Modelos de estratégia logística: uma análise crítica da ...



VI SEMEAD ENSAIO

OPERAÇÕES E

PRODUÇÃO

MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES

Autores:

Celio Mauro Placer Rodrigues de Almeida

Doutorando em Administração

celiompa@.br

Universidade de São Paulo – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - Departamento de Administração

Avenida Prof. Luciano Gualberto, 908

CEP: 05508-900 – São Paulo, SP – Brasil

Telefone: 55-11-9182.8200

Prof. Dr. Geraldo Luciano Toledo

Prof. Titular do Departamento de Administração da FEA/USP.

gltoledo@usp.br

Universidade de São Paulo – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade - Departamento de Administração

Avenida Prof. Luciano Gualberto, 908, sala E-106

CEP: 05508-900 – São Paulo, SP – Brasil

Telefone: 55-11-3091-5879

MODELOS DE ESTRATÉGIA LOGÍSTICA: UMA ANÁLISE CRÍTICA DA EVOLUÇÃO DE SEUS COMPONENTES

Resumo

Ao longo da história da logística, a gestão da informação foi paulatinamente ganhando relevância, e a importância da função informação na logística somente ganhou destaque nesta última década. Este artigo tem por objetivo realizar uma análise crítica de alguns modelos de estratégia logística, destacar a importância que a informação vem assumindo nas últimas décadas e sugerir um novo modelo estrutural de estratégia para a logística, que considera a importância das novas tecnologias de informação e sua utilidade junto aos componentes funcionais da logística, em quatro níveis: estratégico, estrutural, funcional e implementação, inserindo no nível funcional as três gestões funcionais básicas da logística: armazenagem, transportes e informação.

O sistema de informações logísticas tornou-se um fator crítico de sucesso na estratégia logística. Ele engloba a monitoração de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, capturando dados básicos, transferindo dados para outros centros de tratamento e processamento, armazenando os dados básicos conforme seja necessário, processando dados em informações úteis, armazenando as informações conforme seja necessário e transferindo informações aos usuários e clientes.

Introdução

Os estudos da logística e sua história demonstram que desde a segunda guerra mundial, a logística tem passado por uma evolução que apresenta várias fases (Almeida, 2000). Assim, é possível observar que ao longo das últimas décadas a logística tem sido otimizada e seus diversos componentes, antes considerados essenciais, deram lugar a outros. Da mesma forma, outros componentes, antes considerados irrelevantes, tornaram-se muito importantes e alguns outros foram repensados, alterados e reestruturados. Assim também, componentes que dantes não eram relevantes, facilitados por novas tecnologias, assim se tornaram.

Este artigo tem por objetivo propor um novo modelo estrutural de estratégia para a logística, que considera a importância das novas tecnologias de informação e sua utilidade junto aos componentes funcionais da logística.

Revisão da literatura

Lambert e Stock (1992), adotam a definição de logística formulada em 1986 pelo CLM – Council of Logistics Management (Concílio do Gerenciamento da Logística), que assim descreve a logística:

“É o processo eficiente de planejamento, implementação e controle efetivo do fluxo de custos, do estoque em processo, dos bens acabados e da informação relacionada do ponto de origem ao ponto de consumo, com o propósito de se adequar aos requisitos do consumidor.”

Bowersox e Closs (1996) ao destacarem a importância da informação como ferramenta estratégica para a logística, afirmam que sua importância não tem sido devidamente considerada e sua relevância não tem sido avaliada com o devido destaque, e que cada erro na composição das necessidades de informação cria uma provável ruptura na cadeia de suprimento:

“Historicamente, a importância da informação para o desempenho da logística não tem tido o devido destaque. Essa negligência é fruto da falta de tecnologia adequada para gerar as informações desejadas. Os níveis gerenciais também não possuíam uma avaliação completa e uma compreensão aprofundada da maneira como uma comunicação rápida e precisa pode melhorar o desempenho logístico. Essas duas deficiências históricas foram eliminadas.”

Magee (1977), que afirmava que o aperfeiçoamento dos canais de informação é fundamental para revolucionar a distribuição, pois permite um acesso sistemático ao controle, antigamente inexeqüível, e sem poder, ainda naquela época, contar com ferramentas informacionais como computadores domésticos, redes e internet, já destacava a informação como elemento preponderante e funcional para o desenvolvimento de uma logística operando em sua melhor performance. Ao discorrer sobre as oportunidades para a redução de cursos e redução de tempos de espera entre outros itens relevantes, considerava sempre os três elementos (transportes, armazenagem e estoques e a informação), em suas análises. Assim, os novos avanços técnicos em comunicações observados à época, bem como o processamento de dados e os transportes, poderiam acelerar o reabastecimento, reduzindo o tempo de espera. A substituição do correio por comunicações telefônicas e do processamento manual de dados pelo eletrônico, poderia aumentar diretamente os custos, mas poderia também reduzir o tempo de espera e, portanto, o investimento, fortalecendo assim a importância essencial da gestão da informação como componente crucial na obtenção de uma funcionalidade mais eficiente de sua aplicação.

Bowersox e Closs (1996) afirmam ainda que, quanto mais eficiente for o processo do sistema logístico de uma organização, maior precisão será requerida do sistema de gestão das informações. Da mesma forma Magee (1977) afirmava, na década de 80, que as tendências no desenvolvimento da logística não identificavam a relevância da evolução da informação com a capacidade logística.

“No passado, os desenvolvimentos mais notáveis da logística foram aqueles relacionados com o transporte. O desenvolvimento de novas técnicas de transporte e a abertura de novas rotas se situam entre as mais dramáticas conquistas do homem. O desenvolvimento dos sistemas de comunicação – serviço de correios, telefone, telégrafo etc. – tem sido enorme; é interessante notar que estes não têm sido estreitamente identificados com a capacidade logística.”

A importância da informação como um dos elementos principais da logística também é apresentada por Novaes (1989), que afirma que a logística não deve se ater somente aos aspectos físicos do sistema (veículos, armazéns, rede de transportes etc), mas aos aspectos informacionais e gerenciais, que envolvem o processamento de dados, a teleinformática, os processos de controle gerenciais, entre outros, e fazem parte integrante da análise logística. O mesmo autor em 2001, definiu a logística, incluindo a gestão da informação, como preponderante para sua operacionalização ou funcionamento, como segue:

“Logística é processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços de informação associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.”

Na definição de gestão de sistemas de informação estão incluídos: o serviço ao consumidor, tráfego e transporte, armazenagem e estoque, seleção da localização das fábricas e armazéns, controle de estoque, processamento de pedidos, comunicações de distribuição, obtenção, manuseio de materiais, peças e serviços de apoio, seguros, embalagens, manuseio de bens retornáveis e previsão da demanda. Fica claro, que a informação exerce um papel elementar na execução efetiva da logística, assumindo um papel relevante à sua funcionalidade. Ora, sem informação, não seria possível, sequer, saber de que forma, quando, onde e como os bens deveriam ser embalados e entregues. Assim, a informação na logística não pode ser vista apenas como um apêndice requerido à implementação da logística, mas sim como atuante em nível funcional.

A literatura apresenta um grande número de modelos para a logística e sua estratégia. O modelo apresentado por O’Laughlin, Kevin A. e Copacino, William C. (in The Logistics Handbook, Robeson, J. F. e Copacino W. C., 1994) e Christopher (1997) descreve uma estrutura piramidal (figura 1) formulada pela Andersen Consulting, Arthur Andersen & Co., S.C., onde apresenta uma conceituação da gestão estratégica da logística, apoiada em quatro níveis - Estratégico, Estrutural, Funcional e de Implementação. Ao descrever o nível funcional, os autores definem os seus componentes: transportes, armazenagem, gerenciamento de materiais. Entretanto, em termos funcionais, a gestão da informação aliada à gestão da movimentação e a gestão da armazenagem constituem-se realmente em um nível funcional, pois sem estes elementos a logística não se concretiza.

Este modelo apresenta duas falhas consideráveis ao (1) não considerar a Gestão da Informação, como de nível funcional, pois sem este elemento, a logística, tecnicamente (e operacionalmente) não pode funcionar. O modelo denomina apenas os “Sistemas de Informação” como elemento do nível de implementação e não funcional; como poderia a logística funcionar sem informação? (2) Alocar em nível funcional o design de operações dos armazéns que, por definição estrutural, apresenta-se mais como de implementação da “gestão de materiais”, ou não seria a armazenagem ou o design de operações dos armazéns uma forma de se implementar a gestão de materiais?

Figura 1. Os componentes chave da estratégia logística.

Fonte: ROBESON, James F., COPACINO, William C. The Logistics Handbook.

New York. The Free Press. 1994, (pag. 61).

É possível que na época da elaboração do modelo acima, a gestão da informação nos processos logísticos não estaria fartamente disponível ou não acessível como agora, pois a informática encontrava-se no limiar de sua presente era. Também, poderia ser possível que a influência da área de produção nas organizações que exerciam maior controle sobre as atividades logísticas não estivessem preocupadas com a informação externa à organização. Ballou (1993) afirma que nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. Tais informações adquirem função essencial para o correto planejamento e controle logístico. Também é possível que as organizações estivessem mais voltadas ao custo e desempenho das máquinas e pessoas, sem levar em consideração a relevância de informações confiáveis e claras para auxiliar a tomada de decisão e ainda atuar como redutoras de retrabalhos e erros previsíveis.

Assim, pode-se observar que ao longo da história da logística, a gestão da informação foi ganhando relevância, e a importância da função informação na logística somente ganhou destaque, na última década. Quanto a isto, Fleury et al (2000) afirmam:

“Tradicionalmente, a Logística concentrou-se no fluxo eficiente de bens ao longo do canal de distribuição. O fluxo de informações muitas vezes foi deixado de lado, pois não era visto como algo importante para os clientes.”

Fleury et al (2000) definem a importância da função informação na logística ao afirmarem que os sistemas de informações logísticas funcionam como elos que ligam as atividades logísticas em um processo integrado, combinando hardware e software para medir, controlar e gerenciar as operações logísticas. Essas operações ocorrem tanto internamente, em uma organização específica, como ao longo de toda a cadeia de negócios. Destacam ainda a importância da funcionalidade da informação junto à estratégia das organizações, para um efetivo apoio à decisão, controle gerencial e sistema transacional (figura 2):

Figura 2. Funcionalidades de um sistema de informações logísticas.

Adaptado de FLEURY, Paulo F., WANKE, Peter, FIGUEIREDO, Kleber. Logística empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo. Atlas. 2000. (pag. 288).

Dornier et al (2000) ao proporem uma gestão eficaz das operações e logística globais, afirmam que o sistema de informações logísticas tornou-se um fator crítico de sucesso na estratégia logística. Ele engloba a monitoração de fluxo ao longo de toda a cadeia de atividades logísticas, capturando dados básicos, transferindo dados para outros centros de tratamento e processamento, armazenando os dados básicos conforme seja necessário, processando dados em informações úteis, armazenando as informações conforme seja necessário e transferindo informações aos usuários e clientes. Assim, fortalecem a percepção de que a gestão da informação na logística é um elemento de grande importância funcional ao afirmarem:

“Mais que apenas o fluxo de produtos, o sistema logístico está diretamente envolvido com o fluxo de informações (e.g., disponibilidade de produtos, prazo de entrega, necessidades dos clientes).”

Dornier et al, apresentam um modelo em que descrevem as forças dinâmicas da logística global, considerando como fundamentais a logística da informação, logística de recurso e logística do usuário (figura 3):

Figura 3. Força dinâmicas da logística global

Adaptado de DORNIER, Philippe-Pierre, ERNST, Ricardo, FENDER, Michel, KOUVELIS, Panos. Logística e Operações Globais: textos e casos. São Paulo. Ed. Atlas. 2000. (pag. 89).

Hax e Majluf (1984), dissertando sobre a evolução do pensamento estratégico, afirmam que a integração entre o planejamento e o controle gerencial passam necessariamente por procedimentos de monitoração, análise e controle das atividades, e que se torna essencial este procedimento para a mensuração da performance da execução de um plano estratégico. As atividades de comunicação e informação se encontram em toda a parte dentro das organizações, mas é no planejamento e implantação de um plano estratégico que sua funcionalidade e controle apresentam-se como essenciais. Consequentemente, apresentam um modelo (figura 4) onde o gerenciamento estratégico está fortemente interligado com o sistema de informação e comunicação.

“Assim fica claro que um sistema efetivo de informação e comunicação não pode estar independente do planejamento, controle gerencial e da estrutura organizacional."

Desta forma definem a gestão da informação como sendo um processo formal de obter, digerir, filtrar e distribuir as informações relevantes aos gerentes em todos os níveis hierárquicos, o que caracteriza sua funcionalidade como essencial ao andamento de qualquer área de negócio, incluindo-se as atividades logísticas.

Figura 4. Gerenciamento estratégico: integração entre Sistemas Administrativos, Estruturas, e Cultura em Sistemas Estratégicos e Operacionais.

Adaptado de HAX, Arnoldo C., MAJLUF, Nicolas S. Strategic Management: Na Integrative Perspective. Prentice Hall Inc., Englewood Cliffs. New Jersey. 1984.

Ao entregar o produto/serviço, a logística torna a tarefa de marketing completa, fazendo a ligação final entre a organização e os seus mercados. Ela realiza a última etapa do processo de compra por parte do consumidor, ao tornar disponíveis as ofertas das organizações. Assim, para funcionar adequadamente, a logística precisa deter informações sobre seus clientes e consumidores, e sobre as relações entre eles e a organização. Hooley et al (2001) definem as informações como ativos organizacionais, consideram os sistemas de informação relevantes à estratégia organizacional e consideram as capacidades funcionais aquelas que incluem as capacidades de marketing, capacidades de gestão financeira e capacidades de gestão de operações.

Análise, discussão e proposta de um novo modelo

A logística realiza a tarefa crucial de marketing, ao tornar o produto esperado um produto recebido; realiza a entrega do serviço/produto permitindo que os clientes e/ou consumidores possam satisfazer suas necessidades. Porter (1992) considerou como funções importantes da logística externa, a tecnologia de transporte, a tecnologia de manuseio de material, tecnologias de embalagem, tecnologia de sistemas de comunicação e a tecnologia de sistemas de informação. Considerou as tecnologias empregadas em logística como atividades de valor. Porter, considerou também a crescente proliferação dos sistemas de informação como uma poderosa força na abertura de possibilidades para inter-relações. Com a crescente capacidade para manipular dados em linha complexos, a tecnologia da informação está possibilitando o desenvolvimento de sistemas automatizados de processamento de pedidos, sistemas automatizados de manuseio de materiais, depósitos automatizados. A tecnologia de informação também está reestruturando os canais de distribuição. Assim afirma:

“A tecnologia de processamento de informações permitiu o estabelecimento de sistemas de informações gerenciais em áreas como logística, gerência de estoque, programação da produção e programação da força de vendas.”

Diante da situação da tecnologia de informação disponível atualmente e da necessidade de situar a informação como um importante elemento no nível funcional, propõe-se um novo modelo estratégico para a logística (figura 5), considerando-se como adequado a divisão em quatro níveis. No primeiro nível, denominado Estratégico, situa-se o cliente/consumidor. No segundo nível, denominado Estrutural, encontram-se o design do canal e a estrutura de rede. No terceiro nível, aqui denominado de nível Funcional, encontram-se a Gestão da Informação, Gestão da Armazenagem e Gestão da Movimentação. No quarto e último nível, denominado Implementação, encontram-se os elementos básicos para se operar o cotidiano da estratégia logística.

Figura 5. Um novo modelo de estratégia logística.

O Nível Estratégico.

Christopher (1997) afirma categoricamente que o serviço ao cliente é a principal fonte da vantagem competitiva. Assim, o objetivo da logística e do gerenciamento da cadeia de suprimentos é projetar estratégias que possibilitem a realização de um serviço de qualidade superior e baixo custo. Os requisitos de serviço, formulados pelo cliente e pelo consumidor, devem orientar toda a cadeia de negócios, incluindo manufatura, marketing e logística.

Para se conhecer claramente o que os clientes necessitam é importante que se realize uma segmentação criativa. Este é um ponto essencial para que as organizações conheçam seus mercados mais detalhadamente e venham a obter uma posição diferenciada em seus mercados. Segundo Porter (1992), um segmento industrial é sempre a combinação de uma variedade (ou variedades) de produtos e de algum grupo de compradores na compra desta variedade de produtos. Em geral, há diferenças estruturais nos compradores e nas variedades de produtos nas indústrias, resultando em segmentos que consistem em um subconjunto de produtos vendidos para um subconjunto de compradores.

O Nível Estrutural.

Segundo O’Laughlin, Kevin A. e Copacino, William C. (in The Logistics Handbook, Robeson, J. F. e Copacino W. C., 1994), o nível estrutural pode ser composto pelo design de canal e pela estrutura de rede. O Design do canal envolve determinar quais atividades e funções necessitam ser estruturadas para um determinado nível de serviços e quais organizações participarão delas. Em outras palavras é definir a extensão e o grau de participação de cada um dos membros da cadeia de negócios, na distribuição. Muitos fatores influenciam a estratégia para o design de canal, incluindo o nível e a qualidade da demanda dos consumidores, a economia de canal, o papel dos participantes e a força e poder dos participantes do canal.

A constituição da rede física torna-se relevante pois define quais são as instalações necessárias, qual é a missão de cada uma delas e onde poderiam ser alocadas. Plantas de produção, almoxarifados, centros de distribuição e outras estruturas necessárias para se operar plenamente o processo produtivo buscam deixar claro quais clientes e/ou linhas de produtos deverão ser servidos a partir de cada instalação e qual o tamanho de cada estoque será necessário se manter para satisfazer os níveis especificados de serviço. Também implica em se definir qual destas estruturas poderá ser terceirizada e quais devem obrigatoriamente ser próprias.

Nível Funcional.

No nível funcional situam-se as atividades de gestão das atividades fundamentais – informação, armazenagem, transportes - sem as quais a logística não pode funcionar. Ballou (1993) definiu a logística empresarial como sendo aquela que trata de todas as atividades de (gestão de) movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como (gestão) dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável.

A gestão da informação se incumbe de definir o design e operação da infra-estrutura de informação; inclui a definição do ciclo de processamento de pedidos, escolha de software, hardware e sistemas integrados de comunicação, rastreamento e segurança. A gestão da armazenagem busca definir o design e operação da infra-estrutura de armazenagem e inclui lay-out das instalações, tecnologia de seleção e manuseio de materiais, produtividade, segurança e regulamentação legal, entre outras. A gestão dos transportes define design e operação da infra-estrutura de transportes e pode incluir considerações sobre escolha de modais, seleção de transportadores, racionalização dos transportes, consolidação de cargas, roteirização, agendamento, gerenciamento de frotas, medição de performance de transportes etc. Estas atividades são consideradas primárias porque elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da função logística.

Nível de Implementação.

Neste nível se incluem as atividades de suporte e apoio, aquelas que funcionam como objetos ou instrumentos para se executar as tarefas logísticas que suprirão as operações logísticas. Este é o nível operacional, onde se dão as atividades cotidianas da logística. Consiste nos sistemas de suporte à logística, como políticas e procedimentos, manutenção das instalações e equipamentos e gerenciamento e mudança da cultura organizacional. Inclui ainda:

• Organização dos serviços.

• Planejamento e controle das operações.

• Política de serviço ao cliente.

• Etc.

Conclusão

Com o desenvolvimento de novas tecnologias, as práticas de gestão e estratégia podem se alterar, e o questionamento comporta-se como uma poderosa ferramenta para se buscar o aprimoramento destas práticas e teorias. Há três décadas ferramental de comunicação e informática não apresentava a flexibilidade, o alcance e a capacidade que apresenta hoje, dai a relevância da informação, que antes poderia estar obscurecida pelas restrições inerentes a este sistema, mas que torna-se nos dias atuais clara e precisa, podendo ocupar o papel relevante que sua funcionalidade determina. Sem informação não há possibilidade de se realizar a logística, sendo então seu papel funcional na estratégia logística essencial.

Bibliografia

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