TV TUPI RECIFE: O DESCONCERTANTE APAGAR DAS LUZES …



TV TUPI RECIFE: O DESCONCERTANTE APAGAR DAS LUZES DE UMA EMISSORA

Aline Maria Grego Lins

Professora da Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP

PALAVRAS-CHAVE: televisão – programação local, concessão de canal.

RESUMO:

A TV Rádio Clube de Pernambuco (Tv Tupi do Recife), canal 6, foi inaugurada em 1960 e, desde sua criação, apresentou uma programação diversificada e mostrou-se uma empresa com saúde financeira. A Tupi desenvolveu em seu período mais produtivo programas jornalísticos, humorísticos, programas de auditório e infantis, todos com sucesso, sobretudo nas décadas de 60 e 70. Mas a crise que atingiu as emissoras dos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, no final dos anos 70 acabou respingando na emissora pernambucana.

Apesar de não ter, na época, dívidas trabalhistas e de ser uma empresa que honrava seus compromissos com os credores, o direito de concessão foi cassado e a emissora teve suas atividades encerradas. Este trabalho pretende registrar os passos dessa emissora e analisar as repercussões dessa atitude governamental em relação a emissora pernambucana, por muitos na época apontada como injusta. A pesquisa baseou-se, além da revisão bibliográfica histórica e documental, nos relatos[1] de profissionais que aturam na TV Rádio Clube de Pernambuco. Em 1980, quando foi fechada, a emissora detinha bons níveis de audiência, ultrapassando inclusive alguns programas da Rede Globo. Financeiramente estava bem estruturada, tanto que conseguiu indenizar todos os funcionários no mesmo ano da cassação do canal de transmissão.

INTRODUÇÃO

Nos anos 50 o Brasil vivia a euforia de sua expansão industrial em vários setores, inclusive o das comunicações. A ousadia e o caráter empreendedor de Assis Chateaubriand inaugurou em nosso País, no dia 18 de setembro de 1950, a primeira emissora de televisão da América Latina, a TV Tupi de São Paulo, a PRF-3. A partir daí, ano após ano, novas emissoras foram surgindo no Brasil, mas só na década de 60 elas foram instaladas na região Nordeste.

Em Recife a novidade chegou de forma duplicada. No mesmo mês de junho de 1960, foram inauguradas as TV Rádio Clube de Pernambuco, pertencente aos Diários Associados dono da TV Tupi e, quinze dias depois, no dia 18, a TV Jornal do Commércio, do Grupo F. Pessoa de Queiroz, responsável por algumas empresas de comunicação em Pernambuco, totalizando 5 (cinco) rádios e 2 (dois) jornais diários. Essa emissora, na época, foi considerada uma das mais modernas da América Latina, tanto em termos de equipamentos quanto de infra-estrutura física. O prédio, onde até hoje funciona a TV Jornal, havia sido construído especialmente para abrigar a emissora de televisão, portanto, atendia as exigências e necessidades da produção televisiva.

Dizem os profissionais da época que Assis Chateaubriand mandou inaugurar a TV Rádio Clube de Pernambuco as pressas, antes da TV Jornal do Commércio, só para impedir que F. Pessoa de Queiroz fosse o primeiro a colocar no ar em Pernambuco imagens de uma televisão, dessa forma, os Diários Associados manteriam a tradição do pioneirismo. O fato é que a TV Rádio Clube começou a funcionar atropeladamente, sem muitas condições, e durante quase um mês praticamente não possuía programação, deixando para o espectador apenas a imagem símbolo da tevê, o índio tupiniquim. Enquanto a Tv Jornal entrava no ar em definitivo, com programação variada de humor, shows (programas de auditório) e jornalismo.

UMA BRIGA EM QUE TODOS GANHAVAM

A briga acirrada entre as duas emissoras se manteria durante toda a década de 60, elas disputavam a audiência dos pernambucanos e, também, através das antenas repetidoras, a audiência dos espectadores dos estados vizinhos da Paraíba e do Rio Grande do Norte. E quem saia ganhando com isso era o público e os profissionais que atuavam nas duas emissoras, afinal, além da existência de trabalho, havia muita aprendizagem, segundo afirmam muitos dos jornalistas, artistas, humoristas e publicitários que participaram desse início da televisão pernambucana. Dia a dia uma equipe buscava ultrapassar os limites e fazer igual, ou melhor, que o concorrente. Havia troca de experiências e muito respeito pelos colegas da emissora concorrente.

As duas emissoras caprichavam na programação com teleteatro, programas de auditório, inclusive infantis, novelas e jornalismo. Nos anos 60, no caso do jornalismo, ao contrário do que acontecia em São Paulo e Rio de Janeiro, o Repórter Esso em Recife não era apresentado pela emissora da rede Tupi, mas pela TV Jornal do Commércio. A televisão dos Diários Associados da capital pernambucana possuía o jornal da Pan Air, em que curiosamente os apresentadores apareciam para o público vestindo roupas que lembravam as dos comandantes dos aviões e, depois, o Jornal Pirelli. Sem falar, anos mais tarde, no próprio Jornal Tupi.

A exemplo da TV Jornal, a TV Tupi Recife também exportou muitos artistas para o eixo Rio-São Paulo que, até hoje, estão presentes na televisão brasileira, a exemplo de José Wilker e Arlete Sales, ou de humoristas como Zé Santa Cruz e Aguinaldo Batista. O grande destaque das duas televisões, sem dúvida, era o teleteatro e os programas de auditório. Marca registrada dos anos 60 e que eram acompanhados pelos espectadores com muita atenção. Interessante é que na primeira década da tevê pernambucana, por vezes um mesmo profissional atuava nas duas emissoras, o que hoje seria inadmissível. Um técnico podia trabalhar um expediente na TV Jornal e outro na TV Rádio Clube, ou mesmo uma artista podia ser atriz numa emissora e fazer a locução em diferentes programas da outra televisão. Eram casos mais raros, mas aconteciam. A jornalista Edna Maciel[2], por exemplo, chegou a trabalhar, simultaneamente, como repórter nas duas televisões, mas isso já nos início dos anos 70. As próprias emissoras também se uniam quando era necessário. Ainda na década de 60, um evento reuniu as três emissoras num trabalho conjunto, foi a transmissão, ao vivo, da passagem da Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, por Recife, no ano de 1968 as três emissores formaram um pool para transmitir, em tempo real, imagens da visita para os telespectadores da Região.

A briga pela audiência começou a ser vencida pela TV Rádio Clube de Pernambuco, a Tupi do Recife, com a crise instalada na TV Jornal no final dos anos 60, quando a emissora de F. Pessoa de Queiroz passou a enfrentar sérios problemas financeiros, agravados no início dos anos 70, sobretudo, com o advento das transmissões ao vivo em rede, o que deslocou a produção televisiva para o eixo Rio-São Paulo. Muitos profissionais, em especial atores e músicos, tiveram que migrar para o Sudeste em busca de emprego. Outros, que atuavam na TV Jornal do Commérico foram trabalhar na concorrente TV Tupi, destacando-se, também, na programação dessa emissora. Os profissionais do jornalismo passaram pelo mesmo processo.

Os telejornais e os programas de caráter jornalístico, a exemplo dos programas de entrevistas, ganhavam mais espaço, sobretudo porque trazia inovações, a exemplo de uma mulher, Carmem Towar, apresentando o principal telejornal da emissora ao lado de Cícero Moraes e Albuquerque Pereira, numa época em que a presença da figura masculina imperava no jornal televisivo, sem falar nos equipamentos externos que passaram a dar mais mobilidade, primeiro Auricon, que já filmavam com o áudio, mais tarde as câmeras de vídeo e seus gravadores, que possibilitaram a formação da UPJs – unidades portáteis de jornalismo.

A PROGRAMAÇÃO LOCAL DA TUPI EM RECIFE

A Tv Tupi funcionava num prédio instalado na avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, próximo ao centro do Recife, O Palácio do Rádio, onde além da tevê funcionava a Rádio Clube de Pernambuco, que existe até hoje.

A sua programação local, a exemplo de outras emissoras brasileiras da época, era realizada totalmente ao vivo, a exemplo dos teleteatros, que eram apresentados na emissora sempre na segunda-feira à noite. No início da produção os artistas pernambucanos contaram com o apoio do então diretor de teleteatro da Tupi do Rio de Janeiro, Péricles Leal, que os orientou em relação ao posicionamento no estúdio diante das câmeras. Praticamente todos os profissionais que passaram a trabalhar na televisão eram oriundos da própria emissora de rádio dos Diários Associados, a Rádio Clube de Pernambuco. Foi um novo aprendizado e um grande desafio para esse elenco. No teleteatro eles apresentavam uma nova peça, toda semana, sempre com três atos, estima-se que mais de 500 textos foram encenados. Além do teleteatro, os artistas também faziam novelas, alguns participavam de programas humorísticos, a exemplo de Zé Santa Cruz, Marco Macena e Aguinaldo Batista, ou eram apresentadores e locutores, foi o caso de Rosa Maria, responsável pela apresentação do primeiro programa de entrevistas da tevê pernambucana, o Sala de Visitas, em que ela recebia artistas locais e do sul do país.

Durante os seis primeiros anos da década de 70 a emissora praticamente reinou absoluta na audiência, apesar de suas concorrentes trabalharem para mudar esse quadro, eram elas, a TV Universitária, uma emissora educativa instalada em 1968, a Tv Jornal do Commércio, que tentava resistir afiliando-se a outras redes de emissoras de televisão do País, a exemplo da Globo e depois Bandeirantes, e a própria TV Globo, que passou a funcionar em Recife a partir de 1972, com a Rede Globo Nordeste. A inauguração aconteceu com o programa de um comunicador pernambucano, conhecido nacionalmente, Abelardo Barbosa, o Chacrinha e a sua Discoteca, que foi transmitida ao vivo, para todo o País, do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães, o Geraldão.

A TV Rádio Clube de Pernambuco, canal 6, era a praça da rede Tupi dos Diários Associados que detinha os melhores índices de audiência, sobretudo nas novelas e nos programas de auditório, a exemplo de Flávio Cavalcanti, bem como nos horários em que apresentava a programação local, destaque para os programas comandados por Albuquerque Pereira e Carmem Towar, que além do telejornal, apresentou o programa Heróis Anônimos, e o infantil Clube dos Heróis, sem falar na cobertura que Towar fez, durante 15 anos, do concurso de Miss Pernambuco, que era transmitido ao vivo pela TV Tupi.

Ao contrário do que acontece hoje com as redes de televisão, havia no caso da Tupi uma maior flexibilidade com relação a programação, inclusive cabia a cada praça a contratação ou não de produtos independentes, o que significava incluir até a compra de filmes estrangeiros. Segundo Ricardo Pinto[3], que foi o último profissional a dirigir a emissora, a TV Tupi Recife tinha autonomia para escolher o que colocar em sua programação. Para Ricardo Pinto o conceito da Tupi de rede não era de uma cabeça de rede que imperava e de praças que obedeciam, mas de independência administrativa, tanto que quem escolhia o filme, quem comprava os direitos para exibição não era a rede e sim as praças, que faziam a seleção de acordo com os interesses do seu público local. O único compromisso com a grade de programação nacional eram as novelas, que eram exibidas em Recife com expressivos índices de audiência, a exemplo de Mulheres de Areia (a primeira versão para a televisão foi produzida pela TV Tupi de São Paulo e tinha como atriz principal Eva Wilma, vivendo as irmãs gêmeas); e com os programas de auditório de maior destaque, ou seja, Flávio Cavalcanti, citado anteriormente, e Clube dos Artistas, com Ayrton e Lolita Rodrigues, além de Almoço com as Estrelas, apresentado aos sábados pelo mesmo casal.

No caso do Jornalismo, a única exigência de exibição era com relação ao jornal da Noite, exibido nacionalmente por volta das 20h45 e, anos mais tarde, com o programa Abertura, que provocou mudanças na programação televisiva que, até então, ainda sofria com a censura da ditadura militar.

Na parte administrativa a emissora seguia sem problemas, a boa audiência garantia um bom e disputado espaço publicitário em sua programação. Os salários dos funcionários e os compromissos com fornecedores estavam todos em dia. Mas, se na emissora pernambucana o clima era de tranqüilidade, o mesmo não se podia afirmar em relação as principais emissoras da rede as televisões Tupi de São Paulo e do Rio de Janeiro, que em 1977 enfrentam a primeira greve de funcionários. Eles estavam, então, com três meses de salários atrasados. Foi feito um acordo entre a direção e os funcionários que voltaram ao trabalho.

O INCÊNDIO – UM ACERVO PERDIDO ENTRE AS CHAMAS

Em setembro de 1978 uma tragédia atingiu a TV Rádio Clube de Pernambuco, um incêndio no Palácio do Rádio, no andar onde funcionava a televisão, destruiu parte da emissora, sobretudo seu arquivo. Foram quase 20 anos de história em imagens destruídos entre as chamas. Registros importantes do dia a dia da cidade, dos acontecimentos políticos, das produções artísticas. Os funcionários tentaram salvar alguns equipamentos e objetos, mas o acervo da emissora foi totalmente perdido.

Nesse momento de angústia, mais uma vez a solidariedade se fez presente entre as emissoras pernambucanas, naquele mesmo dia a equipe da TV Tupi conseguiu registrar o incêndio, e com o apoio dos colegas da Tv Jornal, da TV Universitária e da TV Globo Recife, conseguiram montar a reportagem e enviar para a TV Tupi de São Paulo, que exibiu nacionalmente. No dia seguinte ao incêndio, utilizando um carro de transmissão da equipe externa, a emissora voltou ao ar, mas de forma precária.

No ano seguinte a emissora conseguiu se erguer do susto e passou a ocupar um novo prédio, sua infra-estrutura física foi modernizada, novos equipamentos para estúdio e para as produções externas foram comprados. Em 1979 a TV Tupi passa a trabalhar apenas com as modernas câmeras de vídeo, que davam mais mobilidade e agilidade as suas equipes, principalmente, as do jornalismo e as que produziam comerciais. Só no jornalismo eram quatro equipes externas, que além das câmeras e gravadores JVC, contavam com carros considerados na época de bom desempenho, 04 opalas de 6 cilindros. A TV Tupi Recife torna-se, assim, no final dos anos 70, início dos anos 80, a emissora de televisão que mais bem equipada em Pernambuco, tanto que no mesmo ano lidera o pool de imagens na transmissão da passagem do Papa João II pelo Recife, quando da sua primeira visita ao Brasil, em 1980. Além do Jornal Tupi, exibido às 23 horas, a Tv Rádio Clube de Pernambuco produzia o Jornal do Meio Dia, uma espécie de revista eletrônica que tinha blocos com prestação de serviços, esportes e cultura, e reunia, além dos jornalistas da emissora, os cronistas esportivos, cronistas sociais, convidados, que podiam ser artistas ou políticos, e abria o debate de temas polêmicos para a participação, também, dos espectadores. Esse jornal diário tinha grande audiência.

Mas, se em Pernambuco a televisão conseguia entrar novamente no eixo, a situação nas outras emissoras da Rede tinha se agravado, de modo especial em São Paulo e no Rio. Entre 1979 e 1980 os funcionários, com salários atrasados, voltaram a fazer greve. As dívidas da emissora com a Previdência Social também atingia níveis gigantescos. O clima era cada vez pior, mais tenso e a situação mais difícil de ser contornada. O Governo Federal passou a discutir a questão, o presidente na época, o general João Figueiredo, chegou a receber uma comissão de artistas, funcionários da Rede Tupi, mas pouco se avançou nesse encontro.

O APAGAR DAS LUZES DE UMA EMISSORA QUE BRILHAVA

A crise não foi contornada e a decisão do governo foi cassar a concessão dos canais de televisão da Rede Tupi. Apesar de todas as investidas e de todos os argumentos lançados pela direção e funcionários da TV Tupi Recife, provando que a emissora não estava em dívida nem com os funcionários, nem com os fornecedores e que tinha condições de se manter, independente das chamadas cabeças da Rede, apesar de alegar que o clima entre funcionários e direção era de tranqüilidade e de muito trabalho, a decisão da cassação do canal 6 da Tv Rádio Clube de Pernambuco foi mantida.

A exemplo do que aconteceu com outras emissoras da Rede Tupi no País, no dia 18 de julho de 1980, engenheiros do Dentel, acompanhados pela Polícia Federal, chegaram à sede da televisão. Em Recife, os funcionários e a direção se reuniram no estúdio, próximo a sala dos transmissores. A última transmissão foi o discurso do seu então diretor, Ricardo Pinto, a comoção estava presente entre todos que ali se encontravam e, muito provavelmente, entre a população, que há 20 anos acompanhava a programação da TV Rádio Clube no Estado, a TV Tupi-Recife e que, perto do meio dia, assistiu a luz de uma grande emissora se apagar.

O fato da televisão financeiramente não estar comprometida, possibilitou a direção conseguir com um banqueiro pernambucano, então dono do Banorte, um empréstimo, 30 dias após o fechamento da emissora, para pagar todos os funcionários. Na época algo em torno de 32 milhões de cruzeiros[4]. A TV Tupi do Recife indenizou de forma integral todos os seus funcionários, que receberam de uma única vez, num único cheque, tudo o que tinham direito. Recife foi a única praça que honrou os compromissos com seus funcionários de imediato. Muito deles tinham mais de 18, 19, e até 20 anos de emissora.

Mas como pagar o empréstimo? Os modernos equipamentos que a emissora havia adquirido um ano antes, logo depois do incêndio, foi a solução. Todos sabiam que as outras emissoras da Rede estavam com os equipamentos sucateados, o que sobrou estava ultrapasssado, sem falar nas dívidas trabalhistas e nas dívidas, inclusive, com o próprio governo. Assim, a notícia de que a TV Tupi do Recife possuía equipamentos novos e estava livre de dívidas trabalhistas logo atraiu compradores. O acervo técnico da emissora, de acordo com o ex-diretor Ricardo Pinto, foi comprado pela Gazeta Mercantil de São Paulo. Com o dinheiro da venda do parque técnico, a Televisão Rádio Clube de Pernambuco conseguiu saldar seu compromisso com o grupo Banorte, pagando o empréstimo que havia efetuado para indenizar seus funcionários.

Mas, apesar de ter sido a única emissora da Rede a honrar todos os seus compromissos, a direção e os funcionários ainda não estavam tranqüilos. Segundo Ricardo Pinto, acatando sugestão do grupo pernambucano, que além da TV, também era responsável pela Rádio Clube de Pernambuco e pelo Diário de Pernambuco, ambos ainda em funcionamento, e pela Rádio Tamandaré, que não pertence mais ao grupo, os Diários Associados entraram com uma ação na Justiça, contra a decisão do governo.

Após 18 anos da retirada das concessões dos canais, os Diários Associados foram indenizados pelas perdas e danos causados com a cassação. Parte dessa verba, no caso de Pernambuco, foi utilizada para a modernização da Rádio e do Jornal Diário de Pernambuco, o jornal mais antigo em circulação na América Latina, com 180 anos de existência e, desde o ano de 2000, os Diários Associados passaram a contar com uma nova televisão em Pernambuco, a TV Guararapes, também canal 6.

BIBLIOGRAFIA

LINS, Aline. M Grego. A trajetória telejornalística em Pernambuco. In: Anais da I Mostra de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Unicap. Recife: Fundação Antônio dos Santos Abranches-FASA, 2002. p. 118-122.

________.(Org.) A trajetória telejornalística em Pernambuco. Vídeo-documentário. Recife: Laboratório de TV do DCS da UNICAP, 2002. Duração: 12 minutos.

MATTOS, Sérgio. A televisão no Brasil: 50 anos de história. Salvador: PAS-Edições

Ianamá, 2000.

REZENDE, Guilherme. Telejornalismo no Brasil: um perfil editorial. São Paulo: Summus, 2000.

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[1] Os relatos foram registrados durante as entrevistas realizadas pela professora Aline Grego, coordenadora da pesquisa A Trajetória do Telejornalismo em Pernambuco, e contou, também, com a participação dos jornalistas Aline Grupillo, Ana Carolina Barreto e Pedro Severien, todos, na época, bolsistas do Pibic-Unicap. Os depoimentos foram gravados em audiovisual nos anos de 2001 e 2002.

[2] A jornalista Edna Maciel foi uma das entrevistadas, em 2002, durante a realização da pesquisa A Trajetória do Telejornalismo Pernambucano, que resultou num vídeo de 10 minutos e que se encontra no acerco audiovisual da UNICAP.

[3] Entrevistado durante a pesquisa, em 2002, por Aline Grego e Ana Carolina Barreto.

[4] Dados fornecidos por Ricardo Pinto em entrevista gravada para a pesquisa Trajetória do Telejornalismo Pernambucano, em 2002.

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