Introdução - WHO | World Health Organization



23 de Julho de 2020AN?LISE INTRA-A??O DA COVID-19 A N?VEL DE PA?SMANUAL DO FACILITADOR?ndice TOC \o "1-2" \h \z \u Introdu??o PAGEREF _Toc49792890 \h 2Contexto PAGEREF _Toc49792891 \h 2Objetivos da análise intra-a??o da Covid-19 a nível nacional PAGEREF _Toc49792892 \h 2Finalidade e público PAGEREF _Toc49792893 \h 2Como utilizar este documento PAGEREF _Toc49792894 \h 3Processo da análise intra-a??o PAGEREF _Toc49792895 \h 3Prepara??o PAGEREF _Toc49792896 \h 5Logística PAGEREF _Toc49792897 \h 5Recursos disponíveis para uma análise intra-a??o da Covid-19 a nível nacional PAGEREF _Toc49792898 \h 6Sugest?es gerais para a facilita??o PAGEREF _Toc49792899 \h 7O que fazer durante a facilita??o PAGEREF _Toc49792900 \h 7O que evitar durante a facilita??o PAGEREF _Toc49792901 \h 8A que prestar aten??o durante a análise intra-a??o: PAGEREF _Toc49792902 \h 10Análise das causas profundas PAGEREF _Toc49792903 \h 10Sugest?es para os anotadores PAGEREF _Toc49792904 \h 11Sess?o de apresenta??o PAGEREF _Toc49792905 \h 11Sess?o 1: O que correu bem? O que correu menos bem? Porquê? PAGEREF _Toc49792906 \h 11Identificar os desafios e as melhores práticas PAGEREF _Toc49792907 \h 12Sess?o 2: O que pode ser feito para melhorar a resposta à COVID-19? PAGEREF _Toc49792908 \h 14Identificar as principais atividades para ultrapassar os desafios e para criar as melhores práticas PAGEREF _Toc49792909 \h 14Sess?o 3: Caminho a seguir PAGEREF _Toc49792910 \h 15Instru??es adicionais PAGEREF _Toc49792911 \h 16Feedback do participante PAGEREF _Toc49792912 \h 16Considera??es sobre distanciamento físico PAGEREF _Toc49792913 \h 16Introdu??oContextoUma análise intra-a??o (IAR) é uma análise qualitativa das a??es empreendidas até à data para responder a uma emergência, visando identificar as melhores práticas, li??es e lacunas numa resposta de saúde pública a nível nacional. A IAR assenta fundamentalmente na experiência pessoal e na perce??o dos envolvidos na resposta, a fim de avaliar o que funcionou, o que n?o funcionou, as respetivas raz?es e a forma de a melhorar.A facilita??o de uma IAR pode ser um grande desafio. Os debates durante uma IAR podem revelar-se muito din?micos e enérgicos. Assim, caberá ao facilitador a fun??o de manter o debate na dire??o certa, rumo aos objetivos acordados, para garantir que todas as vozes s?o ouvidas e que os temas-chave s?o analisados cabalmente por forma a identificar os fatores subjacentes. Objetivos da análise intra-a??o da Covid-19 a nível nacionalUma IAR proporciona uma oportunidade de analisar a capacidade funcional dos sistemas de saúde pública e de resposta a emergências e de identificar as áreas práticas para reabilita??o imediata ou a contínua melhoria da atual resposta ao surto de COVID-19.O objetivo de uma IAR da COVID-19 é quádruplo: constituir uma oportunidade de partilha de experiências e de análise coletiva da resposta à COVID-19 em curso no país, identificando desafios e melhores práticas; facilitar a constru??o de consensos entre as várias partes interessadas e a compila??o de li??es por elas aprendidas durante a resposta, a fim de melhorar a que está em curso, mantendo as práticas que se revelaram bem-sucedidas e evitando erros que se repetem;documentar e aplicar as li??es aprendidas com os esfor?os de resposta até à data, fomentando assim o refor?o dos sistemas de saúde;fornecer uma base para a valida??o e atualiza??o do plano estratégico nacional de prepara??o e resposta à COVID-19 e outros planos estratégicos, conforme adequado.Finalidade e públicoA finalidade deste manual do facilitador é explicar a metodologia da IAR. Idealmente, a IAR é um debate conduzido pelo facilitador, envolvendo um pequeno grupo de pessoas (10 a 20), destinado à realiza??o da análise de um número limitado de pilares identificados. Tende a ser mais informal e centra-se em quest?es operacionais específicas. O ?mbito é reduzido, permitindo resultados de aprendizagem centrados.Pode ser realizada em meio dia até um máximo de 2 dias, dependendo do contexto do país, e encontra-se definida nas notas conceptuais nacionais. Esta análise pode ser realizada presencialmente ou online, em conformidade com as recomenda??es em vigor no país relativas ao distanciamento físico e medidas de higiene. Deverá ser criada uma equipa responsável pela prepara??o e condu??o da análise, com fun??es e responsabilidades claramente definidas. O coordenador principal da IAR é responsável pelo planeamento geral, realiza??o e seguimento da IAR, sendo assistido por uma equipa com tarefas e responsabilidades atribuídas. As principais fun??es s?o:Coordenador principal da IAR (supervis?o global)Facilitador principal e facilitadores assistentes (para orientar e abordar as quest?es técnicas)Anotador e redator de relatóriosDependendo do ?mbito da IAR, uma mesma pessoa pode ser designada para desempenhar várias fun??es, ou várias pessoas podem ter uma determinada fun??o. No entanto, é importante garantir que pelo menos um elemento da equipa de facilita??o tenha conhecimentos técnicos especializados em cada um dos pilares em anáo utilizar este documentoEste manual do facilitador fornece orienta??es sobre como executar uma IAR. Destaca algumas das principais componentes que os facilitadores podem precisar de adaptar ao contexto da COVID-19 no país.Processo da análise intra-a??oA IAR deverá ser adaptada ao evento de saúde pública em análise, nomeadamente no que respeita aos objetivos, ?mbito e participantes envolvidos. As componentes-chave que precisam de ser incluídas s?o:Observa??o objetiva: determinar a forma como as a??es foram implementadas durante o evento no período em análise, em compara??o com a forma como deveriam ter sido ou habitualmente s?o implementadas, segundo planos e procedimentos estabelecidos;Análise das lacunas e fatores determinantes: identificar as lacunas entre planeamento e prática. Analisar o que funcionou, o que n?o funcionou e as respetivas causas;Identifica??o das áreas a melhorar: identificar a??es para refor?ar ou melhorar o desempenho e a forma de seguimento.Segue-se um exemplo da metodologia que deverá ser adaptada com base nas notas conceptuais dos países. Conforme já referido, a IAR deverá realizar-se num período aproximado de meio dia a 2 dias, no máximo. Introdu??o: A IAR inicia-se com uma vis?o geral da resposta do país, a fim de estabelecer uma base de referência para a análise, o que inclui: uma apresenta??o da atual estratégia e plano de resposta à COVID-19 do país; uma análise de documentos, tais como as políticas nacionais, os planos de resposta, orienta??es e relatórios de atividades da COVID-19, a fim de comparar as capacidades que existiam antes da resposta com as capacidades desenvolvidas para e durante a resposta à COVID-19; e um cronograma da resposta dada até à data. Por outro lado, as entrevistas com as principais partes interessadas podem ajudar a definir uma base de referência para a análise.Sess?o 1. O que correu bem? O que correu menos bem? Porquê? Com base na panor?mica da análise em curso, o debate iniciar-se-á com a identifica??o e análise do que funcionou, do que n?o funcionou e respetivas causas. Os participantes analisar?o em conjunto as a??es empreendidas durante a resposta à COVID-19 até à data, a fim de identificar as melhores práticas e os desafios encontrados, o seu impacto na resposta e porque ocorreram (fatores favoráveis/limitadores).O foco n?o estará na identifica??o dos responsáveis pelo que aconteceu, mas mais no que aconteceu e porquê. Sess?o 2. O que pode ser feito para melhorar a resposta à COVID-19? Os participantes identificar?o e criar?o atividades para abordar as causas dos problemas identificados na atual resposta à COVID-19, bem como atividades para institucionalizar as melhores práticas. Os participantes n?o recomendar?o apenas atividades, mas também o cronograma para a implementa??o, atribuir?o responsabilidades aos principais pontos focais, identificar?o as eventuais necessidades de apoio e determinar?o os indicadores para a monitoriza??o dos progressos. Aos participantes competirá também garantir que as atividades s?o alinhadas, realistas e realizáveis. Sess?o 3. Caminho a seguir. Durante esta sess?o, será elaborado um plano de implementa??o das atividades. Entre estas, os participantes identificar?o o que poderá ser abordado de imediato para melhorar a resposta em curso e o que pode ser feito a médio ou a longo prazo para melhorar a resposta às vagas seguintes do surto da COVID-19. Os participantes devem ponderar seriamente a cria??o de uma equipa de seguimento e preparar um processo para documentar os progressos da implementa??o das atividades-chave identificadas. Esta sess?o será também o momento adequado para chegar a acordo quanto à melhor forma de garantir o envolvimento dos gestores superiores ao longo do processo, para obter o seu apoio à implementa??o das recomenda??es.Prepara??oLogísticaConsoante o contexto e os possíveis constrangimentos da COVID-19, a IAR pode realizar-se presencialmente ou online, com as considera??es de logística que se seguem para cada uma das modalidades: Análise realizada presencialmenteA logística necessária no local do seminário pode incluir:Sala de reuni?es grande, que possa acomodar o número de participantes do grupo:Computador de mesa ou portátilProjetor e ecr?Quadros de papel e marcadoresServi?os de tradu??o (se necessário)Lista de presen?asPausas para almo?o e caféDada a atual situa??o da COVID-19, é crucial garantir que o distanciamento físico e as medidas de higiene básicas praticadas no país s?o respeitadas durante a IAR. Incentivamos o recurso ao formato online para a IAR, sobretudo se a transmiss?o comunitária permanecer elevada no país.Análise realizada onlineO facilitador principal será responsável por garantir que cada participante recebe informa??o relacionada com a plataforma online para realizar a IAR (nome da plataforma e códigos de acesso para o evento online), com o aviso prévio adequado antes da IAR.Cada participante precisa de:equipamento informático adequado: um ecr? grande (evitar a liga??o através do smartphone) e uma rede de Internet fiável que garanta a qualidade do áudio e a possibilidade de ver o ecr? partilhado pelo facilitador;se necessário, criar uma conta na plataforma designada e executar testes de vídeo e de áudio antes da IAR.Recursos disponíveis para uma análise intra-a??o da Covid-19 a nível nacional Para apoiar o planeamento e a realiza??o da IAR da COVID-19 a nível de país, está disponível um conjunto de ferramentas suplementares para considera??o pelos organizadores da IAR (Tabela 1).Tabela 1. Ferramentas suplementares disponíveis para ajudar no planeamento e realiza??o de uma análise intra-a??o da Covid-19 a nível nacionalN?MERO DA FERRAMENTAFERRAMENTA SUPLEMENTARDESCRI??O1Modelo de nota conceptualDestaca os elementos-chave (i.e., o ?mbito, objetivos e data da análise, os principais participantes, metodologias, or?amento proposto, membros da equipa da IAR e respetivas fun??es) necessários à prepara??o de uma IAR.2Manual do facilitador O manual contém indica??es e recomenda??es para os facilitadores sobre a forma de organizar e realizar uma IAR. Salienta algumas das principais componentes que poder?o ter de ser adaptadas ao contexto nacional da COVID-19.3Modelo de ordem do dia genérico Este modelo de ordem do dia pode ser adaptado consoante o formato da IAR (ex.: online ou presencial) e o número de áreas técnicas ou pilares a serem analisados.4Apresenta??o genérica Esta apresenta??o genérica pode ser adaptada ao contexto específico do país para facilitar o processo de uma IAR da COVID-19 a nível de país.5Base de dados de perguntas desafiantes genéricas para a IAR da COVID-19Este ficheiro contém mais de 300 perguntas desafiantes à escolha dos facilitadores, que visam estimular a reflex?o e o debate dentro do grupo e que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades da análise6Modelo para as anota??esEste modelo pode ajudar os anotadores a registar os debates durante cada etapa da IAR e as notas podem mais tarde contribuir para a reda??o do relatório.7Modelo de relatório finalEste modelo pode ser utilizado pelo redator do relatório para resumir de forma estruturada as análises e recomenda??es decorrentes da análise.8Formulário para o feedback dos participantesEste formulário pode ser utilizado no final da IAR para recolher o feedback dos participantes sobre a forma como a sess?o foi organizada e a sua utilidade.9Quadro síntese dos formulários de feedback dos participantesEste ficheiro em Excel pode ser utilizado para analisar o feedback dos participantes.10Modelo para as histórias de sucessoEste modelo pode ser utilizado pelos países para documentar o que funcionou durante a sua resposta à COVID-19. Estas histórias de sucesso dever?o ser amplamente partilhadas com outros países, a OMS e parceiros, de forma a permitir a aprendizagem entre pares sobre as melhores práticas ou as novas capacidades implementadas no país.IAR: análise intra-a??oAs ferramentas acima mencionadas podem ser descarregadas nesta página na Internet: Sugest?es gerais para a facilita??oO que fazer durante a facilita??oManter uma perspetiva imparcial e utilizar perguntas abertas para orientar o debate (consultar a “Base de Dados de Perguntas Desafiantes Genéricas da IAR da COVID-19” a nível de país, no pacote da IAR). Manter a estrutura e a aten??o focada no debate, mediando algum eventual conflito entre participantes.Associar-se aos participantes para definir normas no início do processo, por exemplo: é possível discordar e manter perce??es diferentes das quest?es, centrar-se na aprendizagem – “chegar à solu??o” vs. “ser a solu??o”. A IAR n?o é uma avalia??o do desempenho, mas uma oportunidade para aprender a partir dos desafios e melhores práticas;promover abertura e curiosidade – “O que podemos fazer para nos ajudarmos mutuamente a permanecer recetivos e verdadeiros nesta experiência?” centrar-se nas quest?es e em fazer progressos, evitando personalizar e atribuir culpas.Centrar-se nas quest?es relacionadas com o objetivo e ?mbito da IAR, mas permitir alguma flexibilidade nos debates. Muitas vezes, sobretudo através da utiliza??o de abordagens como a análise das causas profundas, podem surgir outras quest?es mais sérias. ? importante deixar que estas quest?es sejam plenamente exploradas, sem perder de vista o resultado pretendido.Orientar os participantes no sentido da identifica??o medidas corretivas e solu??es, facilitando simultaneamente o processo de procura de acordo sobre os temas-chave.Estabelecer regras básicas e recordá-las aos participantes, quando necessário, para mitigar qualquer comportamento prejudicial durante a IAR. Recomendar aos participantes que sejam específicos no desenvolvimento das recomenda??es e a??es. Incentivar a participa??o ativa de todos os envolvidos, nomeadamente aqueles que possam n?o se sentir à vontade para expressar os seus pontos de vista.Gerir bem o tempo come?ando a horas, terminando a horas e evitando altera??es substanciais à ordem do dia. CONSIDERA??ES ESPEC?FICAS PARA A AN?LISE REALIZADA ONLINEA lideran?a da IAR assegurará que: Todos os participantes est?o ligados e conseguem visualizar o ecr? partilhado antes do início da análise (o ideal será ter um assistente de TI que possa orientar os participantes no caso de problemas técnicos).S?o fornecidas instru??es claras sobre a forma como os participantes ir?o interagir, por exemplo, “o facilitador principal conduzirá o debate e dará a palavra aos participantes, um a um” e “os participantes dever?o utilizar o bot?o “mute” para evitar interferências no sinal”.No decurso do debate, o anotador partilhará o seu ecr?, utilizando o modelo para anota??es.O que evitar durante a facilita??oExaminar, criticar ou avaliar o desempenho. A IAR n?o é uma avalia??o do desempenho de uma pessoa ou equipa, devendo esta perspetiva ser evitada a todo o custo. Também n?o se trata de uma avalia??o externa do desempenho de um país. Salvo indica??o em contrário, a ênfase da IAR deverá sempre recair na aprendizagem e na melhoria. Centrar-se nos pontos negativos. Uma IAR está t?o centrada no registo e análise do que funcionou bem, como no que n?o funcionou bem. As melhores práticas identificadas dever?o ser analisadas, a fim de se perceber como poder?o ser institucionalizadas, ou mais amplamente aplicadas, para terem um maior impacto. Palestras. Ainda que a IAR seja sobre aprendizagem, deverá evitar-se dar li??es aos participantes. As li??es dever?o ser retiradas da experiência e consenso dos participantes, n?o dos facilitadores.Deixar que a sua opini?o ou experiência influencie ou perturbe a conversa do grupo.CONSIDERA??ES ESPEC?FICAS PARA A AN?LISE ONLINE A lideran?a da IAR assegurará que: as quest?es relativas às TI n?o interferir?o no debate (o ideal será ter um assistente de TI que possa orientar os participantes em caso de problemas técnicos).Os participantes só falam quando convidados pelo facilitador principal.A que prestar aten??o durante a análise intra-a??oDiferen?as de opini?o ou perce??o entre os participantes relativamente às estruturas, procedimentos operacionais padr?o e mecanismos de comunica??o: estas diferen?as podem conduzir a quest?es, tais como a identifica??o de inconsistências entre processos de coordena??o e uma consciencializa??o deficitária entre os peritos técnicos. Falta de coerência na coordena??o e partilha de informa??o entre (a) setores individuais, (b) níveis ou entidades dentro do setor da saúde, (c) sociedade civil/comunidade e (d) parceiros (ONU e ONG) durante todas as etapas da resposta a emergências (dete??o-avalia??o-resposta-recupera??o).Quadros e estruturas legais e organizacionais existentes a nível nacional e subnacional com responsabilidades específicas na resposta a emergências. A legisla??o secundária, tais como regulamentos e normas, também deverá ser observada.A possibilidade de expandir as capacidades para interven??o das opera??es regulares para as opera??es de emergência, em termos de ativa??o e processo para aumentar a capacidade de resposta. Acessibilidade dos recursos para garantir n?o apenas a disponibilidade, mas também o acesso aos recursos necessários às atividades de resposta.A informa??o atempada (e envolvimento, se necessário) do Ponto Focal Nacional do RSI (PFN do RSI) é crucial no caso de o evento ter potenciais consequências transfronteiri?as ou satisfazer qualquer dos critérios previstos no RSI (2005), Anexo 2;Liga??es a sistemas de informa??o mundiais ou regionais existentes.Disponibilidade de planos de resposta a emergências e sistemas de alerta multirriscos, incluindo a coordena??o entre vários sectores. Análise das causas profundasA análise das causas profundas (RCA) é um método utilizado para identificar os fatores causais que conduziram ao êxito ou ao fracasso relativamente a determinada quest?o ou problema identificado. A causa profunda é um fator que conduz a um resultado específico (bom ou mau). A elimina??o deste fator fará evitar a ocorrência do resultado. O objetivo é abordar a causa profunda, se necessário, de forma a evitar um resultado negativo ou identificar as causas profundas para as melhores práticas. Estas poder?o, assim, ser aplicadas sistematicamente ou em diferentes contextos ou áreas. O objetivo da RCA é centrar as interven??es naquelas que têm um impacto a longo prazo, ao invés de depender de solu??es rápidas. Na prática, a RCA é simplesmente a aplica??o de uma série de técnicas bem conhecidas de senso comum que podem produzir uma abordagem sistemática para a identifica??o, compreens?o e resolu??o das causas subjacentes, o que se resume nestes passos:Definir e compreender o problema Identificar a causa profundaDefinir a eventual medida corretivaConfirmar a solu??oA RCA deverá ser utilizada quando for identificado um problema que exija claramente um exame mais profundo ou para o qual o “porquê?” ainda n?o tenha obtido resposta.Sugest?es para os anotadoresO papel do anotador é importante durante a IAR. Foi fornecido o respetivo modelo para auxiliar neste processo, o qual pode ser encontrado no pacote da IAR e ajustado às necessidades. O anotador deverá registar o debate no quadro de papel, no caso da IAR presencial, ou fazê-lo no modelo disponibilizado, partilhando virtualmente o seu ecr? com todos os participantes, se se tratar de uma IAR online. Sempre que possível, o anotador deverá também manter um registo de qualquer outra informa??o adicional que seja debatida mas n?o escrita.Sess?o de apresenta??oA IAR come?a com uma panor?mica da resposta do país, com vista à defini??o de uma base de referência para a análise, incluindo a apresenta??o da atual estratégia e plano de resposta do país à COVID-19, as capacidades existentes antes da resposta, as capacidades desenvolvidas para e durante a resposta à COVID-19 e o cronograma da resposta até à data.Sess?o 1: O que correu bem? O que correu menos bem? Porquê?Objetivo da sess?o: com base na panor?mica da resposta em curso, o debate iniciar-se-á com a identifica??o e análise do que funcionou, do que n?o funcionou t?o bem e das respetivas raz?es. Os participantes analisar?o coletivamente as a??es empreendidas durante a resposta à COVID-19 até à data, com vista à identifica??o das melhores práticas e desafios encontrados, o seu impacto na resposta e porque ocorreram (fatores favoráveis/limitadores). O foco n?o estará na identifica??o dos responsáveis pelo que aconteceu, mas mais no que aconteceu e porquê. Identificar os desafios e as melhores práticasMaterial necessário: Quadro de papel ou cópia digital do modelo a ser exibido e partilhado com os participantes (para a IAR online) Processo de facilita??o:Trabalhar com o grupo para o ajudar a identificar as melhores práticas e desafios a partir da resposta. Para todas as melhores práticas e desafios, os fatores favoráveis/limitadores devem descrever as condi??es e raz?es que conduziram às melhores práticas e desafios encontrados durante a resposta. O exemplo que se segue fornece informa??o adicional. Utiliza??o de perguntas desafiantes: durante as indica??es aos facilitadores, deveria ter sido partilhada, com cada um deles, uma cópia impressa/digital destas perguntas. Durante a fase de planeamento da IAR, os facilitadores dever?o preparar e escolher perguntas relevantes para estimular as reflex?es e debates no seio do grupo e de acordo com os pilares selecionados para análise. Durante a análise, é importante n?o mostrar aos participantes a lista de perguntas escolhidas e evitar utilizá-las como sess?o de perguntas e respostas. Em vez disso, os facilitadores dever?o consultá-las, utilizando-as quando for necessário estimular as reflex?es e debates no grupo. As perguntas desafiantes ajudam a assegurar que s?o contemplados os temas mais importantes da fun??o em análise. Por último, os participantes n?o precisam de trabalhar ou responder a cada uma das perguntas desafiantes. Elas dever?o servir de referência para manter o grupo no caminho certo e garantir que todos os aspetos da fun??o est?o a ser considerados. Análise das causas profundas (RCA): durante esta sess?o, os facilitadores dever?o aplicar os princípios da RCA para analisar progressivamente as raz?es para algo ter ou n?o ter acontecido. Isto inclui perguntar repetidamente “porquê?” (até 5 vezes), para explorar as raz?es mais profundas daquilo que aconteceu ou n?o e para chegar à principal causa da quest?o. Conclus?es desta sess?o: Através dos debates, os participantes dever?o anotar os principais desafios e melhores práticas, impactos e fatores (como se mostra abaixo) como um consenso de grupo. O anotador poderá documentá-los num quadro de papel ou ecr? online. DesafiosImpactosFatores limitadores (raz?es)Ausência de atividades de comunica??o coordenadas entre o Ministério da Saúde e os parceirosIncapacidade para influenciar os comportamentos para reduzir os riscosN?o está disponível um plano de comunica??o formalizadoIncapacidade de monitorizar e corrigir os boatos que circulam na comunidadeN?o existe um processo ou plataforma para a coordena??o das atividades de comunica??o com os parceirosAusência de advocacia e de compreens?o da import?ncia da comunica??o dos ricos durante os surtosCapacidade limitada para testes nos laboratórios regionais e distritaisOs resultados laboratoriais n?o foram processados com a rapidez necessária e registaram-se alguns diagnósticos errados Inadequa??o das competências de testagem, colheita, transporte e armazenagem de amostras Inadequa??o do equipamento laboratorial Escassez de pessoal qualificado devido à afeta??o inadequada de recursos humanos a nível regional e distritalMelhores práticasImpactosFatores limitadores (raz?es)Coordena??o transfronteiri?a regular nas reuni?es transfronteiri?as realizadasMelhor coordena??o entre os distritos de ambos os lados da fronteiraA rela??o tinha sido estabelecida antes da respostaCapacidade de continuar a monitorizar nas listas de rastreio dos contactos as pessoas que se deslocaram de um para o outro lado da fronteiraDesejo de envolvimento por parte de todos os interessadosProcedimentos Operacionais Padr?o (POP) e ajuda ao emprego para o diagnóstico elaborado e distribuído a todos os laboratóriosO pessoal envolvido na resposta foi alertado para os procedimentos devidos e ficou rapidamente capacitado para a realiza??o das atividades necessárias da gest?o de amostrasPOP da resposta regional adaptados ao nível nacionalN?o se registaram nos laboratórios acidentes ou infe??es Existência de um sistema de partilha de informa??o robusto que tornou possível a partilha e ado??o de POP, etc.Defini??es dos termos utilizados na IAR:DESAFIO: tarefa, fun??o ou situa??o que se revelou difícil durante a resposta à COVID-19, uma vez que envolveu muito esfor?o, determina??o e competência para ser bem-sucedida. Exemplo: um desafio identificado pode ser o facto de os resultados laboratoriais n?o terem sido processados com a rapidez desejada. Os fatores limitadores (os porquês) podem inicialmente ser identificados como amostras que n?o chegaram suficientemente cedo ou sistemas de logística que n?o estavam a funcionar. Ao aplicar o método dos “5 porquês”, o facilitador pode descobrir que, de facto, a principal causa da quest?o foi n?o ter havido combustível para os veículos utilizados na entrega das amostras ao laboratório. MELHOR PR?TICA: algo que foi feito durante a resposta à COVID-19 que melhorou o desempenho ou teve um impacto positivo. -1143001485900Sugest?es para facilitadores e anotadores:Assegurar que os debates se mantêm centrados no que aconteceu e n?o em quem fez o quê. Garantir que o impacto identificado é explícito quanto à forma como este desafio ou melhor prática influenciou o curso da resposta. Enquanto o grupo registará os principais desafios/melhores práticas que pretendem incluir nos seus quadros de papel, o anotador deverá também registar quaisquer desafios/melhores práticas, impactos e fatores adicionais debatidos no modelo fornecido. Para informa??es adicionais sobre a RCA, consultar a página anterior.00Sugest?es para facilitadores e anotadores:Assegurar que os debates se mantêm centrados no que aconteceu e n?o em quem fez o quê. Garantir que o impacto identificado é explícito quanto à forma como este desafio ou melhor prática influenciou o curso da resposta. Enquanto o grupo registará os principais desafios/melhores práticas que pretendem incluir nos seus quadros de papel, o anotador deverá também registar quaisquer desafios/melhores práticas, impactos e fatores adicionais debatidos no modelo fornecido. Para informa??es adicionais sobre a RCA, consultar a página anterior.Exemplo: uma melhor prática pode ser a fus?o das reuni?es do grupo de trabalho da saúde com as reuni?es do Grupo Org?nico da Saúde. O impacto desta melhor prática foi garantir a coordena??o precoce eficaz com todos os parceiros da saúde, através de um processo conduzido pelo Ministério da Saúde. O fator favorável foi o convite precoce a todas as principais partes interessadas para a reuni?o do grupo de trabalho da saúde, o que criou o reconhecimento da import?ncia da contribui??o das ONG e da vontade do Ministério e parceiros em participarem no processo de coordena??o.Sess?o 2: O que pode ser feito para melhorar a resposta à COVID-19?Objetivo da sess?o: os participantes identificar?o e preparar?o atividades para abordar as causas dos desafios identificados na atual resposta à COVID-19, assim como atividades para institucionalizar as melhores práticas. Os participantes n?o recomendar?o apenas atividades, mas também um cronograma para a implementa??o, atribuir?o responsabilidades aos pontos focais em fun??es, identificar?o o apoio necessário e propor?o indicadores para a monitoriza??o dos progressos. Os participantes ter?o de assegurar atividades harmonizadas, realistas e exequíveis.Identificar as principais atividades para ultrapassar os desafios e para criar as melhores práticasPrepara??o:Modelo destinado às anota??es para o grupo/ecr? online gerido pelo anotador.Processo de facilita??o:Para cada desafio e melhor prática, utilizar os fatores favoráveis ou limitadores associados que foram identificados. O grupo identificará também as principais atividades destinadas a ultrapassar os desafios e institucionalizar as melhores práticas. Para cada atividade, deverá ser completada uma linha do modelo com a descri??o da atividade, apoio necessário, data de conclus?o desejada, indicadores propostos (para monitorizar a conclus?o da atividade), responsabilidades de cada institui??o e identifica??o de um ponto focal (quando for possível). As atividades identificadas dever?o ser concretas e realistas:“Garantir a existência de melhores processos de compra de produtos para testes” n?o é uma atividade. Uma atividade poderá ser “Elaborar, divulgar e integrar POP de compra de produtos para testes”. “Capacita??o do pessoal dos laboratórios” n?o é uma atividade. Uma atividade poderá ser “Conceber e proporcionar uma a??o de forma??o laboratorial de 3 dias a 20 funcionários”.0448310Sugest?es para facilitadores e anotadores:Garantir que as atividades identificadas s?o praticáveis e claras. As atividades dever?o ser exequíveis e n?o uma “lista de desejos” irrealista.Esta sess?o constituirá uma base para recomenda??es visando o trabalho futuro. Assim, é crucial garantir uma boa caligrafia e evitar utilizar acrónimos.Utilizar a lista de desafios e melhores práticas e fatores favoráveis/limitadores como ponto de referência para a defini??o de atividades.020000Sugest?es para facilitadores e anotadores:Garantir que as atividades identificadas s?o praticáveis e claras. As atividades dever?o ser exequíveis e n?o uma “lista de desejos” irrealista.Esta sess?o constituirá uma base para recomenda??es visando o trabalho futuro. Assim, é crucial garantir uma boa caligrafia e evitar utilizar acrónimos.Utilizar a lista de desafios e melhores práticas e fatores favoráveis/limitadores como ponto de referência para a defini??o de atividades.Sess?o 3: Caminho a seguirObjetivo da sess?o: durante esta sess?o, será elaborado um plano de implementa??o destas atividades. Entre elas, os participantes identificar?o o que poderá ser abordado de imediato, para melhorar a resposta em curso, e o que pode ser feito a médio e longo prazo, para melhorar a resposta às próximas vagas do surto de COVID-19. Promova uma discuss?o das a??es que lhe pare?am adequarem-se melhor aos objetivos do plano de a??o, filtre as ideias inviáveis, conjugue as ideias redundantes ou expanda-as para captar outras que se assemelhem, clarifique o que seria preciso para viabilizar cada ideia (especifique) e dê prioridade às que se baseiam numa análise de custos e esfor?os/valor e benefícios. Os participantes podem ponderar criar uma equipa de seguimento e desenvolver um processo para documentar os progressos na implementa??o das principais atividades identificadas. Esta sess?o será também a altura indicada para acordar a melhor forma de garantir o envolvimento dos gestores superiores em todo o processo, com vista à obten??o do seu apoio na implementa??o das recomenda??es.Processo de facilita??o:Os participantes disp?em de 30 minutos para discutir e identificar os passos que se seguem, para garantir que as atividades identificadas durante a IAR ser?o implementadas no futuro;O facilitador da IAR deverá resumir os resultados e incentivar um debate que conduza ao consenso do grupo sobre os passos que se seguem.Instru??es adicionaisFeedback do participante Os participantes s?o convidados a dar o seu feedback no “Formulário de Feedback do Participante”, disponibilizado no pacote da IAR.Considera??es sobre distanciamento físicoDada a situa??o atual da COVID-19, é crucial garantir que o distanciamento físico e as medidas básicas de higiene em prática no país ser?o respeitados durante a IAR. Recomendamos o recurso ao formato online para a IAR, sobretudo se a transmiss?o comunitária permanecer elevada no país. Se a IAR for realizada presencialmente, é fundamental garantir que os espa?os de reuni?o s?o suficientemente amplos para permitir aos participantes um distanciamento físico de, pelo menos, 1 metro. No website da OMS, encontram-se orienta??es adicionais sobre a forma de prevenir ou reduzir os riscos de transmiss?o da COVID-19 ao organizar reuni?es presenciais .? Organiza??o Mundial da Saúde 2020. Alguns direitos reservados. Este trabalho é disponibilizado sob licen?a CC BY-NC-SA 3.0 IGO.WHO reference number: WHO/2019-nCoV/Country_IAR/manual_facilitator/2020.1 ................
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