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?NDICEApresenta??o1 - Introdu??o2 - Livro I - A Inveja na Cultura Brasileira O Exemplo3 - O Que ?4 - O MAL RADICAL5 - As Raízes Os Indígenas/Os Africanos6 - A Minoria Dominante - 7 - QUEM INVEJA - O MALEDICENTE8 - A Cultura Brasileira I - O Homem Cordial Aten??o Projetiva/Emotividade 9 - A Cultura Brasileira II Adaptabilidade/Aprendizado 10 - Onde - O Pecado Brasileiro 11 - Porque entre Nós 12 - O Outro é o País Inteiro 13 - Como - Marcar e Destruir 14 - Para Que 15 - O Medo 16 - Consciência e4 Violência17 - A Educa??o18 - LIVRO II - ESTUDO De Onde Vem I19 - De onde vem II - A Cultura e a Comunidade20 - PorqueETCapresenta??o-okAPRESENTA??OConta-se sobre ?dois homens, um que cobi?ava e outro que invejava.?O que cobi?ava vivia a reclamar:?Veja ?qu?o amarga é a obra do criador! Faz com que os merecedores n?o obtenham seu mérito. Porque sou pobre enquanto aquele homem, meu inimigo e vizinho, é rico?O que invejava implorava: Eterno, n?o escutes suas palavras e n?o lhe permitas tornar-se um príncipe entre os seus. Deixa-me morrer se ele enriquecer...Um dia uma anjo lhes apareceu a eles e disse: ?Eis que se ouviram seus lamentos e preces. Eu ?vim realizar seus pedidos, e é isso que lhes ofere?o: vocês podem pedir o que quiserem que lhes será concedido imediatamente,. O dobro desse pedido, no entanto, será dado ao outro. Esse é nosso acordo e n?o poderá ser violado.O que cobi?ava, sonhando com um pedido duplo, disse: você primeiro.?O invejoso reagiu: como posso pedir algo se ao final você emergirá mais forte ou rico do que eu??E come?am a brigar até que o invejoso diz: Deus, faz a teu servo o reverso de sua bondade! Cega-me de um olho e meu inimigo, portanto, ?os dois. Anestesia uma de minhas m?os e duplica a medida para meu inimigo.?Assim foi feito e os dois, cegos e inválidos, permaneceram pateticamente como exemplo de vexame e desgra?a.A Cabala da Inveja, pág 28INTRODU??O - okINTRODU??OO Brasil acredita que ultrapassou largamente o seu colonizador Portugal. Tivemos a corte portuguesa aqui, e depois da independência, nossos imperadores e corte próprios. O tamanho do Brasil, de dimens?es continentais, comparado ao pequeno pais "matriz", acrescido da cren?a de sermos modernos e jovens, enquanto aquele país n?o o é, permite supor que já superamos nosso "pai" há muito. O gigantismo brasileiro diante do tamanho portugues oferece uma sensa??o de pacífica o jovens donos do próprio nariz que consideram os pais ultrapassados, estamos afastados, certos que nos desenvolvemos mais, e que temos pouco em comum agora - até a língua, que era a mesma, mudou, falamos o português brasileiro. Essas observa??es confirmam que:a) na??o é uma unidade dotada de personalidade própria e sensibilidade semelhantes às que caracterizam um indivíduo, único, e está sujeita aos sentimentos humanos comuns, inclusive inseguran?a e inveja.b) n?o percebemos o quanto somos parecidos com nosso "pai', e somos muito mais parecidos do que pensamos, exatamente como pensa o indivíduo dentro dos padr?es normais .Além da semelhan?a somos também o fruto das a??es e decis?es, cren?as e alian?as que nos formaram, e as escolhas e caminhos que seguimos ate hoje s?o a memória dessa história - ser vivo único que é a na??o brasileira.Somos a uni?o de 3 ra?as com suas dores e limita??es, que trazem para forma??o do povo antagonismos, oposi??es, conflitos, mas a portuguesa é de longe a dominante, que estabeleceu a cultura, a maioria das informa??es sobre o que nos tornamos e porque. Foi essa minoria que estabeleceu a ordem econ?mica que realmente definiu a cultura e o desenvolvimento.Além da economia, outro fator, menos debatido, a espiritual idade, foi determinante na nossa forma??o , fundamental para a defini??o do Brasil.- os antagonismos judeu crist?o novo X crist?o velho, herege x Inquisi??o, Jesuíta X indígena, catolicismo x judaísmo e heresia, catolicismo x cultura africana e indígena.Essa composi??o de contrários estabelece uma predomin?ncia cultural - a identifica??o/aten??o projetiva, em que o sujeito se percebe através do olhar do outro. Vê o outro e se vê pelo olhar do outro, intui a propor??o entre o seu comportamento e o do outro, agindo em fun??o do que percebe. A informa??o comparativa entre o eu e o outro que tem como única?finalidade?sua?adequa??o?à?situa??o do momento.Possivelmente a atitude de "tirar vantagem" é conseqüência dessa forma de perceber intuitivamente se o outro é amigo ou inimigo, se adaptar às regras do momento, de forma a decidir a situa??o a seu favor imediatamente.De facil identifica??o, a clareza com que nos vemos a nos mesmos diante do outro, por compara??o. Certamente fruto de necessidade de auto-prote??o para o índio, o negro, o português crist?o novo Uma fun??o que decorre de uma sociedade de antagonismos, miscigena??o, persegui??o religiosa, fuga da repress?o, denuncia, domina??o e violência, A identifica??o projetiva é também um dos aspectos principais da inveja, e a cultura que privilegia uma também e inevitavelmente incluirá a outra. A compara??o é a condi??o mais básica e necessária da inveja. Compara??o e inveja se retroalimentam.Se uma é dominante na sociedade, a outra o será também. Acresce-se a emotividade característica do brasileiro, a falta de uma educa??o que supere o dano da persegui??o religiosa e política, uma capacidade de adapta??o específica ao meio em torno com eficiência imediata que n?o se preocupa com a prepara??o do futuro e temos um tipo de cultura característico, em que a inveja tem papel preponderante. Inveja que é o desejo de que o objeto de inveja seja destruído, que é inata e constitutiva, como a gratid?o. Seu oposto.O personalismo seria o responsável por essas características a come?ar pela a falta de organiza??o, racional idade, solidariedade e consciência social. Ocorre que o personalismo brasileiro, herdado de Portugal e da península ibérica, junto ao catolicismo e sua cultura decorrente, tem especificidades de forma??o (ra?as diferentes, miscigena??o), aqui esse personalismo que é causa é também conseqüência da inveja. uma pesquisa publica do IBOPE constatou que a inveja é o pecado mais conhecido pelo brasileiro. Mais de 80% das pessoas percebe a inveja recebida, reconhecem o olhar invejoso. E o medo decorrente, contra o qual as sociedades sempre se protegeram no conformismo, na burocracia, na escolha de obrigar a n?o ser ou fazer diferente, n?o permitir ser diferente ou se destacar. E nós somos um país que n?o permitimos diferen?a. A for?a do medo da inveja é enorme e tremenda mente incapacitanteO problema é extenso. A inveja é o ódio, o querer que o outro n?o tenha/possa/seja capaz, e o medo que a acompanha, expande-se pelo país inteiro. O outro é o país inteiro. Nessa quest?o pode ainda incluir a violência do povo, a dificuldade de aprendizado - e por isso dificuldade de consciência e valor, que vem de relacionar signo e significado, algo que foi prejudicado em brasileiros e portugueses pela Inquisi??oa racional idade n?o é uma qualidade forte na nossa cultura - e é a raz?o que nos diz o que é real e verdadeiramente bom para nós.a consciência. Sem a raz?o, estamos condenados à submiss?o às paix?es, à inveja, ao ataque a nós mesmos, sem controle da nossa própria vida e destino, limitados a tentativa de superar o semelhante em detrimento dele e de nós mesmos, um destino triste e que leva a diminui??o da capacidade de um povo, de uma na??o, como tem sido desde a coloniza??o, um país com capacidade restrita e auto-conserva??o limitada, que n?o alcan?a sua plena potência.O ataque a si mesmo do invejoso é uma realidade individual e coletiva, que resulta de e em falta de consciência, agressividade e na cultura de tirar proveito do semelhante - que pode abarcar o país inteiro, e o faz. Levantar todos esses pontos pressup?e também relacionar as solu??es, propor caminhos de cura - sim, inveja tem cura.Pode come?ar com reconhecimento, como uma terapia - conhecer os próprios problemas, própria história esquecida em tantos aspectos, origem, espiritual idade, educa??o, seguida de recupera??o que incluirá a??es, e desculpas, a gratid?o. A Gratid?o tornar-se rotina, se necessário por imita??o dos países que já a praticam, alguns há milenios. Junto à gratid?o está a reverência e o sagrado, recuperar ou construir uma espiritual idade, reconhecendo e respeitando as heran?as dos povos que se amalgamaram .A recupera??o passa por modificar para um novo padr?o de pensamento e atitude, individual e geral, como os países que conseguiram grandes mudan?as em pouco tempo, e inclui respeito à educa??o.Considerando que as rea??es emocionais s?o preparadas para evocar no outro a mesma emo??o, e somos um povo emocional, encontrando a motiva??o verdadeira e adequada terá sido alcan?ado o ?mago do processo.Finalmente, a alegria, o remédio completo. Tudo cede lugar à alegria, senhora do melhor de nós. N?o há espa?o para tristeza quando estamos alegres. LIVRO I - A Inveja na Cultura Brasileira LIVRO I - A Inveja na Cultura BrasileiraO EXEMPLOUma forma de expor a quest?o é iniciar através de um exemplo, o comportamento de um funcionário público, observado, por três décadas, em uma empresa pública de ?mbito nacional:O empregado que n?o vive uma vida real, mas um cotidiano de burocracia monotona e sem verdadeiro significado, disposto a sacrificar-se, mantendo-se doentiamente apagado,Prefere ser insignificante, desprovido de import?ncia e real utilidade; sua saúde é desgastada, é obeso, n?o cuida de si; n?o vive com sua familia, é separado, pouco fala e menos se exp?e; n?o tem amigos, apenas colegas, n?o é cativante, aparentemente n?o tem nada a oferecer.Cumpre uma rotina insípida e sem perspectivas. Constante, segura e regular. Repete ano após ano uma mesma atitude, um mesmo comportamento. Nada faz de novo .E? um exemplo de funcionário: N?o dá problemas, n?o falta, n?o comete grandes erros. é o nivelador do conjunto. Por baixo. N?o disputa, n?o compete, n?o incomoda,. N?o faz nada diferente, n?o inova em nenhum procedimento, n?o desenvolve novas habilidades, n?o muda.N?o faz nenhuma a??o individual além do determinado pelas regras. Sua atividade só muda quando a tecnologia a faz diferente no conjunto da mudan?a geral.Mantendo-se dessa forma, pétreo, garante ao sistema inteiro à sua volta o patamar para sua manuten??o: Do mesmo jeito, no mesmo nível, mínimo possível.Nosso funcionário só expressou diferen?a de comportamento, relaxamento e postura de leve bem estar ao final de 25 anos de trabalho, quando todo o resto do ambiente de servi?o estava reduzido à mesma posi??o/situa??o/comportamento, ou seja, todos os ouros funcionários e servi?os reduzidos ao mínimo de express?o, criatividade, limitados uma rotina rígida, insípida, restrita, repetitiva, sem maior siginficado e sem perspectivas. Passou ent?o a haver express?o (no rosto antes apagado e inexpressivo) de relaxamento e agrado agir do nosso empregado.Todo o resto do ambiente assemelhava-se aquele em que vivera toda vida, sentia-se à vontade.Esse n?o parece ser exemplo de uma pessoa invejosa que se prejudica em fun??o de sua inveja, ao contrário, parece evitar causar inveja, até mesmo proteger-se dela.Porem a Inveja é relacional, social, constituinte/inata, universal e funciona por compara??o e confronto. ? complexa, possui inúmeras express?es.Muitas s?o coletivas e inconscientes, muitas s?o induzidas.para invejar é preciso n?o querer que o outro tenha algo que julgo diferente de mim e que julgo melhor .Se escolho n?o ter nada, o outro sempre terá, no meu julgamento, algo melhor, diferente.Serei muito provavelmente ...invejoso.Ao pensar que o outro tem algo diferente de mim, que julgo superior, vem o sentimento de menos valia, inferioridade, desvaloriza??o, que n?o é suportável. O trabalho do invejoso é diminuir, ou mesmo destruir quem ou o que possa despertar esse sentimento.N?o oferecendo nada para a compara??o com outro , o par?metro entre nós será prejudicado a partir de mim, que aceito destruir-me , escolho manter-me vegetal, puxando para baixo o nível do conjunto todo a que perten?o. Evito a inveja ao manter-me insignificante, mas ao fazer essa escolha a confirmo.E afasto qualquer amea?a, qualquer risco, qualquer perigo de mudan?a/conscientizac?o/comprometimento. O indivíduo que nos serve de exemplo n?o é responsável pela mudan?a externa, mas ao manter-se imutável ajudou a estabelecer e manter, com esfor?o e auto-anula??o, o par?metro, em que toda diferen?a é rejeitada.Esse comportamento é tanto individual quanto coletivo. "cuidar da própria vida" e se manter n?o comprometido é estar preso à inveja por oposi??o, estar preso à servid?o, conformismo, medo.Parafraseando Sartre: Uma sociedade invejosa é aquela em que o homem tem medo de si próprio, de sua consciência, liberdade, instintos, da sua solid?o, da responsabilidade de mudan?a da sociedade e do mundo. Macro e micro se assemelham, o que quer dizer que essas rela??es pessoais e institucionais repetem, replicam, imitam as mais amplas. Individuo, popula??o e institui??es agem de forma semelhante. A "norma" é esfor?ar-se para ser funcionário público. Burocracia segura, constante, de padr?o único. Alcan?ado através de um concurso, e a partir de ent?o fazer parte do Sistema, seguroDestacar-se é correr o risco do ódio do outro, perspectiva aterrorizante, sabendo que o o outro, o grupo está disposto a atacar a si próprio para causar sofrimento.O comportamento individual repete o comportamento social mais amplo e seus pactos degenerativos, e vice-versa.A institui??o que incentiva/imp?e a diminui??o da criatividade, engessa iniciativa e responsabilidade é uma institui??o comprometida e com seus membros regredindo, adoecendo. Institui??es públicas, empresas privadas, microempresas, lutam contra a morte,a estrutura inteira impedida de crescimento.O processo é como o c?ncer, expande-se até a morte do hospedeiro. O QUE ? A INVEJA ? UMA MERDA (anonimo)INVEJA - O QUE ?, afinal, do que estamos tratando?Na Grécia antiga Aristóteles definiu inveja como "o pesar pelo sucesso em nossos iguais." Na Idade Média S. Tomas de Aquino estabeleceu que inveja é " tristita de alienis b?nus"?, a tristeza em rela??o as coisas boas dos outros, Infelicidade por contemplar a felicidade alheia.?A defini??o etimológica, inv?dia,ae?(no sentido definido),?de?inv?dus,a,um?no sentido de 'que?tem?ou?lan?a?mau-olhado,?que?tem inveja,?invejoso',?de?invidēre?no sentido de 'olhar?de?modo?malévolo,?lan?ar?mau-olhado,?donde?invejar';.No dicionário Aurélio inveja é "desejar ter o que o outro tem acompanhado de ódio pelo possuidor"O ódio, neste dicionário, está definido: substantivo masculino; sentimento de profunda inimizade; paix?o que conduz ao mal que se faz ou se deseja a outrem.Afirma-se também que inveja é o ódio, acrescido do sentimento de inferioridade ante esse outro odiado que também é considerado superior por alguma raz?o. Odeia-se, o que é mau, mas inveja-se o que é virtuoso.Espinosa, filósofo do século XVII (1632-1677), vai bem mais além, acrescenta o efeito, a conseqüência do sentimento, da inveja , que é a diminui??o da capacidade de pensar e agir.Diminui??o da capacidade de perseverar no seu próprio ser, ou seja, auto-conservar-se. Contraria o mais básico e fundamental instinto humano.Para Espinosa a inveja é o próprio ódio, e o desejo do invejoso é se alegrar com o mal de outrem, e ao contrário, se entristecer com seu bem"A tristeza, ou afeto triste, inclui todos os sentimentos negativos, inveja, ódio, ira, desprezo,etc. é tudo o que diminui ou entrava a capacidade de pensar do homem, sua potência de se auto conservar, auto realizar; é a passagem de uma perfei??o maior para uma perfei??o menor. Ent?o:A inveja é o próprio ódio, isto é uma tristeza,(paix?o, o que se sente) pela qual a capacidade de agir do homem, ou o seu esfor?o, é reduzido./diminuído.Essa teoria é bastante adequada para análise da realidade brasileira ao longo dos séculos. Um país com seu desenvolvimento restringido, até proibido, e mantido por longos períodos atendendo a "interesses personalistas", construído sobre oposi??es, antagonismos, persegui??o religiosa, dor, crueldade e morte, explora??o e pouco amor do colonizador pela terra;desde a Col?nia quando "tudo queriam levar para Portugal", os afetos tristes, a inveja que é ódio, que alegra-se com o mal do outro (ás vezes sob comando do Santo Ofício) ocupam lugar destacado na alma nacional. A auto conserva??o, o desejo de viver, a auto preserva??o é o fundamento mais básico da vida, ou seja, "Esfor?ar-se para conservar a capacidade de pensar e agir da alma é sua própria essência", porém as paix?es tristes (o que sofremos) diminuem o esfor?o inato de se preservar, a capacidade de viver.Quando os afetos tristes dominam a capacidade de pensar e agir, s?o superiores à raz?o, temos a servid?o, a incapacidade de dominar as paix?es. A emo??o sem controle se sobrep?e à raz?o, quando o individuo, (grupo, sociedade) contrariam a fun??o mais fundamental da existência, a auto conserva??o, (na??es apresentaram esse comportamento desde a aurora dos tempos,"perder a raz?o") resultando num "ataque a si mesmo" e ao outro. No Brasil a inveja aparece muitas vezes ao contrário, no receio, temor, na aten??o de todos em evitá-la, proteger-se contra ela. ? um sentimento que mais de 70% das pessoas identifica : a consciência (e o temor) da inveja alheia. O comportamento de se proteger da inveja é t?o profundo na cultura que é ato reflexo, muitas vezes inconsciente, geral, em qualquer idade, em qualquer classe social. E a confirma. Decorre da identifica??o e medo do outro, seu ódio/inveja, instintivo e histórico - soma morticínio, persegui??o religiosa, escravid?o, miscigena??o, aos muitos antagonismos (senhores e escravos, perseguidos e perseguidores, acusadores e vítimas, explorados e privilegiados, etc). N?o se vendo como semelhantes, povos e pessoas que ao mesmo tempo em que se misturam e se miscigenam , n?o se reconhecem iguais mas sim inimigos. Aquele que n?o é visto como semelhante (mesmo que o seja na realidade) é rejeitado/odiado, raz?o da dificuldade de associa??o entre nós, o individualismo olímpico, o indiferente distanciamento do brasileiro com aquele que é o outro, e que ele n?o vê como íntimo, pessoal, semelhante. Indiferen?a que tangencia crueldade e violência com o outro que é irm?o/vizinho/compatriota.No Brasil, "por mais que se julgue achar o contrário, a verdadeira solidariedade só se pode sustentar nos círculos restritos"( apenas e somente onde e quando há intimidade/proximidade, ").A inveja, inimizade, falta de solidariedade, irracional idade, os afetos tristes sobressaem - raz?o de uma na??o de capacidade e potência de desenvolvimento diminuído, "inca paz de fazer e manter um pacto" A dificuldade com a ordena??o do trabalho, com o aprendizado, estudo e ciência, a cultura do segredo/inveja,o conformismo e medo, a crueldade e indiferen?a s?o causa e conseqüência dos afetos tristes, num círculo vicioso que se repete décadas a fio. O que no Brasil foi classificado de pregui?a e "invencível incapacidade para toda cultura centrado no trabalho", decorrente da escravid?o e do catolicismo, tem também a participa??o da servid?o, da diminui??o de potência da tristeza da forma??o. O contraste é a emotividade do povo, a "cordial idade", onde o que realmente importa é o que toca e vem do cora??o. Só o que é próximo é amigo, só o que é íntimo é semelhante. ?dio e amor, as emo??es s?o dominantes.A Alegria (afetos alegres) é tudo o que aumenta a capacidade de agir e pensar do homem, (o seu conatus,); é a passagem do homem de uma perfei??o menor para uma maior. Isso é o amor.Esse amor-alegria é o amor do presente, que aumenta a potência, a alegria que aumenta a capacidade ativa, é o que transforma.O brasileiro é um povo alegre. "You are cheerful people" (vocês s?o um povo alegre/exuberante) é a opini?o de um jovem inglês em Londres,1996.A Alegria é oposto da impotência, da incapacidade de auto-preserva??o, da servid?o das emo??es negativas, que aqui entre nós ainda s?o dominantes.Alegria e cri atividade oriundas da miscigena??o, entre nós exuberantes, mas sem o devido aproveitamento.Importa esclarecer porque Inveja é diferente de Ciúme e principalmente de Cobi?a, muito freqüente na nossa história:no ciúme, a pessoa n?o quer perder o que tem. O ciúme está baseado em amor ou afei??o por uma pessoa: se n?o há terceira pessoa n?o é ciúme. No ciúme há sempre 3 protagonistas: quem ama, o objeto do amor e o rival - o ciúme se refere tanto ao objeto do amor quanto ao rival.Na inveja n?o há objeto amoroso.Quem tem ciúme é Otelo, quem tem inveja é Iago, na famosa pe?a de Shakespeare : Yago, um oficial, inveja seu comandante mouro Otelo, general de Veneza, casado com a linda Desdêmona . Por n?o ter sido promovido e sim Cassio, bra?o direito do general, Yago envenena o espírito de Otelo com ciúme, sugerindo a infidelidade de Desdêmona com Cassio, até que Otelo mata a esposa por ciúme, e depois se mata ao verificar sua inocência.A inveja n?o ama.E o amor n?o inveja.Já a cobi?a ou gan?ncia é um sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir para si próprio tudo o que admira. ? a vontade exagerada de possuir qualquer coisa. Deseja a posse de toda a riqueza do objeto, mas qualquer dano a ele é acidental.Eu posso matar para ficar com o que o outro tem, mas a última coisa que vou fazer é destruir, quebrar ou prejudicar o que é objeto do meu desejo. Na inveja o objetivo é inutilizar os atributos do objeto - n?o há porque possuí-lo. A inveja é o ódio ao que é bom - por idealiza??o invejosa, melhor - e o desejo que esse bom/melhor seja destruído para que o sentimento de ódio/inveja/inferioridade desapare?a. A cobi?a n?o é verdadeiramente parte da inveja. Inveja é o grande mecanismo que freia, absorve todos aqueles que procuram emergir, destacar-se: vizinhos, pessoas da mesma classe, aqueles que tem as mesmas possibilidades de a??o. Na pir?mide social, cada nível procura segurar seus componentes para evitar que subam para o nível acima. O mesmo acontece em qualquer outro agrupamento social, desde a família, a corpora??o, a igreja, o partido. "Do ponto de vista social, a inveja é um mecanismo inerte, que tende a conservar a estrutura como ela está", isto é, imóvel. ? a resistência fundamental, biológica, primordial que os indivíduos , em todas as sociedades, op?em a quem quer que procure elevar-se.O MAL RADICALO MAL RADICALKant,(1724-1804) filosofo alem?o definiu "O fundamento do mal está entretecido na humanidade, radicado nela(...) pode ser denominada um mal radical inato(....)" "(...) mas muito antes pervers?o do cora??o, o qual, portanto, denomina-se também um cora??o mau. "Mal radical traduz perfeitamente a inveja, que é dirigida à virtude, bondade e a capacidade de vida no objeto invejado : a inveja é sempre daquilo que disponibiliza a bondade, que é generoso, que permite crescimento. sem usar a palavra mal, a Psicologia tem uma defini??o que harmoniza com as Espinosa e Kant : "Inveja é a mais primitiva externaliza??o da puls?o de morte, pois, individualmente ou somada a outros sentimentos, ataca a vida e as experiências boas".A analise de Espinosa n?o admite puls?o de morte ou mal inato no homem, já que o impulso absoluto do ser é conserva-se, o "desejo de viver", a alegria que o acompanha - porém na servid?o, a raz?o sob influência da paix?o, há sim o mal, o ódio e outros afetos tristes, até ser superado. Ou n?o - quando a paix?o prevalece, diminui a potência de viver, "ataca a vida e as experiências boas" e pode faze-lo até o máximo. Alegrar-se com o sofrimento do outro: a inveja já dirigiu guerras, e participou do fim de na??es e de civiliza??es inteiras. De natureza inquestionavelmente negativa para vida, a inveja tem o mesmo desenvolvimento do c?ncer:afeta o crescimento emocional, autonomia social, capacidade estética e a barreira ética. Em tradu??o livre: a inveja inibe o amadurecimento e a capacidade de fazer boas escolhas, a liberdade e a auto-lideran?a, a capacidade de avaliar e escolher entre o agradável do desagradável, o bom e ruim, certo e errado. Atrapalha toda experiência de crescimento bom e para o bem.Resumindo: infantiliza, isola, limita, produz pensamentos e atos maus e feios.Quanto piores, mais feios. Passar de maior para menor perfei??o dominado pelo afeto triste, agir apenas conforme o próprio querer (de acordo com seu desejo) e considerar-se correto, isso é o mal. Publica??o na internet da experiência de um norte-americano que viveu no Brasil por 3 anos2 – Os brasileiros s?o agressivos e oportunistas, e, geralmente, à custa de outras pessoas. ? como um "instinto de sobrevivência" em alta velocidade, o tempo todo. O melhor exemplo é o transporte público. Se eles veem uma maneira de passar por você e furar a fila, eles o far?o, mesmo que isso signifique quase matá-lo, e mesmo se eles n?o estiverem com pressa. Ent?o, por que eles fazem isso? ? só porque eles podem, porque eles veem a oportunidade, por que eles querem ganhar vantagem em tudo. Eles sentem que precisam sempre de tomar tudo o que podem, sempre que possível, independentemente de quem é prejudicado como resultado. AS RA?ZES - Indígenas corpo de dor/Africanos inveja desenvolvida entre ele e irm?os,etc(MELHORAR)AS RA?ZESO povo brasileiro é formado por índios, portugueses e negros. Cada um desses povos traz para a cria??o da cultura brasileira uma história, uma contribui??o e uma indelével marca de dor e tragédia que permanece afetando o comportamento coletivo quer claramente identificadas ou n?o. .OS IND?GENASA popula??o indígena do continente americano sofreu um genocídio (entre os maiores, sen?o o maior da história da humanidade).Essa popula??o indígena foi amplamente exterminada pelos conquistadores diretamente e pelas doen?as que eles trouxeram, caindo de uma popula??o de possíveis 10 milh?es, no Brasil à época do descobrimento, para cerca de 150 mil em meados do século XX, ou seja, apenas 0,2% da popula??o.Um processo de despovoamento, degrada??o e degenera??o dramático , com a participa??o ativa dos jesuítas e suas Miss?es ou Redu??es, em que o nome define a atividade. O vencedor impos ao povo submetido a sua cultura moral inteira, maci?a, sem transigência que suavizasse a imposi??o.Mesmo quando defendeu-se o indígena foi vegetal na agress?o, quase mero auxiliar da floresta.p 126Ao ataque que sofreu, respondeu com uma "resistência vegetal", nas palavras de Gilberto Freire. ?Porém houve tempo para miscigena??o, transferência de cultura: O indígenas ensinaram ao colonizador alimentos, linguagem, objetos e estrutura de casa, como por exemplo: a rede, a tapioca, o banho, o cuidado com crian?as, os remédios, e muito mais. Melhoraram o hábito de comer, de dormir, de morar, de vestir e de se higienizar do colonizador. Participaram ativamente da expans?o do território, com os Bandeirantes, lutando ao lado do português contra inimigos e invasores. Acompanharam o colonizador para guia-lo , defende-lo e trabalhar com ele na terra e na expans?o do território , contribui??o do indígena homem - na conquista dos sert?es ele foi guia, canoeiro, guerreiro, ca?ador, pescador.O índio guerreiro, n?o adaptado ao trabalho na lavoura a?ucareiro pela sua característica de guerreiro e n?made, era quem defendia a terra e os engenhos dos ataques dos corsários e dos inimigos. A mulher indígena batizada tomada por esposa e m?e de familia foi a base da sociedade: "Sobre ela desenvolveu-se nos séculos 16 e 17 o grosso da sociedade colonial, num largo e profundo mesti?amento" .A mulher india é a base da família brasileira, que nela se apoiou. Ela multiplicou o número dos europeus e enriqueceu sua cultura, com sua alimenta??o, medica??o, educa??o das crian?as, cuidados da casa e animais domésticos e higiene.A mulher indígena é a primeira m?e da sociedade brasileira.Ainda assim, ao longo do tempo, e agora, no século XX o morticínio permaneceu. O relatório Figueiredo, documento de 7 mil páginas, registra os crimes de genocídio contra os povos indígenas do Brasil, incluindo assassinatos em massa, tortura e guerra bacteriológica e química, relatava escravid?o e abuso sexual. O relatório mostra que o?Servi?o de Prote??o ao ?ndio?(órg?o público de 1910 a 1967, substituído pela FUNAI) havia escravizado povos indígenas, torturado crian?as e roubado terras. afirma que latifundiários e membros do SPI, teriam entrado em aldeias isoladas e deliberadamente introduzido varíola. O relatório também detalha casos de assassinatos em massa, estupros e tortura, Em 1969, baseado no relatório, o?escritor?Norman Lewis?publicou o artigo "Genocídio" no jornal?Sunday Times. O artigo motivou a cria??o da organiza??o em defesa dos?povos indígenas, chamada?Survival International?no mesmo ano. O dominador n?o cessou de executar o genocídio.A informa??o que originou uma organiza??o internacional importante e atuante, entre nós n?o é mais lembrada. A luta dos índios por sobrevivência continua, e a indiferen?a da sociedade e do governo só é rompida ocasionalmente por manifesta??es nacionais e internacionais. Pessoas e entidades de prote??o aos índios e à floresta sofrem amea?as ainda no século XXI, como Irm? Dorothy Stang, assassinada com seis tiros, um na cabe?a e cinco ao redor do corpo, aos 73 anos de idade, no dia?12 de fevereiro?de?2005, às sete horas e trinta minutos da manh?, num local de difícil acesso no meio da floresta, a 53 quil?metros da sede do município de?Anapu, no Estado do?Pará.Aqui a morte n?o é lembrada, n?o tem sentido maior. Ent?o a vida também n?o tem. Se a morte n?o dá sentido á vida, nada dará."Socialmente nada se fez da dor, nada vindo dos mortos se prolongou na nossa vida coletiva.A vida aqui n?o comporta a verdadeira tragédia. Se a morte n?o aconteceu, se n?o há morte trágica, nenhum outro acontecimento conseguirá realmente produzir sentido.? preciso e necessário tornar real esses mortos no mundo dos vivos, de maneira a tornarem-se antepassados, que dar?o aos vivos for?a; se n?o forem devida mente honrados , n?o deixar?o de ser a sombra que s?o, ante os homens"O morticínio dos índios e suas civiliza??es cobrou seu pre?o: a Península Ibérica iniciou o processo de decadência paralelo à destrui??o em massa dos indígenas, e n?o voltou mais a ter o esplendor da época do descobrimento. A busca do El Dorado custou milh?es de vidas de índios e milhares de espanhóis(no final do século XVII Madrid tinha 150 mil pessoas das 400 mil do come?o do se?cu lo XVI). As Miss?es Jesuítas exterminaram milhares de índios reduzindo seus costumes aos dos conquistadores.As riquezas produzidas e encontradas nas Américas n?o foram investidos em agricultura ou outro empreendimento produtivo, ao contrário, arruinaram-se propriedades e popula??es foram embora pela persegui??o do Santo Ofício e para buscar riquezas fora de Portugal e Espanha.A falta de respeito pela vida (e pela morte que define a vida), pelo futuro, pela necessidade de convivência entre civiliza??es, entre conquistador e conquistado, teve o custo de milh?es de vidas, dizimadas por violência ou por doen?as; custou guerras fratricidas e contra invasores externos, e por fim a explora??o de Portugal e Espanha por outros países mais poderosos, drenando para eles as riquezas recebidas, no final.O CORPO DE DOR As emo??es afetam o corpo, O que é uma emo??o negativa/afeto triste ? ? aquela que é tóxica para o corpo e interfere no seu equilíbrio e funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, ressentimento, tristeza, rancor ou desgosto intenso, ciúme, inveja - tudo isso perturba o fluxo da energia pelo corpo, afeta o cora??o, o sistema imunológico, a digest?o, a produ??o de horm?nios, e assim por diante. (a diminui??o do esfor?o para conservar o ser acontece fisicamente)Até mesmo a medicina tradicional, que ainda sabe muito pouco sobre como a psique funciona, está come?ando a reconhecer a liga??o entre os estados emocionais negativos e as doen?as físicas. Uma emo??o que prejudica nosso corpo também contamina as pessoas com quem temos contato e, indiretamente, por um processo de rea??o em cadeia - a percep??o de sinais de um estado emocional é automaticamente talhada para despertar a mesma emo??o na pessoa que os percebe - a mesma emo??o atinge um incontável número de indivíduos com quem nunca nos encontramos.??? Existe um termo genérico para todas as emo??es negativas: ?infelicidade. (ou tristeza)Por causa da tendência humana de perpetuar emo??es antigas, quase todos carregam no seu campo energético um acúmulo de antigas dores emocionais, que chamamos de "corpo de dor". Grandes corpos como na??es tem seu próprio corpo de dor.O "corpo de dor" n?o consegue digerir um pensamento feliz.???Ele só tem capacidade para consumir os pensamentos negativos porque apenas esses s?o compatíveis com seu próprio campo de energia. (á pris?o da servid?o)N?o é que sejamos incapazes de deter os pensamentos negativos - o mais provável é que nos falte vontade de interromper seu curso.???????? Isso acontece porque, nesse ponto, o "corpo de dor" está vivendo por nosso intermédio, fingindo ser nós.???????? E, para ele, a dor é prazer.?????? ?Ele devora ansiosamente todos os pensamentos negativos. O come?o da nossa liberta??o do "corpo de dor" está primeiramente na compreens?o de que o temos. ? nossa consciência que rompe a identifica??o com o "corpo de dor".???????Ao pedir desculpas e fazer repara??es, na??es saem do círculo de repeti??o da dor, re vitalizam-se.? Quando n?o nos identificamos mais com ele, o "corpo de dor" torna-se incapaz de controlar nossa mente e, assim, n?o consegue se renovar, pois deixa de se alimentar deles.??????Quando temos clareza da paix?o que nos afeta ela deixa de ser paix?o, e n?o há nenhuma paix?o sobre a qual n?o possamos fazer um juízo claro? necessário que deixemos de ignorar o erro que está diante nós (e que os estrangeiros veem imediatamente) que precisa ser reconhecido, impedido - pois continua - e reparado. Sem isso esses muitos milh?es "n?o deixar?o de ser a sombra que s?o ante os homens"O processo terapêutico é necessário, para ter condi??es de identificar/reconhecer o que dá sentido à vida, sair do congelamento ético e estético , retomar crescimento emocional de uma na??o com passado e antepassados, tragédias e dor, vitórias e alegrias. Texto do pedido de desculpas de veteranos americanos aos seus anci?os índios.? belo, comovente, terapêutico, significante e nobre. "We fought you. We took your land. We signed treaties that we broke. We stole minerals from your sacred hills. We blasted the faces of our presidents onto your sacred mountain... We didn't respect you, we polluted your Earth, we've hurt you in so many ways but we've come to say that we are sorry. We are at your service and we beg for your forgiveness." -Wes Clark, Jr."Nós guerreamos vocês. Nós tomamos sua terra. Assassinamos tratados que nós quebramos. Nós roubamos minerais de suas montanhas sagradas. Nós esculpimos as faces de nossos presidentes em suas montanhas sagradas. Nós n?o respeitamos vocês, nós poluímos sua Terra, nós ferimos vocês de tantos modos mas nós viemos dizer que nós pedimos desculpas. Nós estamos a seu servi?o e imploramos pelo seu perd?o.-Wes Clark, Jr?No censo do?Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística?de 2010, menos de 900 mil pessoas se declaram indígenas, embora muitas dezenas de milh?es tenham sangue índio em suas veias - inclusive os que determinam as políticas.OS AFRICANOSCom o desaparecimento dos indígenas foi preciso incrementar o trafico de escravos para as lavouras de a?úcar, a explora??o do ouro, e todas as atividades econ?micas e sociais do período colonial. Pela escravid?o, o país alcan?ou o lugar de maior produtor mundial de a?úcar e depois o maior produtor de café. para o Brasil foram trazidos mais de 40% do total de escravos negros oriundos da ?frica em todos os séculos de escravid?o. Estima-se um número em torno de 5.479.583 de africanos embarcados para o Brasil , de um total geral de mais ou menos 12 .500.000 no mundo todo. No site Slavevoyagers é possível ter-se um panorama do trafico negreiro.Desse total de embarcados chegam no destino e desembarcam 5.099.816, ou seja, quase 400 mil pessoas morreram apenas nessa travessia. O Brasil tornou-se uma segunda ?frica: além do sistema econ?mico e de trabalho no Brasil os portugueses foram os mais numeroso traficantes. Em contraste, noutros países da América Latina a presen?a negra é pouca ou quase nenhuma.Gilberto Freire considera que foi o sistema econ?mico que definiu a estrutura do país, mais do que qualquer outro fator, ra?a ou religi?o.O escravo, presente nas casas, famílias, cultura, miscigena-se, produz riqueza, ocupa espa?o econ?mico, social e cultural. A influência dos negros escravos está na arte e na literatura, religi?o, alimenta??o, vida familiar, na história, economia, em cada peda?o da constru??o do país. Com poucos portugueses para o exercício do trabalho, n?o só na agricultura e minera??o mas em quase todas as profiss?es, os servi?os passaram a ser desempenhados e prestados por escravos, "Resultando num costume quase invencível de desdouro do trabalho manual, particularmente no campo. A vida dos aristocratas do a?úcar foi l?nguida, morosa. Vida de rede. Rede parada com o senhor descansando. Rede andando com o senhor em viagem ou a passeio."Esse costume pode ser visto nas pinturas do período colonial, junto com o grande número de escravos nas diferentes atividades. Há quadros em que é preciso procurar por uma figura branca.? verdade que muitos colonos que aqui se tornaram grandes proprietários rurais n?o tinham pela terra nenhum amor nem gosto pela sua cultura.(esse talvez o verdadeiro problema do nascimento da na??o brasileira, e sua inf?ncia problemática)Por séculos prevaleceu a rela??o de desamor do português pela terra, lavoura e pelo trabalho agrícola com o sistema de escravid?o aliada à "repulsa a toda moral fundada no culto ao trabalho" , a economia onde "todos queriam extrair do solo excessivos benéficios sem grandes sacrifícios". Sérgio Buarque de Holanda relata que a col?nia era de explora??o comercial , simples lugar de passagem. "Tudo querem levar para Portugal." Autores relatam que o interesse de Portugal estava voltado para a ?ndia e o Brasil n?o tinha muita import?ncia ent?o, além de explora??o econ?mica, ao que o sistema escravocrata se adequava muito bem: grande produ??o agrícola ou mineradora, com um número mínimo de portugueses no comando. Quando a família imperial chegou ao Brasil, recebeu para morar o Palácio de S?o Cristóv?o, presente de Elias Antonio Lopes, um portugues mercador de escravos que o construiu para sua própria moradia, o que demonstra o poder econ?mico do tráfico.Estima-se que chegou com D. Jo?o VI uma corte de 15 a 20 mil pessoas; após sua chegada, entre 1800 e 1850, dois milh?es de escravos foram traficados para o Brasil No censo de 1817 a popula??o no Brasil era de 3.596.132 pessoas, sendo o no. de escravos de 1107389. a escravid?o aqui foi t?o grande que corresponde em quantidade a quase todos os outros lugares juntos.- em nenhum outro lugar teve a dimens?o, extens?o, tamanho que teve aquiApesar da crueldade da escravid?o e dos senhores de engenho e coronéis, historiadores como Gilberto Freire e Sérgio Buarque concordam que as rela??es entre escravos e portugueses era muitas vezes de proximidade familiar e intimidade sexual. A influencia dos escravos se estende por toda a col?nia, em todas as áreas, adaptando-se à realidade do trabalho e vida no Brasil e mesclando-se com o branco. Ambos autores concordam com uma intensa miscigena??o (que n?o extingue o antagonismo senhor-escravo)."a rela??o dos escravos com seus donos "mudavam de dependente para protegido e deste para afim." "Na hierarquia da escravatura brasileira das grandes fazendas o status do escravo ia desde o de quase pessoa da família ao de quase animal ou quase bicho. Donde a necessidade dos anunciantes de jornal de distinguirem cabra-escravo de cabra-animal." A mistura de ra?as e os hábitos decorrentes se justificam também pela "quase ausência de orgulho de ra?a" do português, do que resultou "Grossa multid?o de filhos ilegítimos, mulatinhos criados muitas vezes com a prole legítima, dentro do liberal patriarcalismo das casas grandes."A sociedade inteira se organiza pelo sistema familiar escravocrata patriarcal, todas as rela??es sociais estabelecidas pelo modelo da casa-grande/senzala: nas cidades, nas profiss?es, na administra??o governamental. Os escravos fazem parte do círculo familiar da casa grande, "como na antiguidade em que a palavra família deriva de famulus, servo, escravo, e os filhos s?o apenas os membros livres subordinados ao patriarca." A escravid?o foi a base a partir da qual se fundou uma civiliza??o...assim se formalizou um projeto excludente, em que o objetivo das elites é manter a diferen?a com rela??o ao restante da popula??o. O tráfico foi o maior negócio de importa??o brasileiro até 1859. "Comprar pessoas para estabelecer diferen?as foi o empreendimento deste país."A FAM?LIAO concubinato era permitido entre os escravos para aumentar inúmero de crias, como consideram os criadores de gado.Sílvio Jorge de Andrade, um gentleman negro dos dias de hoje, considera que a escravid?o "acabou com a família do negro" - as mulheres tem filhos um de cada pai, os pais negros n?o ligam pra os filhos. A família branca também foi profundamente alterada pela escravid?o, pois o filho do senhor é irm?o do filho da escrava, ambos obedecendo ao pai/senhor de engenho, ambos cuidados e amamentados pela mesma ama negra, mas separados por suas classes, iguais e antag?nicos. Situa??o perfeita para inveja, entre outros diversos problemas. A Escravid?o (incluindo indígenas) legou-nos uma insensibilidade, um descompromisso com a sorte da maioria que está na raiz da estratégia das classes sociais mais favorecidas, hoje, de se isolar, criar um mundo só para elas, onde a seguran?a está privatizada, a escola está privatizada e a saúde também."Considerado o Holocausto Africano por alguns autores o cortejo de problemas da escravid?o é enorme e profundo . a UNESCO, em 1997 a Fran?a em 2006, a Inglaterra em 2007 e os Estados Unidos em 2008 pediram desculpas pelas 'fundamentais injusti?as,crueldades, brutalidades e desmandardes da escravid?o." No país que teve o maior número de escravos, pelo maior período de tempo, falta essa atitude na diplomacia, no entendimento e no sentimento.A escravid?o foi e ainda é sistema econ?mico vigente do Brasil, um povo miscigenado com menos intolerancia racial e mais preconceito por ser a favor de privilégios, escravocrata, seja esse escravo branco, negro ou índio.Sérgio Buarque escreve que o a cultura brasileira foi estabelecida pelo colonizador português, e os demais povos sempre que tiveram possibilidade procuram imitar a cultura dominante.A MINORIA DOMINANTE - O Portugues A MINORIA DOMINANTE - O PORTUGUES O português, minoria colonizadora e senhor da terra, escravocrata, traficante de escravos e ca?ador de bugres. (indígenas) é o responsável pela maioria das características da nossa cultura. Um povo sensual que se miscigena, se mistura, se adapta. Veio em busca de riqueza fácil, sem amor à terra, ao trabalho, desleixado, sem planejar o futuro . Sem orgulho de ra?a, sensual, personalista e aristocrático, patriarcal e cordial. Dirigido pela religi?o. Sérgio B de Holanda afirma em Raízes do Brasil que "ainda nos associa a Portugal uma tradi??o t?o longa e viva bastante para nutrir até hoje uma alma comum, a despeito de tudo quanto nos separa. De lá veio a forma de nossa cultura, o resto foi matéria que se sujeitou mal ou bem a essa forma." A tragédia que marca o povo português é a persegui??o religiosa e racial, a Inquisi??o, Dominou a vida de Portugal e do Brasil, acusou e prendeu sem restri??o . Conduziu a vida nos 2 países por .283 anos, até 1821. Marcou suas almas definitivamente. A convers?o em Portugal de todos os judeus que moravam naquele país (13% da popula??o de 1262376 pessoas em 1523) ao Catolicismo (1497) seguida do estabelecimento de uma Corte de Justi?a, ? a Inquisi??o (1536), para vigiar e punir os hereges e os crist?os novos (judeus for?ados à convers?o) suspeitos de praticarem o Judaísmo, dividiu a sociedade portuguesa em "puros" e "impuros" com seu Estatuto da Pureza de Sangue , determinando que para todos os cargos e posi??es oficiais seria preciso apresentar ascendentes sem mistura com sangue negro, judeu ou mu?ulmano até 4 gera??es . Obriga??o estendida ao Brasil.Uma sociedade de opostos e às vezes adversáros (onde antes havia convivência pacífica de diversos povos e por isso o crescimento único da península ibérica) A Inquisi??o é a causa e o efeito do declínio português e do tipo de desenvolvimento brasileiro. Em Portugal queimou ao todo, em 3 séculos, mais de 1800 pessoas, processou mais de 40 mil e condenou quase 30 mil. pessoas, as do Brasil tendo sido enviadas para autos de fé em Portugal. O medo da Inquisi??o imp?s em todo português( lá ou aqui) uma auto censura e a "cultura do segredo".Durante 3 séculos a Inquisi??o perseguiu a popula??o considerada herege , estimulando e premiando a dela??o e a espionarem, prendendo , torturando, penitenciando e enviando á morte na fogueira os condenados. Infiltrou-se em cada aspecto da vida e alcan?ou a autoridades, reis, jovens, velhos, homens e mulheres, famílias inteiras, negros, índios, incluindo o próprio clero. Todos os denunciados no Brasil tinham família em Portugal, e mesmo residindo no Brasil várias gera??es, conheciam perfeitamente o que se passava lá, a inseguran?a de sua posi??o aqui. Quem se interessava em embarcar para o Novo Mundo era quem n?o estava bem em Portugal, os com a vida em perigo -? os crist?os novos (os "puros" ? fidalgos, nobres, clero, n?o se interessavam em ir para a América) . No Rio de Janeiro de 1713 o viajante francês Fran?ois Froger escreve que 3/4 da popula??o branca é descendente de judeus.(ANITA )Projetando para o dia de hoje, equivale a um país com mais de 70 milh?es de pessoas com sangue e ascendência unidades de judeus ou descendentes de judeus se constituiram em inúmeras pequenas cidades, do interior do Nordeste, principalmente, evitando a persegui??o religiosa, e seus descendentes se espalham pelo Brasil inteiro. Há informa??o técnica segura que toda família antiga no Nordeste tem ascendência judaica, é de descendente de judeus. Vários bandeirantes paulistas s?o judeus, a forma??o de S?o Paulo e a expans?o do território brasileiro tem participa??o expressiva de judeusExistem dezenas de milh?es de brasileiros com sangue judeu que n?o o sabem (os próprios judeus de hoje também n?o conhecem a quantidade de descendentes de crist?os novos).A estrutura da Inquisi??o no Brasil contava com escritório, funcionários, os Visita dores (Inquisidores visitantes), Comissários (inquisidores locais permanente) e os "Familiares" , os servidores "civis" locais do Santo Oficio que recebiam gratifica??es pelas diligências/denuncias, e tinham privilégios como isen??o de pagamentos de impostos e contribui??es . Estavam acima de critica ou censura, podendo negar-se a cumprir deveres civis em fun??o dos seus privilégios pelo servi?o ao Santo Oficio . Relacionados nos processos, os fidalgos eram ate 81% dos denunciantes registrados nos autos: prefeitos, vereadores e procuradores das cidades, oficiais militares, Toda a popula??o foi influenciada de algum modo pela Inquisi??o, em Portugal e no Brasil . Quando os arquivos da Inquisi??o na Torre do Tombo em Lisboa foram abertos ao público, na segunda metade do século XX, mais de 120 anos após sua finaliza??o, foi possível ver os registros do processos de cada um dos acusados e suas famílias. Encontram-se ali praticamente todos os sobrenomes portuguêses e brasileiros . O denunciante, privilegiado, podia acusar "de ouvir dizer" em um enorme contraste com o denunciado, totalmente à mercê da Inquisi??o, sem poder saber do que era acusado, quem o acusou e o porque. jamais eram inocenta dos, as condena??es alcan?avam gera??es à frente, tanto da vítima como sua familia Todos os bens dos acusados eram confisca dos imediatamente após a acusa??o A grande maioria dos acusados era rica, e todos os crist?os novos eram instruídos.(Entre 1579 e 1620, 32% dos donos de?engenhos?de?cana-de-a?úcar?em Pernambuco eram de origem judaica). O confisco era útil para igreja e estado, mas arruinou numerosas firmas e impediu desenvolvimento econ?mico e industrial, provocou fuga de pessoas e capital, de Portugal e do Brasil. Em uma rela??o de 150 pessoas na Bahia 1624, 45% ricos e 35% classe média.T?o grande e sistemático foi esse confisco que o próprio rei D. Jo?o IV foi excomungado, após a morte, porque durante seu reinado isentou os comerciantes denunciados do confisco dos seus bens, para que pudessem continuar a navegar para o Brasil,(Em 1649, a Companhia Geral de Comércio do Brasil foi criada por Jo?o IV,, após a separa??o de Portugal da Espanha, em aberta oposi??o do Santo Ofício)Os perseguidos, presos, vitimados, eram em geral ricos e por isso a capacidade empreendedora deixou de ser valor positivos e admirável, e riqueza e dinheiro passaram a ser associados ao mal, ao errado e impróprio.Marx Weber escreve que no mundo dominado pelo catolicismo, as pessoas viviam de acordo com a cultura oriunda dele, em que a usura era condenada e a salva??o viria pela confiss?o, pagamento das indulgências e participa??o nos cultos. Desse modo, para os católicos (pelo menos?a maioria), o?trabalho?n?o era nada além de uma forma de manter o próprio sustento, n?o fonte de riqueza e empreendedorismo, estes, tornados censuráveis. Em contraste, os calvinistas/protestantes tem a cultura do trabalho e crescimento da propriedade para o engradecimento de Deus.A Inquisi??o desvalorizou o estudo e proíbiu o conhecimento do novo, censurando, queimando e divulgando as listas de livros proibidos, os Index (que incluiu nomes como Galileu, Copérnico, o próprio Espinosa, Descartes, Kant, etc., etc., etc.)?Por muitos anos, em áreas t?o diversas como?Quebec,?Portugal,?Brasil?ou?Pol?nia, era muito difícil de encontrar cópias de?livros?banidos, especialmente fora das grandes cidades. . Como todos os acusados crist?os novos eram instruídos, até mesmo os mais humildes, pescadores ou artes?os, e entre eles estavam as grandes bibliotecas do país, algumas com centenas de volumes, a instru??o n?o foi vista como premio, mas sim castigo. Os 2 países foram impedidos de aprimoramento intelectual e de acompanhar o progresso científico, as idéias iluministas francesas e liberais da independência americana, as grandes mudan?as do Renascimento, o que transforma portugueses e brasileiros em iletrados, limitados, conservadores.A Inquisi??o influenciou a mentalidade do português e do brasileiro , entre outros aspectos,- na cultura de propina e privilégios, pagos e concedido aos Familiares/elite pelos seus servi?os;- no menosprezo ao cumprimento de deveres civis e responsabilidade social, já que aos Familiares era permitido , como privilegio, o afastamento do trabalho regular/institui??es ( como a maioria de Familiares era da elite, militares, prefeitos e vereadores, houve algumas vezes perigo de colapso da ordem social),- no aparelhamento político, - incapacidade ou desinteresse pelo empreendimento, pelo estudo e pelo raciocínio- no fanatismo da pureza da fé, na desimport?ncia da espiritual idade e no ódio ao herege ( embora seu semelhante), - na "cultura do segredo" - falar era perigoso e as pessoas se auto censuravam durante as conversa??es na própria família. Os acusados presos eram obrigados a, primeiramente, denunciar seus próprios familiares. O Padre Ant?nio Vieira, por exemplo, foi denunciado à Inquisi??o por um companheiro jesuíta. Seu crime foi defender índios e judeus. Nos registros da inquisi??o brasileira, vêem-se filhos delatando pais, m?es a filhos, irm?os, avos, tios, sobrinhos e netos acusando-se. Sabe-se que essas dela??es n?o eram espont?neas, mas conseguidas por tortura.- no estímulo à intriga, calúnia, corrup??o, inveja.'Foi a ortodoxia religiosa a unidade política brasileira. Em vez de ser o sangue foi a fé q ue se defendeu a todo custo da infec??o ou contamina??o com os hereges". As guerras sempre foram contra o herege ou infiel (seja ele índio, holandês, inglês, francês)" Em cada navio que chegava ao porto havia uma inspe??o, n?o para tratar da higiene, saúde ou contágio de doen?as, mas para verificar a religi?o dos que chegavam , verificar a cren?a de cada um. O semelhante n?o era o que tinha a mesma pele, mas o que acreditava nas mesmas coisas.O povo sentia-se amea?ado por qualquer coisa que possa abalar seus valores e cren?as, qualquer express?o de dúvida/questionamento alheio em rela??o àquilo em que acredita. o terror religioso prejudicou profundamente a fé , restringiu o conhecimento, trouxe pobreza, medo e ódio, impunidade, calúnia, maledicência e inveja, a alma dos 2 países sem espiritual idade real, corrupta e indiferente, limitada intelectual e moralmente; formou uma sociedade preconceituosa, conservadora, com uma cultura do segredo, de n?o chamar aten??o, por medo da inveja, do ódio do outro, das institui??es sociais, Também a invers?o de valores da paix?o que domina a raz?o em fun??o do interesse da intriga/má-fé, pode ter seu ber?o na invers?o de valores da persegui??o/tortura/morte na fogueira em nome da fé em um Deus cujo Filho morreu humilde em sacrifício para salvar o homem mandando-o amar ao outro como a si mesmo. ? diminui??o da capacidade de pensar e agir, sentida e imposta ao Brasil restrito à mono cultura e ao trafico negreiro, proibido de desenvolvimento, conhecimento, espiritualidade, soma-se a pris?o da servid?o de paix?es tristes, medo, ódio, trai??o, inveja, opress?o vivida pelo português e replicada no escravo e no í a vinda da corte portuguesa, em 1808, o Brasil recebe uma inje??o de crescimento e modernidade, que come?a com a abertura dos portos as na??es amigas, confirma a primazia já existente do senhor de engenho e traficante de escravo, o segredo, mantido, agora tem a ma?onaria ; poucos anos depois a inquisi??o encerra suas atividades, em 1821. A extens?o dos seus trabalhos ainda n?o é suficientemente conhecida, os arquivos foram mantidos em segredo até a década de 60 do século 20 a inveja a partir daqui se desenvolve também nas intrigas da corte, O Brasil é o único país do continente americano que teve um rei europeu com a corte em suas terras, e que tornou-se um império independente, com imperadores e nobreza. ? outra importante forma de consolida??o da cultura dominante, com seus antagonismos, características, virtudes e limita??es . Consolidou o poder dos senhores de engenho e traficantes de escravos, e por isso fomos o último país a abolir a escravid?o, o que afinal acabou com a monarquia.Na corte, "a conduta social pessoal é um ato público, a superficial idade chega a ser senha de identidade de todo mundo. O comportamento geral se reduz a formalidades, todos se contentam em atuar segundo conven??es.... Engano e mentira s?o o único resultado. ?speras e impossíveis de maleabilidade, a autenticidade e a verdade s?o sempre inc?modos... Portanto, a verdade é o grande inimigo da época barroca. A impostura ocupa seu lugar em toda parte, única lógica possível do momento histórico, mesmo sendo fatal. A prática da regra social de civil idade barroca, a aparência, máscara engenhosa que à primeira vista tem utilidade... mas que pode enganar em rela??o ao mais intrínseco e verdadeiro, que ...muitas vezes é diverso do que se apresenta aos olhos."; "uma roupa elegante serve ao seu propósito de eleg?ncia n?o só por ser cara mas também por símbolo de lazer. Ela mostra que o usuário é capaz de consumir um valor relativamente grande, e, ao mesmo tempo, que ele consome e n?o produz.". (o status)Após a República, o país está afastado da autoridade portuguesa. Mas é interessante observar que os dois países tiveram longas ditaduras, nenhum dos dois cresceu e superou efetivamente limita??es antigas.QUEM INVEJA - O MALEDICENTESUCESSO NO BRASIL ? OFENSA PESSOAL (TOM JOBIM) QUEM INVEJA - O MALEDICENTE (para desqualificar e destruir) Nilton Bonder escreve que o repassador de histórias é o grande vil?o. A Inquisi??o existiu gra?as a ele. ? de natureza perversa. Usa uma falsa imparcialidade que dissimula seus interesses. Passa adiante fatos que deixa pra seus ouvintes julgarem sem ser suspeito de ter qualquer interesse em seu relato, cuja essência é a transmiss?o de ódio , n?o importa se a informa??o é verdadeira ou falsa, de elogio ou censura.O ouvinte acredita que é sua a opinao, seu o julgamento que já veio aderido à informa??o. A intriga n?o esta no que é dito, mas em como é dito ou transmitido . Muitas grandes ofensas s?o realizadas de forma n?o verbal. A capacidade de transportar, transferir ódio e rancor do repasse de história e da desqualifica??o s?o impressionantes.As conseqüências atuais da calúnia/fofoca/maledicência n?o s?o mais a fogueira da Inquisi??o, (embora os danos sejam similares aqueles) mas o aprendizado desse período tornou-se parte da alma do povo, se estabeleceu como hábito, cultura. A cultura do segredo estimula e é estimulada pela intriga, ambas intimamente associadas, se retroalimentando, tornadas característica, hábito do brasileiro, algo que a sociedade dedica tempo, é parte da sua natureza : "N?o conta nada disso pra ninguém", "n?o comente com nenhuma pessoa" é observa??o que habitualmente segue a comunica??o de um projeto, relato, decis?o, seja o relato bom ou mal.No exemplo acima, solicitar segredo n?o é só precau??o, é também raz?o da diminui??o da potência - a expans?o da energia da realiza??o é cortada pela retra??o, encoberta pelo receio; a nossa cultura n?o incentiva e estimula iniciativas, aquele que vence por si, com exce??es, o "self made man" n?o é maioria e n?o tem incentivo do Estado.A outra face dessa conduta é a crítica, fofoca, o "falar mal pelas costas".Maledicência e crítica s?o características da inveja. A conduta invejosa está baseada na mentira e na má fé. Mentir é dizer algo a alguém sabendo que n?o é verdade, porém má fé é a mentira para si mesmo, manipula??o interna para encobrir uma verdade desagradável ou apresentar a si mesma uma mentira agradável como verdade. Má fé é má inten??o, a??o em que o conhecimento/intelecto é um meio para descobrir, evidenciar aquilo que serve a um objetivo, e ao contrário, n?o ver, negar o que n?o serve a esse objetivo . N?o se trata de a??o individual, apenas; em empresas, decis?es operacionais, institui??es, propaganda e marketing, mídia, partidos políticos, mídias sociais, etc., pode-se observá-la, em maior ou menor grau; a prática é comum, geral e constante entre nós. Essa é a estrutura para constru??o das mentiras, as premissas falsas. Sair do processo racional , em que o outro/objeto tem valor reconhecido e voltar-se para o caminho escolhido de refutar esse valor - mentir para si, ter a raz?o subjugada pela paix?o, conforme o interesse do invejoso. a inveja pode ser encontrada na raiz, na base de qualquer processo de desqualifica??o injuriosa (maledicência, crítica, intriga, calúnia) paix?o em que o ódio é uma fé(má fé). Almeja desqualificar para excluir e depois destruir.Entre outros, um modo é através do uso de um rótulo, preconceituoso e desqualificador, tal como característica genética, escola ideológica, (negro, marxista, freudiano, etc.)etc. Com o uso de apenas uma palavra o indivíduo é destituído de sua fun??o e de sua história. Desqualificado . estigmatizado. Daí a se dizer que o que faz n?o tem valor ou é ruim( calúnia e destrui??o) é um passo pequeno. Outra forma de intriga: "Homem que louva seu vizinho porém com intuito maldoso, sempre ap?e um "mas" no final, e a fala elogiosa é seguida por outra de uma reprova??o maior do que a pessoa merece..." Procedimento costumeiro nos elogios a pessoas públicas ou em posi??o social superior. Desconhecimento e desqualifica??o eliminam as diferen?as e assimetrias necessárias à intera??o nas rela??es pessoais, das institui??es e sociedades como um todo. Desqualifica??o e desconhecimento do outro (pessoa, grupo, institui??o)fazem com que a rela??o seja aquela que n?o é. A "verdadeira" é a que está "oculta", n?o a que está ocorrendo: esse é o repasse da intriga, a dupla mensagem em que a mais importante, a que carrega a intriga, é a que n?o é dita. é a distor??o de valores sociais do discurso invejoso. Se excluida a violência física, ainda s?o capazes de marcar o objeto do rancor de um modo quase t?o destrutivo quanto a acusa??o na Inquisi??o. Mais ainda, aquilo que no indivíduo sozinho é má-fé, porque sabe que mente para si mesmo, quando repetido e amplificado pela propaganda, sustentado por ataques constantes, acusa??es e persegui??es acaba sendo acreditado pelas massas. Torna-se "ideologia" ou fundamentalismo . O conjunto das afirma??es induz a popula??o a ter "certezas". Um conjunto de publicitários de má-fé s?o capazes de produzir um povo de o nas propagandas Nazista, Stalinista, etc. Entre nós as propagandas políticas, a a??o midiática que substitui a educa??o. Exemplos tristes, que trazem mortes em seu bojo.Somos um país que n?o permite diferen?as. A inveja e o medo tem a??o t?o vasta que constituem um sistema. Ent?o toda uma na??o considera ser funcionário público, (trabalho sem voca??o, por defini??o - Chrispim Lima, psiquiatra), um objetivo de vida e seguran?a.dentro do funcionalismo público o sistema se repete: medo, nivelamento, inveja que domina as rela??es institucionais - aparente na má qualidade do que é feito, produzido, apresentado.o país onde todos querem ser funcionários públicos marca e exclui todo aquele que cria, produz, se sobressai.A CULTURA BRASILEIRA I - O HOMEM CORDIALA CULTURA BRASILEIRA I - O HOMEM CORDIAL Desses povos, suas histórias e miscigena??o, os contrastes e oposi??es, vem a cultura da inveja que se desenvolveu silenciosa e sempre presente. Individualmente, essa estrutura influi no caráter. Socialmente, na cultura."Inveja é uma for?a que se situa no cora??o do homem como ser social, se manifesta assim que dois ou mais sujeitos(sociais) est?o em condi??o de estabelecer compara??o.recíproca. ""HOMEM CORDIAL" é uma classifica??o de Sérgio Buarque de Holanda no livro Raízes para o brasileiro simpático, emotivo e cordial, ou seja, tudo o que toca o cora??o por intimidade, proximidade. Raiva é cordial. Inveja ? cordial. "Engano supor que possam significar boas maneiras., civil idade. Nossa forma ordinária de convívio social é o contrario da polidez, que é um triunfo do espírito sobre a vida. Cordial, do cora??o, procede da esfera do privado, intimo, familiar. Inimizade pode ser t?o cordial como a amizade."A estrutura pode ser a seguinte:- ATEN??O PROJETIVANum país que teve na sua forma??o as três principais ra?as que o comp?em comprometidas com grandes tragédias causadas pelo outro, tornou-se natural para a popula??o olhar para o outro para prote??o - outro é referência para si próprio, por contraste.O crist?o novo oposto ao crist?o velho, vítima e perseguidor, o escravo da senzala ao que está na Casa Grande, o impuro ao puro, senhor de engenho e escravo, filho herdeiro e filho bastardo, bandeirante e índio, o outro é oposi??o e espelho. Dar, intuitivamente, aten??o ao que o outro espera mim, e do mesmo modo, agir na expectativa do que eu quero em determinado retorno , é uma habilidade natural existente e necessária na condi??o humana. A proje??o e identifica??o projetiva permite, por exemplo, a simbiose do bebe com a m?e, que é a estrutura que permite mais tarde estabelecer la?os íntimos. Entre nós se desenvolve aqui como característica essencial a partir da necessidade. O mais influente dentre os povos formadores de nossa cultura, o português judeu crist?o-novo, traz consigo essa característica de se reconhecer através do olhar do outro.Conforme diz Sartre, em Reflex?es sobre o Racismo,"O judeu, por saber que é observado, toma a dianteira e tenta observar-se com os olhos dos outros. Esta objetividade a seu próprio respeito é também uma artimanha da autenticidade - enquanto se contempla com o olhar do outro, sente-se de fato olhando-se a si mesmo - ele é outro, uma simples testemunha de si"""? homem social por excelência, porque seu tormento é social.(..)Espécie de homem que testemunha sobre o homem (...) porque nasceu de rea??es secundárias no interior da humanidade."? o outro que define o que sou neste momento, o ver-se é através do olhar do outro. Olhar-se a si mesmo vendo-se nas suas próprias a??es, n?o para auto conhecimento mas para identificar como é visto, para identificar-se, adequar-se à expectativa do outro. Ent?o, a primeira coisa que o indivíduo intui é o outro e intui a si próprio enquanto um dado colocado por outra pessoa. Se n?o?há?confronto?n?o?presta aten??o ?na?situa??o.?A habilidade é a percep??o natural de sinais emocionais do outro, que despertam a mesma emo??o em quem percebe,(Freud) a aten??o projetiva. A opera??o?de?compara??o?entre?o?sujeito?e?os outros?é?instant?nea,?natural, simples e clara:?captando?intuitivamente(sem pensar)?a?propor??o?entre?o?seu comportamento e o do outro, age em fun??o do que percebe, adaptando-se , seguindo as regras de?convivência?que?percebe?intuitivamente. Ou seja, cordialmente sabemos o que o outro espera que digamos (ou fa?amos), instintivamente e sem esfor?o. ? uma potência, natural. Ocorre que é uma intui??o imediata e moment?nea, n?o conclui e n?o influencia outros momentos. Tem como finalidade somente a adequa??o ao momento presente, à situa??o atual. Definir-se diante de uma situa??o para agir, escolher o que fazer. Nada mais. O que é real é o que se tem que fazer, neste momento. Podemos considerar uma atitude resultado de um aprendizado de necessidade, de identificar imediatamente de o outro é amigo ou inimigo, que é o que essa intui??o permite.Sobrevivência para o índio, para o escravo, para o crist?o novo. ? parte desse característica perceber se está agradando ou n?o e tratar de se adaptar seguindo as regras do jogo - ou violando-as consciente mente a seu favor.A aten??o projetiva é componente determinante - mas n?o único - do comportamento chamado de "Lei de Gerson", já que percebe o que o outro espera e se adapta para conseguir o melhor resultado para si, imediatamente. Deseja a confirma??o do outro, n?o para mudar de opini?o mas simplesmente como referencia, compara??o para uma conclus?o - tem consciência e seguran?a da sua posi??o (Positiva ou negativa) frente ao outro. Adapta??o e imita??o fáceis..Espelhamo, amabilidade 13/4A aten??o é imediata, moment?nea, externa e comparativa/projetiva. Por isso podemos ser um povo t?o aberto ao outro e t?o indiferente ao seu sofrimento no tempo. Trata-se de um comportamento de objetivo externo, fator de desenvolvimento humano normal que entre nós adquire for?a especial e importante de cultura nacional. No HOMEM CORDIAL a aten??o é imediata e objetiva na escolha do momento, a seu favor. Permite a raiva e a agressividade expressivas, cordiais, do comportamento cotidiano. Permanece o fato de semelhantes reconhecerem-se diferentes e inimigos."No homem cordial a vida em sociedade é de certo modo uma verdadeira liberta??o do pavor que ele sente de viver consigo mesmo, em apoiar-se sobre si próprio em todas as circunst?ncias da existência. Sua maneira de expans?o para com os outros reduz o indivíduo a parcela social periférica que no brasileiro tende a ser a que mais importa - é antes um viver nos outros"..- EMOTIVIDADEAcresce à essa aten??o intuitiva da sua posi??o em rela??o ao outro a emotividade do povo, confian?a na capacidade de ser feliz, que é desejo e foco de aten??o permanente: tudo que é pessoal, cordial, íntimo, familiar, cordial como vindo do cora??o, privado, íntimo, familiar. Povo que acredita que é superior às condi??es externas que poderiam causar infelicidade. N?o se abate por frustra??es emocionais, se sente livre para ser feliz por sua própria vontade. Inimizade é cordial. Inveja é cordial. Desconfian?a é cordial. O brasileiro vê no outro ou inimigo, ame?a ou amigo. Sempre de forma que se mobiliza pelo que é próximo, ou n?o sendo, é como se n?o existisse, objeto de olímpica indiferen?a. Que no caso de iguais, equipara-se à inimizade.Tudo é íntimo: "Quando se quer alguma coisa de alguém, o meio mais certo de consegui-lo é fazer desse alguém um amigo" (comerciante holandês século XVII)Nós, como os portugueses, temos nossa sociedade " constituída à semelhan?a das famílias, unidos por vínculos biológicos e afetivos. A familia patriarcal é o modelo poderoso da sociedade, t?o forte que cada Casa Grande é independente, imersa em si mesma, imune a restri??es e abalos, modelo de vida politica desde o início da coloniza??o" até hoje, na mentalidade da administra??o do país, das cidades, do comportamento, nas profiss?es. Tudo é sempre pessoal, estabelecido sobre a pessoal idade ."O privado é claro, o público nem sempre." Emocional/cordial também é "esse sadismo de conquistador sobre conquistado, senhor sobre escravo, da mulher ser tantas vezes vítima inerme do domínio ou do abuso do homem.O sadismo de senhor e o masoquismo de escravo, excedendo a esfera sexual e doméstica, faz-se sentir em campo mais largo: social e político. Na vida política, onde o mandonismo tem sempre encontrado vítimas em quem exercer-se com requintes as vezes sádicos.; gosto de mando violento ou perverso que explodia nele ou no filho bacharel, quando no exercício de posi??o elevada, política ou de administra??o pública, ou no simples e puro gosto de mando.Inveja é complexo de inferioridade/masoquismo/compara??o n?o suportada com o outro, somada a ódio/impulsos sádicos para destruir o que causa o incomodo. Ao mesmo tempo que apresenta o aspecto sádico e cruel do senhor de engenho, o português crist?o novo traz também o complexo de inferioridade do perseguido, judeu. Emotividade evidente do povo.A sociedade guarda as mesmas características: ao mesmo tempo que imp?e cruelmente um nivelamento opressivo que n?o permite diferen?as, punindo com perversidade os que se sobressaem, também é capaz de um "complexo de vira-lata" que chega a ser objeto de aten??o externa.Uma sociedade afetiva, passional, e por isso personalista, pessoal, as rela??es s?o pessoa a pessoa. A personalidade individual é valor , a express?o verbal é um modo de lidar com os sentimentos. A linguagem privilegia o sufixo "inho", diminutivo para criar intimidade, familiaridade. Com pessoas e objetos, para "aproximar do cora??o". Aten??o ProjetivaE o contraste - o desinteresse ao pensamento, ao raciocínio, ao estudo, à raz?o.? organiza??o familiar da sociedade, o contraste da dificuldade de hierarquia e organiza??o social impessoal.Desinteresse pelo estudo, pesquisa, ciência. Reflexo da tendência geral para o sadismo criado no brasil pela escravid?o e pelo abuso do negro. O mestre era um senhor todo poderoso, distribuía castigos com o ar terrível de um senhor de engenho castigando negros fuj?es.Casa Grande 436Inteligência é qualidade, n?o é utilidade - n?o há incentivo à descoberta e desenvolvimento de cérebros, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia que n?o seja de necessidade imediata. Infeliz heran?a do Santo Oficio da Inquisi??o, que tanto prejudicou raciocínio e interesse pelo conhecimento.E individualismo concorre para a manuten??o dessa situa??o, nas oligarquias, triunfo do personalismo no tempo.Um amor humano sujeito á asfixia e a morte fora de seu circulo restrito n?o podeservir de cimento a nenhuma organiza??o em escala ampla. Com a simples cordial idade n?o se criam bons princípios.A CULTURA BRASILEIRA II- ADAPTABILIDADE Do mesmo modo, a adaptabilidade que vem do português e africano, surge da necessidade, e se realiza facilmente, pela sensualidade dos povos , pela abund?ncia conseguida com a miscigena??o, pela fartura da terra. O verdadeiro "jeitinho brasileiro" come?ou aqui... característica do povo que instintivamente, naturalmente percebe o que é necessário no encaixe do em torno e suas exigências, entre o indivíduo e o ambiente imediato, ele e todas as solicita??es da existência cotidiana.Gilberto Freire descreve a facilidade portuguesa para atender ao necessário do cotidiano"Pelo inter curso com mulher índia ou negra, multiplicou-se o colonizador em vigorosa e dúctil popula??o mesti?a, ainda mais adaptável do que ele puro ao clima tropical. A falta de gente que afligia for?ando-o à miscigena??o - contra o que n?o dispunham de escrúpulos de ra?a, apenas preconceitos religiosos. - foi para o português vantagem na sua obra de conquista e coloniza??o."Adaptabilidade que permite enxergar o sistema, o trabalho e as tarefas relacionadas ao meio, a rela??o entre energia e resultado. Faz o que é preciso fazer, simplesmente, de forma prática, imediata, atendendo às exigência do ambiente próximo interno e externo. Trabalho prático, segundo sua utilidade, dever, pouco afeto e sim atender necessidade Uma qualidade portuguesa mencionada por Gilberto Freire e Sérgio Buarque, considerando que o povo se aclimatou em várias partes do mundo melhor do que outros europeus, mesmo em lugares com clima muito diferente da m?e pátria. "Atribui-se essa qualidade n?o só ao cruzamento dos portugueses com os israelitas que se domiciliaram em Portugal depois de sua expuls?o e que possuem notável aptid?o para aclimata??o, como também á influencia de sangue negro, largamente propagado em Portugal na época em que no próprio país se fazia um importante tráfico de escravos."Miscigena??o é a salva??o13/4 Reflete a elabora??o de um sistema que torne?a?vida?funcional?para?o?indivíduo,organizando cada parte do sistema de maneira a facilitar o funcionamento do todo, inserido, por sua vez, numa totalidade ambiente.. Adaptabilidade que se limita ao cotidiano, ritual, rotina, sem o esfor?o do planejar as mudan?as, ordenar a vida ou construir uma obra distinta de si mesmo. " Bem assentes no solo, n?o tinham exigências mentais muito grandes ".o português (e também o africano) integra-se ao meio de modo eficaz, imediato e funcional. Sensual, vindo dos sensos, o português é considerado o mais sensual dos 3 povos por Gilberto Freire, o único sempre pronto ao inter curso sexual sem necessidade de qualquer incentivo externo ou dan?a acasaladora. seu comportamento adaptativo passa pela satisfa??o de sensa??o física: alimento, descanso, prazer sexual, beleza física e ambiente, "Nossos colonizadores eram antes de tudo homens que sabiam repetir o que estava feito ou o que lhes ensinara a rotina" Preferiam agir por experiência a tra?ar de antem?o um plano para segui-lo até o fim. O conservadorismo, o "deixa estar", o desleixo, foi preferido a planejar o futuro ditado por motivos superiores."Aten??o voltada à experiência, n?o ao espírito ou á espiritualidade (que a Inquisi??o prejudicou profundamente), a satisfa??o de trazer a realidade para o ?mbito dos desejos cotidianos e pessoais."N?o desejamos ser conquistadores ou guerreiros, queremos ser brandos e comportados, uma concep??o do mundo que procura simplificar todas as coisas para coloca-las ao alcance de raciocínios pregui?osos.Politicamente, nega??o de toda conex?o com conjunto e o ambiente, total afastamento da realidade, apenas a disputa entre fac??es e interesses.PECULIAR AUS?NCIA DE PROJE??O PARA FUTURO, o eterno presente necessária para a??o da inveja- A EDUCA??O/APRENDIZADO?s restri??es impostas pelo Santo Ofício ao desenvolvimento da cultura e do intelecto somam-se as restri??es da Coroa Portuguesa , que proibiu a impress?o de livros, entravou o desenvolvimento da cultura com o objetivo de impedir a existência e dissemina??o de idéias que pusessem em risco a estabilidade do seu domínio, pois os séculos de Inquisi??o foram de intenso Renascimento com a Reforma Luterano, Revolu??o Francesa, Independência Americana, descoberta do heliocêntrismo etc. Nesse Período o rigor do Santo Ofício foi maior ainda. A censura dos livros pelos Index, a queima pública de livros, as proibi??es políticas de impress?o de livros, a puni??o da heresia estabeleceram uma realidade de pensamento que nem mesmo o incentivo à cultura do exemplo de D. Pedro II logrou alterar, nem houve, até hoje, política pública suficientemente profunda para modificar.As acusa??es e os interrogatórios da Inquisi??o, levando os acusados a confessar sempre, denunciando familiares consangüíneos, sendo obrigados a jurar e obrigados a voltar atrás para jurar o oposto, quando decidido pelo Inquiridores, a purifica??o pelos rituais dolorosos e pela morte na fogueira, acompanhada pela sociedade, molda uma forma própria de associa??es, de raciocínio, de comportamento.Um resultado nefasto do terrorismo religioso, o pensamento como estabelecimento de rela??es entre as coisas, de maneira a poder representar uma coisa por outra, unir um signo?e?um?significado, que transforma realidade?em?linguagem, fica comprometido.O aprendizado de uma realidade externa, o interc?mbio entre sujeito e realidade, entre o subjetivo e o objetivo est?o danificados.A Inquisi??o imp?e impedimento a livre associa??o, rompendo a passagem do significante para o significado que é obstruida pela pergunta "porque?". O?processo?interpretativo?fica?detido,?porque?é questionado "o que?"(impedido)?deixa?de?ser?uma?janela transparente para o mundo das coisas e torna-se um vidro opaco; a aten??o volta-se para o vidro em?si?mesmo?e?n?o?chega?mais?às?coisas.?Dolorosa conseqüência da imposi??o de uma prática que contraria totalmente a cren?a a qual está vinculada, signo e significado tornado-se paradoxais, e afinal totalmente desvinculados um do outro.A linguagem é coisificada. A palavra n?o tem mais rela??o com aquilo que significa, no máximo uma analogia. A?consciência?da?palavra?enquanto?coisa?se interp?e?entre?o?indivíduo?e?o?seu?interlocutor, como em um interrogatório.?Tudo o que ele fala n?o tem garantia de que o outro?vai?entender.Seu pensamento n?o lhe dá respostas, sua comunica??o é incerta.?A?experiência?que?ele consolida é que é ""impossível dizer a verdade".Na?realidade,?todo?o?processo?de interpreta??o se baseia em códigos, palavras que se apoiam num elo voluntário com o real. Este elo é?decorrente?de?um?acordo?entre?vontades, portanto, tal elo é arbitrário, arbitrado pelas conven??es. A consciência dessa arbitrariedade?é?particularmente?aguda?no indivíduo e popula??o impedidos do livre raciocínio e obrigado a tecer associa??es impostas..Dificuldade de aprender, de entender o significado do aqui e agora, é dificuldade com realiza??o e sucesso. Sem apreender e entender o momento e o significado, n?o há condi??es de sucesso, realiza??o daquilo que se prop?e.. Como conseqüência: O questionamento da linguagem, contestar o processo do pensamento, é exaustivo e frustrante, a primeira dire??o é evitá-lo. Por isso entre nós "inteligencia há de ser ornamento e prenda, é o papel que lhe conferimos, n?o instrumento de conhecimento e a??o"Pode ser fonte de destaque para o indivíduo de distinguir dos semelhantes , como virtude pessoal, mas n?o temos tradi??o de pesquisa, desenvolvimento científico, técnico, n?o exaltamos nossos especialistas nem os incentivamos em praticamente nenhum campo de desenvolvimento ou ensino além do agrário."Tudo que dispense trabalho mental fatigante,idéias definitivas, que favorecem atonia da inteligência, constituem para ?nós a essência da sabedoria"Procuramos sempre simplificar tudo de forma a n?o ter grande necessidade de raciocínio.A forma como um terceiro interrompe um diálogo constantemente, questionando ou alterando a conversa, os cortes, as interferências abruptas que mudam a dire??o da conversa, as trocas de assunto, a falta de aten??o, a contínua dispers?o, o modo sintético de falar e pensar, s?o influencia recíproca pensamento-linguagem.O que se diz n?o se escreve, as promessas s?o v?s, a impunidade da fala n?o produz efeitos na realidade.Só tem efeito o que vem estimulado pela inveja, a intriga perdura.A n?o efetiva??o, A mídia deveria ser poder público dos cidad?os , a servi?o desse público, construindo o cotidianos das comunica??es. Mas n?o est?o a servi?o da popula??o, ao contrário, transferem ao cidad?o o que deve ser pensado, o pensamento da pessoa antes dela o ter.Essa transferência de informa??o depende do esvaziamento da palavra, da incapacidade de construir um significado real ,concreto, vivo, conectado com a consciência, da fala. Quando n?o temos consciência do significado real do que ouvimos é que somos capazes de obedecer à influência de outro pensamento em nossa mente.Por exemplo, ao assistir ao noticiário, assistimos a um espetáculo de imagens e notícias dentro do mundo e ao mesmo tempo fora dele, que está distante de nós, os significados t?o gerais e totais que ficam destituídos de relev?ncia especifica.Frases vazias, despidas de significado, mesmo que cheias de conteúdo.As notícias s?o ao vivo, em tempo real, próximas mas n?o com valor e import?ncia para a nossa vida pessoal; o repórter está sempre ante um fundo neutro, um próximo que está longe, afastado no tempo - nada na minha vida realmente se liga a deles. A conseqüência dessa entrada de dados para o processo cognitivo, desse modo, é o afastamento , ausência de responsabilidade, resigna??o, passividade, inércia . Os dados n?o tem valor, n?o s?o instrumento de conhecimento ou a??o. Onde - PECADO BRASILEIROO ONDE - O Pecado Brasileiro"Aquele que a gente chama de próximo é sempre um invejoso em potencial, e quanto mais se está perto, mais sua inveja será intensa e previsível." Helmut SchoeckO IBOPE- Instituto Brasileiro de Pesquisa fez uma pesquisa específica sobre a inveja de 17 a 22 setembro de 1997 exclusivamente para o escritor Zuenir Ventura, para seu livro Mal Secreto, onde o autor relata todo o processo e o resultado: a realidade da inveja no Brasil - o pecado brasileiro.O autor generosamente cedeu os dados para este livro, tanto desta pesquisa do IBOPE quanto da que ele mesmo fez: "Pesquisa de opini?o pública sobre os 7 pecados capitais'2000 entrevistasUniverso pesquisado: popula??o do Norte, Nordeste, Centro oeste, sudeste e sul, capitais e interior,Municípios de até 20 mil habitantes, de 20 a 100 mil, e de mais de 100 mil habitantes.Grupos de idades de 16 a 24 anos, de 25 a 34anos, de 35 a 44 anos, de 45 a 54 anos e 55 ou mais.Classifica??o econ?mica: Classe A1 e A2, Classe B1 e B2, classe C e classe D/EPara perguntas espont?neas, "quais s?o os 7 pecados capitais, mais de 80% n?o conheciam ou n?o souberam nenhum.Quando os pesquisadores mostraram as cartelas com os 7 pecados capitais e perguntaram "quais deles conhece ou lembra?"73% reconheceram inveja. A pregui?a 59%, a ira 48%, a gula 45%, a luxúria 39%, a soberba 37% e a avareza 30%Com que freqüência praticavam , se é que praticavam, cada pecado, com as op??es: freqüentemente/de vez em quando/raramente/nunca83% nunca cometeram pecado da inveja, 1% freqüentemente;7% de vez em quando;7%raramenteOs aspectos que causam inveja34% sucesso (pessoal ou profissional)25% bens materiais (casa, carro)24% valores morais (honestidade, coragem, integridade)22% atributos físicos (beleza, simpatia)19% status sócio econ?mico (classe, situa??o financeira)14% fama13% poderPercebiam ou n?o que alguém sentia inveja dele:65% sim35% n?oEntre pessoas com grau de instru??o superior, a percep??o chegava a 75%58% dos que recebem até 2 salários mimos60% membros da classe D/EO que você faz contra mau olhado54% nada38%rezar, fazer ora??esA inveja é O pecado mais conhecido em todos os níveis e classes sociais, em todos os níveis de instru??o, em todas as idades, todos os lugares e por ambos os sexos. está presente na realidade da cultura, expressa na pesquisa exclusiva mais abrangente e completa já realizada. ? O PECADO BRASILEIRO .Zunir Ventura também fez a sua própria pesquisa, enviando ele mesmo seu questionário sobre a inveja para 50 psicanalistas, número igual de padres e pais e m?es de santo, considerados profissionais que tem mais informa??o e familiaridade com a inveja, por estudo e experiência com seus fiéis e clientes. Zuenir, escreve sobre essas pesquisas no seu livro Mal Secreto de modo brilhante, com detalhes das entrevistas, de forma encantadora.Dos padres obteve o menor número de respostas, devido ao sigilo confessional. Dos psicanalistas recebeu mais de 50 respostas, que permitiram tabular dados, confirmando a pesquisa (e a História brasileira):92% dizem que a inveja aparece de forma indireta no processo de análise, 39% afirmaram que é independente de classe (seguido por 20% que disseram ser a classe média onde mais se relata). O que o invejoso mais deseja é o fracasso do invejado, com 62 % das respostas, O ressentimento é o sentimento mais presente nos que invejam (37%) seguido da impotencia (29%). 48% das pessoas usa algum tipo de amuleto para se proteger e 46% responderam que a inveja é o pecado que ocupa o 1? lugar entre os clientes e 66% do psicanalistas responderam que a inveja é o pecado mais conhecido dos brasileiros. O mais é invejado: sucesso (19%) seguido de atributos físicos (10%). Bens materiais (6%) e status sócio-econ?mico (5%) s?o mais invejáveis do que valores morais (só 1%)Finalmente, nos terreiros(centros) de Umbanda e Candomblé, encontrou espa?os freqüentados por devotos de qualquer classe social ou cor, onde, além de aconselhamento espiritual , pais e m?es de santo fazem trabalhos para "fechar" o corpo. Um dos pedidos mais comuns, ele ouviu, é prote??o contra o "olho gordo", sin?nimo popular de inveja. Uma oferenda para isso é colocar uma galinha morta com cacha?a e farofa nas encruzilhadas.Freqüentemente a vemos. E ninguém mexe nesses objetos, que est?o relacionados com algo forte e perigoso. Foi dito que a freqüência e cren?a da popula??o é ampla, abrangente e geral.Zuenir Ventura escreve o que as M?es de Santo afirmam: quem se sente muito invejado s?o em geral pessoas invejosas.Uma outra pesquisa, exclusivamente para estudo acadêmico, foi feita com estudantes do Brasil e Estados Unidos. Um dos objetivos da pesquisa era testar a eficácia do questionário, o DES - Dispositional Envy Scale , ou Escala de Disposi??o para Inveja. Foi aprovado e considerado eficaz. O estudo também provou a rela??o negativa entre o quociente de DES e satisfa??o, vital idade e felicidade. Quanto mais alto o DES, menor a alegria e felicidade.(sabemos que estará diminuída a capacidade de pensar e agir, a potência do indivíduo, sua auto preserva??o, e que quanto mais alto o DES, maior o ataque a si mesmo )O teste consiste em oito quest?es, que a pessoa responde uma escala de 1 a 5 em que 1 é discordo fortemente e 5 é concordo fortemente. As perguntas do teste s?o: - Eu sinto inveja todo dia - A amarga verdade é que eu geralmente me sinto inferior aos outros- Sentimentos de inveja constantemente me incomodam- ? t?o frustraste ver algumas pessoas terem sucesso t?o facilmente- N?o importa o que eu fa?o, inveja sempre me aflige- Eu sou perturbado com sentimentos de inadequa??o- De algum modo, n?o é justo que algumas pessoas pare?am ter todo o talento- Francamente me ressinto do sucesso de meus vizinhos Fica o convite ao leitor para responder as perguntas, em que as respostas mais próximas 1 discordam da senten?a, e as próximas ou iguais a 5 s?o as que confirmam as afirma??es. Fortemente.entretanto, leitor , todos os seres humanos tem inveja. O objetivo do teste é identificar o N?VEL de inveja.Se perceber seu nível alto, com fortes concord?ncias, seu sentimento de felicidade está baixo. Leia os últimos capítulos com aten??o.O PORQUE entre nós INVEJA : O PORQUE entre NósExiste uma tendencia natural da psique a rejeitar (e assim, a"odiar") tudo o que n?o é ela mesma, isto é, aquilo que n?o espelha a crian?a maravilhosa( narcisismo primário) contida em seu centro. Nilton Bonder explica que odiamos e rejeitamos as pessoas que conhecemos que n?o se encaixem na qualidade de?'nossos filhos ou discípulos ou nossos irm?os ou amigos" porque somos condicionados naturalmente para amar tudo o que percebemos como parte de nós ou de nossa essência, similares a nós.O amor come?a a partir de gostar de si e ver nos outros diferentes mas que s?o parte de nós, por motivos afetivos(filhos/irm?os) ou por interesses comuns, próximos a nós(discípulos/amigos) A quest?o central ent?o, é a capacidade de aumentar ou n?o o grupo dos que consideramos "filhos, irm?os, discípulos, amigos" , aumentar a capacidade de amar.(expans?o da potência)Quanto mais restrita a consciência de nós mesmos , menor será nossa capacidade de aceitar e incluir o outro nessas nossas categorias.Se n?o gosto suficiente de mim, n?o posso amar o outro ou vê-lo como irm?o/filho/discípulo/amigo.A dificuldade ent?o é ver o outro como "irm?o/filho,discípulo/amigo" - ver que aquele que mora do outro lado da sua rua, da sua cidade, do seu estado, é seu irm?o/amigo filho/discípulo. Tudo que acontecer com ele também acontecerá com você. ??s ?vezes em dobro"Na inveja somos ?prisioneiros do outro. Tudo que queremos é a destrui??o total daquilo que nos frustra. Presos na própria incapacidade de nos libertarmos do domínio dos afetos tristes, do ódio, diminuídos todos como sociedade na conserva??o de nós mesmos Sem conseguir ver o outro como semelhante ,e sim como inimigo, nosso ódio é apenas resultado da PR?PRIA dificuldade de crescer e incluir mais e mais entes sob as categorias de semelhantes... Simples quest?o de falta de amor, próprio e pelo outro - que vejo intuitivamente, para identifica-me! O que ver e fizer com ele, verei e farei a mim mesmo. As vezes em dobro!O brasileiro, que se reconhece pela expectativa que identifica no outro, n?o inclui o semelhante ( que é seu espelho) na categoria dos irm?os e amigos."Solidariedade entre eles, só onde há vinculo de sentimento mais do que rela??es de interesse - o recinto doméstico ou entre amigos. Círculos restritos." SBHo personalismo domina, " cada indivíduo afirma-se perante os semelhantes indiferente à lei geral, onde esta lei contrarie suas afinidades emotivas. Raramente nos aplicamos de corpo e alma a um objeto exterior a nós mesmos".Se n?o há proximidade ou intimidade, n?o é amigo, o outro é visto com desconfian?a e rancor, inimigo, resultado decorrente de forma??o cultural construída sobre mortes, e "inúmeros antagonismos, o maior de todos entre senhor de engenho e escravo" , restri??es e limita??es da domina??o religiosa que impedem de incluir mais semelhantes como irm?os. Mesmo que seja esse irm?o o que me identifica - n?o vemos que o que fazemos ao outro é mesmo que fazemos a nós como conjunto. O ódio ao semelhante que n?o reconhecemos como irm?o e amigo expressa-se muitas vezes na cultura invejosa de "levar vantagem em tudo", que se constitui já no Brasil Col?nia: "(...)Buscar riqueza, mas "riqueza que custa ousadia, n?o riqueza que custa trabalho"" extrair do solo excessivos benefícios sem grandes sacrifícios"SBH A conseqüência trágica é o povo que combate a si mesmo, seu pior inimigo, teme profundamente a si próprio e mantem o "complexo de vira-lata" que a cultura da esperteza expressa, afinal. Milh?es de descendentes de índios, milh?es de descendentes de negros, milh?es de descendentes de judeus portugueses. Tudo que acontecer com cada um acontecerá com o outro. AS VEZES EM DOBRO.O OUTRO ? o País InteiroO OUTRO ? O PA?S INTEIRO - As Gera??esQuem é o outro?? o país inteiro. Por sua história e características existe um sentimento complexo próprio da identidade brasileira. "Complexo de vira-lata", foi notícia internacional na época da Olimpíada de 2016.? nesse contexto que se deve situar a inveja - ressentimento, esmagamento de for?as da vida e transforma??o em for?as da morte, da humilha??o.? dentro de um banho de ressentimento, inseguran?a e inferioridade que a inveja se desenvolve melhor. A inveja implica em uma rela??o de for?as, agir sobre o invejado através da atmosfera, necessária á transmiss?o da inveja, para efetivar a paralisa??o do diferente. Esse diferente aparece como amea?a a igualdade que a inveja protege - igualdade niveladora por baixo. Toda manifesta??o de originalidade é considerada superior e rejeitada. O rumor, a calúnia,as estratégias múltiplas de exclus?o no funcionamento geral acabam por vencer e eliminar o elemento novo. .O exemplo: A AUS?NCIA DE DE VERDADEIRA ADMIRA??O a uma obra, um autor, um acontecimento. Indiferen?a diante de sucessos e conquistas, que enriquecem ou enriquecer?o o país e a cultura, e a cada um individualmente.(admirar é participar das virtudes do admirado)Se alguém exprime admira??o ou entusiasmo, é logo suspeito - saiu da norma comum. No Brasil há esse profundo silencio na admira??o .(ou o paradoxo de admirar sem limites, adjetivando excessivamente, "prodigiosos, maravilhosos, etc", colocando a obra em píncaros t?o altos que se torna pura figura retórica - o que realmente é);Artistas e cientistas freqüentemente tem no exterior reconhecimento que n?o obtém no seu país de origem, independente da qualidade ou inova??o do que produzem.N?o há notícia, prêmio, memória do que se realiza. Admira??o é capacidade de semelhan?a, de igualdade, a participa??o nas virtudes do admirado. A admira??o é aproxima??o e for?a, é a memória que fica. Sem memória é o povo que n?o ama, n?o admira os seus, n?o é semelhante ao admirado. a inveja como for?a paralisante é o poder de absor??o do grupo , eliminando aquele que é diferente.Ataca o que é semelhante e ao mesmo tempo diferente, que o ultrapassou, no seu próprio campo no nível macro, na sociedade: pode ser verificada atuando da mesma forma, perseguindo a criatividade, na burocracia estruturante que impede o movimento, criatividade, crescimento, excelência social e cultural.Cultura e excelência n?o s?o consideradas nem obriga??o do Estado nem direito,da popula??o., a criatividade só é aprovada nas festas , celebra??es, carnaval. Ainda assim, n?o é objeto de valoriza??o, admira??o e respeito como poderia e seria em um pais, com tradi??o cultural.,Os efeitos da inveja só atingem as institui??es através das pessoas, portanto só raramente de vê a rela??o de causa (inveja) e efeito nos atos institucionais e sociais.a política é um campo minado de inveja, assim como a administra??o das grandes empresas nacionais, e o corpo funcional tanto nacional como do(s) estado(s) e municípios. Toda a estrutura burocrática do Estado e seus poderes é campo para inveja.Através das mídias, quando a sociedade enfraquece, tudo se torna opinável, cada um pode arvorar-se em juiz ao mesmo tempo pretender ser certo e admirado. Todos s?o donos de opini?o importante.Em todas as mídias o político, o intelectual, o estudioso n?o escutam mais para compreender, só para diferenciar-se, se afirmar contra, seu próprio valor contra o do outro. E o País InteiroAlguns "donos da verdade" chegam ao fundamentalismo. O alastramento da inveja é um sintoma de desagrega??o social, uma manifesta??o da perda de raízes.A sociedade fica composta de ilhas, ou feudos, isolados cada um com seu mestre, dire??o ou ideologia(ex. direita, esquerda, evangélicos, etc) as novas gera??es n?o aprendem com as mais a inveja entre gera??es da popula??o, o aprendizado n?o evolui, a sociedade também n?o.Toda gera??o come?a do zero, seu aprendizado n?o segue da anterior. (n?o temos memória, vivemos num eterno presente)Há inveja do que o semelhante realizou antes, do que a gera??o anterior conquistou e a atual terá que realizar, por sua vez, e sente-se inferior, sem as condi??es e os meios. Assim a inveja perpetua o processo, cada gera??o se ocupa apenas de si mesma. Parricídio e Infanticídio, n?o projetamos o futuro, n?o deixamos nada para o futuro, apenas o legado de ódio perpetuando a diminui??o da potência. COMO - MARCAR E DESTRUIRINVEJA - COMO: MARCAR PARA DESTRUIR Freud, em A Psicologia das Massas, escreve que "O ESP?RITO DE GRUPO DERIVA DO QUE FOI ORIGINALMENTE INVEJA. Ninguém deve querer salientar-se, todos devem ser o mesmo e ter o mesmo. A justi?a social significa que nos negamos muitas coisas a fim de que outros tenham que passar sem elas, também(...) , . Essa exigência de igualdade é a raiz da consciência social e do senso de dever." Interessa notar '"todos devem ser o mesmo", que implica em um igualdade que é exigência característica da inveja. A maneira que os membros do grupo/multid?o s?o arrastados por um impulso comum é o principio da indu??o direta da emo??o, que atua por via da rea??o simpatica primitiva, ou seja, o contágio emocional(Freud)? esse contágio que cria o "campo" ou "atmosfera" por onde a inveja se move em sociedade, assim como todas as demais emo??es, porque a percep??o de sinais de um estado emocional é automaticamente talhada para despertar a mesma emo??o na pessoa que os percebe.(Freud)O processo da inveja no grupo/sociedade pode acontecer da seguinte forma: ao projetar-se sobre o outro a inveja produz um prisioneiro, o invejoso. Volta-se contra seu agente. Dois s?o atingidos, invejoso e invejado. O grupo ganha uma atmosfera específica. Existindo na atmosfera, agora a inveja existe por si, evolui, ataca por si,independente, como um vírus. Passa a ter existência social - um de seus possíveis efeitos é a paralisa??o de toda dinamica do novo. Tudo e todo o que surge como diferente é uma amea?a á igualdade que a inveja protege. Igualdade niveladora por baixo, porque impede a express?o da singularidade - toda manifesta??o de originalidade é considerada superior, e rejeitada. A criatividade é parte da rela??o mae/seio-bebe, capacidade de dar vida, dom máximo e causa da mais profunda inveja. O grupo também está prisioneiro, também n?o irá produzir acontecimentos criativos.A intriga, a calúnia, as estratégias de agress?o e exclus?o acabam por vencer o elemento novo que surgia. "Um grupo impressiona o individuo, todos e cada um, como sendo um poder ilimitado e um perigo insuperável e simultaneamente ele substitui e significa toda a sociedade humana que é a autoridade cujos castigos os indivíduos temm ..." , ou seja a press?o do grupo é um terror contra o qual é claramente perigoso colocar-se em oposi??o, e logicamente será mais seguro a todos seguirem o exemplo dos que os cercam. ? terrível saber e sentir que "A inveja pretende exp?r o efeito da sua a??o: mostrar a todos a desgra?a, o infortúnio que atingiu a vítima, obrigar a que esta apare?a marcada pela má sorte, e excluída do curso do tempo social normal"A inveja objetiva marcar, capturar, para impedir e destruir. Saber disso produz o medo de se expor, o medo da inveja do outro.A inveja é uma for?a ferozmente niveladora e conservadora que grupos profissionais, academias, corpora??es sempre impuseram, hostis, ao surgimento vitorioso de alguém para freá-lo, reabsorve-lo na rotina (vizinhos, pessoas da mesma classe, família, corpora??o, igreja, partido, institui??o,Estado) Na pir?mide social cada nível procura segurar seus componentes para evitar que subam um nível acima. A inveja quer conservar a estrutura como está, imóvel.? resistência fundamental, biológica, primordial que os indivíduos em todas as sociedades op?em a quem quer que procure elevar-se..o individuo é refém daquele grupo/sociedade que o vê como inimigo invejado, e quer impedi-lo de produzir , sobressair.O exemplo:Rafaela Silva, jovem judoca carioca, moradora de comunidade carente, atleta olímpica, campeá mundial sub-20 e medalha de prata nos Jogos Pan Americanos, nos?Jogos Olímpicos de Ver?o de 2012?em Londres, foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe considerado à época ilegal, levar a m?o à perna da adversária, o que ent?o n?o era permitido. Depois da desclassifica??o, a atleta ficou naturalmente abalada, As mensagens enviadas a ela nas mídias sociais agredindo-a após a perda da competi??o, s?o agressivas, cheias de ódio, racistas, sádicas, perversas e destrutivas. A inten??o: desqualificar para destruir, o diferente, que se elevou. A atleta foi magoada realmente pelas mensagens, extremamente agressivas, conforme disse em entrevista. na olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro, cidade onde mora, a atleta, competindo da mesma forma, ganhou medalha olímpica. A primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de 2016, foi a de Rafaela no Jud? Aqui a Inveja "é uma express?o sádica dos impulsos perversos,(ódio) relacionada à puls?o de morte, à agressividade, (ódio)e está relacionada ao ataque decorrente de uma compara??o n?o suportada(tristeza) entre eu e o outro.(causa exterior) Esse sentimento possui base constitutiva no ser humano, ou seja, presente já na fase inicial da vida (Klein, 1957/1991).". Um modo de evitar o reconhecimento e a hostilidade por ter ou fazer algo diferente/importante é o conformismo. Ceder ao medo de ser bem sucedido, por uma necessidade de ajustamento, aceita??o e popularidade.O medo do sucesso é o medo da inveja que o sucesso pode atrair. Temos pelo conhecimento desse medo. E vivemos de acordo, por ver a inimizade no outro, projetada.PARA QUEINVEJA - PARA QUE? O objetivo final dos invejosos, ao procurar apagar as diferen?as, a bondade do objeto, o seu próprio desconforto interno, será sempre evitar olhar para si mesmo e suas responsabilidades:"... Os invejosos tem medo do raciocínio, querem adotar um modo de vida em que o raciocínio e a busca exer?am tao somente um papel subordinado, em que jamais se procure exceto aquilo que já se encontrou, em que a gente só se torne aquilo que já era." E para isso, só há a paix?o, o ódio, a má féParafraseando Sartre:"Uma sociedade invejosa é aquela em que o homem tem medo de si próprio, de sua consciência, liberdade, instintos, da sua solid?o, da responsabilidade de mudan?a da sociedade e do mundo. ? um covarde que n?o quer confessar sua covardia, um assassino que recalca e censura sua tendência ao homicídio e só ousa matar dentro da própria mente ou no anonimato de uma multid?o. Um descontente que n?o se atreve a revoltar-se por receio das conseqüências de sua revolta.Uma sociedade invejosa é feita de homens médios, medíocres no fundo...que se comprazem com sua mediocridade. Temem toda espécie de solid?o, com medo de emergir do rebanho e encontrarem -se em face de si mesmosFogem da responsabilidade como fogem de sua própria consciência e escolhendo para sua pessoa a permanência mineral, escolhem para a sua moral uma escala de valores petrificados. Escolhem o irremediável por medo da liberdade, a mediocridade por medo da solid?o e por orgulho fazem dessa mediocridade irremediável uma aristocracia estratificada".Burocracia. O melhor meio de adiar e paralisar a a??o. Onde há só aparência de a??o, com a sensa??o de movimento da circula??o dos gestos burocráticos. Uma tragédia que custa vidas. Onde coexistem descont entes, homens médios, sem coragem, etc. O MEDO - n?o okNo exterior descobriram que quem tem um olho é rei. No Brasil, quando se perece que o indivíduo tem um olho, a oposi??o se reúne e tenta furar.Inveja nas organiza??es Pag 55O MEDO COTIDIANONa história,o medo se estabeleceu por algumas situa??es de fato: - A CULTURA DO SEGREDO:.A Inquisi??o induziu a popula??o portuguesa e brasileira a uma cultura do segredo e o povo à dissimula??o. O regime totalitário, a repress?o e o medo obrigaram toda a popula??o a esconder seus pensamentos, sua crítica e seus sentimentos .- O terror religioso perseguiu, torturou e queimou centenas de pessoas, influenciando a história e a cultura dos países permanentemente.- A CRUELDADE: Heran?a da Inquisi??o, queimar pessoas, torturar até a morte, símbolo de uma era de trevas, essa prática de crueldade permanece viva no medo que fica, na facilidade com que o povo aceita a autoridade do coronel, do senhor de engenho, da autocracia. Gilberto Freire considera simplesmente sadismo de conquistador sobre conquistado, um sadismo de senhor sobre e um masoquismo de escravo, que se estendia a toda a vida brasileira: a vida íntima, sexual, doméstica, vida social e política. Para ele o povo brasileiro prefere um governo autocrata, e o mandonismo tem sempre encontrado vítimas em quem exercer-se com requintes as vezes sádicos. Ainda temos coronéis nos dias de hoje, vivos, em exercício de altos cargos públicos. "Sadismo de mando disfar?ado de princípio de autoridade."- O COTIDIANOO Brasil tem uma cultura peculiar de "n?o a??o", o "desleixo""n?o vale a pena" que permite que a lei n?o se cumpra, que os programas n?o se realizem, que n?o se pense a longo prazo, que a administra??o n?o se transforme, que os governos n?o governem. ? característica desde sua forma??o, como o medo. A "n?o a??o" conduz a um tempo onde só o presente existe, o futuro n?o existe, nem para o país nem para o individuo.(a suspens?o do tempo é uma característica da inveja)A vida individual e social tem mais outros limites além dos que s?o necessários para convivência, limites n?o percebidos, mas que atuam e impedem os indivíduos de criar alternativas de existência, que formam uma sociedade controlada. Na psique, inconsciente. Através dos diversos discursos (político - esquerda e direita - artístico e literário, etc) que repetem e reafirmam que n?o há outra maneira de viver, educar, instruir, divertir-se, viajar, amar. O horizonte possível é pequeno, mas isso n?o é percebido, porque o sentido único se manifesta da mesma forma em todas as esferas da vida - política, cultural, economica . Sentido de conformismo, enquadramento á norma vigente. O empobrecimento de horizonte explica a apatia e é explicado por ela. Uma sociedade mediana é uma sociedade nivelada, com sua potência diminuída.Onde o medo está incorporado, entranhado, sem objeto, de ser apanhado pela agressividade do grupo caso se saia do previsto na norma (a norma é a igualdade por baixo, o nível é baixo, qualquer "criatividade" pode ser denuncia) . O pre?o do "conformismo" é a n?o vida. N?o vida é n?o agir, menor potência de agir. Estagna??o, nivelamento, marasmo, como o funcionário do exemplo e todos os demais.Esse Medo que é interiorizado, herdado e transmitido adiante, parte do caráter, ainda que inconsciente, já que as pessoas n?o se percebem com medo - apesar de hoje em dia falarmos normalmente dos "medos", embora raramente do medo com que vivemos (freqüentemente terror) ? antes de tudo um medo de Agir, Existir, Afrontar as for?as do mundo, desencadeando as próprias for?as vitais. Potência de agir é viverMedo de Agir, tomar Decis?es Diferentes da norma vigente, medo de Amar, Criar, Viver. Medo de Arriscar...de Correr Risco. Enfrentar, ter Sucesso. Esse, o maior medo. Brilhar, destacar-se.O medo estende-se por toda superfície social. Medo do rival, do colega, dos outros candidatos ao mesmo posto/carreira/emprego, o medo de todos os outros , medo no tr?nsito, dos filhos, das doen?as, da vida. Está no ar, no olhar dos outros, no super ego de cada um. Contagia. O medo de n?o estar á altura, de ser avaliado, julgado, destruído pela inveja.Tornamo-nos uma sociedade n?o violenta com medo generalizado protegendo indivíduos contra uma violência subjacente. Cheia de muros, físicos e comportamentais.Somos uma sociedade civil fraca em institui??es e forte na emotividade social, de indivíduos com medo paralisante da forte agressividade social - procuramos fugir da inveja. Mas como a inveja aqui é um sistema, as conseqüências est?o co-relacionadas.A N?o-violência na superfície criou uma sociedade amena, plácida, conformista, a violência transformada em medo, que paralisa a agressividade social, mas n?o elimina a violência subterr?nea. ( ela explode constantemente em a??es, aterrorizante o tempo todo)Cumpre observar aqui algumas interessante distor??es: A) o medo deveria levar ao cumprimento da lei, mas o brasileiro tem o "jeitinho" de escapar, dentro do ?mbito da lei, que beira a corrup??o - quando n?o ao cerne. Trata-se no fundo de n?o cumprir a lei - como forma de liberdade, pela possibilidade de diferentes interpreta??es do texto legal, de agir n?o agindo - a n?o aplica??o da lei é uma realidade gritante no país onde há comprovada corrup??o. n?o cumprir a lei (incluindo nesse aspecto o atestado para abanar a falta à prova, a fuga do fisco, o desrespeito ao limite de velocidade, etc) é uma atitude de governo e cidad?os, e essa toler?ncia é uma característica da n?o a??o, permissividade e negligência.B)O QUE SE DIZ N?O SE FAZ., e se fizer tem desde o início a marca da n?o efetiva??o, ou efetiva??o parcial, ou virtual, aparente, etc. Aqui está a fragilidade do estado, n?o efetivar o que pode. Aqui também está a atitude individual correspondente (e inconsciente) de medo, a n?o efetiva??o ou efetiva??o parcialO incrível e inevitável comportamento brasileiro de sempre, no final do trabalho/servi?o/tarefa, atividade, apresentar uma falha - possível corrigir e "desnecessária", que prejudica e enfeia a apresenta??o/acabamento/eficácia - como as acomoda??es olímpicas, qualquer servi?o público ou privado que n?o for pessoal - a marca é sempre da n?o efetiva??o total, há sempre uma falha, contornável, evitável, que n?o deveria existir, que estabelece a n?o excelência, o n?o sucesso, n?o realiza??o....Como se, ao realizar seu trabalho com competência, a pessoa/grupo modificasse a regra, tivesse sucesso, mostrasse superioridade e originalidade, afirmasse sua responsabilidade. Que é o que a sociedade invejosa teme.C) a violência é estabelecida como "subterr?nea" mas está em toda parte e o tempo todo (afinal é estrutural, da forma??o do país, sobre o genocídio indígena e a escravid?o , as torturas da Inquisi??o): nas rela??es pessoais, comerciais, sociais, no tr?nsito, na fala, na política, nas favelas. Temos um índice de homicídios equivalente ao de uma medo de agir/finalizar mal o trabalho/guerra. Exemplo: Olimpíada 2016 - foi assunto internacional que as obras das acomoda??es dos atletas n?o estavam terminadas as vésperas da abertura dos jogos. A delega??o australiana teve que deixar os apartamentos designados para ela e ir a um hotel porque estavam mal acabados. Foram feitos os reparos e a delega??o retornou. Tratava-se de reparos de falta de acabamento desleixado, n?o de infra estrutura básica. Algo que poderia ter sido facilmente evitadoO resultado é que o poder exercido é muito menor do que o poder que os brasileiros s?o capazes de possuir, manipular, transformar. Em fun??o de sua servid?o. O melhor meio de adiar e paralisar a a??o: Burocracia. Onde há aparência de a??o, mas o agir é adiado infinitamente, apesar da sensa??o de movimento da circula??o dos gestos burocráticos. Sensa??o de progresso, cren?a de a??o, quando só se chega ao fim do circuito. Uma tragédia que custa vidas. Periodicamente.A burocracia permite ao mesmo tempo exprimir indiretamente a violência e impedi-la de se exercer fisicamente - é um sintoma social de recusa do conflito e da a??o, do efeito do medo. Quanto mais burocracia, menos a??o, mais nivelamento - o que pode dar mais sensa??o de n?o a??o e fixidez do que a estrutura burocratica? Atualmente, com a tecnologia e as redes sociais, é mais fácil ainda existir um controle global (geral, internacional, grupal.). Agora a exclus?o do divergente é total, torna-se quase um paria, visto como alguém sub humano, a exclus?o aqui atinge o cerne da humanidade da pessoa.O medo de ser excluído é o próprio terror, como o medo de vir a ser objeto de conflito, que amea?a exclus?o. Por isso é mais conveniente n?o assumir responsabilidade, n?o afrontar opini?es contrárias, sobretudo recusar os conflitos:o funcionário público acredita que a norma, a regra é a estabilidade social, n?o o conflito. O medo na sociedade brasileira continua a minar o inconsciente, inibir e acautelar, impedindo outras formas de pensar e existir. A igualdade, continua sendo nivelada por baixo, e assim qualquer criatividade é superioridade e perigo. A n?o-a??o é resultado da fuga da responsabilidade, risco, inveja. O conformismo pelo medo de ser bem sucedido e para evitar a hostil idade por fazer ou ter algo importante, se mantém e retroalimenta a cultura da inveja.O CORPO DE DOR As emo??es afetam o corpo, O que é uma emo??o negativa/afeto triste ? ? aquela que é tóxica para o corpo e interfere no seu equilíbrio e funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, ressentimento, tristeza, rancor ou desgosto intenso, ciúme, inveja - tudo isso perturba o fluxo da energia pelo corpo, afeta o cora??o, o sistema imunológico, a digest?o, a produ??o de horm?nios, e assim por diante. (a diminui??o do esfor?o para conservar o ser acontece fisicamente)Até mesmo a medicina tradicional, que ainda sabe muito pouco sobre como a psique funciona, está come?ando a reconhecer a liga??o entre os estados emocionais negativos e as doen?as físicas. Uma emo??o que prejudica nosso corpo também contamina as pessoas com quem temos contato e, indiretamente, por um processo de rea??o em cadeia - a percep??o de sinais de um estado emocional é automaticamente talhada para despertar a mesma emo??o na pessoa que os percebe - a mesma emo??o atinge um incontável número de indivíduos com quem nunca nos encontramos.??? Existe um termo genérico para todas as emo??es negativas: ?infelicidade. (ou tristeza)Por causa da tendência humana de perpetuar emo??es antigas, quase todos carregam no seu campo energético um acúmulo de antigas dores emocionais, que chamamos de "corpo de dor". Grandes corpos como na??es tem seu próprio corpo de dor.O "corpo de dor" n?o consegue digerir um pensamento feliz.???Ele só tem capacidade para consumir os pensamentos negativos porque apenas esses s?o compatíveis com seu próprio campo de energia. (á pris?o da servid?o)N?o é que sejamos incapazes de deter os pensamentos negativos - o mais provável é que nos falte vontade de interromper seu curso.???????? Isso acontece porque, nesse ponto, o "corpo de dor" está vivendo por nosso intermédio, fingindo ser nós.???????? E, para ele, a dor é prazer.?????? ?Ele devora ansiosamente todos os pensamentos negativos. O come?o da nossa liberta??o do "corpo de dor" está primeiramente na compreens?o de que o temos. ? nossa consciência que rompe a identifica??o com o "corpo de dor".???????Ao pedir desculpas e fazer repara??es, na??es saem do círculo de repeti??o da dor, re vitalizam-se.? Quando n?o nos identificamos mais com ele, o "corpo de dor" torna-se incapaz de controlar nossa mente e, assim, n?o consegue se renovar, pois deixa de se alimentar deles.??????Quando temos clareza da paix?o que nos afeta ela deixa de ser paix?o, e n?o há nenhuma paix?o sobre a qual n?o possamos fazer um juízo claro CONSCI?NCIA e Violência aprofundarCONSCI?NCIA e ViolênciaA forma??o do entorpecimento, do nevoeiro da consciência come?a com o discurso que é separado das implica??es do sentido que encerramNa televis?o, jornal, mídia oficial, as imagens apresentam a essência do mundo e n?o o movimento da historia, que fica num horizonte longínquo. S?o expostos os fatos, separados do seu significado, exatamente como se nao houvessem implica??es, significados históricos, import?ncia e conseqüência desses fatos. O que se deve pensar aparece revestido duma categoria t?o geral e totalizante que nenhum dos seus enunciados/significados possíveis, vindos das imagens, poderia se desenvolver autonomamente, seguindo sua linha própria.O relato é feito de forma t?o asséptica que n?o permite express?o de valor, sentido,significado. A assepsia é o próprio impedimento à valora??o, qualifica??o - é a garantia da ausência de valor.A norma engloba o discurso e apaga a relev?ncia deste ou daquele enunciado ou imagem concreta, por isso ao querer significar tudo n?o significa nada. ? frase vazia, despida de conteúdo, mesmo que gorda de potenciais.. um nevoeiro nos envolve e nao deixa distinguir claramente o real do irreal,Para exemplo, note-se a notícia internacional, transmitida direto e ao vivo, em tempo real. A proximidade é imediata, o fato é componente da imagem, mas n?o seu valor, import?ncia, ou seu alcance e significado para a existência do espectador.Imagens de um perto que está longe e um próximo afastado no tempo - o presente deles longe n?o coincide com o presente do expectador em casa, porque nada na vida imediata se liga na vida dos que est?o na notícia. "A lonjura que impregna a percep??o "próxima" é por natureza, paralisante, cria barreira territorial , LIMITA O ESPA?O AO LOCAL, AO REGIONAL, afasta os homens que se situam além fronteiras para uma esfera indefinida de sub humanidade inconsciente" A ausência de conteúdo e presen?a, o vazio de significado implica em clareza das informa??es, mas restri??o e inconsciência de sentido. N?o é enfiar a cabe?a na areia, como avestruz, negando a realidade inteira, mas aproximar-se pouco - dist?ncia do que está implicado no fato. Nega e n?o nega a vis?o real das coisa. A percep??o aparente permanece, e ao mesmo tempo o nevoeiro/entorpecimento transforma-a profundamente. As formas vistas perdem for?as, ganham naturalidade e dist?ncia que permitem ao indivíduo suportar uma solid?o n?o solitária. Tanto na notícia recebida como na sua posi??o ao recebe-la. Há um entorpecimento da consciência e n?o os indivíduos n?o se d?o conta. De fato nada mudou - o que mudou foi a for?a da vida. Valor e significado. Essa estranha prática se aproveita da dificuldade de pensamento/apreens?o já existentes no país, que separa por questionamento a palavra do seu significado. O valor depende do significado que conferimos às coisas - se temos dificuldade de dar significado, conseqüentemente teremos dificuldade de atribuir valor.As varia??es no estado de entorpecimento da consciência acontecem sobre um fundo geral de nevoeiro coletivo permanente, há longo tempo. A pasteuriza??o do comportamento, minimiza??o de possibilidades de vida, conformismo e aceita??o do estado de coisas, ausência de alternativas, afirma??o de uma única norma em todos os domínios, desde a administra??o pública até a vida privada, confirma mentalidades que querem consenso e fogem dos conflitos, O entorpecimento da consciência tem conseqüências imediatas no pensamento, que por sua vez entorpece decis?es. Uma das características dessas decis?es nubladas é o imediatismo mal educado arrogante e grosseiro, .Sem agilidade de pensamento, o ódio dentro da inveja perde o disfarce, a capa protetora, e sobe á superfície do gesto e da linguagem, a violência desprotegida do medo, do pensamento que analisa valores, da rela??o signo e significado da express?o. a violência grossa, pura, sem pudor, onipresente, sem a vergonha que acompanha a inveja e se esconde - A brutalidade, a violência doméstica, a violência das ruas, a criminal idade, o trabalho infantil, o tra?fico de drogas , as mortes n?o esclarecidas , os crimes brutais, homicídios diários, a violência é quotidiana. Somos um povo violento, desde sempre.??política?e?histórica: é produzida por homens e se manifesta onde encontra espa?o?institucional?para isso - em raz?o de uma escolha política, de povo e governo (fraco), de permitir a impunidade A trivializa??o da violência corresponde ao vazio de?pensamento, onde a?banalidade do mal?se instalaO vazio do pensamento decorre da dificuldade com valor e significado . Só assim o mal se banaliza.Também é resultado desse sadismo histórico e impune de conquistador sobre conquistado, senhor sobre escravo, que nos deu indivíduos invulgarmente passivos e sem disposi??o para lutar por seus próprios direitos.Cedem sob press?o e s?o explorado porque n?o podem se defender. A impotência vem de disciplina rigorosa, repress?o e puni??o. Estrutural e social, do grupo que nivela. carregam em seu íntimo sentimento de raiva, frustra??o e injusti?a: homens que se sentem menos homens enquanto n?o vencerem sentimento de incapacidade e significado da própria masculinidade e o indivíduo tem necessidade de impor sua vontade sobre os outros de modo vigoroso por causa do seu medo de ser controlado e dominado Podem e revidam com crueldade, pois seu auto respeito está em jogo, e a melhor defesa é o ataque - sofre com sentimentos de insuficiência da sua vontade e capacidade de agir como homem.(servid?o)Povo cordial, violento, em conflito fratricida permanenteGuerra da Independência: 1822-1823Independência da Bahia: 1821-1823Confedera??o do Equador: 1824Guerra contra as Províncias Unidas: 1825-1828Revolta dos Mercenários: 1828Período RegencialFedera??o do Guanais: 1832Revolta dos Malês: 1835Cabanagem: 1835-1840Farroupilha: 1835-1845Sabinada: 1837-1838Balaiada: 1838-1841Segundo ReinadoRevoltas Liberais: 1842Revolu??o Praieira: 1848-1850Guerra contra Oribe e Rosas: 1851-1852Ronco da Abelha: 1851-1852Quest?o Christie: 1863Guerra contra Aguirre: 1864Guerra do Paraguai: 1864-1870Quest?o Religiosa: 1872-1875Revolta dos Muckers: 1874Revolta do Quebra-Quilos: 1874-1875Quest?o Militar: década de 1880O entorpecimento do pensamento retira a agilidade do pensamento, capacidade para o sutil, e uma conex?o direta com o interior emocional. Ao se expor esse interior n?o consegue adquirir forma ou express?o elaborada, sua comunica??o é um jato. Isso comp?e o homem arrogante - o pior na grosseria n?o é a ruína da forma mas a arrog?ncia em julgar-se forma.A arrog?ncia do grosseiro, de pouca capacidade de agir, que n?o tem profundidade de pensamento, que é vazio de si e de vida, e que permanece sob domínio do medo, é o retrato do brasileiro médio de agora.O entorpecimento do pensar e do agir é uma forma particular de escapar à ausência de si, e de a??o no mundo. Buscamos o prazer sensorial, físico, sensual para preencher a existência de modo que ela ganhe sentido e tangibilidade.A EDUCA??O e o aprendizado (cruzes)Na t?o assinada primazia das conveniências particulares sobre os interesses de ordem coletiva revela-se o predomínio do emotivo sobre o racional. EDUCA??OO que o invejoso n?o suporta encarar é o sucesso, a frui??o, o prazer do outro. O invejoso n?o pode tolerar que algo de bom lhe seja dado por outra pessoa, o conhecimento dado de outra pessoa.N?o pode usufruí-lo, só reconhecerá de má vontade suas boas qualidades, seu valor, e será inca paz de experimentar e expressar gratid?o. O invejoso pode achar t?o difícil tolerar que outra pessoas tenha alguma coisa para lhe dar que n?o pode reconhecer ou usar a outra pessoa construtiva mente.Isso pode surgir na forma de uma verdadeira incapacidade de receber informa??o ou ajuda - na verdade, de percebê-la.Perde ser um elemento importante em crian?as que n?o conseguem aprender na escola, como se elas simplesmente tivessem de rejeitar qualquer tipo de ajuda. Claro que esse é só um elemento de uma situa??o total, mas é o que estamos aqui considerandoEsse problema pode impedir que a pessoa leia e use livros, artigos científicos, uma vez que o sentimento é o de ter de conhecer o que está escrito antes de lê-lo, e portanto a mente n?o fica livre pára acompanhar o argumento do livro ou artigo. Pode impedi-lo de usar ou crer em ajuda profissional ao seu alcance. Pode ver um aspecto semelhante no que é chamado de "murchar a conversa". O invejoso dificilmente tolera escutar o que o outro tem a dizer e usar artifícios para parar a conversa, tomando conta do assunto, paralisando-a porque n?o consegue tolerar ouvir coisas divertidas, experiências e pensamentos interessantes que venham de outra pessoas.Sempre mais interessada em espoliar outras pessoas do que em conseguir coisas boas para siO invejoso n?o sente gratid?o o que significa que sua capacidade de ter prazer e amar sofre graves interferências.Nos construímos nosso caráter de acordo com nossas rela??es iniciais com nossos pais e figuras próximas de nossa inf?ncia da forma como as experimentamos , e o modo que nos sentimos a nosso respeito de acordo com o mundo que construímos. Se a inveja nos impede de construirmos relacionamentos bons, calorosos e confiáveis, seu mundo interno, e portanto, seu caráter, será influenciado e é provável que fiquemos inseguros e essa própria inseguran?a ou sentimento de adequa??o incrementara o ódio de outros que se sintam mais confortáveis, confiantes e estáveis. E ficamos num círculo vicioso, a inseguran?a incrementa a inveja.As pessoas invejosas sentir?o seu mundo hostil ou espoliador para si e se tornar?o desconfiadas em sua atitude em rela??o às pessoas, de modo que seu mundo se torna desagradável para si próprias e elas ficam cada vez mais na defensiva e cada vez menos capaz de usufruir. As pessoas invejosas tem muito pouco prazer na vida..As pessoas podem tentar livrar-se de sentimentos invejosos projetando esses sentimento nos outros, vendo ao redor de si apenas essas características - inveja e competi??o.Um modo de evitar a inveja é idealizar a pessoa que a provoca - idealizar de tal forma que a dist?ncia fica t?o grande que aparentemente nenhuma compara??o é possível.noutro tipo de defesa o indivíduo desvaloriza o SELF, fazendo parecer que n?o tem nada para dar, é t?o pobre e limitado , aumentando assim a distancia entre o SELF e a outra pessoa, Esse tipo de defesa pode ser muito próximo de uma espécie de masoquismo aplacador e lisonjeiro. E torna o indivíduo ou muito hipócrita ou mais deprimido e sentindo-se sem valor.Outro tipo de defesa está ligado a um tipo particular de veracidade, e é muito importante em pessoas que tem dificuldade de aprender e absorver informa??o:Escutam e engolem as informa??es, se apossam delas, muitas vezes sem acompanhar de fato o que está realmente sendo dito,e deixando de registrar o que quer que seja novo ou qualquer sutileza, nunca ou fresco no que está sendo dito.Na medida em que se apossa rapidamente de tudo , nunca tem a vivência de que lhe é dado algo bom e digerível, e vem de alguém útil e até invejável.Esse tipo de defesa pode estar ligado a dificuldade de aprendizagem e até dificuldades mais antigas de alimenta??oO invejoso pode rancorosa mente renunciar a habilidades já aprendidas..Palestra ZuenirO?indivíduo?com?esta?posi??o?sente-se?amea?ado por?qualquer?coisa?que?possa?abalar?seus?valores?e cren?as;?por?qualquer?express?o?de?dúvida?alheia em?rela??o?às?coisas?em?que?acredita.?Enxerga?emMelhorar muito issoDesimport?ncia do estudo, do aprendizado, do conhecimento, ruptura entre palavra e o significado. . O desenvolvimento intelectual e científico n?o é interesse de popula??o ou elite..A linguagem n?o estimula Realiza??o. A cultura n?o é considerada importante, obriga??o pública e social. As reformas educacionais e a educa??o pública obrigatória, superficial e com corpo profissional sub empregado aponta um sistema de repeti??o de inveja de gera??o sobre gera??oA mídia deveria ser dispositivo essencial do poder público dos cidad?os , a servi?o desse público.A mídia, a TV, rádio e imprensa( é veiculo dessa dupla realidade onde por um lado est?o ali o seu país e cidade no outro apenas o veículo do que deve ser pensado - o pensamento que confirma o pensamento da pessoa antes dela o ter.A existência individual reduzida a massa pastosa que engole imagens e nunca treme realmente como que vê ou lê. acontecimentos nacionais e mundiais, s?o só notícia, acontecimentos para se comunicar, n?o para mudar o curso das vidas.Pensamento sintético - por isso pensar t?o pouco, de forma rotineira e superficial. Esvaziamento da palavra, incapacidade de construir um plano de inscri??o da fala.Questiona as idéias,racionaliza as idéiasDificuldade de apreender, de entender o significado, de entender o aqui e agora, é dificuldade com o sucesso.Sem apreender, entender o momento vivenciado e o seu significado, n?o há condi??es de sucesso.Possibilidade de solu??o - terapêutica como para todas as outras quest?es somada ao estudo da palavra, ao lado criativo da poesia popular, superar o questionamento pelo lúdico.LIVRO II - DE ONDE VEM ILIVRO II - A INVEJA N?O COBI?A Todo ser humano terá capacidade de invejar, o que importa é o que fará com isso."Mal Secreto/Zuenir VenturaINVEJA - DE ONDE VEM I - O INDIVIDUAL UNIVERSALMelanie Klein (1882-1960) psicanalista infantil, demonstrou que a inveja é parte da estrutura da natureza humana:..Ao falar de um conflito inato entre amor e ódio... deixo implícito que a capacidade tanto para amor quanto para impulsos destrutivos é... constitucional.. ..Escreve:Meu trabalho ensinou-me que o primeiro objeto a ser invejado é o seio nutridor, pois o bebe sente que o seio possui tudo o que ele deseja e que tem um fluxo ilimitado de leite e de amor que guarda para sua própria gratifica??o .Confirmando o que já sabemos, que a inveja é contrária a virtude, Klein acrescenta:. "? talvez mais compreensível que o seio satisfatório seja também invejado. A própria facilidade com que vem o leite origina também inveja, pois, embora o bebe se sinta gratificado, essa facilidade fica parecendo um dom inatingível".Pesquisas científicas corroboram que a partir do nascimento bebes já reagem intensamente., confirmando a possibilidade da teoria leonina.Além da observa??o de que a inveja e a gratid?o s?o partes inerentes e inseparáveis de todo ser humano, desde o nascimento, uma fascinante teoria que avan?a, após Freud, em dire??o a um objeto primordial - o símbolo "seio" n?o é apenas o órg?o que alimenta, mas qualquer coisa e tudo que sustenta, aquece e acalma, a sensa??o de contentamento, plenitude e suavidade de um bebe alimentado. Esses sentimentos e sensa??es significam o que é bom. Todas as pessoas anseiam pelos momentos de puro prazer da fase inicial da vida e tentam recriá-los. (o anseio pelo seio é o anseio mais primitivo do ser humano)Em ambos os sexos, para Melanie, n?o importa qu?o divergentes seus desenvolvimentos, o ciúme e a rivalidade edipiana (a crian?a que tem ciúme e rivalidade com o genitor do mesmo sexo e deseja o genitor do sexo oposto) s?o baseados na inveja em rela??o ao objeto original - a m?e, ou melhor, seu seio, (e o que ele representa).Na disputa invejosa, afirma que tanto em homens com em mulheres, a inveja desempenha um papel no desejo de tirar os atributos do sexo oposto, bem como de possuir ou estragar aqueles do genitor do mesmo sexo.Nessa teoria pós freudiana, amor e ódio, inveja e gratid?o, raiva e prazer derivam do encontro do bebe com o seio (o sustento, contentamento, etc)Um sentimento primário, inerente ao ser humano, portanto, a inveja do seio n?o faz distin??o do seio branco ou negro.? universal. Estende-se a bebês brancos, negros, europeus e brasileiros. Est?o, inveja e gratid?o, na forma??o da psique humana.N?o é o caso de aprofundar o imenso aspecto psicológico da inveja, mas importa mencionar brevemente mais três aspectos:Inveja no ?dipoO Mito de ?dipo trata de rela??es de poder e saber num drama encenado por pai, m?e e filho?e é um dos pilares da?psicanalise clássica. A história desta família é determinada por uma profecia que ?dipo irá matar o seu pai e casar com a sua m?e; o pai Laio, rei de Tebas, sabendo da profecia, manda matar seu filho ?dipo, que é salvo ainda bebê e anos depois mata o pai, embora sem saber e casa-se com a m?e Jocasta, premio oferecido por ter decifrado o enigma da Esfinge e salvo a cidade. Define a familia como lugar da inveja e do conflito humano básico. Abarca quase todos os temas humanos de import?ncia, infanticídio X parricídio, morte x vida, filhos x pais e pais x filhos, Inveja entre os sexos, vingan?a, sadismo, a implacabilidade do tempo, o mistério x saber/conhecimento, o poder, o sagrado, e outros da mesma import?ncia na seqüencia: as tragédias Antígona e ?dipo em Colono que completam a trilogia.Inveja está na constitui??o familiar básica pai-m?e-bebe, no desejo da crian?a por ter para si o genitor do sexo oposto e tirá-lo dos bra?os do genitor do mesmo sexo,(matando-o)Quanto aos pais, o próprio mito de ?dipo é o exemplo. Filhos s?o usados segundo interesse dos pais de diversas maneiras em todas as épocas: no trabalho infantil, para divers?o, para agradar a terceiros, em casamentos planejados, na venda ou doa??o, projetando neles o que desejam para si, além dos incontáveis casos de pais que invejam/maltratam/matam os filhos, come?ando pelo próprio Laio, pai de ?dipo. Inveja do Pênis Iniciou-se com a considera??o de Freud sobre a percep??o da menina da ausência do pênis em si, mas evoluiu para o status de desejo de privilegio, forca, poder, autoridade. ? universalmente um Desejo (humano) estruturante de possuir algo significativo que só outro possui."A inveja aqui considerada será determinante da vis?o fálica ou falicista das rela??es humanas - sexuais, políticas, sociais, economicas, científicas, religiosas.Possuir ou n?o possuir será o vértice pelo qual observaremos nossas diferen?as com seu significado de superioridade e inferioridade" A sociedade de consumo se apoiá nessa inveja..Inveja do úteroA paternidade x maternidade: a inveja que o homem sente da mulher enquanto possuidora do mais apreciados dos atributos sexuais - capacidade de dar vida a outro ser. Até os indígenas praticavam a "couvade", o procedimento em que o índio pai fica na rede em descanso , recebendo presentes, bem tratado por todos e pela m?e do bebê após o nascimento do filho. a homossexualidade como inveja da mulher - o amor heterossexual também é uma forma de superar a inveja. Aceitar diferen?a dos sexos pressup?e a perda do narcisismo (onde o EU é a medidas de todas as coisas), e a possibilidade de amar o diferente. Por isso um homem pode amar uma mulher e vice versa.O amor exclui a inveja. Mulheres foram queimadas por séculos, consideradas perigo para corpos e mentes, transmissoras de doen?as e aliadas do dem?nio. A "ca?a as bruxas" foi praticada, incentivada e oficializada.A Inquisi??o publicou o Malleus Maleficarum, um livro que decretava que as mulheres s?o o mal, tenta??o, calamidade, perigo e puni??o. As partes sexuais das mulheres tornaram-se temidas, atributos do mal, a inveja tornando as vítimas em culpadas. - um dos trabalhos preferidos da inveja, a invers?o de verdades ou a mentira de acordo com seu o a "inveja do pênis" contribui para uma sociedade agressiva, a inveja da mulher contribui para repress?o sexual. A inveja se constrói ao nascer e se estabelece permanentemente no ser humano, como sua contrapartida, a gratid?o. Essa oposi??o ódio e amor, bem e mal,prazer e dor, vida e morte, raz?o e paix?o, é o que define o caminho do desenvolvimento do sujeito, do caráter individual ou da cultura que irá se construir,S?o partes da estrutura da psique humana, componente dos comportamentos , cultura, almas de pessoas e de paísesDE ONDE VEM II DE ONDE VEM II - A CULTURA E A COMUNIDADEPor ser inata e constitutiva, a inveja está nos textos religiosos ocidentais da Cria??o, da forma??o e continuidade da humanidade . O homem determina o texto e o texto, o homem.. A psique humana forma e é formada por esses símbolos e signos sagrados.Observa-se a inveja nas a??es centrais em cada uma das situa??es da Cria??o, ou seja, a inveja define o destino do homem : Lúcifer, portador da luz, antes do homem - na forma??o do "mal", a queda do anjo motivada pela inveja, que é considerada a??o demoníaca por excelência.Ad?o e Eva, e a serpente da inveja.Caim e Abel e o fratricidio por invejaOs 10 mandamentos e a ordem de n?o cobi?ar a mulher do próximo nem seu boi, sua casa, nada do próximo.Esaú e Jaco, e o roubo da primogenitura por invejaJung ensina que arquétipos se originam da constante repeti??o de uma experiência, por gera??es. S?o anteriores à consciência e est?o entrela?ados na psique, tendendo a cada gera??o a repeti??o e elabora??o das mesmas experiências. O arquétipo da inveja como mal no conflito bem x mal está nos contos de fadas (a inveja da rainha madrasta da Branca de Neve e de quase todos os vil?es etc.); nas mitologias, (na grega está, entre outros pontos importantes, na origem da guerra de Tróia - os deuses freqüentemente envolviam-se em disputas invejosas ; na hindu, nos Yamas/mandamentos - n?o invejar ; na vicking, no mito de LOKY ou Lothur, deus da trapa?a - como Hermes na cultura grega, etc., etc.);, nas fábulas (a raposa e as uvas de Esopo, etc.), nos signos e mitos humanos - nos quais a psique humana se molda e amolda. Por constitui??o ou por forma??o, qualquer um que tenha corpo, experimenta inveja. Na??es s?o corpos. Também invejam:"Na??o é um corpo de pessoas que coletiva mente constitui uma unidade política; qualquer corpo de pessoas que decidem quanto a um esquema de governo próprio formam uma na??o.A palavra chave aqui é corpo, que implica que a na??o, como uma pessoa, tem limites, sentimentos, desejos, uma alma e assim por diante, relacionados á pele, a mente, ao cora??o, etc. se os cidad?os dirigem sentimentos para seu organismo nacional, ent?o esse organismo, o corpo político, pode se expandir, espelhar, exprimir - e o faz - os sentimentos de seus cidad?os, tanto racionais quanto irracionais, destrutivos ou criativos." Isso equivale a dizer que o corpo e a alma do Estado inteiro possuem um direito que tem por medida o seu poder.Emocional mente o poder dessa comunidade ou corpo político é muito mais que a soma de suas partes individuais.Seus membros s?o ligados por vínculos de interesses comuns, proximidade física e comunica??o rápida, sendo uma grande multid?o e uma pessoa só ao mesmo tempo. A multid?o nacional é uma horda onde todos se tornam iguais, onde nenhuma distin??o conta, nem a de sexo.As pessoas fazem contato e sentem conforto ao se fundirem num mesmo corpo político, o que lhes permite renderem-se ao bem comum assim como aos males mais graves.Estados e na??es agindo passionalmente exibem toda a sensibilidade, inseguran?as e emo??es que caracterizam crian?as e adultos. Sujeito aos mesmos mitos e arquétipos humanos, inclusive e comumente inveja.Ex I : EUA , no período da guerra fria, referia-se à Rússia, com termos como "má", "perigosa" e "dominadora"..Ex II : Na conferencia sobre meio ambiente humano da ON? de 1972 em Estocolmo o Brasil alegou que tinha direito de explorar a Amaz?nia e qualquer interferência era uma conspira??o dos países ricos para manter os pobres/destituídos no mesmo lugar. A História está repleta de exemplos de na??es falando e agindo como passionalmente, e mais, reagindo umas às outras dessa forma. Guerras declaradas com pessoas defendendo posi??es nacionais em uníssono, com corpo e alma.Na??es nascem e morrem. Podem morrer de inveja. ex.I Iugoslávia, que se partiu em vários países em guerra entre si por anos: Servia, Bósnia, SovoEx.II Ilhas Mal divas ou Falklands Islands, território brit?nico de governo próprio, motivo de uma a??o bélica na América do Sul em 1982 O PORQUE/OBJETIVO inferioridade transferido(fica aqui ou n?o?)OK18/3INVEJA :PORQUE-senso de inferioridadeEspinosa exp?e que cada um dos seres humanos é mais alegre quanto mais se imagina perfeito e distinto dos outros, tendo algo que os outros n?o possuem;, ao contrário, se imagina menos importante do que os outros, fica triste e se esfor?ará por afastar essa tristeza interpretando mal as a??es dos outros - ou enfeitando as suas o mais que puder- esse é o trabalho da inveja, seu .OBJETIVONietzsche dá o exemplo: "Quando alguns homens falham em alcan?ar o que eles desejam fazer, eles exclamam raivosamente: Que morra o mundo! Esse é o pináculo da inveja, que implica em: Se eu n?o posso ter alguma coisa, ninguém vai ter coisa nenhuma nem vai ser coisa nenhumaA psicologia, que aprende de Espinosa, classifica a inveja como uma rela??o sadomasoquista, já que por causa da idealiza??o do outro o invejoso sente-se inferiorizado e esvaziado.Ele projeta no outro a perfei??o narcísica (a grama do vizinho é mais verde) e, sempre e quando impossibilitado de obter o que idealiza, ataca seu possuidor, (principalmente, se esfor?a para interpretar mal suas a??es - maledicencia).? o incomodo do profundo senso de inferioridade que vem junto de uma compara??o instant?nea inconsciente com o objeto invejado.Tem início no olho do observador, que exagera, define e escolhe seletivamente coisas para odiar(Invidere ,mau olhado,olhar infectado pelo dem?nio) O exagero na idealiza??o do objeto da inveja, pode transformar folhas em palmeiras e formigas em elefantesO sentimento é insuportável porque a inveja nos leva ao centro de nós mesmos, lá onde deveríamos ser plenos de vida, descobrimos, ao contrário, um vazio dolorido e rancoroso.No outro encontramos o sinal de uma fronteira, a barreira á regi?o do valor, inacessível. O outro faz parte dela, participa do mundo dos valores,da virtude (a inveja é do que é virtuoso) mas é barreira contra mim que fico condenado ao lado de cá da fronteira, pela minha Inferioridadea inveja ent?o, é encontrar a de si próprio separado e privado de subst?ncia, fundamento, valor. Solid?o e vazio insuportável na diferen?a e carência provocada pela compara??o com o outro. Francisco Alberoni, autor de os Invejosos, explica que esse incomodo, na inveja coletiva, se forma (como também na inveja individual) "nas situa??es de fracasso repetido, de ambivalência permanente, de longos e ambíguos relacionamentos entre uma civiliza??o superior e uma inferior, onde a inferior n?o consegue se colocar de maneira estável de um lado ou de outro, n?o consegue nem permanecer ela própria, nem mudar, tornar-se como seu modelo". Essa acultura??o x rejei??o, admira??o x denegrimento, atra??o x ódio, exatamente por sua complexidade e ambivalência conduz a inveja coletiva, composta por uma idealiza??o mais forte, inferioridade maior e má-fé.O ressentimento, na opini?o desse autor, é uma característica de todos os povos do 3? Mundo.Na recente Olimpíada no Rio de Janeiro, em 2016, um, entre outros exemplos: o atleta e seu grupo que alegaram terem sido assaltados num posto de gasolina para justificarem o atraso no retorno aos alojamentos,teve uma repercuss?o t?o grande no Brasil, causou tanto comentário, que a BBC Brasil publicou:A saga do nadador americano Ryan Lochte mexeu com "complexo de vira-lata" do brasileiro e isso explica a "obsess?o" com que foi acompanhado até o seu desfecho. O ATAQUE A SI MESMOI seja o que for que o invejoso deseje ou fa?a a alguém ou a algo exterior a si próprio, também o faz a uma imagem/representa??o psíquica da coisa ou pessoa invejada dentro de si mesmo. O ATAQUE A SI MESMO I ? indiscutível que a inveja prejudica aquele que a sente (seja uma pessoa, um grupo ou sociedade). O próprio sentimento é destrutivo e angustiante. Porque ent?o permitir que ele seja dominante na atitude ou na cultura? Espinosa afirma que:"? impotência humana em dominar e contrariar os afetos, chamo Servid?o. De fato, o homem submetido aos afetos está sob a autoridade n?o de si mesmo mas da fortuna, sob o poder da qual se encontra a tal ponto que ele é freqüentemente for?ado, ainda que veja o melhor para si mesmo, a fazer, porém, o pior."A servid?o é a incapacidade de controlar as próprias paix?es. Deixar-se dominar pela emo??o, "perder a raz?o", Estar à mercê do "outro"/externo, daquilo que n?o depende do próprio individuo. Deixar-se levar, n?o ter o controle sobre si mesmo...("n?o estava sendo eu mesmo")Essa quest?o, chamada acrasia, tem a seguinte forma geral: eu julgo á luz de todas as evidencias disponíveis (isto é, considerando todas as variáveis a que tenho acesso: regras morais, interesses egoistas, etc) que A é melhor que B, e no entanto fa?o B. ora, como essa escolha é intencional, ela é vem de um julgamento que afirma que B é melhor do que A, logo eu julgo igualmente que A é melhor do que B e também que B é melhor do que A, o que é contraditóriona verdade, afetado pelo bem presente(B) o sujeito deseja-o mais que a qualquer outro bem alternativo(A),Pode-se saber racionalmente o que é melhor (A) e no entanto pode-se "escolher" fazer imediatamente o que é pior(B), porém o que é escolhido n?o aparece como sendo pior, mas momentaneamente como sendo melhor, já que é o afeto mais forte, ao que o indivíduo está ligado, desejando - portanto ser melhor significa ser o desejo mais forte. Ao que o indivíduo cede, "escolhe".("Foi mais forte do que eu")Ocorre que a raz?o descreve o interesse real do indivíduo, aquilo que lhe é verdadeiramente útil. Ao ir contra a raz?o, os desejos passionais contrariam o que o indivíduo verdadeiramente, profundamente, quer (A)O que sua própria mente lhe diz que é melhor para si.(considerando esse querer como vindo da essência singular do indivíduo). Isto é, os afetos passionais contrários à raz?o tornam o indivíduo menos potente, por contrariar sua própria essênciaisso faz com que ele mesmo seja menos potente. ("perdeu a cabe?a")O momento que o homem escolhe o pior julgando que se trata do melhor(B), ele pode saber que o melhor seria fazer a a??o sugerida pela raz?o(A) - A servid?o é uma a??o do agente sobre si mesmo - algo de externo causa no agente uma disposi??o para agir contra seus melhores interesses (A), e isso que é externo causa um afeto no indivíduo, gerando nele uma falsa aparência de bem.(B), donde segue que o sujeito é responsável por contrariar aquilo que ele mesmo vê que é o melhor para si.(A).Ao permitir a a??o da inveja sobre si mesmo, sobre sua mente, deixando que a paix?o supere a raz?o, o sujeito é responsável por essa escolha que prejudica antes de tudo a si mesmo. (estava fora de mim)Sua incapacidade em controlar suas paix?es é a sua servid?o, que o manterá inca paz de sua potência , maturidade, liberdade.Sua inveja o torna prisioneiro, o que desejar ao outro também o desejará internamente. Como se identifica com o objeto invejado por proje??o, o que desejar/fizer ao outro de algum modo deseja/faz para siDe outro modo, no processo maledicente, para diminuir a bondade do outro invejado, pela mentira ,e exaltar o que me é interessante, subjugando a raz?o, prejudico a mim mesmo pela diminui??o de potência, servid?o e contrariar um instinto humano básico. somos vítimas do ataque a nós mesmos - ver em O Corpo de Dor.Porque há dentro de cada invejoso uma quantidade de pequenos invejosos, que os atacam de dentro.O ATAQUE A SI MESMO II (EU X EU MESMO)ok 7/3O coletivo ou indivíduo invejoso é o pior inimigo de si mesmoO ATAQUE A SI MESMO II (EU X EU MESMO)Detalhando a servid?o, a inveja de si mesmo é o conflito entre um aspecto depreciado e um aspecto idealizado do próprio "eu" ou self. Trata-se de como o eu consciente pode invejar o eu que sonha, romper com ele, dirigir ódio contra si mesmo, de uma parte de si que se sente pequena , fraca e indefesa, em rela??o a outra parte que se sente forte, capaz e bem sucedida. Somos todos sujeito e objeto de nossa própria inveja, além da dos outros.O eu que trabalha na profiss?o burocrática ou detestada, na vigília, inveja o eu que sonha realiza??es, situa??es especiais, etc. E rompe consigo mesmo e seu próprio sonho-desejo, esse aspecto do seu eu que ele n?o quer ver e prefere rejeitar/odiarA maioria de nós tem sonhos que consideramos "além de nossa capacidades""n?o é para mim"As invejas internas(auto-exigência,etc.) constroem o "super ego super severo" (excesso de autocrítica, auto-destrui??o) de Freud, que ataca as capacidades criativas do próprio indivíduo.Diminui a capacidade de pensar e agir. "Quem sou eu para merecer/poder/fazer/querer/conseguir isso..."A pessoa invejosa/invejada pode idealizar uma parte de si para proteger a outra - um exemplo s?o os droga ditos, o contraste entre como se vêem e sentem com grandeza e onipotência e como agem de forma destrutiva e n?o realizam nenhuma das várias proposta que levantam. N?o querendo ir a tal extremo, outro exemplo é o nosso funcionário público, pétreo, que possivelmente dividiu-se internamente para suportar uma vida t?o insípida. Tanto invejoso quanto invejado freqüentemente aspectos da mesma pessoa, sentem-se magoados e ressentidos.Desejam revidar e destruir a causa da afli??o. O invejoso sofre a inferioridade somada à sensa??o de priva??o injusta. O invejado sofre superioridade temida e senso de ter sido críticado injustamente. Conectados, pois, sentimentos assassinos/autodestrutivos podem coexistir na mesma pessoa; - esse jogo de gato rato consigo mesmo só leva a maior fragmenta??o, confus?o e caos..Ex; nos grupos, esses sentimentos aparecem relacionados à "panelinha"(um pequeno grupo dentro do grupo maior, unido por e com um segredo, normalmente com algum tipo de privilégio ou superioridade) - os de fora, inferioridade e exclus?o injusta; os de dentro, superioridade com temor e crítica injustaUm indivíduo, grupo ou sociedade invejosa pode ser destacadamente auto destrutiva. Quando a sociedade é invejosa, pode-se falar de inveja , ambivalência e rancor institucionalizados incorporados nos representantes de importantes institui??es sociais, econ?micas e políticas, e por estes dirigidos aos cidad?os individualmente, os invejados. (exemplos: a Inquisi??o, na História, algumas institui??es políticas, atualmente). O COMOINVEJA - COMO I - A FORMA De que modo acontece, qual é sua forma na pessoa? Como acontece a paix?o da servid?o?Quando confrontado com o vazio interno de valor, da própria limita??o e mortalidade, o invejoso sente-se tomado por uma angústia e um desespero ardentes que provocam ódio em rela??o ao que ele inveja. O impulso imediato é aniquilar a dor e o tormento, aniquilando o que os causou. Angustia e raiva ocorrem juntas, e causam grande sofrimento, manifesto num desespero hostil nos olhos. O invejoso precisa reduzir esse estado intolerável, inclusive negándo-o, dissociando-se dele. Tudo o que faz é para defender-se da inveja/angustia-hostil idade projetando-a no outro/objeto. Para isso, usa o mecanismo da identifica??o projetiva que nega a integridade e a identidade natural do outro/objeto da inveja. ? uma manobra através da qual o invejoso manipula palavras, pensamentos, atos, a??es ou estados de animo (ou seja, qualquer meio) para colocar algo de si mesmo em outro - pessoa, grupo - combinando ambos.(proje??o sobre a vítima)Assim, tanto muda a própria percep??o(pela mentira e uso da paix?o para subjugar a raz?o) quanto faz uma transa??o inter pessoal(rela??o de poder vítima-algoz efetivada através do campo/atmosfera) ao misturar-se ao outroDo ponto de vista do invejoso, o objeto invejado n?o existe mais por si só, mas é idêntico ao que ele projetou de si no objeto, ou o que a ele atribuiu. Sua falsa premissa se estabeleceu . Crê na mentira que criou.Do ponto de visto do invejado, a pessoa, grupo, pode ter uma sensa??o inexplicável de ser ou sentir-se diferente, ou perceber que o invejoso o está enxergando e/ou tratando de maneira peculiar mente inadequada. N?o se trata de mágica,mas de campo ou atmosfera, que pode suscitar emo??es e experiências dentro do outro, ter efeito destrutivo na sua paz de espírito . A vítima se sente invadida e dominada por pensamentos e desejos que normalmente rejeitaria. A percep?ao inconsciente do "mau olhado" ou identifica??o projetiva contribui para um medo fundamental daqueles que o lan?am. O olhar do mau-olhado, resultado da proje??o, penetra o objeto e o enche de maldade, e faz soar o alarme interno do terror, pela expectativa de ser mudado em algo mau. o mecanismo da inveja no corpo: Um Estudo de 2009 do Instituto Nacional de Ciência Radiológica de Tóquio identificou por resson?ncia magnética onde a inveja é processada: córtex cingulado anterior, parte da massa cinzenta logo atras da testa, que também identifica a dor física, ou seja, sentir inveja pode ser t?o doloroso quanto levar socos de verdade ( isto é, causa a mesma rea??o de contra??o interna e semelhante altera??o neurológica do Sistema nervoso)E o estriado ventral, responsável pela sensa??o de prazer, também é onde opera a Schadenfreude, palavra alem? sem correspondente, que é a sensa??o prazeirosa que o invejoso sente diante de um trope?o da pessoa odiada.Uma pesquisa da Universidade de Chicago revela:Inveja em rela??o a vizinhos e amigos pode acabar com a saúde de quem sente - os invejosos tendem a ter mais problemas cardíacos, diabete, úlcera e press?o alta."O principal mecanismo fisiológico é o estresse cr?nico induzido pelas compara??es sociais do dia a dia, nas quais o indivíduo se ve como menos afortunado". Socialmente, o fundamentalismo, veículo da inveja, o apego à ortodoxia, a idéia arrogante de que apenas um único saber é válido para lidar com a todas as pessoas "tem que" ser iguais, o que impede justi?a real (a demanda da justi?a n?o é por igualdade, mas pelo respeito às diferen?as.). ? a inveja que demanda igualdade e sempre equivalendo por baixo.Trata-se de uma igualdade t?o igual que n?o cabe lugar para as diferen?as, para nenhuma singularidade Seu funcionamento social é simples: 1) converte quest?es essenciais em quest?es marginais e 2) converte as quest?es marginais em quest?es essenciais. 3) absorvem-se as respostas e 4) descartam-se as perguntas, destruindo-se as evidências que poderiam questionar essas respostas no futuro;. 5) as perguntas tornam-se acusa??es carregadas de certezas . "Certezas",ao contrário das verdades, s?o um truque. E como todo truque ,(semelhante ao truque de invers?o de valores) n?o funciona na realidade, apenas aparenta funcionar.; Intelectual mente: usa-se o processo racional, em que o outro/objeto tem valor reconhecido e voltar-se para o caminho escolhido de refutar esse valor (mentir para si, pela paix?o subjugar a raz?o), conforme o interesse do invejoso. Porque realidade é tudo que o invejoso odeia. Negar a realidade n?o resolve, já que a nega??o só transforma o mundo num lugar mau e amea?ador - por isso o invejoso busca alterar e destruir a realidade, n?o só negá-la, Essa é a forma de criar falsas premissas: usar o conhecimento/intelecto como um meio para descobrir, evidenciar aquilo que serve a um objetivo, e ao contrário, n?o ver, negar o que n?o serve a esse objetivo . O passo a passo do processo: primeiro, nega-se o valor (ela n?o é bonita), a seguir, faz-se a revis?o do valor (o que é realmente a beleza?) e ent?o projeta-se a desvaloriza??o (é bonita MAS...) - aqui entra a calúnia ou má-fé; por último, acontece a transferência de valor - quando o indivíduo ou grupo n?o se concentra mais sobre objeto invejado, procurando erradicar de si mesmo o valor (desligar-se da beleza e voltar-se para esporte, por exemplo), uma possibilidade de cura da inveja. ? impulso para inibir os objetos bons(a??es, valor, pensamentos, escolhas, atitudes) que produzem o crescimento mental e simultaneamente um fator que provoca como que um crescimento canceroso, na mente,(ataque a si mesmo) pelos usos da mentira, da droga, da simula??o política e das convic??es fundamenta O II - O TEMPOInvejar é pior que morrer (Nilton Bonder) INVEJA - COMO II - O TEMPO A inveja é um sentimento que se baseia em falsas premissas(mentiras) que ocupam a menteUma falsa premissa age como uma célula cancerosa que, ignorando a informa??o da própria morte, decide pela imortalidade e se mantem proliferando (clonada) indefinidamente até que conduz à morte do indivíduo. (ataque a si mesmo)Freud ensina: "no fundo ninguém acredita na própria morte, ou, o que vem a ser a mesma coisa, no inconsciente cada um de nós está convencido da sua imortalidade" Negar a dor da divis?o, diferen?a sexual, alteridade, é negar a morte. O diferente/singular/original amea?a a igualdade/nivelamento que é o objetivo da inveja - negar a morte.E é contra a inexorabilidade do tempo, que nos faz a todos mortais, a que a inveja mais reage - e busca imortalidade ( falsas premissas para anular o tempo)Da consciência do tempo advém a consciência de consequencia, de futuro, de responsabilidade , ou simplesmente de inexorabilidade, maturidade.A dura??o do tempo jamais pode ser controlada - se essa impossibilidade n?o é tolerada(se é odiada), cria-se uma premissa falsa como oposi??o. para uma falsa premissa, é necessário 1) compartimentalizar a no??o do todo, (para escolher o que é específico. diminuir sentido e significado ) e, 1.1)através de uma lógica que visa a um resultado moral - pensamento direcionado pela mentira ou má-fé - 2)desfazer-se a integra??o do sentimentos com a experiência emocional, (os significados, o que é, o remorso, culpa, bem e mal, verdade e mentira, etc ), o que acaba produzindo o3) sentimento de atemporalidade - pelo congelamento afetivo, manipula??o das informa??es .N?o por inexistência do tempo, mas pelo estado confusional em que o passado, presente e futuro est?o misturados.A paix?o escolhe alterar a funcionalidade da raz?o. Trata-se da decis?o entre modificar a realidade ou fugir dela(negá-la, às vezes com violência). No exemplo inicial, do funcionário público que se anula, pode-se verificar o processo: ao fatiar a realidade e tirar sentimento da experiência, nosso congelado exemplo viveu uma suspens?o do tempo, um nublamento da consciência, para mudar sua realidade ou fugir dela (n?o sabemos sua escolha). Independente da op??o, sua potência de agir foi reduzida e viveu como se o tempo n?o importasse, e n?o tivesse responsabilidade pelo futuro. Grande parte da popula??o repete esse comportamento.Para fazer história a realidade temporal se esvai enquanto se confirma em realiza??es(o passar do tempo). Manter-se capaz no passar do tempo, esse é o vigor próprio da realidade ( conatus , o poder de pensar e agir), a potência de realizar, que a inveja mais detesta e mais procura impedir .Em grupos e institui??es a din?mica é ainda maior.A inveja é um ódio buscando aniquilar a passagem do tempo - porque aceitar a verdade do tempo significar aceitar a verdade sobre si mesmo; sair da fantasia de imortalidade , que quer um estado intelectual sem altera??o temporal.Encarar a realidade.E a realidade é tudo que a inveja mais odeia. Pessoas e grupos que n?o chegam a um acordo consigo mesmas ter?o dificuldade em cada novo estágio do desenvolvimento. Envelhecer (pessoas mas também grupos e institui??es) com uma verdadeira resigna??o , significa ser capaz de permitir, aceitar, concordar que as gera??es mais novas tenham conhecimentos, talentos e um futuro que a gera??o mais velha n?o pode ter, no tempo.Se n?o há significado no passado ou import?ncia do futuro, a escolha é de ignorar a realidade e o tempo. Essa é a escolha da inveja, o eterno presente - que afeta o crescimento emocional, autonomia social, capacidade estética e a barreira ética...No Brasil, o passado é esquecido e o futuro nunca chega.QUANDO - SEM PASSADO/ FUTURO idolatriaok já transferidoINVEJA - QUANDO - SEM PASSADO E SEM FUTUROParricidio e infanticídio s?o duas faces da mesma moeda invejosa fundamentalista, destruindo os que nos antecederam e impedindo a vida dos que nos suceder?o. A inveja do futuro é também a inveja das gera??es que nos geraram, dos que nos proporcionaram o presente e a possibilidade do futuro. (o amor implica futuro)Dessa forma um passado petrificado já carrega em seu bojo a destrui??o de qualquer futuro. Entre nós brasileiros cada gera??o come?a do nada. A inveja nas amea?as ao futuro pode ser verificada em todo crescimento corrosivo da cultura. Assim foi na Inquisi??o, Nazismo, Stalinismo, McCarthismo, e todos os outros regimes de ódio, antes e depois - primeiro exagerar, depois denegrir, excluir e destruir, transformando Estado e Servi?o de Estado em monstros de ódio, morte, caos e destrui??o, sempre com total controle da imprensa e da mídia a seu favor e todas essas culturas com a prática do terror da denúncia an?nima.Atualmente a cultura capitalista prop?e uma necessidade ilimitada de produ??o, expans?o do consumo, uma pretensa domina??o da natureza, às custas da destrui??o do meio ambiente e explora??o de m?o de obra barata até o uso do trabalho escravo, considerando este um modelo de crescimento economico. Nesse crescimento canceroso(autofágico) da cultura atual, ser uma pessoa ou país competitivo e invejado tornou-se categoria positiva, glorificada socialmente."A inveja é a sustenta??o subjetiva (afetiva) da competi??o (ato, atividade).?Ambos, conduta e afeto ,(competi??o e inveja) contêm uma agress?o entre os pares e representam uma pervers?o dos relacionamentos contempor?neos, porém ambos atualmente perderam o seu sentido deletério inerente". Todos devem ter "inveja boa" uns dos outros e vorazmente consumir as mercadorias oferecidas, transformando-se, assim, em pessoas e sociedades invejáveis. A publicidade é o processo de manufaturar o glamour, o solitário prazer de ser invejado pelos outros. A indústria cultural, usando toda a tecnologia audiovisual, alcan?a o que é mais antigo na história dos indivíduos, intrínseco a seu desenvolvimento: a necessidade de reconhecimento e a constata??o de sua limita??o diante do outro, a compara??o n?o suportada (inveja)sem identificar a agress?o dessa ideologia, o sujeito se auto violenta, culpa-se por n?o atingir o ideal proposto pela mídia - a inveja tornando as vítimas em culpa das - e se identifica com o agressor, repete as frases e condutas, repete a segrega??o que a indústria cultural proclama. A mídia promete a cura desse mal, afirmando que n?o existe mais a necessidade de se sentir inferior, pois quem consome é superior, é especial e aceito. O crescimento da cultura é corrosivo, tem total controle da imprensa e mídias, o terror de ser diferente chega a automutila??o e o futuro n?o existe, pelo contrário, o aquecimento global é uma verdade posta em segundo plano pela paix?o do consumo e do atendimento narcisicoO modelo passou a ser global. O padr?o é o mesmo para todo o mundo. Só o presente existe e ser feliz é obrigatório.A IDOLATRIAO comercial de TV é essencialmente uma religiosa forma de drama que mostra os humanos vivendo num mundo sendo controlados por uma multitude de poderosas for?as que moldam suas vidas. O universo moral é dominado por um completo panteon de inumeráveis for?as que literalmente residem em cada artigo de uso ou consumo em cada institui??o da vida diária. .Se os ventos e as águas, as arvores, os riachos da Grécia antiga eram habitados por uma vasta hoste de ninfas, driades, sátiros, e outras deidades, igualmente o universo do comercial de TV . O politeísmo aqui é alias mais primitivo, mais proximo das cren?as do animismo e fetichismo (n?o seres míticos mas sim seres inanimados ou objetos com poderes, etc.); "podemos n?o ser conscientes disso, mas é a religi?o pela qual a maioria de nós realmente vive, n?o importando qual possa ser a religi?o e cren?a efetivamente escolhida. Essa é a religi?o que é absorvida por nossas crian?as quase desde o dia do nascimento " (Esslin 1976¨, 271)Inclusive a linguagem poética é usada t?o constantemente com propósito de vendas e propaganda que se tornou difícil dizer qualquer coisa com entusiasmo, alegria, ou convic??o sem correr perigo de soar como se estivesse vendendo alguma coisa. Quanto à religi?o propriamente dita, quem diz crer em algum Poder Superior e que inveja, na verdade cré em algo ou em alguma justi?a que n?o é absoluta, tem o seu Deus particular e acredita que outros tenham deuses de consideravel poder - e os reverenciam.O invejoso está em um mundo imaginário de perversas teologias pessoais..Invejam quando n?o tem e invejam quando tem o objeto de seu desejo. O orgulho do devoto é o estágio mais sofisticado de dissimula??o de inveja para o proprio invejoso:( uma das raz?es da Inquisi??o ter durado quase 300 anos) é sabido que existem no Brasil igrejas evangélicas que se prop?em a explorar financeiramente seus fiéis, porém parte do problema é o devoto que crê no poder do "seu Deus", um Deus pessoal, próprio do invejoso. Esse tipo de igreja cresce numa popula??o que inveja."A inveja nos trouxe a um futuro que tem o pre?o da vida. Protegidos pelo tempo, o que nos é permitido usufruir é o próprio tempo, e, invejosos que somos, n?o sabemos disso; os gratos s?o plenamente conscientes".Nilton Bonder ondeINVEJA - ONDE . A cultura do narcisismo/consumismo é a cultura da inveja.Nesse mundo é difícil discriminar realidade de fantasia e o que somos daquilo que os produtos consumidos sugerem .A cultura do narcisismo é uma cultura sensorial, sempre recebendo estímulos à imagina??o para necessitar de algo externo para atendê-la. Necessidade maior quanto maior for a inveja. Fica mais forte quanto maior é a indefini??o de valores (a fun??o de significados e a fun??o social - quem sou, para que sou, porque, etc.) Quando essas fun??es se perdem, apenas o corpo permanece como defini??o para o sujeito. Cultuam-se ent?o os atributos físicos para impressionar, tornam-se estereotipos que funcionam como roupa a fantasia.O indivíduo está fantasiado com o estereótipo, do qual n?o quer e n?o pode fugir, pois essa aparência, esse "caráter", é o que causa o sucesso social Propalados pela mídia, propagada e inveja. Daí surgem pessoas destruídas emocional mente, insensíveis aos afetos amorosos e híper sensíveis ao erotismo, que a seguir v?o ao estágio da destrui??o por métodos cirúrgicos ,práticas físicas excessivas, plásticas desnecessárias e abusivas, dermatologia sem critério, situa??es de competi??o ostensivas e ofensivas, etc. Inveja afeta o crescimento emocional, autonomia social, capacidade estética e a barreira ética. faz com que os valores superficiais substituam a capacidade estética,(valores reais, fun??es verdadeiras, ética moral) impedindo o amadurecimento, mantendo as pessoas num estado de adolescência (necessidade de afirma??o e inseguran?a, incerteza e incapacidade de realiza??o),sem autonomia social.A cultura do narcisismo ajuda a produzir uma popula??o socialmente infantilizada. A escala de valores (incerta, superficial, de estereótipos, anímica) utilizada produz confus?o mental, impede o crescimento da personalidade, empobrece a vida.Assemelha-se ao processo de drogadi??o, que nega a multiplicidade dos prazeres da vida,para que só a droga seja fonte de prazer. O drogadito, jogador, consumidor compulsivo(semelhante para todo tipo de compuls?o) possui o sentimento da inveja nos pensamentos megalomaníacos. O presente passa a ser o único tempo que importa, anulando qualquer sentimento amoroso (que implica futuro). A "onisciência"(certezas e n?o verdades, o fundamentalismo) domina o presente, e o futuro, incerto, é descartado Indivíduos e popula??o descartam sua capacidade de responder com sinceridade e paix?o verdadeira á beleza do mundo e se tornam presas fáceis de falsas promessas da cultura narcisita de consumo, embasadas na inveja, que parecem, vendem, aparentam ter beleza em suas vidas "A maioria das coisas invejadas pertence á esfera do narcisismo: beleza, juventude, honra, gloria, fama, poder, coisas tangíveis mas que se podem perder facilmente - engano prometido pelo sucesso, triunfo das falsas premissas. Combater-se a si próprio no outro (o outro, rival que se deseja humilhar e tripudiar) é proje??o comum, porque o que incomoda no outro é o que o indivíduo tem similar em si mesmo...O que deseja ao outro é o que projeta de e para si próprioLIVRO III (MELHORAR GERAL)- CURA LIVRO III - A CURAA NECESSIDADEA quase totalidade dos autores concordam que uma pequena quantidade de inveja é um impulso essencial para a mudan?a: comparar é uma tens?o inerente ao ser humano, uma for?a natural, uma capacidade humana.uma pequena quantidade de inveja é necessária, estímulo ao desenvolvimento, á mudan?a, diversidade, diferen?a, contendo os excessos, permitindo que as pessoas experimentem os limites da toler?ncia social :"A inveja é um estado emocional destrutivo, mas é, também o mais completamente orientado para a sociedade. Sem a considera??o potencial ou imaginária nos outros, n?o poderiam haver os controles sociais automáticos nos quais toda associa??o se baseia." nenhuma regra é absoluta, na natureza, enta? uma pequena quantidade de frustra??o é necessária para o desenvolvimento criativo:"A frustra??o, se n?o excessiva, é também um estimulo à adapta??o ao mundo externo e ao desenvolvimento do sentido de realidade. Uma certa quantidade de frustra??o, seguida por gratifica??o, pode dar ao bebe a sensa??o de ter sido capaz de lidar com sua ansiedade.O desejos insatisfeitos do bebe - que s?o impossíveis de serem realizados - contribuem para suas sublima??es e atividades criadoras. A ausência de conflito no bebe, se fosse possível, iria privá-lo de enriquecer sua personalidade e fortalecer o ego. Porque o conflito e a necessidade de superá-lo é um elemento fundamental da criatividade. A inveja é inata, um sentimento . As leis físicas determinam que toda for?a tem resistência na mesma quantidade em sentido oposto. Essa verdade se aplica á energia da inveja, que é ódio, uma for?a poderosa, que contém um potencial de libera??o de energia criativa t?o poderoso quanto mais for forte sua capacidade de destrui??o. Uma cachoeira provoca eros?es, arrebenta a terra, mas bem canalizada ilumina , leva energia para manuten??o da vida. A inveja é essa cachoeira, que n?o suporta ver os campos floridos, mas que domada, ilumina, transforma tudo num grande dia. A sabedoria está em tirar dessa energia o máximo de produtividade possível..De que forma, ent?o, "domar" essa energia que é inata e que às vezes subordina a raz?o?Voltamos a Espinosa, que ensina que"uma (...)paix?o, deixa de ser paix?o no momento em que dela formamos uma idéia clara e distintaportanto uma paix?o está tanto mais em ?nosso ?poder e a alma sofre tanto menos quanto melhor nós a conhecemos.N?o há nenhuma paix?o do corpo que n?o possamos formar um conceito claro e distinto (lembrando que o Estado é um corpo social) A toda emo??o corresponde a uma modifica??o no corpo que aumenta ou diminui seu poder de agir."Portanto, se desejamos tornar-nos senhores de nossos afetos temos que conhecê-los, formar deles idéias claras, para transformá-los. E modificar a potência de agir.O conhecimento puro , sem carga afetiva, n?o é a solu??o. Vários drogaditos sabem que a droga faz mal. Só o saber n?o é suficiente. Uma emo??o precisa ser refreada e suprimida por uma emo??o contrária mais forte, que será o conhecimento da paix?o, somada à libera??o da emo??o oposta reprimida, acrescida da liberdade, alívio e a alegria do conhecimento da verdade.Conhecer a paix?o transforma se tiver a carga afetiva da libera??o das emo??es - a servid?o imp?e o domínio da paix?o e reprime outros afetos. A reflex?o sobre os afetos transforma os afetos - a potência é a capacidade de se afetar simultaneamente. Lidar com os próprios sentimentos, ser "dono das suas emo??es", fluir entre elas sem ficar preso.O ser potente é capaz de se transformar pela carga emotiva da verdade sobe suas paix?es. Ele é capaz de mudar seus sentimentos. Como fazer isso?uma das formas de transforma??o é o processo terapêutico, que sempre implica em reconhecer os sentimentos, trazer à tona as raz?es do trauma e bloqueio, e paulatina mente abordar as necessidades existentes, reconhecer suas raz?es e elaborá-las, extrair a dor, resolve-las, perdoar e transformá-las, para permitir a saúde e o prazer. A aceita??o da realidade é em si um passo essencial no processo de cura e capacita??o. Além disso a percep??o do ódio também envolve a libera??o do amor. Os dois lados, amor e ódio, tendem a ser enterrados e recupera dos juntos. Recuperado, o amor se torna aliado emocional pra encarar a realidade ou suportar o remorso.Se a inveja odeia a realidade, reconhecer a realidade é mortal para a inveja. Por duas raz?es: por deixar de idealizar o outro e por voltar a aten??o para si mesmo. Essa é a grande quest?o da inveja e da aten??o projetiva - o outro é o foco. Ao trocar o foco, muda-se a realidade.A capacidade brasileira de intuir o outro e a si mesmo a partir desse outro já existe como característica da alma nacional, a quest?o é aumentar a quantidade daqueles que s?o semelhantes, amigos/irm?os/discípulos/filhos. - e isso se consegue aumentando o amor próprio. E vice-versa.Quando podemos projetar uma imagem de beleza (vinda do próprio interior) no relacionamento com o outro, nos auto-satisfazemos com isso. Ao equiparar o outro a mim mesmo, o que vemos em nós a partir da vis?o do outro será bom - num circulo virtuoso: ao imaginar o outro melhor do que é, idealizando-o, me torno mais simpático, e por isso recebo uma resposta melhor, o que faz ficar mais fácil imaginar o outro melhor...Aumentar o amor próprio e o foco voltado para si é parte do processo terapêutico, no caso de uma alma nacional inclui conhecer sua história, sua filosofia, sua espiritualidade, sua literatura, sua educa??o, sua arte e todos aqueles que fizeram e fazem essas atividades - e qual o futuro que se deseja para cada uma. Superar a dificuldade com o racional, e estender a afetividade e emotividade ao conhecimento para que este deixe de ser um impedimento e passe a ser um prazer, como realmente é.Ser grato ao passado e corajoso quanto ao futuro.Nossa auto-descoberta incluirá conhecer nossa realidade histórica, aceitar e perceber a alegria e vitórias, dor e morte vividas e permitir que elas modifiquem o corpo social, liberando o respeito e a compaix?o pelo passado que permitirá repara??es, liberdade e amor para construir o futuroO próximo passo é fazer repara??o ao objeto ofendido.? preciso que se tome uma atitude necessária para restaurar, recriar ou redimir o erroN?o há erro que n?o possa ser reparado. Ainda que o objeto original tenha sido espatifado ou morto, o processo reparativo pode continuar.A Alemanha encarou o que havia feito e decidiu-se a fazer repara??es tanto a judeus individualmente quanta a Israel como representante de milh?es de judeus assassinados. Em 1987 já haviam sido pagos cerca de 25 bilh?es de dólares .Os americanos pediram perd?o aos seus índios, vários países já se desculparam apela escravid?o.Ns devemos repara??es aos nossos índios em rela??o a suas terras, culturas, memória, linguagem, saúde. Aos negros, o mesmo. Para judeus e seus descendentes ainda há muito a desvelar, e talvez essa seja a primeira repara??o, a descoberta da verdade. Dará a dire??o para os próximos passos para todos nós.A repara??o n?o afeta apenas o objeto mas também o sujeito . Une fac??es em guerra, restaura equilíbrio entre amor e ódio, efetua processo de integra??o. A pessoa ou coisa revive, deixa de ser uma vítima, alivia o agressor, pessoa ou na??o. Suas for?as podem ser liberadas para objetivos construtivos, e a admira??o e a emula??o(imita??o/apropria??o) substituem os ressentimentos. Capacita os dois lados a abrir m?o de medos e descobrir interesses em comum. Permite aproxima??o dos antes inimigos. A rela??o USA-Jap?o pós guerra pode ser um exemplo desse processo.OU Alemanha-POVO JUDEUA aceita??o do dano feito acompanhada de esfor?os para repara??o marca a capacidade para a gratid?o e generosidade que fazem o pêndulo amor-ódio pender para fins positivos.A auto-descoberta, o auto-conhecimento pode levar a transforma??o da energia destrutiva numa energia produtiva - para usá-la em proveito próprio, canalizada para si, para o interior do corpo social, pois como for?a, é extremamente criativa. Vencer a inveja é encontrar coragem e examinar com aten??o os melhores, aceitar o desafio que eles lan?am com seu exemplo. Escolher o caminho da emula??o, imita??o. Estudar passo a passo a estratégia de sucesso que causa inveja para executá-la. As escolas de administra??o de empresas estam casos conhecidos. O sucesso n?o é causa de desespero mas objeto de estudo e pesquisa. Traz aprimoramento de técnicas e qualidade. Também na ciência e pesquisa científica, onde o cientista deixa a inveja para usar o resultado positivo do colega como novo ponto de partida. No esporte exige-se que cada um dê o melhor de si, dentro de suas possibilidades.Os "Tigres Asiáticos" em geral podem ser exemplo dessa transforma??o de foco. Permite liberdade à sociedade, criatividade, alegria, saúde, potência de agir. O oposto à servid?o.Alguns desses países estavam na?década de 1960?com indicadores sociais semelhantes a de países?africanos?altamente estagnados; as principais transforma??es basearam-se em acesso à?educa??o?e cria??o de?infra-estrutura?de transportes (fundamental para a exporta??o competitiva)Como os "Tigres" eram relativamente pobres durante a?década de 1960, tinham abund?ncia de?m?o-de-obra?barata. Juntamente com a reforma educacional eles conseguiram aproveitar essa vantagem, criando uma for?a de trabalho de baixo custo, porém muito produtiva. Eles promoveram a igualdade na forma de?reforma agrária, para promover o direito de propriedade e para assegurar que os trabalhadores rurais n?o se prejudicassem. Também foram implantadas?políticas?de?subsídios?à?agricultura. Simples vontade de se conservar, potência de agir. Em 30 anos eram potências internacionais. "Quem vive sob a dire??o da raz?o, ou seja, capaz, escolhe, por inteligênciaesfor?ar-se para conceber as coisas como s?o em si e por afastar os obstáculos do verdadeiro conhecimento, como s?o o ódio, a ira, a irris?o, o orgulho e outras coisas do gênero - por conseguinte esfor?a-se tanto quanto possível por bem agir e por se alegrar" Espinosa GRATID?O Deus é brasileiro. (an?nimo)INVEJA - O OPOSTO excludente: GRATID?OGratid?o é o sentimento específico por um objeto que constitui uma fonte de gratifica??o (a inveja se dirige contra essa fonte), ou seja, quanto mais inveja menos gratid?o.Afeto e amor, capacidade de sentir calor humano e gratid?o contrabalan?am a inimizade e inveja Onde há uma n?o há espa?o para a outra.A gratid?o é essencial á rela??o com o objeto bom(seio, gratifica??o, completude) e é também fundamental na aprecia??o do que 'há de bom nos outros e em si mesmo. A gratid?o tem raízes nas emo??es e atitudes do estágio mais inicial da inf?ncia, quando a m?e é o único e exclusivo objeto para o bebe. Essa primeira liga??o é base para todas as rela??es posteriores com uma pessoa amada.O SEIOMelanie Klein, referencia e divisor de águas na Psicanalise e no conhecimento da forma??o da psique em bebes, escreve "Se há experiência freqüente de ser alimentado sem que a satisfa??o seja perturbada, a introje??o do seio bom se dá com relativa seguran?a. Uma gratifica??o plena ao seio significa que o bebe sente ter recebido do objeto amado uma dádiva especial que ele deseja guardar." Essa é a base da gratid?o. Está intima mente ligada á confian?a em figuras boas.(nosso histórico aqui n?o é o melhor) Essa é também a base da confian?a em sua própria bondade. Quanto mais freqüentemente é sentida e aceita a gratifica??o, mais s?o sentidas a satisfa??o e a gratid?o, e o desejo de retribuir o prazer.A gratid?o está ligada á generosidade. O objeto bom (seio/satisfa??o/m?e) foi assimilado e o indivíduo se torna capaz de compartilhar com os outros os dons do objeto. Mesmo o fato de a generosidade ser freqüentemente pouco reconhecida n?o solapa a capacidade de dar.Essas experiências do bebe constituem n?o apenas a base da gratifica??o sexual, mas também de toda felicidade subseqüente, e tornam possível sentimento de unidade com outras pessoas: ser plena mente compreendido, sem palavras e com grande prazer e completude (gratifica??o inicial com a m?e) o que é importante para toda rela??o amorosa ou amizade felizes. No decorrer do desenvolvimento, a rela??o com o seio torna-se a base para dedica??o a pessoas, valores e causas.a sensa??o de vida e potência que o sujeito guarda, riqueza e for?a, s?o o que permitem adiante a capacidade de pensar e agir, a manifesta??o do conatus .O seio bom que nutre e inicia a rela??o de amor com a m?e é o representante da vida e é também sentido como a primeira manifesta??o da criatividade. O bebe sente que está sendo mantido vivo, pois a fome é sentida como amea?a de morte. A capacidade de dar e preservar vida é sentida como dom máximo e portanto a criatividade é a causa mais profunda de inveja.(e o movimento de nivelamento social uma das mais universais manifesta??es de inveja)A IDENTIFICA??OUma causa especial de inveja é a sua relativa ausência em outras pessoas. A pessoa invejada é sentida como possuidora daquilo que no fundo é o mais prezado e desejado: um seio bom que tambem implica bom carater e sanidade(...) a pessoa que pode, sem rancor e mesquinhez, regozijar-se com o trabalho criativo e a felicidade dos outros é poupada dos tormentos da inveja, ressentimento e persegui??o. A inveja é uma fonte de grande infelicidade, e estar relativamente livre dela é sentido como um estado de espírito de contentamento e paz - sanidade. Esta é também a base dos recursos internos e capacidade de recupera??o que podem ser observados em pessoas que recobram sua paz de espírito mesmo depois de grande adversidade e dor psíquica. Essa atitude, que inclui gratid?o por prazeres do passado e satisfa??o com o que o presente pode oferecer, expressa-se em serenidade. . Em algumas pessoas permite o desenvolvimento de grande criatividade e capacidade de pensar e agir, exatamente pela necessidade oriunda das dificuldades - em países, a semelhan?a pode ser com a rea??o as guerras, a criatividade para atender as necessidades em condi??es extremas, e o esfor?o para a reconstru??o do país ao termino da contenda. O prazer que o bebe foi capaz por sentir-se amado e amoroso, estende-se as suas rela??es com pessoas, ao seu trabalho e a tudo por que ele sente que vale a pena lutar. O que significa enriquecimento da personalidade e a capacidade de usufruir de seu trabalho. A identifica??o bem sucedida torna possível desfrutar dos prazeres de outros: na inf?ncia usufruir da felicidade dos pais, na vida adulta, os pais podem compartilhar os prazeres da inf?ncia e evitar interferir porque s?o capazes de identificar-se com seus filhos. A gratid?o tem a ver com a aprecia??o do bem nos outros e em si mesmo Gratus do latim, significa agradável, sustenta o conceito de gra?a, um estado interno de boa vontade, decência, encanto e aprova??o que desvia o mau olhado. a capacidade de identificar-se propicia a felicidade de ser capaz de admirar o caráter ou as conquistas dos outros. O mundo seria um lugar mais pobre se n?o tivéssemos oportunidade de perceber que existe grandeza e que continuará existindo no futuro. a admira??o estimula algo em nós e aumenta indiretamente nossa cren?a em nós mesmos. A capacidade de admirar as conquistas de outras pessoas é um dos fatores que tornam possível um trabalho de equipe bem sucedido: se a inveja n?o è grande, podemos ter prazer e orgulho no trabalho com pessoas que superam nossas capacidades, já que nos identificamos com esses membros destacados da equipe. - uma das nossas dificuldadesA pessoa grata é capaz de receber e assimilar tudo dos bons sentimentos e pensamentos, além de coisas tangíveis. Isso significa que ela pode acumular um estoque interno de experiências enriqueceras que ajudam a se opor á cobi?a e transformar o mundo num lugar muito mais amistosos, doador e estimulante.O processo terapêutico implica na liberta??o da servid?o para a expans?o dos afetos alegres. Uma perspectiva oposta da atual medo-n?o a??o, direcionada para crescimento, potência e a??o, A grandeza e nobreza que est?o implícitas na gratid?o e na admira??o podem ser um atrativo inicial para uma sociedade personalistas, e que se ver no outro. Depois, com a prática cotidiana, a sociedade percebe que é bom, útil, e usa a característica de Adaptabilidade para incorporar como cultura - premiar, elogiar, estimular, incentivar, tudo será conseqüência da percep??o do prazer de ver que o outro, diferente, quando é melhor, me engrandece. Se somos alegres, somos vistos assim como conjunto. Se formos gratos, será semelhante.Gratid?o é sanidade, serenidade, prazer, vida rica. A GRATID?O PERMITE IDENTIFICAR-SE COM O QUE ? MELHOR, e divertir-se com isso. ? EXATAMENTE O OPOSTO DA INVEJA - identifica??o positiva, onde o indivíduo cresce com a bondade do objeto, aumenta potência de agir, pela alegria de passar de uma perfei??o menor para uma maior.Ao procurar seu passado com olhos atentos o brasileiro se apropria da história do seu prazer, do qual n?o se lembra por viver no presente e, entre outras alegrias, da miscigena??o que traz o calor e a gratifica??o, na emotividade no caráter que permite identifica??o e alegria, a terra que oferece tantos prazeres e numeráveis riquezas, nas vitórias, na primazia brasileira n?o valoriza da em tantas situa??es - os muitos aspectos que proporcionam condi??es de gratid?o; celebrá-las, a todo momento, como outras culturas o fazem, sera trazer prazer ao prazer - ser grato é ser feliz.REVERENCIA REVERENCIA (respeito + humildade -+ admira??o + gratid?o)Uma reverência ou vénia é o ato de baixar a cabe?a e/ou o corpo, como um gesto social em dire??o a outra pessoa ou símbolo;tradicionalmente as reverências s?o feitas por artistas no palco ao fecharem-se as cortinas , quando recebem aplausos; reverências expressam a gratid?o e o respeito diante do reconhecimento do público.Para Nilton Bonder a reverência é a capacidade de reconhecer e priorizar certos princípios da vida, sabendo valoriza-los ? uma aptid?o do intelecto, está no patamar das cren?as, análise das intui??es. Reconhecer o valor é inteligência.? o que é respeitado e valorizado, que chama o espírito. Reverencia e espiritualidade s?o o norte para a raz?o última que nos mobiliza. A reverência é o alicerce sobre o qual qualquer leitura da realidade pode se firmar. ? Inteligência espiritual, a capacidade de recontextualizar o desespero, calma na dor, o crescimento em meio ao sofrimentos, saber que a situa??o escura contem em si a luz que n?o é vista ainda. Reverência é reconhecer o sagrado em cada coisa, cada momento. ? a reverencia que prioriza temor, respeito, em vez de medo. E temor, reconhecimento do que se deve agradecer e respeitar, funciona como pedra fundamental e que deve preceder qualquer outro conteúdo.Temor é o que uma pessoa sente ao segurar um bebe bem pequeno - respeito e reconhecimento do que agradecer. N?o medo, mas cuidado, reconhecimento e admira??o diante da beleza da vida.O Brasil é pleno de raz?es de reverência.Reconhecer o Sagrado n?o é buscar eliminar pensamento impuros e sim lan?ar luz sobre eles, assumir a responsabilidade por si, os próprios atos e pensamentos. A reverência implica em respeito e humildade, integridade e verdade internaReconhecer que os impulso e a própria falibidade, representam escadas para o crescimento e aprimoramento do ser, é auto respeito e auto-considera??o. A reverência pressup?e essa for?a interna. Os reverentes s?o consciente de si ante o sagrado? decorrência da capacidade de gratid?o, a aprecia??o do bem nos outros e em si mesmo - a gratid?o vem de riqueza interna e for?a, como a reverência, a admira??o, o reconhecimento de valor. Admitir que o outro é superior e admirar , nisso, o melhor do outro - a reverência é grandeza de quem reverencia, é humildade sem humilha??o .Na inveja, o outro é responsavel, eu n?o; eu conecto com o outro e vivo através dele.Na reverência eu conecto com o outro e vivo com ele.admira??o é exatamente a capacidade de semelhan?a, de igualdade, a participa??o nas virtudes do admirado. A admira??o é aproxima??o e for?a, intensidade. a intera??o, de alma com alma. O oposto da inveja, admira??o é parceira e conseqüência da generosidade.Só quem é generoso pode ser grande. N?o há grandeza duradoura sem generosidade.Cada um que é melhor eleva a todos, autoriza que cada um seja melhor, engrandece todos - perceber uma emo??o é desperta a mesma emo??o na pessoa que percebe, numa espiral Para viver com qualidade, sermos livres (...), dependemos da gra?a da reverência. Só afetos alegres podem conduzir à liberdade.Quando projetamos uma imagem de beleza interna no relacionamento com o outro, nos auto-satisfazemos com isso. Ao me equiparar internamente a beleza que vejo no outro, isso também é fonte de auto-conserva??o, alegria e potência. Outros países tiveram guerras, ou tem grandes problemas, e apesar de tudo mantém a dignidade, consistência interna e nobreza, ao reverenciar.(?ndia)? fácil perceber a diferen?a dos países que n?o reverenciam ( inclusive aquele muito religiosos). O que n?o reverencia n?o tem for?a interna, n?o tem grandeza(Isl?).? preciso Reverenciar toda a gra?a que o brasileiro recebe da terra, da natureza, da vida, do outro . Assumir responsabilidade por si, reconhecer erros, ser capaz de grandeza acima das limita??es da história, ter for?a para existir com valor. Reverenciar os mortos, o passado, beleza e riqueza da terra e da gente é inteligência .Essa inteligência é espiritualidade, e é fundamental para nos libertar da servid?o dos afetos negativos.? o próximo passo após ser capaz de agradecer.O SAGRADO - MELHORAR, é gde RESPOSTA O SAGRADO: A DIFEREN?A Sagrado em hebraico arcaico significa "colocar á parte ou separar".Sagrar ou fazer sagrado significa tornar distinto.A própria qualidade da Cria??o, como descrita no texto bíblico, é a de separa??o. o poder transformador e criador está no ato de separar e de diferenciar.A diferen?a n?o só cria, como parece preservar a própria vida - biodiversidade é essencial para conserva??o do meio ambiente. A genética já mostrou que a diferen?a entre indivíduos é marca de saúde. Clonagem de indívíduos empobrece a vida a tal ponto que a coloca em risco.A diversidade entre os seres vivos produz a cada procria??o um ato de cria??o de um ser diferente. ?nico. Sagrado."'Ter um espírito único é conter um peda?o de um infinito quebra-cabe?as onde a condi??o de ser parte do todo é ter uma diferen?a que se encaixe com todas as outras diferen?as'.A característica maior dessa diferen?a é que ela agrega, faz pertencer ao conjunto. O que nos une é a diferen?a, n?o a igualdade.? a diferen?a que é a semelhan?a entre todos nós e também entre nós e o Criador. A marca de nossa singularidade seria em si o espírito soprado em cada um de nós, individualmente, como em Ad?o. Assim estaria plantado em nós o sagrado. A igualdade nos desumaniza, extirpa os espíritos, a criatividade. Criatividade é dar vida, a igualdade é sem vida.A beleza está em sagrar e n?o segregar, essa a diferen?a entre espiritualidade inteligente e ignorancia espiritual. . ? o espírito diferente em nós que nos iguala., nos une. O ego, por sua vez, que é igual em todos nós, é o que usamos como referencial da diferen?a entre nós - quando trata-se na verdade da semelhan?a. A inteligencia está em reconhecer a diferen?a e modificar as matrizes de entendimento necessárias. A paz está em sermos profundamente diferentes e ao mesmo tempo profundamente iguais" E o objetivo de toda inteligência é o encontro. N?o temos qualquer outro uso para a inteligência além de reencontrar o caminho que nos leva de volta ao "jardim" do qual nos originamos" (Nilton Bonder)Liga??o horrívelMelhorar espiritualidade, é a coisa mais importante junto com alegriaEx islamismo/confusionismo/catolicismo/protestawntismoNo sagrado, nos ritos e nas grandes festas religiosas o individuo se esquece de si e penetra mais profundamente na vida social, com desprendimento - o sagrado está em outro espa?o e tempo, longe do profano que se dissolve, na entrega da alma busca do encontro, a re-liga??o (re-ligare) com o divino.Um exemplo profano é a festa do ano Novo, morte e renascimento do mundo, quando tudo se vitaliza exatamente porque passa pela morte para se recriar . Representa, como nas religi?es, a morte e a ressurrei??o, o fim e o novo princípio, a restaura??o da unidade de Deus.No rito religioso o desaparecimento da inveja n?o é só cerimonial. A solidariedade coletiva se prolonga, estabelece a vida cotidiana de deveres morais, torna-se mandamento, dever, pratica. No cimo de toda religi?o existem institui??es comunitárias austeras onde se procura realizar um ideal de perfei??o ética, desligamento do mundo dos desejos e egoísmo e também da inveja. Prolongar rela??o com o absoluto, fazendo dele o fundamento de qualquer a??o.A espiritualidade é fundamento onde se constrói a vida social. Sem uma espiritualidade eficiente, n?o há civiliza??o. A decadência de grandes impérios é medida pela sua separa??o da espiritualidade, do sagrado. Ao contrário, grandes for?as advém de uma espiritualidade ativa, A espiritualidade é for?a de a??o e comportamento, de motivo de Cruzadas, guerras santas, descobrimentos e expans?o de civiliza??o exemplo atual, o papel do?confucionismo?tem sido fundamental para explicar o sucesso dos quatro tigres asiáticos. Esta conclus?o é semelhante à teoria da ética do trabalho protestante promovida pelo sociólogo alem?o?Max Weber, em seu livro?A ?tica Protestante e o Espírito do Capitalismo. A?cultura do confucionismo?é citada como ser compatível com a industrializa??o, porque valoriza estabilidade, trabalho duro, lealdade e o respeito para a autoridade.[3]?Há uma influência significativa do confucionismo nas institui??es empresariais e políticas dos Tigres Asiáticos. O Confucionismo foi ensinado nas escolas de Singapura até os anos 1990. Seminários sobre Confúcio foram oferecidos por empresas sul-coreanas como a?Hyundai?para a gest?o da empresa. No Brasil temos um grande problema com a espiritualidade, que governou nossa forma??o - ortodoxia religiosa católica foi a unidade política brasileira.Mas n?o espiritualidade, pelo contrário "Menos atenta ao sentido íntimo das cerim?nias do que a pompa exterior, quase carnal em seu apego ao concreto e rancorosa incompreens?o de toda verdadeira espiritual idadeNo Brasil o culto sem rigor, intimo e familiar, democrático, que dispensava do fiel todo esfor?o toda diligencia, tirania sobre si mesmo, corrompeu pela base nosso sentimento religioso."SBHEspiritualidade é um dos grandes problemas da constru??o da na??o brasileira, talvez o maior de todos. A falta dela permite o ódio, a inveja, a dor e morte. Sem uma espiritualidade verdadeira, para unir-se à reverência, n?o temos o norte necessário ao caminhar, n?o seguimos...Que os povos que formam a cultura possam unir-se para solucionar essa deficiência resultado da ortodoxia e da Inquisi??o. Talvez haja um papel para os descendentes de crist?os novos e sua história nesse processo.A ALEGRIAA ALEGRIAA inveja guia, conduz para regras de grupo e leis de convivência, inserindo o eu separado, diferenciado, individual, no coletivo. outra forma de uni?o do eu com o conjunto, uma entidade maior, sintonia de todos os cora??es, reunidos para uma meta comum, onde se suspendem as regras quotidianas de separa??o, classifica??o, competi??o - A festa/fus?o coletivaA festa coletiva é fundamental para o metabolismo psíquico do individuo, que através da multid?o volta a se conectar com sua raiz coletiva, esquece o limite do eu particular, sua separa??o, esquece a inveja. O eu ressecado, árido, ávido de valor se encontra repentinamente enriquecido, reconhecendo-se nos objetos de amor coletivo, identificando-se, lutando por um valor que n?o é ele próprio mas o transcende e engloba. A inveja desaparece milagrosa mente.No exato momento em que nos esquecemos de nós mesmo, do nosso eu separado, e do problema de quanto ele deve ser estimado, quanto vale.Sem essa irriga??o emocional, sem a recrea??o da fus?o coletiva, qualquer institui??o definha, esgota-se.? o mesmo processo do grupo que freia e impede a criatividade no conjunto, mas ao contrario, no aspecto positivo, o momento da inclus?o do indivíduo separado no todo, na multid?o, com alegria. As competi??es esportiva semanais, grandes shows de Rock , seus preparativos e celebra??es s?o uma suspens?o das regras do cotidiano de classifica??o, avalia??o, competi??o inter pessoal. O menor grau de fus?o coletiva é excelente para a psique do indivíduo e pára a sociedade, que n?o pode existir sem anular periodicamente as regras cotidianas de convivência.Somos um povo alegre,e temos a maior festa do mundo, o carnaval. No desfile de Escolas de Samba, todos s?o unidos pelo esfor?o de alegria e beleza, raiz coletiva, juntos para oferecer o melhor de si para alegria do outro.? o que é necessário transferir para conjunto das a??es sociais e individuais. Gerais.Quando a alma se contempla a si mesma e à sua capacidade de agir, alegra-se; A alegria é a passagem do homem de uma perfei??o menor para uma maior. perfei??o é potência de agir? (no Sambódromo essas frases s?o uma verdade)quanto mais perfei??o uma coisa tem, tanto mais age e menos sofre, e inversamente, quanto mais ela age mais perfeita é. com objetivo de alegra-se, aumentar sua potência e ser mais perfeito o homem esfor?a-se para conceber as coisas como s?o em si e por afastar os obstáculos do verdadeiro conhecimento, como s?o o ódio, a ira, a irris?o, o orgulho e outras coisas do gênero (...) e esfor?a-se tanto quanto possível por bem agir e por se alegrar...O objetivo desse esfor?o é determinado pela raz?o, n?o pela moral :.. na ordena??o dos nossos pensamentos e imagina??o devemos atender sempre ao que há de bom em cada coisa a fim de sermos assim sempre determinados a agir pela afec??o da alegria... há 300 anos é orienta??o de como alcan?ar alegria e bem viver: ter boa fé...o ódio deve ser vencido pelo amor e que cada um que é conduzido pela razáo deseja que seja também para os outros o bem que deseja para si... embora essa frase pare?a ligada à religi?o, n?o é, é resultado de observa??o totalmente racional - pensar bem é útil para o ser humano, simplesmente porque faz bem, e pensar mal ou com ódio faz mal. Por isso o" homem livre n?o age nunca com fraude, mas sempre de boa fé". essa ordem é fruto da raz?o mais analítica e objetiva. A raz?o do bem pensar é sua utilidade, seu resultado....."Aquele que portanto se empenha em governar as suas afec??es e apetites só por amor da liberdade, esfor?ar-se-a por conhecer as virtudes e as suas causas e por encher a alma de alegria, que nasce do verdadeiro conhecimento delas; mas de modo algum se esfor?ará por contemplar os vícios dos homens..."Ser vigilante na competi??o, ??? esquecendo de si mesmo e do problema insolúvel do valor próprio. A inveja é uma obstru??o do impulso vital, para escapar é preciso inverter o movimento do interior para o exterior, do medo para a coragem, mergulhar novamente no impulso vital, na vida que corre arriscada. Impulso vibrante na dire??o de tudo que estivermos dispostos a admirar. Olhar criativo, cheio de fresco, ingênuo e infantil, que observa cada coisa como se a visse pela primeira vez. Que descobre o mistério, a profundidade, a riqueza de cada ser vivente.Esse olhar se tem em certos estados de gra?a. Mas podemos cultivá-lo, participando da vida, aceitando sua diversidade.Ser justo e imparcial, se colocar no lugar do outro e n?o abrir a boca sem antes ter feito de boa fé essa experiência.Criatividade é potência, uma capacidade de se afetar simultaneamente pelas diferen?as. O brasileiro é fruto de múltiplos contrastes, grande miscigena??o, com potência e capacidade de uma criatividade simples, bela, muito própria e rica,Ex: desfile das Escolas de Samba no Carnaval do Rio de Janeiro. Beleza, criatividade, sofistica??o, trabalho conjunto, uni?o, etc., todos os atributos de sucesso reunidos. O resultado é espetacular. N?o aproveitado pela primazia da servid?o, mas uma comprova??o da potência do brasileiro, que precisa ser aproveitada. Porque somos capazes de perfei??o.Agir na dire??o do conhecimento, do aprendizado.- - Pela terapia das emo??es, que quando toma cob=conhecimento das emo??es elas cessam de governar a vida- conhecimento das palavras seu significado - se n?o por aprendizado, ent?o por moral- conhecimento é o que dá real alegria e felicidadeN?o é coincidência que a maior criatividade, exuber?ncia e competência do brasileiro está nas festas, nas express?es de alegria da sua cultura. No Carnaval, S?o Jo?o, Parintins, Boi-Bumbá, entre outras brilhantes express?es de exuber?ncia, está também a potência espont?nea do brasileiro, sua perfei??o, beleza, excelência. ? o exemplo do que pode ser transferido para todas as áreas da experiência nacional, para a educa??o, justi?a, desenvolvimento industrial e social, capacita??o científica, transportes e comunica??o, planejamento de futuro,etc. Esfor?o coletivo e Perfei??o. ................
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