Prof. Renata Valente



UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

MATERIAL DE APOIO PARA AS AULAS DE

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL

CURSO: FORMAÇÃO ESPECÍFICA EM ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

2º. SEMESTRE DE 2011

PROFA.: RENATA VALENTE FERREIRA VILELA (*)

(*) e demais professores da disciplina da Universidade

ALUNO (A): _______________________________________

RA: _____________________________________________________

1. LÍNGUA, LINGUAGEM E VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

DEFININDO ALGUNS CONCEITOS:

LINGUAGEM:

Uma das definições possíveis do termo Linguagem é a que a considera como a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas. Existem muitos tipos de linguagem, tais como a fala, os gestos, o desenho, a pintura, a música, a dança, o Código Morse, os sinais de trânsito, etc. Dependendo das nossas necessidades comunicativas, empregamos uma linguagem específica.

As linguagens podem ser organizadas basicamente em três grupos: 1) linguagem verbal que tem como unidade apenas a palavra; 2) linguagem não verbal que emprega outros tipos de unidade como o gesto, o movimento, a imagem, as cores, os contornos, etc.; 3) linguagem mista que combina unidades da verbal e da não verbal. Nas histórias em quadrinhos, por exemplo, a linguagem geralmente é mista, pois elas contêm imagens e palavras.

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA

Uma língua nunca é falada de maneira uniforme pelos seus usuários: ela está sujeita a muitas variações. Repare que grupos da sociedade acabam se diferenciando pela forma como se expressam: advogados, administradores, médicos, publicitários, etc.; o português que foi falado, por exemplo, no século passado é diferente do que falamos hoje; se prestarmos a atenção para a forma como as pessoas de regiões do Brasil se expressam, verificaremos muitas diferenças. No entanto, o principal é sabermos que temos a liberdade para empregarmos a língua de formas diferenciadas desde que saibamos onde estamos, com quem estamos e qual o nosso objetivo. Da mesma forma que você não vai à praia de terno e gravata, numa reunião mais formal, por exemplo, você não usará a linguagem do cotidiano, com gírias.

EXERCITANDO:

1) Após a apresentação teórica em sala de aula, vamos examinar os textos abaixo:

Abaixo, temos a simulação de uma entrevista para a ocupação de um cargo numa empresa.

Com base no que discutimos sobre variações linguísticas, o que você tem a dizer sobre ele?

“- Bom dia. Sente-se, por favor, preciso fazer algumas perguntas para o senhor a fim de saber se está devidamente qualificado para a nossa empresa.

- Ah. Falô, na boa.

- Qual o nome do Sr., por favor?

- José Carlos, mas o pessoal lá de casa e da rua me chama de zé.

- Muito bem Sr. José Carlos, temos uma vaga para o cargo de Assistente Administrativo, mas precisamos que o candidato tenha domínio de algumas habilidades.

- Certo! É só perguntar.

- O Sr. Possui algum conhecimento na área de informática? Nos dias de hoje ela é imprescindível para qualquer profissional da área administrativa.

- Sim, eu manjo bastante de informática, você sabe, aqueles programas de sempre: Window, Word, Excel, esses baratos todos.

- O Sr. costuma acessar a Internet? Conhece as principais ferramentas desse instrumento de comunicação?

- OH! Nossa! Eu costumo viajar bastante na Internet, conheço muitos sites.

- Qual o grau de escolaridade do Sr.?

- Bem, eu estudei Administração Geral numa faculdade e agora tô pensando em me especializar em Marketing.

- O Sr. fala algum idioma: inglês, espanhol?

- Bem, fiz um cursinho de espanhol rápido por causa do barato do Mercosul né. Inglês só no the book is on the table.

- O Sr. é casado? Qual sua Idade?

- Não, por enquanto tô fora... Só namoro mesmo! Tô com 25 anos.

- Qual a sua experiência profissional? O Sr. já trabalhou numa empresa de grande porte como esta?

- AH! pra falar a verdade eu trabalhei sempre como boy em empresas pequenas, mas o meu último trampo foi numa distribuidora de medicamentos - empresa grande.

- E quais eram as atividades do Sr. nessa empresa?

- Nossa! Eu fazia um pouco de tudo. Às vezes fazia umas coisas no departamento pessoal, depois fui para o financeiro, passei uns meses também no CPD... rodei bastante por lá.

- Muito bem Sr. José Carlos, estou com os dados do Sr. aqui. Assim que tivermos uma posição entramos em contato. Bom dia.

- Certo, bom dia, mas o trampo é meu?”

2) Observe o texto abaixo, as marcas da oralidade estão presentes. Reescreva-o pautando-se pelas características da linguagem escrita e formal.

"Ela tava ali, lindinha e nos conformes, cara... Fiquei olhando, imaginando um jeito de dize!; bem, você sabe, né? De dizer aqueles negócios que fico pensando sem ela. Era hora, agora, vou lá, dou uma chavecada nela, buzino umas no ouvidinho dela, tá na minha... Bom, tava faltando coragem, puxa, foi me dando um frio, uma coisa, um estado... Virei as costas, meu irmão, e me mandei... "()

3) Abaixo temos uma lista de alguns principais erros que cometemos. Vamos corrigi-los para não errarmos mais.

1. Fazem cinco anos que Marta foi para a Argentina e não mais voltou.

____________________________________________________________________

2. Falaram que houveram muitos acidentes no período do carnaval.

_____________________________________________________________________

3. Existe muitas esperanças de que o Brasil finalmente cresça. Falam que bastaria dois anos para que tudo se reorganize e que falta gente de pulso.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. A dez anos atrás um acidente aconteceu na cidade, mas tudo está bem agora.

________________________________________________________________________.

5. Entrar dentro da sala foi tarefa difícil!

_______________________________________________________________________

6. Na loja estava escrito: ‘Venda à prazo’. Não entrei!!!

________________________________________________________________________

7. Vai assistir o jogo hoje?

________________________________________________________________________

8. Eu preferia mais ir ao cinema do que ficar aqui em casa vendo tevê.

_______________________________________________________________________

9. No acidente, ele quebrou o óculos e ficou com dor na costas. Na próxima férias ele tomará mais cuidado.

_____________________________________________________________________

10. Aluga-se casas na praia e precisam-se de corretores.

_____________________________________________________________________

11. Chegou em São Paulo hoje à tarde

____________________________________________________________________

12. Ele não conseguiu vender uma grama de ouro!

_________________________________________________________________

13. "Obrigado", disse a moça pelo favor recebido.

______________________________________________________________________

14. Ela era meia louca, pois gritava em plena reunião.

_______________________________________________________________________

15. A questão não tem nada haver com você.

________________________________________________________________________

16. Queria namorar com o colega, mas ele não percebia.

________________________________________________________________________

17. Comprou uma TV a cores, uma geladeira e um fogão.

______________________________________________________________________

()

2. OS VÍCIOS DE LINGUAGEM

Observe os textos abaixo e tente identificar construções viciosas que prejudicam a clareza, a polidez e a linguagem formal, para isso leve em consideração o que for dito em aula:

a) Ana disse à amiga que seu namorado havia chegado tarde do trabalho e que estava preocupada com o fato, afinal trabalhar demais pode perfeitamente acabar com uma relação pela falta de tempo para o casal viver outros momentos da vida.

b) Depois do acidente, o pai  falou com o filho caído no chão. Mas disseram que o garoto não ouviu direito a voz do pai. Assim que o resgate chegou, os médicos pegaram com as mãos o garoto e o levaram correndo para o hospital mais próximo.

c) No canil, Pedro a um amigo uma mão para ajudá-lo nas tarefas mais difíceis. O amigo estava terminando de cuidar de um cão muito bravo e disse que não poderia ajudar naquele momento, pois ele teria de dar banho na cachorra daquela menina antipática que já estava ligando para apressá-lo.

d) Irritado e já sem paciência, o pai pediu para que o filho entrasse rápido para dentro, mas a mãe achou estranha aquela atitude porque o filho estava em seu quarto lendo um livro que ela mesma havia indicado!

e) Vejam vocês como o amor remove montanhas. Carlos sempre foi conhecido como um rapaz sério, sem tempo para essas bobagens do amor, dizia ele. Quando Carlos conheceu Ana, uma doce garota da faculdade, ficou zonzo de paixão e logo percebeu que a disputa por ela seria dura. Numa conversa com amigos no intervalo, Carlos, ao ver Ana passar, saiu correndo e disse: “deixem ir-me já, pois Ana esta indo embora”. Todos perceberam que aquele discurso de cara durão era uma bobagem e que Carlos estava com aquela cara de tolo característica de quem se apaixona perdidamente gritando por toda parte: “Eu amo ela, eu amo ela....

f) Muita gente diz que o processo eleitoral do Brasil está com muitas falhas, porque possui erros graves em todo o seu processo. Talvez isso ocorra devido à falta de seriedade de quem organiza todo o processo eleitoral que há tempos passa por dificuldades enormes principalmente nas grandes capitais do Brasil.

g) Como pessoa, acho que ajudar aqueles que passam por dificuldades é uma atitude nobre.

3. FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

ORIENTAÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ESCRITOS

É importante que a apresentação escrita dos trabalhos siga os critérios organizados abaixo com base nos principais manuais de normas técnicas, que contribuirão para que esse seja feito de maneira ordenada e clara.

Em primeiro lugar, antes se cercar de material, leituras, discussão entre os participantes do grupo de trabalho (caso ele seja em equipe) elabore um rascunho do que será realmente apresentado, portanto, separe um tempo para pensar no que você irá apresentar – o que será mais importante a destacar. Você deve observar algumas regras gerais referentes ao conteúdo:

a. Deve apresentar conteúdo de relevância para Recursos Humanos e as interfaces que mantém com outros campos e áreas de conhecimento;

b. Deve pautar-se na estrutura geral e de apresentação gráfica apresentadas abaixo;

c. E deve-se observar rigorosamente as regras ortográficas, bem como as normas gerais e bibliográficas em apresentações de trabalho científico.

Todos os trabalhos deverão seguir um mesmo padrão para a apresentação escrita, como segue:

o CAPA

o FOLHA DE ROSTO

o SUMÁRIO

o INTRODUÇÃO

o DESENVOLVIMENTO

o CONCLUSÃO

o BIBLIOGRAFIA (caso seja utilizada pesquisa em livros, revistas, jornais, etc.)

Deverão ser utilizados os padrões da ABNT:

• Inicialmente utilizaremos essa padronização para apresentação de trabalhos aos professores do 1º semestre para auxiliá-lo nessa nova adaptação de linguagem, formatação, etc.

1. Não numere a introdução.

2. Na introdução, preocupe-se em mostrar ao seu leitor o que ele encontrará no seu trabalho, o que te motivou a pesquisar sobre esse assunto, ou seja, prepare o leitor sobre o que ele vai ler em seu trabalho/sua pesquisa. Frases como: “Este trabalho tem o objetivo de...”, “Neste trabalho o leitor encontrará...”, “O foco deste trabalho é...”, etc. podem impulsionar o início da sua introdução.

3. O desenvolvimento do seu trabalho é exatamente o que você numerou de 1 a quantos itens você achar necessários. É bom lembrar que quanto mais você detalhar a sua discussão e organizá-la em itens, melhor será a leitura, a compreensão do que você está discutindo.

4. Nas considerações finais (também chamada de conclusões) retome aquilo que seja mais importante, enfatize o seu ponto de vista, arremate o seu texto.

NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

UNINOVE

SÃO PAULO

2010

NOME DO ALUNO

TÍTULO DO TRABALHO

Trabalho apresentado à disciplina de ______________, como pré-requisito de avaliação, do curso de Administração, turma ____, sob a orientação do Prof. ______________________.

UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

UNINOVE

SÃO PAULO

2010

SUMÁRIO

Introdução..............................................................................

CAPÍTULO 1 - NOME.............................................................. 05

1.1 - Definição.......................................................................... 06

1.2 – Aplicação......................................................................... 07

1.3 – Medição........................................................................... 08

CAPÍTULO 2 - NOME............................................................... 09

CAPÍTULO 3 – PESQUISA...................................................... 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................... 20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................... 21

A IMPORTÂNCIA DA CITAÇÃO

A citação é a referência de uma idéia extraída da obra de outro autor.

A utilidade da citação é dar suporte, ratificar e fundamentar as idéias que o autor deseja transmitir, aclarar ou questionar em relação ao tema em discussão.

Para citar a idéia de outro autor, no entanto, deve-se seguir algumas regras e identificar os diferentes tipos de citação.

✓ Citação Direta

Chamada também de citação textual ou citação literal. Consiste na transcrição integral de parte do texto de outro autor.

Não é recomendável o uso excessivo da citação direta, pois pode sinalizar insegurança por parte do autor ao redigir e argumentar suas idéias.

Se a idéia citada for igual ou inferior a cinco linhas deverá ser apresentada dentro do seu próprio parágrafo, entre aspas e, ao final da mesma, após o ponto e entre parênteses, vem a indicação bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da página).

Exemplo:

No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto as telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje, essa separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção. “(...) a tese é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de televisão (os telejornais, as reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo ficcional.” (MARCONDES FILHO, 1994: 39)

A citação superior a cinco linhas deverá ser apresentada em parágrafo separado do texto do autor, com o dobro do recuo da primeira linha, com espaço duplo antes e depois da citação, espaçamento simples, fonte 11, sem aspas e, ao término da citação, indicação bibliográfica (SOBRENOME DO AUTOR, ano de publicação da obra: número da página).

Exemplo:

No início da televisão, no Brasil, era nítida a divisão entre ficção e realidade. Os telejornais apresentavam os fatos ocorridos como uma cópia fiel da realidade, enquanto as telenovelas contavam histórias imaginadas pela mente criativa de um autor. Hoje, essa separação não é mais visível, há uma inversão entre realidade e ficção.

Em primeiro lugar, a tese é a de que a telenovela é o mundo real e o noticiário de televisão (os telejornais, as reportagens, os documentários), esse sim, é um mundo ficcional. E por que isso?As pessoas ligam a televisão e acompanham com assiduidade quase religiosa os capítulo das novelas. Assistem regularmente cada episódio, todas as noites, com exceção dos domingos, mas sem cancelar feriados, Natal, Carnaval ou qualquer outra data universal de guarda. A novela é tão cotidiana quanto a própria vida. (MARCONDES FILHO, 1994: 39-40)

✓ Citação Indireta

É a síntese das idéias extraídas do texto de outro autor, ou seja, dar-se-á redação própria às idéias desenvolvidas por outro autor.

Primeiro, indique a fonte à qual pertencem as idéias (SOBRENOME do autor), em seguida, entre parênteses, o ano de publicação da obra. Na citação indireta, não se usam aspas.

Exemplos:

Segundo MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

Para MARCONDES FILHO (1994), atualmente, já não existe mais divisão entre realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

MARCONDES FILHO (1994) defende a inexistência de fronteira entre realidade e ficção, há uma inversão entre ficção e realidade na televisão.

✓ Citação de Citação (Apud)

Se a idéia a ser citada for extraída da obra de um outro autor e não do autor da obra original, far-se-á a citação de citação, também chamada de citação de segunda mão.

A expressão latina apud significa: segundo fulano, referido por. Portanto, a citação é feita em nome do autor da obra original, em seguida, vem a expressão apud e os dados do autor e da obra consultada.

Exemplo:

Os pensadores liberais defendem a idéia de que a globalização econômica e a liberdade de mercado possibilitaram que todas as pessoas, em qualquer parte do mundo, tenham um padrão de consumo igual ao das pessoas que vivem nos países industrializados. “Essa idéia interessa aos ricos dos países pobres, pois justifica a concentração da riqueza nas mãos de poucos, em nome do progresso tecnológico e do desenvolvimento econômico que, como eles querem fazer crer, futuramente irão beneficiar toda a população. (FURTADO apud OLIVEIRA, 2000: 208)

NUMERAÇÃO DE PÁGINA

A numeração de páginas será em algarismos arábicos quando o trabalho apresentar pouco elementos textuais. Nesse caso, todas as folhas, a partir da folha de rosto, devem ser contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da primeira folha da parte textual (introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda superior.

ESPAÇAMENTO E PARAGRAFAÇÃO

✓ Tamanho do papel: A4 (210 x 297 mm)

✓ Tipo, Tamanho e Estilo da Fonte Usada no Texto

▪ Texto geral: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: normal

▪ Capítulo: times new roman ou arial tamanho 14 - estilo: negrito

▪ Tópico: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: negrito

▪ Subtópico: times new roman ou arial tamanho 12 - estilo: itálico

▪ Citação em parágrafo distinto (citação direta): times new roman ou arial tamanho 11 - estilo: normal

✓ Configuração de Página

▪ Margem superior: 3,0 cm

▪ Margem inferior: 2,0 cm

▪ Margem esquerda: 3,0 cm (justificado)

▪ Margem direita: 2,0 cm (justificado)

▪ Cabeçalho: 1,25 cm

▪ Rodapé: 1,25 cm

✓ Paragrafação e Espaçamento:

▪ Paragrafação direta com recuo da primeira linha de 1,25 cm

▪ Espaçamento antes: 6 pt

▪ Espaçamento depois: 0 pt

▪ Espaçamento do texto geral: 1,5 linha

▪ Espaçamento das citações e notas de rodapé: simples

▪ Espaçamento entre capítulo e texto: duplo

▪ Espaçamento entre tópico e texto: 1,5 linha

▪ Espaçamento entre subtópico e texto: 1,5 linha

COMO FAZER A REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Referência bibliográfica é a relação ordenada de todas as obras citadas ao longo do trabalho. A apresentação das obras é feita em folha separada, logo após a conclusão e segue as normas da ABNT para referências bibliográficas.

Os documentos lidos, porém não citados no trabalho, poderão ser apresentados em outra lista, nomeada de Bibliografia Recomendada ou Obras Consultadas.

a) Livros

SOBRENOME, Nome. Título. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

CHAUI, Marilena. O que é ideologia. 42. ed. São Paulo: Brasiliense, 1997.

❖ Até três autores: indica-se o nome dos três autores.

Exemplo:

JARDILINO, J. R. L.; ROSSI, G.; SANTOS, G. T. Orientações metodológicas para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Gois Editora e Publicidade, 2000.

❖ Mais de três autores: indicar o nome do organizador ou do coordenador da obra.

Exemplo:

DANTAS, Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998.

❖ Referência bibliográfica de parte da obra ou capítulo.

SOBRENOME, Nome do autor do capítulo. Título do capítulo. In: SOBRENOME, Nome do autor do livro. Título do livro. Edição. Cidade de publicação: Editora, ano de publicação.

Exemplo:

MEIRELLES, Domingos. Acerto de Contas. In: DANTAS. Audálio (org.). Repórteres. São Paulo: Editora SENAC, 1998.

b) Artigos de publicações periódicas

SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do periódico, cidade de publicação: Editor, número do volume, número do fascículo, páginas inicial-final, mês e ano.

Exemplo:

SILVA, Dalmo O. Souza. Ágora ou o Zoológico Humano?- uma contribuição para o debate sobre os Reality Shows. Cenários da Comunicação, São Paulo: UNINOVE, v. 1, n. 1, p. 57-71, set. 2002.

c) Artigo de jornal

SOBRENOME, Nome. Título do artigo. Título do Jornal, cidade, data. Número ou título do caderno, seção ou suplemento, páginas inicial-final.

Exemplo:

CARDOSO, Raquel. Zeca, o pivô da guerra das cervejas. Diário de S. Paulo, São Paulo, 16 de março de 2004. Economia, p. B3.

d) Trabalhos de fontes eletrônicas

SOBRENOME, Nome / EDITOR. (Ano). Título do trabalho, Tipo de mídia. Produtor (opcional). Disponível: identificador (data de acesso).

ARAÚJO, J.G.F. e MOREIRA, A.Z.M. (1999). Mass Media: um enfoque político-social. (On-line). INTERCOM. Disponível: , (14 de junho de 2004).

AGORA VEJA COMO DEVE FICAR A SUA BIBLIOGRAFIA:

ABREU, Antonio Suarez. Curso de Redação. Ática, São Paulo, 2003.

CARNEIRO, Agostinho Dias. Texto em construção: interpretação de texto. São Paulo: Moderna, 2000.

FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristóvão. Prática de textos para estudantes universitários. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992.

AGORA VOCÊS PRATICAM (PESQUISA EM GRUPO)- Pesquisa na biblioteca.

Cada grupo será responsável em trazer para a sala as seguintes referências bibliográficas:

a) Três obras do mesmo autor

b) Livro com um autor

c) Capítulo de livro organizado por outro autor

d) Livro com três autores

e) Texto publicado em anais de um congresso

f) Dois autores de livro com tradução e organização de outros

5. GRAMÁTICA DE USO

Vamos eliminar alguns erros comuns cometidos principalmente na escrita:

1) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:

• Não chores _________a vida é bela e _____ podemos senti-la nessa existência tão breve. ( por que, porque, porquê, por quê; mau, mal, má, mas)

• Sua aula foi ______________ preparada. (Mal/MaL)

• Estes são livros para -------- ler. Comprei-os numa livraria só para ________. Agora eu preciso fazer o trabalho. (eu/mim – eu/mim).

• A criança sofre desse _________ há dois anos. (Mal/Mau )

• Tive um ___________ presságio hoje. (Mal/Mau )

• Para não sofrer fui _________________ dela. (Ao encontro de/De encontro ).

• Tínhamos idéias ______________________. (Afim/A fim )

• Vesti-me ____________ de ir ao cinema. (Afim/A fim)

• A felicidade voa tão leve ________ tem a vida breve. (Mas/Mais)

• Este é o vestido ________________ caro da loja. (Mas/Mais)

• _________________ vai ser a festa? (Onde/Aonde)

• __________________ você vai domingo à noite? (Onde/Aonde)

• A lei é clara: Não fale _______ celular quando dirigir. (ao /no).

• Carla não pode atendê-lo agora porque está ______ telefone com um cliente. (no/ao)

• Os gerentes estão _______ mesa almoçando e discutindo negócios. (na/à)

• Não fique ______ porta esperando as pessoas! (na/à)

• Agora eu estou ______ sala de aula com vocês. (à/na).

• Sempre leio a -------- de esportes do jornal. (seção/sessão/cessão).

• Conseguimos ver o filme apenas na _______ das dez! (sessão/seção/cessão)

• _______ dias Carlos tenta comprar ingressos para ver aquela banda, mas dizem que só haverá entrada disponível daqui _______ duas semanas. (a / há).

• Juntamos muita roupa e vamos fazer a ________ delas, ou seja, ofereceremos para uma entidade carente. (sessão/cessão/seção).

2) Nem sei _____ você mora e ___ poderemos chegar por esse caminho. (onde- aonde)

a- Por que - mal – onde – aonde.

b- Porque – mal – onde – aonde.

c- Por quê – mal – onde – aonde.

d- Porque – mau – onde – aonde.

e- Porque – mal – aonde – onde.

3) Empregue nos espaços das frases abaixo a forma correta:

a) Todos, naquela festa, deram os ............... ao ............... Ministro daquele país. (comprimentos/cumprimentos; iminente/eminente)

b) Fomos à loja de ............... e lá compramos tudo o que precisávamos para fazer o reparo do carro. (assessórios/acessórios).

c) Disseram-nos que os cargos ................ serão extintos no próximo semestre. (acessórios/assessórios).

d) A ............... das cláusulas do contrato deve ser feita mediante a ............... de todos os contratantes. (ratificação/retificação).

e) A ............... do jornal reservada para o esporte foi cancelada por falta de espaço no jornal. (seção/sessão/cessão)

f) A reunião anterior do departamento não foi proveitosa, mas na ...............,todos ficaram de reclamar dos baixos salários. (seção/sessão).

g) O calor estava muito forte a ponto de .............. sem parar. (suarmos/soarmos).

h) A polícia finalmente conseguiu prender os bandidos envolvidos com o ................ de drogas no litoral. (trafico – trafego).

4) Use mim ou eu, corrigindo mais algumas construções se estiverem erradas.

a) Para ........ é muito difícil dizer não, mais vou tentar mudar este meu comportamento porque às vezes o não é necessário na vida!

b) Para ...... terminar esse trabalho precisarei de mas tempo, no entanto não sei aonde vou arrumá-lo.

c) Houve desentendimentos entre......... e ele, pois mau cheguei na empresa e já foi despejando problemas.

d) Curvou-se perante .......... com humildade, para isso ele tinha um porque.

e) São muitos os quilômetros para ...... conseguir pegar o ônibus e o lugar onde vou fica muito distante do centro da cidade.

f) Entre ......... e você já não há mais nada por que eu já quitei minhas dívidas!

5) Assinale as alternativas cujo “porque” foi mal empregado:

a) Os alunos não sabiam o porquê de tanta algazarra que acontecia na outra sala de aula do lado.

b) Márcia, uma aluna estudiosa, tenta procurar um por que para o seu baixo desempenho nas atividades.

c) Os funcionários queriam saber por que os salários não foram reajustados de acordo com o estabelecido em ata.

d) Por que tanta gente consegue chegar ao poder por meio de mau comportamento? Os meios justificam o fim? Por quê?

6) Apenas uma das alternativas abaixo o termo grifado foi empregado corretamente, assinale-a.

a) Mau dei o recado e já apareceram dúvidas.

b) Carlos costuma ter mal comportamento diante dos seus diretores – isso ainda o prejudicará no trabalho.

c) Mau hálito pode ser também um problema estomacal.

d) Durante quatro semanas, os candidatos passaram mau com as provas do concurso.

7) Em uma das alternativas abaixo há uma palavra empregada incorretamente, assinale-a.

a) Há aproximadamente dois meses que não recebemos os formulários para os clientes.

b) Aonde estão os meus documentos! Eu os deixei aqui!

c) Aquela pessoa ainda não conseguiu ser atendida porque não há funcionários suficientes para o atendimento.

d) O porquê de tanta revolta é algo que nos preocupa!

e) Entre mim e o restante dos funcionários criou-se uma longa distância.

8) Use corretamente os verbos: crer, dar, ler, ver, ter, vir.

a) Elas ______ que a empresa vai superar essa fase ruim. (crer)

b) Felipe e seus funcionários _____ muito trabalho agora por conta do novo projeto que assumiram. (ter)

c) Quando você a ____ lá fora, não deixe de avisá-la sobre o próximo encontro dos diretores. (ver)

d) Todos os alunos ______ seus textos a fim de serem avaliados. (ler)

e) Para que ele _____ o dinheiro, é ganhá-lo antes! (dar)

f) Eles ______ do litoral ainda hoje. (vir)

g) Fábio _______ o livro indicado (ler)

9) Observe o texto abaixo, aponte os erros contidos nele e indique as formas que deveriam ser empregadas corretamente:

Trabalhei durante muito tempo numa empresa aonde os diretores eram absurdamente autoritários, com excessão de Fábio que era atencioso e sabia analizar os problemas de cada um de seus funcionários. Já pela manhã, Fábio comprimentava todos nós e em seguida nos passava as instruções para que as tarefas saíssem perfeitas. Mau começávamos a executar o trabalho e ele se aproximava para verificar se havia erros e também para nos reorientar afim de que não déssemos motivos para reclamações de outros diretores.

Depois de muito tempo trabalhando com Fábio, fui transferido para a sessão de contabilidade cujo diretor responsável era Antonio. Ele pedia para mim esperar até o último minuto de trabalho antes de sair da sala, pois ele poderia precisar de algo. Nossa empresa trabalhava com assessórios para automóveis e tínhamos muitos clientes, ou seja, soávamos a camisa de tanto trabalhar o dia todo. Executávamos nossas tarefas com muito cuidado; não ficávamos no telefone à toa, então não sabíamos porque ele era tão estressado conosco!

Depois de 10 anos trabalhando ali, resolvi mudar de empresa. Fui numa empresa especializada em recolocação e lá consegui uma vaga numa grande rede de lojas de material de construção para mim trabalhar na cessão de pessoal. Como eu mau entendia da rotina desta área, passei pôr um treinamento antes de iniciar as atividades. Mais o que mais eu achei bom foi o tratamento dado aos funcionários pelos diretores: todos educados. Mas quando eu ver o Fábio novamente – da empresa em que eu trabalhava – agradecerei o que ele fez por mim e por todos os meus colegas, pois aprendi muito com ele, principalmente há não desrespeitar ninguém, muito menos apreçar os outros afim de que terminem suas tarefas rapidamente e sob pressão.

6. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Veja as denifições abaixo:

|Narração: é uma forma de composição, onde |Descrição: é a representação verbal de um |Dissertação: é uma forma de redação em que|

|há um desenrolar de acontecimentos (reais |objeto sensível. Compara-se à fotografia, |se apresentam considerações a respeito de |

|ou fictícios). No texto narrativo, os |mas admite interpretação, salvo se se |um tema para expor, explanar, explicar ou |

|fatos apresentam-se dentro de uma |trata de descrição técnica. |interpretar ideias. Espécies: Expositiva e|

|seqüência. Elementos da narrativa: enredo,| |Argumentativa. |

|personagem, tempo, espaço. | | |

EXERCITANDO:

Observe o texto abaixo, vamos reconhecer os elementos da narrativa. Na sequência, nossa atividade é analisar qual o significado desta trama.

Cinderela

Era uma vez uma pré-mulher (menina) chamada Cinderela, cuja mãe verdadeira morrera quando ela era pequena. Poucos anos depois, seu pai casou-se com uma viúva que tinha duas filhas. A mãe-por-enlace-matriminial-paterno-e-não-por consangüidade (madrasta) de Cinderela tratava-a cruelmente e, suas irmãs-não-carnais (meias-irmãs) faziam com que ela trabalhasse duro, como se fosse uma trabalhadora-afro-americana-sem-proventos (escrava).

Um belo dia, chegou pelo correio um convite. O príncipe estava celebrando a exploração dos sem-teto e dos marginalizados com um grande baile à fantasia. As irmãs-não-uterinas de Cinderela focaram radiantes de serem convidadas ao Palácio Real. Começaram a sonhar com roupas carérrimas que usariam para modificar a imagem natural de seus corpos, em função de um falso padrão de beleza feminina (o que, no caso delas, era perda de tempo). Sua mãe-não-natural também planejava ir ao baile, e Cinderela trabalhava como um cão (não que isto significasse qualquer demérito para com nossos companheiros caninos).

Quando o dia do baile chegou, Cinderela ajudou sua mãe-não-genitora e suas irmãs-não-consangüíneas horizontalmente avantajadas (gordas) e esteticamente defierentes (feias) a pôr seus vestidos de baile. Quase foi preciso pedir a intervenção do exército para executar a operação. Em seguida, veio a sessão de maquiagem, que é melhor não ser descrita. Quando a noite chegou, elas foram para o baile e deixaram Cinderela para terminar o serviço de casa. Ela ficou triste, mas se consolou ouvindo seu disco de salmos do Cid. Moreira.

De repente, fez-se um clarão e, diante de Cinderela, apareceu um homem vestido um colant de lycra roxa, todo trabalhado com miçangas e paetês, usando um chapéu de abas largas enfeitado com plumas e carregando na mão uma varinha de condão, coberta de purpurina e com uma estrelinha na ponta. De início, Cinderela pensou que se tratava de uma Drag Queen, mas ele foi logo se apresentando:

“Olá Cinderela, sou sua fada madrinha.”

Cinderela percebeu de imediato que o rapaz havia feito uma opção sexual alternativa como ser humano adulto e consciente que era, e que não cabia a ela qualquer comentário irônico sobre o fato. A fada-madrinha-alternativa continuou: “Você quer ir ao baile, não é, fofa? E está disposta a se submeter ao conceito masculino de beleza, e se apertar numa mini justíssima, que vai lhe impedir de sentar com conforto e prejudicar a sua circulação? Espremer os pés em sapatos num salto altíssimo, que vai arruinar sua estrutura óssea e transformar sua coluna numa sanfona? Pintar seu rosto com produtos químicos e maquiagem, camuflando todos os seus traços naturais? Fazer uma lipo e tirar um pouco dessa barriguinha, deixando você toda roxa e dolorida? E também colocar um pouco de solicone nesses peitinhos para transformá-los em dois melões duros e voluptuosos?”

“Claro que quero!”, disse ela rapidinho. Sua fada-madrinha-cinsciente-e-assumida então suspirou fundo e decidiu adiar sua educação política para outro dia. Com seus poderes mágicos, ele a envolveu numa linda luz brilhante e a transportou para o Palácio Real.

Centenas de carruagens faziam filas intermináveis diante do palácio naquela noite (aparentemente, ninguém por ali conhecia manobreiros). Numa carruagem dourada, puxada por uma parelha de cavalos exageradamente enfeitados, chegou Cinderela. Ela usava um vestido justo, feito com uma seda deslumbrante, roubada de inocentes bichos-da-seda. Seu cabelo estava preso com guirlandas de pérolas, produzidas por ostras exploradas. E em seus pés, embora possa parecer mentira, ela usava sapatinhos feitos do mais puro cristal. (Evidentemente eram totalmente desconfortáveis, mas o contrato assinado com o fada madrinha exigia os calçados de cristal para não desvirtuar totalmente esta história e com isso afetar as vendas do livro e sua inevitável adaptação parta uma minissérie na Globo.)

Quando Cinderela entrou no baile, todas as cabeças se viraram.Os homens olhavam e desejavam aquela mulher que capturava perfeitamente seu ideal Barbie de beleza e feminilidade.

As mulheres da sala, treinadas desde pequenas a desprezar seus próprios corpos, olharam com despeito e inveja. A mãe-espete e as irmãs-refil de Cinderela, mortas de despeito, sequer a reconheceram.

Os inquietos olhos do príncipe, que contava piadas sexistas e discutia futebol com os velhos da corte, logo foram atraídos por Cinderela. E, quando a viu, assim como a maioria das pessoas, o príncipe teve que fechar a boca para não babar.

“Eis aqui”, pensou ele, “uma garota que eu poderia tomar como minha princesa e engravidá-la com uma boa safra de meus espermatozóides perfeitos, tornando-me assim objeto de inveja de todos os príncipes da terra. E, além do mais, que avião!”

O príncipe começou a atravessar o salão em direção à sua presa. O mesmo fizeram todos os homens da sala com menos de setenta anos (acima dessa faixa, só os que se locomoviam sem a ajuda das esposas). Até os garçons abandonaram as bandejas e foram ver de perto aquela mulher.

Cinderela adorou a comoção que criara. Andava de cabeça erguida e se portava como uma dama de alta condição social. Mas logo ficou claro que a comoção estava degringolando e se tornando disfunção social.

O príncipe deixou claro para seus amigos que queria “papar” aquela jovem. E isso aborreceu a rapaziada, que também planejava passar na cara aquela apetitosa loura. O duque, que era meio débil, mas bem mais forte que o príncipe, interrompeu-o no meio do salão e declarou que Cinderela era dele. Que já estava no papo! A resposta do príncipe foi um chute no meio das pernas do duque, que o deixou falando fino e temporariamente fora do páreo. Começou-se um empurra-empurra, e o príncipe foi agarrado por homens enlouquecidos sexualmente, até que desapareceu numa pilha de animais humanos. A violência tomou conta do salão, e o baile à fantasia parecia mais um “baile funk”, com farta distribuição de tapas, socos e pernadas. Até representantes do clero entraram na briga para defender seus interesses. Alguns afro-garçons (garçons negros) improvisaram um rap pela não-violência, mas não conseguiram nenhum apoio das gravadoras, interessadas apenas na cultura branca opressora.

Essa demonstração viva de força da testosterona assombrou as mulheres, que, embora tentassem, não conseguiam separar os combatentes. Para elas, estava claro que Cinderela era a causa do conflito. Então a cercaram e começaram a demonstrar sua hostilidade. Cinderela tentou escapar, mas os sapatinhos de cristal atrapalharam sua corrida. Sorte dela que as outras também tinham sapatos apertados.

A confusão era tanta, que ninguém ouviu o relógio bater meia-noite. Quando a última badalada soou, o lindo vestido e os sapatinhos de Cinderela desapareceram, e ela se apresentou novamente esfarrapada em seus trajes de camponesa e suas irmãs-de-araque reconheceram-na de pronto, mas se calaram, para evitar constrangimento.

Com essa transformação mágica, as mulheres silenciaram. Livre do confinamento de seu vestido e de seus sapatos apertados, Cinderela suspirou, coçou as costelas, esfregou os pés e depois cheirou a mão, para ver se estavam fedidos. Fez tudo sem se importar com os modos grosseiros para uma moça, e disse: “Matem-me agora se quiserem, garotas. Pelo menos vou morrer confortavelmente.”

A inveja tomou conta outra vez das mulheres, mas, em vez de se vingarem dela, arrancaram seus corpetes, sutians, sapatos e tudo que as prendia e confinava. Pularam e gritaram de pura alegria, sentindo-se soltas e desinibidas finalmente, sem roupas e com os pés descalços.

Se os homens tivessem ao menos olhado, lá de sua troca de socos machista e destrutiva, teriam visto muita mulher pelada, pronta para a cama. Mas eles não cessavam de se esmurrar, bater, chutar e agarrar, até que morreram todos, até o último.

As mulheres não sentiram remorso. O palácio e o reino eram delas agora. Seu primeiro ato oficial foi vestir os homens que sobraram com as roupas delas e obrigaram-nos a fazer ginástica, dieta, tirar cutículas, usar hidratantes a base de colágeno e freqüentar salões de beleza! Seu segundo ato foi montar uma cooperativa que só produzia roupas femininas confortáveis, incluindo sutians e calcinhas que já vinham frouxos da fábrica. Nova confecção foi batizada de “Cindy-Roupas”. Com o sucesso, Cinderela, sua mãe-de-araque, suas irmãs-de-bosta e todas as mulheres do reino se deram bem e viveram felizes para sempre.

GARNER, James Finn. Contos de Fadas Politicamente Corretos – Uma Versão Adaptada aos Novos Tempos. Tradução e adaptação de Cláudio Paiva. 3a. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.

Observe atentamente a charge abaixo:

[pic]

(fonte: .br)

Vamos produzir um texto a partir da leitura que faremos da charge acima. Para isso siga os seguintes passos:

a) Olhe atentamente para a figura e descreva exatamente o que e quem você vê nela.

b) Qual o significado desta figura tendo-se em vista o atual cenário político americano?

c) Esse nosso texto, certamente, será um posicionamento crítico nosso em relação a uma\ questão política, mas vamos iniciá-lo por meio da descrição, a partir dela desenvolvemos nossa crítica.

d) Uma dica: anote, sob a forma de rascunho, o que essa imagem lhe sugere, estas anotações ajudarão no momento de organizar o seu texto.

7. ESTRUTURA BÁSICA DO TEXTO DISSERTATIVO

a) Introdução – Propõe a ideia-núcleo da dissertação.Deve ser clara, precisa e tem a função de preparar o assunto e o leitor para o que virá a seguir, dando ao leitor uma ideia sobre o assunto que será tratado.

b) Desenvolvimento – Ordena os fatos e opiniões. Consiste em uma série de ideias secundárias de caráter mais geral, mais detalhadas e expicadas, que devem estar em consonância com as expostas na introdução.

c) Fecho ou conclusão – É a parte final da dissertação e deve encerrar uma síntese coerente e clara das posições assumidas anteriormente. Deve se adequadar à introdução e justificar o desenvolvimento e justificar o desenvolvimento, fechando o círculo das ideias.(PIMENTEL, Carlos. Redação descomlicada.São Paulo, Saraiva, 2008.)

Abaixo você algumas dicas para iniciar parágrafos.

a) PARA A INTRODUÇÃO DO TEXTO:

• Há alguns dias ...

• Há algum tempo que a questão X ...

• Os últimos acontecimentos revelam que ...

• O problema X mostra que...

• O caso X vem despertando interesse, pois...

• A Revista X, num estudo sobre ...

• Há quem afirme que ....

b) PARA INDICAR UMA ANÁLISE DO ASSUNTO:

• É preciso, primeiramente, lembrar que... / destacar o fato de que...

• É necessário, inicialmente, considerar que...

• Iniciemos a análise do fato/problema/questão, observando que...

• Pode-se admitir que...

• Centrando nossas atenções especificamente no fato de que... etc.

c) PARA REALIZAR O DESENVOLVIMENTO:

• É evidente que...

• É inegável que...

• É certo que...

• É fato que...

• Não podemos nos esquecer de que...

• Faz-se necessário insistir no fato de que...

• Torna-se imprescindível insistir que...

• É necessário frisar que...

• Além do mais...

• Ademais...etc.

d) PARA CONTINUAR O DESENVOLVIMENTO PROPONDO UMA OPOSIÇÃO:

• Mas...

• Contudo...

• No entanto...

• Não obstante...

• Por outro lado...

• Este problema visto por outro ângulo/prisma... etc.

e) PARA CONCLUIR O TEXTO:

• Assim...

• Consequentemente...

• Portanto...

• Em resumo...

• Em suma...

• Finalmente...

• Desta forma...

• Definitivamente...

• Pode-se concluir que...etc

EXERCITANDO:

Observe os textos abaixo:

a) A solidão é o mal da humanidade moderna.

b) A empresa Net, em um das suas propagandas veiculada na tevê, mostrou um homem sentado no topo de uma montanha completamente isolado. Na sua frente estavam apenas um notebook e um urubu. A uma certa altura, o homem olha para o bicho e diz que ele não podia imaginar como as pessoas podiam viver sem internet: elas deveriam ser muito solitárias.

- Estes textos devem dar a você o rumo do seu próprio texto que deve ser dissertativo tratando sobre a solidão. Siga as instruções em aula.

TRABALHANDO A REDAÇÃO

Observe os dois texto abaixo:

Fumantes Passivos

1o.§ - Muito se tem ouvido sobre os males causados pelo fumo. São inúmeras doenças que podem surgir no nosso organismo em decorrência da soma de cigarros consumidos ao longo dos anos de nossa vida. Mas e quem não é um fumante ativo? Seria ele obrigado a respirar a droga eliminada por outros em lugares públicos?

2o. § - Os fumantes passivos, ou seja, aqueles que sem poder de escolha aspiram a fumaça de fumantes declarados, como já está muito bem comprovado, estão à mercê dos mesmos males que acometem os ativos. Pesquisas têm mostrado que algumas pessoas não fumantes numa família de fumantes adquiriram câncer nos pulmões devido à convivência freqüente com a fumaça de cigarros que circulava pela casa. Neste sentido, poderíamos até falar em assassinato.

3o. § - É evidente que em lugares públicos as pessoas têm o direito e a liberdade de fazer o que querem. Num local público, por exemplo, podemos falar mais alto, usar roupas mais ousadas, andar de forma extravagante entre outras atividades, sem que sejamos punidos por isso. No entanto, em se tratando da fumaça de cigarros a situação muda, pois estamos lidando com a saúde do outro e não com qualquer outro fato banal. Neste caso, seremos responsáveis por um problema sério que poderá se desencadear no outro, ou seja, o público não é tão público assim.

4o. § - Se este raciocínio não fosse verdadeiro por que, então, restaurantes, bares, cinemas, teatros, etc. proíbem o consumo de cigarros? Seria apenas para eliminar o mau odor da fumaça? Também, mas certamente as pesquisas demonstrando e comprovando que há o fumante passivo devem ter conscientizado muitos.

5o. § - Desta forma, o que se condena não é o fumante ativo, mas os males que o cigarro causa e principalmente o fato de que os não-fumantes não devem ter o direito de escolher se querem ou não respirar a fumaça de outras pessoas. (HENRIQUE FAUSTO. IN: PROBLEMAS DO CIGARRO. SÃO PAULO. ED. ATLAS. 2005).

Droga pesada

Fui dependente de nicotina durante 20 anos. Comecei ainda adolescente, porque não sabia o que fazer com as mãos quando chegava às festas. Era início dos anos 60, e o cigarro estava em toda parte: televisão, cinema, outdoors e com os amigos. As meninas começavam a fumar em público, da minissaia, com as bocas pintadas assoprando a fumaça para o alto. O jovem que não fumasse estava por fora.

Um dia, na porta do colégio, um amigo ma ensinou a tragar. Lembro que fiquei meio tonto, mas saí de I à e comprei um maço na padaria. Caí na mão do fornecedor por duas décadas; 20 cigarros por dia, às vezes mais.

Fiz o curso de Medicina fumando. Naquela época, começavam a aparecer os primeiros estudos sobre os efeitos do cigarro no organismo, mas a indústria tinha equipes de médicos encarregados de contestar sistematicamente qualquer pesquisa que ousasse demonstrar a ação prejudicial do fumo. Esses cientistas de aluguei negavam até que a nicotina provocasse dependência química, desqualificando o sofrimento da legião de fumantes que tentam largar e não conseguem.

Nos anos 1970, fui trabalhar no Hospital do Câncer de São Paulo. Nesse tempo, a literatura científica já havia deixado clara a relação entre o fumo e diversos tipos de câncer. de pulmão, esôfago, estômago, rim, bexiga e os tumores de cabeça e pescoço. Já se sabia até que, de cada três casos de câncer, pelo menos um era provocado pelo cigarro. Apesar do conhecimento teórico e da convivência diária com os doentes, continuei fumando.

Na irresponsabilidade que a dependência química traz, fumei na frente dos doentes a quem recomendava abandonar o cigarro. Fumei em ambientes fechados diante de pessoas de idade, mulheres grávidas e crianças pequenas. Como professor de cursinho durante quase 20 anos, fumei nas salas da aula, induzindo muitos jovens a adquirir o vício. Quando me perguntavam 'Mas você é cancerologista e fuma?', eu ficava sem graça e dizia que ia parar. Só que esse dia nunca chegava. A droga quebra o caráter do dependente.

A nicotina é um alcalóide. Fumada, é absorvida rapidamente nos pulmões, vai para o coração e através do sangue arterial se espalha pelo corpo todo e atinge o cérebro. No sistema nervoso central, age em receptores ligados às sensações de prazer. Esses, uma vez estimulados, comunicam-se com os circuitos de neurônios responsáveis pelo comportamento associado à busca do prazer De todas as drogas conhecidas, é a que mais dependência química provoca. Vida mais do que álcool cocaína e morfina. E vicia depressa, de cada dez adolescentes que experimentam o cigarro quatro vezes, seis se tornam dependentes para o resto da vida.

A droga provoca crise de abstinência insuportável. Sem fumar, o dependente entra num quadro de ansiedade crescente, que só passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas dão trégua de dias, ou pelo menos de muitas horas, ao usuário, as crises de abstinência da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. Para evitá-las, o fumante precisa ter o maço ao alcance da mão: sem ele, parece que está faltando uma parte do corpo. Como o álcool dissolve a nicotina e favorece sua excreção por aumentar a diurese, quando o fumante bebe, as crises de abstinência se repetem em intervalos tão curtos que ele mal acaba de fumar um, já acende outro.

Em 30 anos de profissão, assisti às mais humilhantes demonstrações do domínio que a nicotina exerce sobre o usuário. O doente tem um infarto do miocárdio passa três dias na UTI entre a vida e a morte e não pára de fumar, mesmo que as pessoas mais queridas implorem. Sofre um derrame cerebral sai pela rua de bengala arrastando a perna paralisada, mas com o cigarro na boca. Na vizinhança do Hospital do Câncer, cansei de ver doentes que perderam a laringe por câncer, levantarem a toalhinha que cobre o orifício respiratório aberto no pescoço, aspirarem e soltarem a fumaça por ali.

Existe uma doença, exclusiva de fumantes, chamada tromboangeite obliterante, que obstrui as artérias das extremidades e provoca necrose dos tecidos. O doente perde os dedos do pé, a perna, uma coxa, depois a outra, e fica ali na cama, aquele toco de gente, pedindo um cigarrinho pelo amor de Deus.

Mais de 95% dos usuários de nicotina começaram a fumar antes dos 25 anos, a faixa etária mais vulnerável às adições. A imensa maioria comprará um maço por dia pelo resto de suas vidas, compulsivamente. Atrás desse lucro cativo, os fabricantes de cigarro investem fortunas na promoção do fumo para os jovens: imagens de homens da sucesso, mulheres maravilhosas, esportes radicais e a ânsia de liberdade. Depois, com ar de deboche, vêm a público de terno e gravata dizer que não têm culpa se tantos adolescentes decidam fumar.

O fumo é o mais grave problema de saúde pública no Brasil. Assim como não admitimos que os comerciantes de maconha, crack ou heroina façam propaganda para os nossos filhos na TV, todas as formas de publicidade do cigarro deveriam ser proibidas terminantemente. Para os desobedientes, cadeia.

(DRAUZIO VARELLA. ln. Folha de S.Paulo, 20 maio 2000)

A nossa tarefa e produzir um texto dissertativo relacionando os dois acima apresentados. Observe as dicas dadas em aula.

VAMOS REVER A PONTUAÇÃO DO NOSSO TEXTO:

Empregue a vírgula quando necessário nas frases abaixo mediante o que foi exposto em aula pelo professor:

a) São Paulo cidade bastante comprometida pela quantia de habitantes está precisando passar por uma revolução urbanística mas isso parece estar longe de ocorrer.

b) Paulo será que você poderia fechar a boca na reunião pois você sempre fala o que realmente não deveria.

c) Enchentes alagamentos pessoas desabrigadas falta de água limpa têm marcado a capital paulista cidade tão querida por nós no mês de janeiro.

d) Minha casa tem dois dormitórios dois banheiros uma cozinha uma sala porém um pequeno quintal.

2) Empregue vírgulas nos textos quando necessário:

a) Alice Vieira gerente média é responsável pela direção das atividades de gerentes de primeira linha como Jorge de Oliveira chefe do setor de pesquisas de mercado devendo também atender à direção de seu chefe que é o vice-presidente da empresa. Alice muito dedicada e prestativa também é responsável por todos os processos de administração. Ela tem de planejar seu orçamento para o próximo ano entender por que a empresa está gastando mais do que havia orçado e garantir que tudo sai bem portanto ela tem de controlar os gastos. Alice conversou com o seu chefe sobre a reorganização do departamento e o fato de parar de fumar mostrou seu desejo de liderar pelo bom exemplo.

b) Márcia quer que seus funcionários deixem de focalizar tarefas e passem a focalizar processos como: agregar pessoas aplicar pessoas desenvolver pessoas recompensar pessoas e assim por diante. Devem olhar a floresta e não cada árvore. Deixar de executar tarefas especializadas e separadas como recrutar selecionar integrar comunicar reinar remunerar avaliar desempenho para atuar de maneira global e estratégica. Devem mirar horizontalmente os clientes internos e não verticalmente os chefes. Saber das necessidades e das expectativas dos clientes internos e como satisfazê-los. Devem focalizar metas e resultados a serem alcançados e não apenas os métodos de trabalho ou seja quais os objetivos a atingir e como atingi-los da melhor maneira.

c) Roberto é um excelente profissional muito responsável e admirado por seus conhecimentos técnicos. Depois de diplomar-se em Administração Roberto não parou mais de estudar e de tentar aplicar seus conhecimentos. Sabe melhor do que ninguém equacionar os problemas e definir as melhores soluções. Sua dificuldade maior é lidar com pessoas: não sabe explicar as coisas nem treinar ou argumentar tampouco tem paciência com os subordinados. Apesar de seu excelente preparo técnico Roberto não consegue progredir na empresa. Quer ser promovido a gerente de equipe mas fica sempre na fila de espera.

A COERÊNCIA E A COESÃO NO TEXTO

Observe os dois textos abaixo:

|Exemplo de texto coerente, mas não coeso: |

|o anil |

|o anzol |

|o azul |

|o silêncio |

|o tempo |

|o peixe |

| |

|a agulha |

|vertical |

|mergulha |

| |

|a água |

|a linha |

|a espuma |

| |

|o tempo |

|a âncora |

|o peixe... |

|Affonso Romano de Sant’Anna |

| |

|Exemplo de texto coeso, mas não coerente: |

|Hoje pela manhã, acordei muito cedo, mas mesmo assim não tomei café da manhã devido a minha fome, entretanto meu irmão não |

|trouxe o livro que eu lhe pedi porque a minha mãe não fez o café muito cedo hoje, sendo assim, acho que vou viajar no final de |

|semana com os amigos da faculdade e tentar, na próxima semana, arrumar um emprego, pois sempre acordo muito atrasado – hoje o |

|pão está quente!! |

DEFININDO COERÊNCIA E COESÃO TEXTUAL

• Nota-se perfeitamente que o primeiro texto é coerente. Mesmo não havendo estruturas lingüísticas que sirvam para unir um verso a outro como: e, mas, contudo, embora, porque, que, então etc., podemos dizer que ele trata de um pescaria (inclusive o título do poema é “A pesca”). Desta forma, coerência é um elemento indispensável para que possamos garantir o entendimento claro de um texto qualquer.

• No segundo texto, embora haja estruturas lingüísticas que estejam de certa forma ligando um fato ao outro como: que, ele, mas, então, contudo, e, notamos que o texto não é nada coerente, pois trata num único parágrafo de vários assuntos sem qualquer relação lóo costumeiramente produzimos textos que não são poemas e sim trabalhos acadêmicos diversos, devemos tomar o cuidado para sermos, ao mesmo tempo, coesos e coerentes em nossos textos.

EXERCITANDO:

1) Abaixo temos alguns fragmentos de textos que apresentam algum tipo de incoerência. Aponte-os e discuta a razão delas:

a) Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até hoje e talvez para sempre. Mas não gosto da sua família: repressora, preconceituosa, preocupada em manter as milenares tradições chinesas. O pior é que sou brasileira, detesto comida chinesa e não sei comer com pauzinhos. Em casa, só falam chinês e de chinês eu só sei o nome do Sheing. No dia do seu aniversário, já fazia dois anos de namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu não podia recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histórias da família e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema eu e o Sheing.

b) O quarto espelha características de seu dono: um esportista, que adorava a vida ao ar livre e não tinha o menor gosto pelas atividades intelectuais. Por toda a parte, havia sinais disso: raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo, skate, um tabuleiro de xadrez com as peças arrumadas sobre uma mesinha, as obras completas de um poeta inglês.

c) A empresa fundada em 1903 nos EUA por Henry Ford operou uma revolução. Antes de Ford, os automóveis eram feitos artesanalmente, sendo bastante caros e escassos. Ford implantou o conceito de linha de montagem: uma esteira conduzia os componentes para vários operários, cada um especializado em apenas um único processo. O tempo de produção caía de 12 horas para apenas uma hora e meia: maior oferta, menor preço, uma grande procura e lucros extraordinários. Ford enriqueceu e pôde erguer outras fábricas acreditando na produção artesanal.

d) “Possuir uma boa capacidade de expressão verbal é uma competência que pode contribuir para o sucesso e, conseqüentemente, para o desempenho de um profissional qualificado. Além disso, se bem administrada, essa qualidade pode trazer outros benefícios como, por exemplo, facilitar o desenvolvimento de aspectos como liderança, auto-estima, autocontrole e até mesmo auxiliar no domínio de uma situação que precise de um cuidado mais apurado, principalmente como algumas que costumam acontecer no dia-a-dia organizacional. No entanto, falar em público nem sempre é uma tarefa fácil e muito importante, pois até mesmo aqueles profissionais considerados altamente preparados e com um bom nível acadêmico também podem se complicar quando precisam passar uma mensagem verbalmente. Para citar um exemplo, basta apenas considerar que alguns executivos têm grande dificuldade em proferir uma palestra ou mesmo defender suas idéias em uma reunião que resulte em decisões estratégicas. E muitas vezes, situações como essa podem significar um momento extremamente delicado ou mesmo embaraçoso para o profissional.”

e) Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim salvou-lhe a vida.

f) No cinema, no teatro, não converse. Não mexa demais a cabeça, não fique aos beijos. Cuidado com o barulho do papel de bala, do saco de pipocas. Não os jogue no chão, quando acabar. Se o seu vizinho estiver fazendo tudo isso e in-comodando, seja discreto. Peça que interrompam a sessão e acendam as luzes a fim de inibir o transgressor.

   

BIBLIOGRAFIA

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