Universidade Federal de Minas Gerais



|[pic] |NOME DO PROCEDIMENTO |DATA: 02/09/2012 |

| | |Rev. |  |

|Biotex |Manipulação experimental de |POP 07 |  |

| |animais de laboratório | | |

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1. Objetivo e Campo de Aplicação

Manejo correto dos animais de experimentação do Biotex

2. Documentos Complementares

Não se aplica ao presente POP.

3. Definições (quando houver)

4. Resumo do Método

Os procedimentos incluem: identificação de gaiolas; troca de ração, maravalha e água; técnicas de anestesia e eutanásia; vias de inoculação; e vermifugação

5. Interferências

Não se aplica ao presente POP.

6. Materiais e Equipamentos

Verificar POP sobre os EPIs

Verificar POP sobre autoclave

Verificar POP sobre limpeza de gaiolas e mamadeira

Verificar POP sobre descarte de carcaças

7. Reagentes e Soluções

Verificar de acordo com o procedimento a ser utilizado

8. Expressão de Resultados/Cálculos

Não se aplica ao presente POP.

9. Precisão ou Incerteza de Medição

Não se aplica ao presente POP.

10. Precauções de Segurança

Verificar POP sobre os EPIs

11. Referências

- Animais de Laboratório- Vias de inoculação, Sangria e Eutanásia e Identificação de Parasitas. Universidade Federal Fluminense. Disponível em: uff.br/animaislab/p4.ppt

- Informações Gerais sobre Alimentos. Nuvital – segurança em Nutrição Animal. Disponível em:

- Curso de Manipulação de Animais de Laboratório. FIOCRUZ. Disponível em:

12. Histórico de Alterações

|Elaborado por: |Revisado por: |Aprovado por: |

|(Éricka Souza, Samir Elian e Tásssia Souza) |Comissão Revisora de POPs | |

|LEFM | | |

6.1 – Identificação de gaiolas

Todas as gaiolas deverão ser identificadas com etiqueta visível contendo informações sobre os animais contidos nas mesmas: espécie, linhagem, sexo, origem e quantidade por gaiola. Devem, ainda, ser identificados o responsável e o experimento – considerando ainda período de realização do mesmo. Abaixo, segue um modelo sugerido:

|NOME DO LABORATÓRIO |

|PROFESSOR RESPONSÁVEL – RAMAL |

| |

|Gaiola: ____ Tratamento: _________________ |

| |

|CAMUNDONGOS: |

|Raça: ______ Sexo: _____ N° animais: _____ |

| |

|EXPERIMENTO |

|Início:__/__/__ Fim:__/__/__ Resp: ________ (tel. contato) |

|Obs: |

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6.2 – Ração: troca e quantidade

Animais convencionais serão alimentados com ração sólida comum não autoclavada. Animais knockout receberão ração sólida autoclavada.

Forma de administração da ração: ad libitum (à vontade)

Consumo médio diário de ração (camundongos): 7 a 12 g. (variável em função da apetibilidade da ração, da intensidade da compactação e diâmetro dos grânulos).

Deve-se atentar para o cuidado com a contaminação do pote utilizado para colocar a ração nas gaiolas. Assim, deve-se evitar colocar o mesmo sobre a mesa e a pessoa responsável pela manipulação dos animais não deve ser a mesma por manipular os potes de ração e maravalha.

6.3 – Maravalha: troca, quantidade e descarte

A maravalha deve ser autoclavada antes de ser colocada nas gaiolas para os animais. As gaiolas deverão ter a maravalha trocada 2x/semana

Quantidade utilizada: suficiente para recobrir o fundo da gaiola (aproximadamente 2 cm de altura de maravalha em relação à altura da gaiola). ( volume aproximado de 1 Litro

Descarte: A maravalha suja proveniente da troca das gaiolas deverá ser descartada em lixo branco, autoclavada e, posteriormente, descartada ao lado de freezer na sala de lavagem.

Deve-se atentar para o cuidado com a contaminação do pote utilizado para colocar a maravalha nas gaiolas. Assim, deve-se evitar colocar o mesmo sobre a mesa e a pessoa responsável pela manipulação dos animais não deve ser a mesma por manipular os potes de ração e maravalha.

6.4 – Água: troca e quantidade

A água colocada para os animais deve ser previamente filtrada. A água contida na mamadeira deverá ser trocada 2x/semana.

Consumo médio diário de água (camundongos): 6 ml.

Modo de fornecimento de água: bebedouros tipo mamadeira.

6.5 – Anestesia

ESTE TOPICO REPRESENTA APENAS SUGESTÃO DE ANESTESIA. PARA PROCEDIMENTO CORRETO, CONSULTE O SEU PROTOCOLO ENVIADO E APROVADO PELO CETEA. MAUS TRATOS A ANIMAIS SERÃO DENUNCIADOS AO CETEA.

Cada laboratório é responsável pela compra de sua anestesia.

A anestesia deve ser realizada sempre que o procedimento implique em dor ou desconforto dos animais. Não serão necessários anestésicos, analgésicos ou tranqüilizantes quando isto não ocorre, como em procedimentos que incluem administração de fluidos, imunização, medicação oral, coleta de sangue (exceto intracardíaca e periorbital). Para minimizar a dor e o desconforto devem ser utilizadas drogas anestésicas, analgésicas, tranqüilizantes e ainda a eutanásia. Alguns procedimentos que envolvem dor e requerem anestesia incluem: cirurgias, agentes que envolvem inflamação excessiva e necrose e coleta de sangue pelas vias intracardíaca e periorbital. VERIFICAR O PROCESSO APROVADO PELO CETEA. MAUS TRATOS A ANIMAIS SERÃO DENUNCIADOS AO CETEA.

Monitoramento da anestesia: A profundidade anestésica deve ser avaliada por meio da presença ou ausência de determinados sinais como reflexo da cauda, replexo palpebral e corneal e das alterações das freqüências cardíaca (FC) e respiratória (FR), que sofrem modificações de acordo com os planos atingidos (profundidade da anestesia).

Sugestão de anestésico: Utilizar uma solução de 0.6 mL de cetamina (100 mg/ml), 0.4ml de xilazina (20 mg/mL) e 4 mL de PBS, procedendo com a injeção intraperitoneal do anestésico, 80 µl de anestésico para cada 10 g de peso corporal (Wirtz et al. 2007. Chemically induced mouse models of intestinal inflammation. Nature Protocols, 2:3)

6. – Vias de inoculação

ESTE TOPICO REPRESENTA APENAS INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS VIAS DE INOCULAÇÃO. PARA PROCEDIMENTO CORRETO, CONSULTE O SEU PROTOCOLO ENVIADO E APROVADO PELO CETEA E O CADASTRO INDIVIDUAL DE USUÁRIOS DE BIOTÉRIOS. MAUS TRATOS A ANIMAIS SERÃO DENUNCIADOS AO CETEA.

Há duas vias principais de inoculação: enteral, que utiliza o trato gastrointestinal, e a parenteral, que não utiliza o trato gastrointestinal. A via enteral pode ser realizada de forma oral, sublingual, retal e por meio de água nos bebedouros, alimento ou diretamente no tubo esofágico. A via parenteral pode ser administrada de forma endovenosa, intraperitoneal, intramuscular, subcutânea, intradérmica, intransasal e intracraniana.

Via oral/gavagem: A substância é introduzida na cavidade oral ou no aparelho digestório por meio de um tubo flexível (ou agulha) com a ponta arredondada que é introduzido na boca do animal e gentilmente empurrado pelo esôfago até o estômago. É necessário ser cauteloso para assegurar que o tubo não tenha penetrado inadvertidamente a traquéia. O volume máximo para roedores é de 1mL de solução para cada 100g de peso corporal, no entanto, se a administração for de solução aquosa, o volume pode ser de até 2mL para cada 100g de peso corporal. Deve-se lembrar que os roedores ingerem alimento e água muitas vezes ao dia, e por isso dificilmente estão com o estômago vazio. A distensão máxima do estômago se dá no final do período escuro, em contrapartida à quantidade mínima no final do período claro. Nesse sentido, pequenos volumes devem ser administrados no início do período claro (fase de repouso).

Via subcutânea (SC): É a injeção de solução sob a pele do animal, a qual deve ser levantada antes da aplicação. É realizada com agulha hipodérmica curta (normalmente 25x5 mm ou mais fina), passando apenas pela derme, o mais próximo da superfície, formando uma “pápula” após a administração da substância. As áreas dorsolaterais do pescoço, ombro, flancos e região interna da coxa são as regiões de escolha. É uma via que raramente induz dor e é realizada em animais conscientes. Antes de injetar a substância, deve-se aspirar exercendo uma leve pressão no êmbolo da seringa para assegurar que a agulha não esteja penetrando em um vaso sangüíneo

Via intramuscular (IM): é utilizada para administração de pequenos volumes, para preparações que formem precipitado ou apresentem irritação aos tecidos. Libera a droga na corrente sanguínea aos poucos. A substância é injetada no músculo esquelético na forma de soluções oleosas ou suspensões. Os músculos de grande superfície, como os da porção posterior dos membros posteriores, são as regiões mais utilizadas. Devem ser usadas agulhas de tamanho similar às empregadas nas injeções subcutâneas e a profundidade no tecido deve ser de aproximadamente 5mm. Estruturas ósseas, nervos e vasos sanguíneos devem ser evitados. Antes de injetar deve-se assegurar que a agulha não está em um vaso sanguíneo, exercendo uma leve pressão de retirada no êmbolo da seringa. O tamanho da agulha é geralmente 25x5 ou 25x7 mm ou mais fina, e o volume máximo é de 0,3 mL em camundongos.

Via endovenosa: A administração é feita diretamente na corrente sangüínea, por meio de vasos superficiais; assim, o pico de concentração plasmática ocorre poucos minutos após administração, tendo uma rápida distribuição no organismo. As soluções a serem aplicadas não devem ser irritantes e o veículo deve ser do tipo aquoso. A veia da cauda é o vaso sanguíneo de escolha em camundongos não anestesiados; entretanto, sua perfuração requer habilidade e prática. O movimento do animal também pode ser contido dentro de um pequeno recipiente para facilitar a administração. A visualização da veia é facilitada por procedimentos como a imersão da cauda em água quente a 40-50 oC por alguns segundos ou proximidade de uma lâmpada quente. Obs. 1: nunca se deve aplicar medicamentos diluídos em veículo oleoso, sob pena de causar êmbolos no animal com a conseqüente morte do mesmo. Obs. 2: vários dispositivos foram desenvolvidos para facilitar injeções endovenosas junto à veia lateral da cauda, alguns dos quais são obtidos comercialmente. Basicamente, estes dispositivos consistem de um cilindro transparente, de diâmetro apropriado, com divisor de comprimento ajustável, com uma fenda para exteriorização da cauda.

Via intraperitoneal: é utilizada para administração de grandes volumes de substâncias na forma líquida. A substância é injetada na cavidade peritoneal entre os órgãos abdominais. Normalmente, injeta-se na metade posterior do abdome com o animal contido pelo dorso. O tamanho das agulhas normalmente utilizado é de 25x5 ou 25x7 mm. A imobilização adequada é pré-requisito básico para o sucesso deste tipo de aplicação. Ocorre absorção em tecidos e órgãos da cavidade peritoneal, sendo que a maior desvantagem é que parte da droga é absorvida pela circulação portal causando alteração na dosagem administrada.

Via intradérmica: utilizada para administração de pequenas quantidades de droga entre as camadas da pele. A eficiência de absorção aumenta de acordo com o veículo de preparação, podendo este ser óleo, emulsão de óleo em água ou solventes orgânicos. Sua maior desvantagem é a variação de permeabilidade da epiderme entre as espécies.

Via intracraniana: ocorre a inserção de drogas diretamente no cérebro.

7. - Vermifugação

Todos os animais que chegarem ao biotério deverão ser vermifugados, conforme o protocolo abaixo. Cada laboratório é responsável pela compra do seu vermífugo. O processo de vermifugação é obrigatório. Os remédios necessários são de uso veterinário.

- Remédios de uso veterinário utilizados: Albendazol

* Descrição dos produtos:

- Albendazol 10% - Tortuga

- Albendathor 10 - Anti-helmíntico de amplo espectro - 1L (uso oral)

- Procedimento:

Usar Albendazol na mamadeira dos animais, por 24 horas. Após este período, trocar por água filtrada. Repetir este procedimento após 3 dias.

Preparo: 1,0 mL de Albendazol para cada 200 mL de água filtrada

Finalidade: O Albendazol combate patógenos.

FLUXOGRAMA DO PROTOCOLO DE VERMIFUGAÇÃO - 10dias

Dia 1 - Administrar a diluição de Albendazol por 24 horas e borrifar Triatox nas gaiolas e maravalha

Dia 2 - Administrar água sem remédio por 48 horas

Dia 4 - Administrar a diluição de Albendazol por 24 horas e borrifar Triatox nas gaiolas e maravalha

Dia 5 - Administrar água sem remédio a partir deste dia

8. - Eutanásia

ESTE TOPICO REPRESENTA APENAS SUGESTÕES DE EUTANÁSIA. PARA PROCEDIMENTO CORRETO, CONSULTE O SEU PROTOCOLO ENVIADO E APROVADO PELO CETEA. MAUS TRATOS A ANIMAIS SERÃO DENUNCIADOS AO CETEA.

Por definição, eutanásia é uma forma de abreviar-se a vida de um ser vivo, sem dor ou sofrimento. Os critérios primários para a eutanásia em termos de bem-estar animal são:

ƒ Utilização de métodos sem dor;

ƒ Os animais devem atingir rápido estado de inconsciência e morte;

ƒ Requerer um mínimo de contenção, e evitar a excitabilidade do animal;

ƒ Apropriado para a idade e estado de saúde do animal em questão;

ƒ Causar um mínimo de sofrimento e estresse;

ƒ Simples de administrar (em pequenas doses, se possível);

ƒ Seguro para o operador e tanto quanto possível, esteticamente aceitável para este;

ƒ Deve ser realizada distante de outros animais.

A eutanásia é realizada por várias razões, são elas:

ƒ Término do experimento;

ƒ Obtenção de material como sangue e outros tecidos para fins científicos;

ƒ Quando os níveis de estresse, dor e sofrimento estão excedendo o previsto;

ƒ Quando os animais não estão mais aptos à reprodução;

ƒ Animais apresentando características não desejáveis ao biotério.

Confirmação de morte: Indicativos de morte são a ausência de movimentos respiratórios, batimentos cardíacos e perda dos reflexos. Entretanto, a morte deve ser confirmada por sangria, remoção do coração, evisceração, congelamento ou decapitação antes do descarte dos cadáveres.

Métodos físicos: Não são métodos aceitos sem contestação. Devem ser utilizados somente quando não puderem ser utilizados métodos químicos. MAUS TRATOS A ANIMAIS SERÃO DENUNCIADOS AO CETEA.

a) Deslocamento cervical: Comumente utilizado em roedores com menos de 150 g. Trata-se de uma manobra rápida, que em frações de segundos leva o animal a perda total de sensibilidade devido ao rompimento da medula espinhal e a morte. É indicado somente quando a adoção de outros métodos possa invalidar o resultado final de determinado experimento e só deve ser realizada por pessoal treinado. Para roedores de laboratório, o animal deve ser apoiado sobre uma superfície na qual ele possa se agarrar, propiciando maior firmeza na realização da eutanásia. O deslocamento cervical consiste em segurar a cauda do animal com uma das mãos (pela base) e com a outra apoiar uma pinça cirúrgica, ou objeto similar, transversalmente sobre sua região cervical. A seguir, pressiona-se firmemente a pinça para baixo e para frente, empurrando a cabeça do animal, enquanto que, simultaneamente, traciona-se a cauda em sentido oposto, para trás. Durante alguns segundos pode-se ainda detectar alguma atividade muscular, todavia trata-se de movimentos reflexos, pois a perda total de sensação dolorosa e a morte são imediatas. DEVE SER PRECEDIDO DE USO DE ANESTESIA.

Métodos químicos: são realizados por meio do uso de agentes farmacológicos inalantes e não-inalantes.

Agentes injetáveis: Em animais onde há dificuldade em puncionar a veia, é preferível a injeção intraperitoneal. Entretanto, por esse método, o anestésico leva mais tempo para agir e pode causar irritação no peritônio. Injeções intracardíacas e intrapulmonares não devem ser realizadas, a menos que o animal esteja anestesiado.

• Pentobarbital sódico: Injetado via intravenosa ou intraperitoneal age rapidamente e é uma forma aceitável de eutanásia. As pessoas envolvidas devem ser treinadas no método de injeção. Esta droga pode causar irritação do peritônio, o que pode ser evitado pela diluição. Para a realização da eutanásia é recomendada a utilização de três vezes a dose anestésica.

• Quetamina: Não é um método aceitável quando utilizada como droga única. Quando em combinação com outras drogas (xilazina, benzodiazepínicos) é uma opção apropriada para a eutanásia.

|Aprovado por: | |

|Flaviano/Jônatas |

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