22 DE AGOSTO



Bruno Sheslon Lima Dos SantosPLANEJAMENTO DE LAVRA A C?U ABERTO PARA JAZIDA DE CALC?RIOPALMAS – TO2015Bruno Sheslon Lima Dos SantosPLANEJAMENTO DE LAVRA A C?U ABERTO PARA JAZIDA DE CALC?RIOProjeto de Pesquisa elaborado e apresentado como requisito parcial para aprova??o na disciplina Trabalho de Conclus?o de Curso (TCCII) do curso de bacharel em Engenharia de Minas pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).Orientador: Prof. Esp. José Cleuton Batista.PALMAS – TO2015Bruno Sheslon Lima Dos SantosPLANEJAMENTO DE LAVRA A C?U ABERTO PARA JAZIDA DE CALC?RIOProjeto de Pesquisa elaborado e apresentado como requisito parcial para aprova??o na disciplina Trabalho de Conclus?o de Curso (TCCII) do curso de bacharel em Engenharia de Minas pelo Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA).Orientador: Prof. Esp. José Cleuton Batista.Aprovado em _____/_____/_______BANCA EXAMINADORAProf. Esp. José Cleuton BatistaCentro Universitário Luterano de PalmasProf. MSc. Daniel dos Santos CostaCentro Universitário Luterano de PalmasProf. Esp. Valerio Sousa LimaCentro Universitário Luterano de PalmasPALMAS – TO2015AGRADECIMENTOSAgrade?o a Deus, em primeiro lugar, por tornar possível o caminho trilhado por mim. Caminho este repleto de ensinamentos que me proporcionaram atingir esse momento t?o precioso.Ao meu pai, irm?os e toda família, pela for?a e apoio incondicional durante todos os momentos, o que me leva a acreditar que s?o eles, a minha maior fonte de incentivo para a realiza??o deste e futuros projetos.Reconhe?o e agrade?o a import?ncia de todos os amigos, professores, colegas e colaboradores, em especial aos senhores: Vinicius Leonardo Costa, Ricardo Caixeta Franco, Rodrigo Soares Lacerda Gil e Paulo Henrique Ribeiro de Souza, que forneceram a ajuda e suporte técnico necessário para o desenvolvimento e conclus?o deste trabalho.Por fim, gostaria de dedicar este trabalho a minha m?e Ana Lucia Lima dos Santos e minhas avós, por serem elas as mulheres mais importantes da minha vida e fonte principal do amor, fé e dedica??o durante os meus vinte e oito anos. RESUMOO planejamento de lavra de uma mina é desenvolvido com o objetivo de determinar a melhor forma de explota??o mineral, para isso foram elaborados neste trabalho técnicas e par?metros que buscam tornar projetos de minera??o mais eficientes e seguros.Este estudo busca destacar e determinar os principais par?metros necessários para elabora??o dos projetos de lavra a céu aberto, apontando a import?ncia do conhecimento do depósito mineral e estudos de viabilidade técnico-econ?micas. O relatório final de pesquisa mineral fornece os par?metros geológicos básicos a serem usados no planejamento de mina. Os dados de superfície e subsuperfície s?o tratados por meios de programas computacionais que auxiliam na determina??o da superfície topográfica, cubagem da jazida e planejamento de cava.O ?ngulo geral dos taludes, altura das bancadas, bermas e vias de acesso representam os padr?es geométricos básicos de determina??o de viabilidade técnico econ?mica da cava. Os estudos na determina??o de tais par?metros buscam reduzir os custos de lavra, minimizando ao máximo a retirada de material sem valor econ?mico.O sequenciamento de lavra é escolhido com o objetivo de estabelecer o melhor local para o inicio da extra??o e tem como principal fator determinante o plano de produ??o de longo, médio e curto prazo da mina.Durante o planejamento de lavra é necessário atentar-se a import?ncia de cada etapa e conhecer cada um dos par?metros, para que assim o projeto de extra??o mineral possa se tornar mais conciso quanto aos resultados esperados.Palavras Chaves: Planejamento de Mina. Modelagem Topográfica. Avalia??o de Geometrias. Sequenciamento de LavraABSTRACTMining planning ?is developed in order to determine the best exploitation methods. For that, techniques and parameter were drawn in this paper, seeking to improve mine projects, making them safer and more efficient.?This project aims to highlight and determine the main practical techniques, necessary to open pit mining projects elaboration, pointing the importance of acknowledging the mineral deposit as well as technical-economics feasibility studies.?The final mineral prospecting report provides basic geological parameters to be used on mining planning. Surface and subsurface data were collected and treated through softwares that assist in determine the topographic surface, scaling of the deposit and pit planning.?General slope angles, pit benches, haul roads, head and driveways represent basic patterns to be used on the open-pit feasibility determinations. The studies carried to determine those geometricals parameters aim to reduce mining costs, minimizing as much as possible the removal of non-economic value materials.?The mining sequencing is chosen to the aim of establishing the best area to carry the mineral extraction, having as major determinant factor the production planning for short, medium and long mining terms.?During mining planning, the engineer have to be aware of the importance of each step individually and overall. The detailed knowledge of each parameter will be responsible for making the project more concise as to the expected results.?Key words: Mining planning. Topographic modeling. Geometries assessment. Sequencing of mining.LISTA DE FIGURAS TOC \c "Figura" Figura 1 - Modelo de blocos conceitual PAGEREF _Toc435267433 \h 15Figura 2 - Principais elementos geométricos de uma lavra de mina a céu aberto por bancadas PAGEREF _Toc435267434 \h 19Figura 3 - Representa??o da camada de estéril sobre o minério em uma mina. PAGEREF _Toc435267435 \h 20Figura 4 - Exemplo de uma cava dividida em várias sequencias de extra??o. PAGEREF _Toc435267436 \h 23Figura 5 - Exemplo de lavra por níveis/REM decrescente. PAGEREF _Toc435267437 \h 24Figura 6 - Exemplo de lavra por cavas/REM crescente. PAGEREF _Toc435267438 \h 24Figura 7 - Exemplo lavra de REM constante. PAGEREF _Toc435267439 \h 25Figura 8 - Fluxo dos principais problemas que afetam o lucro na minera??o. PAGEREF _Toc435267440 \h 26Figura 9 - Distribui??o dos pontos de sondagem na área pesquisada. PAGEREF _Toc435267441 \h 33Figura 10 - Distribui??o dos pontos amostrados e curvas de nível do terreno. PAGEREF _Toc435267442 \h 34Figura 11 - Modelagem topográfica tridimensional da área pesquisada. PAGEREF _Toc435267443 \h 35Figura 12 - Se??es geológicas do depósito mineral. PAGEREF _Toc435267444 \h 36Figura 13 - Se??es geológicas do depósito mineral individualizadas. PAGEREF _Toc435267445 \h 38Figura 14 - Perfil da cava proposta no trabalho. PAGEREF _Toc435267446 \h 41Figura 15 - Falha de cavalgamento do subdomínio carbonático sobre o subdomínio de xisto. PAGEREF _Toc435267447 \h 42Figura 16 - Esbo?o do projeto de cava. PAGEREF _Toc435267448 \h 46Figura 17 - Pontos de contorno do projeto de cava otimizada. PAGEREF _Toc435267449 \h 48Figura 18 - Layers/camadas do projeto de cava otimizada. PAGEREF _Toc435267450 \h 49Figura 19 - Modelo digital de terreno gerado no SURPAC. PAGEREF _Toc435267451 \h 50Figura 20 - Se??es geológicas selecionadas para inicio de extra??o PAGEREF _Toc435267452 \h 51LISTA DE TABELAS TOC \c "Tabela" Tabela 1 - Reserva geológica. PAGEREF _Toc435267485 \h 39Tabela 2 - Configura??o geométrica para lavra usada no projeto de cava. PAGEREF _Toc435267486 \h 43LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASCaOOxido de CálcioDNPMDepartamento Nacional de Produ??o MineralDTMModelo Digital de TerrenoIGMInstituto Geológico e MineiroIQDInverso do Quadrado da Dist?nciaMgOOxido de MagnésioMNTModelo Numérico de TerrenoPeCusto de Extra??o do EstérilPm Custo de Extra??o de Massa MineralPNPoder de Neutraliza??oPpcCusto do Tratamento e Comercializa??o do MaterialPVbValor Mineral In SituREMRela??o Esteiro MinérioREMemRela??o Esteiro Minério Econ?mica MediaROMRun of MineSiO2SílicaUTMUniversal Transversa de MercatorVCMáxValor Máximo de Beneficio Econ?mico ContidoVPLValor Presente LiquidoVPMáxValor Presente Maximo do Beneficio Econ?mico SUM?RIO TOC \o "1-3" 1INTRODU??O PAGEREF _Toc436647745 \h 102REFERENCIAL TE?RICO PAGEREF _Toc436647746 \h 112.1Conceitos para o Planejamento de Mina PAGEREF _Toc436647747 \h 112.2Determina??o e Conhecimento da Jazida PAGEREF _Toc436647748 \h 122.3Modelagem Numérica de Terrenos PAGEREF _Toc436647749 \h 122.4Delimita??o do Corpo Mineral PAGEREF _Toc436647750 \h 132.5Modelos de Blocos PAGEREF _Toc436647751 \h 142.6Defini??o dos Limites de Lavra PAGEREF _Toc436647752 \h 152.7Considera??es de Viabilidade para Lavra a Céu Aberto PAGEREF _Toc436647753 \h 172.8Sequenciamento de Lavra PAGEREF _Toc436647754 \h 222.9Avalia??o das Geometrias de Lavras Otimizadas PAGEREF _Toc436647755 \h 253METODOLOGIA PAGEREF _Toc436647756 \h 273.1Desenho do Estudo PAGEREF _Toc436647757 \h 273.2Objeto do Estudo PAGEREF _Toc436647758 \h 273.3Instrumento de Coleta e Tratamento de Dados PAGEREF _Toc436647759 \h 273.4Etapas do Projeto PAGEREF _Toc436647760 \h 283.4.1Defini??o do Tema e Referencial Teórico Preliminar PAGEREF _Toc436647761 \h 283.4.2Desenvolvimento do Projeto e Análise de Resultados PAGEREF _Toc436647762 \h 293.4.3Apresenta??o do Projeto PAGEREF _Toc436647763 \h 294RESULTADOS E DISCUSS?O PAGEREF _Toc436647764 \h 304.1Dados Geológicos Coletados na Pesquisa Mineral PAGEREF _Toc436647765 \h 304.2Análise Estatística e Caracteriza??o Tecnológica dos Minérios PAGEREF _Toc436647766 \h 304.3Confec??o do Mapa de Superfície da ?rea Pesquisada PAGEREF _Toc436647767 \h 324.4Modelagem Geológica do Depósito PAGEREF _Toc436647768 \h 364.5Estimativas de Reservas Geológicas PAGEREF _Toc436647769 \h 394.6Exequibilidade do Projeto PAGEREF _Toc436647770 \h 404.7Projeto de Cava Operacional da Mina PAGEREF _Toc436647771 \h 474.8Sequenciamento de Lavra PAGEREF _Toc436647772 \h 505CONSIDERA??ES FINAIS PAGEREF _Toc436647773 \h 53REFER?NCIAS PAGEREF _Toc436647774 \h 57AP?NDICE A – Variograma gerado pelo software SURFER referente à campanha de sondagem rotativa. PAGEREF _Toc436647775 \h 60AP?NDICE B – Tabela de referência aos par?metros geométricos do projeto de cava. PAGEREF _Toc436647776 \h 65ANEXO A – Resumo geral da campanha de sondagem rotativa PAGEREF _Toc436647777 \h 67ANEXO B – Resultados de análises químicas PAGEREF _Toc436647778 \h 68INTRODU??OA lavra de minas a céu aberto é o principal método de extra??o mineral empregado no país. Sua aplica??o se baseia nas caraterísticas geológicas da jazida e na quantidade de material estéril a ser removido para que se possa atingir o depósito mineral.A exequibilidade de uma mina depende dos trabalhos de planejamento executados por profissionais devidamente capacitados. Os trabalhos dever?o ser desenvolvidos buscando sempre obter a otimiza??o econ?mica de recupera??o da jazida mineral.Os projetos de extra??o devem sempre ser amparadas por estruturas de analises que garantam seu sucesso e retorno financeiro aos investidores. Cabe ressaltar a fundamental import?ncia de se conhecer a jazida, por essa constituir a base de todo o empreendimento mineiro. Para auxiliar no planejamento de lavra s?o utilizados algoritmos desenvolvidos com o objetivo principal de aumentar a lucratividade dos projetos mineiros. Os algoritmos foram implementados a programas que utilizam dados computacionais e informa??es geológicas, fornecidas pela pesquisa mineral, para delimita??o da cava ou pit final da uma mina. A avalia??o da geometria de cava é feita através da varia??o dos par?metros econ?micos. Os fatores que influenciar?o diretamente nos resultados ser?o apontados no relatório final de pesquisa mineral. O relatório fornecerá todas as características geológicas da jazida, cabe ao Engenheiro de Minas interpreta-las e definir o melhor modo de opera??o e/ou próximas etapas das atividades de lavra. O planejamento necessário na implanta??o da mina, será executado de forma subsequente, para isso será estabelecido, neste projeto, os par?metros básicos e de vital import?ncia, para determina??o da exequibilidade técnica e econ?mica do empreendimento.O projeto apresentará os estudos de determina??o de jazida, as considera??es que comprovar?o a viabilidade de lavra, e técnicas computacionais usadas para realizar a delimita??o do corpo mineral. O planejamento da mina de calcário será realizado através da uni?o de todos os par?metros aqui apresentados.REFERENCIAL TE?RICOConceitos para o Planejamento de MinaO planejamento contemplará as opera??es de extra??o, ordenando as opera??es de minera??o e determinando o sequenciamento da extra??o da mina, para que com isso a escala de produ??o desejada possa ser alcan?ada. ? imperativo definir as rotinas de monitoramento de produ??o de cada frente de lavra, a fim de permitir o controle da qualidade do run-of-mine (ROM). Essas medidas permitir?o a melhoria nas condi??es de seguran?a e estabilidade dos taludes, acompanhamento da extra??o de estéril, minimizando custos associados ao uso de equipamentos de carregamento e transporte (BAPTISTA, et al, 2014).O maior desafio ao se realizar o planejamento de mina é projetar a lavra e otimizar o sequenciamento de extra??o, de modo a assegurar a minimiza??o da remo??o de estéril, garantir a seguran?a necessária a equipamentos e operadores além de maximizar o valor presente liquido do minério lavrado. (SILVA, 2008)Segundo Reis (2006) a principal atividade do projeto de desenvolvimento de uma mina a céu aberto é o planejamento da cava, sobre o qual atuam três grupos de fatores interferentes:1. Fatores naturais e geológicos: condi??es geológicas, tipos de minérios, condi??es hidrológicas, topografia e características metalúrgicas;2. Fatores econ?micos: teor do minério, tonelagem de minério, rela??o estéril/minério, teor de corte, custo operacional, investimento, lucro esperado, escala de produ??o e condi??es de mercado;3. Fatores tecnológicos: equipamentos, ?ngulo de talude, altura da bancada, greide (inclina??o) das estradas, limites da propriedade e limites da cava.O conhecimento da jazida é a base de todo empreendimento, por meio dele é possível realizar os demais estudos que determinar?o a viabilidade técnico-econ?mica de todo projeto. Sendo o projeto realizável, a fase seguinte busca estabelecer a maneira mais econ?mica e rendável, nela é teorizada a programa??o de lavra e produ??o, estimativas de custo e determina??o da viabilidade econ?mica do projeto (CURI, 2014).A fase de planejamento oferece a oportunidade de minimizar os custos e capitais de investimento; e de maximizar a operacionalidade e lucratividade do empreendimento. ? também fase de aten??o, pois desastres técnicos e financeiros est?o diretamente ligados a planejamento feito de forma errada, podendo esse viabilizar projetos inviáveis ou ent?o provocar o abandono de reservas minerais em potencial (CURI, 2014). Determina??o e Conhecimento da JazidaPlanejar é prever o futuro, sendo assim, o plano de lavra deve se basear em estudos confiáveis, com precis?o que garantam a implanta??o de uma mina. Pode se destacar, inicialmente, o conhecimento da reserva mineral, por constituir a base de sustenta??o de todo o empreendimento (CURI, 2014).O método de pesquisa empregado depende do tipo de jazimento existente, esse método deve ser seguro, objetivo, rápido e econ?mico para que se possa minimizar custo e garantir a seguran?a das informa??es. As sondagens realizadas devem levar em considera??o o tipo de rocha e possíveis varia??es no maci?o, para assegurar a correta determina??o dos volumes e varia??o de teores (CURI, 2014).A delimita??o dos depósitos minerais é a principal tarefa executada pelo engenheiro durante a avalia??o geológico-econ?mica. A análise e a correta interpreta??o dos dados disponíveis permitir?o a determina??o da forma do deposito mineral; seus limites e as dimens?es da jazida em estudo. Os principais elementos geológicos considerados nessas pondera??es s?o: estruturais (falhas e fraturas); mineralógicas (tipos de minerais-minérios); litológicos (tipos de rochas); graus de altera??o; e faturamento (SAD & VALENTE, 2007).Os limites primários de um depósito s?o estabelecidos pela litologia, acamamento, estruturas e varia??es an?malas no teor, enquanto os limites secundários, de interpreta??o mais difícil, est?o relacionados a varia??es gradativas nos teores, limites irregulares de mineraliza??o ou contornos do corpo mineralizado. (Vallée; C?te, 1992 apud Curi, 2014, p. 47).Modelagem Numérica de TerrenosO modelo numérico de terreno (MNT) trata-se da representa??o, feita por computador, de uma distribui??o de um fen?meno espacial que ocorre dentro de uma área ou superfície geográfica. Dados de relevo, informa??es geológicas, levantamento plano altimétricos e dados geofísicos e geoquímicos s?o exemplos típicos de fen?menos representados por um MNT (FELGUEIRAS, 1994).Dentre alguns usos do MNT pode-se citar (BURROUGH, 1986 apud FELGUEIRAS,1994):Armazenamento de dados de altimetria para gerar mapas topográficos;Elabora??o de mapas de declividade e exposi??o para apoio a análise de geomorfologia;Análises de variáveis geofísicas e geoquímicas;Apresenta??o de modelo tridimensional do terreno.O modelo numérico de terreno (MNT) chega a um alto nível de fideliza??o de comportamento da superfície topográfica devido a seu padr?o de representa??o matemática. Utilizando símbolos geométricos e cálculos estatísticos o modelo numérico de terreno n?o gera ambiguidade, possibilitando a modelagem com rigorosa veracidade (FELICISIMO, 1994). A cria??o de um modelo numérico de terreno (MNT) é uma das formas de se elaborar projetos, sendo o principal objetivo, conhecer as características do terreno onde se deseja implantar o empreendimento. A partir do modelo gerado é possível calcular volumes, áreas, desenhar perfis e se??es transversais, gerar mapas e obter a perspectiva tridimensional da área (FELGUEIRAS, 1994).Os dados fornecidos pelas sondagens e as analises da superfície, representar?o a varia??o de um fen?meno espacial de interesse. Os dados coletados dever?o representar de forma significativa a superfície que se deseja modelar, para isso deve-se considerar a quantidade e localiza??o das amostras (FELICISIMO, 1994).As fontes de dados mais usadas para a modelagem digital de terrenos s?o: arquivos digitais; bases topográficas com pontos notáveis de máximo e mínios; levantamentos de campo, transformados em informa??o digital. Os dados s?o representados pelas coordenadas XYZ, onde Z caracteriza o par?metro a ser modelado (FELGUEIRAS, 1994).Delimita??o do Corpo MineralFrequentemente geólogos e engenheiros de minas se deparam com um problema rotineiro, como delimitar o corpo mineral além de como avaliar a quantidade e qualidade das variáveis analisadas. Vários métodos s?o utilizados para definir os limites de um dado corpo mineral (SOUZA, 2013).Até os anos 1960 os limites de lavra eram determinados manualmente. Entretanto, a partir de 1964, diversos métodos de defini??o dos limites da lavra foram aparecendo e sendo aperfei?oados gradativamente em raz?o, principalmente, da evolu??o da informática e da geomatemática. Isso foi possível porque foram desenvolvidos algoritmos específicos para a minera??o, aplicando, sobretudo, as técnicas de simula??o e programa??o din?mica (CURI, 2014, p.148).Segundo essa concep??o de otimiza??o, existe uma série de algoritmos e softwares desenvolvidos que se prop?em a atingir o objetivo de maior lucratividade possível (SOUZA, 2013).Antes de usar qualquer aplicativo ou software para delimita??o de uma jazida, e necessário um arquivo de furo de sondagens, contendo informa??es das coordenadas, dire??o, inclina??o dos furos. O arquivo de superfície deve ser criado a fim de se determinar o contorno superficial da jazida, esse arquivo é opcional já que as analises s?o diretamente baseadas em sondagem que determinar?o a possível superfície que recobre a jazida mineral. Com o arquivo de composi??o criado baseado em zonas que delimitam o domínio ou amplitude da jazida, é obtido o modelo de blocos que deve ser preenchidos com os atributos de interesse. O tamanho do bloco também se relaciona com a quantidade e qualidade das informa??es disponíveis para a estima??o das variáveis de interesse (CURI, 2014).Modelos de BlocosO modelo de blocos é a base do planejamento moderno de minas a céu aberto. O modelo busca representar as propriedades e características do deposito mineral. A análise do corpo de minério resultou no desenvolvimento de uma grande variedade de algoritmos e softwares de determina??o de cava ou pit final de mina (THORLEY, 2012). O uso dessa ferramenta para aperfei?oar o processo de extra??o mineral tem como objetivo maximizar o valor da reserva mineral e este é o maior desafio do planejamento de lavra. Para se alcan?ar esse máximo, há que se considerar todas as restri??es, como aquelas em virtudes da análise de estabilidade dos taludes, do método de lavra a ser indicado e a??es de preserva??o ambiental e de interesse da comunidade (CURI, 2014).A figura 1 apresenta o modelo de blocos conceitual e como é feita a disposi??o dos blocos dentro de uma malha devidamente espa?ada.Figura SEQ Figura \* ARABIC 1 - Modelo de blocos conceitualFonte: Souza, 2013O modelo de blocos armazenará par?metros técnicos de toda área pesquisada, como por exemplo: coordenadas; teores estimados; densidade; umidade; recupera??o além de informa??o sobre interpreta??es geológicas dos furos de sonda. Incorporando essas informa??es aos par?metros econ?micos torna-se possível encontrar o valor de cada bloco através da utiliza??o de uma fun??o benefício (SOUZA, 2013).Essa fun??o atribui a cada bloco do modelo um valor líquido (positivo ou negativo) considerando as receitas e descontando os custos. Assim, o modelo valorizado economicamente é a base para os métodos computacionais ou algoritmos de otimiza??o de cava a céu aberto (SOUZA, 2013).Defini??o dos Limites de LavraA determina??o do projeto de cava otimizada é uma das mais importantes tarefas dentro do processo de planejamento de lavra a céu aberto. O projeto precisa ser continuamente ajustado ao longo da vida útil da mina, devido a altera??es e disponibiliza??es de novas informa??es geológicas, dentre outros motivos (SILVA, 2008).A defini??o do limite de lavra estará ligada a exequibilidade técnica que maximize o valor da fun??o beneficio econ?mico do projeto, desde que se leve em considera??o as condi??es do contorno do deposito mineral, sendo assim, a geometria final da cava será determinada pela rela??o de minério recuperado e volume de estéril que deverá ser removido para garantir a estabilidade das escava??es e acesso a zonas mineralizadas (CURI, 2014).As metodologias de otimiza??o de cava final, utilizadas para a determina??o da geometria de lavra, n?o garante a viabilidade da lavra de minas por n?o considerar o valor do investimento e nem o valor econ?mico das reservas em fun??o do tempo. Matheron (1976) idealizou a metodologia da parametriza??o técnica das reservas, que separa a parametriza??o técnica da avalia??o econ?mica. Primeiramente, as diversas geometrias s?o pré-selecionadas e, posteriormente, s?o avaliadas do ponto de vista econ?mico-financeiro. Essa metodologia se baseia no conteúdo mineral recuperável de cada bloco de lavra e dos volumes de minério e estéo dito posteriormente, o principio do modelo é a busca por geometrias com diferentes volumes totais, maximizando, em cada caso, seu conteúdo mineral. Num caso real, é possível definir inúmeras cavas com mesmo volume (minério e estéril), porem apenas uma delas maximiza a quantidade de mineral contido recuperável (THORLEY, 2012).De acordo com Prati (1995), as etapas de sele??o de uma geometria de lavra s?o as seguintes:Valida??o dos diversos modelos adotados;Gera??o de geometrias otimizadas;Defini??o dos critérios de avalia??o;Defini??o da sequencia de lavra;Avalia??o das geometrias otimizadas por indicadores de desempenho;Operacionaliza??o da cava selecionada;Aperfei?oamento continuo dos modelos adotados e reavalia??o periódica.Quanto aos critérios de avalia??o de uma geometria de lavra, cabe destacar o valor máximo do beneficio econ?mico contido (VCMáx) e o valor presente máximo do benéfico econ?mico (VPMáx).O critério de avalia??o VCMáx, avalia a maximiza??o da recupera??o das reservas econ?micas considerando o valor do dinheiro submetido a uma taxa de juros no tempo e objetiva a maximizar o valor presente dos fluxos de caixa obtidos, dessa forma, as cavas de VCMáx correspondem à geometria de lavra que agrada principalmente aos detentores dos direitos minerários e à sociedade em geral, que se beneficia com os impostos e empregos gerados a longo prazo (CURI, 2014). O critério VPMáx considera o valor do dinheiro submetido a uma taxa de juros no tempo e objetiva maximizar o valor presentes dos fluxo de caixa obtidos. A busca pelo aumento da rentabilidade a um curtíssimo prazo de tempo, fez desse critério o mais utilizado pela indústria mineral (CURI, 2014). Normalmente o critério VPMáx se contrap?e ao critério VCMáx, pois privilegia geometrias de lavra de menor volume e de teor médio mais elevado. O critério sele??o da geometria de lavra, que maximize o valor econ?mico de um projeto de lavra, é a principal proposta dos métodos que prop?em a defini??o dos limites de lavra, e deve ser preferencialmente, utilizado para definir as reservas que ser?o responsáveis pelo retorno do capital investido e pela consolida??o do empreendimento, e n?o necessariamente da cava final (CURI, 2014).Considera??es de Viabilidade para Lavra a Céu AbertoA lavra a céu aberto é justificável, tecnológico e economicamente, quando os depósitos minerais est?o na superfície ou a uma profundidade moderada, desde que a espessura do material que o recubra, n?o exceda um certo limite (CURI, 2014).A geometria da cava da mina é influenciada por vários fatores. Obviamente o material de capeamento deverá ser removido previamente, liberando o minério subjacente. Um adequado espa?o de opera??o é necessário para melhor eficiência dos equipamentos de escava??o e carregamento; e os taludes da cava devem ser suficientemente seguros. A ado??o de uma sequência de lavra de mina é extremamente importante tal que o desejo de resultados econ?micos (lucros e custos) sejam atingidos (KOSKINIEMI, 1979).A quantidade de estéril, a ser removida, e a quantidade de minério extraído é a principal rela??o na determina??o da viabilidade econ?mica de um projeto de lavra. As condi??es de cada mina determinar?o a rela??o estéril/minério máxima ou rela??o estéril/minério limite, que por sua vez levará em conta os custos para remo??o de 1m? de estéril em rela??o ao custo para minerar 1 m? de minério (CURI, 2014).O método de lavra deverá se adequar a forma de ocorrência do corpo mineralizado e tipo de mineraliza??o. Entre os métodos mais conhecidos de lavra a céu aberto est?o: lavra por bancada; lavra por tiras; lavra de rochas ornamentais; dragagem; e lavra por lixivia??o. A escolha do método a ser adotado depende principalmente de fatores econ?mico-ambientais (DNPM, 2004). A lavra por bancadas é aplicada quando a jazida tem dimens?es verticais e horizontais grandes, obrigando a retirada do minério em bancadas, bancos ou degraus. Apresenta grande vantagem econ?mica, pois a drenagem é natural por gravidade, o transporte é geralmente descendente e os volumes de decapeamento s?o pequenos, embora isso n?o ocorra sempre (SOUZA, 1994).A lavra por bancadas pode ser tanto em encosta quanto em cava. A lavra em encosta está acima do nível de escoamento da drenagem, e se faz sem acumular água. Já a lavra em cava está abaixo da cota topográfica original, tornando a mina um grande reservatório, necessitando-se de bombeamento para o esgotamento da água (DNPM, 2004).As bancadas s?o as unidades básicas em que se divide a explota??o nas opera??es de minas a céu aberto. Pode-se constatar a existência de diferentes tipos de bancadas. As bancadas de trabalho, ou pra?as, s?o os locais onde ocorrem, efetivamente, as opera??es fundamentais do ciclo de lavra, ou seja, perfura??o, desmonte, carregamento e transporte. Já as bancadas de conten??o s?o dimensionadas com a principal fun??o de reter os materiais que, porventura, deslizem de bancadas superiores; enquanto as bancadas ou bermas de seguran?a tem a fun??o de manter o ?ngulo geral de talude, contribuído assim para a estabilidade geral do pit (CURI, 2014).Segundo DNPM (2004), dentre os fatores de maior import?ncia nas determina??es geométricas na lavra a céu aberto, cabe destacar:?ngulo de Talude – Deve ser dimensionado para que permita a continuidade das opera??es realizadas em seu nível ou em níveis inferiores e superiores, permanecendo estável enquanto durarem as opera??es de lavra e após seu fechamento.Berma - A berma quebra a continuidade do talude, ajudando na estabilidade, segura blocos de rochas que possam se soltar e facilita a drenagem. Serve também de acesso aos diferentes níveis.Pra?a - ? a maior área de manobras dos equipamentos ou a área de cota inferior e que dá acesso a todas as frentes da mina.Bancada - Por??o da rocha formada por duas bermas consecutivas, tendo um ?ngulo de talude próprio e onde é possível realizar o desmonte da rocha.Vias de acesso - s?o desenvolvimentos básicos que permitem atingir a jazida. O desenvolvimento da lavra e o acesso às pilhas de estéril dependem do sistema de acesso à mina. O planejamento do sistema de acesso está vinculado, principalmente, às necessidades de desenvolvimento de frentes de lavra, remo??o de estéreis e de conciliar a otimiza??o com a racionalidade operacional. A largura da via deve ser, pelo menos, dois metros superior à maior largura da maior maquina que circula nela. A figura 2 mostra uma se??o típica de um talude de uma mina, com os par?metros geométricos de maior import?ncia (COSTA 1979 apud CURI, 2014).Figura SEQ Figura \* ARABIC 2 - Principais elementos geométricos de uma lavra de mina a céu aberto por bancadasFonte: Adaptado de Costa (1979).?ngulo geral de talude (α) – definido com ?ngulo que uma reta que passa pelas cristas dos bancos faz com a horizontal. Esse ?ngulo é determinado baseando-se em estudos geotécnicos. O ?ngulo deve permitir a estabilidade das escava??es durante o tempo mínimo igual a vida útil da mina.?ngulo de talude entre bermas, ou bancos de lavra (β) – definido como o ?ngulo que a face do banco faz com a horizontal. O valor é definido com base no tipo de maquinário de escava??o e o material a ser escavado de forma q manter a estabilidade da face do banco por um período mínimo de tempo igual ao tempo de opera??es de lavra naquele banco.?ngulo da berma (γ) – é o ?ngulo que o piso da berma faz com a horizontal, seu valor deve ser tal que permita o escoamento das águas para a canaleta sem provocar eros?o no piso da berma.Canaleta (C) - posicionada longitudinalmente ao pé de cada banco, destinada a coletar as águas anteriormente referidas e conduzi-las para fora da área de lavra. ? comum, e recomendado, criar frisos, posicionados no entorno dos bancos, para que assim a possa-se orientar a drenagem das águas. As caneletas devem ser posicionadas a uma distancia adequada dos pés dos bancos de maneira que n?o sejam obstruídos por qualquer tipo de movimento de massas da face do banco superior.Largura da berma (L) - dimensionada de maneira tal que permita o acesso de equipamentos destinados à remo??o dos materiais que por ventura escorreguem. Outra fun??o é evitar que tais escoamentos atinjam os níveis seguintes. Altura da bancada (H) - Par?metro de grande import?ncia na seguran?a e economicidade das opera??es. Deve ser dimensionada para que os fen?menos de instabilidade tenham efeitos apenas locais, além de adequado ajuste entre a escala de produ??o desejada e os equipamentos de lavra disponíveis.?ngulo de caída das canaletas. (δ) - dimensionado de tal forma que as águas coletadas nos pisos das bermas possam ser conduzidas para fora da área da mina sem erodir o fundo das canaletas.O par?metro rela??o estéril/ minério (REM) é amplamente usado no ramo da minera??o. Representa o montante de material desprovido de valor econ?mico (estéril) que deverá ser removido, para liberar uma unidade de minério (CURI, 2014).A figura 3 apresenta a representa??o da camada de estéril sobre o corpo mineralizado (IGM, 1999).Figura SEQ Figura \* ARABIC 3 - Representa??o da camada de estéril sobre o minério em uma mina.Fonte: IGM – Instituto Geológico e Mineiro (1999)A equa??o 1 representa a raz?o básica de calculo da rela??o estéril minério de um deposito mineral.REM = volume de estéril removido a um profundidade d volume de minério removido a uma profundidade d(1)A rela??o estéril/minério (REM) determinará os par?metros de recupera??o e viabilidade econ?mica da lavra. A rela??o é influenciada diretamente pela defini??o da geometria e conduzira a modifica??es no dimensionamento do pit final da cava, tendo em vista as metas e resultados que se pretende obter (CURI, 2014). Sob o ponto de vista geométrico, é analisado a rela??o estéril/minério econ?mica média (REMem), que representa a rela??o global entre todo o volume de estéril e toda a tonelagem de mineral extraída. A rela??o econ?mica média realiza ajustes de varia??es causadas por diferen?as na REM em momentos diferentes da explota??o de uma jazida (CURI, 2014).Segundo CURI (2014), para se determinar a geometria da lavra, as seguintes etapas devem ser executadas:Cálculo da REM econ?mica media (REMem):REMem = PVb – (Pm + Ppc + B) / Pe(2)onde: PVb : valor do mineral in-situ, fun??o do pre?o de venda e recupera??o global ($/t);Pe : custo de extra??o do estéril: desmonte, carregamento e transporte para a pilha de estéril ($/m?);Pm: Custo de extra??o da massa mineral útil e transporte para o local de venda ($/t);Ppc: custo do tratamento e comercializa??o do material útil por tonelada ($/t);B: beneficio por tonelada ($/t).Determina??o da profundidade máxima em fun??o da REMem e atendendo aos ?ngulos de talude máximos.Desenho da cava final de explota??o em três dimens?es.Determina??o das geometrias e cálculo das quantidades com base na cria??o de um modelo tridimensional. Se os valores forem aceitáveis, mantém-se o desenho final da cava. Caso contrário, altera-se a profundidade e/ou os ?ngulos de talude e redesenha-se o projeto.A determina??o da escala de produ??o de um empreendimento minério é estabelecida em raz?o das reservas minerais, da conjuntura tecnológica e econ?mica, e, em particular, da pesquisa de mercado, tendo como objetivo principal a maximiza??o do valor presente liquido (VPL), assim o valor atual estará em fun??o da taxa de produ??o (CURI, 2014).Em 1977, Taylor estabelece uma regra empírica bem simples, baseando-se nos grandes depósitos de cobre profirítico, para estimar em nível bastante preliminar o ritmo da produ??o ou a vida útil de uma mina (RUDENNO, 2009, apud CURI, 2014). Taylor determinou que a vida útil em anos (n) é igual a uma constante (6,5) multiplicada pela raiz quádrupla das reservas (G) em milh?es de toneladas (com varia??o de 20%).n = 6,5 x 4√G (+/-20%)(3)A regra de Taylor pode também ser expressa em termos de capacidade de produ??o anual (C) em toneladas (t) segundo a rela??o:C(t) = 0,147 * G 0,75(4)? importante destacar que o ritmo de produ??o definido pela formula de Taylor n?o leva em considera??o o teor médio do depósito nem o tipo de minério. Serve tanto para comodities, como o ferro, cobre, fosfato e alumínio, quanto para minérios de baixo teor como o ouro e o diamante (GIRODO, 2006 apud CURI, 2014).Sequenciamento de LavraDe posse da cava final, o próximo estágio é determinar a maneira que a mina será desenvolvida. Sabe-se que a cava ótima fornece a máxima lucratividade, entretanto essa cava n?o é lavrada de uma só vez. Assim, existem inúmeras formas de se realizar o sequenciamento tendo como cava final a cava gerada na otimiza??o (SOUZA, 2013).A finalidade principal do sequenciamento de lavra é estabelecer uma estratégia de escava??o com frentes de lavra suficientes para atender à produ??o requerida e para estacionariza??o dos par?metros. A subdivis?o das reservas em cavas notáveis, ou subconjuntos de blocos pode servir de guia para o sequenciamento de lavra (CURI, 2014).Para a defini??o do caminho a escolher, devem ser feitas simula??es, servindo-se das cavas otimizadas como guia para o sequenciamento de lavra segundo o planejamento estratégico proposto. Devem ser considerados os requisitos de produ??o para que as necessidades operacionais possam ser estabelecidas.O sequenciamento de lavra tem como finalidade ultima a estacionariza??o de par?metros, a fim de fornecer minérios dentro das características (médias) esperadas. A estacionariza??o tem a ver com uni?o (mistura, ou blendagem) de diferentes minérios para a obten??o de medias. As técnicas de estacionariza??o, seguidas das técnicas de homogeneiza??o, que objetiva a atenua??o de vari?ncias, fornece a planta fluxos estáveis e constantes de minério (GIRODO, 2006, apud CURI, 2014).Figura SEQ Figura \* ARABIC 4 - Exemplo de uma cava dividida em várias sequencias de extra??o.Fonte: Hustrulid & Kuchta, 2006.Adilson Curi (2014) definiu três metodologias para o sequenciamento na lavra de minas a céu aberto, esses métodos podem ser classificados pelo tipo de lavra ou com base na rela??o estéril/minério (REM). As figuras proposta, para cada tipo de sequenciamento, representam um corpo mineralizado em que se destacam os blocos de minério originados com base no corpo de minério, veio vertical, mineralizado. Lavra por níveis/ REM decrescente: também denominado método de decapeamento total, esse método demanda que cada banco de minério seja lavrado em sequência e que todo o estéril em particular desse banco seja removido até os limites de cava ótima. O talude final, em cada nível, é atingido sucessivamente período após período. Nota-se que a rela??o estéril minério descresse, no primeiro banco ela é 12/1, no segundo banco 10/1, no terceiro banco 8/1 e assim por diante até atingir o sétimo banco, onde a rela??o estéril minério será 0/1. Figura SEQ Figura \* ARABIC 5 - Exemplo de lavra por níveis/REM decrescente.Fonte: Curi, 2014, p.188Lavra por cavas/REM crescente: a remo??o do estéril somente é praticada em fun??o da necessidade de se realizar o avan?o em dire??o ao minério do nível subsequente. A lavra é realizada de forma que à cada sequenciamento de cava o material estéril será removido para que assim a estabilidade dos taludes seja alcan?ada. O trabalho nos taludes de estéril, em cada nível, poderá ser mantido respeitando os taludes gerais da cava final, ou poder?o ser mais suaves. A rela??o estéril/minério aumenta a medida que a cava se aproxima do seu pit final, passando de 0/1 no primeiro nível para 12/1 no sétimo nível. Figura SEQ Figura \* ARABIC 6 - Exemplo de lavra por cavas/REM crescente.Fonte: Curi, 2014, p.190Lavra de REM constante: esse método tem como principal característica o objetivo de manter uma média controlada entre a remo??o do estéril e a retirada do minério, o que possibilita o dimensionar os equipamentos de forma segura e sem surpresas. Cada fase do sequenciamento mantem a rela??o estéril/minério constante e igual a 6/1. A lavra constante deverá levar em considera??o a estabilidade do talude, logo os blocos de estéril e minério a serem removidos deveram respeitar esse limite.Figura SEQ Figura \* ARABIC 7 - Exemplo lavra de REM constante.Fonte: Curi, 2014, p.192Na pratica atual, o melhor método aplicado a um grande corpo de minério é aquele que se consegue uma REM baixa no início e no fim da vida útil da mina. Trata-se de um método de sequenciamento que tenta constituir uma REM baixa no período inicial da lavra, mas subindo gradualmente, até estabilizar-se por um período intermediário. Tal REM tende a baixar novamente à medida que se aproxima da exaust?o da mina. (CURI, 2014).Avalia??o das Geometrias de Lavras OtimizadasA avalia??o da geometria da cava otimizada, os par?metros econ?micos, tais como teor de minério e quantidade de recupera??o da reserva, s?o sistematicamente modificados, um de cada vez, dessa forma uma cava é projetada após cada mudan?a. A saída da avalia??o do projeto é uma série de cavas na qual cada cava possui seu próprio potencial de ser minerada sob condi??es econ?micas específicas. A avalia??o de projetos de cava pode ser descrita como uma parametriza??o respeitando os par?metros econ?micos (WANG & SEVIM, 1995 apud PERONI et al, 2012).O planejamento de uma mina tem como objetivo principal a proje??o dos seus limites e o sequenciamento da lavra, definindo também a taxa de produ??o e recupera??o. Existem muitas decis?es a serem tomadas ao se planejar uma mina. Para cada decis?o, haverá por defini??o, o melhor plano, que resultará em um maior retorno financeiro. Todas as decis?es estar?o ligadas, de modo que a altera??o de uma delas afetará todas as outras. A otimiza??o de uma lavra usa esse artificio na avalia??o de geometrias de lavras (CARMO et alI, 2006) Gama (1986), sugere implementar uma metodologia de avalia??o permanente de lucro em uma mina em opera??o. Esse método deve determinar o que se pode denominar lucro-base, que deve corresponder ao valor aceitável para a corpora??o, empresa e/ou investidores. Como em cada situa??o pode haver mais de uma solu??o que conduza ao lucro-base, devem ser fornecidas alternativas para a escolha, em raz?o de critérios administrativos específicos ou de decis?es de responsabilidade gerencial ou organizacional. Para exemplificar, classificam-se os principais problemas que afetam o lucro na minera??o em três grupos:Figura SEQ Figura \* ARABIC 8 – Fluxo dos principais problemas que afetam o lucro na minera??o.Fonte: Adaptado de Gama, 1986.? medida que a mina é lavrada, novas informa??es sobre a reservas s?o obtidas, o que leva a constantes altera??es do plano original. O planejamento deve ser visto como um roteiro de opera??es, composto por premissas estabelecidas sobre uma determinada perspectiva de produ??o e extra??o. Entretanto, trata-se de uma fase decisiva em um projeto de minera??o, pois nela se fixam as bases para o calculo de todas as outras fases do projeto que dela dependem (COSTA, 1979 apud CURI, 2014).METODOLOGIAO estudo é desenvolvido a partir do relatório final de pesquisa mineral. O documento fornecerá toda a base de informa??es necessárias para conseguir os resultados esperados para defini??o de viabilidade técnico econ?mica do projeto.Desenho do EstudoA pesquisa quantitativa é usada de forma predominante, tendo em vista que as análises se baseiam em dados matematicamente definidos. O objetivo exploratório deste trabalho é proporcionar maior esclarecimento dos estudos necessários para realiza??o de um planejamento de lavra. O principal instrumento de coleta de dados será o relatório final de pesquisa mineral, usado como fonte primária de informa??o que fornecerá os par?metros fundamentais do estudo.O trabalho abordará enfaticamente a fase de planejamento de lavra a céu aberto, assim o mineral analisado na pesquisa mineral será descrito de forma secundária. A descri??o das analises do depósito mineral, feito pelo relatório final de pesquisa, ser?o apresentadas durante a segunda fase do projeto.Objeto do EstudoRealizar o planejamento de lavra de mina, apontando os principais par?metros a serem analisados no projeto, a fim de determinar todas as etapas descritas anteriormente de forma clara e concisa. No trabalho: os dados topográficos, advindos do relatório final de pesquisa mineral, ser?o tratados pelo software SURFER; a cubagem do deposito foi estabelecida no relatório final de pesquisa mineral, nele foi utilizado o software DATAMANIE; a delimita??o do projeto de cava será realizada pelo software SURPAC; o sequenciamento de lavra e avalia??o da geometria proposta ser?o os procedimentos adotados para a finaliza??o e determina??o da viabilidade do projeto.Os resultados obtidos ser?o descritos e apresentados de forma sequencial, obedecendo ao fluxo de informa??es apontadas no referencial teórico. Instrumento de Coleta e Tratamento de DadosFonte primaria de dados, o relatório final de pesquisa mineral, fornece toda base de informa??es necessárias para o inicio do projeto. A fonte e o local, onde foi realizada a pesquisa mineral, n?o ser?o revelados devido exigência da empresa que a forneceu. Essa restri??o n?o afetará os resultados esperados, pois o objetivo deste trabalho é desenvolver o planejamento de lavra e apontar os principais fatores que influenciam na determina??o de viabilidade do projeto.O levantamento bibliográfico, baseado principalmente nos estudos realizados pelo Prof. Dr. Adilson Curi, foram apresentados anteriormente e ser?o aplicados como par?metros principais para a realiza??o do trabalho.Ser?o usados os programas: SURFER e SURPAC para interpreta??o dos dados geológicos e delimita??o da cava. A avalia??o da geometria será feita de modo sistemático para que assim possam ser determinadas as altera??es sofridas e apresentar os possíveis resultados.Etapas do ProjetoO desenvolvimento do projeto abordará, de forma geral, os principais temas e etapas do planejamento de lavra de mina a céu aberto. Para tanto o trabalho foi dividido em três etapas:Defini??o do Tema e Referencial Teórico PreliminarA escolha do tema tem como principal justificativa e objetivo proporcionar a familiaridade com as técnicas e par?metros de análises necessários para a realiza??o do planejamento de lavra de mina a céu aberto.Ser?o selecionados artigos, disserta??es e livros de autores nacionais e internacionais como base para o referencial teórico necessário para o desenvolvimento do trabalho. O projeto apresentará os principais par?metros e estudos propostos pelos autores para realiza??o do planejamento de lavra. O acompanhamento técnico do orientador será feito à medida que o trabalho for desenvolvido. As corre??es e demais altera??es propostas ser?o realizadas durante todo o período de desenvolvimento do projeto.Para melhor compreens?o das atividades de lavra e geometria de minas, ser?o realizadas visitas a empresas mineradoras na regi?o a fim de verificar a execu??o dos trabalhos de planejamento de lavra e sequenciamento de extra??o mineral.Desenvolvimento do Projeto e Análise de ResultadosOs par?metros de planejamento propostos no referencial teórico ser?o apontados de forma sequencial ao decorrer do trabalho. O foco principal será a determina??o do limite de cava com a utiliza??o do programa de determina??o do pit final da mina. Será analisada a rela??o estéril minério e a profundidade máxima da cava obedecendo as características geológicas da jazida.A avalia??o da geometria de cava proposta será realizada através de altera??es nos fatores geológicos e econ?micos da jazida, tais como, teor de minério e qualidade do maci?o rochoso. Determinada a melhor geometria de cava para o projeto, o planejamento de mina seguira através da determina??o do sequenciamento de lavra, tendo em vista as considera??es de viabilidade técnica para execu??o do método de lavra a céu aberto. Os resultados ser?o apresentados à banca examinadora composta pelos professores do curso de gradua??o em Engenharia de Minas.Apresenta??o do ProjetoA compila??o dos dados e resultados obtidos, s?o apresentados neste trabalho, nele s?o descritos os resultados encontrados durante a execu??o das atividades.A elabora??o do projeto busca apontar de forma clara os resultados obtidos durante todo seu desenvolvimento.Foi realizada a apresenta??o previa para qualifica??o do trabalho, para que assim a banca examinadora avalie o desenvolvimento do mesmo antes da apresenta??o e defesa do trabalho. O projeto será apresentado aos professores da banca examinadora, apontando todos os pontos principais e resultados encontrados. Será feita avalia??o e corre??o por meio de observa??es feitas nas vias impressas do trabalho, corre??es essas apontadas pelos examinadores.RESULTADOS E DISCUSS?ODados Geológicos Coletados na Pesquisa MineralO conhecimento geológico da jazida busca a descri??o geológica-estrutural dos tipos de rochas presente, para isso foram sistematicamente descritos e analisados os litotipos coletados nos pontos de investiga??o ou área de pesquisa, podendo eles estar em superfície ou subsuperfície.As informa??es foram coletadas através do emprego de sondas rotativas diamantadas, onde a área com maior concentra??o de afloramentos foi definida como área-alvo para os trabalhos de coleta de dados litológicos.O objetivo básico da investiga??o é de determinar:a tipologia e espessura local do capeamento e dos litotipos do substrato rochoso;permitir a melhor recupera??o dos testemunhos e a coleta de amostras para caracteriza??o química do minério; edefinir/confirmar os limites de ocorrência e/ou a continuidade lateral dos distintos litotipos de calcário e demais litotipos na área-alvo.Ao todo foram executadas 44 sondagens rotativas diamantadas, com um total de 1.845 metros lineares de perfura??o. Todos os testemunhos recuperados foram submetidos à descri??o litológica. Após a coleta, 115 amostras de rocha carbonáticas foram efetivamente submetidas a analises químicas. As analises efetuadas sobre as amostras concentraram-se na determina??o de CaO, MgO, SiO2 e avalia??o do PN ( Poder de Neutraliza??o).A defini??o dos litotipos carbonáticos foi feita com base nos teores de Oxido de Cálcio (CaO) e Oxido de Magnésio (MgO) obtidos a partir do universo amostral das rochas carbonáticas submetidas à caracteriza??o química.Análise Estatística e Caracteriza??o Tecnológica dos MinériosA análise estatística básica é realizada com o objetivo de caracterizar e descrever estatisticamente a distribui??o dos dados obtidos e definir os distintos litotipos existentes.Dentro desse cenário foram elaborados diagramas de dispers?o considerando as distribui??es entre Oxido de Cálcio relacionado com Sílica (CaO x SiO2); e Oxido de Cálcio relacionado com Oxido de Magnésio (CaO x MgO). O objetivo é diferenciar os litotipos presentes na sequência das rochas carbonáticas. O gráfico 01 apresenta a dispers?o de MgO em rela??o a CaO:Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 1: Dispers?o de Oxido de Cálcio em rela??o ao Oxido de Magnésio (CaO x MgO)Fonte: Relatório final de pesquisa mineralO gráfico 01 de dispers?o CaO x MgO, evidencia a presen?a de uma ampla faixa de variabilidade para o MgO e permite estabelecer uma subdivis?o da sequência carbonática em distintos fácies identificados pelos seguintes litotipos e teoresCalcário Calcítico: CaO ≥ 43% e MgO < 9%Calcário Magnesiano: 37% ≤ CaO ≤ 43% e MgO < 14%Calcário Dolomítico: 25% < CaO < 37% e MgO > 14%O gráfico 02 apresenta a propor??o de sílica (SiO2) em rela??o a propor??o de Oxido de Cálcio:Gráfico SEQ Gráfico \* ARABIC 2: Propor??o de Sílica em rela??o ao Oxido de Cálcio (CaO x SiO2)Fonte: Relatório final de pesquisa mineralA rela??o de CaO x SiO2, estabelece que a sequência carbonática é predominantemente formada por termos pouco silicosos, prevalecendo uma popula??o amostral com SiO2 < 2%. A determina??o da quantidade de sílica presente na rocha é de grande import?ncia na determina??o dos tipos de equipamentos necessários nas linhas de beneficiamento do material rochoso.Os demais litotipos identificados na área pesquisada e n?o submetidos à amostragem foram descritos da seguinte forma:Solo ou Capeamento: materiais inconsolidados de composi??o areno-argilosa e sem estrutura (solo de altera??o e/ou saprolitos) que capeiam a sequência metassedimentar; nessa categoria enquadram-se também os materiais associados a prováveis zonas carstificadas obtidos em algumas sondagens localizadas no subdomínio carbonático. Xisto: rochas predominantemente xistosas – biotita xistos, biotita quartzo xisto e clorita e suas altera??es (saprolito e/ou solo).Confec??o do Mapa de Superfície da ?rea PesquisadaOs mapas de superfície s?o confeccionados para que se possa observar o relevo da zona pesquisada sendo essa futuramente a zona onde será aberta a cava para extra??o mineral. S?o usados sistemas de cálculos matemáticos denominados modelos numéricos de terrenos, os cálculos s?o realizados por softwares computacionais. O primeiro passo, para a confec??o do mapa de superfície, é a inser??o dos dados das coordenadas XYZ, isso se da pela necessidade de conhecer a posi??o do local amostrado, para que esse espa?o seja georeferenciado. As coordenadas XYZ, ser?o inseridas no software SURFER, o programa estimará os dados e fornecera os resultados a partir dos valores presentes nos campos: Leste (X); Norte (Y); e Cota (Z).O software SURFER é um programa de plotagem de superfícies tridimensionais e elabora??o de contornos através do uso de malhas. O programa relaciona os dados XYZ espacialmente irregular, em uma malha regularmente espa?ada. A partir das coordenadas do ponto e dos valores assumidos pela variável nesses pontos, pode-se obter um mapa de distribui??o espacial para cada variável. As coordenadas inseridas est?o no sistema de referenciamento UTM (Universal Transversa de Mercator).O SURFER, contem um pacote de ferramentas que auxiliam na confec??o de gráficos que s?o utilizados para confec??o de mapas, facilitando o trabalho do técnico e reduzindo tempo de processos através da utiliza??o de algoritmos matemáticos para gerar as curvas de nível. O programa permite a importa??o de planilhas de diversos aplicativos. Para o desenvolvimento deste trabalho os dados foram inseridos em uma planilha do EXCEL, e essa passou a ser a base de dados para o referenciamento de informa??es diretamente coletadas em campo.A tabela que resume a campanha de sondagem pode ser encontrada no ANEXO A - Resumo Geral da Campanha de Sondagem Rotativa. Nela est?o determinadas: o local do furo de sondagem; as coordenadas; sua extens?o/profundidade; e o número de amostras coletadas no furo. Para a confec??o do mapa s?o usados os dados:Leste – Referido neste trabalho como X;Norte – Referido neste trabalho como Y;Cota – Referido neste trabalho como os dados inseridos no programa, é possível exibir os pontos de coleta de amostragem. A figura 09 apresenta a determina??o da área e o local dos pontos de sondagem para coleta de amostras.Figura SEQ Figura \* ARABIC 9 - Distribui??o dos pontos de sondagem na área pesquisada.Fonte: Autoria própria? possível perceber uma maior concentra??o de pontos de amostragem em uma determinada área. Isso se deve a afloramento de rocha nessa regi?o ou a obten??o de resultados positivos em estudos primários.Até o momento só foram utilizados dados primários, porem a partir das coordenadas XYZ, é possível gerar uma malha que representa, de maneira mais fiel possível, a superfície da área pesquisada. Definidas as coordenadas de cada ponto na malha é possível ent?o determina a curvatura mínima da superfície. A curvatura mínima de uma superfície é determinada através de cálculos matemáticos, onde admite-se que dois pontos adjacentes de um levantamento est?o contidos em um mesmo arco, e este arco esta contido em um plano, no qual se conhece a inclina??o e o ?ngulo de orienta??o. O método de curvatura mínima gera uma superfície suavizada a qual é cruzada por todos os dados, isso faz com que a interpola??o gerada n?o represente a condi??o real do terreno, essa varia??o esta diretamente relacionada com a dist?ncia dos pontos amostrados e a quantidade de pontos. O método gera uma malha através da aplica??o de equa??o sobre ela, afim de ajusta-la ou suaviza-la. O variograma é uma ferramenta geoestatística que nos permite determinar as medidas de continuidade espacial, montadas através da interpolariza??o dos dados, esses ajustes t?o origem as curvas de nível e malhas que servir?o para a constru??o do mapa em modelo tridimensional. Com o uso de ferramentas do software SURFER foi possível terminar o variograma dos pontos amostrais. Os resultados podem ser observados no Apêndice A.A distribui??o dos pontos e as curvas de nível geradas pelo método de curvatura mínima do SURFER s?o apresentadas na figura 10, representando assim o modelo digital do terreno.Figura SEQ Figura \* ARABIC 10 - Distribui??o dos pontos amostrados e curvas de nível do terreno.Fonte: Autoria própriaAs linhas próximas umas das outras representam área com terreno íngreme, possivelmente uma serra ou morro, enquanto as linhas de contorno mais espa?adas com zonas com ausência de linhas representam uma zona mais plana.O método de interpola??o utilizado para analises dos pontos de amostragem e determina??o das curvas de nível foi o de krigagem. A krigagem é responsável pelo ajuste de valores médios das variáveis analisadas. O uso da krigagem reduz o erro de estima??o e da possibilidade de uso da totalidade da informa??o disponível.A modelagem tridimensional permite uma melhor visualiza??o dos contornos da superfície topográfica da área. Através da interpola??o tridimensional dos valores das coordenadas de XYZ foi possível obter a figura 11. Na figura 11 é possível observar a varia??o dos níveis sobre uma perspectiva muito mais compreensível ao olho humano. Figura SEQ Figura \* ARABIC 11 - Modelagem topográfica tridimensional da área pesquisada.Fonte: Autoria própriaA modelagem apresentada busca retratar, com maior precis?o possível, as características da superfície do depósito mineral. As linhas de contornos ou curvas de nível representam a eleva??o (altitude) acima de algum ponto de referência, devido a isso às linhas nunca se cruzam. As cores representam a varia??o altimétrica entre os contornos delimitados pelas linhas. O mapa 3D representa as características naturais da superfície, permitindo ao engenheiro a análise das características da área.Modelagem Geológica do DepósitoConhecido a superfície da área amostrada, é chegada a hora de conhecer sua subsuperfície, e para melhor compreens?o do comportamento geológico dos litotipos carbonáticos e das suas encaixantes foram elaborados se??es geológicas com o objetivo de n?o só avaliar as dimens?es e rela??es geométricas do corpo mineralizado, bem como definir os demais materiais estéreis existentes na área alvo relacionados ao capeamento e xisto. A figura 12 apresenta as se??es geológicas da regi?o pesquisada.Figura SEQ Figura \* ARABIC 12 - Se??es geológicas do depósito mineral.Fonte: Relatório final de pesquisa mineral.A análise e a interpreta??o dos dados relativos às distintas fases da pesquisa permitiram determinar a forma, os limites e as dimens?es das ocorrências dos litotipos de calcário na área de concentra??o dos trabalhos de investiga??o.A interpreta??o geológica do deposito pode ser efetuada, por meio de desenvolvimento de correla??es entre, as se??es geológicas obtidas com base nas informa??es disponibilizadas pelas sondagens e demais par?metros de interesse. Com base nas correla??es, podem ser estabelecidos os contatos e o modelamento geométrico para a defini??o do capeamento (solo), dos estratos carbonáticos e do xisto encaixante.O trabalho de modelagem do corpo mineralizado ou de defini??o dos litotipos foi executado através da constru??o do modelo geométrico do deposito. O modelo pode ser gerado através de software, para este foi usado o software Datamine.O Datamine objetiva a organiza??o dos dados geológicos, geoquímicos, geotécnicos, mapeamento, prospec??o e demais dados de campo. O software permite determinar a forma, os limites e as dimens?es das ocorrências dos litotipos de calcário na área de concentra??o de dos trabalhos de investiga??o.Os dados das sondagens s?o inseridos no programa através de um banco de dados criado com as informa??es advindas da pesquisa mineral. As informa??es presentes no banco de dados est?o presentes no Anexo B – Resultados de Análises Químicas.O banco de dados é o conjunto de informa??es contendo os dados de furos de sondagem, tais como: teores; extens?o do corpo; número de amostras coletadas em cada furo; descri??o do local onde foram coletadas as amostras; além de dados georeferenciados do local do estudo.O modelo gerado representa a subsuperfície do corpo mineral e será utilizado como base para a gera??o do modelo de blocos que se destina à quantifica??o e qualifica??o das reservas geológicas e do material estéril associado (capeamento e xisto).Para modelo de blocos usado foram utilizados os padr?es de blocagem e sub-blocagem com dimens?es máximas de 20m x 20m x 5m, respectivamente, em X, Y e Z, e sub-blocos com dimens?es até quase 10 vezes menores (2,5m x 2,5M x 0,5M). A aplica??o da sub-blocagem permite um melhor ajuste dos blocos aos limites de interface dos horizontes definidos no modelo geométrico.O modelo obtido constituirá a base para a avalia??o das reservas geológicas tendo por base os critérios e premissas adotadas para o modelo de blocos.Os par?metros químicos e os do Poder de Neutraliza??o (PN) a serem atribuídos a cada bloco ou sub-bloco gerados no interior dos distintos litotipos foram determinados a partir do Método IQD – Inverso do Quadrado da Dist?ncia. A base desse método está fundamentada no fato de que os teores/par?metros de amostras de furos vizinhos, em rela??o a um determinado bloco do depósito, s?o proporcionais ao inverso das respectivas dist?ncias ou a uma potência destas. Com base na metodologia de interpola??o IQD, as amostras que estiverem mais próximas a um determinado bloco ter?o uma contribui??o de maior representatividade em detrimento das amostras das sondagens ou informa??es mais distantes. Esse conceito de ponderar implica na no??o empírica, e nem sempre objetiva, da chamada zona de influência de um determinado ponto. A figura 13 mostra as se??es geológicas advindas da pesquisa mineral, onde foi determinado o perfil estratigráfico dos litotipos identificados na pesquisa mineral.Figura SEQ Figura \* ARABIC 13 - Se??es geológicas do depósito mineral individualizadas. Fonte: Relatório final de pesquisa mineral.A partir dos dados obtidos em superfície e subsuperfície foi possível estabelecer as correla??es litoestratigráficas entre os distintos horizontes e observar as características de comportamento do depósito da área pesquisada.Tomando como base as informa??es coletadas das quatro se??es geológicas, é possível levantar considera??es a respeito da área pesquisada tais como:A área pesquisada é caracterizada por uma sequência metassedimentar formada por xisto e por uma sequência carbonática, ambos representando os subdomínios dos xistos e subdomínio carbonático.O contato entre esses subdomínios se faz através de uma zona de cisalhamento gerado pelo desenvolvimento de uma falha de cavalgamento a qual o bloco carbonático foi “empurrado” sobre o bloco de xisto.A sequência carbonática que comp?e o subdomínio carbonático é formada por metacalcários marmorizados cujo comportamento geométrico indica a superposi??o imbricada de lentes com variável teor de MgO.O corpo carbonático varia de acordo com o percentual de MgO contido, formado ent?o por lentes e fáceis de Calcário Calcítico, Calcário Magnesiano e Calcário Dolomitico. Estimativas de Reservas GeológicasCom a integra??o dos dados de topografia, dados de sondagens, análises químicas e a modelagem do depósito, fundamentada na elabora??o de diferentes se??es geológicas, foi possível ent?o estimar as reservas geológicas nas categorias medida, indicada e inferida.A reserva geológica, apresentada na tabela 01, corresponde a reserva geológica como um todo, neste trabalho s?o descritas como reservas consolidadas, correspondente ao pacote carbonático como um todo, ou seja, da integra??o dos distintos litotipos determinados na pesquisa mineral.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 1 - Reserva geológica.Reserva Geológica ConsolidadaTeor (%)PN(Poder de Neutraliza??o)Tonelagem (x106t)CaOMgOSiO2Medida40,011,22,298,89,39Indicada36,311,62,698,07,62Inferida37,610,73,896,20,96Fonte: Relatório final de pesquisa mineral.O capeamento estéril efetivamente associado os limites de ocorrência das reservas geológicas do minério atinge a ordem de 6,3 x 106 toneladas. A rela??o estéril minério é uma das principais considera??es que determinam a viabilidade técnica e econ?mica do projeto de mina a céu aberto. Os dados coletados na determina??o da reserva geológica e a quantidade de capeamento torna possível a realiza??o do calculo básico que determina a rela??o estéril/minério REM. A reserva geológica medida é de 9,39 x 106 toneladas de minério, a quantidade de estéril associado ao limite de ocorrência das reservas é de 6,3 x 106 toneladas de estéril.Utilizando a equa??o 1, proposta no referencial teórico, é possível determinar a rela??o estéril/minério global do deposito mineral:REM = toneladas de estéril toneladas de minério(5)REM = 6,3 x 106 9,39 x 106 (6)REM = 0,67(7)A rela??o estéril/minério, apontada no calculo, remete a total recupera??o da reserva mineral. Os limites de lavra e a geometria da cava, a ser planejada, ser?o definidos durante o desenvolvimento desde trabalho, estes par?metros buscaram minimizar do valor encontrado na REM e a maximizar a recupera??o do minério.Exequibilidade do ProjetoO método de lavra a ser utilizado no projeto será o método de lavra a céu aberto por bancadas descendentes. Onde deverá ser realizado o decapeamento de uma parte da jazida, o suficiente para proporcionar a estabilidade do talude da primeira bancada, feita na zona de solo e rocha intemperizada, e também proporcionar estabilidade de zonas próximas à futura cava.A exequibilidade de projetos de lavra a céu aberto, de jazidas de calcário, está diretamente ligada à possibilidade de realizar esse projeto através do método mais econ?mico possível. As bancadas s?o as constituintes básicas do método de lavra a céu aberto, nelas ser?o realizadas as opera??es fundamentais do ciclo de lavra, devendo ser projetadas de forma a manter o ?ngulo geral do talude do pit final da cava. Dois par?metros principais foram levantados para determinar se um projeto de lavra a céu aberto é viável técnico e economicamente, s?o os par?metros geométricos de lavra e o aproveitamento do minério.A simples abertura de um corte para a constru??o de estrada já cria condi??es de instabilidade no solo e/ou rocha, para isso é necessário projetar adequadamente o corte, assim a passagem de veículos n?o será comprometidas por possíveis escorregamentos de massa de solo e/ou rochosa.A cava de uma mina a céu aberto é gerada através de cortes sucessivos, realizados no deposito mineral e zonas estéreis. As aberturas no corpo mineral s?o realizadas utilizando técnicas que garantam a estabilidade geomec?nica do maci?o rochoso durante todo o período de atividade mineira.A defini??o do ?ngulo geral do talude da cava é o primeiro grande desafio para a exequibilidade técnica do projeto. Estudos geotécnicos nos maci?os que constituem o depósito mineral dever?o realizados a fim de quantificar os par?metros geomec?nicos que influenciam a estabilidade da escava??o nas diferentes zonas da jazida. Após o termino das atividades de extra??o mineral, o ?ngulo geral da cava deve ser redimensionado buscando assim atingir a estabilidade requerida no projeto de fechamento de mina.Além de garantir a estabilidade, a fim de proporcionar maior seguran?a nas escava??es, o projeto de taludes deve obedecer a critérios econ?micos e ambientais requeridos para sua execu??o.Dentre os critérios econ?micos cabe salientar o custo unitário de lavra, neste trabalho referenciado como a quantidade de material sem valor econ?mico a ser retirado, de acordo com a defini??o do ?ngulo geral do talude, assim a quantidade de estéril a ser removida durante o decapeamento está diretamente relacionada ao ?ngulo geral do talude projetado.Uma mesma cava pode ter diferentes ?ngulos gerais dependendo da frente de lavra e/ou descontinuidade muito acentuada no maci?o rochoso. O projeto de cava leva em considera??o a berma final e berma operacional de uma mina, as bermas operacionais possuem comprimento maior, nelas s?o projetadas a vias de acesso a diferentes áreas da cava, já as bermas finais s?o projetadas com o objetivo de conter possíveis deslizamentos de rochas e garantir a continuidade dos trabalhos nos níveis subsequentes.A figura 14 apresenta o perfil da cava proposta para este trabalho, nela é possível notar a varia??o no ?ngulo geral, e como essa varia??o esta ligada a largura da berma e ao ?ngulo entre elas.Figura SEQ Figura \* ARABIC 14 - Perfil da cava proposta no trabalho.Fonte: Autoria própria.Segundo Adilson Curi, a defini??o teórica do ?ngulo de talude geral (α) de uma se??o ou face da cava poderia ser determinado pela seguinte equa??o:α1 = (arctg) H / P(8)Onde:H = altura total da cava na se??o consideradaP = proje??o horizontal do talude geral na se??o considerada A equa??o proposta por Adilson Curi é adotada aqui somente para a determina??o do ?ngulo geral do talude deste projeto já que as análises necessárias para a determina??o das características geomec?nicas do maci?o n?o foram definidas no relatório final de pesquisa mineral.? medida que ocorre o aprofundamento da cava, a possibilidade de ocorrência de rupturas pode aumentar em consequência da extens?o da zona de alívio das tens?es causadas pela remo??o do material rochoso. Para minera??es de rochas calcárias, as principais estruturas desfavoráveis possivelmente encontradas s?o: falhas; diques; zonas de mergulho acentuado; e dolinas. A descompress?o, causada pela escava??o do maci?o rochoso, provoca o aumento de tens?es sobre as descontinuidades, assim, essas zonas est?o sujeitas a maior deformabilidade devido ao alivio de tens?es, que podem causar escorregamentos. O deposito mineral, descrito neste trabalho, apresenta uma zona de descontinuidade que caracteriza a jazida. A falha de cavalgamento definida no relatório final de pesquisa é apresentada na figura 14.Figura SEQ Figura \* ARABIC 15 - Falha de cavalgamento do subdomínio carbonático sobre o subdomínio de xisto.Fonte: Relatório final de pesquisa mineral.Na figura 14, é possível notar a zona onde o subdomínio carbonático se sobrep?s perante o subdomínio de xisto. Mesmo se tratando de rochas que passaram pelo processo metassedimenta??o, o que proporcionou a reorganiza??o dos cristais e consequentemente trouxe maior estabilidade à rocha, essa zona de contato entre os subdomínios merece maior aten??o nos trabalho de escava??o e aprofundamento de cava, haja visto que devido à descontinuidade entre os substratos rochosos, essa zona pode influenciar de forma expressiva a estabilidade do talude geral da mina.O corpo de minério tem formato tabular com mergulho dos subdomínios rochosos de 20° sentido N-E. A análise previa, destas características, permite a determina??o dos primeiros par?metros geométricos a serem utilizados para o planejamento de cava.Para a determina??o dos par?metros geométricos da cava foi levado em considera??o: os principais equipamentos utilizados na extra??o de rocha calcária, o relevo da área; o subdomínio do depósito; e o comportamento da rocha. O objetivo principal é definir as principais considera??es de viabilidade técnica do projeto de cava e posteriormente fazer ajustes nestes para que assim a se possa determinar a melhor geometria de cava.A tabela 02 apresenta a pré-configura??o de cava proposta para este trabalho. Os dados apresentados na tabela levam em considera??o as análises feitas sobre o relatório final de pesquisa mineral; e também boas praticas da explora??o mineral realizada por mineradoras no Estado do Tocantins.Tabela SEQ Tabela \* ARABIC 2 - Configura??o geométrica para lavra usada no projeto de cava.N? de Bancadas41? Bancada - 5 metros, feita na zona de capeamento com inclina??o de 38°2?, 3? e 4? Bancada – 12 metros, feita no minério e xisto com inclina??o de 15°Berma Final6 metros de comprimentoBerma Operacional20 metrosInclina??o da Rampa8%?ngulo entre Bermas 1%Cotas entre os Bancos:1? bancada – entre as cotas 125 e 1202? bancada – entre as cotas 120 e 1083? bancada – entre as cotas 108 e 964? bancada – entre as cotas 96 e 84Profundidade da Cava41 metrosLargura do Pit Final300 metros?ngulo Médio do PIT Final63 °?ngulo Médio do PIT Operacional50 °Fonte: Autoria própria.A altura da bancada é definida com base nas dimens?es dos equipamentos de perfura??o e desmonte, características do maci?o rochoso e nas dimens?es dos blocos a serem lavrados. Devido aos avan?os tecnológicos dos equipamentos, a perfura??o, hoje, n?o imp?e limites à altura da bancada, o que deve ser levado em considera??o s?o possíveis desvios nos furos que dependem do tipo e natureza da rocha, di?metro do bit de perfura??o, profundidade do furo, condi??es do equipamento e da experiência do operador. A altura da bancada, definida neste trabalho, levou em considera??o o mergulho da rocha e os principais equipamentos de escava??o utilizados. As opera??es de extra??o mineral em minas de calcário buscam a mais alta produtividade possível, tendo como principal limita??o o tipo de equipamento de escava??o disponí a parametriza??o dos trabalhos de extra??o, cada nível da cava projetada tem altura de 12 metros, desta forma é possível uma melhor realiza??o dos trabalhos de extra??o e controle de estabilidade das escava??es. Nas visitas a outras mineradoras foi observado que a padroniza??o da altura das bancadas n?o s?o respeitadas, ocorrendo varia??o nos níveis da cava ou até mesmo casos de bancadas com altura superior a 30 metros de a padroniza??o da altura da bancada em 12 metros é possível:Aumentar a seguran?a dos trabalhadores e maquinas; Maior controle nos desvios de furos; Melhor controle na fragmenta??o da rocha; Maior facilidade na constru??o de rampas e vias de acesso. O ?ngulo entre as bancadas é definido de acordo com o tipo de rocha presente no banco de extra??o mineral. Durante a explota??o de um nível, a bancada projetada poderá ser cortada por zonas de contados entre os subdomínios carbonáticos e de xisto, deve-se observar a descontinuidade entre esses substratos a fim de garantir a maior inclina??o possível, obedecendo sempre os limites de seguran?a impostos pelo tipo de rocha e nível de descontinuidade/falhas presentes.A defini??o do ?ngulo da face das bancadas e a largura das bermas tem influencia direta sobre o ?ngulo geral do talude da cava, tendo em vista que a varia??o nesses par?metros representaria também mudan?a na proje??o tangencial do ?ngulo geral dos taludes. De modo geral quando mais competente for o maci?o rochoso menor será o ?ngulo de face da bancada, assim sendo o inverso representará um ?ngulo de maior propor??o.Para as opera??es de lavra a céu aberto, é de suma import?ncia a determina??o da inclina??o das bancadas. Tais trabalhos podem ser realizados através de testes geotécnicos ou análises das zonas no deposito.Os primeiros níveis da cava apresentam material mais intemperizado, localizado entre o solo e o saprolito, desta forma a primeira bancada pode ter seu ?ngulo de face maior que as demais. O objetivo desta determina??o é evitar possíveis escorregamentos de solos ou desprendimento de material rochoso inconsolidado. A berma de uma mina e projetada de acordo com os tipos de equipamento, levando em considera??o também as medidas de seguran?as necessárias para garantir a continuidade dos trabalhos nos níveis subsequentes. No projeto s?o descritos dois tipos de bermas: berma operacional e berma final.Nas bermas operacionais ser?o construídas as vias de acesso e rampas para que assim as escavadeiras e caminh?es possam acessar os pontos de coleta de material. As bermas finais têm a fun??o de garantir a seguran?a dos níveis, pois em caso de deslocamento de massa rochosa, os peda?os de rochas n?o atingiram os outros níveis da mina.Outro elemento de seguran?a instalado nas bermas s?o as leiras. As leiras s?o instaladas na extremidade/cristas das bermas, s?o zonas de prote??o projetadas de acordo com o tipo de material e/ou maior equipamento em circula??o na mina. Segundo Curi o dimensionamento da leira deve ser feito de acordo com o di?metro do pneu do maior caminh?o que trafegue na mina, assim a leira terá sua altura igual ao raio do pneu.As vias de acesso s?o os meios de liga??o entre a entrada da mina e as frentes de lavra e/ou vias de retirada do minério e/ou estéril. As vias de acesso s?o estradas principais da mina, por elas é possível acessar diferentes níveis, interconectando-os através de rampas ao longo de toda cava.As vias de circula??o, de uma mina devidamente projetada, deve permitir a circula??o de veículos em dois sentidos, para que assim a velocidade nos trabalhos de extra??o possa ser mais rápida. Para o projeto de lavra aqui apresentado, foi tomado como base as vias de acessos de minas em atividade no Estado do Tocantins, nelas se notam outro padr?o de dimensionamento. A largura da via, proposta, deve ser dois metros superior em rela??o a maior largura da maior maquina que circula nela, essa configura??o permitiria uma maior recupera??o mineral, porem limita a passagem de dois veículos ao mesmo tempo. A inclina??o das vias deve ser dimensionada de acordo com a capacidade de torque dos equipamentos de transporte. Segundo Souza a inclina??o máxima pra as vias de acesso principal é de 12%, essa limita??o se deve ao torque necessário para que um caminh?o carregado possa vencer a inclina??o sem que isso cause avarias ou redu??o da vida útil do equipamento.A via de acesso principal, dimensionada de acordo com a atividade de extra??o, deve levar em considera??o zonas de curvas compatíveis com o tipo de equipamento adotados para carregamento e transporte. A malha viária deve ser projetada para atender as necessidades da planta de beneficiamento, deve-se procurar n?o abrir vias sem necessidade evitando assim gastos desnecessários o que acarretaria no aumento do custo de lavra. A descri??o dos par?metros torna possível o melhor entendimento dos elementos principais de uma cava de mina a céu aberto. Por intermédio desta descri??o é possível apresentar o esbo?o do projeto de cava que será desenvolvido.No esbo?o do projeto é possível visualizar as bancadas; as vias de acesso para os diferentes níveis da cava; e as bermas operacionais e berma finais. A imagem 16 apresenta uma vis?o superficial de todo o projeto de cava.Figura SEQ Figura \* ARABIC 16 - Esbo?o do projeto de cava.Fonte: Autoria própriaO esbo?o foi projetado tendo como base os par?metros geométricos de lavra apresentados na tabela 02. A visualiza??o, superficial e do perfil da cava, permite melhor entendimento dos constituintes básicos da lavra a céu aberto até aqui apresentados. .Projeto de Cava Operacional da MinaA cava representa a área que maximiza o valor presente liquido (VPL) de uma jazida, sua forma final pode variar de acordo com o desenvolvimento das atividades de extra??o, essa afirma??o permite determinar que a forma final da cava proposta varia de acordo com o modo de extra??o e operacionaliza??o da mina. Buscando minimizar essas altera??es, os trabalhos de defini??o da cava dever?o ser quantificados a fim de se evitar surpresas.A defini??o da cava ótima é um dos problemas fundamentais na determina??o do limite de lavra. A cava deverá contornar a principais zonas ou se??es de influencia do depósito mineral, para isso o projeto deve buscar a maximiza??o do lucro e redu??o dos custos de lavra vinculados a retirada de estéril das zonas de influencia da cava proposta.O desenho da cava permite analises importantes durante todas as etapas da vida útil da mina, etapas essas que v?o desde a fase de planejamento de viabilidade econ?mica até a realiza??o dos planos de fechamento de mina.A maioria das empresas mineradoras de calcário, n?o utiliza??o softwares de defini??o de cava otimizada, muitas vezes o projeto é desenhado e proposto tendo apenas as defini??es do relatório final de pesquisa mineral realizada de forma superficial, com o objetivo de apenas determinar o tipo de rocha presente na reserva e a varia??o de teor nas diferentes zonas.Para a determina??o da cava do projeto é de suma import?ncia que os dados advindos do relatório final de pesquisa mineral se mostrem suficientemente detalhados, apontando as principais zonas de influência da pesquisa e também varia??es de teor que venham a provocar representatividade na avalia??o do deposito mineral. O software SURPAC utiliza par?metros econ?micos e técnicos para gerar cavas otimizadas que satisfa?am as necessidades estipuladas no projeto. O programa é composto por ferramentas que auxiliam na cria??o de designs de cava e planos de opera??o. O design criado procura sempre maximizar a recupera??o do minério, respeitando as restri??es do projeto.O SURPAC cria modelos de blocos tridimensionais onde cada bloco é submetido a padr?es próprios, tais como, teor médio e valor econ?mico vinculado. A qualidade do maci?o influenciará diretamente na determina??o da cava, sabendo que a mudan?a no ?ngulo geral do talude influenciará diretamente na exequibilidade econ?mica do projeto.Os principais dados utilizados para gerar a cava s?o provenientes o relatório final de pesquisa mineral, porem, dados de varias fontes podem ser utilizados ou incorporados ao projeto a fim de garantir a exequibilidade técnica sobre uma perspectiva de diferentes padr?es de analise. O banco de dados é composto por uma tabela que traduz as informa??es coletadas em campo e o plano de execu??o do projeto, lembrando que todos os dados inseridos dever?o obedecer aos par?metros e limites impostos pelo tipo de corpo mineral e a área pesquisada.Os pontos usados para a determina??o do contorno da cava, foram definidos a partir dos resultados das análises químicas presentes no Anexo B – Resultado de Análises Químicas. A compara??o dos resultados nos pontos de maior concentra??o dos trabalhos de sondagens permitiu a delimita??o da cava otimizada da jazida. Na figura 17, é possível notar os pontos que foram determinados a partir do banco de dados inserido no programa.Figura SEQ Figura \* ARABIC 17 - Pontos de contorno do projeto de cava otimizada.Fonte: Autoria própriaO arquivo gráfico criado para a gera??o dos pontos de contorno é conhecido como strings. Cada string poderá conter diferentes número de pontos, sendo ent?o delimitadas através de coordenadas X,Y,Z. As strings s?o sequencias de dados n?o aleatórios utilizados pelo SURPAC para determina??o de zonas da cava de uma mina. As cristas e o pé das bancadas, assim como contornos de vias de acesso e limites de cava, s?o delimitadas pelas strings com o uso da integra??o dos dados, buscando obter a melhor geometria para os par?metros definidos no projeto.As strings permitiram tra?ar as camadas ou layers do projeto de cava. Cada camada/layer tem a finalidade de agrupar as informa??es do banco de dados gerados através dos dados sondagens, analises químicas da reserva e par?metros geométricos de cava.As layers s?o ferramentas organizacionais utilizadas por diversos tipos programas de design. O uso desta ferramenta torna possível tra?ar linhas de constru??o através do uso de cotas, coordenadas dos pontos e profundidade definida em cada linha da tabela criada.A figura 18, apresenta as layers do plano de cava otimizado com maior detalhamento das bancada, vias de acesso, bermas e demais elementos da cava proposta.Figura SEQ Figura \* ARABIC 18 - Layers/camadas do projeto de cava otimizada.Fonte: Autoria própriaA principal fun??o do SURPAC é modelar a cava, para isso é criado um sistema de arquivo nomeados Modelos Digitais de Terrenos ou DTM, permitindo assim a visualiza??o 3D e modelagem de superfícies. Os arquivos DTM s?o originados de dados string, é através dos dados básicos dos arquivos strings que ocorre o processo de triangula??o e mapeamento da cava, jazida ou até mesmo a superfície topográfica. A visualiza??o tridimensional da cava só pode ser gerada caso os arquivos strings carreguem informa??es que satisfa??o os par?metros técnicos estabelecidos pelo programa, tendo como referências cálculos computacionais estabelecidos por engenheiros e programadores. Erros na gera??o das strings acarretam em erros na proje??o da cava.A figura 19 apresenta a proje??o do plano de cava otimizado segundo os par?metros geométricos propostos para o projeto de cava.Figura SEQ Figura \* ARABIC 19 - Modelo digital de terreno gerado no SURPAC.Fonte: Autoria própriaA defini??o da cava otimizada proporciona ao projeto a determina??o dos limites de cava e definem as áreas de lavra economicamente viáveis para extra??o.O projeto pode sofrer varia??es de acordo com interpreta??es de diferentes profissionais, para evitar conflitos devesse optar por um consenso quanto ao limite de lavra e o sequenciamento de lavra adotado sejam os principais fatores que determinaram o melhor projeto de extra??o.Sequenciamento de LavraDefinido a geometria de cava, através dos par?metros estipulados no tópico anterior, é necessário agora estabelecer o plano de sequenciamento de lavra, para isso foi realizada uma análise sistemática do depósito mineral de calcário, tendo como base os trabalhos de pesquisa mineral que apontaram as se??es com diferente varia??o nos contatos entre as rochas carbonáticas.O relatório final de pesquisa constatou que o deposito mineral é constituído por diferentes tipos de rochas. A varia??o no teor de CaO e MgO estabeleceram a denomina??o desta em: Calcário Calcítico, Calcário Magnesiano e Calcário Dolomitico.O sequenciamento de extra??o mineral será realizado de acordo com o tipo de rocha presente numa determinada frente de lavra ou nível do deposito mineral. Essa determina??o é muito relevante, no sentido de estabelecer os locais mais indicados para a realiza??o do inicio dos trabalhos de extra??o mineral.Através da análise das zonas verticais de mineraliza??o do depósito mineral, foram selecionas as se??es 01 e 02, por essas possuírem a melhor varia??o no tipo de rocha presente. A figura 20 apresenta a vis?o superficial das se??es geológicas e o perfil vertical das se??es 01 e 02.Figura SEQ Figura \* ARABIC 20 - Se??es geológicas selecionadas para inicio de extra??oFonte: Relatório final de pesquisa mineral.As se??es apresentadas foram selecionadas para que fosse possível propor a extra??o de diferentes tipos de minérios. O relatório mineral apresenta a varia??o no teor de CaO e MgO como par?metros para a determina??o do litotipo no depósito, observando esta varia??o o sequenciamento apresentará a metodologia de lavra em duas frentes de lavra diferentes, sendo uma frente de lavra no calcário calcítico e a outra frente de lavra no calcário dolomítico.A escolha das se??es se deve exclusivamente a análise dos resultados do relatório final de pesquisa, onde foi determinado que tais se??es possuem características técnicas e econ?micas que as tornam favoritas para inicializa??o dos trabalhos de extra??o. Os fatores relevantes para a escolhas dessas se??es foram a profundidade do minério em rela??o à superfície, e a proximidade dos contatos entre o calcário calcítico e dolomitico. O decapeamento da área deverá ser feito obedecendo ao limite de estéril necessário para se atingir a zona mineralizada e proporciona a estabilidade para a futura escava??o. A sele??o do sequenciamento de lavra para a jazida de calcário tem como predefini??o a escolha da forma mais econ?mica de se realizar a extra??o do minério segundo as limita??es imposta pela quantidade de estéril a ser removida para se realizar a extra??o e o teor de corte definido pelo mercado e indústria de beneficiamento. O trabalho em duas frentes de lavra visa a obten??o de diferentes tipos de material, dependendo da utiliza??o esse material pode ser misturado seguido propor??es de teor pré-estabelecidas. A blendagem é a técnica de homogeneiza??o utilizada para descrever a uni?o de diferentes tipos de minérios, para que assim se possa obter um resultado que atenue a varia??o de determinado tipo de elementos presente na rocha.Para o planejamento do sequenciamento de lavra é necessário conhecer a estimativa de produ??o da mina para um longo, médio e curto prazo. Definir a escala de produ??o fornece os par?metros básicos necessários para se estabelecer melhor sequenciamento de lavra, tanto para o estéril quanto para o minério.Para a elabora??o do plano anual de extra??o ou planejamento de produ??o da mina é necessário levar em considera??o fatores de mercado consumidor; recupera??o estimada de minério; plano de fogo otimizado; e garantia na continuidade dos trabalhos na mina.A estimativa de venda do produto influenciará na determina??o anual planejamento de produ??o, tento em vista, por exemplo, que a varia??o na procura pode influenciará na produ??o. Para melhor estabelecer o plano de produ??o deve-se realizar estudos mercadológicos que procurem comprovar a real necessidade do produto naquela regi?o durante um período de tempo pré-estabelecido. Análises mercadológicas devem ser feitas para que a estimativa de extra??o possa ser determinada no plano de sequenciamento.A recupera??o mineral em diferentes etapas da explota??o varia de acordo com o tipo de minério. Para o calcário se estima uma recupera??o de 80% do minério extraído da mina, assim sendo, o sequenciamento de extra??o deve levar em considera??o a perca de até 20% da estimativa do material a ser desmontado e destinado à planta de beneficiamento.Para permitir uma melhor compreens?o é estimado neste trabalho o plano de produ??o anual de 450.000 toneladas de pó calcário agrícola. Durante um mês do ano é estabelecida a meta de produ??o mensal de 50.000 toneladas, para isso será necessário realizar o calculo de planos de fogo que satisfa??o a meta estabelecida. Dando continuidade a linha de raciocínio, foi estipulada a necessidade de no mínimo dois planos de fogo, nas diferentes frentes de lavra. Cada frente de lavra deverá fornecer no mínimo 27.500 toneladas de minérios para que assim o fator de recupera??o possa ser atingido. O fluxograma 01 apresenta as etapas para a determina??o doa quantidade de material a ser extraída na mina.Fluxograma SEQ Fluxograma \* ARABIC 1 - Planejamento para extra??o mineral.Fonte: Autoria própriaFica assim estabelecido que o sequenciamento de lavra e o plano de lavra s?o complementares e interdependentes. O plano anual de lavra é um dos requisitos essenciais na lavra de uma mina. ? através do par?metro de produ??o, proposto a longo prazo, que se estabelece os trabalhos de médio e curto prazo.O plano de sequenciamento é melhor compreendido através da setoriza??o da cava de acordo com as características de determinadas zonas. Para analise do deposito mineral foi proposta a setoriza??o por intermédio da varia??o dos subdomínios carbonáticos de acordo com a varia??o do teor de CaO, desta forma os planos de extra??o poder?o ser padronizados e melhor compreendidos.CONSIDERA??ES FINAISO projeto de cava de uma mina deve levar em considera??o o retorno econ?mico do projeto; a reserva recuperada; vida útil da mina; rela??o estéril/minério; e o método de extra??o a longo, médio e curto base nessas análises será possível determinar a geometria que melhor satisfa?a os limites impostos. De maneira geral o projeto de cava de uma mina é submetido a diversas varia??es, tais mudan?as geram diferentes tipos de cavas, cada uma com características próprias. Esse trabalho se torna necessário para avaliar os principais par?metros, econ?micos e técnicos, aos quais poder?o afetar a exequibilidade do empreendimento. Com o objetivo de aprimorar o projeto, os planos empresarias e logísticos devem também ser estudados e otimizados, pois, antes de se iniciar o planejamento de uma mina, e sua operacionaliza??o, será necessário definir qual seu real objetivo. Se o objetivo é proporcionar maior retorno financeiro a um curto período de tempo, deve-se ent?o evitar prolongar a vida útil do empreendimento e recuperar a maior quantidade de minério sobre uma baixa rela??o de remo??o de estéril.Os limites financeiros impostos s?o os que mais afetam a avalia??o de um projeto. As análises s?o executadas tendo como principal limita??o os fluxos de caixa necessário para sua execu??o. Essa fase exige um maior conhecimento técnico e financeiro de quem à avalia. A capacidade em correlacionar os diferentes dados propostos, por qualquer tipo de fonte possível, dependerá de fatores n?o só ponderáveis, mas também de fatores humanos e de meio ambiente. Por se tratar de uma fase decisiva, a avalia??o deve ser definida através da defini??o de uma escala de produ??o que satisfa?a as perspectivas de mercado e maximize os valores atuais líquidos. Cabe ressaltar a extrema import?ncia de aplicar critérios de avalia??o social ao projeto, por esses representarem o comprometimento da empresa. Caso estudos n?o sejam realizados, o projeto poderá ser afetado de forma irreversível, o que acarretaria em redu??o do valor da jazida e consequentemente a perca para a sociedade, que também seria agraciada pelo aumento no índice de desenvolvimento humano local.As defini??es econ?micas avaliam os limites de cava e a taxa de produ??o, os valores variam entre extremos sendo eles muito altos, muito baixos ou intermediários. Cada decis?o interage umas com as outras de forma a permite a compara??o final, pois o processo de otimiza??o visa à compara??o entre resultados antes definidos como ótimos.A fase de operacionaliza??o de uma mina deverá ser definida através do tra?ado que ligue a mina a planta de britagem. De forma geral, a minimiza??o da dist?ncia entre os pontos é usada como par?metro principal para se operacionalizar uma mina. O local onde será alocado as vias de acesso, rampas e bermas, n?o influenciaram de forma significativa a varia??o no volume recuperado, pois esses fatores s?o definidos tendo como base o ?ngulo máximo de talude necessário para a estabilidade da escava??o, porem a continua reavalia??o dos par?metros geométricos de uma cava proporcionará aumento nos lucros.A avalia??o e planejamento de mina s?o feitos de forma din?mica, pois, o conhecimento real dos fatores de lavra v?o se apresentando à medida que a mina vai sendo lavrada e novas informa??es sobre a jazida v?o sendo obtidas, o que pode levar a uma constante readapta??o dos planos. O planejamento de mina pode ser considerado um roteiro para a elabora??o e operacionaliza??o de uma mina, por meio dele será possível realizar o dimensionamento de equipamento e determinar a m?o de obra necessária para a realiza??o dos trabalhos.O planejamento da cava de uma mina visa definir a sua explora??o a um longo prazo, por meio disso os resultados esperados para aquele longo período proporciona maior probabilidade de refletir a realidade, isso se da por esse tipo de planejamento englobar grandes massas, assim os erros gerados por variáveis n?o estabelecidas s?o atenuados durante períodos mais curtos.A defini??o dos limites de uma cava é a base para a avalia??o de projetos de extra??o mineral por esse constituir a base de todo empreendimento mineiro. O limite de uma mina deve ser determinado através da correla??o entre a superfície topográfica e o limite de cava imposto por fatores geométricos e geológicos.O maior duvida, relacionada ao planejamento de uma mina, é: Como lidar com as incertezas de um projeto de extra??o mineral?Varia??es de teor e varia??es econ?micas dever?o ser realizadas a fim de precaver o projeto de mudan?as bruscas. As hipóteses levantadas durante essas avalia??es possibilitaram maior flexibilidade em termos de ajustes necessários durante a implanta??o ou vida útil do empreendimento.A diminui??o das reservas e aumentos nos custos de extra??o ao longo do tempo afetam todos os projetos de extra??o mineral, essa determina??o acrescenta uma maior complexidade na avalia??o de projetos. Para amenizar tais influências é necessário um melhor acompanhamento nas decis?es relacionadas a taxa de produ??o e modo de gerenciamento do empreendimento.A padroniza??o nas escalas de produ??o n?o proporcionará confiabilidade a um projeto de mina, pois, a realiza??o de tal atividade estará diretamente ligada a maximiza??o do retorno econ?mico e para que isso seja possível é necessário planejar de forma concisa a escala de produ??o que satisfa?a as expectativas dos investidores e amplie o mercado consumidor.A redu??o da reserva mineral, ao longo dos anos, e a varia??o do valor do dinheiro levaram a altera??es no plano original. A melhoria no gerenciamento de atividades mineiras proporcionará maior seguran?a e flexibilidade durante a vida útil da mina. Assim os desafios enfrentados ao decorrer dos anos poder?o ser superados e tanto as empresas como a sociedade poder?o usufruir ao máximo dos benefícios gerados pela indústria de extra??o mineral.REFER?NCIASARAG?O, Giani Aparecida Santana. Classifica??o de pilhas de estéril na minera??o de ferro. 2008, 130 f. Disserta??o (Mestrado), Programa de Pós-gradua??o em Engenharia Mineral, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008. 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Tradu??o: Ana Thorell; Revis?o Técnica: Cláudio Damacena.AP?NDICE A – Variograma gerado pelo software SURFER referente à campanha de sondagem rotativa.——————————Gridding Report——————————Sun Sep 27 00:16:09 2015Elasped time for gridding: 0.02 secondsData SourceSource Data File Name: C:\Users\Bruno Sheslon\Documents\Eng. de Minas - 10? semestre\TCC 2 - RESUMO GERAL DA CAMPANHA DE SONDAGEM 01.xlsx (sheet 'Plan1')X Column: AY Column: BZ Column: CData CountsActive Data:40Original Data:43Excluded Data:0Deleted Duplicates:3Retained Duplicates:3Artificial Data:0Superseded Data:0Exclusion FilteringExclusion Filter String:Not In UseDuplicate FilteringDuplicate Points to Keep:FirstX Duplicate Tolerance:9.8E-005 Y Duplicate Tolerance:7.4E-005 Deleted Duplicates:3Retained Duplicates:3Artificial Data:0————————————————————————————————————————————XYZIDStatus————————————————————————————————————————————787032.44 9293410.4 122.833 22 Retained787032.44 9293410.4 122.833 23 Deleted787143.12 9293856.6 118.933 2 Retained787143.12 9293856.6 118.933 3 Deleted787183.76 9293554.5 127.728 4 Retained787183.76 9293554.5 127.728 5 Deleted————————————————————————————————————————————Breakline FilteringBreakline Filtering:Not In UseData CountsActive Data:40Univariate Statistics————————————————————————————————————————————XYZ———————————————————————————————————————————— Count: 404040 1%%-tile: 786462.2189293365.363116.201 5%%-tile: 786493.1549293410.403116.90510%%-tile: 786574.3429293420.488117.54325%%-tile: 786791.5689293517.876118.93350%%-tile: 787032.4389293629.035121.3775%%-tile: 787170.6699293771.969126.58990%%-tile: 787229.1719293924.07132.00695%%-tile: 787249.089293932.743148.39299%%-tile: 787278.7389293942.545155.722Minimum: 786462.2189293365.363116.201Maximum: 787285.5589293992.967161.881Mean: 786991.2717259293657.58278125.018275Median: 787036.6789293638.3215121.621Geometric Mean: 786991.2379159293657.58118124.668196746Harmonic Mean: 786991.2040999293657.57958124.353219843Root Mean Square: 786991.305539293657.58437125.407538412Trim Mean (10%%): 786989.8474329293648.71449123.430459459Interquartile Mean: 787031.1664299293644.93352121.854047619Midrange: 786873.8889293679.165139.041Winsorized Mean: 786993.9033259293656.76705123.2421TriMean: 787006.778259293636.97875122.0655Variance: 54572.392410130464.964277899.9811349737Standard Deviation: 233.607346653174.5421561629.9990567042Interquartile Range: 379.101254.0937.656Range: 823.34627.60445.68Mean Difference: 260.330237179202.9870012829.20448076923Median Abs. Deviation: 152.5535133.2365000012.906Average Abs. Deviation: 179.585575144.9844755.921725Quartile Dispersion: 0.0002408577481011.36702554336e-0050.0311825416867Relative Mean Diff.: 0.0003307917718182.18414547205e-0050.0736250821668Standard Error: 36.936564678527.59753805951.58098968192Coef. of Variation: 0.0002968360070131.87807819051e-0050.0799807604464Skewness: -0.786062057810.1580966627072.2262041454Kurtosis: 2.469693766181.896115533347.71748453362Sum: 31479650.869371746303.3115000.731Sum Absolute: 31479650.869371746303.3115000.731Sum Squares: 2.47742125992e+0133.45488285182e+015629082.027623Mean Square: 6193553149798.63720712956e+01315727.0506906————————————————————————————————————————————Inter-Variable Covariance————————————————————————————————XYZ————————————————————————————————X: 54572.3925867.9477664.82585Y: 5867.947730464.964-815.39227Z: 664.82585-815.3922799.981135————————————————————————————————Inter-Variable Correlation————————————————————————————————XYZ————————————————————————————————X: 1.0000.1440.285Y: 0.1441.000-0.467Z: 0.285-0.4671.000————————————————————————————————Inter-Variable Rank Correlation————————————————————————————————XYZ————————————————————————————————X: 1.0000.1200.431Y: 0.1201.000-0.456Z: 0.431-0.4561.000————————————————————————————————Principal Component Analysis————————————————————————————————————————PC1PC2PC3————————————————————————————————————————X: -0.22392284477-0.22392284477-0.015396124594Y: 0.974065744650.974065744650.0297793385663Z: -0.0324728300324-0.03247283003240.0297793385663Lambda: 55928.697933729143.195750865.4441382774————————————————————————————————————————Planar Regression: Z = AX+BY+CFitted Parameters————————————————————————————————————————ABC————————————————————————————————————————Parameter Value: 0.0153788909844-0.0297270919564264295.378876Standard Error: 0.005756204327530.0077041079892171088.8941825————————————————————————————————————————Inter-Parameter Correlations————————————————————————————ABC————————————————————————————A:1.000-0.1440.081B:-0.1441.000-0.998C:0.081-0.9981.000————————————————————————————ANOVA Table————————————————————————————————————————————————————Source df Sum of Squares Mean SquareF ————————————————————————————————————————————————————Regression:21344.07748333672.0387416679.73135648246Residual: 372555.1867806469.0591021795Total: 393899.26426397————————————————————————————————————————————————————Coefficient of Multiple Determination (R^2): 0.344700279935Nearest Neighbor Statistics—————————————————————————————————Separation|Delta Z|————————————————————————————————— 1%%-tile: 26.87347688720.423 5%%-tile: 26.87347688720.42310%%-tile: 29.35801934690.47225%%-tile: 49.5860495310.85850%%-tile: 69.23978792651.78575%%-tile: 90.22285074826.15990%%-tile: 113.56378532810.43695%%-tile: 143.04326927610.89999%%-tile: 144.25448797212.035Minimum: 26.87347688720.423Maximum: 149.62574931320.664Mean: 73.58507548723.87955Median: 69.41469760121.795Geometric Mean: 66.53442235042.05957782775Harmonic Mean: 59.65518147191.2036799006Root Mean Square: 80.37081095695.89288319925Trim Mean (10%%): 70.88241365723.29891891892Interquartile Mean: 69.18412951462.18895238095Midrange: 88.249613100310.5435Winsorized Mean: 70.82576838363.563175TriMean: 69.57211903312.64675Variance: 1071.491199420.1796555872Standard Deviation: 32.73364017954.49217715447Interquartile Range: 40.63680121725.301Range: 122.75227242620.241Mean Difference: 36.76339211214.46186666667Median Abs. Deviation: 20.31840060861.293Average Abs. Deviation: 26.0154650833.0442Quartile Dispersion: 0.2906596156330.755451047456Relative Mean Diff.: 0.4996039192551.15009902351Standard Error: 5.175642953780.710275573056Coef. of Variation: 0.4448407501491.15791191104Skewness: 0.623034595411.66701682034Kurtosis: 2.712999562075.78803843215Sum: 2943.40301949155.182Sum Absolute: 2943.40301949155.182Sum Squares: 258378.6901551389.042896Mean Square: 6459.4672538734.7260724—————————————————————————————————Complete Spatial RandomnessLambda: 7.74096445689e-005Clark and Evans: 1.29484347339Skellam: 125.670005471Gridding RulesGridding Method: KrigingKriging Type: PointPolynomial Drift Order: 0Kriging std. deviation grid: noSemi-Variogram ModelComponent Type: LinearAnisotropy Angle: 0Anisotropy Ratio: 1Variogram Slope: 1Search ParametersNo Search (use all data):trueOutput GridGrid File Name: C:\Users\Bruno Sheslon\Documents\Eng. de Minas - 10? semestre\TCC 2 - RESUMO GERAL DA CAMPANHA DE SONDAGEM 01 CASA.grdGrid Size: 76 rows x 100 columnsTotal Nodes:7600Filled Nodes:7600Blanked Nodes:0Blank Value:1.70141E+038Grid GeometryX Minimum:786462.218X Maximum:787285.558X Spacing:8.3165656565653Y Minimum:9293365.363Y Maximum:9293992.967Y Spacing:8.3680533333371Univariate Grid Statistics——————————————————————————————Z—————————————————————————————— Count: 7600 1%%-tile: 116.390456433 5%%-tile: 116.85299679110%%-tile: 117.22786321225%%-tile: 118.77744625450%%-tile: 120.97144339675%%-tile: 125.11176292590%%-tile: 130.67654997795%%-tile: 140.26462597999%%-tile: 157.197662546Minimum: 116.139935741Maximum: 161.86513932Mean: 123.36802418Median: 120.971784969Geometric Mean: 123.146793202Harmonic Mean: 122.945182187Root Mean Square: 123.611332404Trim Mean (10%%): 122.226399544Interquartile Mean: 121.30911718Midrange: 139.002537531Winsorized Mean: 122.248071803TriMean: 121.458023993Variance: 60.1000165514Standard Deviation: 7.75242004482Interquartile Range: 6.33431667061Range: 45.7252035793Mean Difference: 7.04567707686Median Abs. Deviation: 2.77931240854Average Abs. Deviation: 4.63436044027Quartile Dispersion: 0.025972107138Relative Mean Diff.: 0.0571110474024Standard Error: 0.0889263566928Coef. of Variation: 0.0628397844286Skewness: 2.58469674358Kurtosis: 10.6271791282Sum: 937596.983765Sum Absolute: 937596.983765Sum Squares: 116126187.39Mean Square: 15279.7614986——————————————————————————————AP?NDICE B – Tabela de referência aos par?metros geométricos do projeto de cava.Observation File = C:\SURPAC SOFTWARE\SAMPLES\STOCKDate of Survey =Surveyor : Line Numb.Des.CodeObs. CodePoint NameHorizontal AngleSlope DistanceVertical AngleTarget Height0000282CRUSHSET UP STATION1,67000000384S560:35:32269:18:361,67000000484S1275:43:02274:09:521,670000005851331:55:5660,9010270:05:132,150000006852333:33:1059,2630269:53:172,150000007853333:55:3557,1670269:45:592,150000008854334:33:1255,1960269:41:082,150000009855334:09:5253,1180269:40:022,150000010856333:26:0451,4760269:39:492,150000011857332:39:4149,7110269:41:382,150000012858330:57:3548,3550269:42:462,150000013859328:29:4647,1840269:49:332,1500000148510325:18:5946,2510270:00:142,1500000158511322:27:1345,9520270:07:472,1500000168512319:57:3347,0070270:28:552,1500000178513317:54:1148,3420270:28:362,1500000188514316:19:0649,7830270:26:372,1500000198515315:20:0651,6730270:07:272,1500000208516315:07:2253,7460270:28:142,1500000218517314:17:5355,8920270:20:542,1500000228518314:14:2557,8450270:04:302,1500000238519318:01:5557,1010272:53:562,15000002410520319:58:2256,4230274:27:362,15000002510521321:49:4656,4760275:46:142,15000002610522323:35:5956,6810277:07:592,15000002710523324:55:3857,0220276:55:502,15000002810524327:27:0649,7740272:04:502,15000002910525132:50:2040,0000274:57:332,15000003010526324:35:3656,0320277:10:412,15000003110527327:15:5657,3870275:05:172,1500000328528330:29:0458,6740272:01:382,15000003385CR1306:22:5282,1540269:42:212,15000003484S560:35:43269:18:362,15000003581AERSET UP STATION0,24000003684S79:59:56269:28:080,00000003784S654:44:52269:15:460,00000003884S1271:0404:54272:09:410,00000003984S8347:42:24269:09:370,00000004084S710:00:01269:28:110,000000041851180:11:5877,0610268:44:401,5000000421252180:04:1562,9330268:52:121,5000000431253179:49:2947,0490268:48:051,5000000441254179:37:3941,9980268:39:111,5000000451255178:52:5527,0750268:18:501,5000000461256172:37:1322,9630268:07:541,5000000471257147:34:2518,8190267:55:261,5000000481258133:27:4420,0730268:14:041,5000000491259122:27:4822,9620268:29:041,50000005012510115:18:0426,8260268:36:461,50000005112511111:00:5531,3650268:40:501,50000005212512108:27:3936,1300268:45:461,50000005312513107:11:0541,0030268:44:351,50000005412514106:34:4145,8780268:50:231,50000005512515106:19:1756,0710268:51:201,50000005612516106:58:1160,9530268:53:331,50000005712517108:56:3665,6070268:47:161,50000005812518111:40:0669,3230268:53:401,50000005911519126:18:2346,2040269:00:311,50000006011520131:49:5744,1910268:57:041,50000006111521138:54:1346,7410268:57:301,50000006211522140:24:4052,9070268:55:051,50000006311523136:28:2858,0030268:55:411,50000006411524130:57:1759,0520268:59:061,50000006508525127:08:2457,3280269:00:511,50000006611526124:04:1052,2560269:02:401,50000006711527162:58:4128,6560268:55:201,50000006811528174:02:2029,0660268:55:431,5000000698529175:20:3035,5000269:06:431,5000000703S79:59:59269:28:090,0000ANEXO A – Resumo geral da campanha de sondagem rotativaFuroLesteNorteCotaExtens?oN? de AmostrasFSX-01787073,7629293802,446118,69021,1702,000FSX-02787143,1209293856,631118,93324,0001,000FSX-03787143,1209293856,631118,93357,0004,000FSX-04787183,7559293554,522127,72825,0003,000FSX-05787183,7559293554,522127,72857,0006,000FSX-06787229,0209293698,804126,58988,56015,000FSX-07787098,3379293658,373121,37023,0001,000FSX-08786795,6609293924,070118,56330,0004,000FSX-09787170,6699293942,545120,09025,1401,000FSX-10786780,2089293771,969118,63931,5008,000FSX-11786760,1349293705,703119,11125,0001,000FSX-12786791,5689293564,915120,91630,0000,000FSX-13786726,7919293430,038120,05830,0003,000FSX-14786915,6399293647,608116,20169,0007,000FSX-15786948,3889293532,248118,74050,0001,000FSX-16786991,1169293420,488120,31625,0001,000FSX-17787014,7369293932,743116,90525,5001,000FSX-18787021,6979293671,785118,14172,00013,000FSX-19787084,7739293601,654123,79231,5000,000FSX-20787008,2299293624,063117,14185,80012,000FSX-21787032,0549293570,623129,17631,5000,000FSX-22787032,4389293410,403122,83328,5004,000FSX-23787032,4389293410,403122,83358,2806,000FSX-24787248,2999293848,387124,12864,0000,000FSX-25787142,2209293482,020148,39230,0000,000FSX-26787194,7089293415,236155,72225,5001,000FSX-27787285,5589293931,116122,34030,0000,000FSX-28787229,1719293867,263123,70520,0002,000FSX-29787219,8529293517,876131,46745,0006,000FSX-30787249,0809293556,585135,45825,5001,000FSX-31787278,7389293424,595161,88130,0000,000FSX-32786462,2189293436,863131,75130,0000,000FSX-33786493,1549293624,518132,00630,0000,000FSX-34786517,3999293365,363120,85238,0000,000FSX-35786574,3429293611,447123,08339,0000,000FSX-36786649,9299293797,059120,91540,0000,000FSX-37786705,3839293992,967119,08040,0000,000FSX-38787012,6409293749,501117,54381,3004,000FSX-39787113,8629293771,147119,72753,8801,000FSX-40787208,6359293759,155125,47775,6803,000FSX-41787123,2489293722,073127,65256,0000,000FSX-42787099,4219293629,035121,87245,0002,000FSX-43787221,0009293623,000-54,0000,000FSX-44787040,9189293479,474123,74848,0001,000ANEXO B – Resultados de análises químicasFURODE (m)AT? (m)ID DA AMOSTRA% CaO% MgO% PN% SiO2FSX-014,5018,00SX-2336,4014,50102,001,30FSX-0118,0021,17SX-2448,005,50101,001,20FSX-023,9024,00SX-2533,6017,00102,500,50FSX-033,5021,00SX-7433,0017,00101,000,60FSX-0321,4722,72SX-7542,0012,00102,000,50FSX-0322,7248,66SX-7640,6013,00104,000,30FSX-0352,9757,00SX-7746,208,00102,000,70FSX-046,009,00SX-1848,006,00101,001,60FSX-049,0016,50SX-1934,0017,00101,001,40FSX-0416,5025,00SX-2049,005,60100,001,30FSX-055,106,00SX-7854,601,00101,000,60FSX-056,0015,00SX-7953,203,00102,000,70FSX-0515,0031,00SX-8053,002,60101,800,60FSX-0531,0033,00SX-8136,0015,00103,000,70FSX-0533,0018,16SX-8253,102,60100,800,90FSX-0538,1639,68SX-8335,0017,00108,800,40FSX-066,8011,85SX-0153,001,10102,000,60FSX-0611,8516,63SX-0252,501,00100,000,70FSX-0616,6321,64SX-0345,0010,10104,000,40FSX-0621,6426,62SX-0448,002,0099,001,50FSX-0626,6231,62SX-0518,501,40101,000,60FSX-0632,6237,27SX-0636,5015,00102,500,50FSX-0643,1248,12SX-0732,5019,50102,500,40FSX-0648,1253,12SX-0832,2019,00103,000,30FSX-0653,1258,12SX-0936,5015,50103,000,30FSX-0658,1263,12SX-1042,5011,00100,400,50FSX-0653,1268,17SX-1144,80906,00104,000,40FSX-0668,1773,23SX-1250,404,00102,000,60FSX-076,8020,50SX-2230,8019,00102,001,10FSX-0812,6713,65SX-3828,5021,9099,002,30FSX-0816,5019,50SX-3929,5020,60100,001,40FSX-0819,5025,91SX-4029,2018,0097,503,20FSX-098,3325,14SX-2132,0019,60102,000,60FSX-1013,8017,50SX-2932,2016,5096,005,00FSX-1018,1018,78SX-3031,0020,50102,500,50FSX-1022,5023,00SX-3330,0019,2098,002,30FSX-1023,4524,00SX-3431,0019,0099,401,30FSX-1024,2224,70SX-3525,2014,0080,0013,50FSX-1025,8831,50SX-3629,4017,5094,005,20FSX-113,0024,00SX-4231,0020,00100,001,20FSX-120,0030,00NEGFSX-144,5016,91SX-4748,303,8096,502,50FSX-1416,9124,00SX-4832,0018,50101,301,60FSX-1424,3530,00SX-4926,2017,5092,504,50FSX-1515,9030,00SX-6353,003,00100,000,60FSX-1530,0039,00SX-6437,8014,50103,000,50FSX-1539,0041,80SX-6532,2017,50102,000,70FSX-1543,2049,00SX-6632,0018,00101,000,80FSX-1550,2360,00SX-6730,8018,20102,000,70FSX-166,0050,00SX-5848,008,20101,000,60FSX-179,0025,00SX-5029,5020,00103,001,00FSX-183,6622,62SX-5953,201,0097,002,20FSX-193,0018,00SX-8436,0016,00103,000,60FSX-1918,0023,00SX-8546,208,20101,000,70FSX-1923,0026,00SX-8647,607,00102,000,60FSX-1926,0031,00SX-8754,601,60100,000,80FSX-1936,0042,00SX-9153,202,60102,000,70FSX-1942,0047,00SX-9237,8014,00101,000,70FSX-1947,0051,00SX-9347,605,00102,000,80FSX-1951,0054,00SX-9442,0010,90101,000,80FSX-1954,0063,50SX-9550,405,00101,000,90FSX-1963,5072,00SX-9634,3017,00102,000,70FSX-200,0031,50NEGFSX-210,0031,50NEGFSX-226,0010,00SX-9733,0016,50102,000,60FSX-2210,0020,00SX-9843,4010,00100,000,80FSX-2220,0024,58SX-9936,4015,00101,000,60FSX-2255,0063,00SX-10535,0015,00101,000,90FSX-2263,0066,80SX-10634,3016,6090,001,00FSX-2267,4371,88SX-10728,0016,00101,000,84FSX-2273,5185,80SX-10835,0016,60102,000,70FSX-230,0031,50NEGFSX-245,2015,00SX-4349,004,00100,001,00FSX-2416,5022,83SX-4444,806,8098,002,00FSX-2423,0623,51SX-4550,603,0098,001,70FSX-2423,6628,50SX-4641,009,0097,002,30FSX-255,0010,00SX-6854,601,20101,000,70FSX-2510,0013,58SX-6950,404,50101,000,60FSX-2513,5814,58SX-7044,805,5094,001,80FSX-2514,5815,10SX-7136,5016,00103,000,30FSX-2515,1017,50SX-7246,209,00103,000,40FSX-2517,5058,28SX-7333,6017,50102,000,50FSX-260,0064,00NEGFSX-270,0030,00NEGFSX-2814,3025,50SX-4148,005,60101,001,50FSX-290,0030,00NEGFSX-297,0015,00SX-5132,2016,5098,001,90FSX-3016,5019,50SX-5132,2016,5098,001,90FSX-3020,6922,14SX-5435,0014,5099,001,10FSX-3022,1433,00SX-5639,0012,5099,001,00FSX-3133,0045,00SX-5754,601,0099,000,60FSX-326,0025,50SX-6040,607,4092,004,30FSX-330,0030,00NEGFSX-340,0030,00NEGFSX-350,0030,00NEGFSX-36NEGFSX-37NEGFSX-38NEGFSX-39NEGFSX-407,1429,73SX-10948,704,5094,004,80FSX-4030,7357,25SX-11037,4010,8094,004,70FSX-4058,4062,80SX-11132,2014,5092,007,40FSX-4065,0878,00SX-11230,0016,0091,007,70FSX-416,0047,40SX-11340,608,5093,006,10FSX-424014,0023,50SX-11441,3010,5096,003,50FSX-4227,1545,00SX-11529,5016,0092,006,10FSX-4245,0073,13SX-11646,205,0095,004,20FSX-430,0054,00NEGFSX-4410,0016,00SX-11730,8016,0096,003,70FSX-4433,0045,00SX-11832,6015,0095,003,70FSX-447,0028,00SX-11932,0014,9094,005,00 ................
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