CONTRAPONTO - exaluibc



CONTRAPONTO

JORNAL ELETRÔNICO DA ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO

BENJAMIN CONSTANT

ANO 7

FEVEREIRO DE 2011

57ª Edição

Legenda:

"Enquanto houver uma pessoa discriminada, todos nós seremos discriminados , porque

é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito"...

Patrocinadores:

(ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO IBC)

Editoração eletrônica: Márcia Barreto

Distribuição: gratuita

CONTATOS:

Telefone: (0XX21) 2551-2833

Correspondência: Rua Marquês de Abrantes 168 Apto. 203 - Bloco A

CEP: 22230-061 Rio de Janeiro - RJ

e-mail: contraponto@.br

Site:.br

EDITOR RESPONSÁVEL: VALDENITO DE SOUZA

e-mail: contraponto@.br

EDITA E SOLICITA DIFUSÃO NA INTERNET.

SUMÁRIO:

1. EDITORIAL:

*Crédito em prol da inclusão social e da cidadania

2. A DIRETORIA EM AÇÃO:

*Relatório de Atividades de janeiro/fevereiro  de 2012

3. O IBC EM FOCO # VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES:

*O IBC VERSUS OS DESAFIOS DE 2012

4. DV EM DESTAQUE# JOSÉ WALTER FIGUEREDO:

*BB Crédito Acessibilidade

*Novo portal do governo - Deficientes ganham portal

*Aplicativo VozMóvel disponível no mercado em 2013

*Type in Braille - um teclado Braille com apenas duas teclas

5. DE OLHO NA LEI #MÁRCIO LACERDA:

*Editora Deve Fornecer Livro na Forma Digital para Deficiente Visual

6. TRIBUNA EDUCACIONAL # SALETE SEMITELA:

*A família não educa mais

7. ANTENA POLÍTICA # HERCEN HILDEBRANDT:

*O Dia Mundial do BRAILLE

8. PAINEL ACESSIBILIDADE # DEBORAH PRATES:

*?hSenhora Sociedade"!

9. DV-INFO # CLEVERSON CASARIN ULIANA:

*Todo.txt: gerenciando tarefas com uma ferramenta mais simples

*Todo.txt no Android

*Todo.txt no iPhone e iPad

10. O DV E A MÍDIA # VALDENITO DE SOUZA:

*Ecrã táctil compatível com a linguagem Braille.

*Essa gente pequena

*Livros na nuvem

11. PERSONA # IVONETE SANTOS:

*Entrevista: Flávio Peralta

12. SAÚDE OCULAR #:

*Na hora de corrigir a vista cansada, considere sua profissão

*Volta às aulas

13. REENCONTRO # :

*Rubem Monteiro Bastos.

14. TIRANDO DE LETRA #:

*Dois Tempos, dois diretores, duas histórias

15. ETIQUETA # RITA OLIVEIRA:

*Mochila: pode carregar tudo?

16. BENGALA DE FOGO #:

*Evento em Sampa

17. GALERIA CONTRAPONTO #:

*Benedicta de Mello

18. PANORAMA PARAOLÍMPICO # DIEGO CORREA :

*Historia das Paraolimpidas

*Paraolimpiadas: a superação do limite

*Brasil é Potência nas Paraolimpiadas

*Igualdade entre atletas olímpicos e paraolímpicos

*Brasil já tem 117 vagas asseguradas para as paraolimpíadas de Londres

*Londres 2012 no Terra

19.CLASSIFICADOS CONTRAPONTO #:

1. Material Especializado

2. Banco de Remédios - Sobras

3.Central de Atendimento do RJ

20. FALE COM O CONTRAPONTO#: CARTAS DOS LEITORES

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ATENÇÃO:

"As opiniões expressas nesta publicação são de inteira responsabilidade de seus

colunistas".

#1. EDITORIAL

NOSSA OPINIÃO:

*Crédito em prol da inclusão social e da cidadania

O governo federal, por meio de instituição bancária

oficial(banco do Brasil), vai disponibilizar um fundo para financiar a aquisição de equipamentos para pessoas com deficiência (Trata-se do Programa Viver sem Limites).

Esta medida, festejada na comunidade, servirá para que esses brasileiros tenham condições para enfrentar as suas dificuldades cotidianas, principalmente, em relação à acessibilidade.

Estes recursos serão ofertados em condições facilitadas, em valores de até R$ 30 mil, com juros de 0,64% ao mês e pagamento em

60 meses, com carência de 59 dias para a primeira prestação.

As operações foram autorizadas pelo Conselho Monetário Nacional em janeiro, estendendo o microcrédito também para os brasileiros com algum tipo de deficiência, montante que, segundo estimativas, gira hoje em torno de 24 milhões de pessoas.

Com a contratação dos empréstimos, os tomadores com renda de até dez salários mínimos poderão proceder à aquisição de cadeiras de roda, computadores ou tablets, programas de informática direcionados para esse segmento, impressoras e quaisquer outros itens que ajudem os deficientes em suas tarefas cotidianas ou facilitem sua interatividade em seus locais de convivência.

Para o secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência Física, Antônio José Ferreira, a linha de crédito faz parte de uma ação mais ampla que tem como meta garantir mais direitos efetivos aos deficientes, com acesso à educação, saúde, inclusão social, acessibilidade, etc.

Os coordenadores dos projetos em prol dos deficientes esperam que as medidas anunciadas, com mais crédito ofertado, atraiam mais empreendedores para esse mercado, aprimorando práticas e ampliando a qualidade e a quantidade de bens e serviços. Nesse ciclo todos ganham: quem empresta, quem compra e quem vende. A cidadania também sai fortalecida.

#2. A DIRETORIA EM AÇÃO

ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT

Diretoria Executiva

Relatório de atividades da Diretoria da Associação de Ex-alunos do IBC

janeiro/fevereiro de 2012

 

A Associação realizou duas entrevistas, uma com o jornalista Maurício Meneses e outra com o comunicador da Rádio Tupi Clóvis Monteiro.

 

No dia 3 de fevereiro promoveu a apresentação do Plantão de Notícias com o jornalista Maurício Meneses no Teatro do IBC.

 

Não conseguimos realizar o convênio com o IBC com a finalidade de usar o seu ginásio esportivo.

 

Marisa Assis, responsável pela editoração do jornal Contraponto, trabalho que fez sempre com  maestria, se despede do jornal.

A equipe do Contraponto, direção e colunistas, bem como os leitores, agradecem a brilhante companheira pelo expressivo trabalho prestado nestes anos.

 

O colunista Sandro Soares, que assinou a coluna "Panorama Para-olimpico" desde o começo do jornal,  também se despede, ao companheiro nossos agradecimentos, por sua contribuição, nestes anos. O companheiro Diego Correa, assumirá a coluna.

 

Mais dois projetos vem se juntar aos eventos da escola virtual José Álvares de Azevedo: projeto Educação em Pauta, um encontro mensal de educadores do segmento dos deficientes visuais, onde são debatidos temas  relativo ao processo educativo; projeto este, dirigido pelo professor Victor Alberto.

 

O outro projeto:  "Inglês para todos", dirigido pela companheira Denize Alves onde serão ministrado curso de inglês, bem como, conversação no idioma. Neste  mês de  fevereiro, teve início um curso básico de inglês(está sendo ministrado em trinta aulas), sendo aplicado pela Denize  Alves. A turma terá trinta alunos.

 

Em janeiro a rádio Contraponto, rádio oficial da associação, criada em 2009, que saiu do ar em final de 2010, voltou a funcionar, agora com outra proposta, inclusive, de transmissão de eventos ao vivo (via recurso streaming).  Na direção geral da rádio, José Carlos dos Santos (reabilitando do IBC), diretor técnico: Paulo Bather, ex-aluno do IBC.

 

A RC (rádio Contraponto), pode ser acessada via portal da associação em: .br/rc.htm

 

A Associação realizou uma parceria com o Conselho Brasileiro para o Bem Estar da Pessoa Cega, a fim de oferecer um curso preparatório para o concurso do Tribunal de Justiça d o Rio de Janeiro (TJ).

 

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Nossa entidade estará presente na posse da nova diretoria da Associação de Docentes do Colégio Pedro II (CPII).****

 

** **

 

Será realizada, no próximo mês, a Assembleia Geral prevista pelo estatuto da Associação.

 

Neste período, no  Projeto MULHERES EM AÇÃO (promovido pela escola virtual), foi realizado o evento:  OS DEFICIENTES VISUAIS E O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL AFETIVO E AMOROSO;

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PALESTRANTE CONVIDADA: MARILZA MATOS(do estado da Bahia) - ANALISTA DE SISTEMAS

 

Esta sendo concluída a revisão do livro de contos: "Histórias do casarão rosa da Praia Vermelha", para lançamento em breve.

Gilson Gonçalves Josefino - Presidente

#3. O IBC EM FOCO

Colunista: VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES ( vt.asm@.br)

O IBC VERSUS OS DESAFIOS DE 2012

Um novo ano se inicia e o IBC se prepara para receber os seus alunos a partir do dia 5 de março, após a conclusão de alguns reparos na parte interna do prédio, em particular, no espaço da escola, que abriga a Pré-Escola e o Ensino Fundamental. A informação é a de que foram matriculados novos 45 alunos, com um perfil profundamente heterogênio, desde aqueles que apresentam acentuados problemas sócio-cognitivos, àqueles de comportamento padrão. A partir do dia 27 de fevereiro, o corpo funcional: docentes, técnicos e administrativos, estará iniciando suas atividades, em função das demandas existentes nos diferentes setores da instituição: Parque Gráfico - imprensa Braille, área social e paramédica, área pedagógica e áreas de apoio.

Um grupo de professores, sob o regime de contrato temporário de um ano, prorrogado por mais um, assumirá suas funções, nos diferentes segmentos da casa. O novo ano letivo tem seu início, envolto em uma expectativa de retomada do IBC, como projeto de escola, subordinado a um novo Ministro, que até o presente se manteve silencioso quanto aos destinos das escolas especiais, que certamente terão sua situação definida mais claramente com a aprovação do P N E, e sua Meta 4, pelo Congresso Nacional, cuja redação ainda está em aberto, em face das pressões dos interessados, de lado a lado.

Este é o quadro mais atual e visível que se põe. De resto, a ordem é nos mantermos mobilizados, no sentido de acompanharmos a evolução dos acontecimentos, de modo que possamos agir, se possível, de forma pró-ativa, diante dos fatos que poderão ocorrer de maneira vertiginosa! Este ano, por conta das eleições municipais, qualquer alteração desse quadro, se dará de forma mais lenta.

Quem quiser acessar a página do IBC, aqui vai: .br. Lá, o leitor poderá obter as informações disponibilizadas pelos diferentes departamentos, mostrando suas atividades, seus cursos, seus eventos a serem realizados durante o ano corrente. Estamos no aguardo de concurso para oquadro funcional permanente para as IFES: IBC, INES, e colégio Pedro II.

Como eu digo sempre: A esperança é a penúltima que morre, já que nós morremos depois dela!

Gostaria de ratificar minha solicitação no sentido da colaboração de todos com esta coluna, com sugestões, contribuições concretas, observações, críticas, e com o que for de mais útil, mantendo esta seção, sempre com conteúdo rico e qualificado.

Mais uma vez, agradeço e me coloco à disposição dos leitores para qualquer esclarecimento, no e-mail do jornal Contraponto, e no meu e-mail: vtr.alberto@

VITOR ALBERTO DA SILVA MARQUES

#4. DV EM DESTAQUE

Colunista: JOSÉ WALTER FIGUEREDO (jowfig@)

BB Crédito Acessibilidade

Em novembro/2011, a Presidenta Dilma Rousseff lançou o Viver sem Limite – Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Por meio de ações estratégicas

em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade em prol da promoção à cidadania e ao fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade,

da sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população.

O BB integra as ações de fortalecimento da acessibilidade e elaborou uma linha de crédito para aquisição de produtos de Tecnologia Assistiva, com foco no público com renda até 10 salários mínimos.

A linha BB Crédito Acessibilidade disponibilizada pelo Banco do Brasil, permite que os clientes tenham acesso ao crédito para comprar os equipamentos necessários para o bem estar no dia a dia. Esta modalidade destina-se ao próprio deficiente ou a um terceiro que queira adquirir tais equipamentos para destinar a outra pessoa.

Características

Linha de crédito destinada ao financiamento de bens e serviços voltados para Pessoas com Deficiência.

Quem pode contratar

Clientes pessoas físicas, correntistas do Banco do Brasil, com limite de crédito disponível e renda mensal bruta de até 10 salários mínimos.

Valor financiamento mínimo de R$ 70,00 e máximo de R$ 30.000,00

- Taxa de juros: 0,64% ao mês;

- Prazo: 04 a 60 meses;

- Carência: até 59 dias para o vencimento da primeira parcela.

Veja como contratar:

Se você for correntista do Banco do Brasil

Procure uma agência e informe-se a respeito da sua situação cadastral e qual o limite disponível para financiamento. Para isso, leve seus documentos de

Identidade, CPF, comprovante de renda e endereço.

De posse dessas informações, solicite uma simulação do financiamento: nº de prestações, valor das prestações etc.

Se você não for correntista do Banco do Brasil

Procure uma agência e informe-se sobre as condições da linha de crédito e saiba como abrir a sua conta corrente. Se for o caso, leve seus documentos de

Identidade, CPF, comprovante de renda e endereço.

A abertura da corrente bem como a disponibilização do limite está sujeita a pesquisa cadastral.

Como adquirir o bem

De posse da informação de quanto há de limite de crédito disponível, prestação e prazo, compareça até o estabelecimento comercial, adquira o(s) bem(ns)

e/ou serviço(s) constante(s) na lista de produtos ao lado (somente os bens informados na lista poderão ser financiados).

Como contratar a sua operação

Após a aquisição do bem (vide lista de produtos), leve a nota fiscal ou o cupom fiscal até uma agência do BB para a efetivação do financiamento. O crédito

será liberado diretamente na sua conta corrente, devendo ficar uma cópia da nota na agência.

Somente serão aceitos documentos fiscais emitidos com prazo máximo de 30 dias.

Garantia

Esta modalidade não exige garantia de bens ou de terceiros.

 Fonte: .br/creditoacessibilidade

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Novo portal do governo

Deficientes ganham portal

A Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência(SNPD), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República(SDH/PR), lançou o Portal da Pessoa com Deficiência. O objetivo da iniciativa é melhorar a vida dessas pessoas e facilitar o acesso às informações sobre as políticas públicas para o segmento. A página eletrônica também será uma referência para os órgãos governamentais por dispor de conteúdos acessíveis, tais como descrição de imagens, PDF texto e marcações semânticas, indicando a linguagem do documento, cabeçalhos, listas, tabelas, etc. Com isso, pessoas com deficiência visual ou baixa visão terão acesso às informações por meio de programas leitores de tela, os quais permitem ouvir o que está sendo mostrado.

.br

Fonte: WWW.

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Aplicativo VozMóvel disponível no mercado em 2013

Uma tecnologia desenvolvida pelo CPqD ( Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás) vai facilitar a vida de deficientes visuais no uso de celulares.

Um aplicativo, batizado VozMóvel, deve estar disponível no mercado em 2013. O aplicativo piloto já está pronto e será aprimorado com a ajuda do Centro de Prevenção à Cegueira de Americana.

A ideia consiste em disponibilizar na tela inicial do celular as seis funções mais usadas: realização de chamadas, histórico de ligações, contatos, mensagens de texto, nível de sinal e de bateria e relógio, que, ao serem acionadas, emitem sons relativos às funções.

Por enquanto, o sistema foi criado tendo como base o sistema operacional Android e telefones que apresentam tela touchscreen (sensíveis ao toque). “Desenvolvemos primeiro a aplicação para esse tipo de celular e sistema operacional porque detectamos que é o perfil da maioria usada hoje”, disse o coordenador de projetos do CPqD Claudinei Martins.

O projeto piloto será testado a partir de fevereiro e espera posições do público que vai testar o aparelho para saber das necessidades de alteração. “Acreditamos que em 2013 esse sistema já poderá ser disponibilizado para outras pessoas”, afirma.

A meta, depois de pronto o aplicativo, é tentar planos com operadoras e empresas de telefonia, para disponibilizar a aplicação. Segundo Martins, ainda não se sabe se, quando pronto, se tratará apenas de um aplicativo a ser baixado ou algo que já venha com o sistema integrado do telefone. Ele também pode ser útil para idosos e pessoas que têm dificuldades com novas tecnologias. É esperar pra ver.

Fonte:

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Type in Braille - um teclado Braille com apenas duas teclas

Escrever em braille num iPhone com apenas 2 teclas

Figura 1: Este é o teclado mais espectacular que já vi. Duas teclas que fazem o mesmo que as 101 teclas de um teclado de computador. Se não o tivesse testado, iria dizer que era mentira.

O Type in Braille é o teclado braille mais fantástico que eu já vi até hoje. Há quem fique admirado com o reduzido número de teclas que uma máquina braille tem - geralmente 6, mais o espaço, mais uma para mudar de linha e ainda mais uma para andar um carácter para trás (ver máquina Perkins, na figura abaixo).

O teclado "Type in Braille" tem ... duas teclas. Duas teclas! Uauuu!!

Figura 2: O teclado da máquina Perkins, a máquina mais usada em todo o mundo para escrever braille.

O facto do "Type in Braille" ter apenas duas teclas e ser manuseável apenas com uma mão, impressiona, mas o que é, para mim, fabuloso é mesmo o método usado para se obter todos os caracteres possíveis e, apesar de se tratar de um teclado touch screen, eu diria que só uma pessoa cega poderá tirar partido dele.

Ainda mais importante do que introduzir informação num iPhone com um teclado touch screen braille é pensar que podemos usar este mesmo método noutros dispositivos, tais como: ATMs, máquinas de pagamento, máquinas de venda de bilhetes, etc, etc.

Como escrever no teclado Type in Braille

aviso: o parágrafo que se segue só é compreensível para quem sabe braille :-)

Uma célula braille é composta por 3 linhas de 2 colunas de pontos cada. O teclado Type in Braille introduz uma linha de cada vez e cada uma das 2 teclas corresponde respectivamente aos pontos da coluna da esquerda e da direita. Assim, para formarmos um carácter braille são precisas 3 toques. Há 3 tipos de toques básicos possíveis: tocar apenas na tecla da esquerda, tocar apenas na tecla da direita, tocar nas duas em simultâneo. Confuso? Na prática acaba por ser simples, intuitivo e eficaz. Vejamos a letra "o" que é formada pelos pontos 135. No Type in Braille fica "tecla esquerda, tecla direita, tecla esquerda". Imagine agora a letra "r" que é formada pelos pontos 1235. No Type in Braille seria introduzido da seguinte forma: tecla esquerda, tecla esquerda e direita em simultâneo, tecla esquerda. E assim sucessivamente para os 63 combinações que o braille permite. Já agora o espaço em branco é introduzido "pincelando" o dedo da esquerda para a direita. E sinais compostos também são possíveis de introduzir. Por exemplo "A" ("a" maiúsculo) que em braille corresponde aos pontos 461 será introduzido no Type in Braille com a sequência: tecla direita, toque com 3 dedos, tecla direita, tecla esquerda, "pincelar" para a direita. Ui.. Ui!! :-) Parece estranho mas garanto que é intuitivo! Introduzi aqui dois gestos novos: o toque com 3 dedos em simultâneo faz com que nenhum dos pontos dessa linha fique activo; o pincelar para a direita logo após a introdução do ponto 1 significa que esse carácter não tem mais pontos na célula como é o caso da letra "a".

Quem sabe um dia, não haverá um fabricante que use este teclado num dispositivo que imprima logo em papel braille. Garanto-vos que é um método de escrita bem mais revolucionário e "simples" que a escrita em pauta braille.

Para terminar, mais um conselho relativo aos dedos a usar para escrever em iPhone e iPad com este teclado. No caso do iPhone, as pessoas cegas devem usar os dedos "anelar" e "indicador" da mão esquerda (isto se pegarem no iPhone com a mão direita). No caso do iPad aconselho a usarem o dedo "mínimo" e o "indicador" da mão esquerda.

A aplicação encontra-se na AppStore disponível em Type in Braille. O preço é de 3,99 euros. A ajuda em inglês do Type in Braille pode ser consultada online.

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Colocado por Jorge Fernandes

Fonte: WWW.

JOSÉ WALTER FIGUEREDO

#5. DE OLHO NA LEI

Colunista: MÁRCIO LACERDA ( marcio.o.lacerda@)

Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 2012

 

Editora Deve Fornecer Livro na Forma Digital para Deficiente Visual.

Nesta edição, a De Olho na Lei traz a notícia de uma decisão judicial referente ao livro acessível, tema recorrente neste espaço, diga-se de passagem.

 

É bem de ver que a editora demandada já comercializa grande parte de suas obras em formato digital que, infelizmente, são inacessíveis em razão de uma proteção por D R M, que impede que nossos programas leitores de tela, tanto através do computador, quanto por celular ou iphone, tenham acesso aos respectivos conteúdos.

Esse julgado revela, mais uma vez, a forma descompromissada e destorcida que as editoras nos encaram, não como consumidores em potencial, mas como destinatários de ações assistencialistas. Lamentável.

De qualquer forma, a ação proposta na Justiça do Distrito federal, com jurisdição sobre o território da Capital da República Federativa do Brasil, é medida válida, idônea a demonstrar o nosso inconformismo com relação a esse descaso de que não raras vezes somos alvo.

 Confiram, agora, na íntegra, notícia e sentença do processo em que a Editora Saraiva figurou como parte ré.

  A Editora Saraiva foi condenada a fornecer na forma digital livro adquirido por um deficiente visual que não conseguiu ter acesso ao seu conteúdo. A obra era incompatível para interação com leitores de tela (softwares de síntese de voz que permitem o uso de computadores por pessoas com deficiência visual).

 Segundo os autos, procurada pelo cliente, a editora informou que não poderia resolver seu problema.

O consumidor recorreu então à Justiça. E o 3º JEC de Taguatinga/DF determinou que a editora disponibilizasse a obra em formato digital, no prazo de 15 dias.

 No entanto, a ré não atendeu a ordem judicial. Sendo assim, foi arbitrada multa de R$ 1 mil que deverá ser paga ao autor da ação por força de mandado de penhora já expedido contra a editora.

•Processo: 2011.07.1.019933-3

Veja abaixo a íntegra da sentença.

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SENTENÇA

Trata-se de ação de obrigação de fazer c/c indenização por danos morais em que a parte autora aduziu que comprou e pagou por um livro digital junto à ré e que não foi possível acessar ao livro digital

Em que pese o requerimento de realização de perícia, a ré não negou especificamente os fatos trazidos pelo autor, tornando-os incontroversos, razão pela qual dispensável a realização da perícia.

Assim, rejeito a preliminar de incompetência do juízo por complexidade na produção das provas.

A ré vendeu o produto ao autor,integrando a cadeia de fornecimento do bem, possuindo legitimidade passiva para figurar no pólo passivo da lide.

Rejeito a preliminar de ilegitimidade passiva da ré.

O cumprimento efetivo dos termos pactuados, nos limites ofertados, após expectativas e compromissos firmados, amparam o presente pedido interposto, visto que a boa-fé contratual, junto com a probidade e a eticidade são princípios fundamentais do novo CCB/2002.

"In casu", merecem ressalva porque aplicáveis à espécie os artigos 421, 422 e 427 do CCB/02:

"Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.

...

Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso."

As partes firmaram um negócio jurídico tendo como um dos atrativos a data de entrega do produto. Ocorre que a ré não demonstrou de forma cabal e cristalina que o contrato foi fielmente cumprido.

Quanto ao dano moral, é certo que o fato gerou angústia e decepção ao autor, que se submeteu a algumas situações indesejadas. Ocorre que o dano moral consiste no prejuízo infligido aos sentimentos, à reputação, à honra ou à integridade moral do indivíduo. Assim sendo, o simples descumprimento contratual não pode ser convertido em indenização por danos morais, sob pena de se promover o enriquecimento sem causa.

O dano moral decorre de uma violação de direitos da personalidade, atingindo, em última análise, o sentimento de dignidade da vítima. Pode ser definido como a privação ou lesão de direito da personalidade, independentemente de repercussão patrimonial direta, desconsiderando-se o mero mal-estar, dissabor ou vicissitude do cotidiano.

Na hipótese, o descumprimento puro e simples do contrato pela ré não representou violação a qualquer direito da personalidade da requerente. Os transtornos por ela narrados não ensejam a reparação a título de indenização por danos morais, mas representam vicissitudes naturais do cotidiano.

Pelo exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido, para determinar à ré que disponibilize ao autor, na forma digital, o conteúdo do livro apontado na inicial, no prazo de quinze dias, sob pena de conversão da obrigação em perdas e danos, extinguindo o feito com base no inciso I do art. 269 do CPC.

Após, decorrido o prazo sem cumprimento da obrigação e, não havendo requerimento de execução, arquivem-se os autos sem prejuízo de desarquivamento a pedido da parte.

Custas e honorários isentos.

P.R.I.

Taguatinga - DF, quinta-feira, 1/9/2011 às 14h52.

Álvaro Luiz Chan Jorge

Juiz de Direito

 

Disponível em: ; acessado em: 8 de fevereiro de 2012.

 

 MÁRCIO DE OLIVEIRA LACERDA

#6. TRIBUNA EDUCACIONAL

Colunista: SALETE SEMITELA (saletesemitela@.br)

A família não educa mais

(Ethevaldo Siqueira)

Não é só a educação formal das escolas que naufragou, no Brasil e no mundo, leitor. Mas, principalmente, a educação ministrada no lar, pela família. Por isso, o conselho que mais tenho dado a meus amigos é bem simples: deem mais atenção a seus filhos.

Desculpe-me, leitor, se você pertence à minoria que realmente participa da vida de seus filhos, que dá todo apoio que eles precisam na infância e na adolescência.

Parabéns, se já faz tudo isso. Mesmo assim, convido-o a juntar-se aos que sonham em mudar o mundo pela educação.

Seu filho talvez passe muitas horas, sozinho no quarto, todos os dias, diante do computador, jogando todos os tipos de videogames, surfando na web e visitando sites cujo conteúdo você simplesmente ignora. É possível até que, em sua ingenuidade, ele tenha feito novas amizades - com outros garotos inteligentes ou com adultos pedófilos.

Um amigo, pai desligado da vida de seu filho, me disse outro dia, com orgulho, que dá ao garoto "plena liberdade para escolher tudo que um dia deverá ser ou fazer na vida". Será isso liberdade ou abandono?

Sei que esse amigo é um exemplo de trabalho, de honestidade e de dedicação à família. Disse-lhe que tudo isso é importante, mas insuficiente. Ao final, aconselhei-o a dar mais atenção ao filho. Ele reagiu mal.

Geração Digital

A questão básica é esta: a Geração Digital, também chamada Geração Y, é muito diferente da nossa. A vida urbana e o confinamento em apartamentos

moldaram, nos últimos anos, meninos muito diferentes daqueles que fomos, na metade do século passado. A questão, entretanto, não é ter pena deles. Mas ajudá-los a resgatar as coisas belas da vida.

Comparo a vida deles com a minha, nos anos 1940 ou 1950. A maioria dos adolescentes de hoje nunca viu uma vaca de perto nem tomou leite no curral às cinco horas da manhã. Nunca jogou bola na rua. Nunca subiu numa jabuticabeira carregada de frutos maduros. Nunca pescou lambaris. Nunca nadou em rios de águas limpas. Nunca montou em bezerro ou em burro xucro. Talvez ignore até os nomes de pássaros brasileiros, como sabiá, rolinha, fogo-apagou, anu, sanhaço, tiziu, maritacas, inhambu ou codorna.

Os meninos da Geração Y não têm método para nada. Fazem tudo, atabalhoadamente. Usam todos os dispositivos eletrônicos ao mesmo tempo: a TV, o computador, o tablet, o smartphone, o videogame, o celular. Leem uma montanha de fragmentos, sem reflexão. Maltratam e torturam a língua portuguesa. Escrevem de forma estropiada. É claro que, eventualmente, eles são capazes de se concentrar numa tarefa mais apaixonante, de interesse imediato. Mas são, por definição, dispersivos.

Nascidos quando a internet decolava, por volta de 1990, os garotos da Geração Y têm toda a facilidade para lidar com a parafernália digital e com os dispositivos móveis da tecnologia pessoal. Mas precisam de nosso apoio, de nossos cuidados e de nova educação.

Que fazer

Aproveite as férias para aproximar-se mais de seu filho, para construir uma nova relação com ele, meu amigo. Se notar que o garoto está exposto a riscos e perigos, não se escandalize nem reaja de forma autoritária ou radical. Nada de repressão policialesca, de gritos, de sermões infindáveis nem de ameaças.

Dialogue com serenidade, ensine-lhe tudo que ele precisa saber sobre tecnologias digitais. Se você não sabe, estude, aprenda, junto com ele. Atualize-se nessa área.

Mostre-lhe o que a internet tem de melhor e como encontrar seus tesouros escondidos. Convença-o de que a web também pode transformar nossa vida em verdadeiro inferno, com seu lixo e suas armadilhas. Ensine seu filho a evitar tudo isso. Dê-lhe senso crítico e não o transforme num incauto deslumbrado pela tecnologia.

Ensine-o a pesquisar, a concentrar-se em uma única tarefa, a refletir, a descobrir a beleza da leitura, da poesia, da música, das artes em geral, do esporte, do contato com a natureza. Se não cuidar dele, há muitos delinquentes à espreita, que cuidarão. E aí nada adiantará exclamar, cheio de mágoa: "Onde foi que eu errei?"

Os analógicos

Se você nasceu há mais de 50 anos, lembre-se que seu mundo era totalmente analógico, povoado de telefones fixos, pretos e eletromecânicos. De rádios e TVs a válvulas. De filmes fotográficos de rolo, de discos de vinil e de vitrolões.

Se você tem entre 30 e 50 anos, talvez tenha vivido com grande interesse a transição entre o mundo analógico e o digital, quando surgiam os primeiros PCs, CDs e videocassetes, no começo dos anos 1980 até a metade dos 1990. Conheço bem meus contemporâneos e percebo a dificuldade que a maioria deles tem em lidar com desktops, smartphones, iPods e tablets. Outros, já avós, tentam com humildade aprender com os filhos ou netos.

Felizmente, sou uma exceção. Se não tivesse acompanhado de perto as transformações da tecnologia, eu também tremeria diante de um teclado. Para mim, o mais importante foi adquirir experiência e acompanhar tantas mudanças tecnológicas ao longo da vida.

Cabe-me, agora, estimular pais e educadores a desarmar a bomba-relógio que poderá, sim, explodir em sua casa, mais adiante, se não ensinarmos todos os dias os garotos e adolescentes a administrar os desafios crescentes do mundo em que vivemos.

23 de dezembro de 2011 - "O Estado de São Paulo"

SALETE SEMITELA

#7. ANTENA POLÍTICA

Colunista: HERCEN HILDEBRANDT (hercen@.br)

O Dia Mundial do BRAILLE

 

Contraponto não circula em janeiro. Talvez por isso esta coluna tem deixado no esquecimento uma de nossas efemérides mais significativas: o dia mundial do Braille.

 

Nunca aprovei a fusão da Federação Internacional de Cegos com o Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos. Mas não posso deixar de reconhecer a importância das medidas adotadas pela União Mundial de Cegos quando creio que elas, de fato, favorecem nossos reais interesses.

 

Em momentos como o que atravessa nosso país, em que medidas como a extinção de todas as escolas especializadas para cegos são tomadas de cima para baixo, sem que tenhamos sequer conhecimento do que se discute nos centros de decisão, o estudo de nossa história e a lembrança de

nossas conquistas são de fundamental importância para nossa autoestima e para a compreensão de que, organizados, tornamo-nos capazes de realizar nossos ideais coletivos.

 

No ano de 2001, a UMC instituiu o dia 04 de janeiro, data de nascimento de Louis Braille, dia mundial de nosso sistema de escrita. É a ele que devemos a democratização de nosso acesso aos conceitos de letra, sílaba e palavra através do contato direto com a grafia, fundamental para nossa

entrada nas universidades e importantíssimo para nossa inserção no mundo do trabalho.

 

Uma das mais importantes características do mundo de nossos dias é a chamada "globalização", que consiste na universalização de princípios, valores, comportamentos e políticas públicas ditados por "cientistas" associados aos mais poderosos representantes do sistema financeiro internacional. Para que todos o acatemos passivamente, somos submetidos a um processo - este, infelizmente, sim, científico - de manipulação, que nos induz a crença de que somos "cidadãos plenos", com todo o

direito de manifestar livremente nossa vontade.

 

Nós, cegos,

 - acatamos humildemente nossa inclusão na categoria de "pessoas com deficiência" sem sequer avaliar o que significa para nós a equiparação aos companheiros surdos, "cadeirantes" ou "deficientes mentais";

 

- sentimo-nos independentes pelo uso dos recursos tecnológicos que nos são oferecidos pelos "normais" para realizar autonomamente muito do que até pouco tempo não conseguíamos, iludidos pela idéia de que, assim, igualamo-nos a eles, sem determo-nos um só instante no significado do

caráter assistivo que eles conferem a essa tecnologia e nos proveitos econômicos que esperam de nossa "incapacidade" de contribuir com impostos para o Estado;

 

- aceitamos e até reivindicamos gratuidades, prioridades e dispensa de obrigações, em nome de nossa condição de "pessoas com deficiência", mas nunca preocupamo-nos em saber porque elas nos são concedidas nem quem arca com seus custos;

 

- falamos da superação natural das compensações que a sociedade impõe-nos, em nome de nossas limitações, sem nada fazer para modificar nossas relações político-sociais.

 

E não agimos assim por ignorância nem oportunismo. Fomos educados para não refletir. Aprendemos a reconhecer nossa "fragilidade" e sentimo-nos seguros sob a tutela a que a sociedade nos submete. Acostumamo-nos a ela e não sentimos o desejo de emanciparmo-nos.

 

Ademais, o próprio modo de produção capitalista ensina os indivíduos a "ganhar" sempre, ainda que os "ganhos" materiais convertam-se em perdas morais. Nós cegos não estamos imunes aos valores da ideologia vigente na sociedade em que vivemos.

 

Neste contesto, uma data reservada à lembrança de personalidades como Louis Braille, que dedicou sua vida a seus companheiros, sem nada esperar deles como recompensa, merece destaque no calendário cívico de nosso segmento.

 

Braille foi nosso primeiro grande líder. Os benefícios que nos deixou não foram meros favores prestados a alguém por quem nutrisse sentimentos de piedade ou que pretendesse explorar.

 

Ele era um de nós! Vivia nossos problemas e contribuiu efetivamente para sua solução. Seu feito encontra-se na história pessoal de todos os cegos que se favoreceram da educação formal, ainda que nunca tenham tomado conhecimento da leitura tátil criada por ele.

 

HERCEN HILDEBRANDT (hercen@.br)

#8. PAINEL ACESSIBILIDADE

Colunista DEBORAH PRATES (deborahprates@.br)

Descrição da imagem - Ilustração de um quadrinho. Desenho colorido. Num campo aberto e verde com céu azul claro, sem nuvens, um homem calvo com poucos cabelos pretos na parte posterior da cabeça, de óculos, narigudo, usando jaleco branco, calça comprida azul escura e sapatos brancos, apóia a mão direita sobre uma mesa azul, curvando-se para frente, aponta com a mão esquerda na direção da única grande árvore, distanciada e atrás de um grupo de animais alinhados em frente a ele. Observam a ordem do homem atentamente, um gato pardo, um elefante bege, uma foca azul escuro, um pequeno peixe azul claro dentro de um aquário sobre um pedestal branco, um macaco grande marrom, um galo amarelo e um sapinho verde. No balão branco acima da cabeça do homem, está escrita sua fala em letras pretas: “Para garantir uma seleção justa, vocês farão o mesmo teste: subir naquela árvore”. As sombras dos animais e da mesa estão refletidas à esquerda sobre o gramado verde.

 

 "SENHORA SOCIEDADE"!

  Estávamos no final de um encontro para treinamento da 2ª turma do "pessoal" da OAB/RJ, sendo o propósito informar aqueles amigos o básico sobre o seguimento das deficiências, de maneira que o atendimento desse público fosse humanizado. Tempo esgotado. Mas a boa vontade dos trabalhadores era de tal ordem que a inteiração continuava a todo vapor. Muitas histórias sendo reveladas, com tantos PREconceitos modificados para melhor. Veio uma observação em voz feminina:

  - Fui ver alguns apartamentos para alugar e, nesse bate-papo, amadureci sobre o que encontrei. Estou me lembrando que, dentre todos na região, apenas um estava com rampas e elevadores para cadeirantes! Tem que ter uma lei para isso!

  Num flash interatuei com os demais palestrantes:

  - Lei existe! Aliás, não só uma, mas algumas. A questão a ser enfrentada é o CUMPRIMENTO da legislação que, por sinal, é bem boa!

  - E porque não é cumprida a lei?

  - Pois é! Eis a questão. Penso que as leis no Brasil não sejam cumpridas em virtude da sanção/punição nelas contidas serem tão ínfimas, mas tão insignificantes, que vale a pena arriscar as suas desobediências. Lamentavelmente a nossa cultura é a da superficialidade! Também há que ser considerada a falta da fiscalização das diversas autoridades encarregadas! Cada qual dá a sua razão. Porém, fato é que muito pouco é cumprido.

  E foi uma calorosa discussão benéfica e conscientizadora. fomos crescendo com a inteiração. Expus minha proposta que surgiu de imediato e sem tantas reflexões:

  - Essa sua observação me trouxe uma sugestão. Está nascendo um projeto! Acompanhem comigo. O próprio Governo, através da mídia, em épocas de escassez de determinados alimentos incentiva a população que NÃO os compre. Que sejam substituídos por seus similares. Se o feijão está "caro", sugerem que compremos lentilha e assim por diante. Nesse caminho podemos pressionar os empresários a cumprirem a legislação sobre ACESSIBILIDADE! Ah! E também os síndicos e administradores do patrimônio comum! Penso que, na verdade, somos os principais culpados por todo esse caos que vivemos. Sim! Todos os que "mandam por aí" não estão em seus cargos/postos por acaso! Não. Nós os colocamos através das urnas! Precisamos prestar mais atenção no nosso voto. Com essa responsabilidade, certamente, reclamaremos bem menos. Se os mandatários agirem contrário aos nossos interesses, basta que não os reelejamos!

  Um pequeno silêncio seguido de global concordância. Esses encontros são fantásticos! Sem dúvida é o diálogo o melhor caminho para a solução dos conflitos. As pessoas com deficiência, em tese, não chegam até a sociedade por "n" razões. Como significamos a voz da "minoria" é que a da "maioria" nos abafa. Nessa nova estrada tenho notado que os deficientes, em boa parte, preferem não falar em suas deficiências, o que nos faz PERDER demasiadamente com isso!

  Necessitamos ter forças para semear a CULTURA DA COOPERAÇÃO. Para o sucesso de todos temos que agigantar a REDE DA SOLIDARIEDADE. A mídia, em geral, tem nos ajudado bastante. Contudo, percebo que não querem fazer mais por entenderem que existem assuntos mais interessantes que trarão mais audiência! É a maldita cultura da superficialidade dita pelo grande Prof. Padilla.

  No RJ, por exemplo, existe a AGENDA SOCIAL de gestão passada que, se cumprida, estaríamos em condições razoáveis. A questão é que todos querem ser o "PAI DO INVENTO"! Parlamentares e gestores sempre querem ter seus nomes nos diplomas legais, pelo que preferem deixar hibernando bons projetos em tantas gavetas, ao invés de dar-lhes prosseguimento. Falo da guerra da VAIDADE! E os tolos dos eleitores ainda aplaudem ao saber de edições novas de velhos projetos! Para que tentar reinventar a roda? Basta movimentá-la! Não acham? "ME ENGANA QUE EU GOSTO"!

  Aprimorando as ideias acima é que estou - agora - convidando a sociedade a abraçar esse novo PROJETO de nome: "ACESSIBILIDADE JÁ"!

  Seu objeto? Simples! Tudo quanto nos for apresentado SEM os legais parâmetros de ACESSIBILIDADE não será aceito. Como? Usando o método da BOICOTAGEM. Oportuno lembrar que o empresário Charles Cunningham, proprietário de terras irlandês, (1832/1897) por se ter recusado a baixar aluguéis, sofreu sanções - boycott - o que lhe rendeu sérios danos. Como a história se repete é que a sociedade - em seu papel FISCALIZADOR -  poderia tornar a ACESSIBILIDADE UMA REALIDADE.

  Que tal o homem deixar de usar o "modelito" egoísta? E para os humanos que não conseguirem, que pensem em seu futuro! Sim. Basta consultarmos as últimas pesquisas para constatarmos que a população idosa está aumentando pela melhor qualidade de vida. Logo, os mais jovens de hoje serão os idosos do futuro próximo, pelo que precisarão da cidade ACESSÍVEL.

  Além do mais, há que se ressaltar que a violência urbana também leva a deficiência. Não faz muito que um garçom, num bar perto de minha casa, foi vítima de bala perdida e, ao cair com sua bandeja coberta de copos de chope, estava tetrapégico. O futuro é uma caixinha de surpresas!

  Equivoca-se, pois, quem imagina que a - tão sonhada - acessibilidade somente beneficia as pessoas com deficiência. Absolutamente! É preciso desfazer esse errado pensamento. Uma cidade acessível beneficia a TODOS.

  Você, pessoa SEM deficiência que me lê, já se imaginou, por exemplo, chegando em casa coberto de sacolas de supermercado? Saindo do elevador empurrando com os pés algumas sacas rumo a porta de seu apartamento? E o sufoco para o encontro das chaves? E para acessar a maçaneta sem as mãos? Maravilha se, para fazer funcionar os trincos das portas, houvesse - tão-só - um botão! Já imaginaram a facilidade?

  Falo, agora, do desenho universal. Aquele que agasalha o inimaginável para atender a todas as pessoas - com e sem deficiência - de maneira a solucionar as mais simples necessidades. Esse botão, por ilustração, atenderia aos idosos, os deficientes intelectuais, aos que possuem distúrbios comportamentais, etc...

  Mas, voltando aos apartamentos. Sugiro que não aluguemos, nem compremos quaisquer unidades (residenciais e/ou comerciais) desprovidas de recursos de ACESSIBILIDADE. Ora, se os Srs. Empresários (engenheiros, arquitetos, administradores, e outros) permanecerem com suas unidades fechadas/vazias por conta do descumprimento da legislação que ampara a ACESSIBILIDADE, sem sombra de dúvidas, tratarão de fazer construções novas, bem como adaptar as já existentes,  cercando-as de meios específicos para que TODOS (mas todos mesmo) possam entrar, transitar e sair com IGUALDADE DE OPORTUNIDADES.

  Fácil, né? Vejam que não falamos em campanhas que exijam disponibilidade de recursos financeiros! Digo, apenas, de boa vontade, solidariedade, e de ter um pé no presente e outro no futuro perto! Refiro-me a pequenas atitudes que, se abraçada por todos (sociedade) farão a grande diferença para um Planeta com maior bem-estar para todos.

  Ah! Você reside ou trabalha num condomínio? Então, na primeira oportunidade - AGO ou AGE - sugira em aplicar recursos em ACESSIBILIDADE. Não quer pagar cotas extras? Não tem nada com isso? Sei. Mas, essa obra servirá para seu benefício! Já se imaginou idoso precisando transitar em seu prédio e não podendo por não ter rampa, elevadror? Lembre-se. O FUTURO A DEUS PERTENCE!

  "ACESSIBILIDADE JÁ"!

 Carinhosamente.

 DEBORAH PRATES

# 9. DV-INFO

Colunista: CLEVERSON CASARIN ULIANA (clcaul@)

Afazeres.txt: gerindo tarefas com uma ferramenta mais simples

Por: Cleverson Casarin Uliana

Prezados leitores,

No artigo que segue, o consultor Augusto Campos expõe de modo básico as vantagens de se usar um arquivo de texto simples para organizar afazeres e tarefas quotidianas ao invés de se usar programas que, apesar de feitos para esse fim, são mais complexos e menos portáteis entre sistemas diferentes. O autor discorre sobre opções para quem possui aparelhos móveis ou computadores com sistemas Linux, mas quem usa Windows pode naturalmente criar também um arquivo nesses mesmos moldes usando inclusive o próprio editor padrão do sistema, o Bloco de Notas.

A palavra "Todo", que aparece em vários momentos inclusive no título original do artigo, deriva das palavras inglesas "to do", que querem dizer precisamente "a fazer". O artigo sem as pequenas modificações que fiz encontra-se no blog do autor, .

Boa leitura e até a próxima.

***

Todo.txt: gerenciando tarefas com uma ferramenta mais simples

Por: Augusto Campos

Em: 30 de janeiro de 2012

Que tal gerir todas as suas tarefas e pendências a partir de um único arquivo em formato TXT que resida no Dropbox, num formato simples que possa ser editado em todos os computadores que você usa, mas suficientemente estruturado para poder ser lido e processado por um aplicativo de apoio com versões para iPhone e iPad, Android e para o seu computador ?

Admito que o uso de arquivos TXT não é uma opção com grande apelo junto a usuários finais, mas usuários com aptidão tecnológica (programadores, DBAs, administradores de sistemas e similares) freqüentemente recorrem a esse expediente devido a algumas vantagens inerentes. E as vantagens são variadas: pesquisável, portátil, leve, fácil de ler e de manipular. Duas delas me atraem de forma mais destacada: arquivos TXT têm a vantagem da compatibilidade simultânea com várias plataformas e de não ficarem obsoletos devido à evolução dos aplicativos. Quem já encontrou um arquivo de dados feito há poucos anos e não conseguiu acessá-lo porque a versão do software que o criou não está mais disponível conhece bem este drama da obsolescência.

Por outro lado, pequenas diferenças entre as plataformas podem dificultar a compatibilidade até mesmo dos arquivos TXT, embora os editores de texto mais robustos reconheçam e tratem indistintamente os arquivos gerados com as convenções de codificação e de terminação de linha adotadas por Unix, Windows e Mac. O uso de um bom editor de texto é recomendado, portanto, mas o todo.txt conta com aplicativos (no Terminal do OS X e do Linux - ou do Windows com o Cygwin -, no Android e no iPhone) que permitem usá-lo de forma plena sem chegar a precisar editar o arquivo em si.

Todo.txt, nascido no Terminal e criado nas linhas de comando

O gerenciador de tarefas todo.txt - - surgiu em 2006 como um script Bash (para Linux, Mac e outros sistemas compatíveis) que tinha a proposta de ser capaz de gerir tarefas e pendências armazenando-as em um arquivo TXT unificado e que também pudesse ser lido e editado pelo usuário, se desejasse, no editor favorito dele. Por gerir tarefas e pendências, entenda-se realizar uma série de operações que nem sempre estão disponíveis em meros mantenedores de listas, incluindo:

.acrescentar uma nova tarefa, descrevendo-a livremente;

.priorizar as tarefas em níveis;

.definir e aplicar contextos;

.categorizar em projetos;

.fazer consultas estruturadas sobre pendências em prioridades, contextos e projetos.

Além dos já mencionados dados sobre descrição, projetos, contextos e prioridades, o sistema considera ainda detalhes como o status de cada tarefa (pendente ou não), data da criação, data da conclusão. O usuário ainda pode adotar convenções de uso que permitem registrar (e pesquisar) prazos de conclusão e marcas para estados adicionais, como "delegação" ou "aguardando".

O todo.txt tem pedigree: foi criado por Gina Trapani, fundadora do sítio Lifehacker, - referência internacional em produtividade pessoal. Mas além da notoriedade da autora, a simplicidade, desempenho e capacidade do programa fizeram com que logo surgisse uma comunidade de interessados em agregar funções ao sistema (que é em código aberto).

Todo.txt no Android

Uma versão tátil do Todo.txt, que sincroniza os dados com o seu computador via Dropbox, está disponível para o Android (e também na Amazon AppStore). Não me parece que uma interface tátil como a de um smartphone atual seja o modo ideal de fazer a entrada de dados completa de um sistema de tarefas e pendências quando há a alternativa de fazê-la em um computador com teclado completo, mas fazer a entrada abreviada conforme as informações vão surgindo é interessante, e depois você pode complementar e editar ao chegar na sua base e ter acesso ao computador - e é neste ponto que a sincronização automática via Dropbox se torna atrativa.

Além disso, o smartphone é uma ferramenta ideal para os demais usos da lista de tarefas no momento da execução: filtrando e priorizando as pendências de acordo com o contexto do momento (no trabalho, em casa, em viagem, etc.) ou com o projeto que estiver em execução, ele permite localizar a próxima ação rapidamente, com filtros e ordenações facilmente configuráveis.

Todo.txt no iPhone e iPad

A adição mais recente à família Todo.txt é o app para iPhone e iPad. A sincronização automática via Dropbox continua a ser o ponto forte, pois permite acessar os dados nos dispositivos móveis quando você estiver em deslocamento, e mesmo assim contar com o conforto de um teclado tradicional para manipular os detalhes de suas tarefas quando você estiver próximo ao computador. A interface está longe dos padrões de beleza plástica típicos da plataforma, mas os recursos essenciais estão todos presentes: sincronizar, consultar, adicionar, priorizar, editar, etc.

Indo além

O site oficial do Todo.txt - - tem todas as informações sobre as versões oficiais dos aplicativos, as versões adicionais desenvolvidas pela comunidade, as opções permitidas no formato do arquivo e muito mais. Para quem tem o interesse em usar a versão pela linha de comando, recomendo dar uma boa olhada no documento de dicas e truques - - que apresenta detalhes adicionais como facilitar o acesso remoto, permitir a coloração das tarefas por prioridades, o completamento automático de nomes de projetos e contextos e mais, usando os recursos do Bash e de outras ferramentas já presentes no sistema.

Pessoalmente adoto o programa Wunderlist, do qual sou usuário satisfeito no que diz respeito a tarefas e pendências. Mas as vantagens do formato TXT têm apelo forte o suficiente para me fazer considerar uma possível migração no futuro, e vou ficar de olho na evolução da versão do Todo.txt para iOS.

CLEVERSON CASARIN ULIANA

#10. O DV E A MÍDIA

Colunista: VALDENITO DE SOUZA (vpsouza@.br)

*Dois investigadores espanhóis desenvolveram uma aplicação que permite

transformar o ecrã táctil de um smartphone num teclado compatível com a linguagem Braille.

Denominada «Eyes Touch», a aplicação foi desenvolvida por Roberto Vega e Abel

Prieto, dois jovens estudantes da Universidade Pontificia de Salamanca, com o intuito de tornar os dispositivos com ecrã táctil mais acessíveis aos utilizadores cegos.

Através desta aplicação a dupla pretende também substituir as actuais, baseadas em comandos por voz, que são consideradas demasiado lentas para, por exemplo, escrever uma simples mensagem escrita.

Por enquanto apenas disponível para Windows Phone 7, a plataforma utilizada no desenvolvimento da aplicação, assim que o projecto estiver concluído poderá ser adaptado a outros sistemas operativos, como o iOS ou o Android, explicaram os jovens ao El Mundo.

Além da aplicação em si, a tecnologia recorre a uma película adesiva com relevo, que quando é colocada no ecrã do smartphone pode imitar os pontos utilizados em Braille.

Assim que conseguirem comercializar a aplicação, que já permite ajudar a realizar tarefas como escrever um SMS ou uma chamada, os dois estudantes querem continuar a trabalhar na tecnologia para que os utilizadores cegos possam acessar funcionalidades mais avançadas, seja navegar na Internet ou comentar algo nas redes sociais, exemplificam os investigadores.

//Fonte:

*Essa gente pequena

*O diminutivo é um substantivo e um adjetivo meio malandrão. Na hora em que a guerra aperta e é preciso um pouco de paz, ele é lançado apelando para os "coraçõezinhos" com os dedos, chamando a inimiga de "florzinha". Para agredir, para subestimar, ele é usado para dizer "povinho", "gentinha", "tampinha".

A vida das pessoas pequenas, bem pequenas mesmo, as anãs, também passa pela dualidade do diminutivo: são os seres "queridos e encantados" que não fazem mal -nem cheiram--- para a vida de ninguém, podendo ser os eternos "engraçadinhos" de circo, moradores de florestas encantadas.

Por outro lado, é o "baixinho" sem vez, sem voz, sem espaço. O alvo da piadinha infame eterna, o ridículo de que nenhuma alma neste mundo nem nunca viu um velório, que morre afogado em gota de chuva.

Mas, enquanto essa lorota é reproduzida e, muitas vezes, tida como realidade, o povo pequeno batalha seu espaço, ganha Globo de Ouro, como foi o caso do ator Peter Dinklage, de 1,35 m, no domingo, e, sobretudo, tenta reverter séculos de estigmatização, que já renderam sofrimentos profundos de famílias em decorrência do alto índice de suicídios entre os membros desse grupo.

Quando o cabra é anão, ele precisa ser imenso durante as negociações, durante suas defesas de ponto de vista, na cobrança pela garantia de sua cidadania. Caso contrário, ele será engolido pelos supostamente grandes que irão querer fechar questão impondo a vantagem física como argumento.

A mesma situação é vivida pelos cadeirantes, que, frequentemente, estão mais baixos que os outros mortais. Ser grande pode ajudar a assombrar o interlocutor apontando o indicador no nariz de seu alvo de cima para baixo, mas, felizmente, a natureza não botou o conhecimento no dedo médio, vulgo fura-bolo.

Nanismo não se adquire naquela loja "Pingo de Gente", muito menos na Lapônia. Fica-se miúdo por razões hormonais, nutricionais, genéticas, e as implicações vão de problemas ósseos a efeitos raros, como ficar com aparência de jovem por longos anos (é sério!).

O que não está no contrato para ser anão é, obrigatoriamente, ter de ser bufão -o que não é demérito, mas também não vem no DNA- ou ser pintor de rodapé, talvez, quem sabe, ser autor de rodapé, como qualquer sabichão dado à literatura, à pesquisa.

Não existe também regra da natureza que determine que um anão só encontre sentimento em seus iguais. Ah, não... Você nunca viu um pequeno grudado em um mulherão ou uma anã abraçada a um rapagão? Pois é bem comum. Opostos...

Como os olhares para os pequenos costumam ser viciados apenas em pequenez de pensamentos, adaptações para a vida desse povo são quase sempre esquecidas.

Alguém já viu balcão de boteco com um espaço mais baixo? E móveis para casa menos altos? Roupas para o anão? Sapatos? (Não, não valem as casinhas e trajes de bonecas ou objetos de criança).

Diversidade humana é evolução. Não tolerá-la ou desrespeitá-la é o que representa retroagir no tempo e voltar até a época em que mentes brilhantes e capazes eram ignoradas e descartadas por pura ignorância e preconceito.

///Fonmnte: Folha de S.Paulo - 17-1-12*

jairo.marques@.br

*Livros na nuvem

Geek | lança serviço ilimitado de streaming de livros na nuvem

Os usuários do serviço ainda poderão marcar onde pararam sua 'leitura'.

Por Fernanda Morales

Se você adora ouvir uma boa história e é apaixonado por audiobooks, você vai adorar o novo serviço da . Os usuários do serviço poderão ter acesso ilimitado de streaming de livros na nuvem por uma pequena taxa mensal.

O serviço de streaming desenvolvido em HTML5 permite que os usuários tenham acesso aos milhares de títulos disponíveis diretamente em seus aparelhos móveis.

O é totalmente baseado na internet, ou seja, não é necessário que os usuários façam download de nenhum tipo de aplicativo ou software para utilizar o serviço.

Tudo que os 'ouvintes' terão que fazer é acessar o site pelo navegador do seu aparelho móvel e curtir uma boa história.

O site ainda permite que seus usuários marquem onde pararam a 'leitura' de um determinado audiobook, permitindo que os usuários escutem várias narrativas ao mesmo tempo e em qualquer aparelho móvel, graças à tecnologia de marcadores na nuvem.

"A introdução do serviço ilimitado de livros de áudio na nuvem, permite que a revolucione mais uma vez o mercado de audiobooks", afirmou Sanjay Singhal, chefe-executivo da empresa. "Acreditamos que nossa capacidade de permitir que os usuários escutem seus livros em qualquer lugar utilizando um dispositivo móvel, a função de marcadores na nuvem e os preços acessíveis irão transformar a maneira como os clientes utilizam os audiobooks."

O novo serviço do já está disponível e os interessados poderão ter acesso ilimitado por apenas US$ 24,95 ao mês.#

///Fonte: extraído na web

VALDENITO DE SOUZA

# 11.PERSONA

Colunista: IVONETE SANTOS (ivonete@.br)

Entrevista: Flávio Peralta

Caro leitor,

O amigo, palestrante e autor do livro e site "Amputados Vencedores ", Flávio Peralta, concedeu uma entrevista ao Blog Deficiente Ciente. Quero agradecê-lo publicamente pela gentileza.

Natural de Londrina (PR), ex-eletricista, Flávio teve os dois braços amputados porque enquanto trocava um transformador de alta tensão, recebeu uma descarga elétrica de 13.800 volts. No entanto ele enfrentou os desafios e obstáculos e conseguiu dar a volta por cima.

Acompanhe a entrevista. Vale a pena!

Qual foi o momento que você considerou mais difícil logo após o acidente?

Acho que o pior que passei foi uma das últimas cirurgias que não deu certo. Eu já estava saturado e cansado de tanta anestesia. Ouvir que não deu certo me deixou arrasado. Aí tive que fazer uma outra muito difícil. Abrir um corte em minha barriga e colocar meu coto lá dentro, por 30 dias. Só depois disso deu certo o enxerto e eu pude colocar minha prótese da esquerda.

Que tipo de prótese você usa?

Hoje uso uma prótese de mão mioelétrica, mexe os dedos. É da marca Otto bock, Alemanha. Fui encaminhado para Sorocaba (SP) para Ortopedia Kamia aonde conheci o técnico de próteses, Sergio Kamia. Fiquei mais de 40 dias para poder aprender a mexer os dedos. Essa prótese me ajuda muito no dia a dia, como por exemplo: usar o computador, ler livros, escovar os dentes e etc.

Qual foi a reação da sua família ao tomar conhecimento da sua amputação?

O médico chamou minha irmã Fátima e meu pai. Quando ele falou que teria que amputar, meu pai e minha irmã caíram em prantos, eles não queriam isso. Meu pai teve que assinar aquele papel umas seis vezes. Foi o momento mais difícil para todos.

Como surgiu a idéia de criar o site Amputados Vencedores?

Eu estava em casa entediado, sem fazer nada. Minha esposa tinha três empregos e eu ficava esperando ela chegar. Foi então que ela me anunciou no jornal, pedindo um professor de web para mim. Foi daí que tudo nasceu. Eu fiquei fascinado pelo mundo da internet e nasceu o Site Amputados Vencedores, sendo reconhecido no Brasil e no mundo.

Qual seu relacionamento com a sociedade, no que diz respeito a sua deficiência?

Depois de 12 anos já estou acostumado com olhares positivos e negativos. Sei quando sou aceito ou não. Mas também não fico forçando nada. Cada um tem seu limite e respeito isso. Quando chego em algum lugar eu já entro com a atitude de "estou bem e sinto-me igual à você". É assim que eu penso.

Como você vê a questão da acessibilidade em nossa sociedade?

É uma grande luta de várias instituições (associações relacionadas à pessoa com deficiência, órgãos públicos, conselhos regionais de engenharia e arquitetura e as próprias pessoas com deficiência). Como viajo o Brasil fico analisando a acessibilidade nas cidades onde passo. Muitas, inclusive na capital são uma lástima. Fico pensando como seria diferente com um administrador público mais envolvido com a causa. Aqui em Londrina foi criada uma Diretoria de Acessibilidade, vinculada ao gabinete da Prefeitura de Londrina. Em uma das experiências, o diretor Zezinho levou o prefeito de olhos vendados ao terminal de ônibus. Foi aí que ele pode sensibilizá-lo. Também temos a Adefil (Associação dos Deficientes Físicos de Londrina), que na figura de seu presidente Paulo Lima executa diversas ações em nossa cidade. Deveríamos ter isso em outras cidades.

Como é a experiência de realizar palestras?

Para mim foi maravilhoso. Falar sobre segurança no trabalho em empresas Multinacionais e Nacionais é Fantástico, assim consigo conscientizar os trabalhadores. Hoje chegamos a 234 palestras, Nunca pensei que aquele telefonema mudaria minha vida. Quando Amilton Antunes de uma empresa mutinacional pediu para que eu fizesse um depoimento em sua empresa, vacilei muito, mas ele insistiu e eu fui. Ainda bem que ele insistiu. Fico muito feliz ao ver a reação das pessoas quando conto minha história de vida. Tem aqueles que choram, se alegram, me abraçam e agradecem. Só posso realmente estar feliz com essa recepção. Para um jovem que estava à beira da morte, depois ficou sem os dois braços, noivou, casou e foi pai, isso é tudo de bom.

Conte um pouco sobre seu livro "Amputados Vencedores: porque a vida continua...".

Escrever o livro não foi uma experiência fácil. Sabíamos que queríamos contar nossa história, mas não sabíamos como. Doze páginas foram escritas em 2001 e ficaram esquecidas. Foi somente em 2008 que eu e minha esposa nos dedicamos a escrevê-lo. As palestras ajudaram muito, pois ficou mais fácil compilar minha história, já que falava dela várias vezes. Quando conhecemos o Sérgio da Editora Nobel em 2006, ele já foi logo falando: "quando você escrever seu livro pode mandar para nós que vamos publicar". Ele realmente cumpriu sua palavra. E isso é outro sonho. Como é bom saber que poderei ajudar outras pessoas com meu depoimento e tornar seu sofrimento um pouco menor, pois há vida após a amputação.

Como é o relacionamento com sua esposa e filho?

Enfrentamos cada dia com muita determinação. Eu agradeço a Deus a família que tenho, pois estão sempre ao meu lado. São eles que cuidam de mim e fazem o meu dia ser menos penoso. Temos conflitos, mas isso faz parte da vida. São com eles que crescemos.

Já faz sete anos que sou pai, e cada abraço do meu filho é algo maravilhoso para mim. Ele me encanta e faz meu dia ficar melhor. Todos os dias abraço muito minha esposa e a beijo. Digo que a amo e ligo várias vezes para ela. Não temos segredos e decidimos tudo em conjunto.

Que mensagem você deixaria para as pessoas com deficiência?

Todo ano acontece a feira Reatech em São Paulo, participe. Lá existe várias revistas como por exemplo, Incluir, Sentidos, Reação,Cipa e Proteção, Dr Nacir Sales do programa Dr.negociação que é um grande incentivador dos deficientes.

Nunca desistam de viver e agradeçam cada dia de suas vidas. Somente o oxigênio já é um presente de Deus. Também digo para não ficar em casa isolado do mundo. Saia, passeie, aproveite os momentos. Coloquei um vídeo no youtube mostrando meu passeio num pesqueiro. Eu estava segurando uma vara de pescar e coloquei o título "amputado também pesca". Fiquei surpreso com o número de visitas que recebi, foram 3.000 visitas. Eu queria mostrar que vale a pena sair de casa mesmo com a deficiência que temos.

Abraços, Flavio Peralta. Agradeço pela entrevista.

//Fonte:

IVONETE SANTOS

# 12.SAÚDE OCULAR

Esta coluna é assinada pelo HOB - Hospital Oftalmológico de Brasília

atfdf@.br

O jornal Contraponto mantém um convênio informal com aquela renomada instituição.

Caso deseje, o leitor pode sugerir o tema para uma próxima pauta.

*Na hora de corrigir a vista cansada, considere sua profissão

A presbiopia chega por volta dos 40 anos de idade e começa a gerar desconfortos para a leitura justamente na fase mais produtiva da vida.

Brasília, 23/1/2012- É importante levar em conta as exigências profissionais quanto à visão para o sucesso da solução escolhida na hora de corrigir a presbiopia, ou a popular "vista cansada". Quem alerta é o oftalmologista Canrobert Oliveira, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), ao destacar que os avanços científicos e tecnológicos estão permitindo correções cada vez mais

individualizadas, precisas e adequadas aos hábitos das pessoas.

A presbiopia manifesta-se justamente quando a vida está na plenitude, por volta dos 40 anos de idade, e começa a gerar desconfortos nas atividades profissionais.

Fica mais difícil focar o texto na tela do computador, também complica a leitura de livros, jornais e documentos impressos. Até na hora de definir o andar no elevador, fazer uma ligação telefônica, folhear uma revista e escolher um prato no cardápio impõe-se a presença dos óculos ou daquele gesto literalmente braçal de ajuste.

"É neste momento que começam os questionamentos sobre como corrigir a presbiopia: com óculos ou com cirurgia?", conta Canrobert com a experiência de quem já realizou mais de 70 mil cirurgias refrativas.

O que acontece com a visão de longa distância ao corrigir a presbiopia com cirurgia? Essa é a que questão aflige profissionais que dependem da visão para longe e são temores correntes para motoristas, pilotos, palestrantes e professores, por exemplo.

O que os avanços da oftalmologia vem permitindo é que as soluções para a presbiopia garantam a máxima qualidade e quantidade de visão em cada etapa da vida, constata o médico.

Óculos ou cirurgia - De acordo com Canrobert, os recursos para superar a presbiopia passam por óculos e, entre as abordagens cirúrgicas, as possibilidades existentes baseiam-se na correção pela córnea. As inovações cirúrgicas trouxeram novas técnicas como o presbylasik, com o laser de femtossegundo; a já conhecida báscula e até o implante de lentes entre as camadas da córnea (enxerto) entre outras soluções.

Personalização - É fundamental, diante da diversificação de recursos, o paciente avaliar suas necessidades profissionais de visão com o oftalmologista, aconselha Canrobert.

Pacientes que dependem da visão intermediária e de longa distância para exercerem suas funções como motoristas, pilotos, chefes de cozinha, têm na báscula - com um olho focado para a intermediária e outro para longe - uma grande solução, na avaliação do médico do HOB.

Já profissionais como cirurgiões, economistas, professores, projetistas, jornalistas, advogados, contadores que sejam hipermetropes (visão difícil para perto e boa para longe) encontram uma boa saída, segundo Canrobert, com a moderna técnica do presbylasik. "Porém, quando esses profissionais são míopes (dificuldade para longe) beneficiam-se mais com a báscula com um dos olhos bom para perto e outro bom para longe", explica.

No presbylasik, o laser esculpe, no centro da córnea, uma curvatura mais adequada para a visão de perto e, na periferia, uma curvatura melhor para a visão de longe, diz o oftalmologista lembrando que "o sucesso de toda a cirurgia refrativa depende também da resposta orgânica do paciente".

Os profissionais que dependem de uma boa visão para longe ou noturna como motoristas, professores, palestrantes, cantores sentirão mais tranquilidade ao optarem pela correção da presbiopia com lentes enxertadas.

Dificuldade geral - Cerca de 51 milhões de brasileiros com mais de 40 anos de idade (25% da população) vivenciam diariamente dificuldades para ler, escrever, selecionar um andar no elevador, fazer uma ligação no celular, maquiar-se, costurar entre outras atividades cotidianas que exigem correção refrativa. A presbiopia é uma alteração na musculatura do olho, decorrente da idade, a qual

leva à dificuldade de enxergar para perto.

Um cotidiano mais fácil para portadores de presbiopia é o que a oftalmologia vem tornando realidade com o auxílio da tecnologia, destaca Canrobert. Entre as alternativas, ele explica:

- Na correção por báscula, o cirurgião faz com que o olho dominante (utilizado para mirar) fique com visão boa para longe e o outro,boa para perto. Para isso, deixa-se o olho não dominante com um pequeno grau de miopia e, no outro, corrige-se totalmente o erro refrativo. Dessa forma, acontece a compensação que é assimilada pelo cérebro, pelo processo de neuroadaptação visual.

- Quando a solução é o novo presbylasik, um olho ficará focado plenamente para longe e o outro dividindo o foco para longe e perto, sendo que a visão do olho dominante para longe é ligeiramente superior.

- Os enxertos intracorneanos para corrigir presbiopia recém começam a expandir-se como solução. A técnica que consiste em implantar uma lente entre as camadas da córnea é sempre aplicada somente no olho não dominante e considerada a única abordagem reversível. O paciente presbíope e não emetrope, isto é, que possui alteração no seu estado refrativo, terá um padrão multifocal na superfície da córnea com melhora de visão para perto. Nos pacientes presbíopes emetrópicos, a

técnica cria um sistema óptico bifocal no olho não dominante. Esta técnica ainda tem a possibilidade de alterar a curvatura da córnea sendo uma promessa de evolução para correção de outras patologias como o ceratocone, por exemplo.

*Volta às aulas

Oftalmologista alerta: pais, avaliem o saldo do excesso de horas no computador durante as férias

Depois de horas e horas em dias seguidos de atividades em frente ao computador, mesmo que sejam de brincadeiras lúdicas, é importante agendar um check-up ocular infantil, para evitar deficiência de aprendizado em razão de distorções refrativas. É preciso observar as reações das crianças nesta volta às aulas.

Brasília,31/1/2012 - O hábito das férias modernas em que as crianças trocaram dias de brincadeiras de rua e atividades físicas por horas e horas em frente ao computador pode deixar um saldo nada positivo para esta volta às aulas. "Esse comportamento desencadeia dores de cabeça, ardência e vermelhidão nos olhos, sintomas que denunciam fadiga ocular, um transtorno causado pelo esforço

repetitivo do cristalino", alerta o oftalmologista Victor Saques Neto, do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Os efeitos da fadiga ocular são temporários e não cumulativos. No entanto, diz o médico, seus reflexos para uma criança, que está em pleno processo de desenvolvimento da visão, facilita o aparecimento de problemas refrativos como a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo.

Há crianças que, durante as férias escolares, ficaram de oito a 12 horas diárias em frente ao computador. Essa disposição infantil incentivou até lan houses a oferecer pacotes especiais para a garotada.

Aviso - A fadiga ocular não é uma doença, mas impõe riscos sérios a quem não toma os devidos cuidados. Esse cansaço é sentido quando uma pessoa faz um esforço prolongado da visão de perto e funciona como "um alerta de que os olhos precisam de descanso". Apesar de temporário, o desconforto causado pela fadiga ocular tende a diminuir o rendimento dos estudos na volta às aulas.

Independente da idade, quando os olhos focam um objeto próximo a eles insistentemente, a fadiga ocular manifesta-se.

Os olhos não são feitos para fixar, durante horas, algo que está muito perto, como um computador, exemplifica Saques, ao explicar que o cristalino, lente natural do olho, cuja função é focar objetos e dar nitidez às imagens que chegam ao cérebro, está todo o tempo em movimento e "só repousa quando olhamos para longe".

Sintomas - São vários os sintomas que anunciam a presença de fadiga ocular. Entre os principais estão dor de cabeça, dificuldade para manter o foco em algo próximo ou focar um ponto distante, vermelhidão, sensação de calor e peso na região dos olhos. Ainda podem ocorrer lacrimejamento ou secura.

O médico do HOB ressalta que os sintomas variam de acordo com os indivíduos e "por esta razão é importante investigar com o oftalmologista se os sinais estão escondendo algum problema de visão".

Pais - Para evitar a fadiga ocular, pais e responsáveis por cuidar de crianças devem estar atentos e limitar o tempo de exposição aos monitores dos computadores. É importante desenvolver atividades que exijam movimentação alternadamente, frisa o oftalmologista.

Segundo Saques, o ideal é fazer pequenas pausas durante o tempo dedicado diariamente ao computador, evitando ambientes com fumaça ou ar condicionado e escolher locais com boa iluminação, com mais de uma fonte de luz.

Dica - "A cada hora em frente ao computador, é importante dedicar dez minutos para olhar para o horizonte, permitindo que os músculos oculares descansem", reforça.

Outro fator importante é a distância entre o usuário e o computador. "O monitor do computador deve estar a 30 centímetros de distância dos olhos. Mais perto do que isso, a visão entra na zona de maior esforço", observa.

Mais informações:

ATF Comunicação Empresarial

Contatos:

Teresa Cristina Machado

José Jance Grangeiro

tel.: (61) 3225 1452#

HOB (Hospital Oftalmológico de Brasília)

#13. REENCONTRO

COLUNA LIVRE:

Nome: Rubem Monteiro Bastos.

Formação: Licenciatura Plena em Música ( Uni - Rio)

Estado Civil: Solteiro.

Profissão: Músico.

Período em que esteve no I B C.: de 1960 a 1969.

Breve comentário sobre este período:

Estudou na Escola 12-8 Sarmiento, onde teve problemas devido a uma atrofia de nervo óptico e retinose que originou a baixa visão, motivo que levou sua mãe a procurar um colégio especializado, o Instituto Benjamin Constant.

Ao tornar-se aluno interno desse educandário em 1960, depois de estar na 4ª serie primária, a professora Benedita de Melo o rebaixou para a 2ª e o reprovou na 3ª.

Rubinho apaixonou-se pela música. O primeiro contato com o piano, foi um momento mágico. Seu grande mestre e orientador foi o professor Carlos Lavalos que além de ensinar-lhe os segredos do teclado, apresentou-o à Bossa Nova, um novo estilo de tocar que revolucionaria o panorama da música mundial.

Em 1963, o rapaz conseguiu um trabalho de pianista nas noites de festas na ex- Entidade Associativa Amantes da Arte Club na rua da Passagem 101, Botafogo.

Depois ingressou como organista do ex-grupo "The Pop's"( um dos ícones da época da Jovem Guarda) e, com o fim do conjunto, ingressou no quinteto.

Residência: Rua Senador Vergueiro, 218 Bl C, apto: 712

Contatos: (fones e/ou e-mails)

Tel: 2552-2874 Cel: 8746-2874

E-mail carorubem@.br

#14. TIRANDO DE LETRA

COLUNA LIVRE:

*Dois tempos, dois diretores, duas histórias

Ouvi contar que Benjamin Constant, ao tempo em que era diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, caminhava certa vez e, ao se aproximar de um local onde dois alunos conversavam, ouviu que estes falavam mal do diretor. Como o inspetor que o acompanhava se dispusesse a caminhar para os alunos, ele o deteve com um gesto e ordenou que seguissem seu caminho. Sem compreender, o inspetor lhe haveria interrogado:

-- Senhor Diretor, os alunos estavam falando mal do Senhor. Não os devemos punir?

-- Tranqüilamente, Benjamin Constant teria respondido:

-- Os alunos só estavam falando porque não enxergam. Caso eles enxergassem, teriam visto nossa aproximação e já não estariam falando.

Assim, não considero justo puni-los. O tempo passou na sucessão inexorável dos anos. Já nos anos sessenta do século xx ... ...

Ouvi contar que, conversando na barbearia, o professor Isauro falava mal do diretor, Dr. David Waquinin Netto, e alguém que ouviu contou ao diretor o que ouvira. Chamado ao gabinete, não sei o que o professor argumentou, não sei que alegações fez, não sei se solicitou qualquer coisa, mas o fato é que se disse que o Dr David teria dito que o professor Isauro "falou como homem, e defendia-se como cego".

//Ary Rodrigues da Silva

OBS.: Nesta coluna, editamos "escritos"(prosa/verso) de companheiros cegos

(ex- alunos/alunos ou não) do I B C.

Para participar: mande o "escrito" de sua lavra para a redação

(contraponto@.br).

#15. ETIQUETA

Colunista: RITA OLIVEIRA (rita.oliveira@br.)

Mochila: pode carregar tudo?

Peso em excesso pode causar dores nas costas ou má postura. Veja como minimizar o problema.

Os modelos mudam, as opções se multiplicam nas lojas, mas o peso e o tipo da mochila são muito importantes. A maioria das queixas de dor nas costas de crianças em idade escolar tem uma grande vilã: a mochila. Ou melhor, o que vai dentro dela. Além do desconforto e das dores imediatas, carregar peso em excesso traz riscos mais sérios, como má postura e problemas de coluna no futuro

Por isso, confira o que o seu filho está levando na mochila. O total do peso da mochila não pode ultrapassar de 15% a 20% do peso da criança. E os adereços que seu filho também contam nesse cálculo, já que aumentam o peso inicial da mochila.

Outro problema frequente são os ombros arranhados com vermelhões e até mesmo alergias. A solução para isso é escolher um modelo com alças acolchoadas e tecido confortável. As alças, aliás, são duas para serem usadas uma em cada ombro e dividir o peso na coluna. Explique ao seu filho que carregar tudo de um lado só poderá deixá-lo com dor nas costas.

Para escolher a melhor opção, observe na hora da compra como a mochila fica quando ele a coloca nas costas. Se ficar muito abaixo da região dos quadris ou se seu filho precisa levar muitas coisas, os modelos com rodinhas são melhores. Já o cabo da mala com rodas precisa ficar na altura correta para que a criança não precise nem se esticar, nem agachar para puxar a mochila.

Para minimizar o problema:

1) Peso além da conta pode, sim, causar dores nas costas das crianças e distúrbios na coluna, como escoliose e lordose. Algumas escolas disponibilizam armários.

2) O melhor modelo é a mochila de alças largas, pois a carga fica dividida.

3) Não deixe seu filho usar mochilas que já ficaram "frouxas" pelo uso. O impacto é maior nestes casos. Também evite aquelas com uma única alça.

4) Mochilas com divisórias são melhores por que permitem organizar e distribuir os materiais. Livros e cadernos devem ser colocados na parte de trás, rente às costas. Se possível, evite ter um caderno para cada matéria, ou organize o material de acordo com as aulas. Outro alerta: lugar de lancheira é fora da mochila. O ideal é que o peso que a criança carregue fique equilibrado entre o que ela leva nas costas e nas mãos.

5) Se for comprar as com rodinhas, fique atento à altura da alça que a criança vai puxar, para que ela não ande curvada.

Fonte: Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo; Sérgio Xavier, ortopedista do Hospital do Coração (SP) e especialista em coluna; Maria Cândida de Miranda, chefe de Terapia Ocupacional do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas (SP) - Revista Crescer

"Enquanto houver uma pessoa discriminada todos seremos discriminados", por que

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito".

RITA OLIVEIRA

#16. BENGALA DE FOGO

O Cego versus o Imaginário Popular(coluna livre)

*Evento em Sampa

Ia acontecer um encontro em São Paulo e eu, que gosto de uma farra, marquei um encontro, com

um bando de cegos na rodoviária. Dessa vez não deu para o meu irmão, que adora participar desses encontros, ir e eu, fui como já disse em outra história, quase só.

Chegando na rodoviária, pedi gentiumente a um guarda bem grandão e forte por sinal: "quando aparecer um cego aí, por favor traga para Dadá, que sou eu". Muito bem, o guarda se prontificou em ajudar e eu fiquei no cantinho combinado com a galera à espera. Era aproximadamente 8:00 horas, e o guarda, como pedi, me trouxe os cegos e, a cada um que chegava era uma festa, afinal, era uma combinação de farra, íamos todos para o encontro que se realizaria numa estação do metrô, um grande barato!

Qual não foi minha surpresa, quando o danado do guarda me chega com um cego protestando e dizendo: "Não sei quem é esta tal de Dadá!" e mais isso e mais aquilo. Quando ouvi aquela confusão gritei: "O que isso aí moço?" e o guarda cansado de lutar com o cego respondeu: "olha Dadá, eu trouxe mais este aqui mas ele não queria vir de jeito algum”. Eu logo percebi que o coitado do cego tinha razão pois, ele não me conhecia e nem sabia do nosso encontro. Dispensei o coitado pedindo mil perdões, o que deve me ter sido dado, quando muito, apenas 1... ri a valer dessa situação. Chamei o guarda e disse: "Eu devia ter me explicado melhor moço, era pro senhor trazer só os cegos que estão vindo para encontrar comigo. Era pro senhor perguntar se o cego vinha para o encontro". Tive também que pedir descupas ao guarda... viram? mais um mico que na minha

vida são quase normais.

OBS.: Os fatos, por uma questão, meramente didática/pedagógico/cultural, foram

tornados públicos... (Colunista titular: Duda Chapeleta)

PS.: se você tem histórias, causos, experiências próprias, do gênero, mande para nossa

redação, sua privacidade será rigorosamente preservada.

#17. GALERIA CONTRAPONTO

COLUNA LIVRE

* Benedicta de Mello

Crônica de Oranice Franco

Haverá coisa mais bela nesta vida do que fazer um amigo, encontrar um amor ou achar um poeta? Acho que não, pois se a amizade é rara, se o amor é difícil, achar um poeta, entre milhares de versejadores, é tarefa mais difícil ainda. E tanto, que só contando o achado ao vento, às

flores e às nuvens, que são mais duradouras do que a lembrança humana.

Encontrar alguém que ponha nos seus versos essa coisa sutil e bela chamada poesia, é tirar a sorte grande... Pois eu acabo de ficar rico: encontrei um poeta, uma poetisa do mais alto mérito. Seu nome comum, simples o título do seu livro, que é pobre, que não convida ninguém a comprar.

Não se deve mesmo julgar pela aparência a alma de uma criatura ou um conteúdo de um livro, pois sempre nos enganamos. O livro de versos de que falo é feio por fora, mas bonito por dentro. Chama-se "Luz da minha Vida" e sua autora: Benedicta de Mello. Benedicta de Mello é

pernambucana, professora do Instituto Benjamin Constant e é cega de nascença. Mas ninguém melhor do que ela para "enxergar" as belas coisas deste mundo, o ocaso de nuvens ensangüentadas, após o sol ser guilhotinado pelas serras que barram o horizonte; ninguém melhor do que ela para descrever uma flor, um pé de maracujá, uma casa, um cão. Leiam, por exemplo, este terníssimo soneto de amor, cujo título é "Escondida":

"Quando criança, ainda bem criança,

toda a vida levava em brincadeira...

Corriam, a buscar-me, a casa inteira,

as meninas de toda a vizinhança.

Debaixo de uma mesa ou uma cadeira,

por fim era encontrada ... Que folgança!...

Correria... Algazarra... Sem tardança,

ia esconder-se alguma companheira...

Hoje, no sazonar de nossas vidas,

jogo sozinha às escondidas

nas noites em que o ar tem cheiro à lua...

Numa alegria que não podes ver

a minha alma brincando de esconder

fica toda encolhida atrás da tua...

Bonito? Sim, bonito. Sem a luz dos olhos, Benedicta de Mello não se tortura nem se martiriza. Ao contrário, chama a sua de "bendita cegueira", nestes lindos versos:

"Não vi ciscar a terra o pintainho,

nem vi no lago espreguiçar-se a lua.

Não num ramo balouçar-se no ninho,

nem no dorso do mar vi a falua.

Não vi, em frente, o rumo do meu caminho...

Vi ruidosa e deserta cada rua...

Meu ser em toda a parte vi sozinho...

Não vi o mato verde, a pedra nua.

Mas se não vi a graça de uma flor,

nem plumagem de pássaro cantor,

bendigo o que não vi, para bem meu...

Não vi o frio olhar de quem renega...

E a dor de minha mãe ao ver-me cega...

E o rosto de meu pai, quando morreu."

Depois de ler esses versos, temos de reconhecer que a poesia é uma espécie de espírito. Muitos a evocam, em transes mediúnicos, mas só um médium vidente, como Benedicta de Mello, que é cega de nascença, a pode ver...

*Fonte:

REVISTA BRASILEIRA PARA CEGOS

Agosto de 1956

#18. PANORAMA PARAOLÍMPICO

Colunista: DIEGO MARTINS CORRÊA ( diego8759@.br)

Para quem não me conhece, me chamo Diego Martins Corrêa, e de agora em diante, assumo esta coluna, que foi até agora brilhantemente dirigida por Sandro Soares.

Apesar de estudante do sétimo período de direito da faculdade de São Lourenço, sou apreciador do esporte, ainda mais quando se diz respeito a nós, os deficientes e é por isso, que rapidamente aceitei o convite de nosso redator chefe para fazer parte deste importante jornal, contribuindo de alguma forma com centenas de pessoas espalhadas por todo o nosso planeta. Para tanto, trago abaixo um excelente texto sobre a história das paraolimpíadas, que começaram a ser realizadas na metade do século XX, mais precisamente em 1960, e vem crescendo a cada edição. Este texto é muito importante, notadamente porque este ano acontecerá os jogos de Londres e nada melhor que começar o ano com a evolução das paraolimpíadas ao longo dos tempos.

Paraolimpíadas

Atleta paraolímpico

Atletismo nas Paraolimpíadas

Apresentação

As pessoas com deficiências tradicionalmente discriminados pela sociedade, e desmotivados pela sua própria condição existencial, têm nas paraolimpíadas uma oportunidade para elevar sua auto-estima, direta ou indiretamente, além de provar para todos o seu valor como atleta e cidadão. Desde a XVI Olimpíada, realizada em Roma, em 1960, imediatamente após as Olimpíadas, e nas mesmas instalações são realizados as Paraolimpíadas ou os Jogos Paraolímpicos. Em Roma, a I Paraolimpíada teve a participação de 400 atletas e 23 delegações. As Paraolimpíadas vem crescendo também de prestígio junto à mídia, e proporcionando oportunidades de competição esportiva para aqueles que, superando as inúmeras dificuldades, treinaram duramente para o evento internacional. Em 2012 será realizada em londres e em 2016 será realizada no Rio de Janeiro, Brasil.

*História das Paraolimpíadas

Para portadores de deficiências físicas, o esporte adaptado só teve início oficialmente após a Segunda Guerra Mundial, quando muitos soldados voltavam para casa mutilados. As primeiras modalidades competitivas surgiram nos Estados Unidos e na Inglaterra. Nos Estados Unidos surgiram as primeiras competições de Basquete em Cadeiras de Rodas, Atletismo e Natação, por iniciativa da PVA (Paralyzed Veterans of América). Na Inglaterra, o neurologista e neurocirurgião alemão Ludwig Guttmann, que cuidava de pacientes vítimas de lesão medular ou de amputações de membros inferiores, teve a iniciativa de fazer com que eles praticassem de esportes dentro do hospital.

Em 1948,o neurocirurgião aproveitou os XVI Jogos Olímpicos de Verão para criar os Jogos Desportivos de Stoke Mandeville. Apenas 14 homens e duas mulheres participaram. Já em 52, os Jogos de Mandeville ganharam projeção, contando com a participação de 130 atletas portadores de deficiência. Tornou-se uma competição

anual.

Em 1958, quando a Itália se preparava para sediar as XVII Olimpíadas de Verão, Antonio Maglia, diretor do Centro de Lesionados Medulares de Ostia, propôs que os Jogos de Mandeville do ano de 1960 se realizassem em Roma, após as Olimpíadas. Aconteceram então os primeiros Jogos Paraolímpicos, as Paraolimpíadas.

A competição teve o apoio do Comitê Olímpico Italiano, e contou com a participação de 240 atletas de 23 países.

Com o sucesso dos jogos o esporte se fortaleceu e fundou-se a Federação Mundial de Veteranos, a fim de discutir regras e normas técnicas. Ao longo dos anos, a competição foi crescendo muito. Por problemas de organização, as Paraolimpíadas de 1968 e 1972 ocorreram em cidades diferentes da sede das Olimpíadas, constituindo excessões na história dos Jogos Paraolímpicos. Em 1988, em Seul, os jogos voltaram a ser disputados na mesma cidade que abriga as Olimpíadas. O primeiro ano de participação brasileira foi 72. 

As Paraolimpíadas são disputadas a cada quatro anos, nos mesmos locais onde são realizadas as Olimpíadas, usando a mesma estrutura montada para os atletas olímpicos. São 19 modalidades em disputa por atletas portadores de deficiências, divididos em categorias funcionais de acordo com a limitação de cada um, para que haja equilíbrio.

*Paraolimpíadas: a superação do limite

Contudo, a maior glória das olimpíadas dos deficientes não está somente na conquista de medalhas e na própria competição, está sobretudo no exemplo que esses atletas passam para centenas de milhares que vivem estigmatizados por suas deficiências físicas e mentais e sem perspectivas em suas casas. Mesmo quem não aspira ser atleta, pelo menos pode encontrar inspiração e coragem em acompanhar as notícias, onde termina se identificando com aqueles que superaram as inúmeras dificuldades com muita luta, coragem, persistência e dedicação por algum esporte. Saber que há pessoas que apesar das dificuldades de toda ordem foram à luta e venceram no esporte, pode irradiar otimismo, levantar a auto-estima e reorientar as perspectivas em muita gente.

A famosa frase do Barão de Coubertin, hoje desgastada nas olimpíadas, parece ganhar mais sentido como slogan dos atletas paraolímpicos, pois eles sabem e sentem que realmente “o importante não é ganhar uma medalha, mas simplesmente competir”. O atleta paraolímpico antes de competir nacional e internacionalmente teve que competir com ele mesmo; sem dúvida, superar esse primeiro obstáculo subjetivo não tem medalha que possa premiá-lo.

Se cada um dos atletas das olimpíadas tem sua história específica de sofrimentos e superação dos seus próprios limites, cada atleta paraolímpico carrega uma história de fazer filme para cinema. Existem aqueles que nasceram com deficiência e aqueles que adquiriram uma deficiência ao longo da vida. Há atletas com lesão medular, poliomielite, amputação de pernas e de braços, deficiência visual e mental.

Os atletas com deficiência física são classificados em cada modalidade esportiva através do sistema de classificação funcional. Este sistema visa classificar os atletas com diferentes deficiências físicas em um mesmo perfil funcional para a competição. Tem como meta garantir que a conquista de uma medalha por um atleta seja fruto de seu treinamento, experiência, motivação e não devido a vantagens obtidas pelo tipo ou nível de sua deficiência. Na natação, são 10 classes para o nado de costas, livre e golfinho, 10 classes para o medley e 9 classes para o peito. Os atletas com deficiência visual, já passam por uma classificação médica, baseada em sua capacidade visual. Entre os atletas com deficiência visual, há somente 3 classes. Apesar destas classificações serem aceitas pelo Comitê Paraolímpico Internacional – IPC, existe muita polêmica em relação a estes sistemas e muitos atletas são protestados durante as competições.

Somente o bocha, o goalball, o rugby e o halterofilismo são modalidades que foram criadas especificamente para a participação dos deficientes. De maneira geral as adaptações das modalidades convencionais para a participação dos atletas com deficiência são mínimas. Como é o caso das corridas com deficientes

visuais, nas classes T11 e T12 onde são permitidos guias.

A divulgação dos Jogos Paraolímpicos fez com que ficássemos admirados, ou mesmo perplexos com a performance de atletas em cadeira de rodas, no atletismo, no basquetebol, de atletas cegos seguindo uma bola com guizo no futebol e de atletas sem braços e pernas competindo na natação. Estas imagens, agora, devem ficar registradas para repensarmos sobre nossas opiniões, conceitos e ações em relação a estas pessoas que estão com certeza muito próximas de nós, mas que só adquirem visibilidade social nesse tipo de competição. De acordo com os dados do CENSO 2000, o Brasil tem cerca de 14,5% pessoas com deficiência, portanto, são demandantes de projetos de inclusão social.

Todos reconhecem que à dimensão psíquica, física e social do esporte paraolímpico é muito significativa para os atletas, mas também contribui para a construção de um mundo verdadeiramente pluralista, que sabe respeitar e conviver com as diferenças sejam elas quais forem.

As pessoas com deficiências física e mental não precisam de nossa pena, ou de nossa compaixão, mas sim de estímulo, demonstração de apoio e de luta conjunta pela democratização das oportunidades de acesso para além do âmbito dos jogos, para que tenham uma existência cotidiana digna e feliz.

*Brasil é Potência nas Paraolimpíadas

O Brasil em Atenas competiu em 13 das 19 modalidades esportivas disputadas e obteve o 14º lugar, com 14 medalhas de ouro, 12 de prata e 7 de bronze, totalizando 33 medalhas. O crescimento do esporte paraolímpico tem uma explicação simples: financiamento, afirma o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Vital Severino Neto, que é deficiente visual. O Brasil levou a maior delegação para competir em Atenas de todos os tempos, com 98 atletas, 77 homens e 21 mulheres.

Os atletas brasileiros nos jogos paraolímpicos bateram o recorde de medalhas se for comparados com os atletas que participaram das olimpíadas de 2004.

Foram dez dias de muita luta e vitórias surpreendentes nas terras de Zeus. Os nossos atletas mostraram nas Paraolimpíadas de Atenas que ser brasileiro é realmente não ter limites. O Brasil encerrou sua participação nas competições na 14ª posição no quadro geral de medalhas, com 14 ouros, 12 pratas e 7 bronzes.

Esta é a melhor participação do país nos Jogos Paraolímpicos, alcançando resultados superiores aos das competições de Sydney. O país também ultrapassou o México e passou a ser a terceira potência das Américas nos Jogos, atrás apenas dos Estados Unidos e Canadá. Outro grande feito é que as vitórias brasileiras dão ao país o título de Potência Paraolímpica Mundial.

A delegação brasileira começou a mostrar resultados antes mesmo de pisar em solo grego. Em Atenas, a equipe do Brasil contou com 98 atletas de 13 modalidades que fizeram uma coleção de 33 medalhas, 50% a mais que a quantidade de Sydney. As modalidades que mais abocanharam medalhas na competição foram o atletismo

e a natação. No atletismo foram seis medalhas de ouro, cinco de prata e cinco de bronze. A Natação alcançou sete ouros, três pratas e um bronze. 

Em beijing, no ano de 2008, a competição ficou mais acirrada, o Brasil conseguiu melhorar sua performance e ficou em 32º lugar, com 30 medalhas de ouro, 41 de prata e 46 de bronze, 117 no total.

*Igualdade entre atletas olímpicos e paraolímpicos

Em 2004, a fim estabelecer práticas de igualdade, os atletas que competem nos Jogos Paraolímpicos, pela primeira vez na história do evento, não tiveram que pagar nenhuma taxa de participação.

Abolindo as taxas de participação, Atenas 2004 desejou eliminar toda a discriminação entre os atletas que fazem dos Jogos Olímpicos e dos ParaOlímpicos.

Além da abolição das taxas, Atenas 2004 teve o primeiro comitê organizando para os jogos olímpicos que, operando sob uma estrutura de gerência unificada, foi responsável pela organização tanto dos Jogos Olímpicos quanto dos ParaOlímpicos. A divisão dos Jogos ParaOlímpicos foi responsável por fornecer o planejamento estratégico, a coordenação e a sustentação a todo o comitê, enquanto que trabalha próxima ao Comitê Internacional de ParaOlimpíadas.

Autoria: Marcos Júlio Lyra

Para terminar minha participação nesta edição do jornal, coloco abaixo um interessante artigo que falará sobre as vagas já conquistadas pelo Brasil para os jogos paraolímpicos de Londres.

*Brasil já tem 117 vagas asseguradas para as paraolimpíadas de Londres

O mês de fevereiro começa com uma ótima notícia para o esporte paralímpico brasileiro. O País já tem 117 vagas garantidas para os Jogos Paralímpicos de Londres, que acontecem entre os dias 29 de agosto e 9 de setembro. O número deve aumentar ainda mais. No entanto, diferente de Pequim, em 2008, quando o Brasil levou 188 atletas, neste ano a meta é prezar mais pela qualidade do que pela quantidade.

"Já temos um número expressivo no começo do ano. Já estamos qualificados em 15 modalidades e estamos na briga por vagas na esgrima, tiro com arco, halterofilismo e tênis em cadeira de rodas. É um início de ano, sem dúvida, animador. Nosso objetivo não é ter a maior delegação, mas sim a melhor para alcançarmos nossas metas técnicas em todas as modalidades e nosso objetivo de ficar em sétimo no quadro geral de medalhas", afirmou o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro Site externo.

, Andrew Parsons.

Com 13 vagas certas, duas a mais que em Pequim, o presidente da Confederação Brasileira Tênis de Mesa, Alaor Azevedo, está entusiasmado com a evolução

da modalidade.

"Hoje são 13, mas podemos chegar a 15. O número é expressivo e mostra evolução do tênis de mesa brasileiro. Levamos 11 atletas para Pequim e conseguimos uma medalha de prata. No Parapan, conquistamos 57% das medalhas de ouro possíveis e estamos confiantes no desempenho dos nossos atletas. Teremos 50% de renovação na Seleção Brasileira desde a última Paraolimpíada. Temos uma equipe bem preparada, que tem participado de vários abertos nos últimos dois anos e se destacado. Os mais novos chegarão em Londres com experiência", disse Azevedo.

Entre as dez maiores potências do mundo no hipismo, o Brasil tem garantidas quatro vagas em Londres. Três delas já têm dono.

"Recebemos a notícia na sexta-feira e estamos muito animados. Nossa expectativa era conseguir esse número de vagas e o desempenho do Brasil no torneio qualificatório da Itália, no ano passado, foi fundamental. Representarão o Brasil no Adestramento os cavaleiros Marcos Alves (o Joca), Sérgio Oliva e a amazona Vera Mazzilli. A quarta vaga será definida entre os dias 18 e 22 de abril, no torneio internacional que acontecerá em Brasília", afirmou Marcela Parsons, diretora da modalidade no Brasil.

Vagas brasileiras garantidas

Atletismo - 10 vagas (sete no masculino e três no feminino)

Basquete em Cadeira de Rodas - 12 vagas (feminino)

Bocha - 6 vagas

Ciclismo - 1 vaga

Futebol de 5 - 10 vagas

Futebol de 7 - 12 vagas

Goalball - 12 vagas (seis no masculino e seis no feminino)

Hipismo - 4 vagas

Judô - 8 vagas (quatro no masculino e quatro no feminino)

Natação - 3 vagas (duas no masculino e uma no feminino)

Remo - 1 vaga

Tênis de mesa - 13 vagas

Tiro Esportivo - 1 vaga

Vela - 2 vagas

Vôlei Sentado - 22 vagas (11 no masculino e 11 no feminino)

*Londres 2012 no Terra

O Terra, maior empresa de internet da América Latina, transmitirá ao vivo e em alta definição (HD) todas as modalidades dos Jogos Olímpicos de Londres, que serão realizados entre os dias 27 de julho e 12 de agosto de 2012. Com reportagens especiais e acompanhamento do dia a dia dos atletas, a cobertura contará com textos, vídeos, fotos, debates, participação do internauta e repercussão nas redes sociais.

Fonte:

Site externo.

*Isso mostra que o Brasil, grande potência paraolímpica da América Latina, quer muito mais. Quer fazer bonito em Londres tendo em vista que os próximos jogos serão em nosso amado Brasil.*

DIEGO MARTINS CORRÊA

#19. CLASSIFICADOS CONTRAPONTO

COLUNA LIVRE:

1. Material Especializado

Amigos,

Disponho de material especializado para deficientes visuais e desejo divulgar a lista do mesmo para os interessados.

1 -- Agulha de fundo falso para costura, pacote com 12 agulhas: R$10,00

2 -- Baralho adaptado, 2 jogos: R$12,00

3 -- Bengala dobrável em alumínio, com 5 gomos (diferentes tamanhos): R$35,00

4 -- Bengala dobrável em alumínio, com 7 gomos (diferentes tamanhos): R$40,00

5 -- Bolsa com 4 divisórias para separar cédulas, unisex, na cor preta: R$5,00

6 -- Calculadora de bolso, com tampa, voz, (em espanhol): R$60,00

7 -- Elástico roliço, no. 5 para bengala (2 m): R$ 2,00

8 -- Estojo com bloco em espiral, para reglete de bolso: R$8,00

9 -- Etiqueta adesiva, para escrita braille, pacote com 10 unidades: R$1,00

10 -- Fita métrica adaptada: R$6,00

11 -- Guia para assinatura em alumínio: R$3,00

12 -- Papel para escrita braille, gramatura 150, pacote com 100 folhas: R$8,00

13 -- Ponteira completa para bengala (ponteira e protetor): R$3,00

14 -- Protetor para ponteira de bengala em borracha, pacote com 10 unidades: R$5,00

15 -- Protetor para ponteira de bengala em plástico, pacote com 10 unidades: R$5,00

16 -- Punção em madeira: R$5,00

17 -- Punção em plástico, modelo anatômico: R$5,00

18 -- Punção em plástico, modelo sextavado: R$5,00

19 -- Reglete com base em madeira e régua em alumínio, com 4 linhas e 27 celas: R$45,00

20 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 15 celas: R$30,00

21 -- Reglete de bolso em alumínio, com 4 linhas e 20 celas: R$35,00

22 -- Reglete de mesa em plástico, com 29 linhas e 33 celas: R$25,00

23 -- Régua plana para leitura (visão reduzida): R$25,00

24 -- Relógio de pulso com fala em português: R$35,00

25 -- Relógio despertador de mesa com fala em português: R$50,00

As encomendas deverão ser feitas para:

Carmen Coube

Rua das Laranjeiras, 136, apto. 1306

bairro Laranjeiras, Rio de Janeiro RJ

CEP: 22240-000

pelo e-mail:

carmencoube@.br

ou ainda pelos telefones:

(0xx 21) 22-65-48-57 e(0xx 21) 98-72-36-74

2. Banco de Remédios - Sobras

Às vezes sobram aqueles medicamentos dentro da validade, que alguém pode aproveitar e a gente não sabe o que fazer com eles.

A ASAPREV-RJ criou o Banco de Remédios para atendimento gratuito aos aposentados de baixa renda, que não têm condição de adquirir medicamentos.

O Banco sobrevive com a doação de medicamentos de pessoas cujo tratamento foi interrompido.

Caso você possua um medicamento de que não precisa mais ou de que não faça mais uso, não o deixe em uma gaveta para depois jogar fora quando vencer o prazo de validade.

Faça a doação.

O endereço de coleta é Av. Rio Branco 156 - 20º andar

salas 2021 à 2024

(Edifício Av. Central )

Pode deixar na Portaria do prédio.

Você também pode fazer a doação no Shopping Tijuca no SAC

- Serviço de Atendimento ao Cliente- 3° piso

site: asaprev-.br



e-mail: asaprev-rj@.br

Tels: 2544-3396 / 2524-0407

***

*Central de Atendimento do RJ

Inspirado no 311 de NY, será inaugurada hoje a Central de Atendimento do Rio, totalmente informatizada, que funcionará 24 horas/7 dias por semana.

Através dela, você poderá contribuir com a cidade apontando qualquer problema do tipo: buraco na rua, lâmpada queimada, poda de árvore, sinais de trânsito, dengue, entre outros.

Ao relatar o problema, o cidadão receberá um número de protocolo e um prazo para a execução do serviço.

Basta ligar para o número 1746.

Caso esqueça o número, aí vai uma dica: 1 representa a cidade que você mais ama e 746 as letras "R-I-O" respectivamente no teclado do telefone convencional.

Assim como você, também buscamos um Rio melhor!

Mais informações, entre no site:

1746..br

PS. Anuncie aqui: materiais, equipamentos, prestação de serviços...

Para isto, contacte a redação...

#20. FALE COM O CONTRAPONTO

CARTAS DOS LEITORES:

* From: jurandir. alencar

To: contraponto@.br

Que devo fazer para receber o jornal Contraponto?

Jurandir Alencar.#

***

Salve Jurandir,

Pedir sua inscrição no cadastro, o q está sendo feito agora.

Ps. Confira todos os número do Contraponto em:

.br/contraponto.htm

Valdenito de Souza - redator

---

* Cadastro de Leitores: Se você deseja ser um leitor assíduo de nosso jornal, envie uma mensagem (solicitando inscrição no cadastro de leitores), para: contraponto@.br

* Todas as edições do Contraponto estão disponibilizadas no site da Associação dos Ex-alunos do IBC

(.br), entre no link " contraponto"

* Participe (com criticas e sugestões), ajudem-nos aprimorá-lo, para que, se transforme realmente num canal consistente do nosso segmento.

* Venha fazer parte da nossa entidade:

Associação dos Ex-Alunos do Instituto Benjamin Constant (existem vários desafios esperando por todos nós).

Lutamos pela difusão e socialização ampliada de atividades, eventos e ações voltadas para Defesa dos Direitos dos Deficientes Visuais.

* Acompanhe a Associação dos Ex-alunos do I B C no Twitter: @exaluibc

* Faça parte da lista de discussão dos Ex-alunos do I B C, um espaço onde o foco é nos deficientes visuais e seu universo.

(Você pode se inscrever via site da associação: .br)

* Solicitamos a difusão deste material na Internet: pode vir a ser útil para pessoas que você sequer conhece.

*Redator Chefe:

Valdenito de Souza, o nacionalista místico

Rio de Janeiro/RJ

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