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O LADO DIREITO DO CÉREBRO

A Criatividade e o Lado Direito do Cérebro

Sempre que pensamos em lado direito do cérebro devemos pensar em emoções, nosso lado emocional.

Vários autores são categóricos em afirmar que a morada das grandes idéias é o lado direito do cérebro. Porém, o que temos assistido nestes últimos tempos é uma exclusão por parte dos educadores e dos indivíduos em geral, da arte como parte fundamental ao ser humano. Somos os únicos seres que nos sensibilizamos com a arte. Apesar de existirem alguns animais que pintam, jamais os colocaríamos no nível de um Renoir. Isso nos torna especiais, somos seres sensíveis ao belo.

A arte sempre acompanhou o crescimento humano desde as primeiras inscrições em cavernas até hoje, utilizando máquinas extraordinárias. Contudo, estas mesmas máquinas que fizeram o desenvolvimento atual são as culpadas pela diminuição da capacidade de criar dos seres.

Toda criação exige trabalho e todo trabalho feito apenas com as máquinas não é completo, não satisfaz o lado emocional dos indivíduos. Por outro lado, a falta de educação emocional proporciona o nascimento de uma geração confusa e entediada. Muitos especialistas afirmam que a violência nos grandes centros urbanos concentra-se em delinqüentes jovens que não receberam uma educação voltada para a arte, ou seja, para os sentimentos, uma geração isenta de emoções, rodeada de muito concreto, muita pressa, nenhum tempo para pensar, muito menos para sentir. Estes indivíduos são pouco criativos.

Como nascem as idéias

A criatividade está na origem das inovações, nos mais variados campos do conhecimento humano. Tanto o físico alemão Albert Einstein e o espanhol Pablo Picasso estavam com 26 anos quando chegaram àquelas que seriam suas maiores contribuições para a história: a teoria da relatividade e o cubismo, respectivamente. Ambos viveram a fervilhante passagem do século XIX para o XX, período em que as discussões sobre tempo e espaço esquentavam as rodas de intelectuais, mas eles não se contentaram com as explicações teóricas que circulavam na época. Audaciosos, os dois procuraram caminhos novos: um na ciência, outro na arte. Questionaram as noções vigentes, trabalharam duro e acumularam tentativas, até vislumbrarem conceitos totalmente originais. Em 1905, Einstein publica a célebre equação da equivalência entre massa e energia. Em 1907, Picasso conclui o quadro Les Demoiselles d’Avignon, marco do cubismo. O segredo deles? Ambos prometeram devotar a própria vida à criatividade.

O indivíduo criativo pode somente trabalhar com os materiais que estão disponíveis num dado tempo e lugar. Isaac Newton não poderia ter surgido na Grécia Antiga, porque a ciência e a matemática daquela época não estavam suficientemente avançadas. As condições sociais, culturais, econômicas e políticas determinam a magnitude da criatividade. Algumas circunstâncias encorajam o desenvolvimento do potencial criativo e outras agem negativamente como a guerra e a instabilidade política.

A trajetória do gênio Wolfgang Amadeus Mozart serve de exemplo. Desde cedo ele havia demonstrado um talento especial para a música. Aos quatro anos de idade já tocava cravo e violino e aos cinco anos compôs seus primeiros minuetos. Além da aptidão musical, outros fatores contribuíram para sua excepcional criatividade, seu pai e seu tio eram músicos e ele teve oportunidade de viajar pelo mundo e sobretudo viveu numa cidade e numa época em que a música era valorizada e os grandes compositores reconhecidos. Mozart dificilmente nasceria em uma favela brasileira no final do século XX.

A personalidade também desempenha um papel essencial. Estudos revelam que as pessoas criativas apresentam características comuns. Os traços pessoais mais comuns são mais ou menos parecidos. A criatividade geralmente está associada à independência do pensamento, à persistência, à curiosidade, à ousadia e ao inconformismo entre outros fatores. Além disso, os criativos possuem uma motivação intrínseca para a realização da tarefa e sentem um enorme prazer em fazer o que estão fazendo. São pessoas de amplo conhecimento e domínio de sua técnica que não se restringem à sua área de atuação. Os criativos partilham também de um rol de habilidades chamadas cognitivas: fluência de idéias, flexibilidade, ou seja, capacidade de aceitar conceitos novos, originalidade e atenção aos detalhes. Para que possamos entender o que o lado emocional tem com isso, imagine qualquer pintor, compositor, cientista famoso que não tenha balançado nosso sistema nervoso. Somos seres duais: emoção e razão e, é no equilíbrio dessas duas partes que encontraremos as respostas. Foi-se o tempo de acreditar que as idéias geniais aparecem de repente na mente de indivíduos privilegiados e que basta concretizá-las. As idéias vão ganhando forma aos poucos. Há desvios ao longo do processo e também temos a influência do acaso, um telefonema, por exemplo, pode sugerir para um escritor uma frase.

Os especialistas então sugerem que as pessoas busquem enriquecer aquele banco de dados que são as informações que coletamos durante a vida, com atividades que despertem a imaginação e a fantasia e gerem novas imagens, como a leitura, viagens e atividades artísticas.

A melhor maneira de livrar-se dos bloqueios à criatividade é buscar ambientes estimulantes, onde seja possível se expressar livremente e testar diferentes meios e perspectivas. O ócio também é fundamental. Infelizmente, nossa sociedade, ao mesmo tempo em que valoriza a criatividade como um atributo necessário, privilegia os conformistas, estimula a memorização, a resposta única, os resultados mensuráveis e o sucesso de regras. O indivíduo criativo tem diante de si dois caminhos a seguir: seguir a multidão, e repetir conceitos ou trilhar um rumo completamente diferente, muitas vezes na direção oposta. Relatos de artistas e cientistas revelam que os criadores sentem que têm uma missão a cumprir.

A coisa mais importante é criar, dizia Picasso. Nada mais importa, a criação é tudo. Que venha a inspiração!

(Este texto foi escrito por Alice Tabim Parode, arquiteta e artista plástica, para o jornal Folha das Artes, Ano 1, número 11, página 5, em abril de 2003, Pelotas – folhadasartes@).

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Les Demoiselles d’Avignon – Picasso 1907

O Ato de Desenhar

O lado direito é ilógico, emocional, não nomeia as coisas que vê. O pensamento coordenado certinho, que conhece o nome das figuras e acima de tudo analisa, julga, é o Lado Esquerdo e dominante. O lado dominante não se interessa por problemas ilógicos. Então, a probabilidade do lado direito assumir a coordenação dos pensamentos quando enfrentamos problemas ilógicos fica bem grande. Quanto mais pensamos e julgamos que não sabemos desenhar, mais distante ficamos da probabilidade de aprender. Precisamos esquecer que não sabemos e acreditar que vamos APRENDER.

Desenhar algo de cabeça para baixo é ilógico, não sabemos o que estamos desenhando, assim, o lado direito assume o comando. Vamos provocar o lado racional com exercícios ilógicos e com características que só o lado direito tem. Acredite, quando você namora, se apaixona, o direito assume o comando e não vemos o tempo passar, pois o lado direito é atemporal, um minuto ou a eternidade dá no mesmo.

A americana Betty Eduards, autora do livro “Desenhando com o Lado Direito do Cérebro”, bolou vários exercícios que nos permitem enganar o lado esquerdo.

O atelier Alice Tabim Parode durante estes cinco anos de experiências com diversos alunos desenvolveu outras maneiras de acionar o lado direito e assim possibilitar o aprendizado do desenho à mão livre. Esta seqüência de informações teóricas, práticas de relaxamento, mudança de hábitos e conceitos fazem parte de um conjunto de ações que culminam no saber desenhar.

O MUNDO DAS ILUSÕES...

Nós vivemos num mundo de ilusões; o que você pensa que é real, na verdade pode não ser. A realidade é algo subjetivo, a percepção do que estamos vendo e sua interpretação pode alterar completamente o significado das imagens. Nós pensamos que os órgãos dos nossos sentidos nos mostram a realidade mas, na verdade, eles nos enganam. Nós pensamos que a Terra está parada, no entanto ela gira numa velocidade incrível. Temos a sensação de que ela é chata, mas sabemos que é redonda. O sol parece girar em torno dela, mas o correto é o contrário. E assim sucessivamente somos enganados por nossas falhas na percepção das coisas da vida em geral.

Nosso cérebro precisa aprender a nos oferecer as soluções corretas.

Os olhos são a janela da mente e falam mais que a voz. Porém, vivemos num mundo de ilusões. Como a música que diz: “Você que olha e não vê”, de Vinícius de Moraes.

Então, se você tem duas mentes por que insiste em usar uma só?

Tente acionar seu lado criativo, procure vencer este medo do fracasso. Quanto mais tememos algo, mais provável que isso ocorra. Quando pensamos em algo, estamos trabalhando para isto. Então, pense positivo, pense coisas lindas e seu mundo será melhor. Lembremos do filósofo que disse: “Penso, logo, existo”.

Uma coisa muito interessante sobre o cérebro é que ele não entende comandos que comecem com a negação. Se digo: não pense em maçã vermelha, antes mesmo da ordem chegar já pensamos. A ordem ignora o não e entendemos a frase no afirmativo. Pense em maçã vermelha.

Temos que organizar nossos planos e metas com frases afirmativas como: vou aprender a desenhar!

Concentre seus pensamentos em suas qualidades e pense bastante nelas, que elas se desenvolverão.

Às vezes temos que parar para pensar e refletir e usar a percepção para não sermos enganados com nossos olhos. Assim são as oportunidades. Podem ser difíceis de se enxergar, mas ficam fáceis depois que alguém as vê e nos mostra, parece sempre óbvio.

Como é o caso dessas figuras que estão sendo observadas.

(Este texto foi escrito por Alice Tabim Parode, arquiteta e artista plástica, para o jornal Folha das Artes, Ano 1, número 12, página 5, em maio de 2003, Pelotas – folhadasartes@).

Meus comentários

Como realizar um projeto é um exercício de criatividade, achei este artigo muito interessante, uma vez que as engenharias em geral se encarregam apenas de desenvolver o lado esquerdo do cérebro, ou seja, o lado racional, matemático, negligenciando o outro, como se ambos pudessem existir separadamente.

Noto que os alunos de último semestre da Engenharia Agrícola, como devem ser os das outras engenharias também, têm um grande potencial criativo, mas foram treinados apenas na parte tecnológica.

Este artigo seria uma contribuição inicial e muito pequena daquilo que deverá no futuro ser implantado nos currículos de engenharias e demais ciências exatas: a valorização do QI emocional, que muitas vezes é o que define a vida de um indivíduo, quer seja para o bem, quer seja para o mal.

É bom lembrar que as grandes e belas obras de engenharia são referidas como obras de arte, como exemplo as pontes.

Profa. Maria Laura Luz

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