Revisão de geografia – parte 3 - Escola Vila Prado



Revisão de geografia – parte 3

Organização do espaço geográfico mundial.

A palavra território (geográfico) refere-se a uma área delimitada sob a posse de uma pessoa (ou grupo de pessoas), de uma organização ou de uma instituição. O termo é empregado na política. Há vários sentidos figurados para a palavra território, mas todos compartilham da ideia de apropriação de uma parcela geográfica por um indivíduo ou uma coletividade.

O termo "fronteira" refere-se a uma região ou faixa, enquanto que o termo "limite" está ligado a uma concepção imaginária; podendo ser natural a, geométrica ou arbitrária.

RAÇA E ETNIA - Embora não possam ser considerados como iguais, o conceito de raça é associado ao de etnia. A diferença reside no fato de que etnia também compreende os fatores culturais, como a nacionalidade, a afiliação tribal, a religião, a língua e as tradições, enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.

NAÇÃO, do latim natio, de natus (nascido), é a reunião de pessoas, geralmente do mesmo grupo étnico, falando o mesmo idioma e tendo os mesmos costumes, formando assim, um povo (agrupamento de pessoas), cujos elementos componentes trazem consigo as mesmas características étnicas e se mantêm unidos pelos hábitos, tradições, religião, língua e consciência nacional.

Estado (do latim status,us: modo de estar, situação, condição), segundo o Dicionário Houaiss é datada do século XIII e designa "conjunto das instituições (governo, forças armadas, funcionalismo público etc.) que controlam e administram uma nação"; "país soberano, com estrutura própria e politicamente organizado".

A ascensão do "Estado moderno", como um poder público que constitui a suprema autoridade política dentro de um território definido dentro da Europa Ocidental está associado ao gradual desenvolvimento institucional que começa no final do século XV e termina no século XVIII, culminando com a ascensão do absolutismo e do capitalismo.

O termo cidade-Estado significa cidade independente, com governo próprio e autônomo. Cidades-Estados eram comuns na Antiguidade, principalmente na Grécia Antiga, tais como Tróia, Atenas e Esparta. Mais tarde as cidades-Estado e suas ligas, também vieram a fazer um papel importantíssimo na Itália. Por exemplo, Gênova, Pisa, Florença, Amalfi e, a mais famosa de todas, Veneza.

Um país coincide com um território soberano e está associado a um Estado, nação ou governo.

A soberania é uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum outro poder. E autonomia é quando um território ou organização pode estabelecer com liberdade suas próprias leis ou normas.

Possessões são territórios dependentes de outros países no mundo. Enclave é um território cujas fronteiras geográficas ficam inteiramente dentro dos limites de um outro território.

[pic]Na figura, C é um enclave dentro de A.

A ATIVIDADE INDUSTRIAL

Indústria é toda atividade humana que, através do trabalho, transforma matérias-primas em outros produtos, que em seguida podem ser, ou não, comercializados e que possuem, normalmente, maior valor agregado. De acordo com a tecnologia empregada na produção e a quantidade de capital necessária, a atividade industrial pode ser artesanal, manufatureira ou fabril. Ao conjunto de indústrias, deu-se o nome de setor secundário, em oposição à agricultura (setor primário) e ao comércio e serviços (setor terciário), de acordo com a posição que cada atividade normalmente está na cadeia de produção e consumo. Hoje em dia o processo industrial é capitaneado pelas multinacionais. Também se pode usar o termo indústria, genericamente, para qualquer grupo de empresas que compartilham um método comum de gerar dividendos, embora não sejam necessariamente do segundo setor, tais como a indústria do entretenimento, a indústria bancária ou mesmo a agroindústria As indústrias iniciaram suas atividades principalmente após a Primeira Revolução Industrial que ocorreu no fim do século XVIII início do século XIX, esse momento histórico ficou marcado devido a dois inventos, a máquina têxtil a vapor e a locomotiva.

TIPOS DE INDÚSTRIA

O seguimento industrial a partir daí sofreu uma série de evoluções, e essa atividade está diretamente ligada às transformações tecnológicas. Atualmente, apesar do uso do termo indústrias para todos os ramos, existem classificações segundo o ramo que cada qual atua. Desse modo, são classificadas em: indústria de base, bens intermediários e bens de consumo.

Indústria de Base

A indústria de base atua na transformação de matéria-prima bruta em produtos a serem utilizados por outras indústrias, nessas podemos destacar: • Indústria de extração de minérios. • Indústria de refinaria de combustíveis fósseis. • Indústria Siderúrgica, atua no processamento de minérios. • Indústria química, desenvolve produtos químicos usados nas indústrias e em outras atividades.

Indústria de bens intermediários

Desenvolvem atividades voltadas para o desenvolvimento de máquinas e equipamentos direcionados para outras indústrias, com isso destaca-se: • Indústria de autopeças. • Indústria mecânica, produz implementos agrícolas e industriais. • Indústria naval.

Indústria de bens de consumo

Esse tipo de indústria divide sua atuação em:

Indústria de bens de consumo duráveis:

• Indústria de automóveis. • Indústria de eletrodomésticos. • Indústria de móveis.

Indústria de bens de consumo não-duráveis

• Indústria de confecção de roupas. • Indústria de cosmético. • Indústria de alimentos.

Industrialização é o processo sócio-econômico que visa transformar uma área da sociedade inicialmente retrógrada em uma fonte de maior riqueza e lucro. Por meio da implantação de um maquinário próprio em indústrias de todos e quaisquer tipos, o qual substitui algumas funções antes exercidas pelo homem, muitas vezes produzindo mais do que esses, o processo de industrialização impulsiona uma gradual urbanização e crescimento demográfico na região em que ocorre. Suas principais características são: grande aumento na divisão de trabalho, grandes progressos em produtividade industrial e agrícola e crescimento rápido da renda per capita, da classe média e do padrão de consumo. A partir do Século XVIII ocorreram muitas industrializações no mundo, tendo a primeira e mais marcante delas ocorrido na Inglaterra, a chamada Primeira Revolução Industrial, com o surgimento da primeira maquina a vapor. As revoluções industriais foram divididas em três momentos definidos como primeira revolução, segunda revolução e terceira revolução industrial. A Primeira Revolução Industrial ou Primeira Revolução Tecnológica se caracterizou pela invenção da máquina à vapor e as consequentes mudanças na sociedade em virtude dessa nova tecnologia. Já a chamada segunda revolução foi marcada pela descoberta e disseminação da eletricidade e do uso intenso do petróleo como fontes de energia. Por fim, a terceira revolução industrial, conhecida também como a Revolução do Silício, se caracteriza pelo uso intensivo da informática e telemática nas relações sociais e, sobretudo, econômicas. A industrialização favorece a violência urbana pelo rápido desenvolvimento das áreas de trabalhos maquinárias, dispençando-se o uso do trabalho manual(humano) por esse motivo muitos ficam desempregados e são obrigados a entrarem na onda dos crimes para se sustentarem e alimentarem sua familia.

FATORES DA LOCALIZAÇÃO INDUSTRIAL

A Primeira Revolução Industrial teve início no fim do século XVIII início do século XIX, a partir desse período muita coisa mudou, as tecnologias, as relações de trabalho, o modo de produzir, entre outros.

As indústrias não se instalam em um lugar (país, estado ou município) de forma despretensiosa, pois todas as medidas e decisões são tomadas a partir de uma profunda análise com a finalidade de obter maiores informações acerca da viabilidade econômica de um determinado espaço.

Diante desse contexto são observados diversos fatores para a criação e implantação de uma indústria, dentre os principais estão:

• Capitais: não é possível instalar e colocar em funcionamento uma indústria sem recursos financeiros, pois são esses que dão subsídio para a construção da edificação, para obter a área, aquisição de equipamentos e máquinas e todos os recursos necessários para o início da produção. • Energia: para a execução da prática industrial é indispensável à utilização de energia para mover as máquinas e equipamentos, ao escolher um local para instalação de um empreendimento é preciso verificar qual fonte enérgica está disponível e a quantidade oferecida, uma vez que essa tem que ter um número abundante, pois o custo de instalação é muito elevado e não pode haver falta de tal recurso no processo produtivo. • Mão-de-obra: além dos itens citados, outro elemento que é de extrema importância nesse processo é a mão-de-obra, pessoas que vendem sua força de trabalho em troca de um salário que deve garantir a manutenção do trabalhador e de sua família, devido a essa dependência humana as indústrias geralmente se encontram estabelecidas em grandes centros urbanos que aglomeram um grande contingente populacional, isso se torna favorável, pois quanto maior a oferta de proletários menores são os salários pagos (lei da oferta e da procura), pois temendo perder os empregos muitos se submetem a receber baixas remunerações. Outro motivo que favorece a implantação de empreendimentos industriais em grandes núcleos urbanos é a existência de trabalhadores com qualificação profissional, pois nas cidades maiores estão os principais centros de difusão de informação e tecnologia como as emissoras de tv, rádio, além de universidades e centros de pesquisas. • Matéria-prima: esse item ocupa um lugar de destaque no processo produtivo, pois é a partir dessa que será agregado um valor correspondente ao resultado do trabalho e automaticamente o lucro da produção. Diante da importância, essa deve permanecer o mais próximo possível, pois quanto mais perto ela se encontra menores serão os custos com o transporte entre a fonte fornecedora e

a processadora, esse fato diminui o custo final e garante o aumento da lucratividade que é a intenção e objetivo maior, principalmente se tratando da sociedade capitalista. • Mercado consumidor: a escolha em estabelecer-se próximo aos núcleos urbanos é proveniente da proximidade entre a indústria e os possíveis consumidores em potencial, desse modo evitam grandes gastos com transporte, além de dinamizar o seu fluxo até os centros de distribuição. • Meios de transporte: um sistema de transportes é de extrema valia para a produção e distribuição industrial, nesse caso é preciso que haja uma boa infra-estrutura que possibilite uma logística dinâmica e que atenda a demanda de fluxo de matéria-prima até às indústrias e dessas até o consumidor. A integração de todos os meios de transporte é primordial para o processo de globalização, pois oferece condições de circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços.

Colonialismo X Neocolonialismo

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|Principais diferenças entre o Colonialismo do século XVI e do Neocolonialismo do século XIX. |

|Colonialismo europeu do século XVI: |

|· Aérea principal de dominação: América. |

|· Fase do capitalismo: Capitalismo mercantilista - comercial. |

|· Patrocinadores: Burguesia comercial e Estados metropolitanos europeus. |

|· Objetivos econômicos: - Garantia de mercado consumidor para a produção econômica européia. |

|- Garantia de fornecimento de produtos coloniais, como artigos tropicais e metais preciosos. |

|· Justificativa ideológica: Expansão da fé cristã. |

|Neocolonialismo do século XIX: |

|· Aérea principal de dominação: África e Ásia. |

|· Fase do capitalismo: Capitalismo financeiro e monopolista _ industrial. |

|· Patrocinadores: Burguesia financeira/industrial e Estados da Europa, América - EUA, e Ásia - Japão. |

|· Objetivos econômicos: _ Reserva de mercado para a produção industrial. |

|- Garantia de fornecimento de matérias primas, como carvão, ferro, petróleo e metais preciosos. |

|- Controle dos mercados externos para investimentos dos capitais excedentes. |

|· Justificativa ideológica: O homem branco tem a missão civilizadora de espalhar o progresso técnico-científico pelo mundo. |

Descolonização da África, da Ásia e da Oceania

A descolonização da África, da Ásia e da Oceania se deu logo após a Segunda Guerra Mundial, que enfraqueceu os países participantes, que ficaram sem recursos suficientes para manter suas colônias, tanto na África quanto na Ásia. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferência de Bandung, levou as antigas potências coloniais a negociarem a independência das colônias.

Descolonização das Américas

Se refere ao processo pelo qual os países das Américas ganharam sua independência do domínio europeu. A descolonização começou com uma série de revoluções no final do século XVIII e início do século XIX, com exceção da independência de Cuba (cuja guerra pela independência culminou com a Guerra Hispano-Americana). A descolonização da América lançou um processo de descolonização global que foi concluída no século XX dando lugar a modernos Estados nacionais.

DIT- Divisão Internacional do Trabalho (antes e após o sistema colonial)

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Capitalismo

Origens 

Encontramos a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através de atividades comerciais.  Neste contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros, ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos negócios.

Primeira Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo 

Este período estende-se do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e Expansões Marítimas Européias, fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes características capitalistas : busca do lucros, uso de mão-de-obra assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades sociais.

Segunda Fase: Capitalismo Industrial 

No século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro, pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta mudança trouxe benefícios ( queda no preço das mercadorias), por outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários, péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos trabalhadores deste período.

O lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas à vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O capitalismo ganhava um novo formato. 

Muitos países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como neocolonialismo. As populações destes continentes, foram dominadas a força e tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus. Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a consumirem os produtos industrializados das fábricas européias.

Terceira Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro 

Iniciada no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje.

Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo quase real. Apesar das indústrias e do comercio continuarem a lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam capitais dentro deste contexto econômico atual.

DINÂMICA POPULACIONAL

A distribuição da população mundial

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A população mundial encontra-se irregularmente distribuída no planeta.

De acordo com o relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 05 de agosto de 2008, a população mundial em julho do ano citado alcançou a marca de 6,7 bilhões de pessoas.

Esse total se encontra disperso pelo planeta de forma irregular, isso quer dizer que em determinados lugares há uma enorme concentração populacional enquanto outros são pouco povoados.

Nesse sentido, o continente mais populoso é a Ásia que responde por cerca de 60% do total da população mundial, somente a China, a Índia e a Indonésia representam um elevado contingente, cerca de 2,6 bilhões de habitantes, quase a metade da população do planeta. Por outro lado, a Oceania responde por apenas 0,5% da população mundial.

A distribuição populacional de acordo com cada continente:

Ásia: 4 004 787 589 milhões de habitantes, que representam 60% da população mundial.

América: 903 703 394 milhões de habitantes, que respondem por 13,7% do total da população.

África: 935 812 583 milhões de habitantes, que correspondem a 14,2% da população mundial.

Europa: 727 228 445 milhões de habitantes, que representam 11,04% do total da população do planeta.

Oceania: 33 514 981 milhões de habitantes, que respondem por 0,5% do contingente populacional mundial.

Em uma análise acerca da distribuição populacional, independentemente da escala (cidade, estado, país etc.), é preciso conhecer o número da população absoluta, ou seja, o número total de habitantes, além da população relativa que é concebida por meio do seguinte cálculo: Número total de habitantes dividido pela área territorial em quilômetros quadrados.

A partir da obtenção dos números da população relativa torna-se possível identificar a intensidade do povoamento de um determinado lugar. Quando os dados apontam mais de 100 pessoas por quilômetro quadrado o lugar é considerado povoado. Quando o número varia entre 50 e 100 é considerado mediano povoado e, por fim, quando o número é menor que 50 o lugar é pouco povoado.

Os países mais populosos do mundo são:

China: 1,3 bilhões de habitantes.

Índia: 1,1 bilhão de habitantes.

Estados Unidos: 301 milhões de habitantes.

Indonésia: 234 milhões de habitantes.

Brasil: 190 milhões de habitantes.

Paquistão: 169 milhões de habitantes.

Bangladesh: 150 milhões de habitantes.

Rússia: 141 milhões de habitantes.

Nigéria: 135 milhões de habitantes.

Japão: 127 milhões de habitantes.

Dessa forma, a população da Terra não está distribuída igualmente em todas as partes do globo. Ao contrário, há excesso de gente em algumas regiões e falta em outras.

O relevo, o clima, a vegetação e os rios exercem influência sobre a distribuição dos grupos humanos.

As regiões facilmente ocupadas pelo homem são denominadas ecúmenas.

Aos vazios demográficos chamamos de regiões anecúmenas, isto é, de difícil ocupação humana.

As altas montanhas, as regiões polares e os desertos dificultam a ocupação humana, sendo bons exemplos de regiões anecúmenas.

Por outro lado, existem regiões na Terra, nas quais os homens se "acotovelam" por falta de espaço. É o caso do sul, do leste e do sudeste da Ásia, que reúnem mais da metade da população do globo. Por esse fato, essa região é considerada um "formigueiro humano".

Crescimento populacional

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Crescimento populacional mundial entre os anos de 1800 a 2054

O crescimento populacional é a mudança positiva do número de indivíduos de uma população dividida por uma unidade de tempo. O termo população pode ser aplicado a qualquer espécie viva, mas aqui refere-se aos humanos.

A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas. Em 2000 já havia mais de 6 bilhões de humanos no planeta.

Para um estudo da população, é essencial a análise estatística acompanhada das características históricas e geográficas das sociedades existentes no planeta. Alguns locais que apresentam elevadas taxas de densidades demográficas são: Sudeste Brasileiro, nordeste dos Estados Unidos da América, leste da China e sul da África. Cada umas dessas regiões tem as suas particularidades socioeconômicas, culturais e ambientais.

De acordo com os dados obtidos junto à ONU, no nosso planeta vivem mais de 6,3 milhares de milhão de pessoas. Dessas, mais de 75% vivem em países subdesenvolvidos e com menos de dois dólares por dia, 22% são analfabetos, metade nunca utilizou um telefone e apenas 25% têm acesso à internet.

Evolução

Histórico do crescimento da população mundial em milhares. A disponibilidade de cifras sobre o histórico populacional varia de região para região.

|Ano |Mundo |África |Ásia |Europa |América Latina |América do Norte |Oceania |

|1 AD |300 000 | | | | | | |

|1000 |310 000 | | | | | | |

|1750 |791 000 |106 000 |502 000 |163 000 |16 000 |2 000 |2 000 |

|1800 |978 000 |107 000 |635 000 |203 000 |24 000 |7 000 |2 000 |

|1850 |1 262 000 |111 000 |809 000 |276 000 |38 000 |26 000 |2 000 |

|1900 |1 650 000 |133 000 |947 000 |408 000 |74 000 |82 000 |6 000 |

|1950 |2 518 629 |221 214 |1 398 488 |547 403 |167 097 |171 616 |12 812 |

|1955 |2 755 823 |246 746 |1 541 947 |575 184 |190 797 |186 884 |14 265 |

|1960 |3 021 475 |277 398 |1 701 336 |604 401 |218 300 |204 152 |15 888 |

|1965 |3 334 874 |313 744 |1 899 424 |634 026 |250 452 |219 570 |17 657 |

|1970 |3 692 492 |357 283 |2 143 118 |655 855 |284 856 |231 937 |19 443 |

|1975 |4 068 109 |408 160 |2 397 512 |675 542 |321 906 |243 425 |21 564 |

|1980 |4 434 682 |469 618 |2 632 335 |692 431 |361 401 |256 068 |22 828 |

|1985 |4 830 979 |541 814 |2 887 552 |706 009 |401 469 |269 456 |24 678 |

|1990 |5 263 593 |622 443 |3 167 807 |721 582 |441 525 |283 549 |26 687 |

|1995 |5 674 380 |707 462 |3 430 052 |727 405 |481 099 |299 438 |28 924 |

|2000 |6 070 581 |795 671 |3 679 737 |727 986 |520 229 |315 915 |31 043 |

|2005 |6 453 628 |887 964 |3 917 508 |724 722 |558 281 |332 156 |32 998 |

Fases do aumento populacional – fase de crescimento lento e fase de crescimento acelerado

Estima-se que, há cerca de 2000 anos atrás, a população global era de cerca de 300 milhões de habitantes. Por um longo período a população mundial não cresceu significativamente, com períodos de crescimento seguidos de períodos de declínio. Decorreram mais de 1600 anos para que a população do mundo dobrasse para 600 milhões. O contingente populacional estimado para o ano de 1750, é de 791 milhões de pessoas, das quais 64% viviam na Ásia, 21% na Europa e 13% em África.

A humanidade gastou, portanto, dezenas de milhares de anos para alcançar o primeiro milhar de milhão de habitantes, por volta de 1802. Em seguida, foram necessários mais 125 anos para dobrar a população, alcançando assim o planeta, por volta de 1927, 2 milhares de milhões de habitantes. O terceiro milhar de milhões foi atingido 34 anos depois, em 1961, e assim por diante.

Durante este período, o homem abandonou o modo de vida que criara há cerca de 10 mil anos, com o advento da agricultura, e passou a multiplicar-se nas cidades, um mundo à parte da natureza. Em 1900, nove em cada dez homens, mulheres e crianças, que somavam uma população de 1,65 milhares de milhão, ainda viviam no campo. Calcula-se que nos primeiros anos do século XXI quase metade dos seis milhares de milhões de pessoas habita cidades; dessa população urbana, estima-se que uma proporção de três para vinte pessoas se encontre nas cerca de meia centena de metrópoles e megalópoles (população igual ou maior que 5 milhões de habitantes).

A ONU estima que no ano 2000 a população mundial crescia então a um ritmo de 1,2 % (77 milhões de pessoas) por ano. Isto representa um decréscimo da taxa de crescimento em relação ao seu nível em 1990, sobretudo devido à quebra das taxas de natalidade.

A China era, nessa altura, o país mais populoso do mundo com 1300 milhões de habitantes, porém, devido à baixa taxa de natalidade poderá ser superada em 2050 pela Índia que, se mantiver a taxa de natalidade de 2000, atingirá os 1600 milhões.

Causas do rápido aumento da população mundial

Foram várias as causas desta fase de rápido crescimento da população mundial. Os índices de mortalidade nos países em desenvolvimento tiveram uma queda marcante após a Segunda Guerra Mundial. Campanhas de saúde pública e de vacinação reduziram espetacularmente as doenças e a mortalidade infantil.

Nos países desenvolvidos, esses declínios na mortalidade tinham levado séculos para ocorrer, à medida que a própria sociedade gradualmente se transformava, tornando-se mais urbanizada e menos dependente de grandes famílias. Como resultado, as taxas de natalidade e mortalidade tendiam a decrescer proporcionalmente e as taxas de crescimento populacional nunca atingiram o nível que atingiriam mais tarde, nos países em desenvolvimento. Na década de sessenta, as mulheres nos países em desenvolvimento estavam tendo, em média, seis filhos.

Previsões sobre a população mundial futura

O crescimento futuro da população é difícil de prever. As taxas de natalidade estão a diminuir em geral, mas variam muito entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. As taxas de mortalidade podem mudar inesperadamente devido a doenças, guerras e catástrofes, ou avanços na medicina. A ONU publicou várias projecções da população mundial futura, baseadas nos diferentes pressupostos. Ao longo dos últimos dez anos, a ONU tem revisto constantemente as suas projecções da população mundial, corrigindo-as para valores inferiores aos anteriormente anunciados.

Consequências do aumento populacional

O contínuo aumento populacional pode ter várias consequências negativas. A mais falada é a questão da escassez de alimentos, mas a verdade é que os alimentos estão mal distribuídos mundialmente, uma vez que, nos países desenvolvidos existe um grande problema de saúde por excesso de alimentação (obesidade e problemas cardiovasculares).

Com o aumento da população e desenvolvimento dos países aumenta também a poluição produzida, e se já com a população actual os problemas ambientais relacionados com a poluição são bastantes, então deduz-se que serão muito piores com uma população ainda maior e a produzir cada vez mais desperdícios; este aumento da poluição poderá implicar também a degradação de muitos ecossistemas naturais.

Na sociedade globalizada em que vivemos outro grave problema é a propagação de epidemias, que agora o fazem com muito mais facilidade devido ao contacto entre indivíduos de todos os pontos do mundo uns com os outros, provocado pelos avanços dos meios de transporte. O facto de haver cada vez mais gente, para menos área habitável faz também com que comecem a surgir populações que habitam áreas perigosas do planeta, facilmente susceptíveis a catástrofes (ex.: áreas de grande atividade vulcânica). Têm também preocupado as autoridades governamentais os problemas associados à criação de empregos, meios de habitação, transportes, educação e saúde.

Medidas a tomar para conter tal aumento

Para tentar conter o elevado aumento populacional já estão tomadas e estudadas certas medidas. É necessária a expansão de serviços de alta qualidade de planeamento familiar e saúde reprodutiva. As gestações indesejadas ocorrem quando os casais que não querem ter uma gravidez não usam nenhum método para regular eficazmente a fertilidade. Uma das prioridades de vários governos dos países em vias de desenvolvimento deve ser oferecer aos casais e a pessoas individuais serviços apropriados para evitar tais gravidezes.

Deve-se também divulgar mais informação sobre planeamento familiar e aumentar as alternativas de métodos anticoncepcionais, nos casos em que tal seja legal.

É também muito importante a consciencialização do público sobre os meios existentes para a regulação da fertilidade e o seu valor, da importância da responsabilidade e da segurança na prática de relações sexuais e a localização dos serviços. Deverão ser criadas condições favoráveis para várias famílias pequenas.

Importa também aumentar a escolaridade, especialmente entre as adolescentes. Melhorias na situação econômica, social e jurídica das jovens e das mulheres poderão contribuir para aumentar o seu poder de negociação, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões relacionadas com os aspectos reprodutivos e produtivos da família.

CONCLUSÃO: CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

Segundo a teoria da transição demográfica, o crescimento populacional se daria em fases, o período anterior a transição ou pré-transicional, conhecido como regime demográfico tradicional, seria aquele no qual as taxas de natalidade e mortalidade seriam elevadas, fazendo com que o crescimento vegetativo fosse pequeno. A grande ruptura com esse período começa a se dar nos países desenvolvidos com a Revolução industrial, já nos subdesenvolvidos isso ocorre apenas em meados do século XX. O período posterior a transição ou pós-transicional, chamado de regime demográfico moderno, se daria quando as taxas de natalidade e mortalidade baixassem. Devido ao fato de que as taxas de mortalidade caem primeiro que as de natalidade, durante a transição vivería-se um período de intenso crescimento populacional, chamado de explosão demográfica, processo pelo qual passam ainda hoje vários países subdesenvolvidos.

O Brasil já superou a fase de explosão e começa a entrar na fase de estabilização da população, o que faz com que comece a haver um maior equilíbrio na pirâmide etária do país.

TEORIAS DEMOGRÁFICAS

1-       Lei de Malthus ou Malthusianismo

No final do século XVIII, o pastor anglicano Thomas Robert Malthus, laçou sua famosa teoria, segundo a qual a razão para a existência da miséria e das enfermidades sociais, seria o descompasso entre: a capacidade de produção de alimentos, que se daria numa progressão aritmética(1,2,3,4,5), em relação ao crescimento populacional que se daria numa progressão geométrica (1,2,4,8,16).

Malthus chegou a propor que só deveriam Ter filhos aqueles que podessem criar, e que os pobres em decorrência disso deveriam se abster do sexo. Além disso defendia a tese de que o estado não deveria dar assistência a saúde das populações pobres. Para ele, se não acontecessem "obstáculos positivos", como guerras, epidemias , que causassem grande mortandade, o desequilíbrio entre a produção de alimentos e o crescimento populacional, geraria o caos total.

Malthus errou, pois a tecnologia possibilitou um aumento exponencial na produção de alimentos que hoje são produzidos a taxas superiores as do crescimento populacional, além disso, temos verificado uma tendência a estabilização do crescimento populacional nos países desenvolvidos, além de uma desaceleração do crescimento em grande parte dos países subdesenvolvidos, especialmente nas últimas décadas.

Com isso podemos concluir que, se há fome no mundo e no Brasil hoje, isso não se deve a falta de alimentos ou ao excesso de pessoas, mas a má distribuição e destinação dos mesmos.

2-       Neomalthusianismo

No pós 2ª Guerra Mundial, o crescimento populacional acelerado nos países subdesenvolvidos, fez despertarem os adeptos de Malthus chamados de neomalthusianos.

Segundo eles, a pobreza e o subdesenvolvimento seriam gerados pelo grande crescimento populacional, e em virtude disso seriam necessárias drásticas políticas de controle de natalidade, que se dariam através do famoso e bastante difundido, "planejamento familiar". Muitos países subdesenvolvidos adotaram essas políticas anti-natalistas, mas com exceção da China onde a natalidade caiu pela metade em quarenta anos nos outros praticamente não surtiu efeito.

Hoje em dia existem também os chamados ecomalthusianos, que defendem a tese de que o rápido crescimento populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais, e por conseqüência sérios riscos para o futuro.

No Brasil nunca chegou a acontecer um controle de natalidade rígido por parte do estado nacional, mas a partir da década de 70 o governo brasileiro passou a apoiar programas desenvolvidos por entidades nacionais e estrangeiras como a Fundação Ford, que visavam o controle de natalidade no país.

3-       Reformistas ou marxistas

Diferentemente do que defendem os neomalthusianos, os demógrafos marxistas, consideram que é a própria miséria a responsável pelo acelerado crescimento populacional. E por conta disso, defendem reformas de caráter sócio-econômico que possibilitem a melhoria do padrão de vida das populações dos países subdesenvolvidos, segundo eles isso traria por conseqüência o planejamento familiar espontâneo, e com isso a redução das taxas de natalidade e crescimento vegetativo, como ocorreu em vários países hoje desenvolvidos.

ESTRUTURA DA POPULAÇÃO

1-       Estrutura ocupacional

Com base na estrutura ocupacional a população de um país pode ser dividida em dois grupos:

a)       População economicamente ativa (PEA): corresponde as pessoas que trabalham em um dos setores formais da economia ou que estão a procura de emprego. Subdividi-se em, desempregados e população ocupada.

b)       População economicamente inativa (PEI) ou população não economicamente ativa (PNEA): corresponde a parcela da população que não está empregada como crianças, velhos, deficientes, estudantes, etc., ou que não exercem atividades remuneradas como donas de casa. Esse camada da sociedade demanda grandes investimentos sociais, e é bancada pela população ativa.

1.1-  Desemprego e subemprego:

Hoje o maior problema enfrentado pela maioria dos países do mundo é o desemprego, ele é uma realidade não apenas em países subdesenvolvidos mas também, em países altamente desenvolvidos como a Alemanha.

O desemprego se divide em dois tipos fundamentais:

a)       Desemprego conjuntural: que é aquele que está ligado a conjunturas de crise econômica, nas quais a oferta de empregos e os postos ocupados diminuem.

b)       Desemprego estrutural ou tecnológico: que está ligado a estrutura produtiva, e aos avanços tecnológicos introduzidos na produção, em substituição da mão de obra humana, como o que é gerado pela robótica.

Além do desemprego, é comum hoje a existência dos chamados subempregos, onde o trabalhador além de trabalhar na maioria das vezes em condições precárias, ganha baixíssimos salários e não tem nenhuma garantia legal. Esse tipo de atividade é muito comum hoje em países subdesenvolvidos como o Brasil, onde o número de subempregados é enorme, e grande parte da população depende do trabalho dessas pessoas.

1.2-  Trabalho infantil

Além do fato de a juventude ser a maior afetada com o desemprego, existe nos países subdesenvolvidos o problema do trabalho infantil, o qual é gerado por sérios problemas econômicos e sociais enfrentados por esses países, onde crianças precisam trabalhar para ajudar na renda familiar. Muitas vezes as condições de trabalho que se encontram essas crianças é de completa insalubridade. Além disso outros problemas como o abandono dos estudos são gerados em virtude desse tipo de atividade.

No Brasil o número de criança que trabalham é muito grande, isso se deve em especial, pelo fato de grande parte dos chefes de famílias brasileiros, não terem condições de arcar sozinhos com os gastos familiares, o que faz com que milhares de crianças tenham que trabalhar. É muito comum também no Brasil, os adultos se aproveitarem das crianças, fazendo com que elas trabalhem enquanto o próprio adulto não busca o que fazer.

1.3-  Setores da economia

A economia dos países se divide em 3 setores chamados de formais, pois, contribuem com a arrecadação de impostos, assinam carteira, dentre outras formalidades legais.

São eles os seguintes:

a)       Setor primário: que envolve em geral atividades ligadas ao meio rural, como, a agricultura, pecuária, extrativismo vegetal e a pesca.

b)       Setor secundário: que envolve as atividades industriais.

c)       Setor terciário: que envolve as atividades do comércio, prestação de serviços, funcionalismo público, etc.

È importante ressaltar que o espaço onde se desenvolvem essas atividades não é rígido, ou seja, podemos ter atividades primárias no espaço urbano, como o que ocorre com os cinturões verdes, ou atividades secundárias no espaço rural, como o que ocorre na agroindústria.

Hoje em dia em virtude do grande avanço tecnológico, alguns autores passam a trabalhar com a idéia de um setor quaternário, onde se desenvolveriam as atividades de pesquisa de ponta, envolvendo universidades, centros de pesquisas, etc., esse setor surge em função da Revolução Tecnocientífica em andamento.

No Brasil, e em outros países subdesenvolvidos, se dá a chamada hipertrofia (inchaço) do setor terciário, que por sua vez tem gerado a proliferação de atividades informais.

Esse processo decorre do intenso êxodo rural que gera um inchaço no setor terciário urbano, na medida em que a indústria atual utiliza cada vez menos mão de obra. Fazendo com que muitas pessoas especialmente nos grandes centros do país, tenham que depender de atividades informais, os chamados subempregos, além do que contribui com o aumento da criminalidade, na medida em que muitos trabalhadores passam a desenvolver atividades à margem da lei para poder sustentar suas famílias.

1.4-  A participação da mulher no mercado de trabalho.

Apesar de crescente, a participação das mulheres no mercado de trabalho não tem significado ainda melhorias das condições de vida, pelo contrário, pesquisas mostram que com o aumento de lares liderados por mulheres, houve uma redução na renda familiar. Isso se deve ao fato de as mulheres em média ganharem salários mais baixos que os homens para desempenharem as mesmas funções. As causas que estão por trás deste fato são por exemplo:

-          a herança patriarcal de nossa sociedade;

-          o machismo ainda muito forte e presente no nosso dia-a-dia;

-          a desvalorização do trabalho doméstico;

-          o preconceito que coloca a mulher como sexo frágil.

Além dos menores salários, do preconceito, do machismo, etc., as mulheres ainda tem que enfrentar as jornadas duplas ( trabalho e casa ) ou triplas ( casa, trabalho e estudos ). Também é a mulher a maior vítima da violência doméstica, em geral praticada por maridos violentos.

Mesmo com todas essas dificuldades, as mulheres vem avançando em seus direitos e conseguindo espaços cada vez maiores na nossa sociedade, como por exemplo o fato de a maioria dos universitários brasileiros serem mulheres.

PIRÂMIDE ETÁRIA

Gráfico populacional que leva em consideração a estrutura sexual da população ( homens e mulheres ) e as faixas etárias - 0 à 19 anos jovens, 20 à 59 adultos, e 60 ou + anos idosos.

A estrutura da pirâmide é a seguinte:

-          Base: corresponde aos jovens.

-          Meio: corresponde aos adultos.

-          Topo ou ápice: corresponde aos idosos.

 

A análise das pirâmides nos permite verificar a situação de desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países.

Exemplo: uma pirâmide de base larga, indica grande crescimento vegetativo; o topo estreito, indica baixa expectativa de vida, o que nos faz concluir que essa seja de um país subdesenvolvido. Por outro lado, uma base mais estreita, indica pequeno crescimento vegetativo; um topo mais largo, indica grande expectativa de vida, o que nos leva a concluir que seja um país desenvolvido.

A análise das pirâmides etárias é de fundamental importância para os estudos de população.

No Brasil, temos verificado uma mudança na pirâmide etária, que tem alargado o topo, e estreitado a base. Essas mudanças decorrem em especial da urbanização do país, que mudou significativamente o modo de vida de grande parte dos brasileiros, principalmente com relação aos filhos, e também garantiu avanços fundamentais a nível médico-sanitário.

Assim:

 -População jovem: é própria de países subdesenvolvidos, pois estes possuem altas taxas de natalidade e baixa expectativa de vida.

  -População madura: caracteriza os países desenvolvidos jovens que ainda não completaram a transição demográfica. Possuem baixa taxa de natalidade e de mortalidade, baixo crescimento vegetativo.

  -População envelhecida: corresponde aos países desenvolvidos antigos que já completaram a transição demográfica. Possuem elevada expectativa de vida e crescimento vegetativo baixo, nulo ou negativo, tendo suas pirâmides estreitas na base e com o topo bem largo.(Positivo,2005)

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Atenção:

Registro 1 – Conceitos demográficos

População: conjunto de pessoas que vivem em determinado espaço. Ex: um país.

Censo ou recenseamento/ pesquisas domiciliares: levantamento de dados sobre uma população por órgãos públicos ou privados. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

População absoluta: nº total dos habitantes de um espaço. Pode ser: urbana (ocupa a cidade) ou rural (ocupa o campo).

População relativa ou densidade demográfica: é o nº de habitantes dividido pela área do lugar. É expressa em nº hab./km².

Superpovoamento: quando os recursos não podem ser explorados de forma eficiente para atender às necessidades da população. Populoso: com grande população absoluta e povoado: fracamente ou densamente (população relativa).

Cálculos estimativos: cálculos aproximados sobre os aspectos da população que se quer conhecer entre os censos.

Crescimento vegetativo ou natural: é a diferença entre as taxas de natalidade e as taxas de mortalidade.

Taxa de natalidade: nº de nascimentos num período de um ano, em um determinado lugar, por mil ou cem mil habitantes.

Taxa de mortalidade: nº de óbitos num período de um ano, em um determinado lugar, por mil ou cem mil habitantes.

Taxa de mortalidade infantil: nº de óbitos de crianças antes de completar 1 ano, num período de um ano, em um determinado lugar, por mil ou cem mil habitantes.

Ocupação humana: desigual pela superfície terrestre, com áreas de grandes vazios demográficos e outras com grandes aglomerações populacionais denominadas “formigueiros humanos”.

População Economicamente Ativa: são as pessoas que trabalham ou estão a procura de trabalho (desempregados).

População Economicamente Inativa: são as pessoas que não trabalham. Ex: estudantes.

Pirâmide etária: gráfico utilizado para demonstrar a quantidade de homens e mulheres e a distribuição dos mesmos por faixa de idade em um determinado espaço.

Registro 2 – População Brasileira

População: 191.869.683 habitantes, com uma renda anual de R$ 13.820,00 por pessoa. Densidade demográfica: aproximadamente 20,5 hab./km². Crescimento vegetativo: 1,4%. Taxa de natalidade: 21,2%. Taxa de mortalidade: 6,9%.

Taxa de mortalidade infantil: 33,7%. Usuários de internet: 14.300.000 habitantes.

Estrutura etária: apresenta maior proporção de adultos e jovens, enquanto que os indivíduos idosos são em número pequeno. (jovens-26,1%; adultos-67,9% e idosos-6%). Isso resulta na necessidade de bons programas educacionais e criação de postos de trabalho.

Estrutura por atividade econômica: tem-se observado, nos últimos anos, uma importante transferência da população economicamente ativa do setor primário para os setores secundário e principalmente terciário. Sendo que estes trabalhadores podem participar da economia de maneira formal ou informal. Também enfrenta problemas como subemprego, trabalho infantil e desemprego (cuja taxa está em 7%).

Distribuição da população brasileira: grandes densidades – faixa litorânea, nordeste (Zona da Mata canavieira), sudeste (Zona cafeeira, São Paulo e Rio de Janeiro) e o Sul e baixas densidades – região amazônica, interior de Maranhão e Piauí, Sertão da Bahia, Minas Gerais e Centro-Oeste. Regiões mais povoadas: Sudeste, Nordeste e Sul. Regiões menos povoadas: Centro-Oeste e Norte.

Registro 3 – Movimentos Populacionais

São os movimentos que envolvem travessias continentais, transoceânicas ou nacionais. (Migrações externas ou internas).

Continentais: na Ásia – de chineses para Cingapura, na América – dos mexicanos para os EUA e dos bolivianos para o Brasil, Europa – de poloneses para a França. Transoceânicas: no passado, principais áreas de saída – Europa e Ásia. Várias pessoas partiram para a América, África e Oceania. Atualmente ocorre o fenômeno contrário, com várias pessoas de países periféricos indo em direção a Europa, Ásia e América do Norte. Nacionais: êxodo rural – migração do campo em direção às cidades, pendular – migração diária, nomadismo – migração temporária em áreas pouco propícias à vida humana, peregrinações e transumância – migração temporária de grupos de pessoas.

Fatores: fuga de guerras e das catástrofes naturais, busca de melhores oportunidades de emprego e condições de vida, etc.

Migrante: pessoa que realiza o deslocamento. Emigrante – quando sai de seu lugar de origem e imigrante – quando entra em um novo lugar. Estes deslocamentos podem ser temporários ou definitivos.

O Brasil de país imigratório vem se tornando um país emigratório devido aos atrativos internacionais e os problemas internos, que fazem com que inúmeras pessoas deixem o país definitivamente.

Consequências: trocas culturais, aumento populacional no local, avanço tecnológico, xenofobia, entre outras.

Registro 4 – População Mundial

• Cresceu muito rapidamente no século XX (explosão demográfica); diferencia-se do ponto vista socioeconômico de um país para outro e dentro dos próprios países; cresce de forma desigual (transição demográfica); distribui-se irregularmente pela superfície terrestre e movimenta-se de um lugar para outro.

Total: 6 bilhões e 600 milhões de habitantes em 2007; crescimento natural: 1,4% ao ano em 1997 (resultado da redução da natalidade devido a urbanização e planejamento familiar, primeiramente nos países desenvolvidos e recentemente nos países subdesenvolvidos); há muitas diferenças socioeconômicas no mundo, ou seja, uma distribuição desigualitária das riquezas; encontra-se irregularmente distribuída pela superfície terrestre com áreas de alta densidade demográfica (sul e sudeste asiático, nordeste dos EUA e Europa Ocidental) e áreas com baixa densidade demográfica (regiões polares, nos desertos, nas altas montanhas e nas florestas equatoriais) devido aos fatores naturais e fatores históricos e sócioeconômicos; estrutura etária: jovens – 0 a 19 anos, adultos, 20 a 59 anos e velhos – acima de 59 anos e é observada através das chamadas pirâmides etárias; pode desenvolver atividades econômicas no setor primário (agropecuária, extrativismo, caça e pesca), no setor secundário (indústrias e construção civil) e no setor terciário (comércio e serviços), a esperança de vida nos países desenvolvidos é maior que nos países subdesenvolvidos devido a melhores condições médico-sanitárias e sócioeconômicas nesses lugares e pode encontrar-se em várias fases (crescimento lento, crescimento rápido ou estagnação). Além disso, algumas teorias demográficas foram criadas para relacionar o crescimento populacional e o desenvolvimento socioeconômico no mundo, as mais conhecidas são as de Malthus, do Neomalthusianismo e dos Reformistas ou marxistas.

Atualidade: Demografia

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A população mundial atingiu os 7 bilhões de habitantes no dia 31 de outubro de 2011, segundo estimativas da ONU (Organização das Nações Unidas). O ritmo acelerado de crescimento populacional impõe desafios para garantir uma convivência mais equilibrada nos centros urbanos, nas próximas décadas.

Durante séculos, o número de pessoas na Terra aumentou muito pouco. A marca de 1 bilhão de habitantes foi alcançada em 1800. A partir dos anos 1950, porém, melhorias nas condições de vida em regiões mais pobres provocaram uma rápida expansão. Em apenas meio século, a população mais do que dobrou de tamanho, chegando a 6 bilhões em 2000.

As projeções indicam que, em 2050, serão 9,3 bilhões de habitantes no planeta, índice que atingirá os 10 bilhões até o final do século, antes de estabilizar. O aumento ocorrerá principalmente em países africanos que registram altas taxas de fertilidade.

A China é hoje o país mais populoso do mundo, com 1,35 bilhão de pessoas, seguida da Índia, com 1,24 bilhão. Mas, segundo a ONU, em 2025 a Índia terá 1,46 bilhão de habitantes, ultrapassando os estimados 1,39 bilhão de chineses nesta data.

O problema não é acomodar tanta gente: há espaço de sobra. As questões envolvem o balanço entre população idosa e jovem, uso de recursos naturais, fluxo migratório e desenvolvimento sustentável em zonas urbanas, que concentrarão 70% da população mundial.

Em 2008, pela primeira vez na historia, havia mais gente morando em cidades que no campo. Em 1975, havia três megacidades (aglomerados urbanos com mais de 10 milhões de pessoas) no mundo: Nova York, Tóquio e Cidade do México. Hoje, são 21, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro. Essas cidades demandam soluções para problemas como trânsito, violência, saneamento básico e desemprego.

O aumento populacional cria também disparidades sociais. Nos países mais pobres, como no continente africano, as altas taxas de fecundidade e o crescimento da população mais jovem dificultam o desenvolvimento. Não há emprego para todos e nem acesso à educação de qualidade.

Já em nações ricas, como o Japão e países europeus, o problema é o envelhecimento do povo. O maior número de pessoas idosas reduz a força de trabalho e sobrecarrega os sistemas previdenciários, onerando o Estado.

Por isso, governos usam estratégias opostas: campanhas de controle da natalidade no primeiro caso, como prevenção de gravidez na adolescência, e estímulo econômico às mulheres para que tenham mais filhos, no segundo.

Em geral, as taxas de fecundidade (número médio de filhos por mulher) caíram de 6 filhos para cada mulher para 2,5, desde os anos 1970. As causas foram os avanços sociais e econômicos, que permitiram às mulheres acesso à educação, trabalho e métodos contraceptivos.

Mas, ao mesmo tempo, a expectativa de vida passou de 48 anos, no início da década de 1950, para 68 anos na primeira década do século. E a mortalidade infantil, que era de 133 mortes para cada 1 mil nascimentos, na década de 1950, caiu para 46 mortes em cada 1 mil, no período entre 2005-2010.

Jovens com menos de 25 anos compõem 43% da população mundial. Eles representam uma importante mão de obra para estimular economias, sobretudo aquelas em crise; mas, para isso, precisam ter educação, saúde e emprego.

Brasil

No Brasil, há uma tendência para o envelhecimento da população, que é hoje de 192 milhões de habitantes. Em 1960, cada mulher tinha uma média de 6 filhos, taxa reduzida para 2,4 no começo deste século.

Na última década, projeções apontam uma tendência de queda para índices entre 1,8 e 1,9, abaixo da taxa de reposição de 2,1 filhos. São taxas de fecundidade próxima a países como Alemanha, Espanha, Itália,  Japão e Rússia.

O aspecto positivo é que isso contribui para a diminuição da pobreza, pois o Estado tem menos crianças para assistir e há mais mulheres no mercado de trabalho. Contudo, nesse ritmo, o país terá que lidar em breve com gastos causados pelo envelhecimento populacional. Estima-se que, em 2100, os idosos com mais de 80 anos serão 13,3% da população brasileira, superando a parcela de pessoas economicamente ativas.

Enquanto isso, o país aproveita uma característica demográfica que favorece o crescimento econômico: há um número maior de adultos, ou seja, de pessoas em idade produtiva que não dependem do Estado. É o chamado “bônus demográfico”, que dura um tempo determinado e deve ser aproveitado.

Por esta razão, especialistas afirmam que agora é o momento de pensar políticas públicas para lidar com o envelhecimento dos brasileiros. Outro ponto importante é o planejamento urbano. O Brasil, com 85% pessoas vivendo nas cidades, é um dos países mais urbanizados do mundo, e, com mais gente vivendo nas cidades, há mais demanda por habitação, saneamento e transporte público, postos de trabalho, saúde e educação.

CONFLITOS DA TERRA

1) Veja cronologia do conflito entre israelenses e palestinos

Da Folha Online

O conflito israelo-palestino envolve a disputa dos dois povos pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada por Israel e pelos territórios palestinos.

O impasse teve início no século 19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um Estado moderno em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos na região, na época controlada pelo Império Otomano.

Desde então, houve muita violência e controvérsia em torno da questão, assim como vários processos de negociações de paz durante o século 20 e ainda estão em andamento.

Tanto israelenses quanto palestinos reivindicam sua parte da terra com base na história, na religião e na cultura. Os israelenses, representados pelo Estado de Israel, têm soberania sobre grande parte do território, que foi conquistado após a derrota dos árabes em duas guerras --o conflito árabe-israelense de 1948 e a Guerra dos Seis Dias, de 1967.

Os palestinos, representados pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), querem assumir o controle de parte dos territórios e estabelecer um Estado Palestino soberano e independente.

Grande parte dos palestinos aceitam as regiões da Cisjordânia e da faixa de Gaza como território para um futuro Estado palestino. Muitos israelenses também aceitam essa solução.

Uma discussão em torno dessa solução ocorreu durante os Acordos de Oslo, assinados em setembro de 1993 entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que permitiu a formação da ANP. No entanto, Israel e ANP não chegaram a uma posição comum.

Apesar de vários outros acordos e planos de paz, como os de Camp David e das negociações do chamado Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, União Européia, Rússia e ONU), a situação ainda se vê hoje em um impasse.

Atualmente, as negociações esbarram na questão do governo palestino, que, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas (que assim como o moderado Fatah possui braços armado e político) não reconhece o direito de existência de Israel. Após a vitória do Hamas (considerado pelos EUA e por Israel como um grupo terrorista) em 2006, a comunidade internacional iniciou um bloqueio financeiro à ANP que gera uma grave crise nos territórios palestinos.

O recente acordo entre o Hamas e o Fatah para a formação de um governo de coalizão ainda não permitiu o retorno de negociações que incluam os palestinos no processo de paz. O impasse é devido, principalmente, à resistência do Hamas em reconhecer Israel e à resistência da comunidade internacional em reconhecer a legitimidade do movimento islâmico como representante dos palestinos.

Veja a cronologia do conflito:

1917 - Declaração do Reino Unido

O Reino Unido divulga a Declaração de Balfour, que concede aos judeus direitos políticos como nação, e foi vista pelo povo judeu como uma promessa para a formação de um Estado Judeu nos territórios palestinos.

1947 - Plano de partilha da ONU

Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprova plano para partilha da Palestina, ou seja, a criação de Israel e de um Estado palestino. Até então, a região era uma colônia britânica. A partilha é rejeitada por árabes e palestinos, que prometem lutar contra a formação do Estado judaico.

1949 - Expansão das fronteiras

Em 1949 Israel vence guerra árabe-israelense e expande fronteiras. Cisjordânia e Jerusalém Oriental ficam com a Jordânia; Gaza, com o Egito.

Vários outros conflitos armados ocorreram entre o Estado de Israel e os árabes e palestinos tendo como foco Israel e seu território. No que concerne à conquista de terras, é importante destacar também a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel conquista o deserto do Sinai, a faixa de Gaza (Egito), a Cisjordânia, Jerusalém Oriental (Jordânia) e as colinas do Golã (Síria).

Em 1982, seguindo um acordo entre Israel e o Egito alcançado três anos antes, os israelenses se retiram do Sinai.

1987 - Intifada

Entre 1987 e 1993, os palestinos empreenderam uma revolta popular contra Israel que ficou conhecida como Intifada. Marcada pelo uso de armas simples, como paus e pedras lançadas pelos palestinos contra os israelenses, a Intifada incluiu também uma série de atentados graves contra judeus.

1993 - Acordos de Oslo

Em 1993, na Noruega, Israel se compromete a devolver os territórios ocupados em 1967 em troca de um acordo de paz definitivo. Israel deixa boa parte dos centros urbanos palestinos em Gaza e Cisjordânia, dando autonomia aos palestinos, mas mantém encraves. O prazo é adiado devido a impasses sobre Jerusalém, o retorno de refugiados palestinos, os assentamentos judaicos e atentados terroristas palestinos.

1998 - Processo de paz

Após acordos de paz entre israelenses e palestinos, como o de Oslo (93) e o de Wye Plantation (98), Israel entregou porções de terra aos palestinos.

2000 - Camp David

Em julho de 2000, em Camp David (EUA), Israel ofereceu soberania aos palestinos em certas áreas de Jerusalém Oriental e a retirada de quase todas as áreas ocupadas, mas Iasser Arafat [morto 11 de novembro de 2004, após ficar internado durante 14 dias em um hospital militar na França] exigiu soberania plena nos locais sagrados de Jerusalém e a volta dos refugiados. Israel recusou.

2000 - Segunda Intifada

O segundo levante popular palestino contra Israel que teve início em setembro de 2000 ficou conhecido como segunda Intifada, e começou quando o então premiê de Israel, Ariel Sharon, visitou a Esplanada das Mesquitas, local mais sagrado de Jerusalém para palestinos e judeus (que o chamam de Monte do Templo).

2002 Muro de proteção

Israel começa a erguer uma barreira para se separar das áreas palestinas com o objetivo de impedir a entrada de terroristas. Palestinos afirmam que a construção do muro é uma anexação de território. A construção inclui série de muros de concreto, trincheiras fundas e cercas duplas equipadas com sensores eletrônicos

2002 - Quarteto

Em outubro de 2002, um enviado dos EUA apresenta pela primeira vez um esboço do plano de paz internacional elaborado pelo Quarteto [EUA, Rússia, União Européia e ONU]. O novo plano segue as linhas traçadas pelo presidente dos EUA, George W. Bush. Prevê o fim da violência, seguido por reformas políticas e nos serviços de segurança palestinos e a retirada de Israel de territórios ocupados.

Forças israelenses cercam Arafat na Muqata (QG do líder) em meio a uma ampla ofensiva lançada após uma onda de ataques terroristas em Israel. Arafat fica proibido por Israel de deixar a Muqata. Fica confinado até antes de sua morte, em novembro de 2004.

2003 - Plano de Paz Internacional

O plano é oficializado em 2003. Seu texto propõe um cessar-fogo bilateral, a retirada israelense das cidades palestinas e a criação de um Estado palestino provisório em partes da Cisjordânia e da faixa de Gaza. Em uma última fase, seria negociado o futuro de Jerusalém, os assentamentos judaicos, o destino dos refugiados palestinos e as fronteiras. Não é mencionado no texto a exigência do governo israelense de que o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, morto em 11 de novembro último, seja removido do cargo. Apenas diz que os palestinos precisam de uma liderança que atue duramente contra o terror.

2003 - Mahmoud Abbas

Em maio, assume o cargo de premiê palestino o moderado Mahmoud Abbas, indicado por Iasser Arafat após ampla pressão internacional.

Abbas renuncia cerca de quatro meses depois após divergências com Arafat em relação ao controle da segurança palestina.

2004 - Morte de Arafat

Em novembro, morre o líder da Organização pela Libertação da Palestina, Yasser Arafat.

2005 - Eleição

Em janeiro, Mahmoud Abbas vence as eleições e se torna o novo presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP). Um ano depois, a frustração com seu partido, o Fatah, acusado de corrupção, colabora para a vitória do movimento rival Hamas nas eleições parlamentares palestinas, levando o islâmico Ismail Haniyeh ao posto de premiê.

A vitória do Hamas levou a comunidade internacional --liderada pelos EUA e por Israel-- a empreenderem um boicote financeiro à ANP, detonando crises internas e episódios de violência.

2005 - Plano de retirada

Lançado pelo premiê israelense, o plano unilateral de Sharon --que alega ter tomado essa iniciativa por não contar com interlocutores confiáveis no lado palestino-- visa retirar de Gaza e parte da Cisjordânia 25 assentamentos judaicos e suas forças militares. Convivem hoje no território 1,3 milhão de palestinos e cerca de 8.500 judeus. Facções contrárias à retirada adotam o discurso de não desistir de nenhum centímetro de terra.

2006 - Afastamento de Sharon

Em janeiro, o então premiê israelense Ariel Sharon sofre um derrame cerebral e entra em coma. Ele é substituído interinamente pelo atual premiê, Ehud Olmert. Em março, eleições israelenses dão a vitória ao partido Kadima (centro), de Olmert, e após formar uma coalizão o líder é confirmado no posto de premiê israelense.

2007 - Governo de coalizão palestino

Após meses de negociações, os partidos palestinos rivais Fatah (do presidente da ANP, Mahmoud Abbas) e Hamas (do premiê palestino, Ismail Haniyeh) concordam com a criação de um novo gabinete com poder compartilhado. O acordo foi fechado em Meca (Arábia Saudita) em uma reunião com Abbas, Haniyeh e o líder político do Hamas na Síria, Khaled Meshaal, no dia 8 de fevereiro.

A negociação foi marcada pela violência interna que custou a vida de dezenas de palestinos entre dezembro e fevereiro.

Apesar da comunidade internacional --incluindo Israel-- ter pressionado pela realização do acordo entre os dois movimentos, Israel não tem a intenção de tratar com o novo governo palestino.

O Hamas continua a não aceitar de forma direta ou indireta o reconhecimento de Israel, os acordos firmados e a renúncia à violência, informou um comunicado do Ministério de Relações Exteriores de Israel. Esses três pontos são as exigências da comunidade internacional para o fim do bloqueio financeiro à ANP.

2) Chanceler: Bolívia resolverá conflito internamente

O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, disse nesta sexta-feira que os problemas do país serão solucionados internamente, em alusão às afirmações do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de apoiar um movimento armado caso seu colega Evo Morales fosse deposto ou morto.

"Os problemas entre os bolivianos serão solucionados entre nós", limitou-se a dizer Choquehuanca quando questionado por jornalistas sobre as declarações de Chávez.

Sobre se o governo da Bolívia reagirá de alguma forma às declarações do líder da Venezuela, o chanceler disse apenas que "pela via diplomática".O presidente Hugo Chávez disse hoje que se Evo Morales fosse deposto ou morto, devido à onda de protestos violentos contra seu governo, seria dado "dando sinal verde para (o presidente venezuelano) apoiar qualquer movimento armado na Bolívia".

A situação de conflito na Bolívia se agravou hoje, principalmente na região amazônica de Pando, onde o governo de Evo Morales declarou estado de sítio pela violência no departamento (Estado).

EFE

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ESTADÃO

1 Conflito boliviano contamina região e levanta onda anti-EUA

Washington também expulsa diplomatas / Exército da Bolívia rejeita ajuda de Chávez / Caracas ameaça cortar petróleo.

A crise na Bolívia assumiu ontem proporções regionais. O conflito começou a se internacionalizar na quarta-feira, depois que o presidente boliviano, Evo Morales, acusou os EUA de ajudar a oposição do seu país e declarou persona non grata o embaixador americano em La Paz. O venezuelano Hugo Chávez fez o mesmo "em solidariedade" à Bolívia; e Honduras suspendeu a recepção das credenciais do novo representante americano no país. Em represália, os EUA resolveram ontem mandar de volta para casa o embaixador venezuelano em Washington. O boliviano também já está a caminho de La Paz. Brasil e Argentina - diretamente afetados pelos cortes no envio de gás boliviano - uniram-se a Colômbia e Chile para tentar mediar a crise entre o governo e a oposição boliviana, mas a intermediação foi rejeitada por Evo. Ao mesmo tempo, o Exército da Bolívia também rejeitou a "intromissão" de Chávez , que havia oferecido ajuda militar a grupos armados aliados a Evo. Todo o transbordamento da crise ocorre num momento delicado nas relações entre os EUA e seus vizinhos do sul. A Rússia quer estreitar os laços com Cuba e Venezuela e enviou aviões e navios para fazerem exercícios militares no Caribe. Dois bombardeiros chegaram na quarta-feira à base de Libertadores, na Venezuela. "É uma mensagem ao império", ameaçou Chávez.

3) A guerra pela Caxemira

A tensão na região serve de justificativa para que

as duas nações militarizem suas fronteiras e

gastem muito dinheiro com tecnologias bélicas

O Paquistão e a Índia disputam a região da Caxemira desde a independência do subcontinente indiano, em 1947. Foi nesse ano que os dois países foram criados. Com a divisão, as centenas de principados semi-autônomos espalhados pelo sub-continente tiveram de optar pela integração a uma das nações. O Paquistão tem uma maioria muçulmana enquanto que a Índia é dominada pelos hindus.

A área que hoje corresponde ao estado indiano de Jammu e Caxemira era chefiada por um marajá hindu, que resolve incorporá-la à Índia. Essa atitude contraria o Paquistão e dá início aos primeiros conflitos que envolvem toda a região da Caxemira, de 1947 a 1948. O resultado é a divisão, comandada pela ONU, em 1949, de uma parte para a Índia (Jammu e Caxemira) e outra para o Paquistão (Azad Caxemira). No início da década de 60, uma parte do leste da Caxemira Indiana é ocupada pela China. Até hoje a Índia reclama essa área para si, embora nenhum dos dois países ousem enfrentar o gigante chinês. Outra disputa, ocorrida em 1965, não ocasionou modificações territoriais.

Na década de 80, com o crescimento do fundamentalismo muçulmano, fortaleceu-se o movimento separatista na Caxemira indiana, que conta com o apoio do Paquistão. Seus integrantes querem a independência do território ou sua anexação ao Paquistão. Os confrontos se intensificaram nos anos 90 motivados pelo radicalismo crescente dos guerrilheiros paquistaneses e, no lado indiano, pelo acirramento da repressão militar e do fundamentalismo hindu. Mesmo com várias rodadas de conversações tentando a solução do conflito, nenhuma das partes admite ceder territórios, o que torna a situação mais crítica.A tensão na Caxemira serve de justificativa para que as duas nações militarizem suas fronteiras e, mesmo sendo países com enormes taxas de pobreza, gastem muito dinheiro em tecnologias bélicas. Índia e Paquistão já construíram suas bombas atômicas. O primeiro começou seus testes em 1974 e explodiu sua última bomba em 1998. Já o Paquistão, sentindo-se provocado, também testou sua tecnologia atômica no mesmo ano. Atualmente, a Índia controla dois terços da região e acusa o Paquistão de treinar e armar os separatistas.

Os conflitos se acirraram na década de 90

    Na década de 90, cresceu o movimento armado pela independência da Caxemira. O conflito entre os guerrilheiros apoiados pelo Paquistão e os 400 mil soldados indianos que estão na Caxemira deixaram até hoje um saldo de 24 mil mortos, em números divulgados pela Índia, ou 60 mil, de acordo com os rebeldes muçulmanos. No final de maio de 99, mais de 500 rebeldes paquistaneses conquistaram posições estratégicas na faixa de território que pertence à Índia. A reação hindu veio através de um bombardeio aéreo. Foi o início de mais uma guerra entre os dois países e de uma grande preocupação para o resto do mundo que ainda não esqueceu dos testes nucleares de 1998.

4) Guerra da Chechênia

A Chechênia era uma república de pequeno território que declarou sua independência em 1991, a Rússia não aceitou essa decisão e decidiu atacar a capital Grozny, mas a tentativa Russa não obteve êxito, pois seu exército foi derrotado pelo inimigo, esse conflito se arrastou até 1996, quando houve um acordo que pois fim ao conflito.

A Chechênia é de religião Islâmica, na tentativa de criar um estado mulçumano invadiu o território de uma república vizinha, o governo Russo temendo uma expansão separatista enviou suas tropas e tomou posse de 80% do território e passou a administrá-lo.

O governo Russo tem preocupação em relação ao crescimento do fundamentalismo Islâmico, eles temem que o exemplo dos Chechênios contagie outras nações, e essas promovam lutas separatistas.

Os grupos internacionais têm uma posição contrária às atitudes das ações violentas que as tropas Russas executaram aos Chechênios, como estupros, assassinatos, torturas entre outros atos desumanos.

II Guerra da Chechênia

A Guerra da Chechênia teve seu início provocado por ações chechenas em 1999, quando esse grupo explodiu alguns edifícios russos matando cerca de 300 pessoas e, simultaneamente, seqüestraram um hospital matando 120 pessoas.

Após as ofensivas da Chechênia, o então governador Russo, Vladmir Putin deu ordens de ataque à capital da Chechênia, Grozny, com vários bombardeiros aéreos, destruindo grande parte da capital.

A partir daí, as duas nações travaram um confronto sangrento, com ataques de um lado e contra-ataques de outro, um exemplo disso foi a ocupação de um teatro Russo, com saldo de vítimas fatais de 150 pessoas em 2003, e novamente os russos bombardearam possíveis esconderijos dos chechenos nas montanhas.

Mas o pior estava por vir, em 2004 entre 2 e 4 de setembro, uma Escola Municipal na cidade Russa de Beslam, foi ocupada por cerca de 30 guerrilheiros onde estavam presentes, em sua grande maioria, crianças, os guerrilheiros permaneceram por três dias na escola, o desfecho foi terrível, pois os chechenos executaram, a tiros, 330 pessoas, maioria crianças, os hospitais atenderam cerca de 700 pessoas com vários tipos de ferimento.

Essa ação comoveu as pessoas em âmbito internacional devido ao tamanho da crueldade, e no povo Russo desencadeou um enorme sentimento de vingança.

A Rússia encontra, até os dias atuais, vários impasses para colocar um fim nesse conflito, como questões territoriais, econômicas, culturais, religiosas, crime organizado, sem contar os fatores geopolíticos enfrentados.

II Guerra da Chechênia 2

A II Guerra da Chechênia ocorreu entre os anos de 1994 e 1996, e contou com a participação de aproximadamente 40.000 soldados russos, esse conflito deixou um saldo de 40.000 mortos, a ação dos soldados era para ser realizada rapidamente, com a intenção de somente acabar com a resistência de grupos que lutavam pela independência.

No entanto, os russos não tiveram condições de se retirar e foram derrotados, pois foram cercados por um grupo de jovens despreparados utilizados como soldados.

Um dos motivos que fez a Rússia focalizar suas forças sobre a Chechênia foi o medo de perder parte de seus territórios, além disso, a União Soviética se preocupava com o surgimento de uma série de movimentos separatistas de luta pela independência.

O desconforto existente entre russos e chechenos se prolonga no decorrer de décadas, sem chegar a nenhum consenso.

A região em questão localiza-se nos limites entre o continente asiático e europeu, nesse território habitam vários grupos étnicos, falantes de dezenas de línguas de origem eslava, persa e turcomana.

A Chechênia possui uma população de aproximadamente 1,5 milhões de habitantes, com um território menor que o estado do Alagoas.

A partir do desmoronamento da URSS os principais países alcançaram a independência, a Chechênia, por exemplo, se confirmou como autônoma no ano de 1991, embora nenhum país do mundo tivesse reconhecido sua independência.

5) Rússia e Geórgia entram oficialmente em guerra

Jornal do Brasil

MOSCOU - A Rússia e a Geórgia entraram nesta sexta-feira oficialmente em guerra. O pivô do confronto é a região separatista de Ossétia do Sul, importante rota de transporte de petróleo e gás natural na fronteira russa que autoproclamou independência em 1992, após o desmoronamento da União Soviética, mas nunca foi reconhecida pela Geórgia. O território conta com o apoio de Moscou para a separação, sobretudo por abrigar muitos cidadãos russos.

A crise desperta temores de um conflito amplo na região, que está se tornando uma importante rota para o trânsito de energia. Tanto a Rússia quanto o Ocidente tentam influenciar a área. A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, pediu que a Rússia “respeite a integridade territorial da Geórgia”, cesse fogo e retire suas tropas do solo georgiano. Gonzalo Gallegos, porta-voz do Departamento, disse que os EUA mandaram um enviado à região para negociar com as partes em conflito. Bush apóia cessar-fogo imediato.

Evolução

Os problemas entre a Ossétia do Sul e a Geórgia se intensificaram há uma semana, quando um tiroteio matou seis moradores da região separatista e deixou mais de 30 feridos. Na quarta, o governo georgiano e a administração ossetiana trocaram acusações a respeito de ações violentas de ambos os lados.

Na madrugada de sexta, as tropas da Geórgia cercaram a capital da Ossétia do Sul, Tskhinvali, e promoveram um bombardeiro que teria matado 15 pessoas. Disparos de morteiros e armas pesadas tinham como alvo Tskhinvali, a partir das aldeias georgianas próximas.

O Comitê de Informação e Imprensa do governo separatista, então, emitiu um comunicado pedindo ajuda à Rússia, em proteção aos cidadãos russos da área. A Rússia chegou a pedir uma reunião dos integrantes do Conselho de Segurança da ONU, mas o encontro fracassou porque aliados da Geórgia – como os EUA e o Reino Unido – julgaram que o país não estendia a recusa de uso da força a si mesmo.

Com o fracasso, a Rússia enviou tropas, a guerra foi declarada e os ataques se intensificaram. Em meio aos bombardeios, os envolvidos chegaram a realizar um cessar-fogo com duração de três horas, para permitir a saída de civis. O líder separatista da Ossétia do Sul, Eduard Kokoiti, afirmou que o conflito com a Geórgia matou aproximadamente 1.400 pessoas nas primeiras horas. O confronto já chegou à capital da Geórgia. Prédios do governo, inclusive o Parlamento, foram esvaziados quando caíram as bombas.

Desde o início dos bombardeios, cerca de 140 ônibus com refugiados chegaram à Ossétia do Norte. Outras mais de 500 pessoas buscaram abrigo em outras partes da Geórgia. Em Tskhinvali, a devastação é grande. Serviços de água, eletricidade e telefonia estão cortados.

A Geórgia decidiu retirar mil homens do Iraque, por “estar enfrentando uma intervenção militar russa de envergadura”.

O Pentágono informou que “monitora de perto” a situação na região. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu aos EUA que persuadam a Geórgia a parar com o que Moscou chamou de agressão contra a Ossétia do Sul. O ministério informou que Lavrov conversou três vezes com Rice, por iniciativa dos EUA.

Um diplomata belga confirmou que o Conselho de Segurança da ONU está em conversações de emergência sobre o conflito na região. A União Européia pediu às partes em conflito o “fim imediato das hostilidades” e o início de uma cooperação sem demora com a missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa para retomar as negociações.

A ofensiva do Exército georgiano na Ossétia do Sul levou outra região separatista, a Abkházia, a posicionar tropas na fronteira com a Geórgia.

[00:01] - 09/08/2008

6) Conflito em Ruanda

Em 1994, o presidente da etnia hutu, Juvenal Habyarimana foi assassinado por militantes da etnia Tutsi. Perseguidos, mais de 300 mil hutus fugiram de Ruanda para a Tanzânia, Burundi e Zaire onde ficaram confinados em Campos de refugiados. Os que não conseguiram fugir foram massacrados e estima-se que quase um milhão morreram.

Mas esse conflito de 1994 em Ruanda, país do centro-leste da África, foi apenas um dos vários

que já assolaram aquela região em decorrência de divergências e inimizades dessas duas

tribos: Hutus e Tutsis.

Esse genocídio em Ruanda teve como resultado a morte de cerca de 1 milhão de tutsis e hutus, cruelmente assassinados.

Ruanda, está localizado na África central, tem como capital Quigali e como línguas oficiais o

francês e o ruandês. Este país, ao lado de Uganda e Burundi foram criados artificialmente, misturando grupos étnicos inimigos históricos: os Tutsis, os Hutus e os Twas. Toleravam-se

devido a relações comerciais entre eles. Os Tutsis eram pastores e os Hutus, agricultores,

portanto mantinha relações de trocas que amenizava certas atitudes belicosas.

Em finais do século XIX, a região é ocupada pelos alemães que logo se aliam aos Tutsis e

convertem os Hutus á escravidão, despertando antigas divergências, ódios e revanchismo. 

Após a Segunda Guerra, os alemães perdem o poder na região e a instabilidade passa a reinar. Tutsis e Hutus passam a se confrontarem e várias escaramuças provocam atitudes cruéis e

violentas de ambas as partes.

Em 1962, o país conquista sua independência e a liderança dos Hutus se consolida. Estes passam

a perseguir os Tutsis, perseguindo e massacrando-os.

Em 1994, com o atentado em que morre o presidente Habyarimana, explode uma guerra civil e os Hutus massacram os Tutsis. Estes acabam por tomar o poder e num ato revanchista,

massacram Hutus. 

Á partir de 1996, a ONU institui um Tribunal Internacional, para julgar os acusados pelo

massacre de 1994. 

Um ex-primeiro-ministro ruandês é condenado à prisão perpétua. Outros 120 mil acusados são detidos e esperam julgamento nas prisões do país. Em 1998, ocorrem várias execuções, criticadas por organismos internacionais de defesa dos direitos humanos.

As tentativas de promover a reconciliação entre os tutsis, que se encontram no poder atualmente, e os hutus encontram empecilhos diversos que retarda a solução. 

Os constantes conflitos ocorridos no país geraram problemas econômicos e sociais quase insolúveis. A queda vertiginosa do PIB, o retorno de quase 2 milhões de refugiados, o excesso de população, a falta de moradias, as epidemias, principalmente AIDs, etc

7) Conflito Burundi

Povoado a princípio por povos diversos: os Twas, os bantos Hutus, e os Tutsis ou Batutsis,

tornou-se um Reino no século XV.

No século XIX, com a partilha afro-asiática (Conferência de Berlin-1885) as potências européias dividem entre si a maior parte da África. A região que corresponde hoje o Burundi é ocupado pela Alemanha que tende a se aliar aos Tutsis causando revolta nos Hutus.

Em 1919, Após a 1ª Guerra Mundial, deixa de ser colônia alemã e juntamente com Ruanda, ficou sob o domínio da Bélgica. Em 1962 tornou-se independente e em 1966 tornou-se república unitária.

A rivalidades entre os hutus (a maioria da população) e a minoria tutsi, é antiga, definitiva e inconciliável.

Com a independência e a saída dos belgas, as hostilidades e os ressentimentos acumulados explodem entre hutus em Tutsis aumentam em decorrência de disputas políticas que provocam

uma sucessão de golpes de estado, grande números de mortos e fuga de milhares de pessoas.

Hoje, o Burundi, país no centro-leste da África, é açoitado por uma guerra civil ou

guerrilha com o objetivos declarado de mudança de regime, mas que na verdade é apenas mais

um lance das rivalidades entre essas duas etnias.

O conflito atual e mais sangrento teve início em 1993, quando o presidente Hutu eleito foi assassinado por oficiais Tutsis dando início a uma guerra civil responsável pela morte, prisão e

fuga de milhares de pessoas para Ruanda, Tanzânia e Zaire(atual Congo). De 1993 até hoje vários presidentes, Hutus ou Tutsis, foram escolhidos e revezaram no poder, mas acabaram assassinados

o que aumenta os conflitos.

Negociações de paz estão em andamento desde 1998, mas sem perspectivas de solução definitiva.

A tentativa de partilha do poder entre as duas etnias não tem causado o efeito esperado e sim aumentado a polarização e o ódio entre eles.

Burundi é hoje um país em situação periclitante. O que se vê são milhares de crianças

em situação de abandono, desnutridas, perambulando pelas ruas. Os índices de pobreza triplicaram.

A Infraestrutura foi arrasada: sistema de água, iluminação, escolas hospitais estão em destroços.

A economia, baseada na agricultura, se encontra falida; a ajuda internacional é nula.

Não há garantia de aplicação dos empréstimos. Um bilhão de dólares injetado no país entre o

1990 e 1993, não trouxeram nenhum benefício para o país e praticamente foram dilapidado pelos governantes; A inflação e a especulação tomou conta do país.

8) Movimento zapatista

Em 1 de janeiro de 1994, (quando entrava em vigor o acordo assinado pelo México, o Tratado de Livre Comércio - NAFTA - com os E.U.A) o líder rebelde, "Subcomandante Marcos", diante do prédio da prefeitura de San Cristovan, região de Chiapas, leu a Primeira Declaração da Selva Lacandonica (sub-região de Chiapas). Este documento era uma declaração de guerra ao governo neoliberal de Carlos Salinas Gortari e exortava os poderes do Estado para que restaurassem a legalidade e estabilidade e que fosse deposto o ditador. Reivindicavam e reivindicam trabalho, alimentação, saúde, terra, teto, educação, independência, liberdade, democracia, justiça e paz.

Paralelo ao manifesto, os militantes do EZLN, utilizando armas obsoletas, invadiram e tomaram várias cidades em Chiapas, mantendo-as ocupadas até hoje com governos autônomos escolhidos por eles. 

Ao todo, as comunidades indígenas de dez Estados da federação deram seu apoio ao movimento. 

Organizados no Exercito Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), os indígenas e camponeses, passaram a lutar contra o governo mexicano, responsabilizando-o pela exclusão e marginalização da população

pobre do país.

No México, calcula-se, exista aproximadamente 10 milhões de indígenas de etnias diversas e outros 20 milhões de pessoas da mesma origem vivendo em condições de pobreza

e de quase indigência.

A denominação "Zapatismo ou Zapatista" é uma homenagem a um líder camponês do início do século XX, Emiliano Zapata, que conduziu os camponeses e indígenas a uma luta de reivindicação por direitos básicos. Acabou traído e assassinado por um grupo de governantes que havia chegado ao poder com seu apoio.

Além do grupo Zapatista, existem, no México, outros movimentos guerrilheiros atuantes que lutam pelos mesmos objetivos. A Organização Independente dos Povos Unidos de Huasteca (OIPUH);

O Exercito Popular Revolucionário (EPR) que milita no Estado de Guerrero; O Exercito

Insurgente Revolucionário do Sudeste (EIRS) no Estado de Oaxaca e outros grupos menores.

Ao lado destes, atuam ainda grupos paramilitares apoiados pelo governo com o objetivo de desestabilizar esses movimentos reivindicatórios, pressionando-os a se entregar e desistir de

sua luta. Estes grupos paramilitares, cercam as cidades onde atuam o EZLN impedimento a

chegada de alimentos e medicamentos, fechando escolas, postos de saúde, prejudicando o abastecimento de água e energia, etc.

O "líder" do movimento Zapatista é o Subcomandante Marcos, um codinome que o permite atuar anonimamente. Já ocorreram várias tentativas para mata-lo e/ou denegrir sua imagem, mas sem muito sucesso. Seu rosto não é conhecido, mas sabe-se que seu nome é Rafael Guillér.

9) Colômbia (Farc) Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia

A FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) teria surgido em 1964, sob a liderança

de Manuel Marulanda Vélez (Tirofijo-Tiro Certeiro), cujo verdadeiro nome é Pedro Antônio Marín.

Atualmente possui aproximadamente 15.000 militantes. A princípio de tendência liberal,

Marulanda, logo se engajou no Partido Comunista e se tornou o chefe das FARC. Hoje com

mais de 70 anos, por diversas vezes foi, estrategicamente, considerado morto. O pseudônimo

de Manuel Marulanda Vélez, foi adotado em homenagem a um líder camponês morto sob

a tortura policial.

São constituídos por diversos grupos político-militares que lutam no meio rural por uma mudança

de regime que derrube a classe dominante que, segundo eles, é reacionária e entreguista e aliada

a uma minoria privilegiada. "Lutamos pelo estabelecimento de um regime político democrático

que garanta a paz com justiça social, o respeito aos Direitos Humanos e um desenvolvimento econômico com bem-estar para todos os que vivem na Colômbia".

Em sua maior parte, esses grupos, cultuam a ideologia comunista, mas sem respeitar os conceitos básicos dessa doutrina. A estratégia é a revolução armada

Por várias vezes foram tentadas formas de pacificação e entendimento entre as FARCs e o

governo, mas sem sucesso.

O governo inclusive, liberou aos rebeldes uma área desmilitarizada de 42 mil quilômetros no sul

do país que posteriormente levou a denominação de "Farclândia" para servir de sede para as negociações de paz. Essa concessão, no entanto não produziu os resultados esperado. Ações violentas dos rebeldes, que culminaram com o seqüestro de um avião e a captura de um senador,

fez com que o presidente Andrès Pastrana, em 20 de Fevereiro de 2002, rompesse o processo

de paz e iniciasse uma ofensiva contra os guerrilheiros das FARCs.

Alguns analista, ainda, apontam uma outra dificuldade em acabar com esse movimento. Com o passar do tempo, laços de interesses foram criados entre alguns grupos de traficantes, produtores

de drogas e membros das FARCs. Essa ligação tornou o movimento, um tanto quanto rentável. Segundo esses analistas, a conotação política-ideológico, seria apenas uma estratégia que

encobre o verdadeiro objetivo: lucrar com o tráfico.

Outro aspecto interessante a se destacar é a existência de grupos paramilitares de direita( a principal delas é a AUC-Autodefesas Unidas da Colômbia) não apoiadas oficialmente pelo

governo e lutam contra os grupos de esquerda por controle de territórios. Esses grupos de

esquerda ou direita, levam terror á população das regiões colombianas. Se derem proteção a guerrilha de esquerda, são punidos pelos da direita e vice-versa. Se assumirem posição de neutralidade, são punidos pelos dois grupos.

10) Grupo Peruano Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) e Sendero Luminoso

No Peru, desde a década de 80, dois grupos guerrilheiros de esquerda vem atuando contra o

governo constituído: O Sendero Luminoso de tendência Maoísta (Seguidores do líder chinês Mao Tse Tung) e o grupo Tupac Amaru (MRTA) de tendência Guevarista (Seguidores das idéias

do líder Che Guevarra). O nome Tupac Amaru é uma homenagem a José Gabriel Tupac

Amaru, líder indígena que moveu uma rebelião contra os espanhóis por volta do século XVIII.

Estes dois grupos se encontram atualmente num processo de desagregação, mas continuam operando. De tempos em tempos promovem algumas ações esporádicas contra o governo, constituindo uma ameaça á "estabilidade" na região.

De qualquer forma, a timidez das ações atuais destes dois movimentos, não diminuem a

preocupação das autoridades, já que esses rebeldes continuam a manter relações estreitas

com outros grupos terroristas da América Latina, principalmente as

FARCs e a ELN da Colômbia.

11) Entenda o conflito na Somália

A guerra na Somália se intensificou com o envolvimento de forças militares etíopes no conflito entre o governo interino somali e a milícia islâmica que controla boa parte do país. Forças etíopes bombardearam posições da União das Cortes Islâmicas (UCI) na capital, Mogadíscio na segunda-feira, e há temores de que os combates se intensifiquem e piorem ainda mais a precária situação dos milhares de refugiados deixados pelo conflito. Entenda melhor o conflito na Somália e os interesses em jogo.

Quem, afinal, governa a Somália?

É um governo interino - liderado pelo presidente Abdullahi Yusuf e reconhecido pela comunidade internacional - tido como fraco e cada vez mais impotente para lidar com as milícias das União das Cortes Islâmicas (UCI).

O ministro da Defesa teve que fugir com suas tropas quando as UCI avançaram sobre o porto de Kismayo, até então controlado pelo governo. O governo, cuja sede fica em Baidoa, pediu ajuda internacional. O Conselho de Segurança da ONU aprovou planos de enviar uma força de paz africana para apoiar o governo.

O apoio mais consistente ao governo vem da Etiópia, que iniciou uma incursão militar direta na Somália contra alvos da milícia islâmica.

O que é a União das Cortes Islâmicas?

Trata-se de uma rede formada por 11 tribunais islâmicos criados na capital somali, Mogadíscio, financiados por comerciantes e empresários preocupados com a crescente anarquia na cidade.

O objetivo da UCI é restaurar e impor a Sharia, lei islâmica, e por fim à impunidade e a criminalidade na região. Moradores locais disseram que a atividade criminosa foi reduzida na cidade graças às milícias. Mas há temores de que o objetivo real das milícias seria o de transformar a Somália num Estado islâmico.

Os Estados Unidos temem que a UCI esteja dando refúgio a militantes da Al-Qaeda, e acredita-se que Washington esteja apoiando a aliança de líderes tribais formada em Mogadíscio para combater a milícia.

Quem apóia a União das Cortes Islâmicas?

A milícia tem ficado cada vez mais popular entre os residentes da capital somali, mas não se sabe ao certo de onde vêm as armas e o financiamento de sua campanha militar.

Um relatório da ONU disse que as Cortes estavam sendo providas de armas pela Eritréia, e que o governo interino somali estava sendo armado pela Etiópia. Houve quem dissesse que a UCI estaria sendo financiada pela Arábia Saudita.

Quais são as supostas ligações com a Al-Qaeda?

A UCI nega qualquer ligação com a Al-Qaeda. Mas diplomatas acreditam que pequenos grupos de militantes, entre eles estrangeiros, estariam operando no país.

Houve pelo menos quatro ataques contra alvos dos Estados Unidos ou Israel em países do leste africano, todos eles ligados à Somália.

Qual é o papel da Etiópia no conflito?

A Etiópia está preocupada com o avanço da milícia islâmica na Somália, que considera uma ameaça, e, por isso, resolveu intervir com uma ação militar no país vizinho.

O Exército etíope enviou tanques e artilharia pesada ao país, e jatos da força aérea etíope iniciaram bombardeios contra alvos da milícia islâmica. O exército da Etiópia é um dos maiores e mais bem-equipados da África, com mais de cem mil soldados treinados. Mas apesar de o primeiro-ministro etíope, Meles Zeawi, querer uma guerra "rápida e vitoriosa", a tarefa não vai ser fácil.

Vários grupos rebeldes prometeram que irão resistir ao avanço etíope. Além disso, o exército da Etiópia se vê obrigado a manter uma forte presença em duas frentes. Uma na Somália e outra na fronteira com a Eritréia, ao norte, contra quem a Etiópia foi à guerra por uma disputa territorial. A Eritréia está mobilizada e fortemente armada.

Conflito no Quênia

O Quênia é um país africano situado na parte oriental do continente que possui a economia mais desenvolvida. Por motivos políticos, o país vive momentos de grande revolta. Desde sua independência, o Quênia é movido por corrupção, autoritarismo e desigualdade étnica. Em 2002, Mwai Kibaki da coligação NARC foi eleito presidente do país com o compromisso de modificar a constituição, valorizar todas as etnias colocando um representante de cada no poder, erradicar a corrupção e melhorar a qualidade de vida dos habitantes bem como o desenvolvimento do país que dependia das suas exportações de baixo valor e ainda era afetada pela forte corrupção. Nesse período a população apoiou o então presidente para que visse tais transformações, mas a violência étnica e as irregularidades não foram sanadas como havia prometido Kibaki, deixando a população contrariada.

Em 2007, data que marcava o final do mandato de Kibaki houve nova eleição para determinar um novo representante do país. No dia 27 de dezembro foi anunciado um resultado desfavorável ao que esperava a população que irritada iniciou um conflito violento. Tais eleições foram marcadas pela corrupção e pela irregularidade proposta por representantes de Kibaki que violaram o resultado. Em Nairóbi, capital do Quênia, já se podia perceber revoltosos munidos de armas de fogo, facas, pedaços de madeira e outros materiais se apoderando de lojas, casas, mercadorias e ainda retirando a vida de vários inocentes.

As causas para tanta revolta foram as fraudes propostas por Kibaki que claramente modificou o resultado das eleições demonstrando seu autoritarismo e desrespeito para com a população. Em alguns distritos eleitorais os resultados foram modificados fortemente para fraudar o resultado. Em determinadas regiões, o número de votos favoráveis a Kibaki ultrapassou a quantidade de pessoas que ali votaram.

Para que tal conflito termine é necessária a intervenção de potências mundiais.

7)

|13) UM PAÍS ESTILHAÇADO |

|Há mais de 20 anos consecutivos o Sudão, maior país da África, sofre com guerras internas, sendo que nos últimos anos o |

|massacre beira a um genocídio. |

|A população de Darfur, uma província sudanesa, vem enfrentando uma forte onda de violência e terror que resultou numa |

|quantidade enorme de mortes e forçou mais de 1,5 milhões de pessoas a fugirem dos seus vilarejos destruídos em busca de |

|segurança. |

|Uma esperança para o povo sudanês está sendo a ajuda humanitária que vive sob constante insegurança, como a organização |

|Médicos Sem Fronteiras, que conta com 200 profissionais estrangeiros e 2.000 profissionais locais trabalhando em toda a |

|região de Darfur. |

|RAZÃO DO CONFLITO |

|Uma das razões deste conflito é a falta de água. Darfur é habitada ao Norte por tribos arabizadas que vivem dos seus camelos |

|e vacas, ao passo que a população do sul é essencialmente de agricultores fixados em terras mais férteis. |

|Em busca de água e pasto para seus animais, os nômades começaram a invadir as terras férteis, resultando num conflito sem |

|precedentes, pois a milícia Janjaweed (“Guerreiros sobre cavalos”) avança sobre as vilas dos agricultores matando e |

|expulsando, e tudo isso com simpatia do governo sudanês. Um outro motivo que esquentou esta guerra foi o fato do Sudão ter |

|entrado no grupo dos exportadores de petróleo a mais ou menos cinco anos. Tudo isso e também as diferenças religiosas, são os|

|estopins desta guerra sem solução rápida. |

|TESTEMUNHO DE MAGOK |

|Para compreender em toda a sua extensão a tragédia do Sudão, não basta falar em conflito Norte e Sul ou em milhões de mortos |

|e deslocados. O testemunho de um jovem sudanês que viveu a repressão, foi torturado e viu seu povo ser abatido e expulso de |

|suas terras, é a melhor forma de mostrar o que o mundo está assistindo de braços cruzados: |

|“As causas da prolongada guerra civil que dilacera o Sudão, há quase meio século, são variadas e complexas, mas em larga |

|medida têm a ver com os planos hegemônicos do Norte. Desde a independência, em 1.º de Janeiro de 1956, os sucessivos governos|

|árabes e muçulmanos com sede em Cartum insistem em forçar o Sul e a população dos Montes Nubas a entrar no redil árabe e |

|muçulmano. Entre os métodos usados contam-se a escravatura, a arabização forçada, a limpeza étnica, os bombardeamentos aéreos|

|e a fome. |

|O Governo Islâmico Nacional chegou ao ponto de declarar a jihad, a guerra santa islâmica, contra os povos do Sul e dos Montes|

|Nubas, considerados infiéis. O que pressupõe a sua assimilação ou eliminação. Os povos ameaçados resistiram e pegaram em |

|armas. Resultado: em 48 anos de guerra, o Sul perdeu mais de dois milhões de pessoas; quatro milhões são deslocados internos;|

|meio milhão estão refugiados nos países vizinhos e no estrangeiro. Como conseqüência, a estrutura socioeconômica rudimentar |

|do Sul foi totalmente destruída. Escolas, centros de saúde e sistemas de transporte quase não existem. |

|ESCRAVATURA COMO ARMA |

|O Governo do Sudão usa a escravatura e o comércio de escravos como arma de guerra para aterrorizar e subjugar as populações |

|do Sul e dos Montes Nubas. Não há dúvida: a escravatura ocupa um lugar de primeiro plano nos planos de genocídio do regime |

|fundamentalista islâmico liderado pelo general Omer Hassan el-Bashir. |

|As crianças e as mulheres jovens, depois de capturadas, são vendidas como escravas no Norte e noutros países árabes do Médio |

|Oriente, onde são usadas como empregados domésticos, pastores, trabalhadores agrícolas ou concubinas. |

|PETRÓLEO DE SANGUE |

|Com uma produção de cerca de 300 mil barris de petróleo por dia, estima-se que o Governo tenha arrecadado 700 milhões de |

|dólares entre 2000 e 2002. Esta incalculável riqueza mudou radicalmente a natureza da guerra no Sudão, reforçando o poder do |

|regime islâmico do Norte e permitindo-lhe esquivar-se das negociações de paz, na presunção de que uma vitória militar sobre |

|os “rebeldes” do Sul e outros grupos de oposição está finalmente ao seu alcance. |

|A descoberta do petróleo já provocou deslocamentos maciços forçados de civis sul-sudaneses que viviam nas proximidades dos |

|campos petrolíferos e do oleoduto. Nestas zonas, graves atentados aos direitos humanos tornaram-se uma realidade quotidiana. |

|Não é por acaso que o Governo sudanês impede as organizações humanitárias de trabalhar nestas áreas. |

|BOMBAS E FOME CALCULADA |

|Um dos sinais da intensificação da guerra é o bombardeamento aéreo de objetivos civis como hospitais, escolas, igrejas, |

|mercados, campos derefugiados e centros de distribuição de bens de |

|primeira necessidade. Os alvos, porém, não são só os cidadãos sudaneses sulistas, mas também as agências de ajuda humanitária|

|têm sido bombardeadas. |

|O Governo sudanês é bastante conhecido por provocar “fome calculada” nas populações que pretende subjugar. Ele usa os |

|alimentos como meio para atrair os cristãos do Sul do Sudão aos chamados campos de paz, que estão situados no deserto. Estes |

|campos fazem lembrar os campos de concentração nazistas”. (Magok Gou Riak) |

|Médicos Sem Fronteiras |

|A organização “Médicos Sem Fronteiras” foi criada em 1971 por um grupo de jovens médicos e jornalistas que, em sua maioria, |

|tinham trabalhado como voluntários em Biafra, região da Nigéria, que, no final dos anos 60, estava sendo destruída por uma |

|guerra civil brutal. |

|Enquanto trabalhavam para socorrer as vítimas do conflito, eles perceberam que as limitações da ajuda humanitária |

|internacional da época eram fatais. Em 1971, o sentimento de frustração desse grupo e a vontade de ajudar às populações mais |

|necessitadas de modo rápido e eficiente deram origem a Médicos Sem Fronteiras. |

|A organização surgiu com o objetivo de levar cuidados de saúde para quem mais precisa, independentemente de interesses |

|políticos, raça, credo ou nacionalidade. |

|Em Darfur, MSF realizam consultas médicas, tratam vítimas da violência, cuidam das crianças gravemente desnutridas, melhoram |

|as condições de água e saneamento e oferecem cobertores e outros itens essenciais para mais de 700 mil pessoas deslocadas. |

14) O conflito entre EUA e Iraque - A luta continua

|Em março de 2003, EUA e Inglaterra invadiram o Iraque na intenção de derrubar o presidente-ditador Saddam Hussein. O Iraque |

|era acusado pelo presidente norte-americano George Bush de patrocinar o terrorismo internacional, tendo inclusive vínculos com|

|o grupo Al-Qaeda e com Osama Bin Laden e de ter armas de destruição em massa – químicas, biológicas e nucleares – capazes de |

|atingir aliados e alvos dos EUA. Hussein seria, assim, um “perigo para a humanidade”. Em menos de um mês a maquina de guerra |

|anglo-americana obteve o êxito esperado. Saddam foi obrigado a deixar o poder e seus principais auxiliares acabaram fugindo, |

|quando não presos ou mortos. O próprio ditador acabou capturado pelos EUA, devendo em breve ser julgado por seus “crimes”, o |

|que deverá ocorrer no próprio Iraque, tendo como juízes seus inimigos. Um julgamento internacional seria constrangedor para as|

|potências ocidentais. Afinal, elas num passado não muito distante apoiavam Saddam e este poderiam revelar fatos embaraçosos |

|sobre EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Rússia etc. |

|Mas se foi fácil invadir o Iraque, sair está sendo complicado. Quase todo dia os EUA e seus aliados sofrem ataques por parte |

|de uma incômoda resistência, que se intensificou em meados de abril de 2004. A imagem internacional americana cada dia está |

|mais chamuscada, pois além do fato da invasão não ter contado com o apoio da ONU e maioria dos países (portanto, contrariando |

|todos os princípios do direito internacional), não foram encontradas as tais armas de destruição em massa de Saddam. |

|Descobriu-se, ao invés, uma rede de mentiras, espionagem e falsificação de documentos oficiais sobre o Iraque, de modo a |

|apresentá-lo como um perigo maior do que de fato era. Para alguns analistas, um aumento do bloqueio econômico e um maior apoio|

|à oposição levariam os próprios iraquianos a derrubarem o ditador. |

|Acontece que isso não garantiria os interesses americanos na região (ou seja o controle das jazidas de petróleo), visto haver |

|vários contratos do Iraque com França, Alemanha e Rússia (que, não por coincidência, foram contra a guerra). Assim, Bush e o |

|Pentágono acharam por bem invadir o país na “marra”. Derrubaram Saddam, mas criaram um imenso vácuo de poder. Não há grupo |

|iraquiano confiável aos EUA com condições de hegemonizar o poder local. Tenta-se implantar um modelo de democracia ocidental |

|num país sem tradição democrática e com outra cultura e valores, que não apresenta uma classe média forte (fundamental para |

|que qualquer regime democrático funcione) e que vê os americanos como invasores. |

|Como se não bastasse isso a Al Qaeda de Osana Bin Laden (inimigo de Saddam e que o acusava de ter se vendido ao Ocidente) |

|dirigiu-se ao Iraque para continuar sua “guerra santa” contra os infiéis e expulsá-los das terras sagradas do Islã. Boa parte |

|das ações armadas contra os ianques nos Iraque é promovida pela Al Qaeda. Segundo consta, o grande articulado da Al Qaeda no |

|Iraque é o líder jordaniano Abu Musab al Zarqawi , que já assumiu a autoria de vários ataques contra tropas americanas e a |

|decapitação de reféns estrangeiros. Mas há ainda um outro complicador: as divisões étnicas e ódios mútuos entre os povos |

|iraquianos. O Iraque na verdade é uma ficção: não há uma nação iraquiana. O que existe são vários povos que se detestam |

|mutuamente, sobretudo xiitas, sunitas e curdos que, por sua vez, se dividem em várias facções. |

|Curiosamente, desde abril, sunitas e xiitas de 2004, organizados em várias milícias armadas, intensificaram suas ações contra |

|os invasores. Vários americanos e iraquianos foram mortos, chegando os EUA e aliados a perderem mesmo o controle sobre certas |

|cidades do país. Os grupo de resistência passaram a seqüestrar soldados e trabalhadores estrangeiros (os quais trabalham na |

|reconstrução iraquiana), ameaçando-os de morte, quando não os decapitando na exigência de que os inimigos deixem o Iraque. Um |

|dos maiores focos de resistência aos EUA está em Fallujano (no coração do chamado triângulo sunita, centro do país), uma |

|cidade em que a maioria da população é formada por muçulmanos sunitas e na qual quatro americanos foram brutalmente mortos e |

|queimados, chocando o mundo. Ao mesmo tempo, milícias xiitas ligadas ao líder radical e popular Moqtada al Sadr rebelam-se no |

|sul iraquiano. Os americanos determinaram a prisão de al Sadr (que condena a presença estrangeira no Iraque), o que aumentou |

|ainda mais a fúria da população. |

|Sadr é um jovem líder, de cerca de 30 anos, mas cuja filiação impõe respeito: ele é filho de Muhammad Sadiq Sadr, líder xiita |

|assassinado pelo regime de Saddam Hussein, em 1999, e cujo nome rebatizou a Cidade Sadr, bairro de Bagdá antes chamado de |

|Cidade Saddam. Seu grupo armado, o Exército Mehdi, passou a ser perseguido pelas tropas americanas. O próprio Sadr se refugiou|

|na mesquita de Najaf, o local mais sagrado para a comunidade muçulmana xiita. Para complicar, há indícios de que grupos |

|sunitas e xiitas, antigos desafetos, então se unindo contra os norte-americanos. É um cenário complicado para Bush, que |

|contava em pacificar o país após “transferir” o poder aos iraquianos em 28 de junho de 2004. |

|O poder foi transferido da administração civil provisória instalada pelos americanos para um governo iraquiano interino. A |

|administração civil liderada por Paul Bremer deixou de existir, e ele voltou para os Estados Unidos. Formalmente, a ocupação |

|do Iraque terminou. Mas as forças comandadas pelos Estados Unidos permanecerão no Iraque em números semelhantes aos de antes |

|da entrega de poder. O primeiro-ministro do Iraque é o xiita Iyad Allaw, líder do Acordo Nacional Iraquiano, um grupo formado |

|por exilados do país – muitos deles ex-membros do partido Baath, de Saddam Hussein, que fugiram do país (como o próprio |

|Allaw). Nascido em 1945, em uma destacada família muçulmana xiita de mercadores, Allawi se formou em neurologia. Ele é visto |

|como sendo uma pessoa com ligações históricas com os EUA, particularmente com a CIA (Central de Inteligência Americana). |

|Com a recente intensificação da onda de ataques no Iraque, o próprio Allawi chegou a ser ameaçado de morte. Uma gravação |

|atribuída ao militante jordaniano Abu Musab al-Zaraqwi, ligado à Al-Qaeda, dizia que Allawi terá destino idêntico ao de |

|Ezzedine Salim, o ex-líder do Conselho de Governo do Iraque, morto em um atentado com um carro-bomba no dia 17 de maio de |

|2004. O presidente é Ghazi Al-Yawer é um engenheiro civil, empresário e líder tribal originalmente da cidade de Mosul, na |

|região curda ao norte do país. Ele ocupava a presidência rotativa do Conselho Interino de Governo do Iraque, indicado pelos |

|EUA. Este ex-exilado sunita de 45 anos, que estudou nos EUA, tem fortes ligações com Washington. |

|O novo governo iraquiano terá poderes limitados e não vai ser soberano no sentido mais rigoroso da palavra. Ele não vai poder,|

|por exemplo, criar ou fazer quaisquer mudanças nas leis básicas do país, respondendo por temas do dia-a-dia do Iraque. O |

|governo terá controle sobre o dinheiro arrecadado com a venda de petróleo, mas o Orçamento deste ano já foi definido e por |

|isso sua influência será limitada. Uma Embaixada dos Estados Unidos de grande porte vai deter a maior parte do controle sobre |

|o fluxo de ajuda americana. O novo governo enfrenta um dilema. Ele depende da presença das tropas estrangeiras para garantir a|

|segurança no país e a manutenção de serviços básicos, mas a presença de forças no país pode manter ou ampliar a onda de |

|ataques violentos. |

15) Guerra do Afeganistão

Após o fim da Segunda Guerra Mundial as principais nações européias que eram potências mundiais na época ficaram destruídas, pois o conflito armado ocorreu na própria Europa, suas indústrias foram destruídas impedindo que essas abastecessem o mercado mundial.

Foi a partir desse fato que os Estados Unidos despontaram, ao abastecer o mercado mundial e financiar a reconstrução da Europa, isso provocou no país uma ascensão industrial e econômica, doravante os Estados Unidos se consolidou como a maior potência mundial, econômica e militar.

A condição de potência mundial norte-americana fez com que o país pensasse ser o “administrador” do mundo, e ao longo das décadas os americanos intervêm no mundo todo, com essa ideologia adquiriram muitos inimigos.

Em 2001, foi empossado como presidente dos EUA o republicano conservador George W. Bush, filho do ex-presidente George Bush, com uma mentalidade não muito diplomática e que coloca acima de tudo os interesses econômicos norte-americanos. Nesse mesmo ano iniciou a guerra do Afeganistão que foi iniciada por uma série de atentados terroristas ocorridos em 11 de setembro de 2001, esse foi o estopim da guerra, pois atingiu profundamente os americanos.

Esse ato terrorista foi visto simultaneamente no mundo inteiro, que aconteceu quando dois aviões cheios de gasolina atingiram as torres gêmeas, World Trade Center, em Nova York (símbolo do poder econômico e do capitalismo), um avião foi lançado no Pentágono (órgão responsável pela defesa americana), nas torres morreram 3.000 pessoas, no Pentágono houve mais de 100 mortos e milhares de feridos, além de um terceiro avião que caiu no Estado da Virgínia, esse provavelmente a própria força aérea americana deve ter abatido, temendo que ele pudesse atingir uma região com um número alto de pessoas, além de causar prejuízos materiais.

Os atentados foram provocados pelo grupo terrorista Al-Qaed, financiado pelo bilionário Osama Bin Laden, um fundamentalista taliban.

Após os atentados, o presidente George Bush adotou medidas ofensivas ao terrorismo e o alvo central era o Afeganistão, os EUA contaram com a participação da Grã-Bretanha, de inimigos do passado como a Rússia e o Paquistão. Em outubro de 2001 os EUA e o Reino Unido lançaram várias bombas em cidades afegãs, o taliban foi derrotado ainda em 2001.

O governo americano colocou no poder um aliado com a incumbência de reconstruir a nação e instaurar a democracia, marcada pela rivalidade entre as diversidades étnicas e religiosas.

Em 2004, o Afeganistão ganhou uma constituição e foi realizada a primeira eleição, isso não impediu os conflitos, pois as ações são realizadas por grupos contrários ao governo.

A Guerra do Afeganistão (2001-presente), despoletada pelos Estados Unidos da América e pelo Reino Unido a 7 de Outubro de 2001, foi a resposta aos atentados do 11 de Setembro desse mesmo ano. Foi o começo da Guerra ao Terrorismo. O propósito declarado dessa invasão era capturar Osama bin Laden, destruir a al-Qaeda e acabar com o regime dos Talibãs que providenciava abrigo e apoio à al-Qaeda.

Os Talibãs foram derrubados, mas focos de resistência surgiram. Decorrem operações militares que visam estabilizar o país.

16) Os conflitos nos balcãs e a independência do Kosovo

Desde o ano passado, está em pauta na imprensa internacional a questão da independência do Kosovo, que busca se emancipar da Sérvia. A região dos balcãs foi e ainda é palco de muitos conflitos ao longo do século XX/XXI. É importante falarmos um pouco sobre tais conflitos, para compreendermos o que vemos e ainda veremos na imprensa esses dias.

Entre 1912 e 1913, acontece a chamada “Guerra dos Balcãs”, que envolveu várias nações e províncias do leste europeu. Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária uniram-se contra a Turquia, com o objetivo de expulsar os turcos otomanos da região, que dominavam a Macedônia, que pertenceria à Sérvia. A tendência de expansionismo da Sérvia também buscava anexar a Albânia. A Áustria, no entanto, interveio e conseguiu o reconhecimento da independência da Albânia, impedindo o expansionismo sérvio.

Estes conflitos iriam se desencadear na 1º Guerra Mundial, e na formação prévia do chamado “pan-eslavismo”, que foi um movimento que visava agregar as nações dos balcãs na chamada Grande Sérvia. Em outras palavras, caracterizava o interesse hegemônico do expansionismo Sérvio na região, com o apoio posterior da URSS stalinista.

O final da Primeira Guerra e o desmembramento do Império Áustro-Húngaro, resultou na unificação dos territórios da Croácia, Eslovênia e Bósnia-Herzegovina com os da Sérvia e Montenegro. Nasce aí o chamado Reino da Sérvia, Croácia e Eslovênia.

Durante a 2º Guerra Mundial, em 1941, a Iugoslávia assina um pacto de amizade com a URSS. A Alemanha, Itália, Hungria e Bulgária, então, invadiram a Iugoslávia, aproximando-se da Croácia, que fazia oposição e desejava a separação, o que os levou a uma aproximação dos croatas com a Alemanha.

Uma Guerra civil se instaurou na região.

Não apenas étnico, este episódio também pode ser visto como um conflito político. O sentido geopolítico do conflito civil nos balcãs era claro, porém, “maquiado” pela justificativa de um conflito étnico. Havia, claro, interesses econômicos e territoriais.

Com o fim da 2º Guerra Mundial, é proclamada a República Federativa da Iugoslávia, ligada ao bloco socialista. Até o início da década de 1990 foi mantida tal ordem, baseada em um pensamento unitário (de partido único), influenciado pelo stalinismo.

Ao longo dos anos foi produzida na região uma grande insatisfação popular, que explodiria durante a década de 1990.

De fato, a pluralidade da unitária Iugoslávia deve ser levada em conta: são cinco grupos eslavos (eslovenos, montenegrinos, croatas, sérvios e macedônicos); dois alfabetos (cirílico e latino); três línguas (esloveno, macedônico e sérvo-croata); quatro religiões (católicos, protestantes, ortodoxos e muçulmanos); e seis repúblicas federadas.

Em 1991 iniciou-se a fragmentação da Iugoslávia: Croácia e Eslovênia declararam suas independências. A Bósnia, em 1995, após três anos de guerra, conquista também a sua independência. A guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, mostra a divisão étnica do país, além de fazer saltar aos olhos os interesses econômicos por trás dos conflitos.

Na segunda metade da década de 1990, a Guerra do Kosovo intensificaria os conflitos na região. Desde desmembrada a Iugoslávia, sérvios e albaneses se digladiam na região do Kosovo, que luta para conseguir sua independência da Sérvia.

Depois dos bombardeios da Otan à Belgrado, em 1999, os líderes ocidentais e Slobodan Milosevic (foto abaixo) chegaram a acordo para colocar fim aos conflitos. As tropas sérvias seriam retiradas, com a formação de uma força internacional de paz no Kosovo.

A província do Kosovo está tentando se emancipar da Sérvia. Mais uma vez, nesta questão, salta aos olhos os interesses econômicos internacionais.

Na reunião de ontem, do conselho de segurança da Onu, China e Rússia se opuseram à independência do Kosovo, enquanto Estados Unidos, França e Inglaterra apóiam a postura da província. Não quero ser partidário dos Eua, nem da China. Mas, eu acredito que os kosovares têm condições, neste momento, de dirigir de forma independente e democrática o País que querem formar.

Além disso, pelo fato de a independência dos kosovares não ser uma decisão vertical, de gabinete, por ser também, e sobretudo, uma reivindicação popular, acho sim que é legítima a formação daquele país.

Não é difícil imaginar que os EUA, a Inglaterra e a França irão colocar com força seus capitais no país, como fazem no resto do mundo, conquistando seu mercado consumidor (que, de certa forma, já está conquistado). Mas, por outro lado, seria ingenuidade acreditar na benevolência da China e da Rússia, em querer assegurar a integridade do Kosovo, que estaria mais “seguro” caso se mantenha unificado à Sérvia.

O jogo de interesses é grande. Nesse jogo, acredito apenas que a vontade de um povo é que deve ser soberana.

A democracia capitalista pode até não ser perfeita, e produzir desigualdades imensas no mundo. Mas, das opções políticas que dispusemos no século XX, certamente foi a menos opressora, se comparada aos regimes totalitários.

Os Eua podem até ser taxados de imperialistas, mas, eu fico me perguntando o que seria da América Latina, caso a Alemanha nazista tivesse ganho a 2º Guerra Mundial.

Por mais que apresentem defeitos, ainda sou partidário dos regimes democráticos, com a ressalva de não achar que tal regime deve ser imposto goela abaixo de todas as nações do planeta, pois, quando utilizada de forma escusa, a democracia também pode servir para legitimar uma série de atrocidades.

Atualidades

Primavera Árabe - resumo

Primavera Árabe É o nome dado à onda de protestos, revoltas e revoluções populares contra governos do mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida.

Países envolvidos Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmem e Barein.

Ditaduras derrubadas A onde de protestos e revoltas já provocou a queda de quatro governantes na região. Enquanto os ditadores da Tunísia e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistência, Muammar Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com ação militar decisiva da Otan. No Iêmen, o presidente Saleh resistiu às manifestações por vários meses, até transferir o poder a um governo provisório. A Síria foi o único país que até agora (12/03/2012) não conseguiu derrubar o governo do ditador Bashar al-Assad.

Transição para as novas democracias Tunísia e Egito realizaram eleições em 2011, vencidas por partidos islâmicos moderados. A Tunísia é apontada como o país com as melhores chances de adotar com sucesso um regime democrático. No Egito, os militares comandam o conturbado processo de transição, e a população pede a sua saída imediata do poder.

Geopolítica árabe Os Estados Unidos eram aliados de ditaduras árabes, buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na região, que abriga as maiores reservas de petróleo do planeta. A Primavera Árabe põe em cheque a política externa de Washington para a região. A Liga Árabe, liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar, assume um papel de destaque na mediação das crises e dos conflitos provocados pela Primavera Árabe.

RESUMO SOBRE O ESPAÇO AGRÁRIO MUNDIAL E BRASILEIRO

AÇÃO HUMANA SOBRE O ESPAÇO:

• O ESPAÇO NATURAL SE TRANSFORMA EM ESPAÇO GEOGRÁFICO;

• ENORME VELOCIDADE COM QUE OCORREM AS TRANSFORMAÇÕES E A DEGRADAÇÃO DESSE ESPAÇO;

AS DUAS GRANDES CATEGORIAS DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:

• ESPAÇO URBANO

• ESPAÇO RURAL.

PALEOLÍTICO:

• NOS PRIMÓRDIOS DA HUMANIDADE A AÇÃO DO HOMEM ERA BASICAMENTE DE EXTRATIVISMO, COM QUASE TOTAL SUBMISSÃO À NATUREZA.

• AS ATIVIDADES HUMANAS EXIGIAM CONSTANTES DESLOCAMENTOS, OU SEJA, A VIDA ERA NÔMADE.

NEOLÍTICO:

• DOMESTICAÇÃO DOS VEGETAIS – AGRICULTURA;

• DOMESTICAÇÃO DOS ANIMAIS - PECUÁRIA;

• LOCALIZAÇÃO RIBEIRINHA – IRRIGAÇÃO;

• O CRESCENTE FÉRTIL; VEJA MAPA NA APOSTILA

• PERÍODO DENOMINADO – REVOLUÇÃO AGRÍCOLA.

DEPENDÊNCIA HUMANA DA NATUREZA;

• TODOS OS BENS PRODUZIDOS PELOS HUMANOS SÃO ORIGINADOS NA NATUREZA;

• AO UTILIZAR A NATUREZA O HOMEM ALTERA O MEIO;

• A ACELERAÇÃO DO RITMO COM QUE O HOMEM EXPLORA A NATUREZA NÃO PERMITE A REPOSIÇÃO DOS RECURSOS RENOVÁVEIS E ESGOTA OS NÃO RENOVÁVEIS.

A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA DEPENDE DO NÍVEL TECNOLÓGICO EM QUE SE ENCONTRAM AS SOCIEDADES.

MESMO COM AVANÇOS TÉCNICOS E CIENTÍFICOS A NATUREZA IMPÕE LIMITES ÀS ATIVIDADES HUMANAS.

OS LIMITES NATURAIS PRODUZEM ESPAÇOS COM PRODUTOS AGRÍCOLAS DIFERENTES.

O ESPAÇO RURAL TRADICIONAL:

• ISOLADO DA ECONOMIA MODERNA;

• POUCO CONTATO COM A CIDADE;

• DISPERSOS OU EM AGLOMERADOS;

• PRODUÇÃO VOLTADA PARA A SUBSISTÊNCIA.

O ESPAÇO RURAL MODERNO:

• TÍPICO DOS PAÍSES DESENVOLVIDOS OU SUBDESENVOLVIDOS INDUSTRIALIZADOS;

• INTEGRADOS À ECONOMIA MODERNA E ÀS CIDADES;

• PRODUÇÃO VOLTADA PARA O COMÉRCIO INTERNO OU EXTERNO;

• FORNECE MATÉRIAS-PRIMAS PARA A INDÚSTRIA

O ESVAZIAMENTO DO CAMPO:

• NO SÉCULO XXI, MAIS DE 50% DA POPULAÇÃO VIVE EM CIDADES;

• O ÊXODO RURAL TEM SIDO INTENSO DESDE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NOS PAÍSES DESENVOLVIDOS E ESTÁ SE ACELERANDO NOS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS;

• EM PAÍSES DO NORTE É COMUM UMA POPULAÇÃO RURAL INFERIOR A 10%;

• ESSE ÊXODO É CAUSADO PELAS POLÍTICAS AGRÁRIAS OU PELO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DOS PAÍSES;

AGRICULTURA DE SUBSITÊNCIA E AGRICULTURA DE PLANTATION

O SISTEMA DE ROÇA – CONUCO:

• FEITA EM PEQUENAS PROPRIEDADES;

• POLICULTURA – DIVERSOS PRODUTOS;

• VOLTADA PARA A SUBSISTÊNCIA;

• ALGUM EXCEDENTE É VENDIDO NO MERCADO MAIS PRÓXIMO;

• SÃO VÍTIMAS DOS ATRAVESSADORES;

• RECEBEM POUQUISSIMO APOIO DO GOVERNO.

AGRICULTURA DE PLANTATION:

• GRANDES PROPRIEDADADES;

• MONOCULTURA DE PRODUTOS PARA EXPORTAÇÃO;

• UTILIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA BARATA;

• SEMPRERECEBEU MUITO ESTÍMULO DOS GOVERNOS.

A AGROINDÚSTRIA:

• SURGE COM O AVANÇO DA URBANIZAÇÃO E DA INDUSTRIALIZAÇÃO;

• SUPRE AS NECESSIDADES DE MATÉRIAS PRIMAS DAS INDÚSTRIAS;

• SUPRE AS NECESSIDADES DO MERCADO INTERNO;

• É EXPORTADORA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS E GRANDE GERADORA DE DIVISAS PARA O PAÍS;

• RECEBE TOTAL APOIO DOS GOVERNOS;

• EXECUTADA EM GRANDES PROPRIEDADES;

• UTILIZA-SE DA MELHOR E MAIS MODERNA TECNOLOGIA;

• ALTAMENTE MECANIZADA;

• É UM ESPAÇO TOTALMENTE INTEGRADO Á INDÚSTRIA E AO ESPAÇO URBANO;

• UTILIZA MÃO-DE-OBRA ASSALARIADA: PERMANENTE OU TEMPORÁRIA (BOIAS FRIAS);

• ESSA AGROPECUARIA VEM ALARGANDO AS FRONTEIRAS AGRÍCOLAS, OCUPANDO TERRAS QUE ATÉ 1970 ERAM CONSIDERADAS IMPRÓPRIAS PARA ESSA ATIVIDADE;

• É RESPONSÁVEL PELO AVANÇO DA NOVA FRONTEIRA AGRÍCOLA PARA O CENTRO-OESTE E NORTE.

APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO RURAL:

• APROPRIAR SIGNIFICA OCUPAR TERRAS QUE NÃO POSSUAM PROPRIETÁRIOS;

• PORÉM, AS TERRAS APROPRIADAS A PARTIR DO CAPITALISMO JÁ ERAM OCUPADAS POR POVOS NATIVOS, QUE ALÍ VIVIAM A MILHARES DE ANOS;

• OS EUROPEUS EXPROPRIARAM, TOMARAM A FORÇA AS TERRAS QUE OCUPARAM;

• A APROPRIAÇÃO DAS TERRAS TOMADAS ERA "LEGALIZADA" PELOS GOVERNOS EM FAVOR DE NOBRES E BURGUESES;

• ESSAS TERRAS ERAM DIVIDIDAS EM ENORMES LOTES (LATIFÚNDIOS), AS QUAIS DEVERIAM PRODUZIR PARA FOMENTAR O CAPITALISMO COMERCIAL, EXPORTANDO PRODUTOS PARA A EUROPA.

• A OCUPAÇÃO DESSAS TERRAS PELA FORÇA CUSTOU A DIZIMAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, TRIBOS AFRICANAS E OUTROS POVOS DO ORIENTE;

A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL:

• NO PERÍODO COLONIAL AS TERRAS FORAM DIVIDIDAS EM GRANDES PROPRIEDADES E DOADAS A NOBRES OU BURGUESES LIGADOS À COROA PORTUGUESA;

• OS POBRES NUNCA TIVERAM ACESSO À TERRA.

• COM O ADVENTO DA LIBERTAÇÃO DA ESCRAVATURA E DA CHEGADA DO IMIGRANTE EUROPEU, COMEÇA A OCORRER A POSSE DE TERRAS DEVOLUTAS POR ESSES "SEM TERRAS" DA ÉPOCA.

• PARA EVITAR A ESCASSEZ DE MÃO-DE-OBRAE ATENDER OS ANSEIOS DA ELITE RURAL, O GOVERNO CRIA A LEI DE TERRAS DE 1885;

• A LEI DE TERRAS PROIBIA A POSSE E EXIGIA A VENDA DE TERRAS EM LEILÕES FEITOS EM PRAÇA PÚBLICA;

• OS SEM TERRAS, MAIS UMA VEZ FORAM TOLHIDOS DO ACESSO À TERRA;

• COM A CRISE CAFEEIRA, OS IMIGRANTES CONSEGUIRAM COMPRAR PEQUENOS LOTES NO OESTE PAULISTA, MAS A CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL CONTINUA DE FORMA ACELERADA.

A REFORMA AGRÁRIA:

É A DISTRIBUIÇÃO DE TERRAS IMPRODUTIVAS A AGRICULTORES SEM TERRAS.

QUAIS TERRAS SÃO UTILIZADAS PARA A REFORMA? TERRAS IMPRODUTIVAS, DEVOLUTAS OU EM LITÍGIO. TAMBÉM PODEM SER UTILIZADAS TERRAS ONDE OCORRA A ESCRAVIDÃO, TRABALHO INFANTIL OU PRÁTICAS CRIMINOSAS.

AS TERRAS SÃO TOMADAS DE SEUS PROPRIETÁRIO? NÃO. ESSAS TERRAS SERÃO DESAPROPRIADAS, ISTO É, SERÃO COMPRADAS DE SEUS DONOS AO PREÇO MÉDIO DAS PROPRIEDADES DAQUELA REGIÃO.

QUEM CUIDA DESSE PROCESSO? HÁ UM ORGANISMO DO GOVERNO ENCARREGADO DISSO. É O INCRA – INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA.

QUEM RECEBE ESSAS TERRAS? SÃO GERALMENTE PESSOAS LIGADAS AO CAMPO OU A MOVIMENTOS ORGANIZADOS DE SEM TERRAS QUE SE INSCREVEM JUNTO AO INCRA E OBEDECENDO UMA LISTA DE CHAMADA, RECEBEM AS TERRAS.

É SÓ DOAR A TERRA E PRONTO? NÃO. ALÉM DA DOAÇÃO É NECESSÁRIO QUE O GOVERNO DE ASSISTÊNCIA E CRIE LINHAS DE CRÉDITOS PARA ESSES ACENTADOS PODEREM PRODUZIR E INTEGRAR A SUA PRODUÇÃO AO MERCADO.

ESSAS TERRAS PODEM SER VENDIDAS? EXISTE UM PRAZO MÍNIMO PARA O ACENTADO FICAR NA TERRA E CULTIVA-LA ATÉ QUE RECEBA O TÍTULO DEFINITIVO DE POSSE, NÃO PODENDO VENDE-LA DURANTE ESSE PERÍODO.

EM ALGUNS CASOS OS ACENTADOS RESOLVEM SAIR DA TERRA E ASSIM SENDO, PODERÃO VENDER AS BENFEITORIAS QUE TENHAM FEITO NA PROPRIEDADE.

PARA NÓS DA CIDADE É INTERESSANTE QUE O GOVERNO FAÇA REFORMA AGRÁRIA? SIM. ELA REDUZ O ÊXODO RURAL, AUMENTA A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS OFERECIDOS NOS MERCADOS LOCAIS, REDUZ O DESEMPREGO, INVESTE NA FAMÍLIA, REDUZ A CRIMINALIDADE, ETC.

NOS GOVERNOS DE FHC E LULA OCORRERAM MAIS DE UM MILHÃO DE ASSENTAMENTOS, MAS ESSE NÚMERO É AINDA INSUFICIENTE PARA SATISFZER A DEMANDA POR TERRAS.

RELAÇÕES DE TRABALHO NO CAMPO:

NOS ÚLTIMOS 60 ANOS, HOUVE UMA GRANDE REDUÇÃO DE TRABALHADORES NO CAMPO.

CAUSAS:

MECANIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA;

PERDA DE TERRAS POR DÍVIDAS;

CONCENTRAÇÃO DE TERRAS;

FALTA DE APOIO AO PEQUENO AGRICULTOR;

PARTILHA DE HERANÇAS, ETC.

HOJE SÃO APROXIMADAMENTE 16 MILHÕES DE TRABALHADORES. 03 MILHÕES EMPREGADOS E 13 MILHÕES DE FAMILIARES.

TRABALHADORES ASSALARIADOS PERMANENTES: SÃO AQUELES QUE POSSUEM RESIDÊNCIA NA PROPRIEDADE E GERALMENTE SÃO ESPECIALIZADOS EM VÁRIAS FUNÇÕES.

TRABALHADORES ASSALARIADOS TEMPORÁRIOS: BOIAS-FRIAS (PEÃO NO NORTE-NORDESTE). MORAM NAS CIDADES E GERALMENTE TRABALHAM NAS COLHEITAS OU PLANTIOS DAS FAZENDAS.

RELAÇÕES DE TRABALHO TRADICIONAIS:

PARCEIRO: EXECUTA TODO O TRABALHO DE PLANTIO, CUIDADOS E COLHEITA. AO FINAL RECEBE PARTE DA PRODUÇÃO EM ESPÉCIE.

ARRENDATÁRIO: ALUGA A TERRA DE UM PROPRIETÁRIO E NELA PRODUZ COM SUAS MÁQUINAS E TODO O CUSTO. AO FINAL DO CONTRATO ENTREGA A TERRA AO PROPRIETÁRIO.

OS SEM-TERRA:

A PARTIR DOS ANOS 70, MUITOS DOS TRABALHADORES, PRINCIPALMENTE DO CENTRO-SUL, QUE PERDERAM SUAS TERRAS OU SEUS EMPREGOS EM GRANDES FAZENDAS, PREFERIRAM FICAR NO CAMPO E NÃO MIGRAREM PARA AS CIDADES.

ESSES TRABALHADORES INICIARAM UMA ORGANIZAÇÃO, COM O APOIO DA PASTORAL DA TERRA E FUNDARAM O MST, NO RIO GRANDE DO SUL.

AÇÃO DOS SEM-TERRA:

OCUPAR TERRAS IMPRODUTIVAS PARA PRESSIONAR A REFORMA AGRÁRIA NAQUELA PROPRIEDADE;

OCUPAM PRÉDIOS PÚBLICOS COM A FINALIDADE DE MANTEREM VIVAS NA MÍDIA SUAS REIVINDICAÇÕES.

OS FAZENDEIROS DIZEM QUE É INVASÃO E OS SEM-TERRA DIZEM QUE É OCUPAÇÃO.

Resumo: URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO

A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural. Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural.

Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados.

Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria.

FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL

Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural, são eles:

a) Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.

b) Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de saúde, educação, etc.

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.

DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas:

a) Desenvolvidos:

· Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções industriais;

· Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;

· Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.

b) Subdesenvolvidos:

· Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;

· Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada macrocefalia urbana";

· Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.

Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.

AGLOMERAÇÕES URBANAS

A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que cada vez mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas modalidades e termos:

a) Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas umas as outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da economia a rede urbana é mais densa.

b) Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano, capital regional e centros locais.

c) Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse processo dá origem a formação de regiões metropolitanas.

d) Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole seria à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole regional)". No Brasil cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.

e) Região metropolitana: Corresponde ao conjunto de municípios conurbados a uma metrópole e que desfrutam de infra-estrutura e serviços em comum.

f) Megalópole: Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. As principais megalópoles do mundo encontram-se em países desenvolvidos como é o caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que tem como principal cidade Nova Iorque; San San, localizada na costa oeste dos EUA, tendo como principal cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes lagos nos EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a megalópole européia que inclui áreas de vários países. No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, incluíndo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades, o elo de ligação dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas cidades principais.

g) Megacidade: Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões de habitantes. Hoje em torno de 21 cidades do mundo podem ser consideradas megacidades, dessas 17 estão em países subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro estão nessa categoria.

h) Técnopolo: Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo temos o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns técnopolos localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).

i) Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento urbano do país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais, como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais, companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais. As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.

j) Desmetropolização: Processo recente associado à diminuição dos fluxos migratórios em direção das metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada desconcentração produtiva, que faz com que empresas em especial industrias, se retirem dos grandes centros onde os custos de produção são maiores, e se dirijam para cidades de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir, em função de vários fatores como, por exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem os maiores fluxos de migrantes, mas sim regiões como interior paulista, o sul do país ou até mesmo o nordeste brasileiro.

k) Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta através da proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.

l) Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles proprietários de terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a espera de valorização. Uma das conseqüências da especulação é a falta de moradias em locais mais bem localizados, fazendo com que as populações de mais baixa renda tenham que viver em áreas distantes do centro (crescimento horizontal), ou em favelas.

m) Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população está desempregada, e a maioria dela é pobre.

TIPOS DE CIDADES

As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:

a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em consideração a questão topográfica. Como exemplo temos: cidades onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.

b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.

c) Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade. Como exemplo temos: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.

d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas: planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.

Fontes de Energia

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A energia eólica é uma fonte de energia renovável.

As fontes de energia são de fundamental importância, em especial na atual sociedade capitalista. Essas substâncias, após serem submetidas a um processo de transformação, proporcionam energia para o homem cozinhar seus alimentos, aquecer e iluminar o ambiente, etc.

Contudo, foi com o advento das Revoluções Industriais, juntamente com a intensificação do processo de urbanização, que a utilização das fontes energéticas teve um aumento extraordinário. O atual modelo capitalista é altamente dependente de recursos energéticos para o funcionamento das máquinas industriais e agrícolas; os automóveis também necessitam de combustíveis para se deslocarem; e a urbanização aumentou a demanda de eletricidade.

Diante desse cenário, o consumo de energia aumentou de forma significativa, fato que tem gerado grandes problemas socioambientais. Isso porque a maioria das fontes utilizadas é de origem fóssil (carvão, gás natural, petróleo), e sua queima libera vários gases responsáveis pela poluição atmosférica, efeito estufa, contaminação dos recursos hídricos, entre outros fatores nocivos ao meio ambiente.

Outro aspecto negativo é que essas fontes não são renováveis, ou seja, elas se esgotarão da natureza. Segundo estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE), caso se mantenha a média de consumo das últimas décadas, as reservas de petróleo e gás natural irão se esgotar em 100 anos e as de carvão, em 200 anos.

A energia nuclear, também de origem não renovável, é motivo de várias manifestações contra o seu uso, pois pode haver a liberação de material radioativo em caso de acidentes em uma usina nuclear, como os que ocorreram em Chernobyl (Ucrânia) e em Fukushima Daiichi (Japão).

Com o intuito de diversificar a matriz energética, várias pesquisas foram desenvolvidas para a obtenção de fontes limpas e renováveis. Entre elas estão a energia solar (obtida através do Sol), energia eólica (dos ventos), energia das marés (correntes marítimas), biomassa (matéria orgânica), hidráulica (das águas), entre outras. Estas fontes, além de serem encontradas em abundância na natureza, geram menos impactos ambientais.

Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por outro lado, os combustíveis fósseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional.

Principais fontes de energia 

- Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A água possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

- Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.

- Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

- Energia de biomassa – é a energia gerada a partir da decomposição, em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

- Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.

- Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

- Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

- Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.

 

Alguns dados importantes sobre fontes de energia:

- Cerca de 40% de CO2 (dióxido de carbono) produzido no mundo é resultante da geração de energia e calor. Isto ocorre, pois o carvão mineral ainda é a principal fonte utilizada. 

- Atualmente, a China é o país que mais lança CO2  na atmosfera. Isto ocorre, pois o carvão mineral é muito utilizado na geração de energia. Porém, o governo chinês vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma política de geração de energia limpa. Este fato faz da China o país que mais produz eletricidade a partir de fontes de energia limpa.

- Um dado positivo é que, desde 2006, os investimentos globais em energias renováveis aumentaram mais de 500%.

Você sabia?

- A ONU (Organização das Nações Unidas) declarou 2012 o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos.

Regiões brasileiras

A atual divisão do Brasil leva em conta características físicas, econômicas, humanas e sociais para agrupar estados com características semelhantes em cinco regiões

NORTE (Tocantins, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas)

Maior região em área e a quinta em população. Seu clima é equatorial e a vegetação é a floresta amazônica, apresentando algumas manchas de cerrado. O relevo é formado pela Planície Amazônica, pelos Planaltos Amazônicos Orientais que a envolvem e pela sequência de depressão marginal-planalto residual, tanto no sentido norte como no sul.

A economia se baseia no extrativismo vegetal e mineral, com destaque para a extração de madeira e para as jazidas de ferro e de manganês na Serra dos Carajás. Indústrias aparecem, sobretudo, na Zona Franca de Manaus – onde se instalaram com incentivos fiscais a partir da década de 60.

CENTRO-OESTE (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal)

Segunda maior região em área e a menor em população, tem localidades muito pouco habitadas. Predomina o clima tropical, com verão chuvoso e inverno seco. As áreas do norte (próximas à floresta amazônica) são as mais úmidas. O relevo, marcado pelo Planalto Central, é antigo e aplainado e forma extensos chapadões que, ao sul do Mato Grosso do Sul, dão lugar às planícies do Pantanal - alagadas apenas durante a época chuvosa. Fora do Pantanal, a vegetação dominante é o cerrado (chamado de cerradão onde há maior numero de árvores e de cerrado típico onde há mais gramíneas).

A economia se baseia na agropecuária, principalmente na produção de soja, milho e carne bovina. O cultivo de soja, muito rentável e com grande mercado externo, têm avançado para a floresta amazônica e já tomou grande parte das áreas naturais de cerrado, aumentando o desmatamento da região.

NORDESTE (Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão)

Terceira maior em área e segunda em população. Seus climas são: tropical úmido (na região litorânea e na porção leste do Planalto da Borborema), semi-árido (no Sertão nordestino) e equatorial (no noroeste do Maranhão). O relevo é formado pelo planalto da Borborema, próximo ao litoral, e pelo planalto do rio Parnaíba, a oeste. Entre os dois está a Depressão Sertaneja. Os planaltos são antigos e erodidos, com baixas altitudes. A vegetação predominante é a caatinga, com matas tropicais e de cocais a oeste e a leste.

A economia nordestina é caracterizada pela concentração industrial na faixa litorânea e pelo predomínio das atividades agrícolas no resto da região. Ela tem crescido por conta da migração de empresas do sul e sudeste, mesmo assim, cerca de 40% da população sobrevive com um salário mínimo.

SUDESTE (Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo)

Quarta maior área e a primeira em população. Seu clima típico é tropical, mas nas regiões mais altas há o tropical de altitude (mais ameno). Ambos tem verão chuvoso e inverno seco. A vegetação predominante é a Mata Atlântica, devastada pela ocupação da região. O relevo é planáltico e muito erodido, bem arredondado e chamado de “mares de morros”.

A economia é a maior do país e corresponde a metade do PIB nacional, contando com larga produção industrial e grande setor terciário. A agricultura é moderna e muito produtiva, com destaque para a produção de laranja, cana-de-açúcar e milho. Há também produção petrolífera na bacia de Campos e a perspectiva de prospecção na camada Pré-Sal. A região é destaque também por conta da cidade de São Paulo: importante centro financeiro e comercial do mundo.

SUL (Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná)

Quinta região em área e terceira em população. Seu clima é subtropical, o mais frio do Brasil. Predomina a vegetação de Mata de Araucárias nas áreas mais elevadas e a de campos (chamados de Pampas), nas outras áreas. O relevo contêm, principalmente, os Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste e os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná.

A economia é diversificada, apresenta o segundo maior parque industrial do país e uma agricultura moderna. Destacam-se a produção de suínos, de gado, de fumo e de soja e também a indústria alimentícia, a têxtil, a metalúrgica e a automobilística.

COMO PODE CAIR NO VESTIBULAR?

Numa época de discussões sobre o Pré-Sal e de como devem ser distribuídos os lucros de sua produção, a disparidade econômica entre as regiões é um assunto em evidência e merece atenção dos vestibulandos.

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O capitalismo e o socialismo são dois tipos diferentes de sistema político-econômico, sendo que antes da queda da União Soviética, havia o mundo bipolar que contava com duas potências mundiais, em que uma, a União Soviética representava a ideologia do socialismo, e a outra, Estado Unidos representava o capitalismo, ambos apoiados por outros países que se identificavam com os sistemas. O capitalismo tem como principal intuito acumular capital a partir do lucro. Já o socialismo tem base voltada para a socialização dos meios de produção, isto é, o bem comum presente na vida de todos e extinção da sociedade dividida em classes. Assim, com estas definições básicas de cada sistema político-econômico apresentados, veja logo abaixo o resumo de algumas diferenças entre o capitalismo e o socialismo:

Capitalismo

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O capitalismo é um sistema em que os meios de produção pertencem a uma propriedade privada no qual um único sistema define a maioria. O estabelecimento do domínio parcial ou total de todos os meios de produção, independente do seguimento, como comércio, indústrias, fazendas e serviços produzidos por iniciativa particular no sistema capitalista. O capitalismo é um sistema que separa capital de trabalho com relações de dominação e exploração. Para que haja a dominação e exploração é necessário que o trabalho e o capital estejam separados, pois no momento em que a pessoa trabalha o que é dela, não existe capitalismo. O controle do mercado é realizado pela livre competição e concorrência, enquanto no sistema socialista, há o monopólio por parte do estado.

Socialismo

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No sistema socialista, o controle é realizado pelo estado administrando e distribuindo bens e é caracterizado pela igualdade para todos os cidadãos. Muitos socialistas criticam sistema capitalista, pois os quais concentram injustamente a riqueza e o poder nas mãos de poucos que controlam a sociedade, os socialistas defendem a ideia da nacionalização completa dos meios de produção, ou seja, distribuição e troca juntamente com o controle estatal do capital com uma economia de mercado. O socialismo é ainda adotado por alguns países, como Cuba, o qual levando em consideração a sua prática, o país se torna fechado e o povo não possui direito a democracia, e diferentemente do que se esperavam os cidadãos não possuem qualidade de vida e nem dignidade. Desta forma, com o socialismo quem mais se beneficia é o governo e sua cúpula.

O capitalismo e o socialismo se referem a conceitos opostos, contudo, em uma análise mais detalhada é possível constatar e considerá-los complementares, mesmo com suas grandes diferenças, já que o capitalismo está associado ao liberalismo, conta com uma justiça mais rígida e que enfatiza a igualdade independente do merecimento individual. Por este motivo, é comum encontrar defensores de conceitos socialistas e defensores de conceitos capitalistas na mesma sociedade. O socialismo se baseia no desejo de justiça e de liberdade, de forma inclusiva.

Mundo bipolar

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A influência geopolítica dos EUA e da URSS

Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945), os principais países envolvidos no conflito (França, Reino Unido, Itália, Alemanha e Japão) se encontravam em péssima situação socioeconômica. O cenário de destruição nessas nações era enorme, a infraestrutura estava totalmente abalada, além da grande perda populacional. Apenas Estados Unidos e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, apesar dos prejuízos gerados pela participação na Guerra, conseguiram manter uma estabilidade financeira.

Após o conflito, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas anexou vários territórios, aperfeiçoou o desenvolvimento de armas nucleares, ampliou sua área de influência no leste europeu, além de possuir o maior exército do planeta. Os Estados Unidos, por sua vez, destinou créditos financeiros para a reestruturação dos países envolvidos na Segunda Guerra Mundial, ampliou suas zonas de influência e cercou-se de tecnologia para produção de armas nucleares.

Por esses aspectos em comum, Estados Unidos e URSS passaram a ser considerados superpotências mundiais. Entretanto, havia um grande diferencial entre essas duas nações – o sistema político: Estados Unidos (capitalista) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (socialista). Cada um exercendo sua influência na geopolítica global.

Os EUA, através de financiamentos e outras medidas políticas (até mesmo fornecimento de armas), passaram a exercer grande influência sobre os países que optaram pelo sistema econômico capitalista. A URSS utilizou-se dos mesmos critérios para expandir suas áreas de influência. Estabeleceu-se a geopolítica bipolar, interferindo diretamente na política de vários países. Conflitos armados foram impulsionados por essa rivalidade entre as duas superpotências, entre eles estão: a Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, Revolução Cubana, os conflitos no Oriente Médio, conflitos entre grupos separatistas na África, além do apoio a golpes militares, como, por exemplo, a ditadura militar no Brasil, o golpe ao presidente Salvador Allende no Chile, e apoio a políticas ditatoriais em várias nações.

Porém, na década de 1980, a URSS passou por uma grave crise econômica, sendo consequência da própria política adotada. A falta de criatividade e agilidade para modificá-la, a estagnação do setor industrial, queda de produtividade de bens de consumo (alimentos, roupas, etc.), além dos altos gastos com armamentos, levaram a uma defasagem em relação aos avanços alcançados pelos países capitalistas desenvolvidos.

O agravamento da crise do sistema socialista ocasionou um processo de enfraquecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que culminou em 1991, na desintegração desta. Esse fato estabeleceu o fim da Guerra Fria, e, consequentemente, da ordem mundial bipolar.

A Guerra Fria

A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Paz Armada

Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.

Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.

Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial

EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas

Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.

Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

A divisão da Alemanha

Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra: URSS, EUA, França e Inglaterra. Em 1961 foi levantado o Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista.

"Cortina de Ferro"

Em 1946, Winston Churchill (primeiro ministro britânico) fez um famoso discurso nos Estados Unidos, usando a expressão "Cortina de Ferro" para se referir à influência da União Soviética sobre os países socialistas do leste europeu. Churchill defendia a ideia de que, após a Segunda Guerra Mundial, a URSS tinha se tornado a grande inimiga dos valores ocidentais (democracia e liberdade, principalmente).

Plano Marshall e COMECON

As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

O mundo multipolar

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No mundo multipolar existem vários pólos mundiais de poder

Após a queda do regime socialista, diversos países se aproximaram do mundo capitalista com a finalidade de ingressar nesse sistema e alcançar uma integração no mercado. No entanto, isso não tem sido uma tarefa fácil, em virtude da complexidade que envolve a transição de um regime para outro. Os países que se encontram nessa fase devem submeter a vários anos de adaptação para o novo regime. Isso porque as mudanças executadas englobam fatores políticos, econômicos e sociais.

O que acontece na maioria das vezes com esses países é o surgimento de problemas que anteriormente não possuíam; dentre eles: inflação dos preços, desemprego, salários baixos, ascensão da desigualdade social, violência, criminalidade, entre diversos outros.

Com o declínio do regime socialista em âmbito global, o capitalismo despontou hegemonicamente como sistema político-econômico mundial. No período da Guerra Fria existiam duas potências mundiais: Estados Unidos e União Soviética. Naquele momento o mundo era considerado bipolar.

Mas após tais acontecimentos históricos, o mundo passou a ter uma nova organização geopolítica, de forma que há distintos centros de poder, exercendo influência no campo político, econômico e militar, isto é, um mundo multipolar.

Hoje, a principal potência militar, econômica e política é os Estados Unidos, essa nação superou em todos os aspectos os soviéticos após o seu declínio, e assim é responsável pela maioria das intervenções de caráter militar no globo.

No campo econômico, o Japão atualmente ocupa a condição de segunda potência mundial. Sua ascensão financeira ocorreu a partir do término da Segunda Guerra Mundial. A aplicação de medidas direcionadas à saúde e educação resultou em crescimento acelerado de sua economia.

A Europa é considerada também como uma potência econômica, condição que resultou do sucesso da União Européia, o principal bloco econômico do planeta, que tem como principais líderes Alemanha, França e Inglaterra.

Potências emergentes

A sigla Bric dá nome a um grupo formado por países considerados, nos últimos anos, como potências econômicas emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. Entre 2008 e 2009, frente à crise econômica mundial, a importância do grupo ultrapassou a área econômica, e a presença desses quatro países tornou-se indispensável em todas as discussões políticas.

O termo Bric foi concebido, em 2001, por uma equipe de pesquisadores do banco americano Goldman Sachs, que elaborou um estudo sobre estimativas de evolução dos mercados, da produção e da demografia na ordem econômica mundial. Segundo esse estudo, no decorrer das próximas décadas, Brasil, Rússia, Índia e China deverão ascender ao topo do ranking das maiores economias do planeta, desbancando potências como o Japão e Alemanha.

Dentre as consequências dessa evolução, devemos salientar a afluência de uma massa de novos consumidores. Segundo o Goldman Sachs, entre 2005 e 2015, os rendimentos de cerca de 800 milhões de pessoas (nos quatro países) poderão cruzar a marca de 3.000 dólares anuais, a linha divisória para o patamar de consumo de classe média. Considerando-se que há hoje no mundo cerca de 2 bilhões de pessoas nessa faixa de renda, o Bric pode fazer o mercado consumidor global crescer quase 50% em apenas dez anos.

Incluir quase 1 bilhão de novos consumidores no mercado certamente causará um impacto sem precedentes sobre a demanda de bens e serviços. Dessa forma, o consumo de aço dos quatro países, que em 2006 era de 143 milhões de toneladas, deve atingir 450 milhões até 2010. O de petróleo deve crescer de 15 milhões para 20 milhões de barris diários. Em 2006, 700 milhões de pessoas tinham acesso à telefonia móvel nos Bric - até 2011 serão quase 2 bilhões.

A força dos Bric provém, em grande parte, da enorme fatia da população mundial existente nos quatro países, onde vivem 2,7 bilhões de habitantes, o equivalente a 40% da humanidade.

Brasil

O Brasil é um dos países que mais ganha com o aumento do intercâmbio com os outros Bric, participando de modo crescente como fornecedor de alimentos e de matérias-primas. Nos últimos anos, por exemplo, as exportações do agronegócio brasileiro para a China, lideradas por soja e carne de porco, cresceram 450%. O Brasil, contudo, é considerado uma incógnita pelos analistas econômicos, especialmente quanto à sua capacidade para lidar com seus três principais problemas: carga tributária pesada, infraestrutura precária e educação deficiente.

Países Desenvolvidos e SubdesenvolvidosVocê gostaria de saber mais sobre

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Com a ascensão do capitalismo, as diferenças de ordem econômica entre os países foram se tornando cada vez mais acentuadas. Para expressar essa disparidade, foram criados os termos desenvolvido e subdesenvolvido.

O termo subdesenvolvimento passou a ser amplamente utilizado a partir da Segunda Guerra Mundial, sugerindo “atraso” em relação a países “avançados”. Segundo Chames Betteleim, o termo indica muito mais “explorados, dominados e de economia dependente do que atrasados”.

Historicamente, sempre houve diferenças entre os países, alguns dos quais classificados como potências num momento, para, noutro, tomarem-se países dominados. Exemplos: Grécia e Roma (Mundo Antigo); Portugal e Espanha (capitalismo comercial); Inglaterra e França (neocolonialismo).

A exploração de um país por outro é a característica dominante do subdesenvolvimento, embora haja uma interdependência (evidentemente desigual) entre os países ricos e pobres do sistema capitalista.

Durante o capitalismo industrial, a metrópole era o centro produtor que recebia matéria-prima da colônia (consumidora), a quem devolvia os produtos já industrializados.

No início do século XX, os países desenvolvidos (monopolizadores e financeiros) emprestavam capital e vendiam equipamentos de infra-estrutura moderna para os países subdesenvolvidos (geralmente ex-colônias), intensificando a sua dependência econômica e forçando-os a aumentar suas exportações para pagar suas importações.

Depois da Segunda Guerra Mundial, os países desenvolvidos tornaram-se o centro do universo econômico capitalista e passaram a vender tecnologia, bens de produção e capital aos países periféricos (países subdesenvolvidos, onde as empresas transnacionais foram instaladas). Estes têm de exportar, cada vez mais, para os países centrais a fim de tentar amortizar as dívidas crescentes, embora também exportem produtos industrializados para os países mais periféricos, ainda sem industrialização expressiva.

Especialmente depois de 1970, o endividamento externo tem sido a maior característica do Terceiro Mundo.

Suas causas:

• deteriorização dos preços de produtos primários no mercado internacional (menos petróleo);

• elevação dos preços de maquinofaturados e de tecnologia importada;

• déficit orçamentário do governo norte-americano (elevação da taxa de juros e inflação).

Países Desenvolvidos ou Centrais

Tiveram seu processo de desenvolvimento industrial nos séculos XVIII, XIX e início do XX (EUA, Europa Ocidental, Japão, Canadá, Austrália e Nova Zelândia). A organização de seu espaço interno se deu de dentro para fora, em favor de seus interesses.

Observação

Os órgãos econômicos internacionais, como FMI, Banco Mundial, OMC etc., são controlados pelos países desenvolvidos.

Países Subdesenvolvidos ou Periféricos

Tiveram seu desenvolvimento ditado pelas metrópoles coloniais ou neocoloniais (América Latina, Ásia e África). A organização de seu espaço interno ocorreu de fora para dentro, satisfazendo as economias externas.

Países subdesenvolvidos e desenvolvidos

Há muitas diferenças entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos, seus índices que fazem com que sejam conhecidos assim.

 

Existem dois tipos de classificação para os países que são: desenvolvidos e subdesenvolvidos. Eles têm que passar por algumas comparações para sabermos se realmente são ou não da primeira classe. Primeiramente, o país tem que ter um PIB per capta superior aos outros e possuir um grande índice de desenvolvimento humano, conhecido como IDH elevado. Grande parte dos países desenvolvidos ficam situados na Europa, América Anglo-Saxônica e Oceania. Na América latina ainda não consta nenhum país desenvolvido, por outro lado o continente conta com diversos em desenvolvimento.

Desenvolvidos

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Os países desenvolvidos têm qualidade de vida de primeiro mundo e são poucos perante a grande maioria mundial, são considerados assim: Inglaterra, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Itália, China, Japão, Austrália, Canadá, Portugal, França que tem um grande investimento e não tardam com a população, principalmente no que diz respeito à saúde e todos os outros benefícios que a população deve ter.

Subdesenvolvidos

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São aqueles que vemos passando dificuldades e todos os dias nos jornais mostram problemas em suas áreas, dentre os índices de PIB e IDH eles não mostram grandes valores e apresentam a população em condições precárias, estão entre eles: Angola, Tanzânia, Zâmbia, Afeganistão, Mianmar, Haiti, Vanuatu. Estes precisam de ajuda para melhorar a qualidade de vida das pessoas dando condições iguais a todos. No passado não eram conhecidos por estas classificações tínhamos apenas duas categorias, países de primeiro e terceiro mundo.

Globalização

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Globalização: contatos comerciais, culturais, financeiros e tecnológicos em nível global

O que é Globalização - Conceito

Podemos dizer que é um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam idéias, realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos culturais pelos quatro cantos do planeta.

O conceito de Aldeia Global se encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente.

Origens da Globalização e suas Características

Muitos historiadores afirmam que este processo teve início nos séculos XV e XVI com as Grandes Navegações e Descobertas Marítimas. Neste contexto histórico, o homem europeu entrou em contato com povos de outros continentes, estabelecendo relações comerciais e culturais. Porém, a globalização efetivou-se no final do século XX, logo após a queda do socialismo no leste europeu e na União Soviética. O neoliberalismo, que ganhou força na década de 1970, impulsionou o processo de globalização econômica.

Com os mercados internos saturados, muitas empresas multinacionais buscaram conquistar novos mercados consumidores, principalmente dos países recém saídos do socialismo. A concorrência fez com que as empresas utilizassem cada vez mais recursos tecnológicos para baratear os preços e também para estabelecerem contatos comerciais e financeiros de forma rápida e eficiente. Neste contexto, entra a utilização da Internet, das redes de computadores, dos meios de comunicação via satélite etc. 

Uma outra característica importante da globalização é a busca pelo barateamento do processo produtivo pelas indústrias. Muitas delas, produzem suas mercadorias em vários países com o objetivo de reduzir os custos. Optam por países onde a mão-de-obra, a matéria-prima e a energia são mais baratas. Um tênis, por exemplo, pode ser projetado nos Estados Unidos, produzido na China, com matéria-prima do Brasil, e comercializado em diversos países do mundo.

|[pic]  |Para facilitar as relações econômicas, as instituições financeiras |

|Bolsa de valores:  tecnologia e |(bancos, casas de câmbio, financeiras) criaram um sistema rápido e |

|negociações em nível mundial. |eficiente para favorecer a transferência de capital e comercialização de |

| |ações em nível mundial..  |

| |Investimentos, pagamentos e transferências bancárias, podem ser feitos em |

| |questões de segundos através da Internet ou de telefone celular. |

Os tigres asiáticos (Hong Kong, Taiwan, Cingapura e Coréia do Sul) são países que souberam usufruir dos benefícios da globalização. Investiram muito em tecnologia e educação nas décadas de 1980 e 1990. Como resultado, conseguiram baratear custos de produção e agregar tecnologias aos produtos. Atualmente, são grandes exportadores e apresentam ótimos índices de desenvolvimento econômico e social.

Blocos Econômicos e Globalização

Dentro deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações comerciais entre os membros. Neste contexto, surgiram a União Européia, o Mercosul, a Comecom, o NAFTA, o Pacto Andino e a Apec. Estes blocos se fortalecem cada vez mais e já se relacionam entre si. Desta forma, cada país, ao fazer parte de um bloco econômico, consegue mais força nas relações comerciais internacionais.

Internet, Aldeia Global e a Língua Inglesa

Como dissemos, a globalização extrapola as relações comerciais e financeiras. As pessoas estão cada vez mais descobrindo na Internet uma maneira rápida e eficiente de entrar em contato com pessoas de outros países ou, até mesmo, de conhecer aspectos culturais e sociais de várias partes do planeta. Junto com a televisão, a rede mundial de computadores quebra barreiras e vai, cada vez mais, ligando as pessoas e espalhando as idéias, formando assim uma grande Aldeia Global. Saber ler, falar e entender a língua inglesa torna-se fundamental dentro deste contexto, pois é o idioma universal e o instrumento pelo qual as pessoas podem se comunicar.

BRASIL E GLOBALIZAÇÃO

Introdução

Por ser um país integrado a economia mundial capitalista e com conexões culturais com diversos países do mundo, o Brasil está participando atividade do mundo globalizado.

Economia brasileira e a globalização

O Brasil possui uma economia aberta ao mercado internacional, ou seja, nosso país vende e compra produtos de diversos tipos para diversas nações. Fazer parte da globalização econômica apresenta vantagens e desvantagens.

As vantagens é o acesso aos produtos internacionais, muitas vezes mais baratos ou melhores do que os fabricados no Brasil. Por outro lado, estes produtos, muitas vezes, entram no mercado brasileiro com preços muitos baixos, provocando uma competição injusta com os produtos nacionais e levando empresas à falência e gerando desemprego em nosso país. Isso vem ocorrendo atualmente com a grande quantidade de produtos chineses (brinquedos, calçados, tecidos, eletrônicos) que entram no Brasil com preços muito baixos.

Outra questão importante no aspecto econômico é a integração do Brasil no mercado financeiro internacional. Investidores estrangeiros passam a investir no Brasil, principalmente através da Bolsa de Valores, trazendo capitais para o país. Porém, quando ocorre uma crise mundial, o Brasil é diretamente afetado, pois tem sua economia muito ligada ao mundo financeiro internacional. É muito comum, em momentos de crise econômica mundial, os investidores estrangeiros retirarem dinheiro do Brasil, provocando queda nos valores das ações e diminuição de capitais para investimentos.

Cultura brasileira e globalização

No aspecto cultural os pontos são mais positivos do que negativos. Com a globalização, os brasileiros podem ter acesso ao que ocorre no mundo das artes, cinema, música, etc. Através da televisão, internet, rádio, cinema e intercâmbios culturais, podemos ficar conectados ao mundo cultural internacional. Conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos chegam ao Brasil e tornam nossa cultura mais dinâmica e completa.

Por outro lado, a cultura brasileira sofre com essa influência musical e comportamental maciça, principalmente originária dos Estados Unidos. As músicas, os seriados e os filmes da indústria cultural norte-americana vão espalhando comportamentos e gostos que acabam diminuindo, principalmente entre os jovens, o interesse pela cultura brasileira.

Aspectos negativos da Globalização 

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Fila de desempregados na Espanha

Principais aspectos negativos da globalização

- Uma dos principais aspectos negativos da globalização é a forte contaminação de vários países em caso de crise econômica em um país ou bloco econômico de grande importância. O exemplo mais claro desta situação é a crise econômica de 2008 ocorrida nos Estados Unidos. Rapidamente ela se espalhou pelos quatro cantos do mundo, gerando desemprego, falta de crédito nos mercados, queda abrupta em bolsas de valores, falências de empresas, diminuição de investimentos e muita desconfiança. O mesmo aconteceu em 2011 com a crise econômica na Europa.

- A globalização favorece a transferência de empresas e empregos. Países que oferecerem boas condições (mão-de-obra barata e qualificada, baixa carga de impostos, matéria-prima barata, etc.) para costumam atrair empresas que saem de países onde o custo de produção é alto. Este fato acaba ocasionando desemprego, principalmente, nos países mais desenvolvidos. Um bom exemplo é o que está ocorrendo na Europa desde o início do século XX. Muitas empresas transferiram suas bases de produção para países como China, Índia, Cingapura, Taiwan, Malásia, etc.

- A globalização pode provocar distorções cambiais, principalmente alta valorização de moedas locais de países em desenvolvimento. Quando os Estados Unidos colocam no mercado uma grande quantidade de dólar, por exemplo, grande parcela deste volume acaba em países emergentes, valorizando a moeda local. Este fato acaba favorecendo as importações e desfavorecendo as exportações das empresas destes países emergentes. O Brasil, por exemplo, tem sofrido com a alta valorização do Real nos últimos anos, desde que os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa despejaram no mercado elevadíssimos volumes de moedas.

- Facilidade de especulações financeiras, causando problemas para as finanças, principalmente dos países em desenvolvimento. Como na globalização os mercados dos países estão interligados, bilhões de dólares podem entrar ou sair de um país em questão de segundos. Este capital especulativo acaba prejudicando muito a economia dos países que não conseguem controlar este fluxo de capitais.

Aspectos positivos da Globalização 

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Aumento do intercâmbio cultural e científico: aspecto positivo da globalização

Principais aspectos positivos da globalização 

Aspectos econômicos

- Numa economia globalizada as empresas podem diminuir os custos de produção de seus produtos, pois buscam em várias partes do mundo as melhores condições de produção. Algumas empresas chegam a fabricar em produto em várias etapas em vários países. Uma empresa de computadores pode, por exemplo, fabricar componentes eletrônicos no Japão, teclados e mouse na China, as partes plásticas na Índia e oferecer assistência técnica através do Brasil. Com este sistema de produção globalizado, o preço final do produto fica mais barato para o consumidor final, pois os custos de produção puderam ser reduzidos em cada etapa.

- Geração de empregos em países em desenvolvimento. Em busca de mão-de-obra barata e qualificada, muitas empresas abrem filiais em países emergentes (China, Índia, Brasil, África do Sul, entre outros), gerando empregos nestes países.

Aspectos científicos

- A globalização faz circular de forma mais rápida e eficiente conhecimentos científicos e troca de experiências. Este aspecto faz com que ocorra de forma mais rápida e eficiente avanços nas áreas de Medicina, Genética, Biomedicina, Física, Química, etc.

Aspectos culturais

- Com a globalização ocorreu um aumento do intercâmbio cultural entre pessoas de diversos países do mundo. Impulsionado pela Internet, este intercâmbio é importante para ampliar a visão de mundo das pessoas, que passam a conhecer e respeitar mais outras realidades culturais e sociais.

- Com a globalização aumentou o interesse pela cultura, economia e política de outros países. Além de se sentirem integrantes de um país, muitas pessoas sentem que são cidadãos do mundo, desenvolvendo um grande interesse pelos diversos aspectos da vida de outras nações. Com os sistemas de informações atuais, principalmente Internet, este aspecto ganhou um grande avanço nos últimos anos.

Blocos Econômicos

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Comércio Exterior: transporte marítimo

Introdução

Com a economia mundial globalizada, a tendência comercial é a formação de blocos econômicos. Estes são criados com a finalidade de facilitar o comércio entre os países membros. Adotam redução ou isenção de impostos ou de tarifas alfandegárias e buscam soluções em comum para problemas comerciais.

Em tese, o comércio entre os países constituintes de um bloco econômico aumenta e gera crescimento econômico para os países. Geralmente estes blocos são formados por países vizinhos ou que possuam afinidades culturais ou comerciais. Esta é a nova tendência mundial, pois cada vez mais o comércio entre blocos econômicos cresce. Economistas afirmam que ficar de fora de um bloco econômico é viver isolado do mundo comercial.

Veremos abaixo uma relação dos principais blocos econômicos da atualidade e suas características.

UNIÃO EUROPÉIA

A União Européia ( UE ) foi oficializada no ano de 1992, através do Tratado de Maastricht. Este bloco é formado pelos seguintes países : Alemanha, França, Reino Unido, Irlanda, Holanda (Países Baixos), Bélgica, Dinamarca, Itália, Espanha, Portugal, Luxemburgo, Grécia, Áustria, Finlândia e Suécia. Este bloco possui uma moeda única que é o EURO, um sistema financeiro e bancário comum. Os cidadãos dos países membros são também cidadãos da União Européia e, portanto, podem circular e estabelecer residência livremente pelos países da União Européia.

A União Européia também possui políticas trabalhistas, de defesa, de combate ao crime e de imigração em comum. A UE possui os seguintes órgãos : Comissão Européia, Parlamento Europeu e Conselho de Ministros.

NAFTA

Fazem parte do NAFTA ( Tratado Norte-Americano de Livre Comércio ) os seguintes países: Estados Unidos, México e Canadá. Começou a funcionar no início de 1994 e oferece aos países membros vantagens no acesso aos mercados dos países. Estabeleceu o fim das barreiras alfandegárias, regras comerciais em comum, proteção comercial e padrões e leis financeiras. Não é uma zona livre de comércio, porém reduziu tarifas de aproximadamente 20 mil produtos.

MERCOSUL

O Mercosul ( Mercado Comum do Sul ) foi oficialmente estabelecido em março de 1991. É formado pelos seguintes países da América do Sul : Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Futuramente, estuda-se a entrada de novos membros, como o Chile e a Bolívia. O objetivo principal do Mercosul é eliminar as barreiras comerciais entre os países, aumentando o comércio entre eles. Outro objetivo é estabelecer tarifa zero entre os países e num futuro próximo, uma moeda única.

PACTO ANDINO - COMUNIDADE ANDINA DE NAÇÕES

Outro bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do bloco.

APEC

A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômicos os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.

ASEAN 

A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja).

SADC

A SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) foi criada em 17 de outubro de 1992 e é formada por 15 países da região sul do continente africano.

BENELUX 

Considerado o embrião da União Européia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.

Neoliberalismo

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Milton Friedman: um dos idealizadores do neoliberalismo

Introdução 

Podemos definir o neoliberalismo como um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do estado na economia. De acordo com esta doutrina, deve haver total liberdade de comércio (livre mercado), pois este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo. 

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;

- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;

- política de privatização de empresas estatais;

- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;

- abertura da economia para a entrada de multinacionais;

- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;

- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;

- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;

- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;

- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;

- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;

- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;

- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

Pontos positivos

Os defensores do neoliberalismo acreditam que este sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país. Defendem que o neoliberalismo deixa a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e, através da livre concorrência, faz os preços e a inflação caírem. 

Exemplos de governos que adotaram políticas econômicas neoliberais nos últimos anos:

- No Brasil: Fernando Collor de Melo (1990 - 1992) e Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2003)

- No Chile: Eduardo Frei (1994 - 2000), Ricardo Lagos (2000 - 2006) e Michelle Bachelet (2006 - 2010)

- Nos Estados Unidos: Ronald Reagan (1981 - 1989), George Bush (1989 - 1993) e George W. Bush (2001- 2009)

- No México: Vicente Fox Quesada (2000 - 2006)

- No Reino Unido: Margaret Thatcher (1979 - 1990)

Principais teóricos do Neoliberalismo:

- Friedrich Hayek (Escola Austríaca)

- Leopold von Wiese

- Ludwig von Mises

- Milton Friedman (Escola Monetarista, Escola de Chicago)

Empresas Multinacionais

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JK na inauguração da fábricaVolkswagen em São Bernardo do Campo-SP (1959)

Definição

Multinacionais, também conhecidas como transnacionais, são empresas que possuem matriz num país e possuem atuação em diversos países. Geralmente são grandes empresas que instalam filiais em outros países em busca de mercado consumidor, energia, matéria-prima e mão-de-obra baratas. 

Atuação e vantagens para a economia local

Estas empresas costumam produzir produtos para comercializar nos países em que atuam ou até mesmo para enviar produtos para serem vendidos no país de origem ou outros países. Dentro do contexto atual da globalização, é muito comum as empresas multinacionais produzirem cada parte de um produto em países diferentes, com o objetivo de reduzir custos de produção.

A entrada de empresas multinacionais num país é algo positivo, pois gera empregos e desenvolvimento. Porém, grande parte do lucro obtido por estas empresas é enviado para a matriz.

No Brasil, a entrada de empresas multinacionais começou a ganhar importância durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Neste governo instalaram fábricas no Brasil as seguintes empresas: Ford, Volkswagen, Willys, GM, entre outras.

Exemplos de multinacionais instaladas no Brasil 

Podemos citar como exemplos de multinacionais que atuam no Brasil atualmente e seus países de origem: IBM (Estados Unidos), Volkswagen (Alemanha), Fiat (Itália), General Motors (Estados Unidos), Toyota (Japão), Nokia (Finlândia), Nestlé (Suíça), Sony (Japão), Siemens (Alemanha), Dell (Estados Unidos), Peugeot (França), entre outras.

Exemplos de multinacionais brasileiras 

Existem também empresas multinacionais de origem brasileiras, atuando em outros países. Podemos citar como exemplos a Petrobras, Vale do Rio Doce, Sadia, Perdigão, Weg, Alpargatas, Gerdau, entre outras.

Os avanços tecnológicos e a globalização

A expansão mundial da economia trouxe como resultado o fenômeno hoje bastante conhecido por “globalização”.

A globalização significa um universo de diversidades e tem sido cada vez mais facilitada pelos avanços tecnológicos que ocorrem cada vez mais velozes em nosso século. A ciência tecnológica e a informação são peças fundamentais da vida humana na sociedade global.

A aceleração das comunicações e dos transportes diminuíram as distâncias geográficas,o capital se internacionalizou e rompeu fronteiras.

O desenvolvimento de conhecimentos em mecânica, eletrônica, física,química,biologia e outros assuntos traz cada vez mais progressos na aviação,transportes,comunicação,saúde,agricultura e etc. Meta fundamental para os interesses econômicos.

Essas descobertas e inovações trazem também alterações significativas em nossa vida. O avanço tecnológico e a globalização vêm cada vez mais alterar nosso estilo de vida, nossos hábitos e padrões de comportamento. O uso do computador, internet, fax, telefone celular, notebook, elevador, avião a jato, metrô e tantas outras modernidades tecnológicas nos faz sentir cada vez mais “dependentes”, pois acostumamos a viver com essas “coisas” de tal modo que pensamos ser impossível a vida sem elas.Tecnologia é a marca do nosso tempo.

Fluxos de mercadorias

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Grande parte do fluxo de mercadorias acontece por meio do transporte marítimo.

Após a Segunda Guerra Mundial houve um “surto” de empresas multinacionais no mundo, sobretudo norte-americanas, européias e japonesas. Tais empresas contribuíram também para o processo de globalização, interligando países e continentes.

Hoje o mundo está interligado, ou seja, globalizado, diante desse fato há uma grande quantidade de relações comerciais entre os países, gerando o que chamamos de exportação (venda) e importação (compra). Todos os dias acontecem inúmeros negócios de compra e venda, e as mercadorias vendidas ou compradas transitam em diferentes rotas do planeta.

O incremento no comércio internacional ocorreu em razão de dois fatores: a dispersão das empresas multinacionais e evoluções nos meios de transportes (rodoviário, ferroviário, hidroviário, aeroviário e principalmente marítimo). Ambos favoreceram maior mobilidade de matéria-prima e de produtos (exemplo: bens de consumo, gêneros agrícolas, recursos minerais, entre muitos outros) em toda a face da Terra.

O fluxo de mercadorias em âmbito internacional ocorrem, majoritariamente, por meio do transporte marítimo, que movimenta cerca de 75% do volume de cargas no mundo. Esse meio de transporte tem seu uso difundido no processo de exportação e importação, pelo fato de o mesmo possuir uma elevada capacidade de carga que nenhum outro tem, além do baixo custo por tonelada transportada. Em média, um navio cargueiro pode transportar cerca de 100 mil toneladas.

Um meio de transporte que vem ganhando espaço é o aéreo, o mesmo tem contribuído para o fluxo de mercadorias internacionais. Esse crescimento se deve, principalmente, pelo fato de que esse tipo de transporte é mais dinâmico, ou seja, é mais rápido. Sendo usado, especialmente, em casos em que o produto é perecível ou quando há uma urgência na entrega de um produto. Existem atualmente aviões cargueiros que possui a capacidade de carga de até 100 toneladas, sem contar que o tempo gasto na viagem é relativamente pequeno, por exemplo, o trajeto entre Brasil e Estados Unidos é feito em menos de 12 horas.

Essas informações conduzem a uma reflexão de que o processo de globalização está diretamente ligado aos meios de transportes, os quais permitiram a mobilidade de mercadorias e de pessoas, ligando nações, levando informações, conforto, novidades, entre outros.

Os fluxos de informações

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Em um único aparelho de celular é possível enviar vários tipos de informações, como transações bancárias, fotos, imagens, mensagens, dentre outras.

Algumas tecnologias da informação, como computadores conectados à internet, teleconferência, telefone fixo e móvel, satélites, além de outros, favorecem de forma direta o fluxo de informações, isso em cadeia global.

Contamos atualmente com uma complexa rede de comunicação, pela qual as mais diversas informações fluem de maneira acelerada, dessas podemos citar: os noticiários da TV, rádio, jornais, revistas, internet e muitos outros. Diante desses e de outros meios de comunicação, o homem contemporâneo pode assistir uma guerra ou mesmo um atentado através de um aparelho de televisão, como o que aconteceu nos Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, quando bilhões de pessoas puderam visualizar ao vivo esse acontecimento histórico.

Os veículos de comunicação em massa são os responsáveis por nos transmitir as notícias que acontecem em nossa cidade, nosso Estado, país ou em qualquer outro ponto do planeta.

Os fluxos de informações vêm aumentando em todo planeta, isso se deve, principalmente, pelo fato dos custos com as novas tecnologias e serviços (como telefone fixo e móvel, além da internet) estarem gradativamente diminuindo, desse modo, atingindo uma quantidade cada vez maior de pessoas. O custo de uma ligação internacional entre Nova York e Londres custa hoje cerca de US$ 0,35, na década de trinta o valor era de 250 dólares.

Tanto a rede de telecomunicação quanto os fluxos de informações não possuem a mesma configuração em todas as partes do mundo, pelo contrário, são bastante desiguais. Isso é explicado pelo fato de que os países desenvolvidos detêm o monopólio das informações que circulam no mundo. A maioria das agências de notícias, como as redes de TV, se encontra nesses países, que possuem domínios sobre os satélites, de onde vêm as principais informações.

Somente uma rede de televisão norte-americana possui vinte satélites, esses são usados para transmitir a milhões de pessoas seus programas. Esses satélites permitem que um acontecimento em qualquer parte do planeta possa ser transmitido quase que simultaneamente a bilhões de pessoas no mundo.

A desigualdade quanto ao uso das novas tecnologias é provado quando se observa que em países desenvolvidos, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido, França e Alemanha, cerca de 63% de suas respectivas populações têm acesso à internet. Enquanto que em países da África Subsaariana, somente 1,3% da população tem acesso a essa tecnologia.

Os fluxos de capitais

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Nas bolsas de valores acontece um grande fluxo de capitais.

No mundo globalizado em que vivemos existe um grande fluxo de capital (transações financeiras, como compra e venda de ações de empresas, títulos e moedas), esse tipo de atividade ocorre a partir de evoluções que aconteceram nos meios de comunicação. O mundo atualmente está interligado por meio de uma complexa rede de comunicação, como: telefonia móvel e fixa, satélites, internet e etc. Esses permitem que bilhões de dólares sejam transferidos entre os mais variados países do mundo em um único dia. Através de um mouse um brasileiro pode investir milhões de reais em outra parte do mundo, isso é um exemplo claro de fluxo de capital.

Operações dessa natureza são executadas entre distintos países quase que em tempo real, isso é possível entre nações integradas no mercado financeiro internacional. Em minutos vultosos negócios sucedem e inúmeros outros são abertos, e envolvem um volume gigantesco de capitais (dinheiro), sendo que as negociações movimentam no planeta em um único dia aproximadamente 1 trilhão de dólares.

O lugar onde grande parte dessas negociações ocorre é nas bolsas de valores espalhadas por diferentes pontos do planeta, e essas se encontram interligadas. Atualmente, as principais bolsas estão localizadas em cidades de países desenvolvidos, entre as quais podemos citar: Nova Iorque (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Paris (França) e Tóquio (Japão). Além daquelas localizadas em países em desenvolvimento, como: São Paulo (Brasil), Buenos Aires (Argentina). Incluindo ainda nações subdesenvolvidas industrializadas, como: Jacarta (Indonésia) e Seul (Coréia do Sul).

Tais cidades abrigam também sedes administrativas ou filiais de multinacionais, principais bancos e instituições financeiras, entre outras de renomes internacionais. Isso quer dizer que essas cidades são centros financeiros, incluídas na rota global de capitais, geralmente as mesmas possuem o “status” de cidades globais ou mundiais.

Cidades globais

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Nova Iorque, EUA

As cidades globais, também conhecidas como metrópoles mundiais, são grandes aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional. Estão no topo da hierarquia urbana. São dotadas de técnica e conhecimento em serviços de elevada influência nas decisões vinculadas à economia globalizada e ao progresso tecnológico.

Nessas cidades, há grande concentração e movimentação financeira, sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de transnacionais, importantes centros de pesquisas, presença de escritórios das principais empresas mundiais em consultoria, contabilidade, publicidade, bancos e advocacia, além das principais universidades.

São dotadas de infraestrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, aeroportos, bolsa de valores e sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, centros de convenções e eventos, museus e bancos. Possuem serviços bastante diversificados, como jornais, teatros, cinemas, editoras, agências de publicidade, entre outros.

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Paris, França

A instituição responsável por classificar as cidades como global ou não, é a Universidade de Loughborough (Londres) em uma fase inicial e posteriormente aperfeiçoada pela Globalization and World Cities Study Group & Network.

Atualmente são reconhecidas mais de 50 cidades globais no planeta, divididas em três grupos, conforme o grau de influência e importância mundial. A Europa é o continente que mais possui cidades globais.

As cidades mais influentes do mundo foram classificadas em três diferentes classes (Alfa, Beta e Gama). Sendo a classe Alfa as cidades de maior influência no planeta, a Beta, intermediária, e a Gama corresponde às cidades globais de menor expressão mundial.

Grupo Alfa – Esse grupo é representado por cidades como: Londres, Nova Iorque, Paris, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Frankfurt, Milão.

Grupo Beta – Entre as cidades desse grupo podemos destacar: São Francisco, Sidney, São Paulo, Cidade do México, Madri.

Grupo Gama – É o grupo que possui a maior quantidade de cidades, atualmente são 35, entre elas estão: Pequim, Boston, Washington, Munique, Caracas, Roma, Berlim, Amsterdã, Miami, Buenos Aires.

Sociedade de Consumo.

Nas últimas décadas houve um aumento significativo do consumo em todo mundo, provocado pelo crescimento populacional e, principalmente, pela acumulação de capital das empresas que puderam se expandir e oferecer os mais variados produtos, conjuntamente com os anúncios publicitários que propõe o consumo a todo o momento. Chamamos de consumo o ato da sociedade de adquirir aquilo que é necessário a sua subsistência e também aquilo que não é indispensável, ao ato do consumo de produtos supérfluos, denominamos consumismo.

Para suprir as sociedades de consumo, o homem interfere profundamente no meio ambiente, pois tudo que o homem desenvolve vem da natureza, aqui nesse contexto é o palco das realizações humanas. Através da força de trabalho o homem transforma a primeira natureza (intacta) em segunda natureza (transformada). É a natureza que fornece todas as matérias primas (solo, água, clima, energia, minérios, etc) necessárias às indústrias.

O modelo de desenvolvimento capitalista, baseado em inovações tecnológicas, em busca do lucro e no aumento contínuo dos níveis de consumo, precisa ser substituído por outro, que leve em consideração os limites suportáveis na natureza e da própria vida.

O planeta já mostra sinais de esgotamento, um exemplo disso é a escassez de petróleo que é um recurso não renovável, e sua utilização corresponde a 40% da energia consumida no mundo, tendo em vista a sua importância no cenário mundial à situação é preocupante, pois alguns estudos mostram que o petróleo existente será suficiente por mais 70 anos.

Os problemas ambientais diferem em relação aos países ricos e pobres, a prova disso é que 20% da população é responsável pela geração da maior parte da poluição e esse percentual é similar ao percentual da população que possui as riquezas do mundo. Enquanto essa população vive em altos níveis de consumo, outra grande maioria, cerca de 2,4 bilhões de pessoas, não possui saneamento, 1 bilhão não tem acesso a água potável, 1,1 bilhão não tem habitação adequada e 1 bilhão de crianças estão subnutridas.

Assim:

Avanço do Capitalismo > decorre das inovações da 3ª Revolução Industrial, da existência das multinacionais, do aumento da produção e do consumo de bens e serviços > expansão da sociedade de consumo que gera problemas ambientais e intensificação das desigualdades sócio-econômicas entre ricos e pobres > principalmente a partir da década de 50 = + consumo nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos > causas: redução dos custos nos transportes de mercadorias e maior apropriação das novidades pelas pessoas, pois as empresas colocaram no mercado novos bens e serviços que mudaram os hábitos das pessoas, especial classe média (alvo) > para incrementar o consumo: intensificaram o marketing, a rapidez na criação de novidades (as coisas ficam obsoletas rápido), a utilização de produtos personalizados e diminuíram a vida útil dos bens > além disso: surgiram as linhas de crédito (gerando endividamento pessoal) formando um ciclo - crédito + marketing = consumo que gera maior produção e lucro = acumulação de capital que gera avanços tecnológicos = fabricação de novidades e consumo > consumismo: padrão de comportamento em vários países = consumir coisas dispensáveis – cuja origem está na sociedade norte-americana do século XX (“American way of life”) – que influenciou vários povos, inclusive o brasileiro que adotou o mesmo padrão de vida do povo dos EUA > fator: as empresas norte-americanas se instalarem em países dos 5 continentes mantendo sua estrutura nesses locais> o cinema norte-americano também ajudou a disseminar esse consumo exacerbado > símbolo dessa era: “shopping centers” > avanço da sociedade de consumo interferiu no ambiente natural da Terra – devido ao aumento da demanda pelo uso dos recursos naturais que gerou diminuição das paisagens naturais e aumento das artificiais > problemas ambientais estão em escala planetária > está ocorrendo um esgotamento dos recursos naturais e a restauração de alguns é impraticável = natureza no limite – exemplos: aumento da poluição, aquecimento global, extinção de espécies da fauna/flora, acúmulo de lixo, desmatamento, etc > maiores responsáveis = países e pessoas mais ricos que consomem mais coisas, implicando em maior uso dos recursos naturais e poluem mais a Terra, porém países e pessoas mais pobres não estão isentos de culpa e também contribuem para a degradação do planeta (ex. queimadas) > a destruição do meio ambiente está generalizada e sofre com políticas ambientais de preservação fracas nos diversos países > até as sociedades mais tradicionais (pigmeus, indígenas, etc) estão aderindo as novas tecnologias e aos novos costumes de consumo, isto ameaça a existência desses grupos e das reservas ambientais onde vivem (são somente 5 mil comunidades tradicionais vivendo com seus costumes originais) – sinal da mudança vem do desaparecimento das línguas nativas desses grupos > o socialismo também contribuiu para a degradação ambiental quando os soviéticos (século XX) usaram métodos agressivos ao meio na busca pelo progresso = pior desastre natural da Terra – diminuição do Mar de Aral prejudicando as pessoas e o ecossistema da região > desde a década de 90 – emergência de uma consciência ecológica coletiva através dos movimentos ambientalistas – ONG’s que ficaram mais fortes, cobrando dos governos e organizações supranacionais uma reflexão sobre o mundo moderno e a criação de ações que protejam o meio ambiente terrestre = ideia central é a interação entre biosfera, litosfera, hidrosfera e atmosfera > ONU entrou no esquema e periodicamente promove conferências para discutir e propor ações que preservem o planeta > principais correntes ambientalistas = preservacionismo, conservacionismo, ecodesenvolvimentismo e ecocapitalismo > impasse entre os interesses econômicos e as ações de proteção ambiental – exemplos: a não assinatura do Protocolo de Kyoto por alguns países e a pouca troca de informações sobre o uso de tecnologias limpas entre os países ricos e pobres > para ajudar a ONU criou o Sistema de Reservas da Biosfera (unindo preservação da biodiversidade, desenvolvimento sócio-econômico, conhecimento científico e educação ambiental nesses locais) > No Brasil – política ambiental – início na década de 30 – criação das áreas de preservação permanente > década de 50 teve um retrocesso por causa do ideal do progresso a qualquer custo > década de 70 por pressão dos movimentos ambientalistas é retomada a política ambiental > em 1998 na Constituição Federal é incorporada a legislação ambiental > além disso, o Governo criou diversos órgãos para gerenciar o assunto = ex. IBAMA > dessa forma temos boas leis e instituições – falta fiscalização e aplicação correta das penalidades > frequentemente temos a criação de novas unidades de conservação no país (divisão = parques nacionais, reservas biológicas, reservas ecológicas, estações ecológicas e áreas de preservação ambiental) > além disso, temos o problema da biopirataria, que é o roubo de nossos recursos biológicos e conhecimentos locais por instituições estrangeiras que patenteiam os mesmos, obtendo muito lucro > assim o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo é um novo paradigma sócio-econômico e ambiental que surgiu na década de 70 com um modelo de sociedade conciliando: desenvolvimento econômico, igualdade social e preservação do meio ambiente, para garantir a habitabilidade das gerações futuras na Terra > possui diversos programas (Ex. reciclagem do lixo) > exige a participação de todos.

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Rio+20

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A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20, foi uma conferência realizada entre os dias 13 e 22 de junho de 2012 na cidade brasileira do Rio de Janeiro, cujo objetivo era discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável.

Considerado o maior evento já realizado pela Nações Unidas, o Rio+20 contou com a participação de chefes de estados de cento e noventa nações que propuseram mudanças, sobretudo, no modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta.Além de questões ambientais, foram discutidos, durante a CNUDS, aspectos relacionados a questões sociais como a falta de moradia e outros.

O evento ocorreu em dez locais, tendo o Riocentro como principal local de debates e discussões; entre os outros locais, figuram o Aterro do Flamengo e o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Mobilização da sociedade e o FSM 2012

No Brasil, foi formado o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20. Segundo Aron Belinky, coordenador de Processos Internacionais do Instituto Vitae Civis, que representa o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS) na Coordenação Nacional do Comitê, o papel do grupo – atualmente formado por 14 redes – é trazer mais participantes para o debate até o ano que vem. “Nossas ações são elaboradas por meio de grupos de trabalhos. Um deles é o de formação e mobilização, que deverá levar os temas em discussão para a sociedade e cuidará da organização do evento paralelo previamente chamado de Cúpula dos Povos, que terá a participação da sociedade civil”, pontual.

O encontro da sociedade, segundo ele, deverá começar antes, por volta do dia 20 de junho de 2012. “Além de representantes do Brasil, outros do Canadá, França, Japão, e de alguns países da América Latina já estão envolvidos nestas ações”, adianta o ambientalista. “Na Cúpula dos Povos, queremos que seja garantido que a economia verde seja avaliada como um interessante indutor de sustentabilidade, desde que abranja as questões sociais, além das ambientais, e tenha sempre presente a questão da qualidade de vida dos cidadãos, além da ecoeficiência.”

Uma outra frente da sociedade civil rumo à Rio+20 se dará no âmbito do Fórum Social Mundial (FSM). A decisão foi tomada ao final da edição deste ano, em Dacar, no Senegal. Segundo o empresário e ativista da área de responsabilidade social, Oded Grajew, que integra o Comitê Internacional do FSM – que ocorrerá entre 27 e 31 de janeiro de 2013 (data sujeita a alterações) –, a edição internacional descentralizada do evento terá como principal pauta a temática ambiental, voltada à conferência.

“O FSM não representa as elites econômicas e exigirá uma demanda de mobilização da sociedade sobre outro modelo de desenvolvimento. Trataremos de propostas de mudança da matriz energética para a renovável, da questão nuclear, das hidrelétricas em confronto com as populações indígenas, do modelo de consumo e resíduos orgânicos, entre outros”, aponta Grajew. Segundo ele, a meta é propor políticas públicas ao governo e informações sobre indicadores quanto à grave situação do modelo atual de desenvolvimento, que leva ao esgotamento de recursos naturais e ao aumento das desigualdades.

“Como 2012 será também um ano de eleições em alguns países importantes como EUA, Alemanha e França, isso prejudica decisões. Talvez essas nações não queiram assumir alguns compromissos, que podem comprometer os resultados nas urnas”, alerta. Ele reforça que, no contexto da Economia Verde, as discussões do FSM permanecerão voltadas a questões sociais, ao combate às desigualdades.

No campo empresarial, Grajew informa que algumas iniciativas em andamento são do Instituto Ethos, que lançou, em fevereiro deste ano, a Plataforma por uma Economia Inclusiva, Verde e Responsável. “A proposta é que possa ser apresentada também uma agenda de sustentabilidade urbana para os candidatos às eleições municipais brasileiras, no ano que vem. O projeto será amadurecido na Conferência Ethos, em agosto deste ano.”

Governança e desenvolvimento sustentável

Um tema complexo que estará na Conferência, segundo Belinky, diz respeito à governança em um cenário de desenvolvimento sustentável. “Este tema está sendo pouco debatido oficial e extraoficialmente. Deve ser visto não como uma discussão sobre burocracia, mas como uma condição necessária para encaminhar as decisões e recomendações que se tomem na conferência”, analisa.

Belinky afirma que, se por um lado, hoje se enxerga o desenvolvimento sustentável no conjunto, as instituições internacionais e internas a cada país são estanques. “Umas atuam no campo econômico, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o FMI e a Organização Mundial do Comércio (OMC), que não se conectam nas dimensões sociais e ambientais. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Trabalho (OIT), que têm algum poder político, estão desconectadas do lado ambiental. A ideia é integrá-las à questão do desenvolvimento sustentável”.

No caso da questão ambiental, as discussões levam à constatação de que não existe nenhuma organização internacional com real poder regulatório. “O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) é um dos com menor orçamento na ONU e depende de adesões voluntárias. Não é essencial dentro do sistema, participa quem quer. Pode encaminhar, no máximo, estudos, recomendações, mas sem poder regulatório”.

Como primeiro passo, uma das propostas que serão defendidas pela sociedade civil é que haja uma resolução para se criar uma agência ambiental internacional, aprimorando o funcionamento do Pnuma ou por meio de sua união com outras agências. “O governo brasileiro, inclusive, tem defendido uma 'agência guarda-chuva', que tenha sob ela várias agências internacionais do sistema ONU.” As entidades, segundo Belinky, enxergam que existe uma necessidade tanto ética quanto política e econômica de tirar as pessoas da pobreza. “Isso não significa que deverão ter padrão de consumo insustentável, como o norte-americano e europeu. Não é objetivo estender a sociedade perdulária”, adverte.

As expectativas sobre os resultados da Rio+20 caminham na direção de dois extremos. “Será uma grande oportunidade ou nulidade. A conferência pode fazer uma convergência, desatar nós ou, então, se não se dispuser, será um ponto de jogar conversa fora. Mas de qualquer forma, a mobilização de propostas da sociedade civil será um avanço. Ou os governos são capazes de mostrar relevância no mundo contemporâneo ou são incapazes de acompanhar o ritmo que a sociedade avança, se tornando um empecilho”.

Irã

A participação do Irã na conferência Rio +20 gerou uma enorme controvérsia. O país enviará uma delegação, que inclui o presidente Mahmoud Ahmadinejad, para participar do evento em junho. Entretanto, o Irã possui sérias questões das quais se recusa a abordar, como as persistentes violações dos direitos humanos, as declarações belicistas e racistas contra Israel e a negativa em cooperar com a AIEA sobre seu programa nuclear. Alguns argumentaram que Ahmadinejad planeja usar a cúpula no Rio de Janeiro como uma plataforma para propaganda e projetar para o público interno uma falsa imagem de líder respeitado internacionalmente.

O espaço e suas representações

Cartografia: arte de construir mapas e cartas a partir de observações diretas ou do emprego de dados. Se iniciou com o desenho dos caminhos para os humanos não se perderem em suas andanças pelo mundo.

Os primeiros mapas eram impressos em madeira, pedra ou papel (que foi inventado pelos chineses em 100 d.C. possibilitando a confecção de inúmeros mapas.)

A Cartografia se desenvolveu muito com os árabes, desde o século VII, graças aos objetivos expansionistas humanos. Na Idade Média, a representação do mundo sofreu influência religiosa e por isso, os mapas eram confeccionados segundo essa concepção. Mas a Cartografia continuou aperfeiçoando-se e desenvolvendo-se melhorando a compreensão do mundo. E na época das grandes explorações e conquistas do século XV e XVI a melhoria de vários instrumentos como a bússola e o astrolábio, permitiu que os mapas ficassem mais precisos facilitando a vida dos navegantes. Esses mapas tinham uma base cartográfica e também desenhos temáticos dos territórios permitindo um maior conhecimento dos lugares e dessa época até o presente, a Cartografia evoluiu muito.

Recordando: coordenadas geográficas (linhas imaginárias – paralelos e meridianos). Paralelos: linhas horizontais, sendo 90 ao sul e ao norte (total 180). Origina a latitude – distância em graus de um paralelo a Linha do Equador. Meridianos: linhas verticais, sendo 180 a leste e a oeste (total 360). Origina a longitude – distância em graus de um meridiano ao Meridiano de Greenwich. Juntos dão a localização de um lugar na superfície terrestre. Exemplo: navio: 20º latitude norte e 140º longitude oeste.

É muito importante, pois representa o espaço e nos dá informações sobre o que está contido nele. Sendo uma fonte de conhecimentos que, muitas vezes, só é acessível a classe dirigente dos países.

Globo terrestre: é a representação da Terra que mais se aproxima da realidade. È bem generalizada e com poucos detalhes da superfície terrestre. Mapa: é mais utilizado e é a representação da Terra ou de parte dela numa superfície plana. É uma ferramenta espacializada das informações e sua confecção abrange várias operações: levantamento do terreno, análise de documentação, elaboração da legenda, entre outras. Trata-se de uma linguagem visual e simbólica de vários assuntos. E é composto de escala, projeções cartográficas, símbolos ou convenções, legenda e título. Os símbolos ou convenções permitem a leitura e interpretação dos mapas, a explicação dos mesmos se encontra na legenda. Ainda não há uma padronização universal mais as convenções mais utilizadas são as cores, símbolos, pontos, linhas e áreas.

A escala nos informa quantas vezes o objeto real foi reduzido no mapa e tem dois tipos: a numérica (1: 500 000 – 1cm no mapa equivale a 500 000cm no terreno) e a gráfica |______|______|______|______|.

0km 200km 400km 600km 800km

Isso significa que cada 1cm no mapa corresponde a 200 km no terreno.

Além disso, uma escala é grande quando o denominador da fração é pequeno. Mais detalhes (Ex - 1: 500) e uma escala é pequena quando o denominador da fração é grande. Menos detalhes (Ex - 1: 1.000.000). Assim, mapa é para representações mais generalizadas da Terra (planisfério), carta é para representações mais detalhadas de uma região (áreas urbanas) e planta é para representar pequenas áreas (bairro).

As projeções cartográficas são as representações de uma superfície esférica (a Terra) num plano (o mapa). Toda vez que achatamos uma esfera, ela necessariamente sofrerá alterações ou deformações nas distâncias, áreas ou ângulos. O cartógrafo escolhe a que melhor atenda os objetivos do mapa. As principais são: cilíndrica, cônica e plana ou azimutal.

Cilíndrica: para representar a Terra totalmente. Os paralelos e meridianos ficam retos e perpendiculares. A região equatorial conserva suas dimensões e as demais áreas sofrem distorções nas medidas originais, principalmente as áreas polares.

Cônica: para representar regiões intermediárias. Os paralelos são circulares e os meridianos radiais. As deformações surgem quando nos afastamos do paralelo de tangência.

Plana ou azimutal: para representar as regiões polares. Os paralelos são círculos concêntricos e os meridianos ficam retos.

As linhas e proporções se deformam na medida em que se afastam do ponto de tangência.

As projeções buscam maior precisão e as mais famosas são: de Mercator, de Peters, de Aitoff e de Goode.

Para converter números e estatísticas num mapa, podemos utilizar também anamorfoses, que são planisférios em que as áreas de um país ou de um continente assumem o tamanho proporcional ao dado que se quer mostrar. Ex: anamorfose da população do mundo – China e Índia passam a ter as maiores áreas do globo, pois tem maior contingente populacional.

Atualmente o emprego de novas tecnologias tem contribuído muito para a observação da Terra e o desenvolvimento de diversos campos do conhecimento.

O sensoriamento remoto constitui-se na captação e registro de imagens da energia refletida por elementos, sem que haja contato físico. Por meio de satélites permite-se maior rapidez e precisão nos processos de levantamento de dados e mapeamento. Pode ser utilizado em vários campos do conhecimento e avaliar o uso da Terra.

GPS (Sistema de posicionamento global) é um sofisticado sistema eletrônico que se apóia em uma rede de satélites que oferece localização instantânea, em qualquer ponto da Terra, com uma precisão quase perfeita.

Geoprocessamento: é a tecnologia que abrange o conjunto de procedimentos de entrada, manipulação, armazenamento e análise de dados espacialmente referenciados.

Geo–referenciamento: é uma situação em que uma entidade geográfica é referenciada espacialmente ao terreno por meio de sua localização, utilizando-se para tal um sistema de coordenadas conhecido.

SIG – Sistema de Informação Geográfica: é um composto de softwares (programas) e hardwares(componentes) de um computador que têm como finalidade integrar bancos de dados, processar e analisar dados geo-referenciados, criando arquivos digitais de mapas, gráficos, tabelas, etc.

E no Brasil, a Cartografia surgiu com a chegada dos portugueses que fizeram vários mapas do nosso território. Depois, se desenvolveu com a criação do Serviço Geográfico Militar, elaboração da Carta Geral da República, organização do Serviço Geográfico do Exército, criação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mapeamento de todo o território após a Segunda Guerra Mundial devido a interesses militares, criação do Projeto Radam (extinto em 1985) e inauguração em 2002, do monitoramento aéreo do Serviço de Inteligência e Vigilância da Amazônia (SIVAM) projetado para monitorar informações diversas sobre a Amazônia Legal.

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