Resgate de jogos e brincadeiras: o jogo de futebol de ...
Resgate de jogos e brincadeiras: o jogo de futebol de tampinhas
Vamos conhecer um jogo que em muitos lugares já está desaparecido, mas foi muito praticado por outras gerações, esse jogo pode receber diferentes nomes dependendo da região, mas vamos chamá-lo aqui de “futebol de tampinhas”. A ideia de resgatar o futebol de tampinhas é, em primeiro lugar não deixar que essa brincadeira caia no esquecimento, pois uma das formas de perpetuação das brincadeiras populares sempre foi a transmissão oral, e o outro motivo é porque esse é um jogo bastante divertido e que não exige nenhum tipo de material sofisticado, bastam 3 tampinhas de garrafas pet ou até pedrinhas.
O futebol de tampinhas, com certeza fez parte da infância e da adolescência de muitos de nossos pais e avôs. Em uma época em que não havia computador e muito menos Playstation era preciso ter muito mais criatividade para se divertir. Bolinha de gude, peteca, pião, futebol de botão, carrinho de rolimã, 5 Marias, amarelinha, elástico, pipa, cama-de-gato, etc, assim como o futebol de tampinhas foram brincadeiras que estiveram muito mais presentes no cotidiano de gerações anteriores do que na atual e se nós não abrirmos os olhos este patrimônio da cultura popular brasileira corre o risco de se perder.
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Como todo jogo popular o futebol de tampinhas também pode sofrer variações nas suas regras dependendo da época e principalmente da região em que é praticado, mas para darmos o pontapé inicial, ou melhor, a dedada inicial, vamos registrar algumas regras básicas que poderão ser modificadas por qualquer um, pois no jogo, mais importante do que ter uma regra única para todo lugar, é determinar as regras e não desrespeitá-las.
O primeiro passo para jogarmos o futebol de tampinhas seria definirmos o campo de jogo. Este campo pode ser um retângulo de mais ou menos 1,5 metros de comprimento por 1 metro de largura (pode ser um pouco mais ou menos que não tem problema nenhum). Nas linhas de fundo do campo podemos colocar duas pedrinhas ou qualquer outro tipo de marcação com mais ou menos um palmo de abertura, representando a trave.
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O jogo é feito para dois jogadores, que atacam com as mesmas 3 tampinhas . Para iniciar o jogo, um dos jogadores posiciona as 3 tampinhas próximo ao seu gol formando um triângulo. As tampinhas devem ser deslocadas com toquinhos com a lateral do dedo dobrado, com “petelecos” ou ainda com a lateral da palma da mão, desde que não sejam conduzidas. As tampinhas devem ser tocadas de forma que sempre a que foi empurrada passe pelo meio das outras duas, ou seja, formando uma espécie de trança.
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Para que as nossas regras fiquem mais claras, vamos fixar um número de toques, que será de 4, ou seja, o jogador cruza 1, 2, 3 vezes e no quarto cruzamento deve finalizar ao gol. Se durante o ataque alguma das tampinhas sair do campo pela lateral ou pela linha de fundo ou a tampinha lançada não passar pelo meio das outras duas, o jogador perde o ataque e o adversário inicia o seu ataque colocando as 3 tampinhas em formato de triângulos, na frente de seu gol. Se a tampinha virar de lado e sair rolando, mas não sair do campo, é só esperá-la parar e deitá-la novamente para continuar a jogada.
Cada jogador tem direito a 5 ataques, que são feitos de forma alternada. Se o jogo for de um campeonato onde não puder haver empates e depois de 5 jogadas terminar empatado, cada jogador irá fazer uma jogada até que alguém desempate o jogo.
Estão aí as regras do futebol de tampinhas agora é só praticar, esse jogo com certeza pode virar mania na sua escola, assim como já foi na dos seus pais e avôs.
O futebol de botão
Quem já experimentou, alguma vez, jogar futebol de botão ? Esse jogo, criado na década de 1930 , que foi um dos mais apreciados por crianças e adolescentes do Brasil, durante as décadas de 70 e 80, hoje está correndo sério risco de extinção, pois os jogos simuladores de futebol dos vídeo games, que cada vez reproduzem de forma mais fiel o futebol que os jovens assistem na TV, conquistaram as novas gerações, que não sentem nenhum tipo de atração por botões acrílicos que nada lembram Ronaldinho Gaúcho ou Kaká.
O futebol de botão sobrevive por meio dos praticantes remanescentes dos anos 70 e 80 principalmente, que, às vezes, reúnem-se para praticar o jogo ou, simplesmente, guardam na memória, de forma saudosista, os grandes campeonatos de botão disputados na época de escola. Mas, como vai ficar essa brincadeira da cultura popular quando essas gerações não estiverem mais vivas?
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Por mais que o jogo possa parecer “tolo” para aqueles que são adeptos dos games, o jogo de botão envolve habilidades técnicas, táticas e muita malícia, que lhe proporcionam um alto grau de complexidade. É preciso saber dosar a força, envolvem-se cálculos de precisão com relação aos ângulos de contato da palheta com o botão e do botão com a bolinha, além de muita categoria para conduzir a bolinha, driblar, passar e chutar a gol. Além disso, o futebol de botão possibilita ao praticante explorar o imaginário, trazendo para os campos de madeira, desde os grandes clássicos do futebol mundial até o seu time de amigos da escola.
Para muita gente, o futebol de botão, ou futebol de mesa, é coisa séria, com Federação instituída para cuidar da organização de competições e tudo. Mas, a modalidade deve sobreviver também como jogo da cultura popular, que admite uma maior flexibilidade de regras de acordo com a região em que é jogado.
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As variações nas regras do jogo podem ser vistas desde o tamanho dos botões, até o número de toques permitidos para cada competidor. O mais importante, nesse caso, é convencionar uma regra entre os participantes e segui-la de forma criteriosa; o resto é com vocês! Não deixem morrer essa divertida brincadeira da cultura popular: pratiquem o futebol de botão, organizem seus campeonatos, desafiem seus pais para uma partida. Vocês, com certeza, podem se surpreender com a empolgação do “coroa”.
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Vivendo e aprendendo a jogar
Brincar, jogar ... todo mundo gosta!! São atividades muito importantes para todos, crianças e adultos. Mas, até para brincarmos ou jogarmos, devemos respeitar algumas regras para que tudo corra bem. Já pensou se cada um pudesse fazer aquilo que bem entendesse durante o jogo. Seria uma baderna, não seria?
Além de seguir as regras, é importante que durante a maioria dos jogos saibamos trabalhar em equipe, isto é, trabalhar com cooperação.
Cooperação e competição. Estão aí duas características do jogo que nós nem sempre paramos pra pensar. A maioria dos jogos que conhecemos envolve competição, ou seja, um jogador ou uma equipe contra outra, onde ao final normalmente uma sai vitoriosa e a outra derrotada.
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Mas cadê a cooperação nessa história? Nem todos os jogos envolvem cooperação, mas com certeza, em todos os jogos coletivos as equipes que souberem jogar de forma cooperativa (cada um procurando fazer a sua parte e ajudar os demais) estarão levando uma grande vantagem contra aquelas que jogam “cada um por si”.
Voltando a falar da competição, tão importante, ou mais do que vencer um jogo é saber competir de forma ética. Mas como seria isso?
Para que nós possamos jogar, é necessário que exista um adversário. É preciso entender que o adversário não é um inimigo a ser batido, mas sim um companheiro necessário para a existência do jogo.
Vocês já ouviram falar de “fair play”? Esta palavra, de origem inglesa tem o significado de “jogo limpo”, e neste sentido é importante aprendermos a respeitar nossos adversários nas competições. Em primeiro lugar, como já vimos, porque ele é fundamental para a existência do jogo (na maioria dos jogos que conhecemos ninguém joga sozinho), e também, porque quando jogamos na rua, em casa, no clube ou na escola, aquele que é nosso adversário hoje será nosso companheiro amanhã.
É preciso entender que quando vencemos ou perdemos no jogo devemos ter a dignidade de não menosprezar, ofender, humilhar ou “tirar sarro” de nossos adversários.
Tem gente que pensa que jogo é igual em qualquer lugar, mas não é bem assim... As brincadeiras costumam variar conforme a região, mas mantêm sua essência, sua forma e sua poesia. O aspecto que mais se altera é a letra das canções e o próprio nome dos jogos.
O mesmo jogo que se chama barra-bandeira em Pernambuco tem o nome de rouba-bandeira ou pique-bandeira em São Paulo, salva-bandeira em Florianópolis, bandeirinha em Belém e vitória em Diamantina.
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Os jogos admitem uma flexibilidade de regras, espaços, participantes, tempo, etc., ou seja, as regras podem ser modificadas do jeito que vocês preferirem. O mais importante é que as regras, uma vez definidas coletivamente, sejam respeitadas e levadas a sério, pois deste modo nós estaremos vivendo e aprendendo a jogar...
IMAGENS DE BRINCADEIRAS ANTIGAS
[pic] [pic]amarelinha
Passa anel
[pic] [pic]cinco marias
[pic]peteca
[pic]queimada
[pic]pula cela ou pula carniça
[pic]perna de pau
[pic]bolinha de gude
[pic] elástico
[pic]pular corda
[pic] Pipa
[pic]taco
[pic]carrinho de rolimã
[pic]vai e vem
[pic]cobra cega
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