Benefícios da Respiração Abdominal



Benefícios da Respiração

A respiração tem uma relação íntima com os nossos estados emocionais, basta pensarmos que, quando estamos aflitos, ansiosos, com medo, a nossa respiração se torna mais rápida e superficial. Assim, podemos dizer que, regra geral, a nossa respiração é afetada pelo nosso estado emocional ou psicológico. Mas, aquilo de que nem sempre somos conscientes é que esta relação também pode ser usada no sentido inverso: a respiração pode ser usada como forma de entrar em estados de relaxamento e tranqüilidade.

Stanislav Grof, um psiquiatra americano que vive nos E.U.A, desenvolveu um trabalho que ilustra bem a importância da respiração para modificar os nossos estados psicológicos. Este psiquiatra é bem conhecido pelo seu trabalho na área da psicologia do desenvolvimento da consciência. Desenvolveu uma técnica a que chamou respiração holotrópica que consiste na adoção de uma respiração abdominal, que juntamente com outros estímulos e com a repetição deste padrão respiratório durante algum tempo, acaba por produzir uma alteração dos estados psicológicos que leva ao desbloquear de certas memórias e emoções reprimidas.

Muitos estudos indicam que respiração abdominal produz um estado de relaxamento que, com o tempo, pode mesmo acabar por reduzir significativamente a tensão alta e os estados de ansiedade. Na verdade, quando estamos totalmente relaxados, esta respiração surge de uma forma espontânea e natural.

Têm sido feitos alguns estudos acerca dos efeitos calmantes da respiração. A respiração abdominal é usada muitas vezes em psicoterapia para combater estados de ansiedade e ataques de pânico. No início de um ataque de pânico, por exemplo, se formos capazes de fazer algumas respirações abdominais o mais provável é que todos os outros sintomas acabem por não chegar a aparecer e que o ataque acabe mesmo por não ser desencadeado.

Observe um recém nascido respirando: Quando o ar entra nos pulmões a barriga cresce, quando o ar sai a barriga murcha, em um ritmo só, de vai e vem, demonstrando que está sendo usado o diafragma, que é o músculo próprio para empurrar o ar para dentro ou para fora. E assim ter uma respiração adequada. Infelizmente o homem vai perdendo a capacidade de respirar corretamente, devido ao estresse, medos, insegurança, tensão e emoções em geral, baseado na pressão que ele armou (consciente ou inconscientemente) para sua própria vida. Com isso, vai tendo respirações cada vez mais curtas, chegando a colocar no seu pulmão a quantidade mínima necessária do ar, atrofiando a capacidade do próprio pulmão. Isso pode ser comprovado facilmente: Experimente fazer respirações lentas e profundas, enchendo o pulmão ao máximo de ar (inspirando), prendendo o ar por metade deste tempo (retendo) e soltando o ar ao máximo (expirando) no mesmo tempo em que inspirou. Exemplo: Inspirando por 4 segundos, retendo por 2 segundos (metade do tempo da inspiração) e expirando por 4 segundos. Faça 10 vezes lentamente, lembrando de encher e esvaziar ao máximo. Se sentir tontura, escurecimento de vista ou qualquer outra reação anormal é porque o seu pulmão e o corpo perderam a capacidade de receber o oxigênio, isto porque respira rápido e superficialmente. Então, se não tomar providências cabíveis estará criando doenças em breve. Para reverter o quadro é só praticar estes exercícios 1 a 2 vezes ao dia.

No nosso dia-a-dia temos muitas vezes tendência para respirar apenas com a zona superior dos pulmões, movimentando principalmente a zona do peito. Este tipo de respiração é indicado, por exemplo, quando estamos a fazer um exercício físico intenso porque aí o organismo requer um maior consumo oxigênio, num menor espaço de tempo. Esta forma de respirar provoca também uma ativação do sistema nervoso simpático que leva o organismo a manter um estado de alerta o que também pode ser adequado em algumas situações. Ao fazermos respiração abdominal, pelo contrário, estamos a estimular o sistema parassimpático, responsável pela resposta de relaxamento.

No nosso dia-a-dia deve haver algum equilíbrio entre estas duas formas de respirar: se usamos sempre a respiração abdominal corremos o risco de nos sentirmos cansados ou sonolentos uma boa parte do tempo mas, se pelo contrário, usamos sempre a respiração superior (com a zona do peito) podemos facilmente entrar num estado de agitação e tensão constante. A falta de 5% de oxigênio no corpo de uma pessoa provoca enjôos e tontura. A ausência de 10% leva ao desmaio e a falta de 30% ocasiona a morte.  Para que isso não ocorra, cabe aos sistemas respiratório e cardiovascular a responsabilidade de distribuir a todos os tecidos, órgãos e sistemas do corpo uma quantidade adequada de sangue rico em oxigênio. Porém, 80% do oxigênio transportado pelo sangue é consumido pelo cérebro, órgão que representa apenas 2% do peso total do corpo.

Numa análise efectuada num hospital nos EUA (in Brown, 1995), verificou-se que de 153 doentes que deram entrada na unidade hospitalar com problemas de coração, a percentagem de pessoas que respirava predominantemente com a zona do superior dos pulmões, a do peito, era de 100%.

Também é importante o ritmo da respiração. Para criar um estado de relaxamento profundo um ritmo adequado é o que mantém uma proporção 1:2. Isto significa que as expirações terão o dobro do tempo das inspirações, sempre de uma forma confortável, sem nenhum esforço. Durante a fase da expiração os nossos batimentos cardíacos são mais lentos e o diafragma pode relaxar, na sua posição natural, quando os pulmões estão vazios. Ao prolongarmos esta fase acabamos por provocar uma diminuição dos batimentos cardíacos o que, por sua vez, irá desencadear uma resposta de relaxamento em todo o organismo.

Sintonizarmo-nos com a respiração também nos ajuda a entrar em sintonia com as partes mais profundas de nós, Alexander Lowen (1972), pai da bioenergética diz que “A respiração guarda o segredo da vida....Na respiração nós participamos inconscientemente da Vida Maior...a respiração é um processo de expansão e contração que envolve todo o corpo e é, ao mesmo tempo, voluntaria e involuntaria.” (pg. 44).

Uma boa respiração favorece todo o corpo: rins, fígado, pulmão, sangue, intestinos, coração, pele, etc., melhorando: – Prisão de ventre. – Circulação sangüínea. – Memória, estimulando o aqui e agora que é a capacidade de viver no presente, sem pensar no futuro nem passado, ou melhor, vai lhe ensinar a viver atento aos pensamentos para não serem inúteis, negativos e com isso reprogramar a mente para o que deseja, podendo desfazer o negativo, estimular o lado espiritual, viver no bem pensar, bem agir e até curando a si e o outro de uma doença qualquer, sem importar a distância (precisamos exercitar). – Regenera células, estimula a energia vital, ajudando a desintoxicar e curar o corpo. – Acalma, relaxa. – Suaviza as dores do parto. – Experimente fazer exercícios respiratórios quando estiver com fome. Você vai se sentir bem e perder a fome mostrando que a respiração alimenta, A uma arma poderosa quando fazemos o jejum. É uma arma poderosa para a Saúde Integral.

Produção de texto Laura Sanches e Jorge Ferreira – medicos.

Adaptação de texto Ethna Thaise – psicóloga.2012

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