O artigo de Jean Perrot que aborda os “livros-vivos ...



A CONFECÇÃO ARTESANAL DE LIVROS INFANTIS: CAMINHOS DA LUDICIDADE

Eliane Santana Dias Debus – UFSC

Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação de 0 a 6 anos

O livro é mais que um livro, na ordem material. Não é apenas o formato, como objeto. É uma realidade específica, que tem em nós ressonâncias próprias, levando-nos a tateá-lo para lhe sentir o papel, o tamanho, a disposição gráfica, que por vezes ressalta da página. Por fim, a leitura, que vem como ato conclusivo do cerimonial de posse. Ah, o horror com que vejo, por vezes, um brutamontes qualquer a abrir arreganhadamente um livro, com a capa a tocar na outra capa, e começar a lê-lo, como se o livro não fosse uma realidade viva, que reclama também nosso cuidado e nosso afago.

Josué Montello.

A importância da leitura literária no âmbito da educação das crianças de 0 a 6 anos de idade vem cada dia recebendo maior atenção de pesquisadores, e acreditamos que uma das primeiras possibilidades de refletir sobre o tema se dá pelas estratégias de aproximação com o objeto livro e a sua materialidade física, a partir do momento em que entendemos essa relação como apropriação da leitura em sua forma primeira, como observa o historiador Roger Chartier, ao apresentar a leitura material como cerimônia inicial de apropriação da leitura[1].

Compreendendo o livro infantil como objeto tri-mídia, isto é, envolto em três dimensões que se inter-relacionam – o texto literário ou a escrita, a ilustração e o livro como materialidade –, desenvolvemos, desde o primeiro semestre de 2001, como experiência de ensino junto à disciplina “Literatura Infanto-Juvenil”, no curso de Pedagogia – habilitação Educação Infantil, da Universidade Federal de Santa Catarina, a confecção de livros artesanais que têm como leitor primeiro a criança pequena.

A proposta tem como objetivos levar as alunas a compreenderem os elementos constitutivos da feitura do livro; refletir sobre a relação estabelecida entre o leitor de 0 a 6 anos com o objeto livro e a leitura; escapulir de uma visão escolar e conteudística e privilegiar a ludicidade na composição do livro infantil. Nesse período de quatro semestres foram produzidos livros de diversos materiais – livros de pano, de material emborrachado, plástico, de papel cartonado, etc.; e de variados formatos: pequeno, grande, redondo, quadrado, etc.

Antes de analisarmos e desvendarmos os artifícios da confecção dos livros, trazemos para reflexão o pouco interesse que tem merecido da crítica esse tipo de material, quer seja o livro artesanal quer seja o industrial.

As discussões teóricas sobre o livro-brinquedo, o livro-objeto, enfim o livro destinado aos leitores pequenos quase que inexistem, por isso é interessante o texto de Jean Perrot[2], que aborda os “livros-vivos” franceses tratando-os como paraíso cultural para os pequenos leitores, pois nos apresenta a análise de um tipo de material pouco avaliado entre os estudiosos brasileiros, o livro brinquedo. O estudioso francês apresenta nesse artigo uma amostra significativa de livros infantis de vários países europeus, tendo como foco os livros ilustrados/livros-vivos/livros-surpresa, sendo este último de domínio inglês e norte-americano. Para ele “as formas que esses livros assumem realçam e estimulam o gosto pela leitura, por prenderem o leitor ao prazer do mundo encantado das surpresas literária ”[3].

As contribuições para o surgimento desse tipo de livro têm origem na Estética Barroca, na Revolução Coperniana e no avanço da Medicina. Consta que os primeiro trabalhos nessa área destinavam-se aos estudos do corpo e geográficos; estima-se que o primeiro livro date de 1540, na Florença, mas não tinha como público-alvo o leitor infantil: Petri apiani Cosmographia; estratagemas humorísticos e preocupações científicas, duas ordens seguidas ora individualmente, ora em parceria nesses livros que remontam ao século XVI.

Estruturas movediças, com abas que se levantam, trazem à cena personagens e objetos: molas, dobras, papéis cartonados e resistentes, imagens em alto relevo são algumas das possibilidades e artimanhas na confecção desses livros. Os livros-vivos provocam o que Perrot denomina de “destramatização do ato de ler” através das estratégias que cativam o não-leitor do livro, sem fins outros que não os do prazer. Segundo o autor, “a aparente gratuidade e a aparência de brinquedo desses objetos fornecem-lhes a qualidade de presente e de distração, tirando-o do contexto das obrigações e dos trabalhos escolares e, aparentemente, oferecendo um alívio para o cansativo jogo de integração cultural”.[4] Esses tipos de livros são “ferramentas” lúdicas que auxiliam na mediação entre leitor e livro, possibilitando ao leitor “deslizar” pelo prazer do texto.

As crianças leitoras/ consumidoras dos “livros-vivos” pertencem à classe econômica socialmente privilegiada, destacando-se que o contato com esse tipo de material e os prazeres que ele provoca é inacessível à maioria das crianças, isso em todo mundo. No cenário editorial brasileiro é evidente o reduzido número de títulos que assumem a função e se aproximam do brinquedo, afastando-se das convenções normatizadoras do livro infantil.

As reflexões teóricas, quando se aproximam da análise do aspecto pictórico, tomam mais o livro só de imagem, esquecendo-se ou não valorizando o livro-brinquedo e sua importância na formação de práticas leitoras das/nas crianças pequenas. Esse tipo de livro fica mais inacessível no Brasil, país sem tradição na elaboração desse material, o que se constata na falta das próprias máquinas tipográficas necessárias para esse fim específico.

Lúcia Pimentel Góes e Eva Furnari, escritoras e estudiosas de textos destinados à infância, apresentam aos leitores o OBJETO NOVO (em letras garrafais mesmo). O objeto novo é o livro que congrega múltiplas linguagens, distante das tradicionais leituras de livro composto somente pelo verbal e imagem e/ou texto só verbal. Para o encontro com esse objeto as autoras apontam a necessidade de ressignificar o olhar, buscando um “Olhar de descoberta”.

No Brasil, na década de 70, Isis Gomes começou a se aventurar na criação artesanal de livros de pano, trabalhando nesse período em vários cursos de formação, sempre requisitados e abarrotados, sobre a arte de fazer livros de pano. Inaugurou mais tarde, juntamente com sua filha Valéria, uma linha de livros de pano (Noquinha, Neneca Peteca e Auau Lambão). No início da década de 90 a pesquisadora e estudiosa de literatura infantil Lúcia Pimentel Góes, juntamente com sua filha Alice, apresentou pela editora Saxônia, os livros de madeira (Patota animalda e O Ir).

Viva o livro vivo: uma experiência

Os livros confeccionados pelas alunas são marcados pela experimentação, num laboratório de aprendizagem. E, como laboratório, entre erros e acertos vai-se refletindo, socializando os achados e engavetando os perdidos, para mais tarde, quem sabe, reconstruí-los em outro tempo, de outro modo. Apresentamos nesta comunicação a análise de dez livros confeccionados pelas alunas no 2º semestre de 2002, destacando os elementos constitutivos da feitura do livro e os aspectos estilísticos do texto.

1) O caminho de surpresas, de Ana Paula Papa

Livro para ler com os pés, um livro-tapete. Eis a idéia mais do que genial de Ana Paula. Com o objetivo de proporcionar sensações táteis para crianças pequenas, a autora o construiu com oito folhas de emborrachado, cada uma de uma cor, grudadas entre si com fitas coloridas, um caminho no qual a criança pode ler o livro e andar sobre ele. Os materiais sensíveis são o mais variados possíveis: bolinhas de isopor, folhas secas, algodão, feltro, plástico, feltro e areia, cada um tentando apresentar de forma concreta o que está transcrito no texto. Rodeado de folhas secas, a narrativa esclarece que as personagens “encontraram um túnel de árvores para na sombra descansar”.

A idéia é um verdadeiro achado, porém deve-se pensar na substituição de alguns materiais e possibilitar sua fixação com material mais resistente. No caso das bolinhas de isopor, elas se soltam com facilidade e aguçam a sensibilidade tátil das crianças pequenas, em especial os bebês, que acabam por levar o material à boca. Verificou-se que o tapete poderia ser confeccionado de algodão ou juta, materiais mais viáveis economicamente.

2) Uma tarde diferente, Maristela Souza , colaboração Michelle Jacinto Frasson

Livros para ler com as mãos (braile).

Maristela teve como colaboradora a menina de 9 anos Michelle Jacinto Frasson, deficiente visual, que a orientou na disposição das gravuras e na escrita em braile. A base dos desenhos (chão) obedece ao espaço de um dedo em relação ao desenho, o que facilita a identificação/leitura da imagem pelo deficiente visual. As ilustrações são feitas com objetos em alto relevo, os três amigos personagens da história têm a cabeça de botões e o corpo de palitos. Feltro, emborrachado, isopor, palitos de picolé, tecido e outros materiais auxiliam a leitura tátil e colaboram na confecção das personagens.

3) O vôo da borboleta, Rose Aparecida de Souza, Il. Reginaldo Maurício Ferreira, editora da UFSC

As ilustrações são confeccionadas em alto-relevo e em forma de dobradura móvel, dando a sensação de mobilidade e de existência própria. Confeccionado com diversos tipos de papel: papel camurça, encerado, folha comum. O livro repousa em uma caixa, como em um ninho, cheio de papéis recortados em tiras finíssimas dando a impressão de palha, onde sete borboletas coloridas repousam. Os olhos móveis da lagarta e depois da borboleta dão uma vivacidade impressionante ao livro. A narrativa foi inspirada na música “A metamorfose das borboletas” do CD “A turma do cocoricó em O GIGANTE da floresta – uma viagem musical de Hélio Ziskind”, e uma cópia do CD vem anexada num bolso na contracapa do livro.

4) Em um mundo perfeito, Ticiane Bombassaro. Colaboradoras: Noemi de Fátima Branco e Roseli Deolinda Bombassaro

Com o formato do rosto de uma vaca, com direito a pequenas orelhas e laço de fita vermelha. Inspirado nas tiras de Girfeild, sobre o branco do tecido o texto vai sendo bordado em ponto cruz :

Tudo seria colorido

Sempre seriam férias

Só choveria onde você não estivesse

Todos poderiam voar

Todos os dias seriam especiais

Bom...pelo menos é isso que eu acho!

A vaca é a protagonista de uma narrativa em que tudo é perfeito.

Bordados aplicados, canutilhos, linhas coloridas dão vida ao cenário.

5) Passeando com Soninha, Jacira Muniz, editora Vida & Cor. Apoio técnico de Sônia Silva

As páginas do livro são feitas com material E.V.A (emborrachado) e reunidas através de um espiral plástico utilizado em encadernações; o texto é registrado com caneta hidrocor e as personagens e os objetos da narrativa são feitos com massa de biscuit e afixados nas cenas com velcro. A personagem Joaninha, feita com massa de biscuit, passeia pelas páginas do livro, sendo afixada a cada página na cena com velcro, dando uma mobilidade interessante à narrativa :

Soninha está aflita.

Quer porque quer passear.

Quem poderá lhe ajudar?

6) Sem título, Elaine Pinheiro

A aluna Elaine Pinheiro confeccionou um livro só de imagens. É feito de tecido de algodão, com as páginas todas pintadas à mão, com cores vivas e claras num jogo primaveril; as duas personagens, uma joaninha e uma borboleta, são de botões costurados nas páginas. O livro não tem texto, mas a linguagem pictórica narra as peripécias vividas por elas, que têm sua morada na flor vermelha (joaninha) e na amarela (borboleta). Uma imensa mão pintada numa das páginas mostra a tragédia que está por acontecer: as personagens são desalojadas de suas casas e as flores colhidas. Porém a narrativa tem um final feliz quando as duas se dirigem até a casa onde as flores enfeitam a mesa e lá repousam, se não para sempre, quiçá enquanto houver vida.

7) Meus brinquedos de madeira, Zoleima Pompeo Rodrigues, Il. Matheus Caldas Silveira.

Construído com papelão de caixas de pizzas, o livro de Zoleima tem a aparência e resistência da madeira. As ilustrações, feitas com lápis de cor, foram realizadas por Matheus Caldas Silveira, filho da autora, o que dá ao livro um ar despretensioso e ao mesmo tempo riquíssimo em sua simplicidade. A colagem na capa da ilustração, de Marilia Fayh , dá um ar de nostalgia ao livro: uma personagem que, de costas, solta pipa como que sentada nas teclas brancas e pretas de um piano invisível. O título, todo feito em letras recortadas e coloridas, realizam um jogo mais do que juvenil.

Quando era criança morava bem pertinho da praia.

Ficava imaginando o que havia do outro lado do mar.

Havia, é claro, muitos amigos por lá.

Passávamos muito tempo...

Brincando, inventando...

Armando mil confusões.

Mas o que eu mais adorava era brincar com os restos de madeira que sobravam do trabalho do meu pai: (...)

8) Sou eu, G2, de Geisa Pires, editora GP. Il. Geisa Pires, Geane Pires e Flávio D’Ávila Floriano

O livro foi confeccionado com E.V.A (material emborrachado), alternado com folhas de papel comum, e o mesmo pode se dizer do texto, feito com colagem, digitação na folha simples e no emborrachado. As ilustrações são compostas de fotografias, desenhos e emborrachado. A narrativa é uma autobiografia de um cachorro, G2, filho de Gênio, daí o nome G2. O cão relata a sua vida, peripécias e conflitos familiares. Com a palavra, G2:

Nossa, meus apelidos são infinitos: Gezinho, Amorzinho, Puríssimo, Neném, Gê, Cheiro, Cheirinho... Às vezes nem sei quem sou, porque tenho várias identidades. Quer ver quando inventam em dizer que não sou mais nené, fico tão danado que sou capaz de fazer qualquer loucura.

9) O passeio de estrelinha, de Marília Cunha Pinto – Il. Luiz Carlos do Carmo

A personagem Estrelinha, feita de E.V.A, passeia pelas páginas do livro com uma desenvoltura de quem conhece o espaço pelo qual transita. As páginas do livro são feitas com dois materiais intercalados, tela para tapeçaria e E.VA. Na capa aparece Estrelinha rodeada por alguns personagens que aparecerão nas páginas internas do livro, só que em outro material. Na página externa as outras personagens aparecem em formato de botão: barco, caranguejo, peixes, estrelas, sol, âncora e outros elementos marítimos, pois Estrelinha é uma estrela do mar. A costura externa do livro, que liga uma página à outra, dá a aparência de um álbum de fotografia. O livro não tem texto, mas as imagens vão contando a história.

10) A casa verde, texto e ilustração Denise Westphal Sá, editora Pimpolho

O livro é colorido com giz de cera e as ilustrações confeccionadas com dobraduras. Ao virar as páginas, o leitor vai conhecendo a bela casa verde, local de morada do cachorro Tobi, um lago com peixes e cisnes. Ao longo da narrativa, a curiosidade do leitor é despertada/estimulada para conhecer o dono da casa verde, por fim descobre-se que ele é nada mais nada menos do que o Saci, com seu cachimbo e o seu gorro vermelho:

Sou eu sim. Construí esta casa para me proteger do lobo e a pintei de verde para ficar camuflada no bosque. Deste modo, confunde o lobo, pois ele nem desconfia que entre as árvores há uma linda casa.

Da leitura do livro à leitura do texto

Pode-se dizer que o próprio livro joga e vence, ganhando mais leitores por meio do faz-de-conta do jogo literário, simplesmente por meio de uma iniciação lúdica às convenções culturais e à autonomia intelectual.

Jean Perrot

Ao cirandar pelas rodas e bordas de livros tão cheios de colorido e vida, tão próximos das coisas prazerosas e gestos ternurizantes, por certo a criança pequena tecerá leituras e se constituirá leitor. Da leitura material do livro à leitura do texto. Do ser bebê ao ser leitor. Acreditamos que a inserção da criança no mundo lúdico da leitura literária desfaz algumas idéias pré-concebidas, tais como a de que a criança pequena não é leitor.

A criança pequena pode ser considerada “analfabeta” por ainda não ter se apropriado das letras e não ter descoberto a decodificação do escrito e, por conseqüência, da leitura, mas ao conviver, envolver-se com práticas sociais de leitura e de escrita, está inserida no mundo letrado. Quando a criança pequena passa os dedos levemente na letra encerrada numa página ou na imagem colorida estampada no livro e tenta construir hipóteses de sentido através desse exercício, ela está se apropriando de uma leitura específica para aquele momento, a sua leitura imaginária/ficcional/de “mentirinha”, mas sua. O professor, ao inseri-la nas práticas sociais de leitura – ir à biblioteca, ler em voz alta, contar histórias –, está mediando o processo e contribuindo para a inserção e permanência dela nesse mundo letrado.

Muitas vezes, o “banimento” da palavra escrita, em nome de uma educação que não quer ser vista como escolarizante/escolarizada, acaba por privar a criança do exercício com a linguagem escrita. Ela vive num mundo rodeado de letras, e não compreendê-la inserida nessa ciranda através de gestos/exercícios artificiais seria introduzi-la numa roda sem sonoridade. Basta perceber a curiosidade saudável das crianças pequenas quando as letras ganham velocidade aos olhos dos que buscam ler o mundo em trânsito pela janela do coletivo: do outdoor estático, que apresenta uma nova mercadoria, ao informe móvel, que circula na carroceria de um caminhão; a criança se indaga e indaga ao adulto sobre aquele mundo que se anuncia (o do consumo e o das letras); letras graúdas e miúdas, que passeiam e aguçam o olhar infantil à espreita de um significado. Tabuletas, cartazes, pregões... palavras escritas, inscritas, circunscritas num mundo a ser desvendado pelo olhar ávido de descobrires.

Talvez porque a literatura seja uma arte que tem seu suporte material legitimado pela/na escrita e a sua fruição se dê pela leitura desse código, a sua prática é pouco refletida na Educação Infantil. Ou melhor, pode-se dizer que duas atitudes se pronunciam: uma que segue à risca a prática da escola, tomando a literatura como possibilidade de alfabetização e inserção de conteúdos curriculares, principalmente junto às crianças de pré-escola; e outra que se restringe à atividade de contar histórias, mais vinculada com a oralidade do que com o texto escrito, esquecendo-se completamente da mediação pelo objeto livro.

O livro-objeto, livro-brinquedo que se encontra no mercado editorial possui um alto preço, o que, na maioria das vezes, impossibilita a aquisição pelo professor, de forma particular, e até pela instituição como um todo. Por isso, confeccionar o livro é um dos caminhos possíveis.[5] Por que não reunir o grupo de profissionais da instituição e fazer uma parada pedagógica com o fim de confeccioná-los? Nesse dia a instituição tornar-se-ia um verdadeiro ateliê: máquina de costura, tecidos, linhas, agulhas, bordados, papéis, gravuras, plásticos...cores e alegrias. Pluralidade de idéias cheias de sentido!!!

A confecção artesanal do livro infantil não tem como intenção menosprezar a importância de um material confeccionado com melhor qualidade e não descarta a sua presença. Na verdade, os livros industriais devem estar em igual medida junto com os artesanais, que serviriam como material alternativo e nunca único. Já as crianças maiores poderiam confeccionar seus próprios livros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHARTIER, Roger. Do livro à leitura. In: Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. p. 77-105.

DEBUS, Eliane Santana Dias. A leitura ganha sentido também pelos sentido. O Balainho: Boletim de Literatura Infantil e Juvenil. São José/Joaçaba, 2001.

_____. As condições de produção da leitura literária na Educação Infantil. In: IV Seminário Educação Infantil em Debate: a infância por muitos olhares. Santa Maria: Imprensa Universitária, 2001. p.63-80.

GOÉS, Lúcia Pimentel. Olhar de descoberta. Il. Eva Furnari. São Paulo: Mercuryo, 1996.

KAERCHER, Gládis E. E por falar em literatura... In: CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gládis E. (org.) Educação infantil: para que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 83-84

PERROT, Jean. Os “livros-vivos” franceses. Um novo paraíso cultural para nossos amiguinhos os leitores infantis. In: KISHIMOTO, Tizuko M. 2.ed.O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira T.L, 2002.

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[1] CHARTIER, Roger. Do livro à leitura. In: Práticas de leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996. p. 77-105.

[2] PERROT, Jean. Os “livros-vivos” franceses. Um novo paraíso cultural para nossos amiguinhos os leitores infantis. In: KISHIMOTO, Tizuko M. 2.ed.O brincar e suas teorias. São Paulo: Pioneira T.L, 2002.

[3] Ibidem., p.34-35.

[4] Ibidem., p.34.

[5] Gládis Kaercher apresenta a confecção de livros (pano, plástico, papelão) como possibilidade para os pequenos leitores de zero a seis anos. KAERCHER, Gládis E. E por falar em literatura... In: CRAIDY, Carmem Maria; KAERCHER, Gládis E. (org.) Educação infantil: para que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 83-84.

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