SPC Brasil



AN?LISE PESQUISA: O ENDIVIDAMENTO CONSUMIDOR PELO EMPR?STIMO DE NOME15% dos consumidores que já foram ou est?o negativados ficaram com o nome sujo por terem emprestado o nome a terceirosO estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz sobre ‘Endividamento e Empréstimo de nome’ procura tra?ar o perfil dos consumidores que ficaram inadimplentes por terem emprestado o nome a terceiros, seja para a contrata??o de empréstimos ou a aquisi??o de produtos e servi?os. Além de investigar o perfil e o comportamento dessas pessoas, o estudo caracteriza as dívidas resultantes do empréstimo do nome, delimita os padr?es de cobran?a das empresas credoras e analisa possíveis renegocia??es.Entre as pessoas que foram negativadas em 2014, 15% afirmam que o motivo foi o uso consentido de seu nome por terceiros. Os percentuais s?o maiores entre os inadimplentes de 18 a 34 anos (19%), do sexo feminino (19%) e da Classe C/D/E (17%). Menos da metade destes (39%) tinha conhecimento do valor que seria utilizado na compra/empréstimo, o que sugere certa negligência por parte dos consumidores em rela??o às próprias finan?as. Em número absoluto, o SPC Brasil estima que aproximadamente 15 milh?es de consumidores experimentaram (ou ainda experimentam) a negativa??o depois de emprestarem o nome a terceiros. Dentre os meios de pagamento utilizados para o empréstimo do nome, e que levaram à inadimplência, o cart?o de crédito ocupa a primeira posi??o, com 74% de cita??es (83% entre os atuais inadimplentes). Logo depois aparecem o cart?o de loja (64%), o cheque devolvido (38%, com 62% entre os ex-inadimplentes), os empréstimos (30%, com 47% entre os atuais inadimplentes) e os financiamentos (24%). Entre os inadimplentes que emprestaram o nome a terceiros, 53% est?o nesta situa??o há mais de três anos.As consequências de emprestar o nome a terceiros tornam-se mais claras quando se observa o tempo decorrido, desde que a inadimplência teve início: mais da metade dos atuais inadimplentes (53%) está nesta situa??o há mais de três anos (72% entre as mulheres). Considerando apenas os ex-inadimplentes, quatro em cada dez pessoas (42%) ficaram o nome sujo por um período entre seis meses e um ano. A pesquisa mostra que, em média, quase cinco parcelas (4,6) deixaram de ser pagas (4,6, subindo para 5,6 entre os homens). O número de empresas que inseriram o nome do entrevistado em cadastros de prote??o o crédito é de 2,9, em média (3,4 entre os atuais inadimplentes). Já o valor médio das compras feitas por terceiros chega a quase R$ 4.000, aumentando para R$ 4.578 entre os atuais inadimplentes. Praticamente quatro em cada dez entrevistados (38%) dizem n?o ter tomado nenhuma atitude quando descobriram que estavam o nome sujo (56% entre os atuais inadimplentes). Por outro lado, 23% afirmam ter procurado uma entidade de prote??o ao crédito para limpar o nome, enquanto 19% garantem ter ido a eventos ou mutir?es (32% entre os ex-inadimplentes) com o mesmo objetivo. Há ainda aqueles que recorreram ao PROCON (9%, com percentual de 21% entre os ex-inadimplentes) e os que procuraram o credor (9%). 89% dos ex-inadimplentes afirmam que resolveram assumir as dívidas de terceiros tomadas em seu nome Considerando o tempo necessário para quitar as dívidas adquiridas em raz?o de terem emprestado o nome a terceiros, mais da metade da amostra (55%) acredita que deverá levar até um ano. A motiva??o mais comum para o pagamento é acreditar que se trata da atitude correta (87%). Ao lado disso, observa-se que muitos consumidores n?o se sentem confortáveis tendo o nome sujo (81%) e pensam que quanto mais demorarem a pagar, maior será o valor da dívida (65%). Uma das constata??es mais graves da pesquisa diz respeito à responsabilidade assumida: apesar de a dívida ter sido feita por outra pessoa, 89% dos ex-inadimplentes (pessoas que foram negativadas em raz?o do empréstimo do nome) resolveram assumir sozinhos a dívida para limpar o seu nome. Entre aqueles que ainda est?o nessa situa??o, 23% afirmam que ir?o quitar sozinhos a dívida de um terceiro; outros 10% afirmam que ir?o pagar junto com a pessoa que emprestou seu nome.O real impacto do endividamento no dia a dia e nas finan?as do consumidor que empresta o nome a terceiros é confirmado quando se observam as atitudes tomadas para pagar a dívida: a principal delas é o corte de gastos, citado por 67% dos entrevistados. Os consumidores também deixam de pagar algumas contas a fim de limpar o nome (37%), utilizam parte de suas reservas financeiras (27%) e pedem dinheiro emprestado (14%). Em média, quem emprestou o nome pagou R$ 2.168 em dívidas de terceiros.Impedimento para fazer novo cart?o de crédito é consequência mais vivenciada por inadimplentes que emprestaram o nome (72%)Como consequência de ficar com o nome sujo, 72% dizem n?o ter conseguido fazer um novo cart?o de crédito, cart?o de loja, abrir crediário etc, enquanto 64% garantem que só podem comprar à vista (77% entre os homens). Para 49% o problema é n?o conseguir abrir conta em banco, fazer empréstimo, usar cheque especial, ter tal?o de cheque etc. (66% entre os ex-inadimplentes e entre os homens). Finalmente, 13% alegam que o nome foi registrado em cartório. A pesquisa indica ainda que nove em cada dez entrevistados (93%) receberam alguma cobran?a em raz?o das dívidas que os deixaram com o nome sujo (97% entre aqueles com 35 anos ou mais). Em sua maioria, os consumidores mostram disposi??o para negociar: 12% dos entrevistados foram procurados, enquanto 64% tomaram a iniciativa e procuraram as empresas credoras para renegociar (77% entre os atuais inadimplentes). Embora o ato de emprestar o nome a terceiros carregue conota??es positivas e possa ser o reflexo de uma personalidade solidária, o estudo do SPC Brasil e Meu Bolso Feliz sugere que é preciso pensar bastante antes de tomar esta atitude. Os resultados indicam que, frequentemente, quem emprestou o nome acaba se responsabilizando por uma dívida que n?o fez, com graves desdobramentos: inadimplência, restri??o ou impedimento ao consumo e novos débitos adquiridos para pagar pelos que originaram a inadimplência, entre outras. O consumidor, portanto, precisa refletir e entender, de antem?o, se está mesmo preparado apara assumir o compromisso, antevendo as consequências, caso o responsável pela dívida n?o consiga cumprir sua parte. Metodologia Público alvo: residentes nas 27 capitais brasileiras, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e todas as classes sociais, atuais inadimplentes ou ex-inadimplentes há no máximo 5 anos.Método de coleta: pesquisa realizada via web e pós-ponderada.Tamanho amostral da Pesquisa: 715 casos, gerando margem de erro, no geral, de 3,6 p.p para um intervalo de confian?a a 95%.Questionário: Foram aplicadas 31 quest?es. Data de coleta dos dados: primeira semana de fevereiro de 2015. ................
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