Projetos Educacionais | Profª Sheila Luiza



SUGEST?ES DE QUEST?ESTexto 1O complexo05101520253035404550556065No meu distante tempo de rapaz falava-se muito em complexo de inferioridade e superioridade. Caiu de moda, n?o sei bem por quê. Talvez seja até politicamente incorreto dizer que alguém tem complexo, essas quest?es ficam cada vez mais complicadas. Mas, naquele tempo, n?o. Todo mundo tinha complexo, se bem que fosse uma condi??o de diagnóstico problemático, porque se alegava que quem ostentava ares de melhor que os outros estava, na verdade, mascarando um complexo de inferioridade e, por seu turno, quem agia com excessiva humildade e timidez era no fundo um descomunal arrogante, que temia exibir sua convic??o de que pairava muito acima do semelhante. No meu caso pessoal, jamais houve consenso, embora, em retrospecto e a julgar pelo meu desempenho em namoros e correlatos, tendo a crer que nem complexo de inferioridade eu tinha realmente – era inferior mesmo, condi??o enfatizada com acabrunhante regularidade pelas mo?as que tentava cortejar.Quanto aos brasileiros em geral, contudo, o complexo de inferioridade era reconhecido quase com unanimidade. Segundo nossa vis?o, n?o valíamos nada, tudo de fora era melhor e Deus se mostrara injusto conosco, fazendo-nos nascer aqui. Em comportamento típico do complexado, ensaiávamos alguns esfor?os para nos livrarmos disso, desde escrever livros mostrando como éramos aben?oados, a proclamar convic??es exaltadas de que tínhamos as mulheres mais elegantes do mundo, os melhores pilotos de avi?o, os melhores arquitetos e até a melhor gente, cortês, alegre, hospitaleira e despida de preconceitos. Mas a verdade é que o complexo se manifestava o tempo todo. Nada fabricado no Brasil, por exemplo, funcionava direito, a ponto de ter havido casos patéticos, como brasileiros trazendo do exterior produtos de marca estrangeira, mas fabricados aqui mesmo e exportados. E qualquer comentário estrangeiro sobre o Brasil, por mais imbecilóide, ganhava manchetes na imprensa, tratava-se de opini?o sempre relevantíssima, que nos engrandecia no concerto das na??es ou, bem mais comumente, nos recolocava no nosso lugar apropriado, ou seja, a quinta ou sexta categoria.Agora olhamos em torno e vemos que, embora n?o usemos a palavra, continuamos complexadíssimos. N?o nos expomos mais a espetáculos ridículos, tais como o deslocamento maci?o de torcedores fanáticos para concursos de misses aos quais ninguém, a n?o ser nós, dava import?ncia e já reconhecemos que algumas das coisas produzidas aqui s?o de boa qualidade, mas persistimos numa postura de rabo entre as pernas. Sou veterano em congressos, conclaves, seminários e quejandos internacionais e já assisti, entre deprimido e envergonhado, a brasileiros ouvindo, cabisbaixos e contritos, serm?es de representantes de povos muito mais desenvolvidos (o que lá queira dizer isto) do que nós, a respeito, por exemplo, das mortes de crian?as de rua no Brasil. Claro, o problema das crian?as de rua é sério e vergonhoso, mas n?o se podem aceitar palavras santimoniais de quem, t?o adiantado e desenvolvidíssimo, já matou crian?as em escala industrial e sistematicamente. O mesmo ocorre em praticamente todas as áreas. Fala-se em favelas, outra vergonha, mas esquecem-se os guetos raciais, religiosos ou econ?micos do país de quem está falando. Continuamos inferiores e nem a nossa língua presta, como se observa em toda parte e como é manifestado em comentários de que ela é inexpressiva, n?o serve para cinema e, mesmo na música, o inglês soa melhor. Nossas lideran?as e nossos formadores de opini?o (o que lá seja isso outra vez) agem de conformidade com o complexo. Basta um porreta americano qualquer fazer uma classifica??o econ?mica do Brasil negativa para esquecermos que isto é regido pelos interesses e critérios dele, as bolsas ficarem nervosíssimas, os comentaristas financeiros alarmados e o Governo cada vez mais disposto a se comportar bem, ou seja, de acordo com o que lá de fora querem que fa?amos. Do contrário, afundaremos em abismo perpétuo e talvez até acabemos como na??o, transformados num bando de miseráveis definitivos, o buraco negro de Calcutá da Humanidade. Temos de nos enquadrar, ou as conseqüências ser?o apocalípticas.Temos de nos enquadrar p. nenhuma, a verdade é completamente oposta. Quem precisa de nós é o grande capital internacional e n?o nós dele, primordialmente. A economia brasileira, cujo controle fazemos tudo para entregar de m?o beijada ou até pagando, representa mais de 40% daquela da América Latina toda, inclusive o México. Estou chutando um pouco, mas creio que a economia da América Central inteira cabe no bolsinho pequeno da grande S?o Paulo, num bairro talvez. O Brasil n?o só n?o vai quebrar (pode apenas tomar sustos intencionalmente pregados, para que cedamos a interesses imediatistas ou episódicos, o que é normalmente o caso), como n?o pode quebrar e n?o deixar?o jamais que quebre, é tudo careta para assustar complexado. Se quebrar, para come?ar o resto da América Latina vai para a cucuia em coisa de dez a quinze minutos. E v?o para a cucuia investimentos internacionais de arregalar os olhos de qualquer brasileiro, pois todo mundo, menos brasileiro, investe cada vez mais aqui. Tudo besteira, essa empulha??o que nos enfiam goela abaixo para obter vantagens descabidas, quando nós somos – surpresa – até um dos maiores mercados de cosméticos, eletrodomésticos e comunica??es do mundo. Aliás, somos um dos mercados mais importantes do mundo e ponto final. Sexta ou sétima popula??o do mundo também, com todo o potencial em cima. Ninguém nos pode ignorar, sob pena de quebrar a cara. "Eles" sabem disso, mas n?o lhes interessa que saibamos, e mantemos o péssimo hábito de prestar aten??o no que eles falam, n?o no que fazem. Só quem n?o sabe somos nós, a come?ar pelo Governo. Ninguém nos faria favor nenhum em nos paparicar e o complexo tem que, finalmente, acabar. De minha parte, como imagino que da sua, quero ser paparicado bastante e, quando der, acredito também que prefiramos nossa parte em dinheiro. (RIBEIRO, Jo?o Ubaldo. O complexo. O Globo, 26 mar 2000, c. 1, p. 6)QUEST?O 01 -UFV 2003 (Descritor: identificar o objetivo do texto)Assunto: Texto e produ??o de sentido Tendo em vista o sentido geral do texto, pode-se afirmar que o objetivo principal do autor é:a)criticar a tendência dos brasileiros de se considerarem inferiores em rela??o às na??es desenvolvidas.b)explicar as estratégias usadas pelos países desenvolvidos para manterem seu domínio sobre os países subdesenvolvidos.c)descrever a mudan?a de mentalidade dos brasileiros, que de inferiores passaram a julgar-se superiores aos demais povos.d)incitar os brasileiros a se insurgirem contra os países desenvolvidos, impondo-lhes a superioridade já conquistada pelo Brasil.e)apresentar as raízes históricas do complexo de inferioridade assumido pelos brasileiros no seu relacionamento com outras na??es mais desenvolvidas.QUEST?O 02 -UFV 2003 (Descritor: localizar informa??o no texto)Assunto: Texto e produ??o de sentidoO autor considera ridículas algumas práticas típicas dos brasileiros, usadas para encobrir nosso complexo de inferioridade. Das práticas abaixo, aquela que N?O é reveladora do complexo referido pelo autor é:a)proclamar a eleg?ncia de nossas mulheres.b)escrever livros exaltando nossa grandeza.c)participar de forma fanática de concursos de beleza feminina.d)reconhecer que algumas das coisas produzidas aqui s?o de boa qualidade.e)atribuir relev?ncia excepcional a observa??es de estrangeiros sobre o Brasil.QUEST?O 03 -UFV 2003 (Descritor: inferir estratégia discursiva do autor)Assunto: Constru??o textual e produ??o de sentido“Temos de nos enquadrar p. nenhuma” (linha 47)Com rela??o à idéia expressa no final do terceiro parágrafo (linha 46), pode-se afirmar que a senten?a do autor acima transcrita serve para:a)ratificá-la.b)ironizá-la.c)retificá-la.d)esclarecê-la.e)exemplificá-la.QUEST?O 04 -UFV 2003 (Descritor: inferir informa??o implícita no texto)Assunto: Texto e produ??o de sentidoO autor às vezes se vale do discurso ir?nico, de modo que o que ele diz n?o é o que ele de fato pensa. Das passagens abaixo, aquela que, com base no sentido global do texto, N?O traduz o pensamento do autor é:a)“o problema das crian?as de rua é sério e vergonhoso” (linha 33).b)“Temos de nos enquadrar, ou as conseqüências ser?o apocalípticas.” (linha 46).c)“a economia da América Central inteira cabe no bolsinho pequeno da grande S?o Paulo” (linhas 49-50).d)“somos um dos mercados mais importantes do mundo” (linhas 59-60).e)“Ninguém nos pode ignorar, sob pena de quebrar a cara.” (linha 61QUEST?O 05 –UFV 2003 (Descritor: reconhecer o sentido de express?es populares)Assunto: Varia??o lingüística.Aparecem no texto algumas express?es típicas da linguagem coloquial. Assinale a alternativa em que aparece INDEVIDAMENTE explicitado o sentido da express?o utilizada:a)“mas persistimos numa postura de rabo entre as pernas.” (linhas 28-29)/ressentida.b)“cujo controle fazemos tudo para entregar de m?o beijada” (linhas 48-49/sem nada receber em troca.c)“Estou chutando um pouco” (linha 50)/arriscando a resposta, tentando acertar.d)“E v?o para a cucuia investimentos internacionais de arregalar os olhos de qualquer brasileiro.” (linhas 55-56)/v?o malograr-se, n?o v?o adiante.e)“essa empulha??o que nos enfiam goela abaixo” (linhas 57-58)/nos imp?em.QUEST?O 06 -UFV 2003 (Descritor: inferir o valor sem?ntico de palavras no contexto)Assunto: Significa??o das palavrasA alternativa em que a palavra ou express?o em destaque N?O é sin?nima da que aparece sublinhada em passagem do texto é:a)“a proclamar convic??es exaltadas de que tínhamos as mulheres mais elegantes do mundo, os melhores pilotos de avi?o, os melhores arquitetos e até a melhor gente, cortês, alegre, hospitaleira e despida de preconceitos.” (linhas 16-18)/inclusive.b)“tais como o deslocamento maci?o de torcedores fanáticos para concursos de misses aos quais ninguém, a n?o ser nós, dava import?ncia” (linhas 26-28)/salvo.c)“pois todo mundo, menos brasileiro, investe cada vez mais aqui.” (linhas 56-57)/exceto.d)“nós somos – surpresa – até um dos maiores mercados de cosméticos, eletrodomésticos e comunica??es do mundo. Aliás, somos um dos mercados mais importantes do mundo e ponto final.” (linhas 58-60)/ou melhor.e)“tendo a crer que nem complexo de inferioridade eu tinha realmente – era inferior mesmo” (linhas 9-10)/também.QUEST?O 07 -UFV 2003 (Descritor: identificar os elementos do texto retomados pelos pronomes)Assunto: Coes?o por remiss?oA alternativa em que se destaca ERRADAMENTE a palavra ou express?o a que se refere o termo sublinhado é:a)“Segundo nossa vis?o, n?o valíamos nada” (linha 13)/dos brasileiros.b)“(o que lá queira dizer isto)” (linhas 31-32)/povos muito mais desenvolvidos.c)“cujo controle fazemos tudo para entregar de m?o beijada” (linhas 47-48)/da economia brasileira.d)“isto é regido pelos interesses e critérios dele” (linhas 40-41)/de um porreta americano.e)“De minha parte, como imagino que da sua, quero ser paparicado bastante” (linha 64)/do Governo.QUEST?O 08 - UFV 2003 (Descritor: analisar altera??o sem?ntica decorrente da mudan?a da ordem dos termos na ora??o)Assunto: Constru??o textual e produ??o de sentidoAssinale a alternativa em que a altera??o na ordem da senten?a pode acarretar substancial MUDAN?A de sentido:a)“No meu distante tempo de rapaz falava-se muito em complexo de inferioridade e superioridade.” (linha 1)/Muito se falava em complexo de inferioridade e superioridade no meu distante tempo de rapaz.b)“era inferior mesmo, condi??o enfatizada com acabrunhante regularidade pelas mo?as que tentava cortejar.” (linhas 10-11)/era inferior mesmo, condi??o enfatizada pelas mo?as que tentava cortejar com acabrunhante regularidade.c)“Claro, o problema das crian?as de rua é sério e vergonhoso” (linha 32)/Claro, é sério e vergonhoso o problema das crian?as de rua.d)“Quem precisa de nós é o grande capital internacional e n?o nós dele, primordialmente.” (linhas 46-47)/? o grande capital internacional quem precisa de nós e n?o nós dele, primordialmente.e)“Se quebrar, para come?ar o resto da América Latina vai para a cucuia em coisa de dez a quinze minutos.” (linhas 53-54)/Se quebrar, para come?ar vai o resto da América Latina para a cucuia em coisa de dez a quinze minutos.Texto 2Fazer o que se gosta51015202530354045A escolha de uma profiss?o é o primeiro calvário de todo adolescente. Muitos tios, pais e orientadores vocacionais acabam recomendando “fazer o que se gosta”, um conselho confuso e equivocado.Empresas pagam a profissionais para fazer o que a comunidade acha importante ser feito, n?o aquilo que os funcionários gostariam de fazer, que normalmente é jogar futebol, ler um livro ou tomar chope na praia.Seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito. Mas, aí, quem tiraria o lixo, algo necessário, mas que ninguém quer fazer? Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor porque é o que gostariam de fazer. Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social. “Quero ajudar os outros, n?o quero participar desse capitalismo selvagem.” Nesses casos, pe?o que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.? uma arrog?ncia intelectual que se ensina nas universidades brasileiras e um insulto aos sapateiros e aos trabalhadores dizer que eles n?o ajudam os outros. A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de gra?a.As coisas que realmente gosto de fazer, como jogar tênis, velejar e organizar o Prêmio Bem Eficiente, eu fa?o de gra?a. O “ócio criativo”, o sonho brasileiro de receber um salário para “fazer o que se gosta”, somente é alcan?ado por alguns professores felizardos de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.O que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque alguns membros da sociedade só querem “fazer o que gostam”? Pediatras e obstetras atendem às 2 da manh?. Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos n?o porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.Empresas, hospitais, entidades beneficentes est?o aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados. Eu respeito muito mais os altruístas que fazem aquilo que tem de ser feito do que os egoístas que só querem “fazer o que gostam”.Ent?o teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva? Existe um final feliz. A saída para esse dilema é aprender a gostar do que você faz. E isso é mais fácil do se pensa. Basta fazer seu trabalho com esmero, bem feito. Curta o prazer da excelência, o prazer estético da qualidade e da perfei??o.Aliás, isso n?o é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida. Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito. Viva com esse objetivo. Você poderá n?o ficar rico, mas será feliz. Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito do que àqueles que fazem o mínimo necessário.Se quiser procurar algo, descubra suas habilidades naturais, que permitir?o que realize seu trabalho com distin??o e o colocar?o à frente dos demais. Muitos profissionais odeiam o que fazem porque n?o se prepararam adequadamente, n?o estudaram o suficiente, n?o sabem fazer aquilo que gostam, e aí odeiam o que fazem mal feito.Sempre fui um perfeccionista. Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz quest?o de fazê-las bem feitas. Sou até criticado por isso, porque demoro demais, vivo brigando com quem é incompetente, reescrevo estes artigos umas quarenta vezes para o desespero de meus editores, sou superexigente comigo e com os outros.Hoje, percebo que foi esse perfeccionismo que me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar das coisas chatas que tenho de fazer.Se você n?o gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito. Seja o melhor em sua área, destaque-se pela precis?o. Você será aplaudido, valorizado, procurado, e outras portas se abrir?o. Come?ará a ser até criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer.Fa?a seu trabalho mal feito e você odiará o que faz, odiando a sua empresa, seu patr?o, seus colegas, seu país e a si mesmo.Stephen Kanitz - Veja. S?o Paulo. Abril, ed. 1881, 24/ 11/ 2004, p.22QUEST?O 09 (Descritor: inferir o valor sem?ntico das palavras no contexto)Assunto: Significa??o das palavrasAssinale a alternativa em que o significado da palavra ou express?o destacada N?O está identificado corretamente:“seria um mundo perfeito se as coisas que queremos fazer coincidissem exatamente com o que a sociedade acha importante ser feito.” (linhas 7 e 8)/CASO “...o sonho brasileiro de receber um salário para “fazer o que se gosta”, somente é alcan?ado...” (linhas 18 e 19)/REALMENTE“Aliás, isso n?o é um conselho simplesmente profissional, é um conselho de vida.” (linha 31)/OU MELHOR“Fiz muitas coisas chatas na vida, mas sempre fiz quest?o de fazê-las bem feitas.” (linhas 39 e 40)/ENTRETANTOe) “Come?ará a ser até criativo, inventando coisa nova, e isso é um raro prazer.” (linhas 46 e 47)/INCLUSIVEQUEST?O 10 (Descritor: reconhecer a intencionalidade do locutor do texto)Assunto: Fatores de produ??o de sentido“Nesses casos, pe?o que deixem comigo os sapatos e as meias e voltem para conversar em uma semana.”Todas as alternativas evidenciam a intencionalidade do locutor do texto no trecho acima, EXCETO:Quebrar a arrog?ncia intelectual dos jovens.Reconhecer que todo trabalho dignifica as pessoas.Criticar a moda de trabalhar em projetos sociais.Evidenciar a presun??o de ser remunerado por trabalhar num projeto social.Submeter os jovens a uma atitude de humildade.QUEST?O 11 (Descritor: analisar a estrutura do texto)Assunto: Constru??o textualObservando a estrutura do texto, constata-se que:Há preponder?ncia da narra??o, com o objetivo de contar a trajetória profissional do locutor.Dá-se ênfase às exemplifica??es, para comprovar a veracidade do tema abordado.Recai o interesse sobre o interlocutor, com o objetivo de convencê-lo a aderir ao ponto de vista defendido pelo locutor.Há argumenta??o em torno da escolha profissional, persuadindo o leitor a fazer o que se gosta.Notam-se algumas passagens descritivas disseminadas ao longo da argumenta??o.QUEST?O 12 (Descritor: identificar o objetivo do texto)Assunto: Texto e produ??o de sentidoTendo em vista o sentido geral do texto, pode-se afirmar que o objetivo principal do autor é:Aconselhar os jovens, na escolha profissional, a fazer aquilo de que se gosta.Criticar as universidades brasileiras quando condicionam os jovens a optar por trabalhar num projeto social.Descrever como se processa atualmente a escolha profissional entre os jovens.Incentivar os jovens, independentemente da profiss?o escolhida, a executarem o seu trabalho da melhor forma.Incitar os jovens a preservarem os valores sociais em rela??o à escolha profissional.QUEST?O 13 (Descritor: identificar palavras ou express?es retomadas)Assunto: Coes?o por remiss?oAssinale a alternativa em que a palavra ou express?o a que se refere o termo sublinhado N?O foi identificada corretamente:“A maioria das pessoas que ajudam os outros o faz de gra?a.” (linhas 15 - 16) (o = ajudar os outros)“...somente é alcan?ado por alguns professores de filosofia que podem ler o que gostam em tempo integral.” (linhas 19 -20) (que = professores de filosofia)“...mas porque isso tem que ser feito.” (linha 23) (isso = atender aos sábados e domingos)“Basta fazer seu trabalho com esmero, bem feito.” (linha 29) (seu = do jovem)“,,, me permitiu sobreviver à chatice da vida, que me fez gostar...” (linhas 43 - 44) (que = chatice da vida)QUEST?O 14 (Descritor: identificar o valor sem?ntico do articulador)Assunto: Articula??o das ora??es coordenadas“Você poderá n?o ficar rico, mas será feliz”Assinale a alternativa em que a substitui??o da palavra grifada acarretou altera??o significativa de sentido.Você poderá n?o ficar rico, porém será feliz.Você poderá n?o ficar rico, portanto será feliz.Você poderá n?o ficar rico, entretanto será feliz.Você poderá n?o ficar rico, contudo será feliz.“Você poderá n?o ficar rico, todavia será feliz.QUEST?O 15 (Descritor: inferir o perfil dos leitores virtuais do texto.) Assunto: O texto como interlocu??oO destinatário básico de um texto corresponde a seu leitor virtual: aquele que concorda com a perspectiva ideológica do enunciado básico do textoTodas as alternativas caracterizam leitores virtuais do texto lido, EXCETO:Jovens preocupados com a escolha da profiss?o.Pais de filhos em idade de optar por uma carreira.Orientadores vocacionais preocupados no exercício consciente de sua profiss?o.Educadores que compartilham com seus alunos da dificuldade de optar por uma profiss?o.Assinantes da revista Veja interessados em aprender a fazer o que se gosta.QUEST?O 16 (Descritor: identificar pontos de vista assumidos pelo locutor do texto)Assunto: O texto como interlocu??oEm todas as alternativas abaixo, percebe-se uma avalia??o do locutor do texto sobre o que está dizendo, EXCETO:“A escolha de uma profiss?o é o primeiro calvário de todo adolescente.”“Toda semana recebo jovens que querem trabalhar em minha consultoria num projeto social.”“Ent?o teremos de trabalhar em algo que odiamos, condenados a uma vida profissional chata e opressiva?”“E isso é mais fácil do que se pensa.”“Provavelmente, nada lhe faltará, porque se paga melhor àqueles que fazem o trabalho bem feito...”QUEST?O 17 (Descritor: identificar altera??o sem?ntica decorrente de mudan?a de posi??o dos termos na ora??o)Assunto: O constru??o textual e produ??o de sentidoAssinale a alternativa em que a altera??o na ordem das palavras acarreta MUDAN?A de sentido:“Muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor porque é o que gostariam de fazer.”(linha 10) Porque é o que gostariam de fazer, muitos jovens sonham trabalhar no terceiro setor.“...o sonho brasileiro de receber um salário para “fazer o que se gosta”, somente é alcan?ado por alguns professores...” linhas 18-19) ...é alcan?ado por alguns professores o sonho brasileiro de receber um salário somente para “fazer o que se gosta”...“Médicos e enfermeiras atendem aos sábados e domingos n?o porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.” (linhas 22-23) Médicos e enfermeiras n?o atendem aos sábados e domingos porque gostam, mas porque isso tem de ser feito.“Empresas, hospitais, entidades beneficentes est?o aí para fazer o que é preciso ser feito, aos sábados, domingos e feriados.” (linhas 24- 25) Aos sábados, domingos e feriados, para fazer o que precisa ser feito, est?o aí empresas, hospitais, entidades beneficentes.“Se algo vale a pena ser feito na vida, vale a pena ser bem feito.” (linhas 31 – 32) Se na vida algo vale a pena ser feito, ser bem feito vale a pena.QUEST?O 18 (Descritor: analisar valor sem?ntico de uma ora??o)Assunto: Valor sem?ntico de ora??es subordinadas“o que seria de nós se ninguém produzisse sapatos e meias, só porque...” (linha 21)A condi??o expressa pela ora??o destacada indica:Um fato verdadeiro acontecido noutra época.Um fato imaginário com chances de se tornar verdadeiro.Um fato suposto cujas possibilidades de realiza??o assustam.Um fato provável de se concretizar, caso a sociedade assim o queira.Um fato hipotético criado como argumenta??o.Texto 3Informa??o n?o bastaMuitas vezes o jovem esquece ou abandona tudo o que sabe em algum lugar da cabe?a. E isso o coloca cara a cara com o risco.5-10-15-20-25-30-35-40-45-50-55-60-65Um ponto que une a atual gera??o de jovens é a grande quantidade de informa??o a que ela é exposta desde muito cedo. O conhecimento está sempre ali, à dist?ncia de poucos toques e tecladas dos dedos. O jovem aprende, de forma surpreendente e precoce, a lidar com várias fontes de informa??o ao mesmo tempo. Ele funciona como uma grande antena, sempre ligada, sempre captando. E faz tudo isso muito bem. O quarto de dormir virou uma espécie de quartel general da informa??o. De posse de controles remotos, bot?es, teclado e mouse, o mundo das notícias e das novidades se abre para o jovem de hoje como os adultos, no passado, descascavam uma banana. Ficou muito mais fácil ter o conhecimento. Por outro lado, o que se vê é que muito pouco dessa informa??o é aproveitada pelo jovem para a constru??o de um mundo melhor e mais seguro para ele mesmo. N?o que a informa??o n?o esteja ali, fincada de forma definitiva em seus neur?nios. Mas, muitas vezes, ela é esquecida ou propositadamente abandonada, ali mesmo, dentro da cabe?a. Do saber para o fazer, cria-se um abismo, diversas vezes, intransponível. E essa dist?ncia pode colocar o jovem cara a cara com o risco. Alguns trabalhos recentes que investigaram o comportamento dos jovens, principalmente em rela??o à sexualidade e ao uso de drogas, revelam melhor essa situa??o. Pesquisa do Ministério da Saúde em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), de 1999, mostra que a faixa dos 16 aos 25 anos é a mais bem informada sobre Aids. No entanto, esse conhecimento n?o parece refletir-se em comportamento seguro. Apesar de ser a faixa etária que melhor conhece a camisinha, o uso regular ainda está longe do desejado. Quarenta e quatro por cento dizem usar sempre – garotos usam mais que garotas (53% contra 35%). A informa??o n?o impede que os jovens sejam aqueles que mais se exp?em a risco sexual.No campo das drogas, o fen?meno n?o é muito diferente. Em um estudo do Centro Brasileiro de Informa??es sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), de 1997, o uso de drogas ente os jovens também se revelou elevado. Vinte e cinco por cento dos estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas já experimentaram algum tipo de droga na vida, além do tabaco e do álcool. As campanhas e o bombardeio de informa??es sobre esse assunto s?o freqüentes, mas parecem enfrentar uma resistência ainda maior que no campo da sexualidade. Como trabalhar a informa??o de maneira que ela seja acessada e utilizada na hora em que for necessária? Se apenas a informa??o e a raz?o n?o parecem segurar o ímpeto desafiador e imprudente do jovem, o que fazer? As apostas se voltam para o impreciso e pantanoso mundo das emo??es. Pode ser que aí repouse a chave para o entendimento do que se passa.No sexo, o medo de falhar, a angústia de n?o saber fazer, vergonha, timidez, a sensa??o de que a paix?o imuniza contra tudo e contra todos, a tentativa de for?ar um pacto de fidelidade, a troca de um risco pretensamente calculado pela vivência mais intensa do prazer, tudo isso faz com que, na hora H, a informa??o fique no fundo da gaveta, junto com o pacote intacto da camisinha. Com a droga n?o é muito diferente: a press?o dos amigos, o desejo de experimentar sensa??es diferentes, a promessa do passaporte para pertencer a uma turma, o desafio, a transgress?o de regras e limites, o alívio de uma angústia, o prazer, a falta de op??o para o lazer, o vácuo emocional nas famílias s?o fatores que condenam as campanhas e os trabalhos de preven??o ao esquecimento. Em S?o Paulo n?o há fim de semana em que n?o se leia uma notícia de acidente fatal com jovens embriagados. Poucos meses atrás, uma batida de carro em uma das marginais da cidade chamou a aten??o de especialistas. Um grupo de jovens morreu em mais um acidente. No bolso e na carteira de todos eles, camisinhas foram encontradas. Por que, de um lado, a preven??o estava lá no bolso, ao alcance das m?os, e, de outro, a imprudência de guiar embriagados acabou com a vida deles? Por que esse risco óbvio e imediato n?o foi enxergado? ? como se uma pequena chave, um controle do racional tivesse sido mudada de posi??o. A informa??o traz o mundo da raz?o, o mundo das regras, o mundo do real para a vida do jovem. Talvez em alguns momentos ele queira justamente esquecer esse mundo real para viver em outro, mais livre, sem limites, mais lúdico, mais emocional, onde possa fazer o que bem quiser. Dentro dessa percep??o distorcida, ele vê a informa??o como empecilho, como obstáculo, n?o como apoio e ajuda. Nessa hora, ele entende que a informa??o atrapalha e, assim, desliga esse filtro e deixa a vida exposta ao risco de acontecer. Os tempos modernos, nesse aspecto, também s?o mais cruéis. Talvez algumas décadas atrás, descontados certos mecanismos de controle social mais rígidos, o grau de transgress?o (se é que esse indicador pode ser calculado) entre os jovens fosse muito próximo do que é hoje. Mas o mundo era menos agressivo e menos violento. As drogas menos disponíveis e menos potentes, os carros menos velozes e em menor quantidade, as ruas mais tranqüilas, a vida mais calma e menos competitiva. Tudo isso, arranjado de outra maneira, em pleno século XXI, aproxima o jovem do risco. Mas o paradigma continua. Se hoje n?o existem limites em nossa capacidade de gerar informa??o, há um limite claro em nossa possibilidade de transformar essa informa??o em objeto prático de uso e prote??o da vida dos jovens. Algumas pistas s?o claras: a emo??o tem peso fundamental nessa equa??o, a informa??o deve ultrapassar o campo da raz?o, o jovem de hoje, precoce e antenado, n?o aceita um discurso pronto e acabado, a simples proibi??o ou a radicaliza??o de limites e regras é inoperante no mundo atual a alguns valores fundamentais para a vida ficaram atolados na pressa e na competi??o do mundo atual. Um pouco de tudo isso pode orientar a qualidade das informa??es para um novo rumo. Talvez essa n?o seja uma tarefa imediatamente possível. Talvez só essa própria gera??o, escapando de suas derrapadas, consiga amadurecer e ampliar os elos entre a raz?o e a emo??o para seus filhos.Bouer, Jairo. Veja, edi??o especial, S?o Paulo, n? 24, p.62-63, agosto de 2003, ano 36QUEST?O 19 (Descritor: inferir o sentido de uma palavra no contexto)Assunto: Significa??o das palavrasEm todas as alternativas, o significado da palavra destacada foi identificado corretamente, EXCETO:“Se apenas a informa??o e a raz?o n?o parecem segurar o ímpeto desafiador e imprudente do jovem...” (linhas 27-28) – impulso“...a tentativa de for?ar um pacto de fidelidade, a troca de um risco pretensamente calculado...” (linhas 32- 33) - supostamente“...esquecer esse mundo real para viver em outro mais livre, sem limites, mais lúdico...” (linhas 46- 47) - excitante / subversivo“Talvez algumas décadas atrás, descontados certos mecanismos de controle social mais rígidos, o grau de transgress?o...” (linhas 51- 52) infra??o / viola??o“Mas o paradigma continua.” (linha 60) - modeloQUEST?O 20 (Descritor: fazer inferências a partir da leitura do texto)Assunto: Texto e produ??o de sentidoA partir da leitura do texto pode-se inferir que, EXCETO:O jovem, alienado no mundo onde vive, comporta-se irresponsavelmente.O conhecimento necessário para se ter uma vida saudável está ao alcance de todos.O comportamento do jovem de hoje n?o se diferencia significativamente do de algumas décadas atrás.A dificuldade de aplicar os conhecimentos adquiridos no dia-a-dia deixa o jovem vulnerável.O conhecimento, para ser operante, precisa ser assimilado pela raz?o e pela emo??o.QUEST?O 21 (Descritor relacionar causa e conseqüência)Assunto: Texto e produ??o de sentidoConsiderando o texto lido, qual das alternativas abaixo N?O estabelece corretamente uma rela??o de causa e cosnequencia entre fatos?O jovem esquece ou abandona tudo o que sabe __ ele fica cara a cara com o risco.A faixa etária dos 16 aos 25 anos n?o usa regulamente preservativo __ a exposi??o ao risco sexual.Medo de falhar, vergonha, timidez, angústia de n?o saber fazer... __ a desconsidera??o do conhecimento adquirido.Constru??o de uma vida mais equilibrada e responsável __ capacidade de manipular as informa??es recebidas.Press?o dos amigos, transgress?o de regras e limites, a falta de op??o para o lazer... __ anula??o d o efeito das campanhas de preven??o às drogas.QUEST?O 22 (Descritor: analisar as rela??es entre o título e o texto)Assunto: Rela??o título/textoObserve as rela??es entre o título e o corpo do texto e analise as seguintes assertivas:O título antecipa a tese defendida no texto, segundo a qual apenas a raz?o n?o é suficiente para o jovem manipular a informa??o.O título anuncia o tema a ser abordado no texto.O título induz o leitor, por se tratar de um texto extenso, a perseverar na leitura do mesmo até o fim.A afirmativa está correta em:I apenasII apenasIII apenasI e II apenasII e III apenasQUEST?O 23 (Descritor: analisar recursos de constru??o textual)Assunto: Constru??o textualTodos os recursos abaixo foram usados na constru??o do texto a fim de refor?ar a tese, EXCETO:Argumentos baseados em dados estatísticos.Argumentos baseados em fatos reais.Argumentos baseados em experiência profissional.Argumentos baseados em fatos históricos.Argumentos baseados em estudos comportamentais.QUEST?O 24 (Descritor: identificar os elementos retomados no texto)Assunto: Coes?o por remiss?oEm todas as op??es, identificou-se corretamente a express?o a que se refere o termo destacado, EXCETO em: “Ele funciona como uma grande antena, sempre ligada, sempre captando.” (linha 4) (ele = o jovem)“ E faz tudo isso muito bem.”(linhas 4-5) ( isso = lidar com várias fontes de informa??o ao mesmo tempo) “Pode ser que aí repouse a chave para o entendimento do que se passa.” (linhas 29-30) (aí = o impreciso e pantanoso mundo das emo??es) “ (...)ele queira esquecer justamente esse mundo real para viver em outro mais livre, sem limites (...), onde possa fazer o que bem quiser. (linhas 46- 47) (onde = mundo real)“Se hoje n?o existem limites em nossa capacidade de gerar informa??o...” (linhas 56- 57) (nossa = da sociedade)Texto 4SOLID?RIO COM TODOS VOC?S (YOUS), DESPEDE-SE DE 2004 ESPERANDO TERSAUDADE DELE EM 2005 (eu, hein?)Veja Retrospectiva. S?o Paulo. Abril, ed.1885, 22 de dezembro de 2004 p.14 - 15QUEST?O 25 (Descritor: inferir uma informa??o implícita levando em considera??o o contexto)Assunto: Fatores de produ??o de sentidoObserve o trecho abaixo: “Solidário com todos vocês (yous), despede-se de 2004 esperando ter saudade dele em 2005 (eu, hein?)Considerando o contexto, que efeito causa a expre??o “(eu, hein?)”QUEST?O 26 (Descritor: estabelecer rela??es de intertextualidade)Assunto: Intertextualidade Muitas vezes, um texto só faz sentido e nos parece coerente quando interpretado em rela??o a algum outro. O texto 4 explora a intertextualidade com o filme “Scarface”, que retrata a Chicago dos “gangsters”.Comente a intertextualidade estabelecida entre a situa??o do Brasil e o filme. QUEST?O 27 (Descritor: perceber a intencionalidade na escolha do vocabulário)Assunto: Fatores de produ??o de sentido A frase que abre o mês de janeiro traz três palavras cognatas (indignidade – indignos – indignadas). Explique o efeito de sentido estabelecido pelo jogo dessas palavras no contexto.As quest?es 28 a 30 referem-se ao mês de fevereiro do calendário.QUEST?O 28 (Descritor: relacionar o significado de um termo ao contexto)Assunto: Fatores de produ??o de sentido Explique por que o personagem do quadrinho foi caracterizado com a palavra sucinto.QUEST?O 29 (Descritor: estabelecer a rela??o entre texto verbal e n?o-verbal)Assunto: Linguagem verbal/n?o-verbalAnalise a imagem e, levando em conta o contexto, explique a diferen?a estabelecida entre o “cinto de rico” e o “cinto de pobre”QUEST?O 30 (Descritor: inferir uma informa??o implícita)Assunto: Fatores de produ??o de sentido Em “cinto” muito, ainda precisamos apertar o cinto” ocorreu uma infra??o ortográfica. Explique a intencionalidade decorrente dessa infra??o.QUEST?O 31 (Descritor: redigir parágrafo dissertativo a partir de um texto dado)Assunto: Produ??o de texto Observe o mês de abril do calendário e fa?a um parágrafo dissertativo a partir do tema abordado nele.QUEST?O 32 (Descritor: inferir a altera??o sem?ntica produzida pela elimina??o de um termo)Assunto: Constru??o textual e produ??o de sentido No mês de maio, o locutor-presidente afirma: “Eu sou mais eu. Ele só fala inglês. Eu falo português em todas as línguas.Explique o efeito sem?ntico produzido pela elimina??o do termo grifado.QUEST?O 33 (Descritor: analisar a intencionalidade de estratégia discursiva do autor)Assunto: Constru??o textual e produ??o de sentido A crítica contida no mês de julho inverteu causa e conseqüência em rela??o ao meio ambiente, como se pode notar na passagem abaixo:“A meteorologia é a grande amea?a”Aponte o efeito dessa invers?o.QUEST?O 34 (Descritor: inferir informa??o implícita)Assunto: Fatores de produ??o de sentido No mês de dezembro, a informa??o de que se descobriu o homem mais otimista do mundo, acontecimento inusitado por sua raridade, contrap?e-se ao programa Fome Zero do governo Lula.Explique como se construiu a crítica.Texto 5 - 07 de outubro 2001QUEST?O 35 (Descritor: analisar o texto)Assunto: Texto produ??o de sentido Explique o efeito humorístico da tirinha acima.QUEST?O 36 (Descritor: analisar o texto, atualizando-o)Assunto: Texto produ??o de sentido Sabendo que a tirinha foi publicada em outubro de 2001, portanto num contexto econ?mico diferente, atualize suas informa??es para os dias de hoje.Texto 6Lula tem o corpo do BrasilRaras vezes se viu no Brasil caso t?o extraordinário de desinforma??o coletiva, a come?ar do presidente da República.Na quinta-feira passada, pesquisa do IBGE informou que o problema alimentar do país n?o é o excesso de gente comendo pouco, mas gente que come muito, amea?ada de sofrer as graves conseqüências da obesidade. A verdade é que o Brasil está mais para a silhueta de Lula do que para a dos miseráveis nordestinos pintados por Portinari.? uma reviravolta de propor??es históricas na autopercep??o de um país. Cerca de 40% dos brasileiros, segundo a pesquisa, têm peso acima do ideal; 4%, os desnutridos, têm déficit de peso. O problema de saúde pública está, portanto, no excesso -n?o na falta- de calorias.Dados ainda v?o ser atualizados para medir a desnutri??o de crian?as e adolescentes. Mas certamente n?o v?o mudar a seguinte li??o: informa??es erradas, fen?meno t?o corriqueiro na área social, levam a políticas públicas desastradas, ou seja, ao desperdício de dinheiro.Daí se tira uma idéia de como se jogam fora recursos destinados à redu??o da pobreza.Quando a desinforma??o se junta ao marketing, soma-se o insulto à ignor?ncia. Para vender o Fome Zero como sua principal bandeira, o presidente Lula chegou a trabalhar com números da ordem de 45 milh?es de desnutridos. Tal dimens?o justificaria a urgência da implanta??o do programa. Empresários, solícitos, participaram da arrecada??o de fundos; celebridades se mobilizaram em torno da campanha.Lula conseguiu fazer o combate à fome aparecer, nas pesquisas de opini?o, em primeiro lugar entre as a??es bem-sucedidas de sua gest?o. Ele saiu pelo mundo empunhando essa bandeira, impressionando estadistas e a imprensa internacional.O governo chegou a suspender a fiscaliza??o da contrapartida da bolsa-escola de que os alunos n?o faltassem às aulas com o seguinte argumento: o importante é que o dinheiro está ajudando a combater a fome.Muitos técnicos, porém, n?o se surpreenderam com as descobertas do IBGE. Quando se lan?ou a campanha contra a fome, advertiu-se -até mesmo num seminário realizado pela Folha com o Ipea- que os números da desnutri??o estavam errados. Mesmo sem renda, famílias conseguiam comida suficiente; seja por entrar numa rede de solidariedade (inclusive as bolsas oficiais), seja porque comiam o que plantavam, ca?avam ou pescavam. Tal fato foi mostrado detalhadamente por Ricardo Paes de Barros, economista que usa a matemática para avaliar políticas sociais. "Erraram na dimens?o do problema e v?o errar na tentativa de resolu??o", dizia.O efeito "obesidade" serve de sinal de que políticas sociais podem até ganhar foguetório em seu anúncio, conferindo aos governantes uma imagem de sensibilidade para com os pobres, mas a quest?o central n?o é a decis?o de acabar com a pobreza, algo com que todos concordam, e sim a maneira de fazer a gerência desses projetos.Tome-se um exemplo da semana passada. A Prefeitura de S?o Paulo gastou cerca de R$ 20 milh?es para construir cada CEU (Centro Educacional Unificado). Esses "escol?es" s?o como oásis em regi?es desoladas. Dados oficiais mostram que os recursos para a sua manuten??o e opera??o n?o vêm sendo liberados. Há várias semanas, professores protestam por causa de atraso no pagamento dos salários.O brasileiro ficaria horrorizado se pudesse acompanhar, com um pouco mais de profundidade, casos desse tipo, em que s?o feitos investimentos em prédios, mas a gerência do programa é falha. Ou projetos que se perdem por falta de foco, baseados em informa??es erradas. Muitas vezes, as informa??es est?o certas, mas é tamanho o nível de fragmenta??o das a??es, sem conex?es com os diversos níveis da administra??o pública, que se tornam pouco eficientes ou mesmo ineficientes. Outras vezes, programas que funcionam s?o simplesmente interrompidos por causa de mudan?as no governo ou por causa das vaidades.A novidade positiva é que come?a a ser formada nas universidades e no chamado terceiro setor uma gera??o de técnicos em setor público, especializados em mecanismos de monitoramento e avalia??o de políticas públicas. Essas pessoas é que, no futuro, v?o dar o tom da cobertura da imprensa nessas quest?es e dos debates eleitorais.? um assunto árido, chato até, mas, sem isso, vamos acabar dando mais comida a quem já está gordo -e, ainda por cima, ainda vamos aplaudir.(...)Coluna originalmente publicada na Folha de S. Paulo, 19/12/2004 na editoria Cotidiano.QUEST?O 37 (Descritor: identificar o objetivo do texto lido)Assunto: Texto produ??o de sentido Aponte o objetivo principal do autor do texto lido.QUEST?O 38 (Descritor: identificar diferentes vozes no texto)Assunto: O texto como interlocu??o Num mesmo texto, o locutor pode dar a palavra a outros locutores. Identifique, no texto lido, além da voz principal, duas outras vozes e indique com que inten??o elas foram usadas.QUEST?O 39 (Descritor: relacionar o título com o texto)Assunto: Rela??o título/texto Os títulos dos textos cumprem papéis importantes junto ao leitor, por isso merecem aten??o especial. Relacione o título com o texto lido.QUEST?O 40 (Descritor: justificar o emprego dos tempos verbais solicitados e analisar a modaliza??o verbal )Assunto: Modaliza??o O texto “Lula tem o corpo do Brasil” tece comentários sobre uma situa??o atual que afeta a na??o.Nota-se maior incidência de dois tempos verbais: presente e pretérito perfeito do indicativo. Volte ao texto, observe o emprego desses dois tempos verbais e formule uma justificativa para o uso de cada um deles.Identifique o valor discursivo do futuro do pretérito do indicativo na passagem abaixo: “O brasileiro ficaria horrorizado se pudesse acompanhar, com mais profundidade, casos desse tipo...”Gabarito das Quest?es objetivasQUEST?O 01AQUEST?O 13EQUEST?O 02DQUEST?O 14BQUEST?O 03CQUEST?O 15EQUEST?O 04BQUEST?O 16BQUEST?O 05AQUEST?O 17BQUEST?O 06EQUEST?O 18EQUEST?O 07EQUEST?O 19CQUEST?O 08BQUEST?O 20AQUEST?O 09BQUEST?O 21DQUEST?O 10CQUEST?O 22DQUEST?O 11CQUEST?O 23DQUEST?O 12DQUEST?O 24DGABARITO DAS QUEST?ES ABERTASQUEST?O 25? esperado que o aluno perceba que, com essa express?o, o locutor retifica o desejo anteriormente formulado e critica o ano de 2004, marcado por vários acontecimentos negativos.QUEST?O 26Espera-se que o aluno associe as situa??es de corrup??o e violência, t?o comuns no dia-a-dia nacional e que provocam ondas de indigna??o até no mais pacato brasileiro, com as cenas de corrup??o e violência do filme “Scarface”. Assim como, no filme, Chicago viveu dias de terror, no Brasil, o Rio de Janeiro foi cenário das mais terríveis atrocidades. ? interessante também que o aluno observe que n?o só a violência, como também a corrup??o, n?o se restringiram apenas ao mês de janeiro. Durante todo o ano elas ocuparam o cenário nacional.QUEST?O 27? importante que o aluno perceba que, ao repetir o mesmo radical, o locutor refor?a o sentimento de indigna??o, que toma conta até das pessoas n?o merecedoras de crédito, provocado pela “onda” de corrup??o e violência que assola o país.QUEST?O 28Primeiramente, é preciso considerar o significado do termo sucinto e inferir que o personagem tem essa característica porque conseguiu, de forma breve, relatar uma situa??o complexa do cenário nacional. ? interessante também observar o jogo estabelecido entre os vocábulos sucinto/cinto.QUEST?O 29Professor, o aluno deve perceber que, além de menor, o “cinto do pobre” contém poucos furos e distantes um do outro. Isso significa que, por ser economicamente muito vulnerável, a cada oscila??o do mercado financeiro, sua situa??o piora muito; o que é caracterizado por um aperto profundo no cinto. Já o “cinto do rico” é mais comprido e cheio de furos muito próximos um do outro. Assim, pode-se inferir que o rico possui muita “gordura” e que a oscila??o na economia repercute pouco em sua vida.QUEST?O 30Lula é um presidente que saiu da camada popular. Como a maioria das pessoas desse universo, ele teve pouco acesso à escolaridade e, por essa raz?o, é justificável que confunda as homógrafas sinto e cinto. Ao tomar uma pela outra, o autor critica essa característica do presidente.QUEST?O 31Espera-se que o aluno discuta o efeito da violência dos traficantes que coage os moradores a se trancarem em casa.QUEST?O 32? importante que o aluno perceba que a elimina??o do termo “só” altera substancialmente o efeito de sentido desejado de diminuir a import?ncia de Bush e, ao mesmo tempo, exaltar a própria figura (Lula).QUEST?O 33Espera-se que o aluno perceba que o agente causador da grande amea?a (o homem) foi intencionalmente omitido, recaindo a culpa sobre a meteorologia que, na realidade, é conseqüência da devasta??o ambiental causada pelo homem.QUEST?O 34O aluno precisa perceber que ser otimista hoje em dia é muito difícil, principalmente porque as pessoas est?o mais conscientes a respeito dos acontecimentos. Por isso, a descoberta do otimista foi anunciada como se fosse o último espécime existente a acreditar na eficiência do Fome Zero. Lula elegeu-se dando ênfase aos programas sociais, mas n?o conseguiu fazê-los deslanchar como se esperava.QUEST?O 35Para perceber o humor na tirinha, o aluno precisa identificar que o personagem-locutor do último quadrinho está há tanto tempo na fila aguardando emprego que n?o resistiu e morreu, conservando ali, entretanto, o seu esqueleto na expectativa de conseguir o desejado emprego.QUEST?O 36Professor, o aluno pode defender a tese de que, apesar de estarmos num contexto diferente, a dificuldade de obter emprego ainda persiste, portanto, a situa??o muito pouco mudou; ou, diferentemente, mencionar que os dados estatísticos atuais apontam melhoria nesse aspecto.QUEST?O 37Professor, há diversas respostas possíveis, desde que o aluno mencione a dissocia??o entre a situa??o real da fome no Brasil e a implementa??o do Programa Fome Zero.QUEST?O 38O locutor principal lan?a m?o da voz do IBGE, quando comenta os resultados da pesquisa recente, de técnicos participantes do seminário Folha-IPEA e do economista Ricardo Paes de Barros. Percebe-se que todas essas vozes têm por inten??o corroborar a argumenta??o desenvolvida.QUEST?O 39O texto afirma que o brasileiro está com sobrepeso e critica a inadequa??o do Programa Fome Zero. O título estabelece a rela??o entre o tipo físico do presidente Lula e o do brasileiro.QUEST?O 40Percebe-se que o presente do indicativo é usado, no texto, quando se argumenta usando dados atuais em rela??o ao momento da fala do locutor. O pretérito perfeito é usado quando se relataram fatos ocorridos anteriormente ao momento da fala.Na passagem transcrita, o futuro do pretérito expressa incerteza, probabilidade, suposi??o em rela??o ao sentimento do brasileiro. ................
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