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21/07/2010 17h56 - Atualizado em 21/07/2010 17h56

Pesquisa aponta logística como o maior gargalo do País

Agencia Estado

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O setor logístico é considerado pelo empresariado brasileiro como o maior gargalo de infraestrutura do Brasil. Essa é a conclusão da pesquisa Ibope realizada a pedido da Câmara Americana de Comércio (Amcham), apresentada hoje, em evento realizado na sede da entidade, em São Paulo. Segundo o levantamento, depois do setor de logística e distribuição, apontado por 54% dos entrevistados, está o de telecomunicações (30%). A área de energia, que ficou marcada pelo racionamento de 2001, foi mencionada por apenas 4% das companhias consultadas.

A pesquisa encomenda pela Amcham ao Ibope contou com 211 entrevistas entre as empresas associadas, no período de 28 de abril a 17 de maio deste ano. O levantamento apontou que os modais rodoviário e aéreo são considerados os principais problemas do setor logístico no País.

Dados apresentados pelo sócio em consultoria de projetos de infraestrutura da PricewaterhouseCoopers, Maurício Giardello, mostram que o Brasil está em um patamar inferior no aspecto logístico se comparado aos países que compõem o bloco chamado Bric (Brasil, Rússia, China e Índia). Como exemplo, o executivo citou que, em 2007, o Brasil tinha apenas 6% das estradas pavimentadas, enquanto esse porcentual era de 67% na Rússia, de 63% na Índia e de 80% na China. "As deficiências dos nossos portos e do nosso sistema rodoviário provocam perdas de US$ 5 bilhões ao agronegócio brasileiro", acrescentou o presidente da Bunge Brasil, Pedro Parente, que defendeu a expansão dos modais ferroviário e hidroviário para o transporte de produtos.

Apesar da forte expansão verificada desde as privatizações na década de 1990, a pesquisa mostrou também que a principal crítica do empresariado brasileiro sobre o serviço de telecomunicações é o seu alto custo. "Isso traz a discussão de qual é o melhor modelo para lidar com essa questão: o atual, um sucesso até então, ou o modelo de estatização em estudo", disse Giardello.

Na questão de energia, boa parte dos entrevistados não trabalha com a expectativa de um novo apagão para os próximos anos, ponto considerado até pouco tempo atrás um gargalo para a expansão da economia brasileira. De acordo com a Amcham, 42% dos entrevistados afirmaram que as ações adotadas pelo governo federal nos últimos tempos permitirão atender 51% ou mais da demanda por energia - apenas 7% avaliaram que o governo não atenderá as necessidades do mercado.

Se a oferta não é um gargalo, por outro lado a pesquisa mostrou uma preocupação em relação ao custo da energia. O levantamento mostra que 59% dos entrevistados consideram que o custo futuro da energia no Brasil será maior que a média mundial. O presidente do Grupo AES no Brasil, Britaldo Soares, comentou que o encarecimento da conta de luz está ligado, sobretudo, à alta carga tributária incidente sobre o setor elétrico e aos encargos setoriais. "A alta carga tributária é aplicada sobre os fatores de competitividade da economia brasileira", criticou Parente, na mesma linha.

Investimentos

Além de identificar as fragilidades da infraestrutura do Brasil, a pesquisa questionou os empresários sobre o panorama institucional. A conclusão foi a de que a falta de clareza nas regras, a instabilidade das agências reguladoras, a insegurança jurídica, a legislação ambiental e os aspectos financeiros são considerados os principais obstáculos para uma participação mais expressiva do setor privado nos investimentos em infraestrutura no País.

A questão ambiental foi um dos pontos mais discutidos durante a apresentação da pesquisa. Como exemplo do impacto desse fator sobre os projetos no Brasil, Giardello citou um estudo do Banco Mundial, o qual aponta que a concessão de licença de instalação (LI) leva, em média, 3,4 anos, prazo considerado excessivo. "O processo de licenciamento ambiental tem sido demorado, cercado por muitas incertezas e aspectos subjetivos", acrescentou Soares, citando que um dos problemas é a indefinição de competências entre os órgãos ambientais municipais, estaduais e federal.

Nos projetos públicos em que a iniciativa privada já está envolvida, os principais problemas citados são a baixa rentabilidade dos empreendimentos, as altas taxas de juros dos financiamentos e a baixa disponibilidade de crédito.

04/07/2010 17h02 - Atualizado em 04/07/2010 17h02

Exportação de carrosesbarra na logística brasileira

Frete do Brasil para o Mercosul é mais caro do que da Coreia para o Chile. Montadoras buscam alternativas, como portos particulares.

Agência Estado

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GM  investiu R$ 30 milhões em central logística no Porto de Suape (Foto: Divulgação)

Diariamente, 12 carretas com dez automóveis cada partem da fábrica da Fiat em Betim (MG) para um percurso de 3,2 mil quilômetros. Atravessam São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, quase sempre enfrentando estradas ruins, até chegar ao destino, a Argentina. São dez dias, entre viagem e trâmites alfandegários. Por navio, levaria de 25 a 30 dias, boa parte por causa da falta de infraestrutura dos portos nacionais.

Desde o início do ano, a Fiat exporta modelos como Palio e Uno para a Argentina, seu maior cliente externo, por rodovias. Também traz o Siena, produzido em Córdoba. Além do ganho em tempo, a operação garante maior integridade à carga. "Na operação marítima precisamos carregar e descarregar os veículos oito vezes", diz Eduardo de Souza Antunes, supervisor de operação e serviços logísticos. "Por carreta, são só dois movimentos, de carga e descarga."

Num momento em que tenta recuperar terreno perdido no ano passado, quando as exportações caíram 35% ante 2008, a indústria automobilística se depara com o antigo problema da falta de infraestrutura e burocracia nos portos brasileiros. Paralelamente, enfrenta dificuldades para receber produtos importados, também num período de crescimento de encomendas.

A Ford eliminou as dificuldades com um porto privado na Bahia, o único da montadora no mundo. Instalado próximo à fábrica de Camaçari - responsável por 70% das exportações da marca -, o porto, inaugurado há cinco anos, já movimentou 500 mil veículos. "Uma das vantagens é não ter de enfrentar o congestionamento dos portos públicos", afirma Edson Molina, diretor de logística da Ford América do Sul.

Alternativa

A General Motors buscou alternativa intermediária. Investiu R$ 30 milhões em uma central de logística no Porto de Suape (PE), onde recebe o modelo Agile produzido na Argentina para ser revendido no Norte e Nordeste. Antes, os carros vinham pelo porto do Rio Grande do Sul e demoravam dez dias para chegar à região, prazo que caiu à metade. Futuramente, deverão desembarcar em Suape os modelos Malibu e Camaro, importados dos EUA e Canadá.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a logística no Brasil representa 16% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países competitivos, não ultrapassa 10%. O preço do frete do Brasil para a América do Sul é mais caro do que da Coreia para o México e o Chile. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

02/06/2010 11h34 - Atualizado em 02/06/2010 11h34

Governo conclui 70% das obras do PAC em logística

Valor OnLine

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BRASÍLIA - O governo federal anunciou hoje que 70% das obras de logística no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram concluídas até abril, com a aplicação de R$ 46,1 bilhões. O anúncio foi feito no 10º balanço do programa.

No setor de rodovias, foram aplicados R$ 32,9 bilhões em 5.331 quilômetros. Algumas ações passaram ao estágio de "atenção", caso da terceira etapa de concessões de rodovias federais. A licitação depende de análises do recurso de embargo pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A previsão de lançamento do edital e realização do leilão está para o segundo semestre deste ano.

Já no setor de ferrovias, foram investidos R$ 1,15 bilhão em 356 quilômetros de linhas férreas. Entre as obras ferroviárias que preocupam o governo está a extensão de 260 quilômetros da Ferronorte, que ligará Rondonópolis a Alto Araguaia, cidades do Mato Grosso.

O governo ainda espera a emissão da licença prévia e de instalação pelo Ibama para início das obras em outubro.

No setor aéreo, foram destinados R$ 272 milhões em nove empreendimentos de oito aeroportos do país. O que chama a atenção no balanço é que pelo menos três aeroportos estão em estado "preocupante", incluindo o Aeroporto de Brasília, que ainda depende do projeto básico e executivo para iniciar as obras a partir de outubro.

Os demais empreendimentos de logística concluídos são nas áreas de portos, hidrovias e marinha mercante.

(Rafael Bitencourt | Valor)

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