SÍNTESE DE AULA



EDM 5053 – Ambientes Virtuais de Aprendizagem

RELATÓRIO-SÍNTESE

09/abril/2013

Profª. Responsável: Stela Conceição Bertholo Piconez (stela.piconez@)

Relatores da Síntese: Carolina Torres Alejo / Gabriela Alias Rios

Monitoria tecnológica: Oscar filho oscake@

Parte I

A aula do dia 09 de abril foi realizada a distância, por meio de um chat no ambiente virtual. Este chat teve como objetivo criar oportunidades de imersão em uma ferramenta síncrona para inferir que ela possui características adequadas para certos tipos de aprendizagem.

O Oscar esteve presente para fazer discussões de caráter técnico sobre a usabilidade da Plataforma Moodle.

1. Introdução

O chat como ferramenta pedagógica permite que várias pessoas interajam de forma sincrônica. De acordo com Mercado (2005), o chat pode se caracterizar como um momento em que discussões e novas ideias são construídas coletivamente, de forma colaborativa.

O IRC (Internet-Relay Chat) é um sistema de bate-papo síncrono utilizado desde a década de 1990 na Internet. Dentro de cada servidor (rede), apresenta canais de conversação e ao acessar um canal o usuário pode conversar com diversos usuários ao mesmo tempo, ou com cada um em particular, permitindo a conversa em grupo ou privada (FILHO, 2008).

Nessa perspectiva, o chat é um importante meio de comunicação. As mensagens são configuradas de acordo com a criatividade do usuário, utilizando cores, formas e termos comuns. É um ambiente em que o usuário tem de sintetizar suas respostas e utilizar o raciocínio rápido para ler as mensagens (DE OLIVEIRA; NETO BORGES, on line). Mercado (2005) pontua que na educação, esta ferramenta tem a potencialidade de viabilizar o compartilhamento de informações em tempo real, a partir de lugares diferentes, servindo como plataforma para debates, discussões, análises.

Para que a discussão não se perca no chat, visto que várias pessoas participam ao mesmo tempo, é importante que o professor oriente as discussões, propondo um tema inicial ou uma questão geradora (MERCADO, 2005)

Segundo Marcuschi (2010), os chats podem se classificar em chats de texto livre, chats de texto moderado (existe um moderador e um tema definido), e chats de texto especial (com horário e a data previamente combinado).

Este serviço é uma grande contribuição para a interatividade na educação a distância (EaD), pois viabiliza aprendizagem colaborativa que permite compartilhar informações, a discussão em rede das tarefas assinaladas, das dúvidas que existam sobre o conteúdo do material e dos projetos em grupo (mercado).

Segundo Lazaro (2002), os chats possuem algumas características importantes como:

a) Diálogos: os diálogos produzidos são ágeis e naturais, nos quais abundam as intervenções curtas devido à ausência de planejamento, e estas se sucedem segundo a marcha do tema, das interferências dos participantes, de suas necessidades de comunicação, etc.

b) Simultaneidade: é habitual que produzam conversas simultâneas sem repercutir no eixo temático principal da conversação, ou o iniciado em primeiro lugar.

c) Participação: é difícil de controlar os turnos de palavras quando um grupo é de mais de dois participantes. Não existe nenhum indicio de quem vai participar até o momento de a mensagem aparecer na tela.

d) Ruídos de comunicação.

e) Faltas de ortografia.

f) Ausência de revisão do texto tanto no plano conceitual como no plano estilístico

g) Uso de “emoctions”

Esta interface é extremamente útil nos processos de localização rápida e precisa da informação sobre um determinado tema, tomada de decisão, resolução de problemas, brainstorming, criação e fortalecimento de laços sociais desaparecendo as barreiras geográficas. É como se estivéssemos falando com o outro face-a-face, sendo que esta é na ponta dos dedos, e temos que ter agilidade para digitar (ORTEGA, 2000).

No entanto, esta ferramenta não é adequada em atividades onde se exija tempo maior de reflexão e elaboração de conteúdos mais complexos. Para isso, pode ser utilizado meios assíncronos como fóruns, e-mails, lista de discussão, entre outros. Além disso, essa ferramenta não é indicada em grupos muito grandes e não moderados e participantes com baixa habilidade de digitação, dificuldade em digitar e simultaneamente ler as mensagens na tela (CHAVES, on line)

Parte II

1. Chat

A atividade do dia começou às 19 horas. Participaram vinte alunos e a atividade foi orientada pelo Oscar, que iniciou apresentando um vídeo sobre o que é a plataforma Moodle (). A Paula abriu a discussão perguntando:

- Oscar, o que você tem achado do uso do Moodle? Vcs têm tido algum tipo de empecilho durante os cursos que vcs ministram?

- Oscar: O Moodle é interessante pois me aproxima mais da linguagem de programação chamada PHP. Por definição, PHP (um acrônimo recursivo para PHP: Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de script open source de uso geral, muito utilizada e especialmente guarnecida para o desenvolvimento de aplicações Web embútivel dentro do HTML. O Moodle é altamente customizável quando você possue noções de programação.

- Paula: Eu não entendo nada de linguagem de programação, mas em relação à aceitação dos alunos e facilidade utilização, vcs têm tido algum problema?

- Oscar: A maior dificuldade encontrada é a falta de conhecimento da plataforma que é notada em alguns professores. Muitos conhecem chat, wiki, posts de upload de arquivos e imagem mas não tem a ideia de como utilizar com os alunos, no mais é super fácil de manipular.

Alguns participantes concordaram com a colocação do Oscar falando que o Moodle tinha muitas potencialidades, era um ambiente amigável, confortável, maduro o que falta realmente era conhecimento de quem utiliza. Além disso, existe uma comunidade enorme que desenvolve módulos e os oferece gratuitamente Em , há um fórum dos desenvolvedores que tiram muitas dúvidas pois ele é um software Open Source, ele é altamente customizado.

Outros problemas que os participantes do chat acharam do Moodle foram: são muitos links, dificuldade para encontrar informações sobre as ferramentas e a velocidade da internet. O Oscar escreveu que ele não é um software tipo executável (.exe), para tê-lo em casa você precisa de um outro software, como o WampServer, que simule um servidor em seu micro.

Com esse ultima colocação do Oscar surgiu uma nova pergunta feita pela Cristiane: No curso nós estamos aprendendo a acessar o Moodle. Mas nós vamos aprender a criar um moodle tb? Seria uma boa ideia! =D]. Para responder a pergunta feita pela Cristiane o Oscar postou um novo vídeo () em espanhol que mostra em 13 minutos como instalar o moodle em seu micro.

Após isso a Irene retomou a colocação da Carla sobre o designer institucional (DI) (quem cria uma estratégia pedagógica para o curso) como suporte para o professor, comentando, a participação dela num curso de DI utilizando o Moodle. A Lígia complementou falando que ela tinha feito um curso que chamava Teoria e prática do DI da Livre Docência e ele ensinava a usar o molde, e depois que o curso terminou, ficou aberto um campo para grupo de estudo onde pode continuar aprendendo e discutindo.

Os usuários também comentaram sobre cursos de DI no SENAC e na USP, e mencionando que alguns disponibilizavam o curso somente emPDF e fórum, não explorando outras estratégias que enriquecessem o processo de aprendizagem dos cursistas. Também foi feito o comentário sobre empresas que oferecem a hospedagem do Moodle, mas cobrando um valor não muito alto, que compensa para quem não tem tanta facilidade com programação. O Oscar complementou falando que o Designer Instrucional sozinho não programa, para customizar o Moodle da forma que quiser precisa de um programador PHP, quem, segundo a Carla conhece as ferramentas do AVA e apresenta ao professor.

O João comentou também da "Guia Moodle para Docentes" (último link da aula 5) publicada pela Profa. Stela e para aprofundar um pouco mais sobre o assunto o Oscar postou mais um vídeo sobre a matriz (roteiro) de um Design Instrucional e a Lígia comentou sobre um livro DI chamado Design Instrucional na prática, da Andrea Filatro.

A medida que o chat foi avançando, o assunto central da discussão foi direcionado à qualidade dos cursos de EaD que usam o Moodle como ferramenta/recurso de trabalho. Os participantes opinaram que a qualidade depende de como são utilizadas as estratégias e elaboradas as atividades e não da plataforma em si. Muitos professores apenas "transpõem" o tradicional para o ensino a distância sem "adequar" a atividade para ditos cursos. Estamos em um momento de transição, do tradicional para o ensino virtual, professores e alunos estão se capacitando para isso.

Uma das críticas que em relação aos EaD é que os professores gastam MUITO mais tempo fazendo os materiais do que em relação aos cursos presenciais, pelo fato de não saberem usar a ferramenta, porém é importante falar sobre a remuneração dos professores para a elaboração de materiais para ambientes virtuais, pois as escolas exigem, mas não remuneram. Por tanto, é preciso de mais profissionais em DI pois, ele toda a diferença na elaboração dos cursos por quanto ele adequa o planejamento pedagógico as funcionalidades e ferramentas de atividades de um Moodle.

Não é serviço de o professor saber usar as ferramentas do moodle, contudo é essencial que ele compreenda seu uso, já que é a pessoa que ficará responsável por traduzir o material do professor para o ambiente virtual pode não focar nas mesmas coisas que o professor pretendia. Quando o professor sabe quais recursos do sistema ele tem disponível, consegue elaborar um conteúdo mais adequador ao objetivo; o domínio das ferramentas pelo professor favorece a criatividade no desenvolvimento de material instrucional

O professor deve estar "antenado" com exemplos de uso das ferramentas dos AVAs implementados por outros profissionais, mas não adiantas dar cursos e mais cursos sobre o moodle, e os professores não entenderem a filosofia do porque utilizar o moodle.

Finalmente foi feito um outro questionamento: O que é necessário para que um professor obtenha sucesso num curso de EaD que ofereça? Ele precisa ter domínio do conteúdo, das ferramentas ou da plataforma?

Alguns alunos opinaram que era importante ter domínio dos três, já outros opinaram que é um peso muito grande colocar a responsabilidade sobre o professor. O ideal seria que a escola desse as condições, inclusive de tempo remunerado, para que ele se desenvolva ou ter o suporte de um DI, o problema é que mal se tem salas de informática nas escolas e agora, muito lentamente, estão chegando os equipamentos nas escolas. A partir desse ultimo questionamento A Carla fez a proposta, gentilmente, dar um curso (opcional) de 4 horas para aprender a utilizar a ferramenta e muitas pessoas concordaram

Durante a discussão sobre o Moodle também foram abordados outros temas como:

-Tutorias para a utlilizac ão do Prezi, que pode ser locazida no link: ().

-Críticas da plataforma dos cursos da MIT (como exemplo de EaD) como:

• Os cursos exigem bastante abstração do estudante.

• Eles têm bastante profundidade, mas o aluno fica "órfão" em alguns momentos.

• Baixíssimo índice de aprovação.

• Nível de educação para fazer o curso.

• Índice de evasão.

- Wiki de REA.

-

Wiki Pedagogia.

Considerações finais

O chat é uma ferramenta síncrona, que permite que várias pessoas interajam ao mesmo tempo. Como não havia um tema definido – chat de tema livre, muitos temas foram discutidos ao mesmo tempo o que dificultou o entendimento imediato de vários assuntos abordados e facilitou uma discussão “superficial” de alguns temas propostos.

PRÓXIMA AULA

1. O grupo que produzirá o relatório síntese da aula 6 (16/abril/2013) tem os seguintes participantes: Luis Carlos Soares/ Marcos J.C. Azambuja/ Paloma A.A.R. Ruas.

Referências

CHAVES, Maria Cecília. Mídias síncronas e assíncronas na aprendizagem colaborativa em rede. Disponível em: . Acesso em:11/04/2013.

DE OLIVEIRA, Pereira Viviane. NETO BORGES, Hermínio. A utilização do chat como recurso educativo. Disponível em: . Acesso em: 11/01/2013.

LÁZARO, O. J. Actividades com el chat en la clase de Elle: linguaje usado. Cuadernos Cervantes de la Lengua Española: la revista del Español en el mundo. Disponivel em: . Acesso em: 11/01/2013.

MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção de sentido. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

MERCADO, L. P. L.. Chat como ferramenta didática na formação de professores. CDROM do V Encuentro Internacional sobre educación, capacitación Profesional y Tecnologías de la Información.Virtual Educa 2004. Disponível em: . Acesso em:11/04/2013.

______. Vivências com aprendizagem na internet. 1ª ed. Maceió: UFAL, 2005.

ORTEGA, F. et al. El IRC como herramienta para la formación flexible y a distancia. Revista Pixel-Bit, 14 ,(31-41), 2000.

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