pelo movimento, forneceram as bases científicas para o desenvolvimento da tecnologia contemporânea.

1 1 – Os iluministas defendiam a instauração de um governo democrático, onde reinasse a soberania popular e o domínio da maioria.

2 2 – Os déspotas esclarecidos foram os responsáveis pela difusão das idéias iluministas na Europa Ocidental e na América.

3 3 – O movimento caracterizava-se pela procura de uma explicação racional para tudo e pela oposição ao obscurantismo, à tirania e às injustiças. Essas idéias abriram caminho para a Revolução Francesa.

4 4 – As idéias iluministas influenciaram tanto alguns movimentos contra o domínio português, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, quanto o movimento abolicionista.

06. (UFAL – 2003) O processo de exploração colonial no Brasil engendrou várias revoltas sociais envolvendo diferentes segmentos da população da colônia. Identifique as revoltas ocorridas entre os séculos XVI e XVIII, procurando relaciona-las à estrutura social e econômica da colônia.

0 0 – Os maranhenses presenciaram, na segunda metade do século XVII, um conflito entre os jesuítas e os colonos, a chamada Revolta de Beckman, pois o trabalho missionário de catequização dos indígenas contrariava os colonos, que utilizavam os índios como escravos.

1 1 – O Quilombo dos Palmares, localizado na serra da Barriga, atual Estado de Alagoas, representou uma das formas de resistência dos escravos contra a exploração do trabalho, sobrevivendo dezenas de décadas graças ao apoio direto que eles receberam da alta cúpula da Igreja Católica.

2 2 – Os portugueses obtiveram uma grande vitória sobre os franceses na conquista do Brasil, nas primeiras décadas do século XVI, graças ao apoio bélico dos povos que formavam a Confederação dos Tamoios, que preferiam comercializar o pau-brasil com os portugueses.

3 3 – A Guerra dos Mascates representou um choque de interesses entre a aristocracia rural de Olinda e os comerciantes de Recife, em razão do favorecimento destes últimos pela Coroa portuguesa.

4 4 – A guerra dos Emboabas, na primeira década do século XVIII, foi um conflito armado ocorrido na Bahia entre fazendeiros de cana-de-açúcar e criadores de gado, cuja origem estava relacionada à posse da terra.

07. (UFS – 2005) A Revolução Pernambucana de 1817, segundo os historiadores, reveste-se de grande importância por várias razões. Dentre outras, ela foi a:

0 0 - mais ampla, a mais ousada e a mais profunda em relação a todas as revoltas anteriores e seu insucesso deveu-se a não adesão das províncias vizinhas.

1 1 - única das revoltas pela independência do Brasil a chegar ao poder e instituir um governo provisório, inspirado nas idéias republicanas francesas.

2 2 - única a compreender que a adoção dos princípios iluministas de liberdade e de igualdade implicava a demolição do sistema colonial e a extinção da opressão que pesava sobre os negros.

3 3 - mais organizada e a mais lúcida de todas as revoltas brasileiras, especialmente no que se refere ao esforço frustrado de sair do isolamento, buscando apoio de outras províncias, dos Estados Unidos e da Inglaterra.

4 4 - única de todas as revoltas do período que apresentou um conteúdo ideológico mais acentuado, possuía um programa republicano e separatista claro, sabia exatamente o que queria, mas não teve penetração popular suficiente para atingir os objetivos.

08. (UFS – 2006) Do final do século XVIII ao início do século XIX, diversos movimentos armados desafiaram o controle de Portugal sobre a sua colônia brasileira. Juntamente com as mudanças ocorridas no cenário internacional, tais revoltas aceleraram o processo de independência do Brasil. Contextualizando historicamente esses movimentos, pode-se afirmar que:

0 0 – As revoltas coloniais ocorridas na segunda metade do século XVII e primeira do XVIII tiveram caráter exclusivamente local. Foram reações isoladas contra os privilégios de algumas companhias de comércio, reação à posição da metrópole em relação a certas autonomias locais ou, entre outras, contra a política fiscal metropolitana.

1 1 – Em 1709 Pernambuco foi palco de um movimento em prol da libertação colonial: a Guerra dos Mascates. Esta rebelião foi, essencialmente social, influenciada pelas idéias liberais do iluminismo e liderada por negros e mulatos.

2 2 – Entre os movimentos que alcançaram grande repercussão na história por se opor à dominação portuguesa está a Inconfidência Mineira de 1789, mesmo ano da Revolução Francesa. Seus líderes procuraram difundir no Brasil os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.

3 3 – A Revolta de Vila Rica, além de visar à emancipação colonial, questionava também as desigualdades sociais e pregava uma democracia racial no Brasil, com o fim da escravidão e de todos os privilégios.

4 4 – A Conjuração Baiana de 1798, entre outras, colocou em xeque o sistema colonial como um todo, inserindo-se no movimento mais amplo que caracteriza a crise do Antigo Regime.

09. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) No período em que a Corte Portuguesa mantinha a sede do governo imperial no Brasil, eclodiu a Revolução Pernambucana de 1817. Analise as proposições sobre aspectos dessa Revolução.

0 0 – A Revolução de 1817 foi um movimento exclusivo de proprietários rurais que queriam acabar com a centralização imposta pela Coroa em todo o Nordeste, não tendo participação de setores progressistas da sociedade.

1 1 – O objetivo dos rebeldes pernambucanos era proclamar uma república, organizada de acordo com os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, que inspiraram os idealizadores da Revolução Francesa.

2 2 – A Revolução Pernambucana foi, dentre as rebeliões do período colonial, a única ocorrida no Nordeste que questionava o Pacto Colonial, mas não passou de mera conspiração, sem perspectivas de tomada do poder.

3 3 - Os rebeldes de Pernambuco, por serem de concepção liberal, desejavam apenas trocar o rei mantendo o sistema monárquico, não questionando a estrutura econômico-social que vigorava desde o século XVII.

4 4 – Os revolucionários tomaram o Recife e implantaram um governo provisório baseado no sistema republicano e estabeleceram a igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não tocaram no problema da escravidão.

10. (UFS – 2008) A transferência da Corte portuguesa para o Brasil e as transformações advindas das medidas tomadas no período joanino, compreendido entre 1808 e 1821, provocaram reações em diversas regiões do país. Analise as afirmações que caracterizam a Insurreição Pernambucana de 1817.

0 0 - A Insurreição Pernambucana, de caráter anticolonialista, contou com adesão da Paraíba, do Rio Grande do Norte e teve início com a constituição de um governo provisório baseado no modelo do Diretório Francês de 1795, implantado durante a Revolução Francesa.

1 1 - Os revolucionários pernambucanos, durante o período em que estiveram no poder, aboliram a escravidão, os impostos recém-instituídos pela Corte e estabeleceram a liberdade de imprensa, a liberdade de religião, uma nova bandeira e um hino republicano regional.

2 2 - O movimento revolucionário pernambucano de 1817, que contou com ampla participação da população negra e foi liderado pela burguesia letrada, lutava contra o poder político que a Maçonaria detinha no Nordeste, bem como contra o autoritarismo dos latifundiários da região.

3 3 - A Insurreição Pernambucana foi impulsionada por insatisfações políticas das elites nordestinas em relação à Corte portuguesa no Rio de Janeiro, agravadas por várias dificuldades econômicas ocasionadas pela queda dos preços dos principais produtos de exportação da região, como o açúcar e o algodão.

4 4 - Os lideres do movimento revolucionário estiveram 75 dias no poder, pregavam ideais republicanos e defendiam valores iluministas propondo mudanças comportamentais na sociedade sem alterar, entretanto, a manutenção da propriedade privada e o regime de trabalho predominante.

11. (UFS – 2003) A industrialização no século XVIII, na Grã-Bretanha, provocou uma mudança social profunda na medida em que transformou a vida dos homens, sem se preocupar com os custos sociais e ambientais dessa mudança. Sobre esse fenômeno, analise as afirmações abaixo.

0 0 – Um dos efeitos mais importantes dos cercamentos das terras na Inglaterra foi o fracionamento da grande propriedade e a conseqüente ascensão dos pequenos proprietários ao poder.

1 1 – O controle técnico do processo de produção passou para as mãos dos capitalistas no momento em que se instituiu a divisão e o parcelamento do trabalho. Isto fez com que o trabalhador perdesse a visão global do processo.

2 2 – O espírito tradicionalista dos operários, aliado à violência destruidora dos trabalhadores desqualificados ingleses que não entendiam o progresso trazido pelas máquinas, deu origem ao movimento conhecido como Ludismo.

3 3 – O operário se especializou em servir uma máquina, transformando-se em autômato destinado a desempenhar atividades cotidianas cansativas e monótonas e mais vulnerável aos acidentes de trabalho.

4 4 – A busca por uma maior comunicação entre os operários, que permitisse o aumento de eficiência do operário e maior lucratividade para o empresário, contribuiu com a organização do trabalho fabril na Inglaterra.

12. (UFS – 2006) A Revolução industrial, que teve início por volta de 1750 na Inglaterra, fez surgir novas ferramentas e máquinas capazes de substituir dezenas de braços humanos. Reunidas nas fábricas, as máquinas deram origem a novos processos de produção. Ao mesmo tempo, os trabalhadores constituíram a nova classe social, o proletariado. Sobre este fenômeno, analise as proposições abaixo.

0 0 – A expropriação da massa de trabalhadores gerou uma sucessão de lutas, diretas ou indiretas, contra a propriedade e o capital representados pela burguesia industrial.

1 1 – As reivindicações do operariado traduzia um desejo comum das demais camadas populares inglesas, a saber: a supressão de uma ordem social baseada no privilégio e na sociedade estamental.

2 2 – O ludismo foi o nome usado para designar movimentos operários de protesto que se desenvolveu no final do século XVIII e início do século XIX em busca de melhorias salariais e contenção da mecanização do ciclo produtivo, principalmente no setor têxtil.

3 3 –Na primeira fase da Revolução Industrial, as lutas do proletariado resultaram da reivindicação dos trabalhadores por reforma da sociedade a fim de eliminar a propriedade privada, assim como o sistema capitalista.

4 4 – O operariado começou a fazer sua aparição política com reivindicações classistas e propostas de ordem social, assim como, na ordenação do poder.

13. (UFS – 2009) Afastado de qualquer atividade do pensamento, esses homens perdem exatamente aquilo que os diferencia dos seres irracionais. No fim do percurso, encontramos homens reduzidos a meros seres intuitivos; sua parcela de humanidade se localiza nos sentimentos e não na razão. (Maria StelJa Martins Bresciani)

(Nicolina L de Pella e Eduardo A B. Ojeda. História: uma abordagem Integrada. São Paulo: Moderna. 2003. p. 133)

Pode-se estabelecer uma relação entre o texto e o contexto da Revolução Industrial inglesa, pois essa Revolução.

0 0 - Propiciou a ascensão social dos artesãos, na medida em que favoreceu a reunião de seus

capitais e suas ferramentas em oficinas, contribuindo para o aumento da produção e para a acumulação de riqueza.

1 1 - Transferiu para a máquina o controle dos artesãos e, nas relações de trabalho, transformou o trabalho em mercadoria, sendo responsável pela formação de uma nova classe social, o proletariado.

2 2 - Intensificou a interferência do Estado na regulamentação da jornada de trabalho e no estabelecimento de bases salariais para melhorar as condições de trabalho do proletariado e protegê-Io da exploração do patrão.

3 3 - Estimulou o ideal socialista da propriedade privada, transformando a vida do trabalhador numa constante busca de riqueza para reduzir as desigualdades sociais e promover sua ascensão na sociedade capitalista.

4 4 -Promoveu a divisão do trabalho em múltiplas operações, dando origem à linha de montagem e conduzindo o trabalhador à especialização e à alienação em relação ao processo produtivo global.

14. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo sobre o liberalismo.

0 0 – Os teóricos do liberalismo do século XVIII defendiam o princípio de que as transformações da sociedade resultavam exclusivamente das forças econômicas.

1 1 – O liberalismo clássico baseava-se no intervencionismo estatal, no dirigismo econômico e no protecionismo alfandegário.

2 2 – Para o pensamento liberal do século XVIII, o bem-estar da sociedade era o resultado e a conseqüência da prosperidade econômica individual de seus membros integrantes.

3 3 – O liberalismo baseava-se na tese de que a riqueza de um país dependia de sua capacidade de acumular metais preciosos.

4 4 – Os economistas liberais do século XIX, frente aos problemas criados pela industrialização, defendiam a propriedade privada, a livre concorrência e algumas reformas.

15. (UFS – 2004) No século XVIII, o pensamento liberal exerceu grande influência no mundo ocidental, especialmente com idéias divergentes dos fundamentos do Antigo Regime. Analise os princípios do liberalismo dentro do contexto histórico mencionado.

0 0 – O princípio liberal de não intervenção do Estado na economia contrapunha-se ao mercantilismo, uma vez que este era considerado prejudicial à livre iniciativa econômica.

1 1 – Os liberais defendiam a liberdade política, mas condenavam a liberdade religiosa, pois acreditavam que o questionamento do poder da igreja poderia prejudicar a acumulação primitiva do capital.

2 2 – Um dos mais conhecidos idealizadores do pensamento liberal foi Charles Montesquieu, que condenava o absolutismo monárquico, mas concordava com a idéia da constituição de um governo livre por meio do voto popular para a eleição presidencial.

3 3 – Adam Smith defendia princípios do liberalismo econômico, sobretudo a idéia de que a economia deveria ser dirigida pelo livre jogo da oferta e da procura de mercado.

4 4 – Os pensadores liberais divergiam e eram até mesmo contraditórios, mas eles tinham como princípio básico a utilização da razão como forma de reflexão sobre as relações entre sociedade e natureza.

SEGUNDO BIMESTRE

16. (UFS – 2004) Considere os dois textos.

I. A igualdade entre os homens não é tanto um problema de igualdade de riquezas, mas uma questão de igualdade de direitos.

II. Não basta que a República se fundamente sobre a igualdade. É preciso que as leis e os costumes contribuam para que desapareçam as desigualdades econômicas.

(Gilberto Cotrim. História Global. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 264)

Os dois textos foram escritos, em 1973, por participantes da Revolução Francesa. Reflita sobre os ideais e os agentes sociais que participaram dessa Revolução.

0 0 – As idéias de liberdade e igualdade, que estiveram no centro das discussões durante a Revolução, nem sempre foram compreendidas da mesma maneira, tanto naquela época como atualmente.

1 1 – Os dois textos foram escritos por defensores dos direitos de igualdade econômica, pois os revolucionários franceses estavam unidos na luta contra a monarquia e na luta pela distribuição igualitária das riquezas.

2 2 – O primeiro texto expressa idéias mais próximas do ideário dos girondinos, que estavam dispostos a aprovar a igualdade de todos perante a lei, mas não abriram mão do direito à propriedade individual.

3 3 – O segundo texto está diretamente relacionado com as idéias dos jacobinos, que defendiam posições mais radicais e de interesse da pequena burguesia, dos camponeses e dos proletários.

4 4 – Os ideais do segundo texto foram colocados em prática, após o golpe de 18 Brumário, por Napoleão Bonaparte, que assumiu o governo criando leis que favoreciam as camadas populares participantes da Revolução.

17. (UFAL – 2004) Considere a gravura.

A gravura expressa um dos símbolos da radicalização política que ocorreu em determinados momentos do processo de revoluções burguesas nos séculos XVII e XVIII, na Europa. Analise as afirmações que apresentam fatos relacionados a esse radicalismo.

0 0 – Ao contrário do que ocorreu na Revolução Francesa, as revoluções inglesas do século XVII tiveram um caráter pacífico, pois as divergências entre os monarcas e o parlamento eram de natureza econômica e não políticas.

1 1 – No contexto da Revolução Francesa, os jacobinos lideraram, ao lado dos sans-culottes, uma reação contra os que denominaram de “traidores da pátria e da revolução”, proclamando a República e implantando a pena de morte para os contra-revolucionários.

2 2 – Os montanheses e os girondinos desencadearam verdadeiro terror durante a Revolução Francesa, executando publicamente os membros da burguesia que discordavam do projeto de implantação da reforma agrária.

3 3 – No século XVII, divergências entre o rei Carlos I e o Parlamento em relação ao poder político e aos assuntos econômicos culminaram numa Guerra Civil que resultou na condenação à morte do rei e na proclamação da República que vigorou de l649 a 1658.

4 4 – As revoluções burguesas européias foram marcadas pela violência contra os monarcas absolutistas, pois suas lideranças inspiraram-se nos pensadores iluministas que defendiam a eliminação dos opositores da expansão do capital.

18. (UFAL – 2005) Considere a imagem.

Em novembro de 2005, a França viveu dias agitados principalmente com os ataques incendiários a carros e imóveis públicos. No dia 14 de julho de 1789, grande parte da população parisiense destruiu e incendiou a Bastilha. Reflita sobre a imagem e o seu significado para a história da França.

0 0 – A Bastilha era uma prisão para opositores políticos e simbolizava o autoritarismo e as arbitrariedades cometidas pelo governo absolutista francês.

1 1 – Os sans culottes tiveram um papel fundamental na onda revolucionária que desmoronou um dos símbolos do Antigo Regime

2 2 – A tomada da Bastilha marcou o início de um governo socialista na França que terminou com o Golpe de Napoleão Bonaparte.

3 3 – A burguesia condenou a destruição da Bastilha pelos parisienses por temer que a sublevação afetasse os seus direitos feudais sobre a terra.

4 4 – A queda da Bastilha teve um significado mais amplo na história, pois sua repercussão ultrapassou as fronteiras da França.

19. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Considere o Cartum inglês do início do século XIX, mostrando William Pitt (primeiro-ministro da Inglaterra) e Napoleão Bonaparte.

O chargista mostra sua visão sobre aspectos da política de Napoleão Bonaparte. Identifique as afirmações que contêm fatos ou idéias relacionadas com o contexto histórico destacado pelo chargista.

0 0 – A França e Inglaterra uniram-se com o objetivo de realizar a expansão imperialista nos continentes dominados pelos portugueses e espanhóis.

1 1 – A rivalidade entre a França e a Inglaterra teve repercussões políticas em Portugal, pois forçou a família real portuguesa a se transferir para o Brasil.

2 2 – A partilha do mundo, pretendida pelos franceses e ingleses não se realizou, porque Napoleão invadiu e dominou a Inglaterra durante o seu governo.

3 3 – Os conflitos entre França e Inglaterra existiam porque ambos buscavam ampliar seus domínios territoriais visando desenvolver o sistema industrial.

4 4 – O Bloqueio Continental imposto à França pelos ingleses dificultou a comercialização dos produtos franceses em vários continentes.

20. (UFS – 2008) Considere o trecho que segue.

A história "moderna" termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou ''Antigo Regime". (...) 1789 é a chave para o antes e o depois. Separa-os, e portanto os define, os explica.

(François Furet. Pensando a Revolução Francesa. Trad, São Paulo: Paz e Terra, 1989, p.17)

Diversos historiadores enfatizaram a importância e o significado histórico da Revolução Francesa para o mundo ocidental. Analise as proposições que justificam as afirmações feitas pelo autor.

0 0 - A Revolução Francesa foi um processo radical de insurreição popular contra a monarquia, a Igreja Católica, a desigualdade social, a sociedade estamental e a propriedade privada, cujos princípios ideológicos inspiraram o socialismo.

1 1 - O caráter antifeudal, anticlerical e a liderança burguesa foram fatores da Revolução Francesa que impulsionaram a consolidação do capitalismo e inauguraram o que se considerava "uma nova era", marcada pelo estabelecimento de um novo calendário.

2 2 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão estabeleceu a soberania da Nação, a liberdade de expressão, a igualdade jurídica e a obrigação do Estado na defesa dos direitos naturais dos cidadãos, rompendo com a sociedade híerarquica e os privilégios nobiliarquicos até então vigentes.

3 3 - O processo revolucionário francês foi composto por sucessivas etapas nas quais se verifica a graduai adesão de todos os setores da sociedade a ideais liberais e republicanos, cujo desfecho culminou no fim do absolutismo e na implantação do primeiro governo democrático ocidental.

4 4 - A fase denominada "República Jacobina" caracterizou-se pelo definitivo rompimento com o Antigo Regime e pela pacificação da sociedade francesa, pois nesse período de estabilidade econômica foi estabelecido o sufrágio universal, a reforma agrária, e a anistia a todos aqueles anteriormente considerados inimigos do povo.

21. (UFS – 2002) Analise as proposições abaixo sobre os Estados Unidos no século XIX.

0 0 – A conquista do Oeste americano, realizada pelos pioneiros, agravou a rivalidade política e econômica entre o Norte burguês-capitalista e o Sul agrário-escravista, desencadeando a Guerra Civil do século XIX.

1 1 – Após a guerra civil, seguiu-se uma fase de reconstrução do país, em que foram lançadas as bases para que os Estados Unidos se transformassem numa potência.

2 2 – A abolição definitiva da escravidão ocorreu nos Estados Unidos apenas em 1885, o que o colocou como um dos últimos países do mundo a adotar tal procedimento.

3 3 – O isolacionismo em relação à Europa e o intervencionismo na América Latina foram as principais características da política externa dos Estados Unidos no século XIX.

4 4 – A Doutrina Monroe, sintetizada no lema “ a América para os americanos”, serviu de pretexto para a intervenção dos Estados Unidos em 1898 na guerra de independência de Cuba contra a Espanha.

22. (UFS – 2004) O desenvolvimento dos Estados Unidos da América no século XIX engendrou elementos que explicam a sua política imperialista e a hegemonia que adquiriu, sobretudo a partir da Primeira Guerra Mundial. Analise esses elementos do processo histórico dos EUA.

0 0 – Buscando unir forças com os governos latino-americanos, o governo dos EUA formulou, em 1823, a Doutrina Monroe, cujo princípio fundamental consistia na ajuda financeira aos países que respeitassem os princípios democráticos e liberais.

1 1 – Os governos dos Estados Unidos adotaram uma postura agressiva, especialmente contra os europeus, mexicanos e indígenas, no processo de expansão territorial, conhecido por expansão para o Oeste.

2 2 – A Guerra de Secessão representou a vitória inquestionável dos Estados do Norte sobre os Estados sulistas, que, ao final, tiveram que reconhecer a abolição da escravidão, que era um dos motivos da guerra.

3 3 – Na segunda metade do século XIX, a instituição do direito de voto aos negros favoreceu o surgimento de organizações, como a ku-klux-klan, que cometiam atos de violência contra eles e difundiam a segregação racial.

4 4 – O grande desenvolvimento industrial, na segunda metade do século XIX, aliado ao processo de mecanização da agricultura, beneficiou as camadas populares urbanas e os camponeses, por meio das garantias trabalhistas e da reforma agrária realizada.

23. (UFS – 2005) Considere a foto e o texto.

Esta é uma instituição de Cavalheirismo, Humanidade Misericórdia e Patriotismo (...) cujos objetivos são: Primeiro: proteger os fracos, inocentes e indefesos contra as indignidades, injustiças e ultrajes dos sem-leis, violentos e brutais; acudir aos injuriados e oprimidos; socorrer os sofredores e infelizes e, sobretudo, as viúvas e órfãos de soldados confederados. Segundo: proteger e defender a Constituição dos Estados Unidos, e todas as leis promulgadas em conformidade com ela, e proteger os Estados e seu povo de toda a invasão, venha esta de onde vier.

(Harold C Syrett (org). Documentos Históricos dos Estados Unidos. Trad. São Paulo: Cultrix, 1980. p. 225).

As idéias do texto fazem parte do manifesto de fundação de uma organização, simbolizada na foto, que surgiu nos Estados Unidos, em 1867. Analise as afirmações sobre essa organização nesse contexto histórico.

0 0 - Essa organização tornou-se conhecida por Ku-Klux-Klan e, ao contrário do que ela apresenta no seu manifesto, suas ações basearam-se em princípios racistas e recorria a ameaças e à violência para restabelecer a supremacia branca no sul dos EUA.

1 1 - A organização a que a foto faz referência transgrediu princípios defendidos em seu manifesto, pois impediu que os ex-escravos assumissem plenamente a cidadania, prevista em Emenda Constitucional dos EUA, aprovada logo após o término da Guerra

de Secessão.

2 2 - A organização do Cavalheirismo, Humanidade, Misericórdia e Patriotismo passou a atuar nos EUA na defesa dos grupos indígenas que perdiam suas terras durante a marcha para Oeste, sendo a cruz o sinal de proteção a esses povos.

3 3 - O movimento abolicionista nos Estados Unidos teve a participação de várias organizações secretas, como a mencionada no texto e na foto, que utilizavam métodos de intimidação e de violência contra os proprietários de terra e de escravos.

4 4 - A Guerra de Secessão teve como causa primordial o surgimento de inúmeras organizações separatistas nos Estados do Norte dos EUA, como a mencionada no texto, que pretendiam formar uma nação branca excluindo o território do Sul em razão do elevado número de negros nesta região.

24. (UFS – 2006) Na passagem do século XVIII para o século XIX, as revoluções, iniciadas com a independência dos Estados Unidos e consolidadas com a Revolução industrial e a Revolução Francesa, deixaram em desvantagem os Estados ibéricos, ainda apegados ao mercantilismo colonialista, que dificultava o livre comércio e, portanto, o desenvolvimento industrial. Nesse período, pode-se afirmar que:

0 0 – O processo de independência das colônias espanholas na América foi acelerado com a difusão do princípio de legitimidade em todas regiões latino-americanas, pelos líderes revolucionários.

1 1 – Em represália à não-obediência ao Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte invadiu Portugal e ocupou a Espanha, desencadeando o processo de independência da América Latina.

2 2 – As elites da América espanhola, representadas pelos criollos, apoiaram o rompimento com a metrópole monopolista, que lhes dificultava as transações mercantis, sobretudo com a Inglaterra, principal pólo econômico do mundo.

3 3 – Somente entre 1817 e 1825, processou-se a revolução vitoriosa que libertou a maioria dos países latino-americanos. Os rebeldes apoiados pela Inglaterra e os Estados Unidos foram ainda favorecidos pela distância da metrópole e pela situação interna da Espanha, envolvida em convulsões políticas.

4 4 – A estrutura econômica das colônias latino-americanas caminhou para o amadurecimento capitalista, fortalecendo os valores liberais e nacionalistas das rebeliões emancipacionistas locais.

25. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Nos Estados Unidos da América, as diferenças econômicas, sociais e políticas entre Norte e Sul aprofundaram-se em meados do século XIX, levando à eclosão da Guerra de Secessão. Identifique os acontecimentos históricos relacionados a esse conflito.

0 0 – Um dos problemas que alimentaram de forma crescente a rivalidade entre Norte e Sul residia na questão da expansão do escravismo nos novos estados do Oeste.

1 1 – A vitória dos estados sulistas ocorreu, dentre outros fatores, porque eles possuíam um desenvolvimento industrial que facilitava a fabricação de equipamentos militares.

2 2 – A Guerra provocou graves dificuldades à produção e exportação de algodão nos estados do Sul, e isso beneficiou algumas regiões do Nordeste que passaram a exportar mais esse produto.

3 3 – Houve tanta resistência dos sulistas à libertação dos escravos que, mesmo após a abolição da escravatura, muitos deles fundaram associações terroristas, como a ku klu klan, contra os negros.

4 4 – O poder político da União enfraqueceu consideravelmente depois da Guerra, permanecendo nas mãos da oligarquia latifundiária e escravista.

26. (UFS – 2008) No século XIX os Estados Unidos viveram uma intensa guerra civil, conhecida como Guerra de Secessão e causada por divergências entre estados do Norte e do Sul do pais. Analise as proposições que tratam desse conflito.

0 0 - As divergências entre o Norte e o Sul se referiam, entre outros temas, à concepção de política econômica que deveria vigorar no país: enquanto no Norte defendia-se a adoção de tarifas protecionistas, no Sul reivindicava-se o estabelecimento do livre comércio.

1 1 - As conseqüências da Guerra de Secessão foram a consolidação da Independência dos Estados Unidos, o início da expansão territorial conhecida como Marcha para o Oeste e a circunscrição da escravidão a estados de pouca relevância econômica.

2 2 - As diferenças econômicas entre o Norte, industrial e urbano, e o Sul, onde predominava a grande propriedade rural, somadas à questão do escravismo, admitido no Sul mas rechaçado no Norte, foram fatores que impulsionaram a Guerra de Secessão.

3 3 - Os estados sulistas, separatistas, iniciaram a guerra civil ao atacarem o Norte, que após anos de resistência foi subjugado e obrigado a acatar algumas leis para promover a reunificação do pais, dentre elas a que estabelecia a segregação racial.

4 4 - Os estados nortistas formaram uma Confederação com o objetivo de derrotar as tropas do Sul para promover uma nova ocupação agrária do território nacional, baseada na liberdade de aquisição de terras e no estabelecimento de leis universais.

TERCEIRO BIMESTRE

27. (UFS – 2001) Considere as proposições sobre a crise do sistema colonial.

0 0 – A Santa Aliança, criada com a finalidade de combater os movimentos revolucionários nas colônias, acelerou o nosso processo de independência na medida que forçou a abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

1 1 – A Independência do Brasil não pode ser considerada como um fato isolado. O 7 de setembro foi, na verdade, um marco do processo de expansão do liberalismo, que impregnou os movimentos de rebeldia desde o século XVIII.

2 2 – O “Dia do Fico” – 9 de janeiro de 1822 – é considerado pelos historiadores como verdadeiro dia da independência do Brasil, pois assinalou a opção de D. Pedro pela autonomia brasileira.

3 3 – O processo de emancipação brasileiro teve a sua etapa decisiva nas primeiras décadas do século XIX, com a vida da família real portuguesa para o Brasil.

4 4 – O Bloqueio Continental retardou o processo de independência do Brasil na medida em que proibia os países aliados à França e suas colônias de comerciarem com os comerciantes ingleses.

28. (UFAL – 2002) Analise as afirmações abaixo sobre a independência das Américas portuguesa e inglesa.

0 0 - A presença da corte portuguesa no Brasil, no começo do século XIX, mudou de vez o equilíbrio das relações colônia-metrópole a favor da colônia, de sua autonomia e, no final, de sua emancipação.

1 1 - A Independência dos Estados Unidos no século XVIII marca o início da Era das Revoluções Burguesas, pois bloqueou a possibilidade de independência das outras colônias na América.

2 2 - Além da política repressiva inglesa, que se expressou por meio de várias leis da Metrópole, o processo de Independência dos Estados Unidos foi influenciado pelos ideais iluministas defendidos pelos colonos, que sonhavam com a formação de um novo país.

3 3 - A Independência da América Inglesa caracterizou-se por ser uma revolução social de massa e muito mais radical do que qualquer outro movimento revolucionário da época, pois foi a única de alcance universal.

4 4 - Os movimentos nativistas brasileiros, principalmente a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, influenciaram a América Latina repercutindo nos levantes que levaram à liberação de várias colônias da região.

29. (UFS – 2007) Considere o texto para responder à questão.

Não é possível explorar a colônia sem desenvolvê-la; isto significa ampliar a área ocupada, aumentar o povoamento, fazer crescer a produção. É certo que a produção se organiza de forma específica, dando lugar a uma economia tipicamente dependente, o que repercute também na formação social da colônia. Mas, de qualquer modo, o simples crescimento extensivo já complica o esquema; a ampliação das tarefas administrativas vai promovendo o aparecimento de novas camadas sociais, dando lugar aos núcleos urbanos, etc. Assim, a pouco e pouco se vão revelando oposições de interesse entre colônia e metrópole, e quanto mais o sistema funciona, mais o fosso se aprofunda. Por outro lado, a exploração colonial, quanto mais opera, mais estimula a economia central, que é o seu centro dinâmico. A industrialização é a espinha dorsal desse desenvolvimento, e quando atinge o nível de uma mecanização da indústria, todo o conjunto começa a se comprometer porque o capitalismo industrial não se acomoda nem com as barreiras do regime exclusivo colonial nem com o regime escravista de trabalho. (Fernando A. Novais. As dimensões da independência. in: Carlos G. Mota. 1822 – Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 23)

A transição do feudalismo ao capitalismo completou-se no século XVIII. Foi nesse momento, ou a partir dele que ocorreu a crise do sistema colonial e, conseqüentemente, os movimentos de independência nas áreas coloniais. Analise as afirmações que confirmam as argumentações do autor do texto.

0 0 - Os movimentos de independência latino-americanos resultaram da ausência de acordo entre os interesses econômicos da aristocracia proprietária de terras e as forças capitalistas externas inglesas.

1 1 - Uma vez iniciado o processo de industrialização na Inglaterra, o sistema colonial, montado sob a ótica do capital mercantil desestruturou-se completamente e, nas áreas coloniais, passaram a ocorrer os movimentos de independência.

2 2 - O surgimento de uma nova divisão internacional do trabalho transformou as antigas regiões coloniais em fornecedoras de produtos manufaturados e possibilitou a formação de uma elite interessada em romper os laços coloniais metropolitanos.

3 3 - A crise do sistema colonial está diretamente relacionada com a introdução do modo de produção capitalista, cujas exigências não poderiam ser atendidas pelos mecanismos básicos do Antigo Sistema Colonial, já que este fora o instrumento do capital comercial.

4 4 - Os fatores que atuaram sobre o movimentos de independência das colônias americanas foram frutos da dinâmica interna de conscientização das classes dominantes, representantes do povo nas assembléias das capitanias.

30. (UFS – 2003) Analise as proposições abaixo sobre o processo de Independência do Brasil.

0 0 – A abertura dos portos em 1808, decretou a morte do pacto colonial, na medida em que extinguiu o monopólio do comércio colonial. A partir daí, o Brasil caminhou a passos largos rumo à definitiva independência política, em 1822.

1 1 – A elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, em 1815, está ligada aos interesses econômicos dos países membros do Congresso de Viena em promover a independência política das colônias portuguesas na América.

2 2 – Acontecimentos de suma importância modificou, em 1822, o quadro político de Sergipe. O general Pedro Labatut obrigou as câmaras municipais a reconhecerem a autoridade de D. Pedro e fez com que se observasse o ato da autonomia da província.

3 3 – No começo do século XIX o partido favorável à autonomia de Sergipe e à independência da colônia levou à prisão o governador que fazia uma política contrária à emancipação local. Quebrada a resistência o partido declarou, em 1820, a independência política da capitania.

4 4 – A independência do Brasil em 1822 promoveu a ampliação da participação popular nas decisões políticas do país na medida em que a Constituição de 1824 introduziu o voto universal e secreto.

31. (UFS – 2005) Reflita sobre o texto.

A penetração do capital financeiro no Brasil tem sua origem naqueles primeiros empréstimos concedidos pela Inglaterra, logo depois da Independência, ao novo governo da jovem nação. (...) Mas estes empréstimos têm um caráter especial e não representam ainda o papel específico do capital financeiro dos tempos mais recentes. Sua função é meramente política, e sua finalidade puramente comercial.

(Caio Prado Junior. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1972. p. 270-1)

A elevada dívida externa do Brasil compromete, em grande parte, a política econômica do presidente da República, Luiz

Inácio Lula da Silva. Esse problema tem raízes históricas. O autor do texto faz referência às origens do endividamento externo no processo de formação do Estado brasileiro. Analise as proposições relacionadas ao texto e ao período do Império

no Brasil.

0 0 - A Inglaterra assumiu o papel de intermediária entre o Brasil e Portugal na questão da independência, como forma de criar condições para continuar extraindo lucros do privilégio comercial com o Brasil.

1 1 - A diplomacia inglesa cumpriu decisões do Congresso de Viena quando reconheceu, logo após o “grito da Independência”, o Império brasileiro, o que lhe garantiu o privilégio de ser o primeiro credor do Brasil.

2 2 - Em 1825, foi assinado o Tratado de Paz e Amizade no qual, em uma das cláusulas, Portugal reconhecia a independência do Brasil, e este se comprometia a indenizar a ex-metrópole em dois milhões de libras esterlinas.

3 3 - Os ingleses participaram do processo de independência política do Brasil por razões políticas e não econômicas, uma vez que tinham interesse na difusão do liberalismo e do parlamentarismo.

4 4 - Para reconhecer a independência do Brasil, a Inglaterra assinou acordos com o governo brasileiro que estabelecia, entre outras cláusulas, taxas alfandegárias preferenciais para os ingleses e a abolição do tráfico de escravos.

32. (CSA – 2001) Da segunda metade do século XVIII em diante, o sistema colonial espanhol entrou em crise até que, no início do século XIX, quase todo seu antigo império colonial na América estivesse independente. Sobre as causas externas desta crise, julgue os itens abaixo.

0 0 – A emancipação das colônias espanholas, a exemplo do Brasil, foi realizada pelos vice-reis que governavam partes do império espanhol na América. Percebendo a fragilização da monarquia, por conta das guerras napoleônicas, proclamaram-se reis em seus respectivos domínios.

1 1 - O liberalismo, doutrina e política econômica, triunfara no século XVIII. Todas as monarquias européias mais desenvolvidas, como a Inglaterra e a França, lutavam contra o colonialismo, por considerá-lo incompatível com o livre comércio, o que de fato era. Por esse motivo, os espanhóis foram constrangidos a conceder a libertação às suas colônias na América.

2 2 - A independência dos Estados Unidos serviu de exemplo para as elites locais hispano-americanas.

3 3 - O êxito da Revolução Inglesa foi o principal fator a determinar a independência na América Latina, pois ela consagrou o princípio de autodeterminação dos povos.

4 4 - A Revolução Francesa e seus ideais de liberdade influenciaram muitos setores da sociedade hispano-americana.

33. (CSA – 2001) Leia o texto.

"A Constituinte teve os trabalhos comprometidos com as lutas entre os parlamentares e o imperador, sobretudo depois que os Andradas romperam com ele e passam a fazer-lhe obstinada luta. Formara-se a comissão que logo encaminha projeto para o documento: o principal redator fora Antônio Carlos, já experimentado politicamente, de presença marcante na revolução de 1817 e ex-deputado às Cortes de Lisboa. Submetida ao plenário, a proposta mal começou a ser discutida. "

(Francisco Iglésias. Constituintes e Constituições Brasileiras . São Paulo, Brasiliense, 1986, p. 19)

Julgue os itens, com base no texto e em seus conhecimentos sobre os primeiros anos do Brasil independente.

0 0 - A razão fundamental da luta entre parlamentares e o imperador era o poder. Os parlamentares de inclinação liberal opunham-se à concentração de poderes em D. Pedro e pretendiam elaborar uma constituição onde o Parlamento tivesse força real.

1 1 - O objetivo dos Andradas era derrubar D. Pedro e criar uma nova dinastia, a dos Andradas. Foram por isso presos e exilados.

2 2 - Antônio Carlos de Andrada participou da Insurreição Pernambucana, o mais radical movimento pró-independência antes da ruptura de 1822.

3 3 - A "proposta mal começou a ser discutida" porque em pouco tempo D. Pedro dissolveria a Constituinte e nomearia uma comissão para redigir a constituição.

4 4 - O processo relatado no texto refere-se ao período regencial brasileiro e à discussão sobre a legalidade ou não da antecipação da subida de D. Pedro II ao trono, mesmo sem ter idade legal para tanto.

34. (CSA – 2001) Leia o texto.

“A ideologia liberal, inócua e excluída ao nível da dominação patrimonialista (pela persistência concomitante da escravidão, do mandonismo, do privatismo e do localismo), encontra na sociedade civil, nascida da Independência, uma esfera na qual se afirma e dentro da qual preenche sua função típica de transcender e negar a ordem existente”. Florestan Fernandes. A Revolução Burguesa no Brasil. Rio de Janeiro, Zahar, 1981. P. 39)

Julgue os itens, com base em seus conhecimentos e no texto acima, sobre o liberalismo no Brasil após a independência.

0 0 – No Brasil a ideologia liberal manifestou-se em diversas revoltas provinciais, entre elas a Confederação do Equador.

1 1 – A expressão “sociedade civil” designa aqueles setores sociais não relacionados diretamente ao Estado. Ela expressava-se muito mais nas províncias e nos setores exaltados da corte do que propriamente nas organizações políticas tradicionais.

2 2 – A escravidão, o mandonismo local das oligarquias e o caráter privatista da ocupação dos cargos do Estado são incompatíveis com a visão liberal. Tal problema verificou-se tanto no Primeiro Reinado quanto no período regencial.

3 3 – A principal bandeira política dos liberais era a efetiva centralização política do Estado Brasileiro. Pensavam que esta era a melhor forma de assegurar as liberdades individuais.

4 4 – A negação da ordem existente, conforme mencionada no texto, é a ordem em seu conjunto, isto é, econômica, política, social e cultural. Por isso, os liberais eram revolucionários e defensores da socialização do Brasil, o que equivale dizer: extinção da propriedade privada.

35. (CSA – 2001) O que podemos dizer em relação à Constituição de 1824?

0 0 - Foi tão liberal quanto o pretendido pelos parlamentares da Constituinte de 1823. O poder ficou repartido conforme a constituição norte-americana e as províncias teriam ampla autonomia política e administrativa.

1 1 - Sacramentou a idéia da monarquia hereditária e ainda concentrou poderes nas mãos de D. Pedro ao estipular o quarto poder, o Moderador. Com ele, D. Pedro controlaria os outros três poderes.

2 2 - Ficou definido o Congresso bicameral, isto é, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.

3 3 - O voto era censitário. Havia uma variação tanto para o exercício do voto quanto para o direito de candidatar-se. Para ser candidato, as exigências eram maiores do que para ser um simples eleitor.

4 4 - Tratava-se de uma Constituição inscrita nos princípios libertários consagrados pelo lIuminismo.

36. (CSA – 2001) Sobre o significado histórico da Proclamação da Independência do Brasil, julgue os itens abaixo.

0 0 - Foi um rompimento definitivo com o pacto colonial e com todas as suas mazelas. Eliminou-se a dependência externa mediante uma política de efetiva industrialização, distribuiu-se terras aos camponeses, acabando com a estrutura latifundiária do país e ainda libertou os escravos.

1 1 - Foi inteiramente tranqüila, confirmando a tese de que existe uma índole pacífica no povo brasileiro.

2 2 - Foi um grande exemplo para as demais nações sul-americanas, pois a maioria delas ainda não havia conquistado sua independência.

3 3 - Confirmou a tendência em curso no mundo, de vitória das forças liberais sobre o conservadorismo. No entanto, as elites brasileiras -não totalmente liberais- preocupavam-se em manter a integridade do território brasileiro, mesmo que para tanto fosse construído um Estado conservador no Brasil.

4 4 - A independência foi imediatamente repassada às demais províncias do novo país. A organização do Estado caminhava para a monarquia absolutista.

37. (CSA – 2001) Sobre as circunstâncias que levaram ao aparecimento da Regência Una, julgue os itens abaixo.

0 0 - Era um imperativo constitucional. A Constituição imperial do Brasil determinava que, após três anos de Regência Trina Permanente, se deveria eleger um regente único para governar durante quatro anos.

1 1 - A incapacidade da Regência Trina contornar as revoltas que explodiram durante seu governo determinou que as elites procurassem fortalecer o poder central, criando a figura do regente único.

2 2 - Foi feita uma reforma na Constituição imperial do Brasil. Entre as modificações, constava a eleição de um regente único.

3 3 - O padre Diogo Antônio Feijó foi eleito o primeiro regente único. Seu governo não conseguiu maioria entre os parlamentares e foi marcado por grande instabilidade política e social.

4 4 - O primeiro regente único do Brasil foi o tutor de D. Pedra II, José Bonifácio de Andrada e Silva. Foi beneficiado pelo fato de ser o tutor do futuro soberano.

38. (CSA – 2001) Os itens abaixo tratam da Regência Trina Provisória, estabelecida em 1831. Julgue-os.

0 0 - A Regência Provisória foi escolhida basicamente pelos membros do liberalismo exaltado. Eles haviam sido os principais responsáveis pela queda de D. Pedro I e por isso tiveram hegemonia no início do período regencial.

1 1 - Os liberais dividiam-se em dois setores, os moderados e os exaltados. Os moderados expressavam o poder dos fazendeiros fluminenses e as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais, entre eles saíram os quadros que formariam a Regência Trina Provisória.

2 2 - A Regência Provisória foi uma indicação do próprio imperador que acabara de deixar o trono. Esse foi o acordo preliminar que o levou a renunciar ao poder.

3 3 - A Constituição imperial impedia a entronização do imperador com menos de 18 anos de idade. Além disso, estabelecia que a Regência Trina Permanente deveria ser escolhida pela Câmara dos Deputados que, à época, estava em recesso.

4 4 - Uma grande preocupação, que atingia todos os setores políticos, mas particularmente os conservadores e os liberais moderados, era a agitação nas ruas. Por isso, precisavam de agilidade na definição do novo governo, mesmo que provisório.

QUARTO BIMESTRE

39. (UFS – 2001) Analise as afirmativas abaixo.

0 0 – A base das transformações socioeconômicas ocorridas no Brasil nas últimas décadas do século XIX foi a ruptura da ordem escravocrata, ocasionada pelo emancipacionismo, pela abolição do tráfico negreiro e pela abolição da escravatura.

1 1 – No episódio da questão militar durante a monarquia, o Exército apresentou-se como porta voz dos interesses gerais da população e agente purificador do regime, uma vez que este atendia somente os interesses da oligarquia rural.

2 2 – O Segundo Reinado inaugurou no Brasil um período durante o qual as categorias sociais oprimidas tiveram relativas liberdades para suas manifestações reivindicatórias ou de protesto.

3 3 – Durante a monarquia, apesar das raízes e influências européias da cultura brasileira, a maioria das obras artísticas caracterizou-se por procurar valorizar os componentes nacionais e autêntico do país.

4 4 – O fluxo de imigrantes, que proporcionou um sensível crescimento demográfico, também contribuiu, sobretudo a partir de 1870, para início de atividades industriais no Brasil.

40. (UFS – 2004) Considere os dados da tabela abaixo.

Analise as proposições abaixo, relacionando os dados da tabela com o contexto econômico, político e social do Segundo Reinado no Brasil.

0 0 – A produção cafeeira concentrou-se na região Sudeste do país a partir de 1831, sendo a sua produção realizada em minifúndios, com a utilização de trabalho livre, dos imigrantes, e destinada exclusivamente ao mercado europeu.

1 1 – O aumento das exportações do café, indicados na tabela, proporcionava condições financeiras para o investimento na modernização de alguns setores urbanos e nas ferrovias, e contribuiu para o processo de industrialização do país.

2 2 – O vertiginoso crescimento da economia algodoeira, sobretudo do Nordeste, na década de 1860, estava relacionado à Guerra de Secessão, ocorrida nos Estados Unidos da América, e aos interesses industriais da Inglaterra.

3 3 – A crise da produção de algodão e de açúcar começou devido à votação da lei assinada por D. Pedro II, em 1840, que abolia o tráfico internacional de escravos, tendo se acentuado ainda mais com a abolição da escravatura.

4 4 – Em razão da queda das exportações de açúcar e de algodão, grande parte dos fazendeiros vendeu seus escravos para regiões do Sudeste, sobretudo para a região do Vale do Paraíba.

41 (UFS – 2008) Considere a afirmação a seguir.

O desenvolvimento do capitalismo industrial central, gerando anecessidade de uma contínua expansão dos mercados, pressionava no sentido do desaparecimento da mão-de-obra escrava nas suas áreas periféricas.

(Hilário Franco Júnior e Paulo Pan Chacon. História econômica geral e do Brasil. São Paulo: Atlas, 1980. p. 269)

A expansão do mercado mencionada pelos autores se relaciona à transição do trabalho escravo para o trabalho livre, que no Brasil contou com o apoio de algumas nações e determinados setores da sociedade. Analise as proposições que tratam das condições e das pressões que marcaram esse processo de transição.

0 0 - A lei Eusébio de Queirós, que extinguia o tráfico de escravos, não foi suficiente para dar cabo dessa prática e foi complementada alguns anos depois pela lei Nabuco de Araújo, que punia autoridades portuárias que colaborassem com o tráfico ilegal.

1 1 - O Bill Aberdeen foi um decreto aprovado pelo Parlamento inglês que autorizava a marinha britânica a atacar navios negreiros no Atlântico, entretanto, essa pressão inglesa foi incapaz de conter a comercialização de escravos.

2 2 - O encarecimento do preço do escravo acelerou a transição para a mão-de-obra assalariada e o fim do tráfico fez com que investimentos fossem direcionados para o setor industrial, que viveu um "surto" conhecido como Era Mauá.

3 3 – O crescimento da mão-de-obra assalariada no Brasil não significou um aumento no mercado consumidor, uma vez que muitos trabalhadores imigrantes, apesar de assalariados, trabalhavam em condições de semi-escravidão.

4 4 - A imigração subsidiada pelo Estado e a repercussão internacional da lei de Terras e das vantagens do Sistema de Parceria foram estímulos importantes para a vinda de milhões de europeus para as zonas rurais brasileiras.

42. (UFS – 2009) A questão da identidade nacional nos primeiros trinta anos do Segundo Império passou pelo estímulo às Belas Artes, pelas atividades do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e pela publicação de obras literárias que expressavam um sentimento nacional nascente. Tais manifestações culturais,

0 0 - davam pouca atenção à contribuição cultural e étnica do negro africano, enquanto idealizavam a contribuição de alguns povos indígenas, movimento conhecido como Indianismo.

1 1 - buscavam uma ruptura com os padrões acadêmicos da arte européia, através da pesquisa folclórica e da criação de uma linguagem artística moderna.

2 2 - criavam um passado histórico monumental para a jovem monarquia, idealizando a obra da conquista portuguesa e o encontro com os povos indígenas, mascarando a violência que marcou tal processo.

3 3 - expressavam uma ideologia desenvolvimentista e democrática, tentando criar a imagem de um Brasil civilizado e igualitário, como resultado do encontro entre três raças.

4 4 - exprimiam a mentalidade republicana, pois as obras eram produzidas por artistas jovens e marginalizados da cultura oficial, que procuravam questionar a sociedade da época.

43. (UFS – 2001) A “fase superior” do capitalismo, no qual ocorreu o domínio do capital financeiro e o aparecimento de monopólios, à campanha expansionista das nações capitalistas adiantadas e à partilha do mundo convencionou-se denominar Imperialismo. Pode-se afirmar que nessa fase.

0 0 – A importação, pelos países industrializados europeus, de mercadorias produzidas pelas colônias e o exclusivismo sobre o comércio de exportação foram os instrumentos principais do capitalismo monopolista.

1 1 – A concorrência dos países europeus nas colônias impulsionou o desenvolvimento da produção manufatureira favorecendo o surgimento de indústrias de bens de consumo local.

2 2 – Um dos instrumentos do capitalismo foi a conquista de imensas áreas coloniais pelas potências industriais para aplicação de capital, controle das fontes de matérias-primas ou do comércio de produtos manufaturados.

3 3 – O centro comercial mundial deslocou-se do Mediterrâneo para o Atlântico, as rotas comerciais passaram englobar a África, o Extremo Oriente, a Ásia e a América.

4 4 – Iniciou-se o processo pelo qual as mercadorias européias, sobretudo as manufaturadas, acabaram por predominar em quase todos os mercados do mundo e o comércio tornou-se definitivamente a grande fonte do enriquecimento europeu.

44. (UFAL – 2005) Reflita sobre a ilustração.

A ilustração reflete idéias do início do século XIX. Ao analisar esse contexto histórico, depreende-se da ilustração:

0 0 – Uma crítica à política mercantilista que as metrópoles européias praticaram durante o antigo sistema colonial.

1 1 – Uma crítica aos princípios do liberalismo econômico adotado pelos déspotas esclarecidos no período moderno.

2 2 – A necessidade de os países industriais romperem com os entraves políticos e econômicos impostos pelo antigo sistema colonial.

3 3 – O empenho das metrópoles européias para criar condições favoráveis à industrialização de suas colônias na América.

4 4 – O interesse dos ingleses de proteger o pacto colonial Brasil-Portugal com o objetivo de garantir relações comerciais com os portugueses.

45. (UFS – 2003) Considere a gravura de um belga no Congo no contexto da expansão imperialista no final do século XIX e início do século XX.

Analise as proposições sobre a temática apresentada.

0 0 – Os países europeus realizaram o neocolonialismo na África visando atender às necessidades emergentes do capitalismo industrial que exigia novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores.

1 1 – A ação dos europeus nos países africanos teve como objetivo principal estreitar os laços de solidariedade culturais com esses povos por meio da troca de experiências sócio-culturais.

2 2 – Para justificar o imperialismo, os países industriais elaboraram doutrinas segundo as quais junto aos povos considerados atrasados.

3 3 – A disputa realizada pelas potências européias em torno das regiões neocolonizadas é um dos fatores considerados decisivos para o desencadeamento da Primeira Guerra Mundial.

4 4 – Os governantes da África, assim como seus povos, receberam de forma pacífica a chegada dos europeus, haja vista as boas intenções destes em educar e civilizar o homem africano.

46. (UFS – 2006) Observe atentamente o mapa histórico no início do século XX.

O mapa reflete aspectos importantes das relações entre a Europa Ocidental e a África. Identifique as afirmações relacionadas ao contexto histórico e ao mapa.

0 0 – No processo de desenvolvimento do neocolonialismo, os europeus tiveram a preocupação de partilhar a África com base na unidade lingüística e cultural dos povos africanos.

1 1 – Um dos instrumentos de penetração e domínio da África utilizados por alguns países europeus foi a melhoria dos transportes, visando explorar as matérias-primas desse continente.

2 2 – Os países industriais europeus realizaram a partilha da África com o objetivo de iniciar as relações de produção capitalistas e transformar os africanos em assalariados, consumidores de seus produtos.

3 3 – Os europeus evitaram colonizar áreas de domínio dos povos muçulmanos porque não estavam dispostos a despender recursos bélicos e financeiros para envolverem-se em guerras santas.

4 4 – A Inglaterra e a França foram os primeiros na corrida imperialista, razão que explica o fato de esses países terem se apoderado das terra férteis e estratégicas do continente africano.

47. (UFS – 2007) A expansão do domínio europeu pelo mundo resultou das transformações iniciadas nos séculos XV e XVI, consolidadas no século XVIII. A partir da segunda metade do século XIX, essa expansão ampliou-se e radicalizou-se. Analise as afirmações sobre o contexto dessa expansão.

0 0 - Havia interesse das potências ocidentais, em subjugar regiões em estágio de desenvolvimento inferior, de forma a estabelecer trocas internacionais que atendessem às diferentes necessidades dos setores colonizados e do colonizador.

1 1 - Mediante o domínio de novas regiões, os países industrializados buscaram expandir o mercado, exportar seus produtos, aplicar capitais excedentes, exportar mão-de-obra ociosa por meio de migrações e adquirir matérias-primas.

2 2 - As expedições científicas e religiosas, em locais como a África e a Ásia, ajudaram a difundir a idéia de que povos de organização social diferente da sociedade ocidental eram primitivos, favorecendo a ocupação territorial e a submissão desses povos aos europeus.

3 3 - A expansão neocolonialista foi acelerada essencialmente pelo crescimento incontrolado da população européia, gerando a necessidade de emigração de um grande contingente populacional para a África e para a Ásia.

4 4 - O estabelecimento de contatos nos limites da circulação de mercadorias com as áreas periféricas, preservando as seculares estruturas básicas de regiões periféricas, fez parte dos objetivos das potências européias na conquista de regiões da África e da Ásia.

48. (UFS – 2009) Apesar de ter ocorrido, ao longo da História, diversas formas de dominação de um povo sobre outro, há um período particularmente marcado pela expansão imperialista, durante o qual ocorreram profundas transformações no sistema capitalista e nas relações internacionais. Analise as proposições que definem esse período marcado pelo Imperialismo.

0 0 - Iniciou-se no continente americano com a ascenção econômica dos Estados Unidos, país que domina o mundo até os dias de hoje, desde o período entre-guerras.

1 1 - Ocorreu após a Segunda Revolução Industrial e se estendeu da segunda metade do século XIX até a Primeira Guerra Mundial.

2 2 - Antecedeu a colonização das Américas, e foi marcado por um processo de conquistas e expansionismo ultramarino.

3 3 - Compreendeu ações colonialistas por parte de países europeus como a Partilha da África e da Ásia, bem como a conquista da índia.

4 4 - Manifestou-se, na América Latina, não por ocupação territorial e sim por meio de influência política e econômica dos Estados Unidos e da Inglaterra.

49. (UFS – 2003) A implantação da República no Brasil esteve diretamente relacionada à crise político-institucional e social no Segundo Reinado. Analises as proposições abaixo sobre fatores relacionados a essa crise.

0 0 – A luta do Exército Brasileiro contra os abolicionistas provocou o desgaste político do imperador e da instituição monárquica, que se viu impedida de utilizar o poder moderador para combater os republicanos.

1 1 – As atrocidades cometidas pelo exército monárquico na Guerra de Canudos tiveram uma repercussão interna e externa, fator que desencadeou o fortalecimento do movimento republicano.

2 2 – As leis abolicionistas, por não preverem indenizações aos proprietários de escravos, descontentaram parte da classe dominante que mantinha a estrutura de produção escravista.

3 3 – A punição, pelo imperador, de dois bispos que tinham cumprido determinações do papa Pio IX proibindo os católicos de participarem da maçonaria, abalou as relações entre igreja e a monarquia.

4 4 – A implantação da República não eliminou da vida política sergipana o jogo de interesses entre as classes dominantes, especialmente os senhores de terra.

50. (UFS – 2005) Considere o texto.

O novo regime foi mais uma transformação de cúpula. (...) A declaração do novo regime político, por certo não tivera o condão de transformar a ordem política do país nas suas bases sociológicas, e, nem sequer, nas suas bases jurídicas, já que grande parte da legislação e das instituições governamentais que o país criara durante o Império, especialmente durante o segundo Império, continua na

República. Os clãs rurais que se vinham transformando em organizações políticas mais amplas, de domínio regional, sob o beneplácito, senão do estímulo, do governo monárquico, prosseguem sua evolução (...) durante a Primeira República.

(Cruz Costa. Pequena História da República. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974. p. 46).

O texto faz uma análise sobre um período da história do Brasil. Identifique as proposições relacionadas às idéias do autor.

0 0 - O autor utiliza-se da expressão “novo regime” para designar a República Federativa que foi implantada no Brasil, em 1889, mas que foi consolidada somente com a promulgação da nova Constituição de 1891.

1 1 - O “novo regime” a qual o autor faz referência iniciou-se no Brasil, em 1891, quando foi implantada uma República Parlamentarista nas mesmas bases jurídicas como funcionava durante o período do Segundo Reinado.

2 2 - O autor afirma que o “novo regime não tivera o condão de transformar a ordem política”, o que comprova o fato de Sergipe continuar sem autonomia política, tendo seus presidentes indicados até 1930.

3 3 - Como afirma o autor, as organizações políticas de domínio regional se fortaleceram após o “Novo Regime”. Em Sergipe isso pode ser comprovado, pois continuou existindo um controle político por meio de um esquema de poder apoiado pelos coronéis.

4 4 - O autor faz uma análise equivocada do “Novo Regime”, uma vez que ele desconsidera a ampliação dos direitos políticos conquistados pela população brasileira, como o direito ao voto secreto, o voto feminino e a concessão da cidadania aos analfabetos presentes na Constituição de 1891.

51. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) A maior controvérsia quanto às medidas legais para a extinção da escravatura não ocorreu em 1888, mas quando o governo imperial propôs a chamada Lei do Ventre Livre, em 1871. Enquanto os representantes do Nordeste votaram maciçamente a favor da proposta (39 votos a favor e 6 contra), os do Centro-Sul inverteram essa tendência (30 votos contra e 12 a favor). Isso refletia, em parte, o fato de que o tráfico interprovincial vinha diminuindo a dependência do Nordeste com relação à mão-de-obra escrava.

(Adaptado: Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp/FDE, 1996. p. 217-8)

Identifique as proposições que contêm argumentos ou fatos históricos que NÃO contrariem as idéias do texto.

0 0 – O projeto de libertação dos filhos dos escravos teve a adesão de um grupo significativo de deputados do Nordeste, que votou em peso seguindo orientações de D. Pedro II.

1 1 – O Nordeste teve um peso político no processo de abolição da escravatura, pois, por interesses locais, acabaram atendendo reivindicações do movimento abolicionista.

2 2 – Em relação às demais regiões, a região Centro-Sul, por sediar as instituições políticas do país, desempenhou um papel decisivo na aprovação da abolição da escravatura.

3 3 – Os representantes políticos das regiões Centro-Sul e Nordeste uniram-se contra o governo imperial, obstaculizando o movimento abolicionista e a libertação dos escravos.

4 4 – Os representantes do Centro-Sul votaram coerentemente com a classe dominante de parte dessas regiões que, para defenderem interesses econômicos, resistiam ao processo abolicionista.

52. (UFS – 2007) A partir dos anos 70 do século XIX teve início, no Brasil, a decadência de Segundo Reinado, repleta de crises que desembocaram na Proclamação da República em 1889. Analise as afirmações sobre esse processo.

0 0. - Na década de 1870, o movimento republicano ganhou base social definida e peso político, quando em sua sustentação entraram setores dinâmicos e de crescente presença social, política e econômica: profissionais liberais, militares, cafeicultores e setores médios e populares urbanos.

1 1 - Desgastado permanentemente por seus compromissos com a ordem escravista, o regime imperial brasileiro isolou-se ainda mais em conseqüência da Questão Religiosa e da Questão Militar.

2 2 - A concessão de autonomia provincial, o desenvolvimento industrial no Sudeste criou uma classe operária combativa e a defesa da universalização do voto pelo movimento republicano são fatores responsáveis pela queda da monarquia.

3 3 - A estrutura federativa, a conspiração tutelada pelo Exército e a defesa da eliminação da discriminação entre brancos e negros foram os elementos básicos do enfraquecimento da ordem monárquica brasileira.

4 4 - No final da década de 1880, a República tornou-se uma alternativa viável, a curto prazo, graças à aproximação entre as elites civis e rurais republicanas e a corporação militar, insatisfeita com o regime.

53. (UFS – 2009) Considere o texto a seguir.

Mal conhecida até pelos contemporâneos, severamente censurada pelas autoridades policiais penetração do abolicionismo nas senzalas, mesmo em suas tentativas mal-sucedidas, e sua linguagem deslocada do mundo dos escravos, revelam, em sua ousadia, o transbordamento de diques de contenção da ordem social escravista do Império. O cimentar de solidariedades entre escravos, libertos, plebe e abolicionistas radicalizados, mesmo quando virtualidade, foi percebido e combatido pelas autoridades como um dos maiores desafios à superação controlada e conservadora da ordem escravista.

(Maria Helena Machado. O plano e o pânico. Os movimentos sociais na década da Abolição. Rio de Janeiro/São Paulo: UFRJ/EDUSP, 1994. p. 17)

O texto se refere ao movimento abolicionista, intensificado na década de 1880, que foi

0 0 – integrado por escravos fugidos, organizados em quilombos, a partir dos quais realizavam ataques às fazendas do café do Estado de São Paulo, queimando suas plantações e libertando mais escravos.

1 1 - formado por um conjunto heterogêneo de forças políticas e sociais, reunindo republicanos e monarquistas que viam na existência da escravidão um sinal de atraso e vergonha para o País, diante do mundo civilizado.

2 2 - localizado principalmente em ambientes urbanos, como Rio de Janeiro e outras cidades importantes do Império, englobou várias formas de mobilização dos escravos, estimulando fugas e criação de quilombos.

3 3 - estimulado e tolerado pela Coroa brasileira, que via no movimento abolicionista uma possibilidade de combater o poder dos fazendeiros paulistas, que haviam lançado o manifesto republicano de 1870.

4 4 - organizado por um comando político no Exército e na Igreja Católica, instituições em choque com a política monárquica de Dom Pedro, protagonizando conflitos com a Coroa conhecidos, respectivamente como "questão militar" e "questão religiosa".

QUESTÕES DE HISTÓRIA DE SERGIPE

54. (UFS – 2002) Analise as afirmativas sobre Sergipe no século XIX.

0 0 – Durante os primeiros vinte anos do Império, Sergipe viveu o clima de agitação comum em muitas outras províncias nesse período. A Revolta de Santo Amaro, deflagrada em 1836 na vila de mesmo nome, foi o movimento mais importante.

1 1 – Ainda durante o Império, deu-se a mudança da capital da província para Aracaju (1855), uma das primeiras cidades planejadas do Brasil.

2 2 – O açúcar era então o principal produto exportado por Sergipe. Na década de 1860, porém, houve um aumento temporário da lavoura de algodão, como conseqüência da Guerra de Secessão dos EUA que era o grande produtor mundial na época. Logo, no entanto, o açúcar voltou a ser o primeiro produto. Surgiram nesse período usinas de açúcar e fábricas de tecidos.

3 3 – A economia sergipana no final do século XIX destacou-se pela exploração do sal-gema, recebendo investimentos ingleses para a prospecção e produção de petróleo.

4 4 – A vida cultural da Província foi marcada por personalidades como Machado de Assis, Euclides da Cunha e Raul Pompéia.

55. (UFS – 2004) Analise as proposições sobre a emancipação de Sergipe e os aspectos da sociedade sergipana no século XIX.

0 0 – A sociedade sergipana participou de conflitos contra a dominação exercida pelos governos da Bahia sobre Sergipe, mas alguns setores sociais, sobretudo os ligados aos comerciantes baianos e portugueses estabelecidos em Sergipe, tinham interesses na manutenção do domínio baiano.

1 1 – O processo de autonomia de Sergipe ocorreu sem grandes conflitos, pois, D. João VI, assinou um Decreto-lei, em 1815, concedendo liberdade política aos sergipanos para escolherem o seu governador.

2 2 – A produção cultural sergipana ficou restrita à classe dominante, que, por terem o domínio da língua escrita, produziram obras de grande interesse social e político naquele contexto histórico.

3 3 – Ao contrário das outras províncias do país, a sociedade sergipana era constituída em sua maioria de indivíduos de classe média, que tinham profundo desprezo pelas obras literárias nacionais.

4 4 – A transferência da capital de Sergipe para Aracaju atendeu aos interesses dos membros do Partido Liberal, que possuíam grandes propriedades nesta cidade e almejavam a valorização de seus imóveis.

56. (UFS – 2001) No que se refere à história de Sergipe é correto afirmar:

0 0 – Com a proclamação da Independência do Brasil, a capitania de Sergipe foi elevada a província em 1823, mas o progresso da província continuou pequeno durante o império, com exceção de um breve surto algodoeiro na segunda metade do século XIX.

1 1 – Devido a ligação da oligarquia rural com a monarquia houve forte resistência do grupo sergipano “os camundongos” aos movimentos republicanos.

2 2 – No ano da transferência da capital para Aracaju, Sergipe sofreu os efeitos do “primeiro cólera”, epidemia que assolou a província, com elevado número de vítimas, sobretudo no seio da massa escrava.

3 3 - Os primeiros anos da República foram marcados por movimentos rebeldes no Estado de Sergipe, contrários ao federalismo, pois a descentralização enfraquecia a oligarquia local.

4 4 – Terra de intelectuais como Minus de Sousa, Tobias Barreto e Silvio Romero, foi durante a Primeira República que se firmou o prestígio intelectual dos sergipanos no cenário nacional.

57. (UFS – 2006 – Campus de Itabaiana) Durante o período do Império no Brasil, a cultura teve um papel importante para o despertar da nacionalidade brasileira. Dentre desse contexto, identifique as afirmações que correspondem à cultura na sociedade sergipana.

0 0 – A temática predominante nos romances e livros científicos valorizava a cultura dos negros e índios, destacando as raízes de suas lutas sociais e políticas.

1 1 – A produção literária sergipana era muito intensa nos centros urbanos, girando em torno principalmente de tradições culturais de seu povo: a história, lendas e costumes

2 2 – As primeiras manifestações do Folclore sergipano – cantos e contos populares, congada e folias de reis – foram analisadas por escritores como Silvio Romero.

3 3 – Havia vários movimentos de cultura popular no campo e nas cidades, porém a divulgação desses eventos era dificultada pela inexistência de órgãos de imprensa em Sergipe.

4 4 – A população em geral era iletrada, poucos privilegiados sabiam ler e escrever, estes eram normalmente filhos da elite que estudavam fora da Província.

58. (UFS – 2006) Considere os textos.

Os mais de 500 mil habitantes de Aracaju têm motivos de sobra para comemorar 150 anos da existência de sua capital, que sobreviveu às mais diversas epidemias. Desde o surgimento até hoje se pode constatar inúmeras mudanças em sua geografia, assim como na economia e política. Pode-se ver hoje que todas as bases que se referem ao passado traçam o perfil de uma cidade dinâmica por natureza, que soube muito bem se adaptar ao desenho urbano de um tabuleiro de xadrez, que na época incorporava as necessidades da população. (Gilfrancisco. )

A mudança da capital (...) foi decorrência de uma fusão de fatores internos, originados na Província, e externos, que resultam de causas políticas e econômicas nacionais.

(Luiz Fernando R. Soutelo. )

Os textos tratam de uma problemática histórica relacionada ao resgate histórico da transferência da capital de Sergipe. Considerando os textos e o conhecimento sobre essa problemática, pode-se afirmar que:

0 0 – Transferindo o centro político-administrativo provincial, o presidente de Sergipe fazia ressurgir uma velha idéia que visava dar à capital sergipana uma posição chave no quadro geoeconômico para a província.

1 1 – A mudança da nova capital para Aracaju atendia principalmente aos interesses da oligarquia agropecuária de valorização de seus engenhos que estavam concentrados na periferia dessa cidade.

2 2 – O surgimento da nova capital representou, entre outros fatores, um relativo declínio do patriarcado rural, cujos maiores representantes procuraram os centros urbanos que passaram a ser ponto de contato político e de realização de negócios.

3 3 – Sob o ponto de vista urbanístico, o local escolhido para a sede da nova capital da província atendia aos padrões de planejamento urbanístico internacional,pois possuía excelente infra-estrutura sanitária e de transporte.

4 4 – A transferência da capital estava inserida dentro de um contexto que possibilitasse o escoamento da produção açucareira para outras regiões do país, mas principalmente para o mercado internacional.

59. (UFS – 2007) Sergipe, desde 1537, esteve vinculado ao território baiano por força da divisão do Brasil em capitanias hereditárias. Em 1696, o território sergipano veio a tornar-se comarca passando a ter autonomia jurídica. Sobre a evolução política desse território, analise as afirmações que seguem.

0 0 - A Carta Régia que desanexou da capitania da Bahia o território de Sergipe é considerado um marco na história desse Estado. O 8 de julho tem sido convertido no símbolo da liberdade, da independência, da autonomia econômica, da construção da sociedade sergipana.

1 1 - O movimento emancipacionista de Sergipe diferenciou-se dos demais pelo caráter social − defendia a igualdade racial − e pela participação de elementos provenientes das camadas populares da população.

2 2 - A Emancipação política de Sergipe resultou de uma luta empreendida pela elite produtora local − criadores de gado e senhores de engenho – até então responsáveis pelo abastecimento das grandes Capitanias da Bahia e de Pernambuco.

3 3 - A Abdicação de D. Pedro I foi o marco do processo de emancipação definitiva de Sergipe da capitania da Bahia e da transformação do território em uma Província com autonomia política e administrativa.

4 4 - A Constituição do Império, de 1824, colocou Sergipe entre as Províncias do Brasil, consolidando a Emancipação de 8 de julho de 1820. A Assembléia Legislativa Provincial, que dava maior autonomia à província, foi instalada com o Ato Adicional de 1834.

60. (UFS – 2008) Analise as proposições que tratam da situação política e econômica de Sergipe no século XIX.

0 0 – O cultivo do algodão ganhou impulso em Sergipe na segunda metade do século XIX e uma emergente indústria têxtil se somou à tradicional indústria açucareira, provocando o surgimento de novos núcleos urbanos.

1 1 - A transferência da capital da província, de São Cristóvão para a então chamada Santo Antonio de Aracaju, se deu em virtude das freqüentes invasões de piratas que esse povoado vinha sofrendo desde o período colonial.

2 2 - O Partido Republicano surgiu em Sergipe no contexto das lutas abolicionistas, devido à predominância da população negra desde o início de seu povoamento, e ao assumir o governo, após a proclamação, efetuou mudanças substanciais na sociedade.

3 3 - A vila de laranjeiras ganhou projeção nas letras e nas artes sergipanas no período do Segundo Império, fase em que foi alçada à categoria de cidade, destacando-se também como centro difusor de idéias republicanas.

4 4 - A emancipação política de Sergipe d'EI Rey em relação à Capitania da Bahia ocorreu após anos de luta empreendida pela elite local, que culminou na Revolta de Santo Amaro, acontecimento que selou a independência da província.

61. (UFS – 2009) O processo de Independência do Brasil foi acompanhado por reações diversas em todo o território brasileiro, pois houve demonstrações de apoio e movimentos de resistência. Analise as afirmações que tratam das reações ocorridas em Sergipe.

0 0 - A notícia da independência foi aclamada com muita festa em Sergipe, uma vez que predominava na sociedade um forte sentimento antilusitano.

1 1 - A instabilidade política que se intensificou ao longo do processo de independência, acarretou manifestações populares favoráveis à restauração da monarquia.

2 2 - A principal conseqüência da independência foi a transformação da província de Sergipe em Estado, medida que foi seguida da promulgação da sua primeira Constituição.

3 3 - A pendência política com a Bahia, já existente devido às lutas pela emancipação de Sergipe, se intensificou devido à exacerbação dos conflitos em face da resistência portuguesa à Independência.

4 4 - A comarca de Sergipe passou a ter grande apoio financeiro do Império, que reconheceu sua autonomia e favoreceu o inicio da indústria açucareira local.

QUESTÕES DO ENEM

01. (ENEM – 1999) A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.

Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:

A) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.

B) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.

C) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.

D) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.

E) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.

02. (ENEM – 1999) Viam-se de cima as casas acavaladas umas pelas outras, formando ruas, contornando praças. As chaminés principiavam a fumar; deslizavam as carrocinhas multicores dos padeiros; as vacas de leite caminhavam com o seu passo vagaroso, parando à porta dos fregueses, tilintando o chocalho; os quiosques vendiam café a homens de jaqueta e chapéu desabado; cruzavam-se na rua os libertinos retardios com os operários que se levantavam para a obrigação; ouvia-se o ruído estalado dos carros de água, o rodar monótono dos bondes. (AZEVEDO, Aluísio de. Casa de Pensão. São Paulo: Martins, 1973)

O trecho, retirado de romance escrito em 1884, descreve o cotidiano de uma cidade, no seguinte contexto:

A) a convivência entre elementos de uma economia agrária e os de uma economia industrial indicam o início da industrialização no Brasil, no século XIX.

B) desde o século XVIII, a principal atividade da economia brasileira era industrial, como se observa no cotidiano descrito.

C) apesar de a industrialização ter-se iniciado no século XIX, ela continuou a ser uma atividade pouco desenvolvida no Brasil.

D) apesar da industrialização, muitos operários levantavam cedo, porque iam diariamente para o campo desenvolver atividades rurais.

E) a vida urbana, caracterizada pelo cotidiano apresentado no texto, ignora a industrialização existente na época.

03. (ENEM – 2000) O texto abaixo, de John Locke (1632-1704), revela algumas características de uma determinada corrente de pensamento.

“Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto da sua própria pessoa e posses, igual ao maior e a ninguém sujeito, por que abrirá ele mão dessa liberdade, por que abandonará o seu império e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a utilização do mesmo é muito incerta e está constantemente exposto à invasão de terceiros porque, sendo todos senhores tanto quanto ele, todo homem igual a ele e, na maior parte, pouco observadores da eqüidade e da justiça, o proveito da propriedade que possui nesse estado é muito inseguro e muito arriscado. Estas circunstâncias obrigam-no a abandonar uma condição que, embora livre, está cheia de temores e perigos constantes; e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros que estão já unidos, ou pretendem unirse, para a mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamo de propriedade.” (Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1991)

Do ponto de vista político, podemos considerar o texto como uma tentativa de justificar:

A) a existência do governo como um poder oriundo da natureza.

B) a origem do governo como uma propriedade do rei.

C) o absolutismo monárquico como uma imposição da natureza humana.

D) a origem do governo como uma proteção à vida, aos bens e aos direitos.

E) o poder dos governantes, colocando a liberdade individual acima da propriedade.

04. (ENEM – 2000) Analisando o texto da questão 03, podemos concluir que se trata de um pensamento:

A) do liberalismo.

B) do socialismo utópico.

C) do absolutismo monárquico.

D) do socialismo científico.

E) do anarquismo.

05. (ENEM – 2001)

“...Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; ...” SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I.São Paulo: Nova Cultural, 1985. Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 1997.

A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações:

I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários.

II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.

III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo o processo por parte do operário.

Dentre essas afirmações, apenas:

A) I está correta.

B) II está correta.

C) III está correta.

D) I e II estão corretas.

E) I e III estão corretas.

06. (ENEM – 2001)

O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e também por introduzir, no ensino, as idéias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escreveu: “Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (…) bata o ar com asas como um pássaro. (…) Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios” (apud. BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII, São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3).

Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacon:

A) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para antecipar as descobertas da humanidade.

B) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço científico da humanidade.

C) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método experimental nas invenções industriais.

D) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na teologia.

E) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano controlar a natureza por meio das invenções.

07.(ENEM – 2002) Considere o papel da técnica no desenvolvimento da constituição de sociedades e três invenções tecnológicas que marcaram esse processo: invenção do arco e flecha nas civilizações primitivas, locomotiva nas civilizações do século XIX e televisão nas civilizações modernas.

A respeito dessas invenções são feitas as seguintes afirmações:

I. A primeira ampliou a capacidade de ação dos braços, provocando mudanças na forma de organização social e na utilização de fontes de alimentação.

II. A segunda tornou mais eficiente o sistema de transporte, ampliando possibilidades de locomoção e provocando mudanças na visão de espaço e de tempo.

III. A terceira possibilitou um novo tipo de lazer que, envolvendo apenas participação passiva do ser humano, não provocou mudanças na sua forma de conceber o mundo.

Está correto o que se afirma em:

A) I, apenas.

B) I e II, apenas.

C) I e III, apenas.

D) II e III, apenas.

E) I, II e III.

08. (ENEM – 2002) Comer com as mãos era um hábito comum na Europa, no século XVI. A técnica empregada pelo índio no Brasil e por um português de Portugal era, aliás, a mesma: apanhavam o alimento com três dedos da mão direita (polegar, indicador e médio) e atiravam-no para dentro da boca. Um viajante europeu de nome Freireyss, de passagem pelo Rio de Janeiro, já no século XIX, conta como “nas casas das roças despejam-se simplesmente alguns pratos de farinha sobre a mesa ou num balainho, donde cada um se serve com os dedos, arremessando, com um movimento rápido, a farinha na boca, sem que a mínima parcela caia para fora”. Outros viajantes oitocentistas, como John Luccock, Carl Seidler, Tollenare e Maria Graham descrevem esse hábito em todo o Brasil e entre todas as classes sociais. Mas para Saint-Hilaire, os brasileiros “lançam a [farinha de mandioca] à boca com uma destreza adquirida, na origem, dos indígenas, e que ao europeu muito custa imitar”.

Aluísio de Azevedo, em seu romance Girândola de amores (1882), descreve com realismo os hábitos de uma senhora abastada que só saboreava a moqueca de peixe “sem talher, à mão”. Dentre as palavras listadas abaixo, assinale a que traduz o elemento comum às descrições das práticas alimentares dos brasileiros feitas pelos diferentes autores do século XIX citados no texto.

A) Regionalismo (caráter da literatura que se baseia em costumes e tradições regionais).

B) Intolerância (não-admissão de opiniões diversas das suas em questões sociais, políticas ou religiosas).

C) Exotismo (caráter ou qualidade daquilo que não é indígena; estrangeiro; excêntrico, extravagante).

D) Racismo (doutrina que sustenta a superioridade de certas raças sobre outras).

E) Sincretismo (fusão de elementos culturais diversos, ou de culturas distintas ou de diferentes sistemas sociais).

09. (ENEM – 2003) Observe as duas afirmações de Montesquieu (1689-1755), a respeito da escravidão:

A escravidão não é boa por natureza; não é útil nem ao senhor, nem ao escravo: a este porque nada pode fazer por virtude; àquele, porque contrai com seus escravos toda sorte de maus hábitos e se acostuma insensivelmente a faltar contra todas as virtudes morais: torna-se orgulhoso, brusco, duro, colérico, voluptuoso, cruel.

Se eu tivesse que defender o direito que tivemos de tornar escravos os negros, eis o que eu diria: tendo os povos da Europa exterminado os da América, tiveram que escravizar os da África para utilizá-los para abrir tantas terras. O açúcar seria muito caro se não fizéssemos que escravos cultivassem a planta que o produz. (Montesquieu. O espírito das leis.)

Com base nos textos, podemos afirmar que, para Montesquieu,

A) o preconceito racial foi contido pela moral religiosa.

B) a política econômica e a moral justificaram a escravidão.

C) a escravidão era indefensável de um ponto de vista econômico.

D) o convívio com os europeus foi benéfico para os escravos africanos.

E) o fundamento moral do direito pode submeter-se às razões econômicas.

10. (ENEM – 2003) A primeira imagem abaixo (publicada no século XVI) mostra um ritual antropofágico dos índios do Brasil. A segunda mostra Tiradentes esquartejado por ordem dos representantes da Coroa portuguesa.

(Theodor De Bry (Pedro Américo-século XVI) (Tiradentes esquartejado, 1893)

A comparação entre as reproduções possibilita as seguintes afirmações:

I. Os artistas registraram a antropofagia e o esquartejamento praticados no Brasil.

II. A antropofagia era parte do universo cultural indígena e o esquartejamento era uma forma de se fazer justiça entre luso-brasileiros.

III. A comparação das imagens faz ver como é relativa a diferença entre “bárbaros” e “civilizados”, indígenas e europeus.

Está correto o que se afirma em:

A) I apenas. C) III apenas. E) I, II e III.

B) II apenas. D) I e II apenas.

11. (ENEM – 2004) Algumas transformações que antecederam a Revolução Francesa podem ser exemplificadas pela mudança de significado da palavra “restaurante”. Desde o final da Idade Média, a palavra restaurant designava caldos ricos, com carne de aves e de boi, legumes, raízes e ervas. Em 1765 surgiu, em Paris, um local onde se vendiam esses caldos, usados para restaurar as forças dos trabalhadores. Nos anos que precederam a Revolução, em 1789, multiplicaram-se diversos restaurateurs, que serviam pratos requintados, descritos em páginas emolduradas e servidos não mais em mesas coletivas e mal cuidadas, mas individuais e com toalhas limpas. Com a Revolução, cozinheiros da corte e da nobreza perderam seus patrões, refugiados no exterior ou guilhotinados, e abriram seus restaurantes por conta própria. Apenas em 1835, o Dicionário da Academia Francesa oficializou a utilização da palavra restaurante com o sentido atual.

A mudança do significado da palavra restaurante ilustra:

A) a ascensão das classes populares aos mesmos padrões de vida da burguesia e da nobreza.

B) a apropriação e a transformação, pela burguesia, de hábitos populares e dos valores da nobreza.

C) a incorporação e a transformação, pela nobreza, dos ideais e da visão de mundo da burguesia.

D) a consolidação das práticas coletivas e dos ideais revolucionários, cujas origens remontam à Idade Média.

E) a institucionalização, pela nobreza, de práticas coletivas e de uma visão de mundo igualitária.

12. (ENEM – 2006) O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os cozinheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência, como acontecia com as outras pessoas de classe média na corte; entre os que não se satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que não podia escapar. Norbert Elias, Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 (com adaptações).

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em estamentos: nobreza, clero e 3º- Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência a “classe média”, descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de:

A) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que perteciam ao 3º- Estado.

B) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trabalhadores manuais.

C) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do 3º- Estado.

D) distinguir, dentro do 3º- Estado, as condições em que viviam os “criados de libré” e os camponeses.

E) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores manuais.

13. (ENEM – 2004) Constituição de 1824:

“Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador (…) para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos (...) dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.”

Frei Caneca:

“O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)

Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era:

A) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo Imperador.

B) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.

C) arbitrário, porque permitia ao Imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.

D) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.

E) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.

14. (ENEM – 2006) No princípio do século XVII, era bem insignificante e quase miserável a Vila de São Paulo. João de Laet dava-lhe 200 habitantes, entre portugueses e mestiços, em 100 casas; a Câmara, em 1606, informava que eram 190 os moradores, dos quais 65 andavam homiziados*.

*homiziados: escondidos da justiça.

Nelson Werneck Sodré. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.

Na época da invasão holandesa, Olinda era a capital e a cidade mais rica de Pernambuco. Cerca de 10% da população, calculada em aproximadamente 2.000 pessoas, dedicavam-se ao comércio, com o qual muita gente fazia fortuna. Cronistas da época afirmavam que os habitantes ricos de Olinda viviam no maior luxo. Hildegard Féist. Pequena história do Brasil holandês. São Paulo: Moderna, 1998 (com adaptações).

Os textos acima retratam, respectivamente, São Paulo e Olinda no início do século XVII, quando Olinda era maior e mais rica. São Paulo é, atualmente, a maior metrópole brasileira e uma das maiores do planeta. Essa mudança deveu-se, essencialmente, ao seguinte fator econômico:

A) maior desenvolvimento do cultivo da cana-de-açúcar no planalto de Piratininga do que na Zona da Mata Nordestina.

B) atraso no desenvolvimento econômico da região de Olinda e Recife, associado à escravidão, inexistente em São Paulo.

C) avanço da construção naval em São Paulo, favorecido pelo comércio dessa cidade com as Índias.

D) desenvolvimento sucessivo da economia mineradora, cafeicultura e industrial no Sudeste.

E) destruição do sistema produtivo de algodão em Pernambuco quando da ocupação holandesa.

15.(ENEM – 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim;P. S. Pinheiro (Orgs.).Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país:

A) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.

B) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.

C) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países.

D) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.

E) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.

16. (ENEM – 2007)

Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale a opção correta.

A) O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas do país.

B) O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em cativeiro.

C) Antes que a compra de escravos no exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.

D) Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no Brasil.

E) Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de Queirós bloqueou a formulação de novas leis antiescravidão no Brasil.

17. (ENEM – 2007)

Antonio Rocco. Os imigrantes, 1910, Pinacoteca do Estado de São Paulo.

Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da proa chegavam à fedentina quente de um porto, num silêncio de mato e de febre amarela. Santos. — É aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam suas necessidades nos trens dos animais onde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que pretos guiavam através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas donde acabava de sair o braço escravo. Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens e mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.

Oswald de Andrade. Marco Zero II — Chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991.

Levando-se em consideração o texto de Oswald de Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida acima, relativos à imigração européia para o Brasil, é correto afirmar que:

A) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no texto, otimista.

B) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração de argentinos para o Brasil.

C) os dois autores retratam dificuldades dos imigrantes na chegada ao Brasil.

D) Antonio Rocco retrata de forma otimista a imigração, destacando o pioneirismo do imigrante.

E) Oswald de Andrade mostra que a condição de vida do imigrante era melhor que a dos ex-escravos.

18.(ENEM – 2007) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar.Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações).

Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta.

A) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico, mas se baseavam em princípios e ideais opostos.

B) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-americana no apoio ao absolutismo esclarecido.

C) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento dos direitos considerados essenciais à dignidade humana.

D) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da independência norte-americana.

E) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências das colônias ibéricas situadas na América.

ANEXOS

Mapas

“A mente que se abre a uma nova idéia, jamais volta ao seu tamanho original”.

Albert Einstein

Bom estudo!!!!!

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[1] SANTOS, Lenalda Andrade & OLIVA, Terezinha Alves de. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju:Opção Gráfica, 1998. p. 59.

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