SOBRE A PALAVRA MULATO/MULATA - O Guia Legal



[pic]

SOBRE A PALAVRA MULATO/MULATA

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

[pic]

Mula pastando em Itaúnas, em Conceição da Barra, no Espírito Santo, no Brasil

Mula, mulo, mu, besta, burro, macho ou jerico (este último, nas ilhas da Madeira e Porto Santo e em algumas regiões do Brasil), em seu significado moderno comum, é o indivíduo híbrido resultante do cruzamento de um jumento, Equus africanus asinus, com uma égua, Equus caballus ou de um cavalo com uma jumenta. Só existem mulas fêmeas.

Etimologia

"Mulo" e "mu" se originaram do termo latino mulu . "Besta" se originou do termo latino bestia . "Macho" se originou do termo latino masculu . "Burro" se originou de "burrico" .

Descrição

Por agrupar características positivas das duas raças, é um animal adaptado ao transporte de cargas, tendo sido muito utilizado até o começo do século XX, principalmente em locais de topografia acidentada.

Devido ao fato de cavalos possuírem 64 cromossomas, enquanto o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomas, os mulos são, quase sempre, estéreis. São raros os casos em que uma mula deu à luz; com efeito, desde 1527, data em que os casos começaram a ser arquivados, apenas 60 casos foram registrados.

A origem da palavra Mulato (1)

Mulato é um termo que designa uma pessoa que é descendente de africanos e europeus (cf. mestiço). Podem apresentar os mais variados perfis fenotípicos e culturais.

Etimologia

A maioria dos estudiosos confirma que o termo 'mulato' vem das palavras em espanhol e português para a mula, que por sua vez, baseiam-se no termo em latim para o mesmo animal, mulus. A mula é o produto resultante do cruzamento do cavalo com burra ou do jumento com égua. Como significa um produto hibrido (mistura de raças), passou a aplicar-se ao filho de homem branco e mulher negra ou vice-versa. A palavra foi usada pela primeira vez cerca de 400 anos atrás, durante o período escravista. Na comparação implícita pode ter entrado o interesse dos escravocratas em justificar a escravidão e todas as perversidades contra os escravos, passando a idéia de que eram próximos, mas não pertenciam à mesma espécie dos brancos.

A maioria dos etimólogos e lexicógrafos descarta a hipótese de que mulato poderia vir do étimo árabe mowallad ("filho de árabe e estrangeiro"), e que poderia estar relacionado com walada ("dar à luz"). Eles ressaltam que mulato é certamente ligado ao comércio atlântico de escravos. O uso da palavra mula para designar uma pessoa mestiça aparece nas Histórias, de Heródoto. O oráculo de Delfos havia profetizado a Creso, rei da Lídia, que o seu reino duraria até que uma "mula" fosse rei dos medos; de fato, quando Ciro II, que tinha pai persa e mãe meda, se tornou rei da Média e da Pérsia, o reino de Creso caiu.[]

Mulato no Brasil

No início do século XIX o Brasil foi espaço para diversas teorias raciais - muitas das quais sob um viés negativo. Destaca-se a contribuição de Conde de Goubineau, que dizia que se caso a nação continuasse com seus hábitos de mestiçagem a nação seria extinta em menos de 200 anos. Há outros teóricos que acreditam que a mestiçagem tem aspectos entendidos como positivos - pois permite o embranquecimento da raça negra. Em ambos os casos há uma visão preconceituosa da mestiçagem. Contudo com o projeto Varguista da década de 30 para a construção da identidade do brasileiro, unido ao projeto de aproximação dos Estados Unidos com a política da Boa Vizinhança, a visão sobre o mestiço foi transformada no ideário brasileiro. Pode-se destacar o personagem Zé Carioca e a composição dos sambas da época. Contudo, deve se ressaltar a visão estereotipada dessas teorias.

FONTE: WIKIPEDIA – FOTO: O Mulato de Candido Portinari.

A origem da palavra Mulato (2)

Ocorreu no Brasil, no século XIX.

O mulato é a descendência de um negro com um branco. Inicialmente fazia menção ao filho ou filha de um africano com um europeu.

Os europeus que viviam no Brasil não queriam que seus filhos e filhas se casassem com africanos ou seus descendentes.

Mulato vem de mula, que é o resultado do cruzamento do jumento com a égua.

As mulas são estéreis, ou seja, não podem ter filhos*.

Com isso, os europeus e brasileiros que aderiram à tal postura estavam dizendo que se um branco se casasse com um negro eles não teriam filhos, logo os pais que permitissem que os filhos descumprissem essa regra seriam condenados a não serem avós.

Raros foram os casos em que mulas geraram filhos. De 1.527 (data em que os casos começaram a ser arquivados) até os dias de hoje somente 60 mulas geraram filhos.

FONTE:

A origem da palavra Mulata

Palavra de origem espanhola, feminina de "mulato", "mulo" (animal híbrido, resultado do cruzamento de cavalo com jumenta ou jumento com égua). As palavras "mulato" e "mulata" foram usadas de forma pejorativa para os filhos mestiços das escravas que coabitaram com os seus senhores brancos e deles tiveram filhos.

Mulata na música do Brasil

MULATA é o título original da marcha composta pelos Irmãos Valença em 1929.

Conhecida e cantada nos bares do Recife, teve repercussão nacional pelo lançamento feito por Lamartine Babo e pela ação judicial que causou.

"Que cresce em curto-circuito, que fruido

que se queimou-se, fusive incrive,

pruque nesses teus dois quartos de fama, mulata,

passa a corrente da trama"

Em compasso binário, com letra cheia de gíria da capital pernambucana na época de sua composição, foi baseada em uma mulata que passeava pelos bares das cercanias da Avenida Guararapes. Falava em corrente da Trama, em alusão à empresa Pernambuco Tramways, então concessionária de distribuição de energia elétrica em Pernambuco.

Aproveitando toda sua melodia e o estribilho, Lamartine Babo acrescentou-lhe estrofes com outro arranjo e a lançou no Rio de Janeiro com o título de "O teu cabelo não nega" Muitos outros exemplos destacaram a Mulata nas canções, tanto bem quanto não tão bem.

Mulata Assanhada, -Ataulfo Alves – 1930s / Morena Boca de Ouro – Ary Barroso – 1930s / E luxo só – Ary Barroso / Luiz Peixoto – 1930s / Ela diz que tem – Carmen Miranda – 1941 / O teu cabelo não nega – Lamartine Babo, João, Raul Valença – 1930s

Mulata como tipo de mulher

Por Dicionário inFormal (SP) (Na foto: Solange Couto)

Mulher de pele negra com característica de corpo mais bonito que a maioria das mulheres. Possui geralmente curvas fortes, peitos bonitos, bunda grande e bonita.

As mulatas do Sargentele. Para quem é brasileiro e teve a oportunidade de ver uma apresentação de tal show. Era fantástico. Excepcional como o referido apresentador do show tratava com carinho suas tão assim cariosamente chamadas de "mulatas do Sargentele". Exemplo de sensualidade e beleza, sem ofensa e muito pelo contrário com estimado carinho e admiração que passava para todos que o assistia.



Do latim e o Francês até o Fuleco

Veio do Latim mulus, feminino mula. No Português, o termo designa indiferentemente o híbrido de um jumento com uma égua (o mais comum) ou o de um cavalo com uma jumenta. Outras línguas românicas, no entanto, têm vocábulos diferentes: mulet e bardot (Fr.), mulo e bardotto (It.), mulo e burdégano (Esp.). Como insulto, é usado principalmente para criticar pessoas teimosas. Produziu vários derivados, entre eles a muleta e a mulita (espécie de tatu que tem as orelhas voltadas para trás, como uma mula). Mulato, antigo diminutivo de mula usado no séc. XVI, era usado como sinônimo genérico de mestiço, até que definitivamente passou a designar o filho de pai negro e mãe branca, ou vice-versa.

FONTE:

A Mulatas de DI CAVALCANTI

Mulata, década de 50:

O tema favorito de Di Cavalcanti eram as mulheres, preferencialmente as mestiças e mulatas, que para o artista representavam a diversidade brasileira. Suas mulheres eram coloridas e sensuais. Di Cavalcanti acreditava que uma das principais funções da arte era o engajamento social. Assim, buscava retratar pessoas de todas as classes, compondo, como em um mosaico, uma identidade nacional.

ORIGEM “Macua” DA PALAVRA MULATO? ?

Sobre esta versão muitos dizem que é absolutamente inventada, mas o dialeto Macua existe em Moçambique.

A origem da palavra mulato tem a sua origem na língua Macua. Era um termo usado mesmo antes dos portugueses aportarem na áfrica e colonizar os territórios moçambicanos, de Cabo Delgado e Niassa, regiões onde se falava a língua Macua (ainda se fala). Antes dos portugueses aportarem naquela região, os árabes já explorava em especial, Cabo Delgado. Há um termo árabe, muwalld, que significa: mestiço. Mas o termo muwalld define a conversão de um individuo de uma outra religião ao islamismo. Da relação entre os árabes e o povo macua, em especial, as nativas que mantinha relações sexuais com árabes em troca de tecidos e outros objetos que lhes apetecessem, sempre resultava numa gravidez; gravidez essa que nem sempre era aceita por alguns grupos domésticos. Dessa forma, expulsava a mulher que viera a ter relações sexuais com o Mmalapo (estrangeiro, estranho à família, ao clã, à povoação, à aldeia.), do grupo.

Há uma infinidade de palavra para definir um estrangeiro: Mulecto, Mutchú, Nawurwa. A criança que nasciam das relações entre uma nativa e um estranho se chamava: Mulatho. E o termo mulatho era depreciativo; os mulathos eram considerados como filhos de Muttompe (mulher de má vida), ou seja, filhos de prostitutas. Em termos mais livres: filho de puta. Há algumas palavras na língua macua, que para nós teria uma correspondência com o gênero gramatical feminino, mas na língua macua tem outro sentido, por exemplo: Mulatha. Mulatha não é feminino de Mulatho. Mulatha é um local onde se faz setas ou fechas. A palavra Mulattu que se aproxima foneticamente com o nosso mulato (que no Timor Leste há uma variação – mulatu, para designar: moreno), significa: questão, causas, motivo, demanda, culpa, ofensa. Já a palavra Mulacta, tem um sentido depreciativo: pobre, miserável, desgraçado.

No Dicionário de Macua – Português (Da Sociedade Missionária Portuguesa), confere a palavra mulatho (grafada desta forma: mulatho) o seguinte significado: mulato, mestiço, misto. Com o passar do tempo e com a colonização portuguesa nos territórios africanos e no Brasil, a palavra mulato perdeu o seu sentido de origem (filho de prostituta) e tomou um rumo mais conveniente ao colonizador. E naturalmente que com a crescente miscigenação, e em especial com as relações sexuais entre portugueses e as mulheres nativas, os portugueses tratou de inverter o significado da palavra para sustentar o seu projeto de embranquecimento nas colônias. E nesse sentido, a palavra mulato adquire um valor que hoje conhecemos: individuo cheio de manhas; inzoneiro; sonso; pardo. Mas não podemos esquecer que a palavra mulato, ainda é usada de forma pejorativa em suas extensões aviltantes que nutri o preconceito. Quem me contou essa historia da origem da palavra mulato foi o meu pai (negro), que nasceu em Vila Cabral, no distrito de.Niassa,Moçambique.

ADU VERBIS é o pseudônimo do Bahiano J.R.J.H.

FONTE: !

‘O Mulato” de Aluísio Azevedo.

O romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, foi publicado em 1881 e causou escândalo na sociedade maranhense, não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo assunto de que tratava: o preconceito racial. A obra teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte e tomado como marco do Naturalismo no Brasil.

Na época, a obra foi muito mal recebida pela sociedade maranhense e Aluísio Azevedo, que já não era visto com bons olhos, tornou-se o "Satanás da cidade". Para se ter uma idéia da indignação causada pela obra, pode-se citar o fato de o redator do jornal A civilização ter aconselhado Aluísio a "pegar na enxada, em vez de ficar escrevendo". O clima na cidade ficou tão ruim para o autor que ele decidiu retornar ao Rio de Janeiro.

Alguns elementos naturalistas quer estão presentes nesta obra são: a crítica social, através da sátira impiedosa dos tipos de São Luis: o comerciante rico e grosseiro, a velha beata e raivosa, o padre relaxado e assassino, e uma série de personagens que resvalam sempre para o imoral e para o grotesco; o anti-clericalismo projetado na figura do padre e depois cônego Diogo, devasso, hipócrita e assassino; a oposição ao preconceito racial que é o fulcro de toda a trama; o aspecto sexual referido expressamente em relação à natureza carnal da paixão de Ana Rosa pelo mulato Raimundo; o triunfo do mal, pois no desfecho, os crimes ficam impunes e os criminosos gratificados: a heroína acaba se casando com o assassino de Raimundo (grande amor de sua vida), e o padre Diogo, responsável por dois crimes, é promovido a cônego.

........................................................................................

Sobre o mulato, Raimundo - filho do irmão de Manuel Pescada, José Pedro da Silva, com sua escrava negra Domingas. A idealização própria dos romancistas românticos, a superioridade absoluta: moral, intelectual e mesmo física, observa-se na descrição deste personagem: "Raimundo tinha vinte e seis anos e seria um tipo acabado de brasileiro, se não foram os grandes olhos azuis, que puxara do pai. Cabelos muito pretos, lustrosos e crespos, tez morena e amulatada, mas fina, - dentes claros que reluziam sob a negrura do bigode, estatura alta e elegante, pescoço largo, nariz direito e fronte espaçosa. A parte mais característica de sua fisionomia era os olhos grandes, ramalhudos, cheios de sombras azuís, pestanas eriçadas e negras, pálpebras de um roxo vaporoso e úmido,- as sobrancelhas, muito desenhadas no rosto, como a nanquim, faziam sobressair a frescura da epiderme, que, no lugar da barba raspada, lembrava os tons suaves e transparentes de uma aquarela sobre papel de arroz.

Tinha os gestos bem educados, sóbrios, despidos de pretensão, falava em voz baixa, distintamente, sem armar ao efeito, vestia-se com seriedade e bom gosto; amava os artes, as ciências, a literatura e, um pouco menos, a política."

Raimundo saíra criança de São Luís para Lisboa. "Em toda a sua vida, sempre longe da pátria, entre povos diversos, cheia de impressões diferentes tomada de preocupações de estudos, jamais conseguira chegar a uma dedução lógica e satisfatória a respeito da sua procedência. Não sabia ao certo quais eram as circunstâncias em que viera ao mundo, não sabia a quem devia agradecer a vida e os bens de que dispunha. Lembrava-se no entanto de haver saído em pequeno do Brasil e podia jurar que nunca lhe faltara o necessário e até o supérfluo. "Esse jovem rico e virtuoso regressa a São Luís, depois de anos na Europa, formado e com o intuito de desvendar o mistério de seu passado. Antes, passara um ano no Rio de Janeiro e agora volta a São Luís para rever seu tio e protetor distante, Manuel Pescada.

VER MATÉRIA COMPLETA

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

PESQUISA

[pic] AGOSTO 2014

................
................

In order to avoid copyright disputes, this page is only a partial summary.

Google Online Preview   Download