Encontro de Negócios lusófono quer reunir mil empresários ...



Encontro de Negócios lusófono quer reunir mil empresários em Fortaleza

Lançamento do V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa aconteceu, terça-feira à noite, em São Paulo. Outras apresentações ocorrerão em Lisboa, no Rio de Janeiro, Luanda, Praia e Maputo.

Beatriz Borges

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São Paulo – Os jardins do Consulado-geral de Portugal em São Paulo receberam, terça-feira à noite, a cerimônia de lançamento do V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa, que será realizado em setembro de 2009, em Fortaleza.

O presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas no Brasil, Rómulo Alexandre Soares, foi o anfitrião do evento, para o qual foram convidados empresários, autoridades portuguesas e brasileiras, entre elas o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, e diversas entidades.

O V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa pretende potenciar sinergias entre os oito países que têm a língua portuguesa em comum e promover o estreitamento das relações econômicas e comerciais.

Entre os convidados, presidentes e executivos de grandes empresas de capitais luso-brasileiros como a Dedic, Unidas, EDP-Energias do Brasil, Bandeirante, Vivo, Banco Banif e Banco Espírito Santo.

O lançamento em São Paulo - uma dos estados brasileiros que concentra os maiores investimentos lusos no País - constitui, de acordo com Rómulo Soares, a primeira etapa do percurso de preparação, que incluirá eventos similares em outras capitais lusófonas, para dar a conhecer o projecto que mobiliza as câmaras luso-brasileiras de comércio e que pretende motivar, igualmente, entidades congéneres dos países lusófonos.

Segundo o presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas, o Brasil tem uma grande escala de produção que se tornou uma atrativo forte para os investidores portugueses. “É o que aconteceu com o Portugal Telecom e com o grupo EDP que vieram para o território brasileiro já que, em Portugal, o crescimento dessas empresas não seria tão bem aproveitado”, referiu.

Mas, não é só das relações luso-brasileiras que trata o encontro. Oportunidades de negócios com países em desenvolvimento, como são os casos de Angola e Cabo Verde, não vão faltar. O encontro pretende reunir cerca de mil empresas para debater frente a frente como as economias de cada país podem se interligar cada vez mais. “É pensar em como sair um pouco do contexto Brasil/Portugal e ampliar para outros países de língua portuguesa”, disse Rómulo Soares ao Portugal Digital.

Investimentos

Os investimentos portugueses continuam a desembarcar no Brasil, mas em menor escala do que aconteceu nos anos 80 e 90, no auge das privatizações. E os investimentos brasileiros em Portugal, embora ainda não reflitam a dimensão que o potencial brasileiro promete, começam a ter alguma expressão.

Grandes grupos empresariais, como a Odebrecht, controladora da construtora portuguesa Bento Pedroso, a CSN, que detém a Lusosider, a Marco Polo, ou a Embraer, que anunciou recentemente um novo investimento em Portugal, estimado em 148 milhões de euros, são os exemplos mais significativos.

Quando esteve em Lisboa, em julho último, para participar da 7ª Cúpula da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao programa do jornalista Sérgio Figueiredo, na RTP, enfatizou o que disse ser a " consolidação da importância da relação com Portugal". Na ocasião, Lula referiu que o "empresariado brasileiro está se conscientizando de que é preciso se internacionalizar".

Relações comerciais

A crise que assola as bolsas de valores não deverá prejudicar os investimentos entre os países de língua portuguesa. É o que avalia o presidente do Conselho das Câmaras Portuguesas no Brasil. Para ele, é claro que as turbulências da economia diminuem o processo de crescimento, mas economias como as do Brasil e de Angola, que já têm sinergias próprias e que vêm investindo para se consolidar no mercado, apresentarão reflexos menores em épocas de forte crise. “É aí que se procura caminhos alternativos de investimento”, disse.

Para ele, mesmo com um reflexo a médio e longo prazo, não se pode mensurar possíveis perdas nessas relações. “Os mercados são complementares e não excludentes, ou seja, as relações comerciais entre esses países tendem a crescer”, acredita.

Divulgação

Além de São Paulo, o Conselho das Câmaras Portuguesas no Brasil também vai promover apresentações do V Encontro Empresarial de Negócios em Língua Portuguesa em outras cidades, consideradas estratégicas para a dinamização das relações comerciais e aprofundamento das oportunidades de negócios.

No dia 15 de outubro, o lançamento será em Fortaleza, capital que irá acolher o evento no próximo ano; dia 30 de outubro será Lisboa e ainda estão previstos lançamentos no Rio de Janeiro, Luanda, Praia e Maputo.

A última edição do Encontro Empresarial foi realizada no ano passado, no Rio de Janeiro, com o tema energia no centro das discussões, precedida por Salvador (2005), São Paulo (2003) e Belo Horizonte (2001).

PORTUGAL DIGITAL – 17.09.2008

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