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UMA JORNADA CINEMATOGR?FICAAlunos: Ana Beatriz Michele da Cruz, Ana Caroline Soares Rodrigues, Maria Luisa Rangel e Vilhena de Carvalho.Orientador: Alessandro Moreth Oliveira.Coorientador: Felipe Rodrigues MartinsEscola: Colégio S?o Vicente de PauloEndere?o da escola: Rua Miguel de Frias, 123 Icaraí – NiteróiCEP: 24220-008e-mail: moretholiveira@ResumoA partir da apresenta??o vinda dos professores a respeito do projeto, pensamos em um tema de nosso interesse - cinema - e com rela??o a um conteúdo que estamos dando: c?mara escura/princípios da óptica geométrica. Posto isto, voltamos a ideia de cinema à evolu??o e configura??o de c?maras e seus fundamentos. Imediatamente, realizamos o experimento da c?mara escura, seguido do projetor de imagens, para observarmos empiricamente como funcionavam, e, a partir daí, come?amos a pesquisar de modo mais aprofundado sobre os mesmos, assim como, expandimos nossos conhecimentos sobre a parte histórica do tema por nós escolhido, uma vez que, uma inven??o é melhor entendida quando se domina o contexto em que tal foi inserida no mundo. Durante todo o processo das práticas e estudos percebemos a dimens?o de utilidades que os experimentos tiveram ao longo da história. Fomos ent?o, redescobrindo esta ciência t?o presente na nossa atualidade que permitiu uma extens?o de conhecimento e experiência para a vida toda. Palavras chave: Cinema. Fotografia. Ciência.Introdu??oO projeto foi realizado por alunas do 9? ano do Ensino Fundamental II, buscando ampliar seus conhecimentos, ganhando experiência para o futuro, através de estudos relacionados à Física quando aplicada em nossas vidas baseado em temas das disciplinas de Ciências do Colégio S?o Vicente de Paulo, situado em Niterói, no sentido de contextualizar as atividades escolares com temas do cotidiano.Quando recebemos a proposta do trabalho, nos interessamos pela ideia de aplicar os princípios da óptica geométrica em algo próximo da nossa realidade, que pudéssemos de fato observar de forma prática esses conceitos da Física. Nesse sentido, escolhemos o universo do cinema e fotografia, já que está presente na vida das pessoas, atualmente e felizmente, se encaixava com o conteúdo.Levando em conta essa linha de raciocínio, iniciamos com a realiza??o do experimento da c?mara escura, que foi criada por volta de 350 a.C, quando o filósofo grego Aristóteles criou um método de observar os eclipses solares sem prejudicar a vis?o. Ele fez um pequeno furo na c?mara, no qual a luz passava e formava a imagem em seu interior. Esse método foi importante pelo fato de ter sido possível o conhecimento dos princípios ópticos (HIST?RIA DE TUDO, 2017).Em meados do século XVIII, o alem?o Athanasius Kircher inventou uma caixa composta de uma fonte de luz e lentes que enviavam imagens fixas para tela. Em 1833, o brit?nico W. G. Horner criou o zootrópio, aparelho baseado na sucess?o circular de imagens que, ao serem giradas, davam a ilus?o óptica de movimento contínuo (DA CUNHA & GIORDAN, 2009).Ato contínuo, passamos a construir nosso projetor de imagens com celular, equipamento o qual a imagem real de um objeto pode ser ampliada e projetada sobre uma superfície plana, que como base utiliza os princípios da c?mara escura. Quando o concluímos e fomos avan?ando no projeto, notamos a semelhan?a do mesmo com a c?mara escura realizada por Leonardo da Vinci no século XV, cujo experimento possuía um orifício com uma lente, local destinado a passagem da luz produzida pelos objetos externos. Diferente do nosso, a imagem inversa refletida dele, era no interior da caixa (ARA?JO, 2017).A orienta??o para o desenvolvimento das atividades desse projeto, além de permitir uma prática daquilo que aprendemos teoricamente baseado nos princípios da óptica geométrica, partiu de um universo t?o aceito atualmente: o do cinema e fotografia, através da evolu??o dos mesmos nos últimos anos. Isso permitiu que o trabalho fosse proveitoso e que fluísse naturalmente, remetendo à uma ideia de Aristóteles de que: “O prazer no trabalho aperfei?oa a obra”. Gradualmente, fomos estendendo a pesquisa, aprofundando nosso conhecimento e associando cada vez mais pontos significativos da história com nossos experimentos. Na medida que o projeto avan?ava, tínhamos a percep??o da amplitude de utilidades que as descobertas tinham, e que ao longo do processo evolutivo eram aplicadas, conforme a necessidade, num primeiro momento, sendo utilizado para fins da astronomia, e mais tarde para a fotografia e cinema, por exemplo (ARA?JO, 2017).Conjuntamente incluímos à pesquisa outros temas relacionados ao universo escolhido como por exemplo, os primeiros filmes - criados pelos irm?os Lumière, no século XIX (La Sortie de I`usine Lumière à Lyon e L'Arrivée d'un Train à La Ciotat) dando um grande passo para um novo rumo na indústria do entretenimento – a história da c?mara –, pressupondo assim, complementar o trabalho e torná-lo mais coeso e coerente permitindo uma melhor aprendizagem, já que o conhecimento das descobertas é melhor entendido quando se domina o contexto e a necessidade em que aquilo – a inven??o – foi inserido no mundo (WIKIPEDIA, 2017; ABREU, 2016).N?o podíamos perder a oportunidade em utilizar o nosso projetor de imagens na divulga??o do trabalho demonstrando empiricamente o seu funcionamento ao vivo, para que todos pudessem visualizar da maneira mais simples e entendessem os conceitos físicos. Também queríamos mostrar que mesmo com o uso de materiais alternativos é possível visualizar os princípios básicos das tecnologias atuais.Movidos pela curiosidade e por temas da atualidade, participamos de forma ativa e de certa forma lúdica da inicia??o e metodologia científica, contribuindo para uma aprendizagem significativa, que de acordo com Sócrates, “Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignor?ncia”. Dessa forma, apesar de experimentos singelos feitos com materiais alternativos, realizamos diversas pesquisas, fizemos observa??es, realizamos experimentos, analisamos os recursos sobre os temas já existentes e concluímos um trabalho prático, que nos aproximou do mundo cinematográfico e fotográfico, porém a parte por trás das telas e imagens: a da cria??o, ou seja, aquela que as pessoas n?o buscam saber por acomoda??o ou por falta de questionamento científico e ainda nos permitiu produzir esse documento para divulga??o do trabalho. ObjetivoAmpliar de forma prática os conhecimentos sobre os princípios da óptica geométrica, a fim de entender com mais precis?o o conteúdo aprendido nas disciplinas de ciências. Dando, dessa forma, valor ao questionamento, pesquisa e interpreta??o de dados e resultados, uma vez que durante o projeto, desenvolvemos autonomia e compromisso com o trabalho. Contribuir para a divulga??o da import?ncia da curiosidade em nossa idade, tendo como exemplo a nossa própria, explorando uma área de corriqueiro interesse por parte dos alunos e trazendo-a para o ambiente escolar.Materiais e MétodosO trabalho foi realizado por alunos do 9? ano do ensino fundamental II, do Colégio S?o Vicente de Paulo, situado em Niterói, no período de maio-agosto de 2017.O grupo deveria escolher um tema a ser estudado nas aulas de Ciências – sendo estas Biologia, Química e/ou Física – e propor um meio de divulgar a ciência. Assim sendo, o tema consiste em uma pesquisa da evolu??o de c?maras e suas respectivas configura??es ao longo dos anos; citando assim um assunto de interesse aos alunos: o cinema.Para obtermos um trabalho mais completo, fizemos experimentos relacionados aos temas selecionados pelo grupo, iniciando pelo experimento da c?mara escura (MANUAL DO MUNDO, 2017a). O experimento se dá por um objeto - no caso do grupo, uma caixa de papel?o grande com 77 x 84 cm – totalmente fechado, com as paredes opacas e com um pequeno orifício em uma das faces. Ao colocarmos um pequeno objeto luminoso ou iluminado em frente à c?mara, podemos observar a imagem formada na parede oposta ao orifício (HIST?RIA DE TUDO, 2017).O experimento pode servir para representar o olho humano, já que, a c?mara escura parte dos mesmos princípios que a óptica da vis?o, onde a luz entra pela íris, e o orifício central é a pupila. Ao penetrar à pupila, a luz chega à regi?o oposta, chamada de retina, onde a imagem é formada. Essa imagem, assim como na c?mara escura, é real e invertida. Observamos também que, sendo assim, as c?meras fotográficas tentam “imitar” o funcionamento do olho humano (MARQUES DA SILVA, 2017).Em seguida, fizemos o projetor de imagens com o celular (MANUAL DO MUNDO, 2017b). Utilizamos duas caixas de papel?o - que juntas medem 59 cm de comprimento, sendo que, uma delas tem 20 cm de largura e a outra 17 cm – e colocamos uma lupa de 9 mm de espessura em uma das extremidades. Fechamos a caixa impedindo a entrada da luz e por dentro da mesma colocamos o celular de forma que a tela ficasse de frente para a lupa. Assim a imagem do celular – de cabe?a para baixo, pois a lupa a inverte – passava pela lente da lupa e refletia em uma parede.Resultados e Discuss?oAs atividades propostas foram gradualmente nos estimulando, pois à medida que realizávamos os experimentos e fazíamos observa??es a partir do mesmo, fomos percebendo a rela??o direta entre um trabalho prático baseado nos princípios físicos através da cinematografia e da fotografia com a produ??o do conhecimento científico. Tanto a realiza??o das pesquisas, tanto bibliográficas, como as práticas realizadas, nos mostravam as etapas da metodologia científica e também a prepara??o para a divulga??o do trabalho por nós realizado.Assim sendo, obtivemos além dos resultados das atividades práticas, que s?o as diferentes formas de reproduzir uma imagem, com a cria??o da c?mara escura e do projetor de imagens por exemplo, tivemos a oportunidade de aprofundar nossos conhecimentos aplicando a metodologia científica.Em rela??o aos experimentos realizados: de início, a respeito da c?mara escura, n?o obtivemos sucesso em raz?o do orifício ter ficado grande. Assim sendo, diminuímos o mesmo e o resultado foi como o esperado: vimos uma imagem nítida formada na parede oposta ao furo, já o projetor de imagens, inicialmente feito com apenas uma caixa, fez com que o celular ficasse muito próximo da lente e como consequência n?o obtivemos nenhuma proje??o. Acrescentamos ent?o outra caixa aumentando a dist?ncia do celular para a lente e utilizamos uma lupa maior para ficar proporcional a essa mudan?a.Figura 1 - Projetor feito de uma caixa de sapato a partir de princípios ligados à c?mara escura – princípios da óptica geométrica.Figura 2 – Imagem reproduzida pelo projetor.Figura 3 - C?mara escura feita a partir de uma caixa de máquina de lavar.Figura 4 - Imagem selecionada para ser projetada pela c?mara escura (esquerda) e imagem projetada pela c?mara escura (direita)Conclus?esNossa participa??o na realiza??o do trabalho nos permitiu vivenciar a inicia??o em determinadas áreas da ciência, de forma ativa e interessada. Concluímos diferentes formas que existem de reproduzir uma imagem através da realiza??o dos experimentos – que foram aos poucos sendo reformulados, visto que de início n?o deram certo – e como eles foram importantes para a evolu??o tecnológica. Tanto nas pesquisas conceituais quanto ao realizar os experimentos relacionados, tivemos enorme prazer na elabora??o completa do projeto e orgulho do nosso desempenho.As atividades nos proporcionaram amplia??es de conhecimentos primordiais, uma vez que, a escola tenha nos dado a oportunidade de elaborá-lo por completo. Todas as etapas realizadas por nós foram com muito carinho, desde a idealiza??o à concretiza??o do turbilh?o de ideias que tivemos, o que nos faz dar um valor imenso a proposta do projeto dada pelo segmento de ciências. Muitas vezes, tivemos que repensar nossos experimentos e o modo como os executamos, uma vez que, o orifício feito na caixa ficou muito grande, deixando uma grande por??o de luz entrar na c?mara escura, o que impossibilitou o resultado esperado – a proje??o de uma imagem. Essas observa??es feitas a partir de nossos experimentos fizeram-nos crescer muito ao longo do desenvolvimento do trabalho. Percebemos ent?o que devemos sempre questionar, repensar, sobretudo evoluir.AgradecimentosAos professores Alessandro Moreth, Felipe Rodrigues e Osmany Dutra da Rosa Filho pela confian?a, incentivo e entusiasmo com o nosso projeto e a Ana Flávia do Bomfim Inácio Pereira pela ajuda na realiza??o do mesmo. ? coordena??o pedagógica por nos proporcionar essa oportunidade de expandir nossos conhecimentos e aos nossos pais por nos auxiliarem durante todo o processo do trabalho.ReferênciasABREU, K. Qual foi o primeiro filme? Mundo Estranho. Editora Abril, S?o Paulo, 2016. Disponível em: <;. Acesso em: 16 jun. 2017.ARA?JO, L.S. História do cinema. Disponível em: <; Acesso em: 16 jun. 2017.DA CUNHA, M.B.; GIORDAN, M. A Imagem da Ciência no Cinema. Química Nova na Escola – volume 31, n? 1, fevereiro 2009. Disponível em: <;. Acesso em: 16 jun. 2017HIST?RIA DE TUDO. História da C?mera Fotográfica. Disponível em: <;. Acesso em: 11 mai. 2017.MANUAL DO MUNDO. Cinema na caixa (c?mara escura). Disponível em: < >. Acesso em: 11 mai. 2017a.MANUAL DO MUNDO. Projetor de celular (projetor caseiro com celular). Disponível em <;. Acesso em: 11 mai. 2017b.MARQUES DA SILVA, Domiciano. C. Projetores de imagens. Disponível em: <;. Acesso em: 16 jun. 2017.WIKIPEDIA. História do cinema. Disponível em: <;. Acesso em: 16 jun. 2017. ................
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